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SERVIDÃO MODERNA

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No mundo antigo, mais precisamente o mundo greco-romano, não havia as mesmas condições de trabalho do mundo atual, com status, salário e voluntarismo. Seja na Grécia, Roma, Israel ou Egito, em vários livros de história, ou até mesma na bíblia, podemos observar que a forma de trabalho desta época era escravo, sem opção de querer ou não servir. 
Nos tempos atuais não é diferente, continuamos com a mesma escravidão. No entanto, somos escravos voluntários, corremos e brigamos por uma vaga de emprego, escolhemos em qual área queremos servir e, ainda, ambicionamos determinado lugar e ovacionamos quem nos aprisiona. A escravidão é geral, seja no trabalho, indústria do consumo e alimentícia, tudo graças ao capitalismo que nos aprisiona em jaulas de alienação, dita o que devemos fazer, agir, comprar e até comer. Onde fica a liberdade da humanidade? Não há! Existe um distanciamento enorme entre o exercício do trabalho e a esfera da mesma, que é um elemento imprescindível para que o homem possa gozar de sua condição humana. Como diz o historiador Perry Anderson: “O divórcio entre o trabalho material e a esfera da liberdade era tão rigorosa que os gregos não tinham uma palavra em sua língua nem mesmo para expressar o conceito de trabalha, tanto como conduta pessoal, quanto como função social. O trabalho na agricultura e o trabalho artesanal eram supostas ‘adaptações’ à natureza, e não transformações dela; eram formas de serviço”. Os próprios filósofos antigos, como Platão, viam o trabalho como algo alheio a qualquer valor humano.
Como dito anteriormente, a servidão moderna é uma escravidão é voluntária, consentida pela multidão de escravos que se arrasta pelo mundo todo. O capitalismo nos coloca “freios de burro” que só nos permite enxergar o que eles querem. Nos dizem qual carreira trabalhadora é a melhor, quantas pessoas não dão seu sangue por determinada vaga em um curso de graduação e/ou por determinada vaga de emprego, que o sistema opressor diz ser o melhor para as classes, e incluem nisto uma desigualdade desenfreada, onde o que possuir maior poder socioeconômico conseguiria o tão sonhado salário. Só consegue quem eles querem! Quem eles não querem, fica com o trabalho operário, e ainda pagam por suas jaulas. A escolha do explorador, quem deverão servir para que isso acontecesse, foi necessário tirar desta classe a consciência de sua exploração e de sua alienação. Esse “freio de burro” não para, que nos faz olhar para mercadorias que sugerem ser vitais a vida e, nelas, difundem informações do sistema, como se tudo fosse um verdadeiro paraíso. Estas mercadorias nos fazem reféns, nos escravizam e dizem trazer felicidade e plenitude. Mas você escolhe o produto porquê quer ou pelo fato de te dizerem que é essencial? Você é livre para escolher? A indústria agroquímica nos enfia alimentos cancerígenos, cheio de restos de animais e corantes, mas, como todo produto da escravidão, traz prazer imediato, como regra do consumo. 
O reverso dos escravos da antiguidade, aos servos da Idade Média e aos operários das primeiras revoluções industriais, o curta demonstra que estamos hoje em dia frente a uma classe totalmente escravizada, pessoas que são manipuláveis por todo tipo de veículos de comunicação, que traz o entretenimento para amenizar e maquiar a verdadeira face da realidade. A mensagem do documentário seria até que ponto estamos sendo manipulados, fingimos não ver o obvio, deixamos o lado humano social e mergulhamos no individualismo na cobiça por ascensão materialista nos tornando cegos diante de uma situação exploradora que o capitalismo selvagem traz, sendo as pessoas passivas diante desse.

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