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Fotoiniciadores e fotoativadores

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Fotoiniciadores
Os fotoiniciadores também estão presentes na composição das resinas compostas fluidas convencionais e autoadesivas. Eles são responsáveis pela geração de radicais livres que darão início ao processo de polimerização. A canforquinona (CQ) é o fotoiniciador mais utilizado em materiais restauradores resinosos. Esse fotoiniciador absorve luz com comprimento de onda entre 400 e 500 nm, atingindo um estado de excitação triplete. Neste momento ela atrai as moléculas de uma amina terciária como, por exemplo, a EDMAB e a transferência de um elétron da amina para a canforquinona forma um complexo denominado “exciplex”. Com isso, a amina transfere um hidrogênio, resultando na formação de um radical amino e um radical cetila. Enquanto o radical cetila é inativo, o radical amino é responsável pelo início do processo de polimerização 
Apesar de amplamente empregado, o sistema CQ+EDMAB apresenta desvantagens. A CQ possui coloração amarelada, além de poder proporcionar alguns efeitos adversos, como genotoxicidade. Já a amina sofre oxidação e está relacionada com menor estabilidade de cor do material. 
Com o intuito de superar essas limitações, outros fotoiniciadores surgiram para substituir ou agirem em conjunto com a canforquinona. É o caso dos óxidos fosfínicos, como o óxido mono-alquil fosfínico (TPO) ou o óxido bis-alquil fosfínico (BAPO). Esses fotoiniciadores são do tipo I de acordo com Norrish, o que significa que não necessitam de uma molécula co-iniciadora para gerar radicais livres e são capazes de gerar esses radicais a partir da clivagem da própria molécula. Esses fotoiniciadores alternativos são mais sensíveis para comprimentos de onda menores que 420 nm. Isso é um problema para as luzes LED de primeira e segunda geração, que produzem apenas comprimentos de onda mais longos na faixa de 450 a 470 nm. Por isso para uma eficiente polimerização quando utilizados esses fotoiniciadores, há a necessidade de utilização de um fotopolimerizador de amplo espectro como lâmpadas halógenas de quartzo-tungstênio ou LEDS de terceira geração.
Em 2013, Albuquerque et al. avaliaram o grau de amarelamento de compósitos resinosos com diferentes fotoiniciadores antes e após a fotoativação. Concluíram que as resinas que utilizaram TPO foram as únicas que ficaram mais amareladas imediatamente após a fotoativação. Mesmo assim, TPO apresentou menor grau de amarelamento após a fotoativação em relação à CQ+EDMAB e BAPO. Além disso, os autores concluíram que os compósitos obtiveram grau de conversão semelhante entre si, qualquer que fosse o fotoiniciador utilizado, assim como o valor de absorção de água foi similar entre BAPO, TPO e CQ. Por outro lado alguns estudos mostram que resinas compostas formuladas com TPO e BAPO possuem maior grau de conversão, quando fotoativada com um aparelho LED polywave (Bluephase G2, Ivoclar-Vivadent) e menor tonalidade de amarelo em relação aos materiais formulados com CQ.
Fotoativação
Para os materiais resinosos, há a necessidade da aplicação de uma luz com comprimento de onda específico, que possa excitar o fotoiniciador presente e desencadear a reação de polimerização. Atualmente, a luz utilizada para fotoativação de materiais resinosos está concentrada na região do espectro de luz azul (400nm-500nm). Um aparelho fotoativador, para garantir fotoativação satisfatória mínima, necessita de 400mW/cm2.6 Alguns fatores diminuem a irradiância do aparelho fotoativador: aumento da distância ponteira-material restaurador, aparelhos com bateria fraca, equipamentos com filtro gasto, dentre outros. Existem aparelhos para realizar a mensuração da irradiância das fontes de luz, chamados de radiômetros. São normalmente portáteis e específicos para cada fonte de luz. Alguns aparelhos possuem radiômetros acoplados, porém, os mais interessantes são os que medem a irradiância de maneira quantitativa. De maneira geral, o técnico das empresas dos aparelhos fotoativadores normalmente possuem radiômetro, e é interessante avaliar se o equipamento está com a irradiância mínima correta. Para as resinas compostas, deve-se realizar fotoativação com aparelho de luz que tenha no mínimo 400mW/cm2 e com dose de energia mínima de 16J. Isso implica a seguinte regra: para aparelhos menos potentes, no mínino 40s de fotoativação por incremento. Já para aparelhos mais potentes (alta irradiância), no mínimo 20s de luz por incremento. Um fator importante para a fotoativação de resinas compostas é a saturação e opacidade. Para materiais mais saturados, por exemplo, uma resina de cor A4, deve-se aumentar o tempo de fotoativação, já que a maior quantidade de pigmento acaba por barrar a luz que chega a toda a massa de resina.14 Isso também acontece para as resinas designadas para “dentina” ou com opacidade esclarecida pelo fabricante.

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