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A anatomia dentária é a parte da anatomia humana que estuda o órgão dentário e os tecidos em que ele está 
inserido, os quais, juntos, formam o complexo aparelho mastigatório do ser humano.1 Os profissionais que optam 
pela especialidade da Odontopediatria têm a obrigação de conhecer a morfologia dos dentes decíduos em todos 
os seus aspectos, haja vista a grande parte do trabalho clínico realizado sobre essa fase da dentição. Segundo 
Braly, não há ciência básica mais valiosa ao cirurgião-dentista que o conhecimento da forma e da função das 
dentições humanas.2 Apesar disso, esse tema pouco enfatizado nas disciplinas de Odontopediatria. 
Muitos autores descrevem a importância do conhecimento da anatomia dentária no restabelecimento 
anatomofuncional quando ocorre a perda de estrutura dentária decorrente dos processos de cárie.2-4 Além disso, o 
conhecimento da morfologia dos dentes decíduos tem grande relevância em muitos outros aspectos da prática 
clínica. Na realização de terapêuticas pulpares, o clínico deve ter o conhecimento da espessura e das proporções 
dos diferentes tecidos dentários, bem como da anatomia interna dos dentes decíduos. Em relação aos 
traumatismos dentários, o conhecimento da anatomia radicular em conjunto com o ciclo biológico e da relação 
desse dente com seu sucessor permanente é fundamental para o estabelecimento de um diagnóstico preciso e de 
um bom prognóstico das condutas adotadas. 
A forma do dente também influencia as terapêuticas cirúrgicas, ortodônticas e de reabilitação bucal em casos 
de próteses e grandes reconstruções. Até mesmo para o diagnóstico de lesões de cárie, o cirurgião-dentista, 
conhecendo as regiões mais suscetíveis, leva vantagem sobre o leigo nesse assunto. 
Várias formas foram descritas para representar graficamente os dentes. O sistema universal utiliza números de 1 
a 32 para os dentes permanentes e letras de A a T para os decíduos.1,5 O número 1, ou a letra A, no caso dos 
dentes decíduos, simboliza o molar mais posterior do arco superior direito, com a sequência no sentido horário. 
O último símbolo representa o molar mais posterior do lado inferior direito. Já o sistema de notação de Palmer 
utiliza números de 1 a 8 para a dentição permanente e letras de A a E na dentição decídua. A indicação do 
quadrante é feita por meio de dois traços. O traço horizontal corresponde ao quadrante, e o vertical, ao lado. Por 
exemplo, o canino superior decíduo do lado direito é representado por C. Alguns autores preconizam para os 
dentes decíduos o uso de algarismos romanos no lugar das letras.6 Atualmente, o sistema utilizado em maior 
escala é o preconizado pela Fédération Dentaire Internationale (FDI), que utiliza dois dígitos para dentes 
permanentes e decíduos. O primeiro corresponde ao quadrante e o segundo ao dente, como se observa no 
esquema abaixo. 
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18 17 16 15 14 13 12 11 21 22 23 24 26 27 28
48 47 46 45 44 43 42 41 31 32 34 36 38
 85 83 82 81 71 72 75 
 Nomenclatura das estruturas anatômicas 
Superfícies ou faces. São as paredes das coroas ou raízes, que se orientam de maneira diversa. São nomeadas e 
diferenciadas entre si de acordo com a sua posição (superfície vestibular, superfície oclusal etc.). 
Cristas. Elevações lineares na superfície de um dente. Também são nomeadas de acordo com sua localização. As 
cristas marginais são aquelas que cercam a periferia de algumas faces dos dentes, principalmente oclusal nos 
posteriores e lingual nos anteriores. Quando as cristas partem das pontas das cúspides em direção às fossas e aos 
sulcos, são denominadas cristas triangulares. Quando a crista interrompe um sulco, unindo duas cúspides 
obliquamente por suas cristas triangulares, denomina-se crista oblíqua ou ponte de esmalte. Quando esta corre 
no meio da superfície oclusal paralela às cristas marginais, é denominada crista transversa. 
Lóbulos. Segmentos das faces vestibulares e linguais dos dentes anteriores, separados por sulcos, que 
representam partes primárias desses dentes. Têm correlação com as cúspides nos molares. 
Cúspides. São elevações na porção coronária do dente, que caracterizam a divisão das superfícies oclusais (em 
pré-molares e molares) ou incisivas (em caninos). Representam também partes primárias dos dentes. 
Tubérculo. É uma pequena elevação do esmalte localizada em alguma porção da coroa do dente. São diferentes 
das cúspides, pois não são partes primárias. 
Cíngulo. Saliência acentuada localizada na face lingual dos dentes anteriores. 
Fossas. São depressões irregulares ou concavidades amplas. Estão localizadas nas superfícies oclusais dos 
molares e pré-molares ou nas faces linguais dos dentes anteriores. 
Fossetas. São pequenas depressões localizadas no fundo das fossas ou nas junções ou terminações dos sulcos de 
desenvolvimento. 
Sulcos de desenvolvimento. São longas depressões lineares na superfície de um dente entre cristas e cúspides, 
separando partes primárias do dente ou da raiz. 
Sulcos suplementares ou secundários. São sulcos mais rasos que não dividem partes primárias do dente e 
partem das fossas e dos sulcos principais. 
Fissura. É um sulco estreito que se localiza na junção dos planos inclinados dos sulcos, ou seja, na sua 
profundidade.
• Os incisivos são os dentes localizados mais anteriormente no arco. São em número de quatro para cada arco, 
em ambas as dentições. Sua forma é designada primordialmente para cortar. A superfície lingual tem forma de 
pá para ajudar a guiar o alimento dentro da boca 
• Os caninos seguem na sequência dos arcos e são em número de dois para cada, tanto na dentição permanente 
quanto na decídua. Têm as funções de segurar e rasgar os alimentos 
• Os pré-molares são em número de oito e estão presentes apenas na dentição permanente. Na mastigação, têm 
função similar à dos molares 
• Os molares são normalmente em número de doze na dentição permanente e oito na decídua. Esses dentes não 
servem para cortar, mas para moer os alimentos, reduzindo-os em partículas cada vez menores.1,5,7
A dentição decídua é extremamente importante no desenvolvimento do ser humano. Os dentes decíduos, também 
conhecidos como dentes temporários, caducos, de leite, provisórios, da primeira dentição ou da infância, entre 
outros, exercem função vital no desenvolvimento dos músculos da mastigação e na formação dos ossos dos 
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maxilares, além de desempenharem um papel importante na localização, no alinhamento e na oclusão dos dentes 
permanentes. Quando o ciclo biológico desses dentes ocorre sem distúrbios, favorece uma dentição permanente 
sem maiores anormalidades. 
Esses dentes mantêm espaço para os seus sucessores. Além disso, sua erupção favorece o crescimento dos
arcos dentários. Também são fundamentais no preparo mecânico dos alimentos, em uma fase na qual a criança 
está em um dos períodos mais ativos de seu crescimento e desenvolvimento.2,3 Também têm importância na 
fonação e na estética, dois fatores importantes para a socialização. 
A dentição decídua é composta por 20 dentes divididos em dois arcos, sendo oito incisivos, quatro caninos e oito 
molares (Figura 4.1). Esses dentes apresentam uma coloração branca e opaca, bem diferente da dos permanentes. 
Além disso, são menores que os dentes permanentes em todas as dimensões. 
Os dentes anteriores decíduos são menores que seus sucessores permanentes e os molares são mais largos que 
os pré-molares, que ocuparão as mesmas posições nos arcos.
1. Os dentes decíduos são menores, em todas as suas dimensões, que os dentes permanentes correspondentes.Figura 4.1 Vista oclusal dos arcos dentários superior e inferior.
2. O esmalte dos dentes decíduos tem coloração branca mais clara e mais opaca do que a dos dentes 
permanentes, o que dá à coroa uma cor branco-azulada, branco-leitosa ou branco-argilosa, uniformemente 
distribuída por toda a coroa. 
3. O esmalte dos dentes decíduos é mais permeável e mais facilmente desgastado que o esmalte dos dentes 
permanentes. O grau de permeabilidade é diminuído após o início da reabsorção radicular. 
4. A profundidade do esmalte é maior e mais fino que nos dentes permanentes, sendo que a espessura de 
esmalte dos dentes decíduos está em torno de 0,5 a 1,0 mm. 
5. O esmalte tem espessura igual ou quase igual em todas as faces da coroa, terminando abruptamente no nível 
do colo. Nessa porção cervical, os prismas de esmalte inclinam-se para oclusal em vez de se orientarem 
gengivalmente, como ocorre nos permanentes. 
6. Nos dentes decíduos recém-irrompidos, as cúspides tendem a ter pontas mais afiladas. 
7. Os dentes decíduos têm margem e sulcos cervicais mais pronunciados, em especial na face vestibular dos 
molares decíduos. 
8. As superfícies vestibulares e linguais dos molares decíduos são mais planas na depressão cervical do que as 
dos molares permanentes. 
9. As superfícies vestibulares e linguais dos molares, especialmente dos primeiros molares, convergem até as 
superfícies oclusais, de modo que o diâmetro vestibulolingual da superfície oclusal se apresenta muito menor 
que o diâmetro cervical. 
10. As raízes dos dentes decíduos são menores, mais delgadas e mais claras que as dos dentes permanentes. 
11. As raízes dos dentes anteriores decíduos são maiores em proporção à coroa e, no sentido mesiodistal, mais 
estreitas que a dos dentes permanentes. As raízes dos dentes posteriores são mais divergentes para permitir o 
desenvolvimento do sucessor permanente. Sua divergência é maior que a medida da coroa. 
12. As câmaras pulpares são proporcionalmente mais amplas em relação às coroas do que nos dentes 
permanentes e acompanham a morfologia externa da coroa. Os cornos pulpares, especialmente os mesiais, 
são mais altos nos molares decíduos. 
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13. Nos dentes decíduos, há menos estrutura dentária para proteger a polpa do que nos dentes permanentes. Na 
fossa oclusal dos molares decíduos, há uma espessura de dentina comparavelmente maior sobre a parede 
pulpar. 
14. O canal radicular dos dentes decíduos é muito delgado. 
A coroa do incisivo central superior decíduo é bastante achatada no sentido vestibulolingual e há um rebordo 
acentuado junto ao colo.6,9 Sua face vestibular pode ser inscrita em um trapézio com a base maior voltada para a 
borda incisiva do dente.3,8 A largura mesiodistal é maior que a medida cervicoincisiva, diferentemente do seu 
sucessor permanente.1,5,7,8 Essa face é muito reta e os sulcos de desenvolvimento quase não são notados, sendo 
mais frequentes no terço incisal.3-5,10 O lado mesial é bastante plano, enquanto o distal apresenta-se mais 
convexo.2 A borda incisa!é quase sempre reta, exceto em alguns casos onde o ângulo distoincisal é arredondado
(Figura 4.3).
Na face lingual, existem cristas marginais rnesial e dista!e um cíngulo bem desenvolvido. 1 2•5• 10 Entre as cristas 
marginais, há urna fossa lingual, que se limita às porções incisa!e média da face, pela presença do cíngulo no 
terço cervical (Figura 4.4)2•8
As faces proxirnais são triangulares e com os ângulos arredondados3 8 Dessa vista, a coroa apresenta-se larga
em relação ao comprimento, sendo espessa mesmo no terço incisivo. Essas faces são convexas no terço incisivo,
tomando-se planas ou côncavas junto ao colo. 3
Figura 4.2 Diferenças anatômicas entre os dentes decíduos e permanentes. Incisivos. Colo dos molares 
decíduos. Faces proximais. Área de contato. Relação polpa-coroa. Direção dos prismas de esmalte.
A borda incisiva é quase reta, com o ângulo distal um pouco arredondado, e o mesial agudo e vivo.1,2,4,5,8 A 
raiz desse dente é duas vezes mais longa que a coroa. É normalmente única, regularmente cônica, com ligeiro 
achatamento no sentido vestibulolingual. Há um acotovelamento do terço apical para o lado vestibular, em 
virtude da presença do germe do dente permanente.2,6,8
A cavidade pulpar tem a forma externa do dente, com canal radicular único e contínuo com a câmara pulpar, 
sem uma transição definida entre ambos. A cavidade pulpar é relativamente volumosa em relação ao tamanho do 
dente.3 
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O incisivo lateral é menor que o central em todas as dimensões, exceto pelo fato de que o comprimento 
cervicoincisivo é maior que a largura mesiodistal.1,2,4-6
A face vestibular é muito convexa, com os sulcos de desenvolvimento menos pronunciados.3,4,6 A face lingual
é estreita e côncava em virtude da fossa lingual.8 As cristas marginais e o cíngulo são menos pronunciados que 
no incisivo central (Figuras 4.3 e 4.4).3
As faces proximais têm o mesmo formato do incisivo central, e na borda incisiva, o ângulo distoincisivo é 
consideravelmente mais arredondado.2,4-6
A raiz parece mais longa em relação à coroa que o incisivo central. Apresenta um desvio para vestibular e para 
distal no seu terço apical. A cavidade pulpar também segue a forma externa do dente.3
 
Figura 4.3 Incisivos central e lateral superiores decíduos – vista vestibular.
Figura 4.4 Incisivos central e lateral superiores decíduos – vista lingual.
A forma geral da coroa do incisivo central inferior decíduo é de trapézio alongado, com base maior na borda 
incisiva.8 A face vestibular é plana, sem nenhum sulco de desenvolvimento visível.5,6,8,10 A dimensão 
cervicoincisiva é maior que a mesiodistal (Figura 4.5).4
A face lingual estreita-se em direção ao cíngulo. As cristas marginais são menos pronunciadas que nos 
incisivos superiores, mas podem ser facilmente observadas, assim como o cíngulo.1 A superfície lingual pode 
apresentar-se achatada nos terços médio e incisivo ou apresentar uma leve concavidade, que corresponde à fossa 
lingual (Figura 4.6).3,5,10
As faces proximais são triangulares, com lados e ângulos arredondados e com as duas superfícies dispostas 
paralelamente no sentido cervicoincisivo.4 Os contornos dessas faces são totalmente convexos. Dessa vista, a 
borda incisiva é centralizada sobre a raiz.1,2,5
Na borda incisiva, em geral, os ângulos formados com as superfícies proximais são vivos, podendo apresentar 
leve arredondamento no lado distal.4 A raiz é única, longa, com cerca de o dobro da coroa e muito achatada no 
sentido mesiodistal. 
A cavidade pulpar segue o contorno geral externo, sendo mais larga na altura do cíngulo. O canal radicular é 
único e ovalado. Nesse dente, há uma demarcação definida entre a câmara pulpar e o canal radicular.3
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Incisivo lateral inferior 
Esses dentes apresentam dimensões maiores que os incisivos centrais inferiores, além de serem menos simétricos 
(Figura 4.5).1,2,5,6,8,10 O cíngulo é mais desenvolvido e ligeiramente desviado para o lado distal.4,6 A superfície 
lingual entre as cristas marginais pode ser mais côncava.5,10 As faces proximais têm formato semelhante às do 
incisivo central. A superfície distal é menor e mais convexa que a mesial (Figura 4.6).4
A raiz é mais longa, mais afilada e mais estreita que no central.1 Apresenta um desvio para vestibular e para 
distal no terço apical.2,8 A cavidade pulpar segue o contorno do dente e o canal radicular é único e com formato 
oval, sem demarcaçãodefinida na transição da câmara e dos canais pulpares.
Os caninos decíduos são mais robustos que os incisivos decíduos em todos os aspectos. A coroa do canino 
superior apresenta uma constrição na cervical em relação à sua largura mesiodistal. A face vestibular tem forma 
lanceolada e pode ser inscrita em um pentágono com ângulos e lados arredondados. Essa superfície possui 
lóbulos bem desenvolvidos e uma cúspide pontiaguda evidente.1,2,5 Suas dimensões mesiodistal e cervicoincisiva 
são aproximadamente iguais.2-4,6,10 Além disso, essa face é bastante convexa em todos os sentidos, especialmente 
no terço cervical, onde se constata a existência de um túber (Figura 4.7).3,4,6,8
Figura 4.5 Incisivos central e lateral inferiores decíduos – vista vestibular.
Figura 4.6 Incisivos central e lateral inferiores decíduos – vista lingual.
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Figura 4.7 Caninos decíduos superior e inferior – vista vestibular.
Figura 4.8 Caninos decíduos superior e inferior – vista lingual.
A face lingual apresenta duas cristas marginais (mesial e distal) bem evidentes e um cíngulo bem 
desenvolvido que, algumas vezes, pode ser bipartido.7 Um tubérculo pode se estender da ponta da cúspide até o 
cíngulo, dividindo a superfície em duas fossas linguais: mesial e distal.1,2,4-6 Isso faz com que a face lingual seja 
convexa no terço cervical e escavada nos terços médio e incisivo (Figura 4.8).6
As faces proximais são triangulares, com lados arredondados, mais largas do que altas.3 A superfície distal é 
menor e mais convexa.2,4 A ponta da cúspide é levemente distalizada.1,5,8 A borda distal da superfície incisiva é 
menos inclinada.2 Dessa vista, o cíngulo aparece bem centralizado no sentido mesiodistal.2
A raiz do canino superior é robusta nos terços cervical e médio e levemente inclinada para vestibular no terço 
apical.2,6 Tem formato cônico e apresenta duas vezes o comprimento da coroa.3,6,8
A cavidade pulpar apresenta a forma externa do dente, com pouca demarcação entre a câmara e o canal 
radicular, que na grande maioria dos casos é único.
A face vestibular do canino inferior é convexa nos dois sentidos, principalmente no terço cervical, onde se 
constata a presença de um túber.4 A coroa é mais alta do que larga, o que lhe confere uma aparência mais esguia 
que a do seu antagonista.3-5 Ainda em comparação com o canino superior, essa superfície 
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é mais plana e com sulcos de desenvolvimento rasos (Figura 4.7).1,2,5
A coroa converge para lingual, fazendo com que a face lingual seja menor que a vestibular.1 Na superfície 
lingual, existe apenas uma fossa – essa é a diferença mais marcante entre os caninos decíduos inferiores e 
superiores (Figura 4.8).1,2,5
As faces proximais são triangulares, com a distal menor e mais convexa que a mesial.4 Dessa vista, a borda 
incisiva localiza-se centralizada no sentido vestibulolingual. 
A crista incisal é reta e centralizada.1 A borda mesial da cúspide é menor que a borda distal.2,5 A raiz tem 
aproximadamente duas vezes o comprimento da coroa e é um pouco achatada no sentido mesiodistal, além de ser 
mais curta que a raiz do canino superior.1,3
A cavidade pulpar desse dente também acompanha o contorno externo e o canal radicular é único.
A coroa do primeiro molar superior decíduo tem um formato cúbico irregular, é mais larga do que alta e tem um 
grande estrangulamento no colo.3,6 É o mais atípico dos molares decíduos1,2 e, em vista oclusal, lembra um 
pré-molar superior. 
A face vestibular desse dente pode ser inscrita em um trapézio com base maior oclusal.8,4 Apresenta duas 
cúspides (mesiovestibular e distovestibular), com pouca evidência de sulcos de desenvolvimento entre elas.5,10 A 
superfície é na sua maior parte plana, exceto no terço cervical, onde apresenta uma crista cervical bem evidente. 
Esta é mais proeminente do lado mesial, em que há a formação do tubérculo molar de Zuckerkandl, que se 
localiza no ângulo triedro mesiovestibulocervical (Figura 4.9).1,2,4,8
Em vista lingual, observa-se que a coroa do dente converge em direção à superfície lingual.1,2,5 Há uma 
cúspide mesiolingual e, em alguns casos, uma pequena cúspide distolingual. A face lingual é menor que a 
vestibular, porém mais convexa, e não apresenta evidências de formação de tubérculo como no segundo molar 
decíduo.3,4,6,8
Figura 4.9 Tubérculo de Zuckerkandl em primeiro molar superior decíduo.
As faces proximais são trapezoidais e mais largas no nível do colo.3,8 A face distal é menor e mais convexa, 
fazendo com que a coroa seja convergente para o lado distal.4,6,8
A superfície oclusal pode ter três ou quatro cúspides. Na forma com três cúspides, a maior é a lingual, seguida 
pela mesiovestibular e a distovestibular. Quando o dente apresenta a quarta cúspide, esta é muito pequena e 
denominada distolingual.1,2-4,6,7 Esse dente geralmente tem três fossas, nas quais em geral está presente uma 
fosseta no fundo de cada uma delas. O sulco de desenvolvimento principal conecta as fossas mesial e central. O 
sulco de desenvolvimento vestibular separa as cúspides vestibulares e é evidente. Outros sulcos secundários 
originam-se dessas fossas, bem como da fossa distal, quando presente (Figura 4.10). 
A crista marginal mesial corre obliquamente para distal.11 Na maioria dos casos, há uma crista oblíqua com 
tamanho variado unindo as cúspides distovestibular e mesiolingual.1,5,7,9 Quando essa crista não está presente, 
existem apenas duas fossas, sendo a distal inexistente.7 Nesses casos, a crista oblíqua forma a crista marginal 
distal, diferentemente dos casos em que ambas aparecem como entidades anatômicas distintas. A presença da 
crista oblíqua ocorre em cerca de 80% dos casos.7
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O primeiro molar superior decíduo apresenta três raízes, sendo duas vestibulares e outra lingual. A raiz lingual 
é mais longa e mais curvada, e a distovestibular, mais curta e reta. Elas são bastante divergentes entre si. Logo 
abaixo da linha cervical, há a formação da trifurcação.3,8
A câmara pulpar é ampla e segue o formato externo da coroa, com três ou quatro cornos pulpares. O corno 
mesiovestibular é o mais proeminente. Cada raiz tem um canal radicular único.1,3
O segundo molar superior decíduo lembra muito o primeiro molar superior permanente, exceto por seu tamanho, 
que é menor.1,3,5,8,9,11 Essa característica refere-se ao isomorfismo entre esses molares. 
Figura 4.10 Primeiro molar superior decíduo – vista oclusal.
Na face vestibular, duas cúspides são observadas, com um sulco de desenvolvimento entre elas.1,5,10
No triedro mesiovestibulocervical, há presença do tubérculo molar de Zuckerkandl.4
Por uma vista lingual, esse dente apresenta duas cúspides (uma distal e outra mesial), além do tubérculo de 
Carabelli, localizado no lado mesial e, em geral, pouco desenvolvido. Um sulco de desenvolvimento lingual 
separa as cúspides mesiolingual e distolingual e, às vezes, conecta-se com o sulco de desenvolvimento que 
contorna o tubérculo (Figura 4.11).1
As faces proximais têm forma trapezoidal, com base maior na cervical. A coroa é menor e mais convexa na 
superfície distal em comparação com a mesial.4
O dente apresenta quatro cúspides bem desenvolvidas, sendo a mesiolingual a maior, seguida pelas 
mesiovestibular, distovestibular e distolingual, a menor.3,4 A superfície oclusal apresenta uma fossa central e uma 
fossa triangular mesial bem definida, localizada distal à crista marginal mesial. Cada fossa tem uma fosseta na 
sua parte mais profunda. Há um sulco de desenvolvimento bem desenvolvido unindoessas duas fossas. Um 
sulco de desenvolvimento vestibular estende-se da fossa central, separando as duas cúspides vestibulares.5
Outros sulcos suplementares irradiam deles. 
Uma crista oblíqua proeminente é formada pela crista distal da cúspide mesiolingual e pela crista central da 
cúspide distovestibular.4 Distal a essa crista, há a fossa distal e o sulco de desenvolvimento distal, que divide as 
duas cúspides linguais e une-se ao sulco de desenvolvimento lingual. A crista marginal distal é bem 
desenvolvida, assim como a mesial (Figura 4.12).5
O segundo molar superior decíduo apresenta três raízes, sendo duas vestibulares e uma lingual. A raiz 
mesiovestibular pode ser tão longa quanto a lingual e a raiz distovestibular é a mais curta das três.1,3
A cavidade pulpar consiste em uma câmara pulpar ampla e três canais radiculares, que seguem a forma 
externa do dente. Há quatro cornos pulpares, sendo o mesiovestibular o mais proeminente, e cada raiz tem 
apenas um canal radicular.1
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Figura 4.11 Tubérculo de Carabelli em segundo molar superior decíduo.
O primeiro molar decíduo inferior não lembra nenhum outro dente, seja decíduo ou permanente.1,5,6,9-11 Contudo, 
como forma de aprendizado, pode-se dizer que esse dente é a união dos dois pré-molares inferiores. 
Exemplificando, caso se separe o primeiro pré-molar em duas metades (uma mesial e outra distal) e se repita 
esse procedimento para o segundo pré-molar, têm-se quatro partes. Associando-se a metade mesial do primeiro 
pré-molar à metade distal do segundo, cria-se um primeiro molar inferior decíduo. 
A face vestibular apresenta o seu lado distal mais curto que o mesial.1,6 Duas cúspides vestibulares estão 
presentes, e o sulco de desenvolvimento entre elas não é muito evidente.1,5,6,8,10,11 Sua convexidade é mais 
evidente no nível da borda cervical e particularmente no ângulo triedro vestibulomesiocervical, onde se forma 
uma saliência muito acentuada, denominada tubérculo molar de Zuckerkandl.3,4,8 Essa face vestibular pode ser 
inscrita em um trapézio com base maior na oclusal.8
Da vista lingual, observam-se duas cúspides linguais com um sulco de desenvolvimento entre elas. A crista 
marginal mesial é bem desenvolvida e, às vezes, pode se assemelhar a uma cúspide.1,5,10,11 A face lingual é 
menos inclinada, menor e mais convexa que a vestibular, o que proporciona uma convergência da coroa para o
lado lingual.1,3,11
As faces proximais são irregularmente trapezoides, com sua base maior na cervical.4,8 A superfície distal é 
mais convexa e menor que a mesial.1,3-6,11 A crista marginal mesial é mais desenvolvida que a distal e tem uma 
inclinação no sentido cervical, à medida que caminha em direção à face lingual. A crista marginal distal é menos 
proeminente e reta. 
O formato da superfície oclusal é bem achatado no sentido vestibulolingual e alongado no mesiodistal.8 Esse 
dente tem quatro cúspides – que, por ordem decrescente de tamanho, são a mesiolingual, a mesiovestibular, a 
distovestibular e, por último, a distolingual. As pontas das cúspides aproximam-se muito no sentido 
vestibulolingual.3,8 Uma crista transversa distinta une as duas cúspides mesiais e é formada pela crista central da 
cúspide mesiovestibular e pela crista central da cúspide mesiolingual.4 Essa crista divide a superfície 
em duas fossas, mesial e central. 
Figura 4.12 Segundo molar superior decíduo – vista oclusal.
A fossa mesial contém a fosseta mesial, enquanto na fossa central localizam-se as fossetas central e distal. 
Todas elas são unidas pelo sulco de desenvolvimento central, que termina na fosseta mesial, em uma localização 
imediatamente distal à crista marginal mesial. Desse sulco partem dois sulcos suplementares, um para lingual e 
outro para vestibular.5 Geralmente, o sulco lingual invade a face lingual em um curto trajeto. Outros sulcos 
suplementares menos perceptíveis originam-se do sulco central. Entre a crista marginal e a cúspide mesiolingual, 
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há a presença de um sulco que serve de escape durante a mastigação (Figura 4.13).11
O primeiro molar inferior tem duas raízes: a mesial e a distal. Elas são planas, largas e bem separadas, além de 
muito achatadas, afastando-se consideravelmente no terço apical.1
A cavidade pulpar contém uma câmara pulpar que acompanha o formato externo da coroa, com quatro cornos
pulpares, sendo o mesiovestibular o maior. A raiz mesial tem dois canais radiculares e a distal, apenas um.3
O segundo molar inferior decíduo lembra o primeiro molar permanente (isomorfismo), exceto pelas dimensões 
reduzidas e a típica constrição no colo.1,4,5,8-11 Dois sulcos de desenvolvimento vestibulares dividem a superfície 
vestibular em três cúspides: mesiovestibular, distovestibular e distal, que têm tamanho aproximadamente igual, 
diferenciando-se também nesse ponto do primeiro molar permanente, que apresenta as três cúspides vestibulares 
com tamanhos bastante distintos.1,5,10,11 No ângulo triedro mesiovestibulocervical, há o tubérculo molar de 
Zuckerkandl, menos evidente que nos primeiros molares decíduos. 
No lado lingual, há um sulco de desenvolvimento lingual curto, que divide duas cúspides com dimensões 
semelhantes. Essas são maiores que as vestibulares, mas a soma de suas larguras mesiodistais não excede a 
mesma distância no lado vestibular. Com isso, o dente converge para lingual.1,5,11 A porção mesial da coroa 
parece ser um pouco mais alta que a distal, o que faz com que o dente pareça ser um pouco inclinado no sentido 
distal.5
As faces proximais têm formato de trapézio irregular, com base maior na cervical.4 A crista marginal mesial é 
particularmente alta, enquanto a distal não é tão larga ou longa quanto a mesial.1,5,11
Esse dente apresenta cinco cúspides, que, por meio de uma análise mais detalhada, podem ser descritas em 
ordem decrescente de tamanho: mesiolingual, distolingual, distovestibular, mesiovestibular e distal.4 Na 
superfície oclusal, observam-se três fossas, cada qual contendo uma fosseta. Há um sulco de desenvolvimento 
central que segue um curso da fossa triangular mesial até a fossa triangular distal. Sulcos de desenvolvimento 
originam-se desse sulco, um para lingual e dois para vestibular, dividindo as cúspides. Espalhados sobre a 
superfície oclusal, aparecem outros sulcos secundários.5,9 A crista marginal mesial é mais pronunciada que a 
distal (Figura 4.14).1,3,9,11
As raízes dos segundos molares são duas vezes maiores que a coroa. As duas raízes (mesial e distal) são 
longas, delgadas e separadas. A bifurcação é imediatamente abaixo da cervical do dente.1 Elas têm uma 
inclinação característica no sentido mesiodistal nos terços médio e apical.10
A câmara pulpar segue o contorno externo do dente, com cinco cornos pulpares, correspondendo às cinco 
cúspides. A raiz mesial tem dois canais radiculares, enquanto a distal apenas um. 
Figura 4.13 Primeiro molar inferior decíduo – vista oclusal.
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Figura 4.14 Segundo molar inferior decíduo – vista oclusal.
1. Brand RW, Isselhard DE. Anatomy orofacial structures. 6.ed. St. Louis: Mosby; 1998.
2. Braly BV. Relationship of tooth form and function. J Calif Dent Assoc. 1969;45(3):143-5.
3. Encarnação NJR, Guedes-Pinto AC. Morfologia dos dentes decíduos. In: Guedes-Pinto AC. Odontopediatria. 6.ed. São
Paulo: Santos; 1997.

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