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Atividade DIREITO EMPRESARIAL

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Atividade DIREITO EMPRESARIAL 
1. Conceituar plano de recuperação judicial, seus requisitos e prazo; como ocorre a oposição ao plano de recuperação judicial; como ocorre a deliberação sobre o plano de recuperação judicial.
R.: O plano de recuperação judicial é o instrumento básico da recuperação judicial, corporificando as medidas que serão adotadas pelo empresário ou sociedade empresária devedora, para o soerguimento da empresa (atividade econômica organizada, destinada à produção ou circulação de bens ou serviços1) que passa por dificuldades. A viabilidade econômica da empresa será demonstrada com fundamento no plano de recuperação judicial apresentado no processo, de acordo com os ditames do art. 53 da Lei 11.101/2005, para deliberação dos credores em assembleia geral de credores. Como a Lei 11.101/2005 determina, em seu art. 53, a apresentação do plano de recuperação deve se dar no prazo improrrogável de sessenta dias da publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação judicial, sob pena de convolação em falência (art. 73, II da Lei 11.101/2005).
Para fazer isso, o empresário precisa atender alguns requisitos. São eles:
· Exercer regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos;
· não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes;
· Não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial;
· Não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo.
Havendo oposição de qualquer credor ao plano de recuperação judicial, o juiz convocará a assembleia geral de credores para deliberar sobre o plano de recuperação e proceder às alterações necessárias. Após a juntada aos autos do plano aprovado pela assembleia geral de credores ou decorrido o prazo de 30 (trinta) dias sem objeção dos credores, e cumpridas às exigências da lei, o juiz concederá a recuperação judicial do devedor.
A fase de deliberação tem início com o despacho que manda processar a recuperação judicial e tem fim com a decisão concessiva do benefício. Nesta fase será feita a verificação dos créditos e após, uma votação do plano de recuperação do devedor.
2. Quais as consequências do descumprimento do plano de recuperação judicial?
R.: Após o período de 2 (dois) anos, no caso de descumprimento de qualquer obrigação prevista no plano de recuperação judicial, qualquer credor poderá requerer a execução específica ou a falência com base no art. 94 desta Lei.
3. Administrador judicial: 
Critérios de nomeação, remuneração e destituição; Deveres e direitos; impedimentos; participação do MP no processo falimentar.
R.: O administrador judicial é um profissional idôneo, preferencialmente advogado ou pessoa jurídica especializada nomeada pelo juiz da vara em que foi autorizado o processamento da recuperação judicial. Esse profissional será responsável pela condução do processo, a ele compete a: 
- formulação do quadro geral de credores e envio de correspondência a todos, informando a data do pedido de recuperação ou falência, a natureza do crédito: avalista, credores com garantia real, credores quirografários ou credores MEI, micro e pequenas empresas. 
- fornecer assim as informações pedidas aos credores interessados. 
- exigir dos credores quaisquer informações necessárias, 
- requerer ao juiz assembleias gerais com estes e 
- contratar profissionais ou empresas especializadas para auxiliar suas tarefas (peritos, economistas).
- fiscalizar as atividades do devedor e o cumprimento do plano de recuperação judicial quando aprovado. 
- apresentar ao juiz os relatórios mensais da empresa e sobre o andamento do plano de recuperação.
- finalmente, caso haja descumprimento do plano, será o administrador judicial que pedirá a falência do devedor.
Segundo o art. 24 o juiz fixará o valor e a forma de pagamento da remuneração do administrador judicial, observados a capacidade de pagamento do devedor, o grau de complexidade do trabalho e os valores praticados no mercado para o desempenho de atividades semelhantes. (...)
§ 3º. O administrador judicial substituído será remunerado proporcionalmente ao trabalho realizado, salvo se renunciar sem relevante razão ou for destituído de suas funções por desídia, culpa, dolo ou descumprimento das obrigações fixadas nesta Lei, hipóteses em que não terá direito à remuneração.
Em suma, a função de administração judicial é composta pela atuação jurídica e administrativa. Além de promover a arrecadação dos bens e composição do Quadro Geral de Credores com os seus respectivos créditos, deve praticar todos os atos conservatórios de direitos e ações, assim como promover a prestação de contas de toda a movimentação financeira ocorrida no processo falimentar.
Segundo o artigo 30 da Lei nº 11.101/2005, estão impedidos de exercer a função de administrador judicial quem, nos últimos 5 anos, exercendo o cargo de administrador judicial ou membro de Comitê de falência ou recuperação judicial anterior, foi destituído, deixou de prestar contas dentro dos prazos legais ou teve a prestação desaprovada.
Ademais, será impedido de exercer a função de administrador judicial se entre este e o devedor, seus administradores, controladores ou representantes legais, existir relação de parentesco ou afinidade até o terceiro grau, bem como relação de amizade, inimizade ou dependência.
Deve-se registrar ainda que o devedor, qualquer credor ou o Ministério Público poderá pedir a substituição do administrador judicial nomeado que possuir qualquer dos obstáculos elencados pela lei.
Nos casos de falência, recuperação judicial e recuperação extrajudicial, cabe ao Ministério Público o acompanhamento dos processos para proteger a lisura dos procedimentos. O objetivo principal é impedir que, mediante fraudes ou desbaratamento de bens, os credores sejam prejudicados.
 A atuação do Ministério Público também visa a garantir a obediência da hierarquia creditícia e, dentro de determinada classe de créditos, da igualdade de condições dos credores. Dessa forma, nos processos de falência ou recuperação judicial, cabe ao Ministério Público manifestar-se antes de cada ato de decisão judicial.
4. Assembleia geral de credores e comitê de credores:
Composição; fóruns de deliberação em matérias e matérias de sua competência.
A assembleia geral de credores é órgão deliberativo, formado pelos credores sujeitos ao processo concursal e de formação obrigatória na recuperação judicial, salvo no caso de micros e pequenas empresas, mas de formação facultativa na falência.
A Assembleia-geral será composta pelas seguintes classes de credores: 
A Assembleia-geral será composta pelas seguintes classes de credores: 
a) titulares de créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho; 
b) titulares de créditos com garantia real; 
c) titulares de créditos quirografários, com privilégio especial, com privilégio geral ou subordinados;
d) titulares de créditos enquadrados como microempresa ou empresa de pequeno porte.
Os sócios do devedor, bem como as sociedades coligadas, controlador, controlado ou as que tenham sócios ou acionistas com participação superior a 10% (dez por cento) do capital social do devedor ou em que o devedor ou algum de seus sócios detenham participação superior a 10% (dez por cento) do capital social, poderão participar da Assembleia-geral de credores, sem ter direito a voto e não serão considerados para fins de verificação do quorum de instalação e de deliberação.
O disposto também se aplica ao cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, colateral até o 2º (segundo) grau, ascendente ou descendente do devedor, de administrador, do sócio controlador, de membro dos conselhos consultivo, fiscal ou semelhantes da sociedade devedora e à sociedade em que quaisquer dessas pessoas exerçam essas funções.
As Atribuições da assembleia geral de credores na Recuperação Judicial consistem: na deliberação sobre: (a) aprovação, rejeição ou modificaçãodo plano de recuperação judicial apresentado pelo devedor. Essa é a principal função da AGC na recuperação judicial.
A Assembleia Geral de Credores tem competência de deliberar sobre as matérias previstas em lei, conforme prevê o Art. 35 da Lei 11.101/2005. Acontece que as matérias dentro do processo de recuperação judicial que necessitam de votação podem ser incidentais ou derivar de situação processual específica. Quando incidentais, a abertura da Assembleia Geral de Credores é facultativa, enquanto que a matéria que necessita de votação por derivar de situação processual específica tem a abertura da Assembleia Geral de credores como obrigatória. 
Dentre as matérias de competência do conclave deliberativo, no que cabe a recuperação judicial, há necessidade de instalação para a deliberação quanto a aprovação, rejeição ou modificação do plano de recuperação judicial apresentado pelo devedor. 
5. Recuperação especial de micro empresas:
Requisitos para o requerimento e conteúdo do plano de recuperação.
R.: A apresentação do plano especial limitar-se as seguintes condições:
a) abrangerá exclusivamente os créditos quirografários, excetuados os decorrentes de repasse de recursos oficiais e aqueles que não submeterão aos efeitos da recuperação judicial e prevalecerão os direitos de propriedade sobre a coisa e as condições contratuais, em relação aos credores titulares da posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, de proprietário ou promitente vendedor de imóvel cujos respectivos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, inclusive em incorporações imobiliárias, ou de proprietário em contrato de venda com reserva de domínio, bem como os créditos da importância entregue ao devedor, em moeda corrente nacional, decorrente de adiantamento a contrato de câmbio para exportação.
b) preverá parcelamento em até 36 (trinta e seis) parcelas mensais, iguais e sucessivas, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros de 12% a.a. (doze por cento ao ano);
c) preverá o pagamento da 1ª (primeira) parcela no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da distribuição do pedido de recuperação judicial;
d) estabelecerá a necessidade de autorização do juiz, após ouvido o administrador judicial e o Comitê de Credores, para o devedor aumentar despesas ou contratar empregados.
O pedido de recuperação judicial com base em plano especial não acarreta a suspensão do curso da prescrição nem das ações e execuções por créditos não abrangidos pelo plano.
Caso o devedor na qualidade de empresário ou sociedade empresária na condição de microempresa e empresa de pequeno porte opte pelo pedido de recuperação judicial com base no plano especial, não será convocada assembleia geral de credores para deliberar sobre o plano, e o juiz concederá a recuperação judicial se atendidas as demais exigências da Lei 11.101/2005.
6. Conceito de recuperação extrajudicial; hipóteses de recuperação extrajudicial; quais são os créditos que não estão sujeitos à recuperação extrajudicial; como ocorre o procedimento da recuperação extrajudicial.
R.: A recuperação extrajudicial é ferramenta alternativa e prévia à recuperação judicial, que permite a negociação direta e extrajudicial da devedora com seus credores e cujo acordo pode ser submetido à homologação judicial. 
A recuperação extrajudicial é uma alternativa prévia à recuperação judicial, pois pressupõe uma situação financeira e econômica compatível com uma renegociação parcial, envolvendo credores selecionados, aos quais o devedor propõe novas condições de pagamento.
Não estão sujeitos à recuperação extrajudicial os créditos trabalhistas, assim como aqueles que também não se sujeitam à recuperação judicial. (vii) créditos decorrentes de contratos de adiantamento de contrato de câmbio – ACC.
O processo de recuperação extrajudicial é sempre julgado por sentença, que homologa o plano ou rejeita o plano e extingue o processo sem resolução do mérito. O recurso cabível contra a sentença que homologa ou rejeita o plano será sempre a apelação, nos termos do art. 164, § 7º, da Lei 11.101/2005.

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