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1 Situação-problema José da Silva, empresário, procurou a empresa Seguros S/A para contratar um seguro de vida. Marcelo, funcionário da Seguros S/A, apresentou várias propostas a José, que as levou para analisar e decidir se fecharia ou não o contrato. No dia seguinte, José fechou a proposta de seguro que melhor atendia a suas necessidades, mas antes procurou Marcelo e o questionou sobre algumas cláusulas. No entanto, essas cláusulas do contrato não poderiam ser discutidas por já terem sido pré-selecionadas pela empresa de seguros. Uma das cláusulas que José tentou negociar, expressamente, dizia que poderia haver a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio. Outra cláusula discutida foi com relação à limitação de coberturas, no sentido de que uma doença detectada como preexistente não teria cobertura. O mesmo se aplicaria às perturbações alimentares e complicações decorrentes de procedimentos médicos. José então preencheu um formulário com respostas SIM ou NÃO para algumas doenças que ali estavam relacionadas, mas não precisou fazer nenhum exame extra ou complementar. Depois de pagar 240 prestações, José percebeu que havia perdido o carnê de pagamento e entrou em contato com Marcelo que, prontamente, afirmou poder receber as prestações vencidas, em espécie, mediante recibo. Após o pagamento de cinco prestações, José foi notificado pela companhia de seguros que sua apólice havia sido cancelada por falta de pagamento. Surpreso e temeroso, José, que era portador de doença grave e incurável, propôs uma ação de consignação para pagamento das prestações pendentes. Por outro lado, a seguradora pretendia extinguir unilateralmente o contrato, propondo termos mais onerosos para uma nova apólice. José, o autor, alegou que sua relação com a ré, companhia de seguros, sempre foi pautada pelo cumprimento das obrigações contratuais. Alegou também que seu ato de confiança no corretor que prestava serviços para outras empresas, inclusive para a ré, com a venda de seus produtos e serviços, estaria plenamente justificado com base no princípio da boa-fé. No entanto, agora, quando iminente a possibilidade do sinistro, com o consequente pagamento de valor previsto no contrato, não poderia ser prejudicado. A ré, regularmente citada, apresentou contestação e requereu a inclusão do corretor de seguros no polo passivo, como litisconsorte (corréu), e indeferiu a proposta do autor. Não houve conciliação entre as partes.
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