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UNIVERSIDADE ALTO VALE DO RIO DO PEIXE-UNIARP CURSO DE PSICOLOGIA ADRIANA JUSTIMIANO TÓFFOLI JAQUELINE GATTI THAIS DUARTE RELATÓRIO DE ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO - SNIFFY FRAIBURGO 2018 ADRIANA JUSTIMIANO TÓFFOLI JAQUELINE GATTI THAIS DUARTE RELATÓRIO DE ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO - SNIFFY Relátorio apresentado para a disciplina de Método Experimental do Comportamento II, no 2º semestre de 2018, sob orientação da professora Ana Cristina Matteucci Vanz. FRAIBURGO 2018 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 04 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE OS CONCEITOS ............................... 05 3 RELATÓRIO DE ATIVIDADES ..................................................................... 07 4 OBJETIVOS .....................................................................................................11 5 DISCUSSÃO ...................................................................................................12 6 CONCLUSÃO .................................................................................................15 7 REFERÊNCIAS ...............................................................................................16 4 1. INTRODUÇÃO Através do método experimental do comportamento estudamos os comportamentos dos sujeitos e suas relações com o meio. Quando um comportamento interage com o meio de forma a alterá-lo e ser afetado por ele, chamamos esse comportamento de operante. Nesse experimento tivemos como objetivo observar o comportamento operante do sujeito, no caso o rato virtual Sniffy Pro. No presente relatório constam as observações feitas através do experimento executado com o rato virtual, aonde foram aplicados os diversos conceitos estudados durante o semestre, como por exemplo, condicionamento operante, reforço, modelagem, discriminação, extinção e punição. Através dessa observação e registro dos comportamentos emitidos pelo rato virtual podemos perceber cada etapa do condicionamento operante. Dessa forma podemos entender melhor como o ser humano age por contingências e em que situações seus comportamentos são emitidos com maior ou menor frequência. 5 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE OS CONCEITOS Condicionamento operante O comportamento operante gira em torno de alguns preceitos, sendo eles: Esquemas de reforço, modelagem e discriminação. Quando uma reposta emitida é recompensada denomina-se reforço. Estes reforços podem ser negativos ou positivos. Lembrando que em análise do comportamento os termos “positivo” e “negativo” não são sobre algo ser bom ou ruim, mas sim de acrescentar algo em seu ambiente ou retirá-lo. O condicionamento operante (por vezes referido como condicionamento instrumental) é um método de aprendizado que ocorre através de recompensas e punições para o comportamento. Através de condicionamento operante, uma associação é feita entre um comportamento e uma consequência para esse comportamento. Por exemplo, quando um rato de laboratório pressiona um botão azul, ele recebe uma bolinha de comida como recompensa, mas quando ele aperta o botão vermelho ele recebe um leve choque elétrico. Como resultado, ele aprende a pressionar o botão azul, mas evitar o botão vermelho. Reforço (positivo e negativo) O reforço positivo ocorre quando uma recompensa é dada para o comportamento desejado. Por exemplo, alguém com uma fobia de dirigir pode conduzir o carro até a sua loja favorita. Compras na loja é o reforço positivo para o ato de dirigir. Reforço negativo ocorre quando algo desagradável é removido devido ao comportamento desejado. Por exemplo, alguém com uma fobia de cobras arruma um emprego em uma loja de animais e pode se tornar um especialista em aves para evitar lidar com as cobras. Modelagem A modelagem no Behaviorismo consiste em reforçar as aproximações sucessivas tendo por fim um comportamento desejado, sendo por isso a modelagem também chama do “método das aproximações sucessivas”. O objetivo da modelagem é ensinar o rato a pressionar a barra. Qualquer comportamento mais próximo dessa resposta de pressão a barra é reforçado, por exemplo: o rato farejou a barra ele ganha reforço, a partir daí só é reforçado se ele farejar novamente ou se emitir algo mais próximo, se ele se levantar próximo a barra ele é reforçado, mas não terá o reforço caso fareje a barra novamente. Esse procedimento não necessita de nenhum tipo de registro, e pode levar mais de uma seção, só sendo encerrada após o rato estar modelado, que é quando ele pressiona a barra no mínimo 15 vezes em uma única seção, sem nenhum tipo de intervenção do experimentador. 6 Discriminação A discriminação é a capacidade de perceber diferenças entre estímulos e responder diferentemente a cada um, dessa forma, no mesmo exemplo citado acima, o motorista estimulou sua capacidade de perceber que se a sinaleira estiver vermelha é para parar e verde prosseguir, assim, cada vez que ele for apresentado a essa situação, a resposta será emitida. Extinção Um dos processos formulados pela Análise Experimental do Comportamento, foi a extinção, este, pode ser entendido, como uma eliminação de comportamentos indesejáveis ou inadequados, tendo assim, como consequência, a resposta sendo diminuída de frequência ou extinta. Refere-se ao enfraquecimento gradual de uma resposta condicionada que resulta no decréscimo ou desaparecimento do comportamento. Em outras palavras, o comportamento condicionado eventualmente para. Exemplo de extinção: imagine que você ensinou seu cão a levantar as patas. Com o tempo, o truque tornou-se menos interessante. Você para de recompensar o comportamento e, eventualmente, para de pedir ao animal para levantar as patas. Eventualmente, a resposta torna-se extinta, e o cão não exibe o comportamento. Punição Negativa Na psicologia comportamental, o objetivo da punição é diminuir o comportamento que a precede. No caso de punição negativa, envolve tirar algo de bom ou desejável para reduzir a ocorrência de um comportamento particular. Punição negativa tira algo para diminuir a ocorrência de um comportamento. Punição Positiva O objetivo da punição é diminuir o comportamento que se segue. No caso de punição positiva, trata-se de apresentar um resultado desfavorável ou evento seguinte à um comportamento indesejável. 7 3. RELATÓRIO DE ATIVIDADES A primeira sessão foi a observação e anotação de comportamentos emitidos pelo rato virtual em Nível Operante. Para Moreira e Medeiros (2007), o comportamento operante é aquele que produz consequências (modificações no ambiente) e assim é afetado por elas. Algumas dessas consequências aumentam a probabilidade de o comportamento voltar a ocorrer, essas consequências são chamadas de reforço. O objetivo era verificar a intensidade da resposta de pressão à barra, antes que qualquer operação fosse introduzida e modificasse tal força, também obter dados para comparação de como o sujeito se comportava antes da intervenção ser realizada e após a intervenção. No início da sessão o ratinho virtual começou a emitir comportamentos indiscriminados. Enquanto uma integrante do grupo observava e relatava em voz alta os comportamentos realizados pelo rato, a outra integrante anotava as informações numa folha de registro, ea terceira integrante do grupo cronometrava por minuto. A sessão foi de 50 minutos; foram considerados os comportamentos de pressionar a barra, tocar a barra, farejar, levantar- se e limpar-se, através de anotações feitas nas folhas de registro. Figura 1 – A figura 1 representa as taxas de comportamentos emitidos pelo rato em nível operante durante 50 minutos. Na segunda sessão, observamos e registramos os comportamentos no Treinamento para uso do comedouro. No início da sessão, o rato emitiu seus comportamentos na caixa. Para iniciar o condicionamento no rato virtual de pressionar a barra, aguardamos ele se aproximar do comedouro e oferecemos uma pelota de comida para que ele fizesse a associação do som da pressão à barra com a 0 10 20 30 40 50 60 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 REGISTROS DO NÍVEL OPERANTE Tempo min COMPORTAMENTO Pressionar a barra COMPORTAMENTO tocar a barra COMPORTAMENTO farejar COMPORTAMENTO levantar-se COMPORTAMENTO limpar-se 8 disponibilidade de obter o alimento. Thorndike (1901), afirma que essa associação ocorre não pelo uso do raciocínio, mas porque o comportamento se estabeleceu quando seguido de certas consequências. Após a barra do gráfico do programa atingir a altura de ¾ da altura da escala, soubemos que o rato havia associado o som com a liberação de alimento e, sempre que a barra era pressionada, liberava comida, o rato imediatamente voltava ao comedouro, pois assim associou o som da barra com as pelotas de alimento. Figura 2 – A figura 2 indicava que quando a barra sound food atingisse ¾, Sniffy havia adquirido a associação entre o som da vasilha e o alimento. Figura 3 – A figura 3 mostra quantas vezes o reforço foi fornecido num período de 20 minutos. Na terceira sessão o objetivo era a modelagem de Sniffy para que aprendesse a pressionar a barra e assim recebesse uma porção de comida (reforço positivo) fornecida no comedouro, juntamente com a porção de comida ouvíamos um som, o qual Sniffy associava com o reforço. Para Skinner (2003, p.71), uma resposta já ocorrida não poderá ser prevista ou controlada, nos levando a prever a ocorrência de futuras respostas que podem ser melhoradas, aproximando-se da resposta desejada. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 4 3 7 3 1 3 7 4 3 7 17 19 14 14 16 11 17 6 8 14 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 Treinamento para uso do comedouro Minutos Reforços fornecidos 9 Na fase do Treinamento para uso do Comedouro, que antecedeu a modelagem, foram estabelecidos alguns padrões de comportamento de aproximações sucessivas, e liberado o alimento assim que o rato correspondesse aos comportamentos esperados. Nesta etapa, sempre que o rato repetia o comportamento de se levantar de frente para a parede de trás da caixa em qualquer lugar da câmera operante, pelotas de alimento eram liberadas. Depois de algumas repetições passou a ser liberado o alimento todas as vezes que ele se levantava próximo da parede de trás no fundo da caixa, e logo após inúmeras repetições, o alimento passou a ser liberado somente quando o rato tocasse a barra. Com isso, ele já começou a pressionar a barra sozinha a fim de receber o alimento. Figura 4 – A figura 4 indicava que quando a barra bar sound atingisse ¼ da altura máxima, Sniffy estaria desenvolvendo a associação entre a barra e o som. Figura 5 – A figura 5 mostra quantas vezes o reforço foi fornecido e as respostas de pressão a barra emitidos por Sniffy, num período de 20 minutos. A quarta sessão, era a aprendizagem de discriminação simples com um som, o tempo da atividade foi de 20 minutos, aonde fizemos anotações sobre as observações feitas dos comportamentos emitidos por Sniffy quando havia som e quando não havia som nenhum, com base no Esquema de Reforçamento Continuo (CRF). Na Quinta sessão, ocorre a extinção do condicionamento operante, aonde modelamos o Sniffy para que o comportamento condicionado anteriormente fosse 0 5 10 15 20 25 30 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 MODELAGEM Reforços fornecidos Respostas de pressão a barra 10 extinto, programamos o software para não fornecer mais porções de comida quando Sniffy pressionasse a barra e também para não emitir mais som nenhum. Registramos os comportamentos emitidos pelo Sniffy, e o índice de pressão à barra, Sniffy pressionou a barra e não recebeu o alimento (reforço), como consequência disso, o número de vezes que ele pressionava a barra diminuiu. Na sexta sessão faremos uma única punição suave para modelar Sniffy com o uso de punição para que o comportamento condicionado de pressão a barra seja diminuído. Observamos que na primeira vez em que Sniffy pressionou a barra ele emitiu a reação de saltar, a qual indicou que o animal havia levado um choque, Sniffy ficou com o comportamento desorientado e não pressionou mais a barra durante 2 minutos de atividade. Na sétima sessão fizemos uma única punição severa, modelamos Sniffy com o uso da punição severa para que o comportamento de pressão a barra fosse diminuído ou até mesmo extinto. Observamos comportamentos parecidos com os emitidos na sessão anterior. Figura 6 – A figura 6 foi presentada na sétima sessão. Na oitava e última sessão, com o uso de punições suaves repetitivas, o comportamento será extinto. Quando Sniffy pressionava a barra ele emitia uma reação de saltar, e cada vez que pressionava a barra levada um choque suave e em cada choque podíamos observar que seu salto era mais alto. Figura 7 - A figura 7 representa a extinção do comportamento de pressão à barra por falta do estímulo incondicionado. 11 4. OBJETIVOS O experimento teve como objetivo a aplicação de alguns conceitos, aonde podemos afirmar que o objetivo do trabalho foi alcançado com a associação do conteúdo teórico com a prática realizada através das observações e anotações dos resultados de cada experimento com o rato. O objetivo do experimento era fazer com que o rato pressionasse uma barra para receber alimento, e após a aprendizagem de tal comportamento, o rato foi submetido à extinção, ou seja, seu comportamento de pressionar a barra não foi mais reforçado para que o animal recebesse alimento. O experimento verificou como o sujeito opera sobre o seu ambiente a partir de estímulos inseridos e sua resposta operante pode ser observada e analisada. Podemos utilizar o experimento para compreender de forma clara como os organismos operam e emitem respostas de acordo com as modificações de ambiente. 12 5. DISCUSSÃO O condicionamento operante considera que as consequências de um comportamento podem influenciar a probabilidade de este ocorrer novamente. O objetivo desta atividade é estabelecer a linha de base da frequência das respostas de pressão à barra, limpeza, andar, erguer-se, farejar. “Definição Nível operante é o "nível de linha de base de um operante; a taxa com que uma resposta ocorre antes de ser reforçada" (Catania, 1999, p. 411).” Durante o registro de nível operante foram registradas as frequências das seguintes respostas: Pressão à barra: era registrada uma ocorrência desta resposta quando o animal tocava a barra com uma ou duas patas dianteiras ou com a cabeça, produzindo uma pressão na barra de tal forma que se ouvisse o “clique” característico do mecanismo em funcionamento da barra. Limpeza: era registrada uma ocorrência dessa resposta quando o animal esfregava as patas dianteiras na cabeça e/ou focinho e/ ou corpo, duas ou três vezes seguidas. Andar: eraregistrada uma ocorrência dessa resposta quando o animal se movia pela caixa. Cada ocorrência dessa resposta era registrada quando ele se movia após emitir qualquer outro tipo de resposta. Erguer- se: era registrada uma ocorrência dessa resposta quando o animal se levantava sobre as patas traseiras aproximando o focinho do teto ou do topo das paredes da caixa de skinner. Farejar: era registrada uma ocorrência dessa resposta quando o animal aproximava o focinho, enrugando-o, do piso ou das paredes da caixa experimental, sem, contudo, retirar as duas patas dianteiras do piso. Para contar uma nova ocorrência o animal deveria ficar sem farejar por pelo menos 2 segundos. As ações de liberar reforço (pelota de comida) quando o Sniffy estava em pé na frente do comedouro foi um comportamento apreendido e benéfico para o experimento. “O reforço tem como característica aumentar e também de diminuir frequência de comportamento, com isso ocasiona o aumento da frequência de um comportamento reforçado (Moreira & Medeiros,2007).” Com isso a diferença básica do reforço positivo e o reforço negativo o positivo é um estímulo acrescentado ao ambiente e o reforço negativo é um estímulo retirado do ambiente. Ambos aumentam a probabilidade do comportamento ocorrer (Moreira & Medeiros,2007). Na modelagem ensinamos um comportamento novo ao Snnify. Através dos reforços e extinções com aproximações sucessivas vimos como ocorre a aprendizagem. Snnify que antes não apresentava o comportamento desejado foi modelado e passou pelo processo de aprendizagem para que finalmente apresentasse tal comportamento e o inserisse em seu repertório. “Para modelar um comportamento, utiliza-se o procedimento de aproximações sucessivas, pelo qual reforça-se os comportamentos mais 13 próximos ao comportamento final desejado, o reforço diferencial cujo reforço é diferenciado entre uma e outra classe de comportamento e a imediaticidade da disponibilização do reforço, ou seja, o reforço precisa estar presente exatamente no momento em que o comportamento desejado for realizado para obter resultados mais efetivos. (Skinner) ” Foi observado que a alteração do comportamento de Snnify em relação ao início do experimento era a associação som/barra, que foi adquirida no final do procedimento, sendo essa uma das intenções do experimento. A modelagem, feita após o pareamento som/barra para que Snnify aprendesse o comportamento de pressionar a barra para ganhar alimento com reforços e extinções através de aproximações sucessivas foram atingidas. De acordo com David Myers, o método de aproximação sucessiva deve-se exigir do sujeito uma sequência de comportamentos que, aos poucos, vão se aproximando do comportamento desejado, assim, modelando o rato. Discriminação é o processo de estímulos que geralmente antecedem um comportamento que é reforçado, tornando-se um estimulo discriminativo. No treino discriminativo Snnify percebe que não é em todo contexto que obtém reforço. Na caixa de Skinner, Snnify aprende que só vai ter acesso à comida quando ao pressionar a barra ele ouve o som, sendo assim o som é o estimulo discriminativo. Assim treinamos discriminativamente o organismo a discriminar no ambiente o momento certo que será reforçado. “Segundo REESE (1975, p.28) “a discriminação se estabelece pelo fato de um comportamento ser reforçado na presença de uma situação estimuladora e não ser na presença de outra situação estimuladora, processo esse chamado de ‘reforçamento diferencial’”. Na etapa da extinção fizemos com que o comportamento de pressão a barra não mais ocorresse retirando seu reforço. O Snnify que antes era reforçado ao se comportar de determinada maneira, passou a não mais apresentar tal comportamento quando verificado que não seria mais reforçado. O efeito da extinção não ocorreu de maneira imediata, primeiramente Snnify aumentou consideravelmente a frequência do comportamento e diminuiu o número de respostas aos poucos até que não mais o apresentasse. Como esperado da extinção de um comportamento que tinha uma contingência de reforço onde todos os comportamentos eram reforçados, o Snnify aumentou consideravelmente a frequência do comportamento. “Moreira e Medeiros (2007) relata que quando suspendemos o reforço do comportamento pode ocorrer a probabilidade do comportamento diminuir, onde ele retorna ao nível operante (nível anterior, antes do comportamento ser reforçado). Portanto o procedimento de extinção do comportamento gera o resultado da diminuição da frequência do comportamento.” Para a punição foi retirado o reforço do comportamento de pressão a barra e em seu lugar, colocada uma punição positiva com um choque de baixa potência 14 apenas no primeiro comportamento de pressão a barra. Após a punição que ocorreu no primeiro segundo do experimento tivemos uma supressão imediata do comportamento de modo que Snnify não o apresentou mais durante os dois primeiros minutos. A punição é também um meio por qual podemos suprimir comportamentos. Dependendo da magnitude da punição, o resultado pode ser observado de imediato ou a um certo prazo de tempo. Quando demos uma punição suave para Snnify com choques observamos de início que não é mais apresentado aquele comportamento punido. Porém ele retornou a ocorrer depois de certo tempo e quando não foi mais reforçado, ele foi extinto mesmo que a punição ocorra somente na primeira vez. “Skinner conceitua punição como uma eliminação dos comportamentos inadequados, ameaçadores ou por outro lado, indesejáveis de dado repertório, com base no princípio de quem é punido apresenta menor probabilidade de repetir seu comportamento... Comportamentos sujeitos a punição tendem a repetir assim que as contingências punitivas sejam removidas (Moreira & Medeiros,2007 apud Skinner 1993 p.50).” 15 6. CONCLUSÃO Podemos concluir com base neste trabalho que os experimentos além de possibilitarem a aplicação da teoria à prática, pudemos observar que todo estimulo emitido fornece uma resposta, todo comportamento reforçado tende a permanecer e que a retirada de estímulos, após algum tempo leva a extinção do comportamento. Tivemos também a experiência de trabalhar diretamente com a teoria Behaviorista de Skinner, condicionar e modelar Sniffy como era feito em experimentos antigos, e a partir daí procurar entender e trabalhar a parte prática de toda a teoria da Análise Experimental do Comportamento. Ao realizar o experimento encontramos algumas dificuldades para executar as atividades, um dos motivos foi pelo programa ser em inglês, dificultando o entendimento, mas com persistência em nosso objetivo conseguimos realizar todas as atividades, levando em consideração que algumas delas foram realizadas até 3 vezes para serem concluídas com êxito. No decorrer da prática fomos nos familiarizando com o software, o que tornou a realização dos procedimentos mais eficazes. Apesar de termos encontrado dificuldades para condicionar e modelar o Snnify, pudemos assim ver na prática, que os comportamentos produzem modificações no ambiente e são afetados por elas. Muitas vezes eliciamos uma resposta por causa das suas consequências, e este estudo nos leva a pensarmos nas nossas ações e entendermos que dessa forma modificamos e somos modificados pelo ambiente. Este trabalho foi de grande valia, uma vez que, proporcionou aos alunos uma compreensão mais ampla e sólida acerca dos conceitos trabalhados unindo teoria e prática. 16 7. REFERÊNCIAS Disponível em: <https://psicologado.com.br/abordagens/comportamental/a- modelagem-e-o-controle-do-comportamento © Psicologado.com.br> Disponívelem: <https://euniverso.net.br/o-que-e-modelagem-no-behaviorismo/> Disponível em: <https://psicoativo.com/2016/08/condicionamento-operante-definicao- como-funciona-e-exemplos.html> Disponível em: <https://psicoativo.com/2016/07/behaviorismo-definicao-punicao-e- reforco-positivo-e-negativo.html> MOREIRA, Márcio B; MEDEIROS, Carlos A. Princípios Básicos de Análise de Comportamento. Porto Alegre: Editora Artmed 2007. Disponível em: <https://euniverso.net.br/o-que-e-modelagem-no-behaviorismo/>
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