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Educação de pessoas com necessidades especiais

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Jul. de 2012. 
 
* Bacharel em Ciências Biológicas, Universidade de Passo Fundo. Acadêmica do Curso de Pedagogia, Faculdade 
Anhanguera. 
EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES 
ESPECIAIS 
 
 
Liara Mazeto* 
 
 
RESUMO 
 
Este trabalho tem como objetivo conhecer os aspectos históricos e a estrutura da educação 
especial, tratando da importância da relação familiar, e da interação da escola com estes 
indivíduos. Para a realização do mesmo foi feita uma seleção e uma revisão de artigos científicos 
especializados na área e retirado deles as ideias mais relevantes. Pode-se notar que nos primórdios 
as pessoas com alguma deficiência eram consideradas anormais e incapazes, e sofriam uma 
grande exclusão social. Atualmente com os avanços em pesquisas tem-se uma ideia evoluída a 
respeito do assunto. Destacou-se também neste trabalho, a situação familiar perante o nascimento 
de uma criança com necessidades especiais, e os ajustes que muitas vezes são necessários realizar. 
A escola apresenta um papel importante devendo preparar seus educadores de forma adequada 
para que os mesmos consigam obter êxito no processo educativo das crianças especiais. Pode-se 
concluir que a educação especial vem se aprimorando cada dia mais, buscando se adequar e 
proporcionar uma melhor qualidade de ensino. 
 
 
Palavras-chave: Escola. Inclusão. Deficiência. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A inclusão de indivíduos com necessidades especiais vem crescendo constantemente, e com 
isso tem-se a necessidade de preparar os profissionais da educação para que possam trabalhar com 
essas crianças, jovens ou até mesmo adultos. Este trabalho deve ser realizado de modo que 
consigam lidar com as diferenças de forma natural e oferecer aos mesmos uma educação de 
qualidade. 
Na antiguidade buscava-se salientar as dificuldades e as anormalidades destas crianças, ao 
invés de ressaltar a capacidade de aprendizagem que estas possuem. Atualmente, graças a 
discussões a respeito do assunto e ao maior conhecimento da situação, a ideia de incapacidade já é 
ultrapassada e cada vez mais se busca uma forma de melhorar a educação e o modo de transmiti-la a 
estes indivíduos. 
O objetivo do presente trabalho é conhecer a história e a estrutura da educação aplicada à 
indivíduos com necessidades especiais, a fim de aumentar conhecimento na área e auxiliar em 
experiências futuras dentro da sala de aula. 
 
2 
Inicialmente serão enfatizados os aspectos históricos da educação especial, demonstrando 
como foi à transição entre a exclusão e a inclusão desses indivíduos na sociedade e na escola. Na 
sequência será abordada a situação familiar, e a importância que a mesma tem no contexto 
educacional dessas pessoas. E por fim será tratada a questão escolar e a necessidade de uma boa 
preparação dos professores. 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
 
2.1 ASPECTOS HISTÓRICOS 
 
Considera-se uma pessoa especial, aquela que apresenta algum tipo de deficiência, seja ela 
mental, auditiva, visual, motora, física múltipla ou decorrente de distúrbios evasivos do 
desenvolvimento. Considera-se ainda que pessoas superdotadas também necessitem de educação 
especial (ROGALSKY, 2010). Evidencia-se que a inclusão ou a exclusão das pessoas com 
deficiência estão intimamente ligadas às questões culturais. 
Há algumas décadas, as pessoas com deficiência viviam em completa exclusão social, e 
chegavam a ser ignoradas ou marginalizadas. Começou a ser realizado então um aprofundamento de 
conhecimentos no campo biológico, a fim de buscar explicações fisiológicas e anatômicas para as 
deficiências. Esse aprofundamento foi marcado pela participação médica na reabilitação dos 
deficientes e também houve a preocupação com a educação dos deficientes. A partir do século XX, 
os movimentos sociais começaram a lutar por igualdade e aos poucos o sistema educacional buscou 
formas de integrar esses alunos no sistema regular de ensino (FERNANDES et. al. 2011). 
Segundo JANNUZZI (2004), a partir de 1930 a preocupação com o problema da deficiência 
aumenta, e o governo desencadeia algumas ações visando a peculiaridade desses alunos. Nesse 
período esse tipo de educação ainda não é assumido com a devida importância, pois o governo 
contribui apenas parcialmente com entidades filantrópicas. 
No entanto após a Segunda Guerra Mundial a Europa passou a dar uma atenção especial a 
estes indivíduos devido ao grande número de pessoas lesionadas. Neste período, a educação 
especial no Brasil teve uma ampliação e uma proliferação de entidades privadas, ao lado do 
aumento da população atendida pela rede pública. (BUENO, 1993). No início da década de 70, o 
movimento de integração social passou a ser discutido com maior ênfase, quando então se buscava 
a inserção do deficiente na sociedade de uma forma geral, porém a prática de integração teve maior 
impulso a partir da década de 80, com o surgimento da luta pelos direitos das pessoas portadoras de 
deficiência. Atualmente o sistema educacional identificou-se com as dificuldades, objetivos e 
3 
filosofia das pessoas especiais, queconsiste em formar cidadãos conscientes e participativos 
(ROGALSKY, 2010). 
 
2.2 A FAMÍLIA NO PROCESSO EDUCACIONAL 
 
Sabe-se que a família tem um papel de amar, educar, e apoiar a criança seja ela portadora ou 
não de deficiência. São estes, fatores fundamentais para que ela possa interagir com a sociedade, 
adquirir conhecimento e desenvolver sua aprendizagem. Cabreira (2010) diz que todas as crianças 
precisam saber que são amadas e desejadas, que são membros importantes da família, sendo 
capazes de fazer algo bem feito e serem reconhecidas por isso, sem ser desmerecidas pelo fato de 
possuírem alguma deficiência. 
Ter um filho especial não é uma situação fácil para os pais. É necessário que eles conheçam 
não só a natureza do cuidado bem sucedido com a criança, mas também as inúmeras condições 
sociais e psicológicas que influenciarão no seu desenvolvimento (MUNHÓZ, 2003). Porém, o 
nascimento de uma criança deficiente, seja qual for o tipo de deficiência, pode trazer para a família 
sentimentos de culpa, rejeição, negação ou desespero (neste caso, consideradas como reações 
normais), abalando sua própria estrutura e necessitando de uma mudança de valores e até de estilo 
de vida. É necessária uma reestruturação familiar, pois será inicialmente na família, através dos 
relacionamentos intrafamiliares, que esta criança aprenderá a conviver e descobrir a vida e o mundo 
(MOURA; VALÉRIO, 2003). 
Quanto às mudanças que acontecem nas famílias, elas estão relacionadas principalmente ao 
emprego, em especial, ao emprego da mãe. Pode haver casos em que alguns relacionamentos 
familiares são fortalecidos e em outros casos, essa relação pode ser de intenso sofrimento, no qual 
um dos pais sofre de maneira isolada. Ocorrem conflitos para ajustes de horários, brigas entre os 
pais podendo resultar em separação, disputas entre irmãos, pois, por haver necessidade de uma 
atenção extra para o filho com deficiência, o mais velho pode se sentir deslocado e sofrer pela falta 
dos pais (SILVEIRA; NEVES, 2006). 
Estes são responsáveis por tomar decisões importantes para as crianças, como o tipo de 
escola em que ela frequentará, como vão educá-la, como auxiliar essa criança, e como lidar com o 
preconceito dos demais. Deverão futuramente se preocupar com aspectos fundamentais como a 
rejeição dos companheiros, surgimento do interesse sexual e escolha vocacional. Posteriormente os 
pais têm a preocupação de fazer os ajustes necessários, transferir as responsabilidades parentais para 
outros subsistemas da família ou instituições, para que o filho receba a atenção que necessita após 
a sua morte (COSTA, 2009). 
 
4 
2.3 A ESCOLA E OS PROFESSORES NA EDUCAÇÃO ESPECIAL 
 
A escola especial precisa ter um perfeito conhecimento das características das crianças e 
jovens que nela estão, e que dependerão muito dela para obterem um desenvolvimento cognitivo em 
todas as esferas de sua vida. Isso só é possível a partir de um projeto político-pedagógico que possa 
responder às particularidades de seus educandos, tanto as particularidades pessoais de origem 
biológica, quanto as que são construídas na vida social, nas relações concretas de vida de cada um. 
É importante lembrar que no caso de escolas regulares que escolham receber estes alunos, será 
necessário estes mesmos conhecimentos (PADILHA, 2000). 
Para Vitta et. al. (2010) a inclusão escolar destes indivíduos é vista pelos professores como 
uma ação muito mais humanitária do que realmente educacional. A proposta inclusiva, para muitos 
professores, leva em consideração apenas a possibilidade de interação social destes, visando muito 
mais o bem-estar social destes alunos, desconsiderando as possibilidades de um real 
desenvolvimento cognitivo. 
O professor no contexto de uma educação inclusiva precisa muito mais do que no passado, 
ser capacitado para lidar com as diferenças, com as singularidades e a diversidade de todas as 
crianças e não com um modelo de pensamento comum a todas elas. O ensino deve se adaptar às 
necessidades dos alunos, ao invés de esperar que o aluno se adapte ao ritmo e a natureza comum aos 
processos de aprendizagens. 
Acredita-se que é preciso preparar os professores para obter sucesso na inclusão, através de 
um processo de inserção progressiva. Porém os professores, só poderão adotar esta postura se forem 
adequadamente equipados, se sua formação for melhorada, se lhes forem dados meios de avaliar 
seus alunos e elaborar objetivos pedagógicos, e se puderem contar com uma orientação eficiente 
nesta mudança de postura para buscar novas aquisições e competências (ZANINI, 2007). 
O professor deve estar ciente do quadro com o qual está trabalhando, ou seja, deve ter 
possibilidades de se informar acerca das necessidades especiais de seu aluno, de se reciclar, 
participar de eventos que favoreçam sua atualização sobre o tema, de obter apoio de toda a escola, 
afinal o aluno não é somente responsabilidade de um professor, mas sim de uma equipe 
institucional de educação. Para tanto, o educador deve ser criativo, comprometido, porém não muito 
ansioso e inseguro para não transmitir esse sentimento à criança, que muitas vezes, é bastante 
perspicaz para perceber que não está correspondendo como deveria, ou está num nível intelectual 
abaixo de sua turma (RUIZ, 2008). 
 
 
 
5 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A evolução da educação de crianças e jovens especiais é bastante evidente, visto que em um 
olhar sobre o contexto histórico pode-se notar que antigamente estes indivíduos não recebiam 
nenhuma atenção, chegando a ser marginalizados e excluídos da sociedade. Atualmente, não só o 
número de escolas especializadas na área está aumentando, como as escolas de ensino regular estão 
em um processo de adaptação para receber estes alunos. 
Considerando o processo educacional como um todo, não há como excluir a família deste 
processo. Mesmo que a vida familiar seja diretamente afetada com o nascimento de um filho 
especial, é importante que haja a aceitação dentro da própria casa, para que na sociedade este 
indivíduo possa estar fortalecido para enfrentar as dificuldades. 
Vale ressaltar ainda a dificuldade das escolas em se adaptar para receber pessoas deficientes. 
Há uma falta de preparo dos professores, e acredita-se até em uma falta de preparo da comunidade 
escolar para estar integrando estes alunos. É importante o desenvolvimento de uma prática eficiente 
para preparar estes profissionais, e a realização de um trabalho educacional com a classe de alunos 
“normais” para que possam receber os indivíduos com necessidades especiais com naturalidade e 
sem preconceitos. 
 
REFERÊNCIAS 
 
BUENO, José Geraldo Silveira. Educação especial brasileira: integração/segregação do aluno 
diferente. São Paulo: Editora PUC-SP, 1993. 
 
CABREIRA, Priscila Aguirre. O papel da família frente à inclusão do deficiente visual: 
contribuições psicopedagógicas. 2010. 8 f. Artigo científico, Unilasalle, Canoas, 2010. 
 
COSTA, Maria I. B. Carvalho. A família com filhos com necessidades educativas especiais. 
2009. 27 f. Artigo científico, Escola Superior de Enfermagem de Viseu, Viseu, 2009. 
 
DE VITTA, Fabiana C. Frigieri; DE VITTA, Alberto; MONTEIRO, Alexandra S. R. Percepção de 
professores de educação infantil sobre a inclusão da criança com deficiência. 2010. 14 f. Artigo 
Científico – Revista Brasileira de Educação Especial, Marilia, 2010. 
 
6 
FERNANDES, Lorena Barolo; SCHLESENER, Anita; MOSQUERA. BREVE HISTÓRICO DA 
DEFICIÊNCIA E SEUS PARADIGMAS. 2011. 13 f. Artigo Científico - Revista do Núcleo de 
Estudos e Pesquisas Interdisciplinares em Musicoterapia, Curitiba, 2011. 
 
MOURA, Leonice; VALÉRIO, Naiana. A família da criançadeficiente. 2003. 5 f. Dissertação 
(Mestrado em Distúrbios do Desenvolvimento), Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2003. 
 
MUNHÓZ, Maria Alcione. A contribuição da família para as possibilidades de inclusão das 
crianças com síndrome de Down. 2003. 127 f. Dissertação (Doutorado em Educação), UFRGS, 
Porto Alegre, 2003. 
 
PADILHA, Anna Maria Lunardi. Práticas educativas: Perspectivas que se abrem para a 
Educação Especial. 2000. 24 f. Dissertação (Doutorado em Educação), UNICAMP, Franca, 2000. 
 
ROGALSKI, Solange Menin. Histórico do surgimento da educação especial. 2010. 13 f. Artigo 
Científico, Instituto de Desenvolvimento Educacional do Alto Uruguai – IDEAU, 2010. 
 
RUIZ, Hérica Elaine Barbosa. Metodologias alternativas no aprendizado de pessoas com 
necessidades educativas especiais, incluindo deficiência mental, em níveis diversificados de 
comprometimento. 2008. 26 f. Artigo científico - Programa de Desenvolvimento Educacional, 
UNICENTRO, Pitanga, 2008. 
 
SILVEIRA, Flávia Furtado; NEVES, Marisa M. B. da Justa. Inclusão Escolar de Crianças com 
Deficiência Múltipla: Concepções de Pais e Professores.2006. 8 f. Artigo Científico, 
Universidade de Brasília, Brasília, 2006. 
 
ZANINI, Fernanda. Educação inclusiva e o papel do professor especialista. 2007. 100 f. 
Monografia (Conclusão do curso de Pedagogia), UNESP, Bauru, 2007.

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