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Caso Concreto 9

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Caso Concreto 9 
CASO CONCRETO: (XXII Exame de Ordem Unificado – 2017.1) Na recuperação judicial de Têxtil 
Sonora S/A, o Banco Japurá S/A, titular de 58% dos créditos com garantia real, indicou ao juiz 
os representantes e suplentes de sua classe no Comitê de Credores. Xinguara Participações 
S/A, credora da mesma classe, impugnou a referida indicação, alegando descumprimento do 
Art. 35, inciso I, alínea b, da Lei nº 11.101/2005, porque a assembleia-geral de credores tem 
por atribuições deliberar sobre a constituição do Comitê de Credores, assim como escolher 
seus membros e sua substituição, não tendo havido deliberação nesse sentido. Ademais, aduz 
a impugnante que não houve manifestação do Comitê de Credores, já constituído apenas com 
representantes dos credores trabalhistas e quirografários, sobre a proposta do devedor de 
alienação de unidade produtiva isolada não prevista no plano de recuperação. Ouvido o 
administrador judicial, este não se manifestou sobre a primeira impugnação e, em relação à 
segunda, opinou pela sua improcedência em razão de não constar do rol de atribuições legais 
do Comitê manifestar-se sobre a proposta do devedor. Com base na hipótese apresentada, 
responda aos itens a seguir. 
a) Deveria ter sido convocada assembleia de credores para eleição dos representantes da 
classe dos credores com garantia real, como sustenta a credora Xinguara Participações S/A? 
A. Não. Como o Banco Japurá S/A tem 58% do total dos créditos de sua classe, portanto a 
maioria, o juiz, independentemente da realização de assembleia, determinará a nomeação 
do representante e dos suplentes da respectiva classe ainda não representada no Comitê, 
com fundamento no Art. 26, § 2º, inciso I, da Lei nº 11.101/2005. 
 b) Deve ser acatada a opinião do administrador judicial sobre a dispensa de oitiva do Comitê 
de Credores por falta de previsão legal? 
Não. O Comitê de Credores terá a atribuição, na recuperação judicial, de se manifestar 
nas hipóteses previstas nesta Lei (0,20), de acordo com o Art. 27, inciso I, alínea f, da Lei 
nº 11.101/2005 
QUESTÃO OBJETIVA: (Ministério Público/SP – 2011) A atual Lei de Falências, que regula a 
Recuperação Judicial, a Extrajudicial e a Falência do empresário e da sociedade empresária, 
instituída por meio da Lei n.º 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, trouxe uma profunda reforma 
no direito falimentar brasileiro. Das alternativas a seguir, a única correta é: 
a) a suspensão das ações de execução contra o devedor, na Recuperação Judicial, não 
excederá o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados do deferimento do processamento da 
Recuperação, prorrogáveis uma única vez por 60 (sessenta) dias, a critério do Juiz. 
b) a remuneração do administrador judicial não pode exceder a 10% (dez por cento) do valor 
devido aos credores submetidos à Recuperação Judicial. 
c) a constituição do Comitê de Credores é obrigatória, na Falência e na Recuperação Judicial, e, 
dentre suas responsabilidades, estão a fiscalização e o exame das contas do administrador 
judicial. 
d) havendo objeção ao Plano de Recuperação Judicial, o Juiz deverá deliberar sobre o assunto, 
após parecer do Comitê de Credores, administrador judicial e Ministério Público. 
 e) a intimação do Ministério Público será realizada, no processo de Recuperação Judicial, após 
o deferimento do processamento da Recuperação Judicial.

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