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Fichamento 5 e 7 Miguel Reale

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Discente: Matheus Andrade Monteiro
Docente: Thaiane Dutra
Turno: Noturno B
Disciplina: História do Direito
Fichamento do livro: Fundamentos de História do Direito. ANTÔNIO. Carlos Wolkemer. 
Capítulo: 5 DIREITO ROMANO CLÁSSICO: SEUS INSTITUTOS JURÍDICOS E SEU LEGADO. FRANCISCO. Quintanilha Verás Neto. 
Capítulo: 7 O DIREITO ROMANO E SEU RESSURGIMENTO NO FINAL DA IDADE MÉDIA. ARGEMIRO. Cardoso Moreira Martins.
A expressão direito romano é empregada ainda para designar as regras jurídicas consubstanciadas no Corpus Juris Civilis, conjunto ordenado de leis e princípios jurídicos reduzidos a um corpo único, sistemático, harmônico, mas formado de várias partes, planejado e levado a efeito no VI século de nossa era por ordem do imperador Justiniano, de Constantinopla, monumento jurídico da maior importância, que atravessou séculos e chegou até nossos dias. (p.98)
O direito romano continua vivo em várias instituições liberais individualistas contemporâneas, principalmente naquelas instituições jurídicas concernentes ao direito de propriedade no seu prisma civilista e ao direito das obrigações, norteando o caráter privatístico do nosso Código Civil, priorizador da defesa da propriedade como direito real, erga omnes, absoluto, portanto, como um direito ilimitado, calcado no privilégio de usar Uus utendi), gozar Uus fruendi) e abusar da coisa Uus abutendi), justificando inclusive o desforço in continenti (art. 502 do Código Civil brasileiro), ou seja, a legítima defesa da posse. (p.99)
A passagem da República ao Império fez-se progressivamente. O progresso econômico, as dificuldades sociais e as vastas conquistas provocaram, durante o século I a.C., uma crise política. (p.102)
Nesse período também se destacam alguns dos maiores jurisconsultos e criadores de conceitos tópicos da “ciência jurídica romana”, incluindo alguns dos maiores sistematizadores do direito romano, que mais tarde foram elevados à condição de fonte imutável do direito romano, no período justianeu (Império Romano do Oriente): (p.102)
Os magistrados patrícios julgavam segundo tradições que apenas eles conheciam e aplicavam. A incerteza na aplicação do direito, por parte dos magistrados patrícios, levou a plebe a pleitear a elaboração de leis escritas. (p.102)
A lei das XII Tábuas foi elaborada por uma comissão de três magistrados,60 encarregados de pesquisar, na Magna Grécia, as leis de Sólon, propiciando a criação de um código escrito de leis romanas. (p.103
Referia-se ao chamamento a juízo; a ninguém era lícito fugir do chamamento judicial. Não havia oficial de justiça para o desempenho de tais funções: o autor da demanda fazia a própria citação. (p.103)
Suspensão da causa por motivo de moléstia: estabelecia o prazo para comparecimento ajuízo. (p.103)
Execução no caso de confissão por dívida: após condenado, o devedor tinha 30 dias para pagar. Se não pagasse, era preso e levado à presença do magistrado; se a dívida persistisse (o devedor) seria preso por correias ou com ferro de 15 libras aos pés; se continuasse não pagando, podia ser morto, esquartejado de acordo com o número de escravos ou alienado como escravo. (p.104) 
Tratava do poder paterno e de outras matérias de direito de fam
ília (in jure patrio): o filho monstruoso podia ser morto imediatamente; defendiam a eugenia; o pai tinha sobre o filho direito de vida e morte, ou seja, tinha direito de flagelar, aprisionar, obrigar a trabalhos rústicos, vender e matar. (p 104)
Da tutela hereditária: as mulheres não podiam gerir os negócios civis, permanecendo em tutela perpétua. Não se podia fazer Usucapião de coisas que estivessem sob a tutela da mulher (ela era absolutamente incapaz no início do período republicano). (p.104)
Da propriedade e da posse (dominio et possessione): constituiu uma admirável base do direito civil. Roma era agrária, não possuía exploração de minérios; os romanos cultivavam oliveira, vinha e trigo; proibiam a compra de propriedades imóveis por estrangeiros, para não prejudicar os nacionais. (p.104)
Do direito relativo aos edifícios e às terras: a ciência econômica dos romanos era a de um povo guerreiro e agrícola. O reino, e depois a República, possuíam terras públicas, por isto traduziram o livro de agronomia do cartaginês Magon; as estradas não podiam ser depredadas, pois eram o local de deslocamento das legiões; aquele que defecasse nas estradas reais podia ser severamente punido. (p.105)
O direito de propriedade já era previsto nos códigos mais antigos. O estudo mais abrangente, porém, feito pelos juristas, toma quase sempre como ponto de partida o direito romano. (p.105)
O povo romano foi o primeiro a conceber a autonomia da ciência jurídica, tendo nisso 13 séculos de experiência que nos legou o que hoje se denomina Direito Romano. Portanto, não se pode desprezar tal fonte para estudo e crítica de qualquer instituto jurídico atual, por ele influenciado. (p.105)
A Lei das XII Tábuas já protegia a propriedade, punindo aqueles que contra ela atentassem, furtando-a, danificando-a, etc. (p.105)
No último período da República, surgiu um instituto semelhante ao da propriedade: a relação in bonis habere, tutelada pelo pretor, que a assegurava mediante a concessão de uma série de ações e exceções, fundadas no edito pretoriano (criando os interditos possessórios). (p.108)
O proprietário quiritário exercia o nudum ius, enquanto o bonitário exercia praticamente todos os direitos, exceto o da alienação per vindicationem. A propriedade bonitária, por sua vez, poderia transformar-se em quiritária pelo usucapião. (p.108)
Ao lado do conceito de propriedade, surgiram também conceitos de copropriedade (condominium) e as teorias subjetivistas sobre a pOsse, como poder de fato (apreensão fisica) e intenção de possuir e dispor de uma coisa corpórea (conjugando os elementos animus e corpus). (p.110)
Existia também a questão do conceito de pessoa jurídica (natural e jurídica), que mais tarde permitiu nova apropriação, permitindo a criação da ficção jurídica do sujeito de direito, que permitiu a decodificação jurídica do espírito individualista europeu forjado a partir do século XVI. (p.110)
personalidade jurídica. A palavra latina persona, que originariamente quer dizer máscara, é utilizada nos textos com significação de homem em geral, tanto que se aplica aos escravos, que não eram sujeitos de direito. (p.110)
Há duas categorias de pessoas: as físicas, ou naturais, e as jurídicas, seres abstratos, que a ordem jurídica considera sujeitos de direito. Hoje basta o nascimento com vida. Na época dos romanos exigiam-se três requisitos: a) o nascimento; b) vida extra-uterina, c) forma humana. (p.110)
o século V, há o ressurgimento do estudo do direito romano. Graças às escolas do Império Romano do Oriente, os juristas deste tempo estudavam as obras clássicas. Não há no Baixo Império (dominato) obra verdadeiramente criadora. (p.111)
O Estado tomou-se insolvente e falsário. A moeda tinha apenas 3% de prata, o restante era constituído de cobre e bronze, razão pela qual foi sendo paulatinamente abandonada pela população, o exército não cultivava mais a disciplina dos velhos tempos. (p.112)
Os federati e os coloni, bárbaros, passaram a ocupar as fronteiras do império, e os habitantes das urbs (cidades) foram paulatinamente migrando para o campo em busca de segurança privada dos grandes proprietários, que tinham exércitos particulares para se defender. (p.112)
Como os poderosos haviam decaído! Cem anos antes, o exército romano fora a mais eficiente força combatente na face da terra. Na época de Átila, era tão desprezível que podia ser ignorado em combate real. (p.114)
O homem do período renascentista europeu procurava o enriquecimento em uma sociedade reurbanizada e voltada para a conquista externa de riqueza e de culturas para o credo cristão e para a edificação de impérios comerciais sem precedentes através da pilhagem, o que foi conseguido nos séculos posteriores por Portugal e pela Espanha, pioneiros na expansão marítima, através da pilhagem das váriasnações estrangeiras milenares invadidas e conquistadas no extremo oriente, e, em uma etapa posterior, com o próprio domínio e extermínio dos povos do novo mundo e da África, submetidos ao agressivo processo de invasão e dominação do imperialismo europeu, incluindo os séculos XIX e XX. (p.116)
A unidade e ordenação das diversas fontes do direito (direito romano, direito canônico e direitos locais); b) unidade do objeto das ciências jurídicas (a jurisprudência romanojustinianéia); c) unidade quanto aos métodos científicos empregados pelos juristas; d) unidade quanto ao ensino jurídico, idêntico em toda a Europa continental; e) a difusão de uma literatura especializada, escrita em língua comum, o latim. (p.117)
A recepção do direito romano pela administração de justiça do Ocidente deu-se unicamente pela necessidade de acolher as suas qualidades formais genéricas que, com a inevitável especialização crescente da vida técnica, ajudavam os burgueses na condução das práticas capitalistas. (p.117)
Sendo que não ligavam ao pensamento nenhum nexo, com um direito sagrado nem interesses teleológicos ou éticomateriais, que o levassem ao terreno de uma casuística puramente especulativa, com graves conseqüências para a estruturação da prática jurídica. (p.118)
Resumo
Direito Romano é o que se dá a princípios, e leis utilizadas na sociedade de Roma e seus domínios. A aplicação do direito Romano, vai desde da fundação da cidade de Roma 753 a.C. O Direito privado romano foi a área que mais marcou a cultura jurídica ocidental, pois, tanto os conceitos jurídicos como os métodos de argumentação hoje utilizados por nós, tem como origem o Direito romano. Neste aspecto podemos concluir que embora muitos ainda desconheçam, o Direito Romano influenciou muito no, direito natural, direito das gente estrangeiros e direito civil moderno e até hoje usufruímos destes direito com a contribuição justiniana.
Houve um tempo em que a propriedade e a posse se encontravam confundidas entre os romanos. Posteriormente, distinguiu-se, pertencendo, até os dias de hoje, aos jurisconsultos romanos, a glória de terem criado a Teoria da Posse. O desenvolvimento da ideia de posse no direito romano constitui-se em uma das mais árduas e difíceis investigações históricas dos pesquisadores do Direito ao longo da humanidade. Tudo isso em virtude da deficiência dos arquivos jurídicos dos primeiros tempos de Roma, sendo certo que todos os institutos e, principalmente, a posse experimentaram notáveis alterações ao entrar na compilação justiniana.
  O sistema baseado no trabalho escravo caracterizou o império Romano e suas etapas. Os patrícios dominavam as classes inferiores, provocando uma desigualdade que refletiu nas instituições políticas e jurídicas.A elaboração da Lei das XII Tábuas representou o auge da revolta dos plebeus e possibilitou algumas melhorias para a classe, do ponto de vista jurídico. A cultura romana atribuiu a esse universo escravagista uma forma material ao direito romano, beneficiando os mais fortes com poderes econômicos e militares.Eram inexistentes as sanções, a coerção pública e a autoridade para as decisões judiciais. Como exemplo pode ser citada a instituição matrimonial, que era disciplinada pelo direito privado, mediante o qual o casamento era realizado de maneira informal e oral. Apenas um contrato de dote selava a união matrimonial.
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Capítulo: 7 
A história da civilização romana, e conseqüentemente a de seu direito, abrange um período de cerca de 12 séculos, cujo marco inicial remonta à fundação da cidade de Roma em 753 a.C. e vai até a queda do Império Romano Ocidental em 476 de nossa era. (p.145)
O período da realeza vai da fundação de Roma até a substituição do rei por dois cônsules em 529 a.e. Esse fato inaugura o período republicano, que perdura até a sagração de OtávioAugusto como imperador em 27 a.C. (p.145)
O período imperial, por sua vez, é dividido em dois subperíodos: o alto império ou principado, que vai de Otávio Augusto até o início do governo do imperador Diocleciano, em 284 d.e., e o baixo império ou “dominato”, que se estende de Diocleciano até a morte do imperador bizantino Justiniano em 565 d.C. (p.145)
O extraordinário desenvolvimento do direito no período clássico coincidiu com o apogeu da civilização romana. À época, todo o universo cultural e político girava em torno das cidades. (p.146)
A predominância anômala dos centros urbanos é explicada pelo uso, em larga escala, da mão-de-obra escrava no campo, pois somente assim seria possível “liberar uma classe de proprietários de terra tão radicalmente de suas raízes rurais de maneira a poder ser transmutada em uma cidadania essencialmente urbana que ainda assim continuava tirando riquezas do solo” (p.146)
Desde o princípio a nobreza patrícia se empenhou na concentração de terras em suas mãos, ora reduzindo o campesinato livre a escravidão por débitos, ora se apropriando das terras de uso comum (o ager publicus). (p.146)
Como resultado, houve um colapso dos pequenos proprietários agrícolas, os assidui (assentados na terra), que em tempo de guerra podiam equipar-se, às suas custas, com armaduras e armas necessárias para servirem as legiões. (p.146)
A guerra de conquista desempenhava um importante papel na Roma antiga, onde por meio do saque e do aprisionamento dos vencidos se obtinham mais terras e escravos para os latifúndios patrícios, e estes retribuíam liberando os pequenos proprietários (assidui) para o exército: (p.147)
O poder militar estava mais intimamente ligado ao crescimento econômicodo que talvez em qualquer outro modo de produção, antes ou depois, porque a principal fonte do trabalho escravo eram normalmente prisioneiros de guerra, enquanto o aumento das tropas urbanas livres para a guerra dependia da manutenção da produção doméstica por escravos; os campos de batalha forneciam a mão-de-obra para os campos de cereais e vice-versa - os trabalhadores capturados permitiam a criação de exércitos de cidadãos. (p.147)
O surgimento dos latifúndios escravagistas levou a um grande aumento na pecuária e no cultivo de videiras, cereais e oliveiras, O uso de escravos estava tão disseminado que praticamente toda a atividade agropastoril e significativa porção da atividade comercial e industrial eram por eles praticadas. (p.147) 
E os sobreviventes eram dispensados do exército sem qualquer indenização pelos anos de serviço prestados nas tropas, sendo, portanto, incapazes de manter as suas propriedades que acabavam por ser absorvidas pela oligarquia patrícia. (p.148)
Foi o imobilismo da aristocracia patrícia que levou ao colapso da república, pois os seus privilégios se tornaram incompatíveis com um império cada vez mais cosmopolita. (p.148)
O modo de produção escravo, como foi visto, dependia diretamente da expansão militar, que desempenhava o principal papel na acumulação econômica de um sistema produtivo extremamente predatório e incapaz de se auto-renovar. (p.149)
Ante a escassez de escravos, fruto da paralisação das operações militares de conquista, o tráfico interno mostrou-se incapaz de suprir as demandas de uma sociedade baseada no largo uso da escravidão e que freqüentemente descuidava no trato de sua população escrava. (p.149)
A falta de mão-de-obra escrava resultou na crise da produção agrícola; deficiência esta que não podia ser compensada por um desenvolvimento tecnológico praticamente estagnado. Ademais, as atividades comerciais e manufature iras eram incapazes de promover qualquer desenvolvimento econômico. (p.149)
À crise econômica somou-se uma outra de caráter político e militar. Externamente, o império foi acossado por uma série de invasões bárbaras, tanto no Ocidente como no Oriente, que trouxeram no seu bojo uma onda de epidemias de que foi vítima significativa parte da população. Importantes cidades como Paris e Tarragona foram incendiadas; (p.149)
A crise política e militar foi solucionada graças a ação de uma série de imperadores - tais como, Cláudio II, Aureliano e Probo - que sucessivamente lograram repelir as invasões externas e esmagar as revoltas internas. (p.150)
A crise política e militar foi solucionada graças a ação de uma série de imperadores - tais como, Cláudio II, Aureliano e Probo - que sucessivamente lograram repelir as invasões externas e esmagar as revoltas internas. (p.150)
Resumo
O desenvolvimento do direito período clássico coincidiu com o apogeu das civilizações romanas. A cultura e a política giravam em torno das cidades. A economia da urbs não era tipicamente urbana (comercial ou manufatureira), mas sim essencialmente agrícola. A mão-de-obra escrava no campo. Em larga escala, caracteriza os centros urbanos anômalas. Somente assim proprietários da terra, poderiam transmutar em uma cidade urbana, mas ainda sim tirando riquezas do solo.
Essa aristocracia rural manteve-se no comando político de Roma, ao longo de toda a história, sobrevivendo ás lutas sociais. A nobreza patrícia dede o princípio sempre concentrou as terras em suas mãos, reduzindo o campesinato livre a escravidão por dividas, apropriando das terras de uso comum (o ager publicus), podem em tempo de guerra equipar-se com armas, às suas custas, para servirem as legiões.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALTHUSSER, Louis. Montesquieu la politique et l’histoire. 3, ed. Vendôme: Presses Universitaires de France, 1969. ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado absolutista. São Paulo: Brasiliense, 1985. ANDERSON, Perry. Passagens da antigüidade ao feudalismo. 4. ed. São Paulo: Brasiliense, 1992. AQUINO, Santo Tomás de. Súmula contra os gentios. In: AQUINO, Santo Tomás de et al. Seleção de textos. 2. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1979. (Coleção Os pensadores). COULANGES, Fustel de. A cidade antiga. São Paulo: Hemus, 1975. GILISSEN, John. Introdução histórica ao direito. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1979 HESP ANHA, Antonio Manuel. História das instituições: épocas medieval e moderna. Coimbra: Almedina, 1982. HESPANHA, Antonio Manuel. O materialismo histórico na história do direito. In: A história do direito na história social. Lisboa: Horizonte, 1978. IHERING, Rudolf von. El espíritu del derecho romano. Buenos Aires: Revista de Occidente, 1947. Obra condensada por VELA, Fernando. SALDANHA, Nelson. Vivência e sobrevivência do direito romano: para uma perspectiva brasileira. In: LANDIM, José Francisco Paes (Coord.). Seminários de direito romano. Brasília: UnB, 1984. VILLEY, Michel. Filosofia do direito: definições e fins do direito. São Paulo: Atlas, 1977. WEBER, Max. Economía y sociedad. México: Fondo de Cultura Economica, 1983. WIEACKER, Franz. História do direito privado moderno. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1979.

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