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Teoria da constituicao

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Noções de DIREITO CONSTITUCIONAL
STJ
Teoria da Constituição
Livro Eletrônico
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NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
Teoria da Constituição
Prof. Aragonê Fernandes
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SUMÁRIO
Apresentação ............................................................................................3
1. Teoria da Constituição .............................................................................5
1.1. Conceito de Constituição ......................................................................6
1.1.1. Sentido Sociológico de Constituição .....................................................7
1.1.2. Sentido Político de Constituição ...........................................................7
1.1.3. Sentido Jurídico de Constituição ..........................................................8
1.1.4. Sentido Culturalista de Constituição .....................................................8
1.2. Classificações das Constituições .............................................................9
Questões de Concurso ...............................................................................18
Gabarito ..................................................................................................29
Questões Comentadas ...............................................................................30
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Apresentação 
Caro(a) aluno(a),
O STJ foi minha Casa por doze anos! Lá, comecei como Técnico Judiciário, 
trabalhando na Biblioteca (uma das melhores do país). Dois anos depois, consegui 
ser lotado num gabinete de Ministro. Assumi função de confiança e depois cargo em 
comissão (na prática, dobrava meus ganhos). 
De tão bom que era trabalhar no “Tribunal da Cidadania”, optei por ser requisi-
tado do STF. É que eu tinha passado para Analista da Suprema Corte, e tinha indi-
cação para assessorar um Ministro de lá. Não, minha firme opção foi continuar na 
Casa que me deu quase toda a bagagem jurídica que trago até hoje...
Ah, e para quem tem planos de tentar concursos para a Magistratura, MP ou 
Defensoria, não há escola melhor. Afinal, você não vai estudar a jurisprudência! 
Você vai vivê-la na prática!
Pois é, mas as vantagens não param por aí. Você terá acesso a uma atrativa re-
muneração (e reajustes já assegurados até 2019), além de uma série de benefícios 
indiretos, como trabalhar em meio período, receber auxílios e gratificações, ter a 
tão sonhada estabilidade, estar em um ambiente no qual o servidor é valorizado...
Mas lembra daquele ditado segundo o qual quanto maior a altura maior 
a queda? Pois é, eu o adaptaria para “quanto melhor o emprego, mais acirra-
da a disputa por uma vaga!”
ARAGONÊ FERNANDES
Atualmente, atua como Juiz de Direito do TJDFT. Contudo, em seu qua-
lificado percurso profissional, já se dedicou a ser Promotor de Justiça do 
MPDFT; Assessor de Ministros do STJ; Analista do STF; além de ter sido 
aprovado em vários concursos públicos. Leciona Direito Constitucional 
em variados cursos preparatórios para concursos.
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Meu (minha) amigo(a), aqui não haverá mágica ou fórmulas milagrosas!
O que eu proponho é a leitura de um material robusto, mas objetivo; direto ao 
ponto, sem deixar de lado o enfrentamento dos temas atuais, julgados pelo STF e 
pelo STJ.
Ele é focado em sua aprovação! É mais encorpado que aquelas antigas apos-
tilas de concurso, que há muito deixaram de ser suficientes. De outro lado, ao con-
trário das doutrinas tradicionais, ele proporciona uma leitura mais fácil, rápida 
e proveitosa, mostrando-se muito mais eficaz.
Eu sempre apresentarei a matéria de forma dinâmica e contextualizada. É óbvio 
que usarei dicas e quadros esquemáticos quando isso for adequado.
É fundamental que você entenda o que está lendo. Não se contente em gravar 
o texto da Constituição. Lembre: interpretar bem o item é a chave do sucesso!
Às vezes os alunos me perguntam assim: “Professor, mesmo para Analista 
ou para Técnico eu tenho que saber o que se passa na jurisprudência? Essa 
exigência não é só para concursos de Juiz, Promotor, Defensor?”
A resposta é sim!
Para comprovar o que estou dizendo, dê uma olhada nas provas dos últimos 
concursos... A missão de acompanhar o entendimento dos Tribunais, especial-
mente as Súmulas, se agiganta ainda mais quando a banca é o CESPE, como 
acontece no seu caso.
Então, sem mais demora, vamos estudar.
O material que você tem em mãos, modéstia à parte, é suficiente para a sua 
aprovação! Ele foi preparado com muito empenho e dedicação. 
Ah, como treinamento direcionado à banca examinadora que fará sua prova é 
fundamental, ao final de cada capítulo inseri uma série de questões CESPE, sendo 
que 20 delas são verdadeiramente comentadas. Nada de ficar somente indicando 
qual o dispositivo legal aplicável.
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Ajeite-se aí na cadeira e venha comigo aprender de uma vez por todas o 
Direito Constitucional, garantindo sua aprovação no concurso do Tribunal da Ci-
dadania!
1. Teoria da Constituição
A Teoria da Constituição engloba alguns assuntos esparsos, passando pelo 
Conceito, Classificações e Elementos das Constituições. Além disso, costu-
mam ser cobrados em prova os assuntos relacionados ao Poder Constituinte e à 
Eficácia e Aplicabilidade das Normas Constitucionais.
Em outros editais, especialmente para o pessoal do Juridiquês, a Hermenêu-
tica Constitucional, juntamente com seus Métodos e Princípios de Interpretação, 
também faz visita frequente.
Menos comum é a exigência de conhecimentos ligados ao Histórico das Cons-
tituições brasileiras. Seja como for, uma dose de cultura não atrapalha ninguém, 
além de servir para afastar eventuais dúvidas.
Há, ainda, a necessidade de o candidato conhecer a estrutura piramidal de Hie-
rarquia das Normas, que culmina com a Supremacia da Constituição.
Nós veremos cada um desses pontos, sempre de forma simples e didática, mas 
sem perder a essência daquilo que é necessário para você fazer uma boa prova.
Ah, aqui o uso da Doutrina será mais recorrente do que em outros pontos, viu?! 
Porém, fique tranquilo, pois não farei aquelas transcrições enormes, que mais con-
fundem do que ajudam.
A ideia, repito, é ir direto ao ponto!
Então, sem mais conversa, vamos lá!
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www.grancursosonline.com.br1.1. Conceito de Constituição 
Se você for olhar bem, em cada livro de Doutrina haverá um conceito de Consti-
tuição “à moda da casa”. Em outras palavras, a conceituação de Constituição trará 
variações relacionadas ao entendimento do autor sobre o tema.
Eu diria que a Constituição é a norma de maior hierarquia em um orde-
namento jurídico, que organiza o Estado e os seus Poderes, além de tratar 
dos direitos e garantias individuais. 
Aliás, hoje em dia, diante do movimento do Neoconstitucionalismo, a pes-
soa humana é colocada no centro do sistema, em uma posição de grande 
destaque. Não é por outra razão que você ouve tanto falar em dignidade da pessoa 
humana, que se apresenta como metaprincípio.
O jurista alemão Konrad Hesse explica que a Constituição deve ser entendida 
como a ordem jurídica fundamental de uma comunidade. Por ter status de norma 
jurídica, ela seria dotada de força normativa suficiente para vincular e impor os 
seus comandos.1
Dito isso, não tenho dúvidas de que nas provas o ponto mais exigido dentro do 
conceito de Constituição é a forma como o Direito Constitucional se inter-relaciona 
com outras ciências, principalmente a Sociologia, a Filosofia e a Política. 
Em virtude disso, existem diversos sentidos para se conceituar a Constituição. 
Vou apresentar cada um deles e, logo depois, vou fazer uma espécie de tabela 
identificando o sentido, nome do autor e expressão chave para identificar. De an-
temão, já adianto que o Examinador vai trocar um com o outro, tentando induzi-lo 
a erro.
1 HESSE, Konrad. A força normativa da Constituição. Tradução: Gilmar Ferreira Mendes. Porto Alegre: Sério A. Fabris. 1991, pág. 19.
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1.1.1. Sentido Sociológico de Constituição
Dentro do sentido sociológico, o professor Ferdinand Lassalle defende que 
uma Constituição só seria legítima se representasse a vontade popular, refletindo a 
somatória dos fatores reais de poder numa sociedade. Caso isso não aconteça, 
a Constituição não passaria de uma ‘folha de papel’.
Para você ter uma ideia, certa vez eu estava fazendo uma aula de especialização, 
e o professor mostrou-nos um livro cuja capa trazia uma daquelas Constituições 
brasileiras clássicas, no modelo em que é divulgada pela Câmara e pelo Senado.
Então, ele perguntou a nós, alunos: “O que é isso?” Claro que todos responde-
mos que era uma Constituição. Foi daí que ele folheou, e não havia nada escrito 
nas páginas do “recheio”. Em outras palavras, ele colou a capa da Constituição em 
folhas em branco.
De novo ele perguntou: “O que é isso?”. Ele seguiu respondendo que a nossa 
resposta, no sentido de aquilo ser a Constituição, decorreria do fato de aceitarmos 
a Constituição como resultado da somatória dos fatores reais de poder numa so-
ciedade. 
Se isso não ocorresse, ou seja, se não entendêssemos a legitimidade daquele 
livro, ele não passaria de uma ‘folha de papel’ como tantas outras.
1.1.2. Sentido Político de Constituição
Esse é ainda mais fácil: no sentido político, Carl Schmitt conceitua Constitui-
ção como a decisão política fundamental. Segundo o autor, a validade de uma 
Constituição não se apoia na justiça de suas normas, mas na decisão política que 
lhe dá existência.
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Um ponto importante: Carl Schimitt diferencia Constituição de leis consti-
tucionais. A Constituição disporia somente sobre as matérias de grande relevância 
jurídica, sobre as decisões políticas fundamentais, tais como organização do Esta-
do, princípio democrático e os direitos fundamentais. As outras normas presentes 
na Constituição seriam somente leis constitucionais.
Falando em outras palavras, Constituição seria aquilo que realmente merece 
estar na norma mais importante. O resto, que lá está, mas não tem a mesma im-
portância, seria apenas uma lei constitucional. 
Se você reparar bem, parece muito com a classificação das constituições segun-
do o conteúdo. Isso porque as ‘leis constitucionais’ seriam Constituição em aspecto 
formal, enquanto a Constituição seria apenas o filé mignon, o aspecto material.
1.1.3. Sentido Jurídico de Constituição
Fechando a trinca dos conceitos mais cobrados nas provas, no sentido jurídico, 
Hans Kelsen diz que a Constituição estaria no mundo do dever ser (como as 
coisas deveriam ser), e não no mundo do ser (mundo real, como as coisas são), 
caracterizada como fruto da vontade racional do homem, e não das leis naturais. 
Ela seria uma norma pura, sem qualquer consideração de cunho socioló-
gico, político ou filosófico. Não é por outra razão que uma grande obra de Kelsen 
é chamada de Teoria Pura do Direito.
1.1.4. Sentido Culturalista de Constituição
Aqui está um conceito-sentido menos cobrado pelas Bancas, mas que é apre-
sentado por um brasileiro.
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É o seguinte: no conceito culturalista, desenvolvido por J. H. Meirelles Tei-
xeira, a Constituição é produto de um fato cultural, produzido pela sociedade e que 
sobre ela pode influir. 
A concepção culturalista levaria ao conceito de ‘Constituição Total’, por apre-
sentar “na sua complexidade intrínseca, aspectos econômicos, sociológicos, jurídi-
cos e filosóficos”.2
Pronto! Agora que já mostrei a você os conceitos/sentidos principais para as 
provas, veja o seguinte quadro esquemático:
Sentido Pensador Expressão identificadora
Sociológico Ferdinand Lassale Somatória dos fatores reais de Poder ou Folha de papel
Político Carl Schimitt Decisão política fundamental.
Distinção entre Constituição x leis constitucionais
Jurídico Hans Kelsen Norma pura
Culturalista J. H. Meirelles Teixeira Constituição Total
1.2. Classificações das Constituições
As constituições podem ser classificadas de várias maneiras, a depender do cri-
tério utilizado. Aliás, você verá que muitas vezes um conceito quer dizer a mesma 
coisa que outro, só que verificados por outro ângulo.
Quer um exemplo: em regra, as Constituições mais enxutas (quanto à exten-
são, sintéticas) tratarão apenas daqueles pontos essencialmente constitucionais 
(quanto ao conteúdo, material).
Em sentido oposto, aquelas mais detalhadas e longas (quanto à extensão, ana-
líticas ou prolixas) trarão muita coisa que sequer deveria estar no texto constitucio-
nal (quanto ao conteúdo, formal). É o que acontece com a Constituição brasileira, 
que tem até a definição de onde fica um Colégio específico...
2 Teixeira, J. H. Meirelles. Curso de direito constitucional. Rio de Janeiro: Forense, 1991, págs. 58-59.
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São incontáveis as classificações doutrinárias. Eu não tentaria esgotá-las. Meu 
intuito, você bem sabe, é prepará-lo para a prova. Pensando nisso, vou trabalhar 
com as classificações mais importantes, destacando o quanto elas caem.
Ah, em cada classificação eu apontarei onde se encaixa a nossa Constituição 
atual, ok?
a) Quanto à origem: ponto muito cobrado nas provas. A ideia aqui é saber se 
a Constituição nasceu democraticamente ou não. A Constituição brasileira atual 
é promulgada.
Promulgada
(democrática 
ou popular)
Fruto do trabalho de uma Assembleia Nacional Constituinte, eleita direta-
mente pelo povo. Ex.: Constituições brasileiras de 1891, 1934 e de 1946.
Outorgada
Imposta – de maneira unilateral – pelo governante, não contando com a par-
ticipação popular. Ex.: Constituições brasileiras de 1824, 1937, 1967/69.
Cesarista
(Bonapar-
tista)
Embora seja outorgada, nela há participação popular por meio de referendo. 
No entanto, essa participação não é democrática, pois apenas ratifica a von-
tade do detentor do poder. Ex.: Constituição chilena, feita a partir da vontade do 
Ditador Alberto Pinochet.
Pactuada
(dualista)
Origina-se de um compromisso firmado entre o rei e o Poder Legislativo. Nesse 
caso, o monarca se sujeita aos esquemas constitucionais (monarquia limitada). 
Como ela é fruto de um pacto, é chamada de pactuada. Ex.: Magna Carta de 
1215.
A Magna Carta do Rei João Sem Terra (Inglaterra, 1215) é importante por 
três pontos principais: 1º) É nela que surge o Habeas Corpus, principal remé-
dio constitucional; 2º) É nela que também surge o devido processo legal, princípio 
mais importante do direito processual; e 3º) Ela ainda inaugura uma classificação 
da Constituição, baseada no pacto entre duas forças (Rei + Legislativo).
b) Quanto à forma: aqui é bem mais simples. A Constituição brasileira 
atual é escrita.
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Escrita
(instrumental)
Composta por um conjunto de regras organizadas em um único documento. 
Ex.: Constituições brasileiras, Constituição espanhola.
Costumeira 
(não escrita)
Composta por textos esparsos, baseando-se nos usos, costumes, jurisprudên-
cia. Ex.: Constituição inglesa.
c) Quanto ao modo de elaboração: essa é uma das queridinhas das Bancas 
examinadoras. Logo, é importante você ficar de olho! A Constituição brasileira 
atual é dogmática.
Dogmática
Sempre escrita, é elaborada em um dado momento, por um órgão constituinte, 
segundo dogmas ou ideias. Ex.: CF/88.
Histórica
É também chamada costumeira e resulta da lenta formação histórica, das tradi-
ções de uma sociedade. Ex.: Constituição inglesa. 
d) Quanto à extensão: em português bem claro, as Constituições podem ser 
grandes, falando demais, ou pequenas, dizendo o mínimo necessário. Nossa Cons-
tituição tem 250 artigos e já sofreu cerca de 100 emendas, exatamente por ser 
extensa (prolixa, analítica). A dos EUA contém pouquíssimos artigos, mesmo já 
contando com mais de 200 anos. A Constituição brasileira atual é analítica.
Analítica
(dirigente)
Aborda todos os assuntos que os representantes do povo entenderem como funda-
mentais, descendo às minúcias. Normalmente, traz regras que deveriam estar na 
legislação infraconstitucional. Ex.: CF/1988.
Sintética
(negativa)
Traz apenas princípios fundamentais, que se ajustam com o tempo. Normalmente 
dura mais tempo. Ex.: Constituição americana, que já dura mais de duzentos anos.
e) Quanto ao conteúdo: Vou pedir para você lembrar algo que eu disse lá nos 
conceitos de Constituição. Para ser mais específico, no sentido político, Carl Schmitt 
diferenciava Constituição de leis constitucionais. 
Pois é, essa distinção casa bem aqui. É classificada como “material” a Constitui-
ção que versa apenas sobre matérias realmente constitucionais, como Organização 
do Estado e dos Poderes, além dos Direitos e Garantias Fundamentais.
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Por outro lado, quando o texto abrigasse muita ‘perfumaria’, muitos ‘extras’, ela 
seria classificada como “formal”. Quer um exemplo? O artigo 242 da Constituição 
se preocupou em dizer que o Colégio Dom Pedro II fica no Rio de Janeiro. Ora, ima-
gine a quantidade de escolas públicas em nosso país. Pense aí se isso realmente 
precisaria estar dentro da Constituição. Sem dúvidas, a Constituição brasileira 
atual é formal.
Material
(substancial)
No seu texto só há matéria realmente constitucional. Ex.: Constituição americana.
Formal Qualquer regra contida no texto é considerada constitucional. Ex.: CF/1988.
Com a inserção do § 3º, no artigo 5º, da Constituição, mesmo algumas normas que 
estão fora do texto constitucional (tratados internacionais que tratam de direitos 
humanos aprovados sob o rito das emendas à constituição) são considerados como 
norma constitucional. 
f) Quanto à estabilidade ou possibilidade de alteração ou alterabilida-
de: viu a variação de nomes desta classificação? Pois vá se acostumando a todos 
eles, uma vez que são frequentadores assíduos das provas de concurso dos mais 
diferentes níveis de dificuldade. A Constituição brasileira atual é rígida.
Imutável
Nela, veda-se qualquer alteração. A imutabilidade pode ser absoluta ou relativa. 
Esta última se verifica quando se impõem limitações temporais, isto é, se impõe 
um prazo durante o qual a Constituição não poderá ser modificada. 
Foi o que aconteceu com a Constituição brasileira de 1824, que só poderia ser 
modificada após passados quatro anos de sua existência. 
Super-rígida
É a classificação defendida doutrinariamente pelo hoje Ministro do STF Alexandre 
de Moraes3. É uma posição minoritária, segundo a qual a Constituição brasileira 
seria mais do que rígida, na medida em que as chamadas cláusulas pétreas (art. 
60, § 4º) não poderiam ser suprimidas.
3 MORAES, Alexandre de. Direito constitucional, 23ª edição, São Paulo: Atlas, 2008, pág. 41.
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Rígida
Exige, em relação às normas infraconstitucionais, um processo legislativo mais 
complexo para serem alteradas. É exatamente o que acontece com a nossa Cons-
tituição atual. Para ela ser modificada, são necessários dois turnos de votação em 
cada Casa do Congresso Nacional, exigindo-se 3/5 (ou 60%) dos votos – maioria 
qualificada. 
A título de comparação, uma lei complementar passa em cada Casa apenas uma 
vez, sendo que se exige 50% + 1 dos componentes (maioria absoluta) votando 
em seu favor.
Flexível
Não possui processo legislativo mais rigoroso em comparaçãoàs normas infra-
constitucionais. 
Semirrígida
Para algumas matérias se exige processo legislativo mais complexo; para outras, 
não. 
Curiosamente, a Constituição brasileira de 1824, que foi a primeira, era 
semirrígida e imutável.
Como assim? 
Nos quatro primeiros anos, ela era imutável; a partir daí se previa um procedi-
mento mais rigoroso para algumas matérias (essencialmente constitucionais) e 
outro mais simples para os pontos que, embora estejam na Constituição, não 
trazem carga verdadeiramente constitucional.
Fixa (silen-
ciosa)
É aquela que só pode ser modificada pelo mesmo poder que a criou (Poder Consti-
tuinte Originário). São chamadas de silenciosas por não preverem procedimentos 
especiais para a modificação de seu texto. Ex: Constituição Espanhola de 1876.
g) Quanto ao conteúdo ideológico: fique de olho para não confundir com a 
classificação aí de baixo... A Constituição brasileira atual é social (dirigente).
Liberal
(negativa)
Ela se preocupa exclusivamente em limitar a atuação do Estado, trazendo apenas 
prestações negativas (direitos fundamentais de 1ª dimensão). Traduz o fenômeno 
do abstencionismo/abstencionismo estatal, que é a postura passiva do Estado. 
Social (diri-
gente)
É a que se preocupa não apenas em preservar liberdades, mas também em efe-
tivar direitos sociais, econômicos e culturais (direitos fundamentais de 2ª dimen-
são). Leva o nome de dirigentes porque direcionam as ações governamentais. 
h) Quanto à ideologia: repare que aqui a preocupação não é se o texto consti-
tucional trata ou não das diferentes gerações/dimensões de direitos fundamentais. 
O enfoque principal é definir se há – ou não – mais de uma ideologia na elaboração 
da Constituição. A Constituição brasileira atual é eclética.
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Ortodoxa Reflete um só pensamento ideológico. Ex.: Constituição chinesa – comunista.
Eclética
Também chamada de compromissória, é fruto da conjunção entre as diferentes 
ideologias de um Estado. Ex.: brasileira.
i) Quanto à correspondência com a realidade (critério ontológico): todo 
cuidado aqui é pouco! Esta classificação ‘chove’ nos concursos para carreiras de 
ponta. Aliás, de poucos anos para cá ela se popularizou e tem caído em muitos con-
cursos para analista (nível superior) e até para técnico (nível médio).
Segundo seu idealizador, o professor Karl Lowestein, haveria uma espécie de 
gradação, comparando o respeito à Constituição pelos detentores do poder.
Não sei como você pensará, mas em minha cabeça é como se tivéssemos uma 
escada com três degraus. No primeiro (lá em baixo) está a Constituição “semântica”, 
na qual não há correspondência com a realidade. Canotilho, renomado professor 
Português, a chama de “Constituição de fachada”.
Seguindo, no próximo degrau (o do meio) teríamos as Constituições nominais 
ou nominalistas. Elas teriam um bom texto, mas não haveria a correspondência 
com “o mundo real”.
Aqui, mais um ponto de tensão: minoritariamente, há doutrinadores que dizem 
que a Constituição brasileira atual é – ou pretende ser – normativa. 
Está bem, então eu pergunto: o salário mínimo, mencionado lá no artigo 7º da 
Constituição, é realmente capaz de atender às necessidades de saúde, lazer, edu-
cação, vestuário, alimentação, moradia etc. como está escrito? A resposta só pode 
ser negativa!
Ah, quanto ao “pretende ser”, é claro que qualquer Constituição quer ser o mo-
delo ideal – no caso, a Constituição normativa.
Seja como for, a nossa realmente tem boas intenções, mas não há uma perfeita 
correspondência entre seu texto e o mundo real.
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Por fim, você verá que o terceiro degrau contempla o modelo ideal de Consti-
tuição, que é a normativa. Como já adiantei, nela há plena correspondência entre 
a vida real e o mundo do dever ser. A Constituição brasileira atual é nominal/
nominalista.
Normativa
É aquela na qual há correspondência entre a teoria e a prática. Haveria o respeito 
do texto pelos detentores do poder. Seria, em razão disso, o modelo ideal de 
Constituição. Seriam exemplos de Constituição normativa, segundo Bernardo 
Gonçalves Fernandes, a Constituição Americana de 1787, a Constituição Alemã de 
1949 e a Constituição Francesa de 1958.4
Nominal
(nominalista)
A Constituição seria um documento político, sem força normativa, pois os deten-
tores do Poder não respeitariam seu texto. Ela não passaria de uma carta de 
intenções. Bernardo Gonçalves Fernandes e Marcelo Novelino estão entre aqueles 
que defendem ser nominal (e não normativa) a Constituição de 1988. Em sentido 
semelhante, Marcelo Neves defende que a nossa Constituição atual é nominalista, 
porque serviria como álibi para os governantes.5
Semântica
Seria a usada pelos detentores do poder como instrumento para seus propósitos 
de dominação da sociedade. Canotilho conceitua esse modelo como ‘Constitui-
ção de Fachada’. Ex.: Constituições brasileiras de 1937, 1967 e 1969.
Há outra classificação doutrinária, segundo a qual uma Constituição também pode 
ser chamada de semântica. Nessa vertente, o texto não seria dotado de clareza, 
exigindo o uso de outros métodos de interpretação que não apenas o gramatical. 
Abrindo um parêntese, seguindo essa lógica, todas as Constituições seriam se-
mânticas, pois a necessidade de utilização dos mais variados métodos de interpre-
tação é própria do sistema normativo. Seja como for, é uma classificação doutriná-
ria que pode ser perguntada a você. Então, é bom conhecer... 
j) Quanto à finalidade: outra classificação que “está na moda”. Explico: 
a classificação que você vê agora, antes praticamente esquecida, voltou a ser per-
guntada – e com força! – pelos Examinadores. A Constituição brasileira atual é 
dirigente (repare que é o mesmo nome dado à classificação quanto ao conteúdo 
ideológico).
4 FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de direito constitucional. 3ª ed., 2ª tir. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2011, pág. 27.
5 NEVES, Marcelo. A constitucionalização simbólica. São Paulo: WMF Martins Fontes. 2007, pág. 101-110.
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Constituição
Garantia
É uma Constituição negativa, que se preocupa em trazer a limitação dos poderes 
estatais. Consagra os direitos de primeira dimensão.
Constituição 
Balanço
É a Constituição destinada a registrar um dado estágio das relações de poder 
no Estado, elaborada para espelhar certo período político, findo o qual é formu-
lado um novo texto constitucional para o período seguinte4. Ex.: constituições da 
antiga União Soviética (1924, 1936 e 1977). 
Constituição 
Dirigente
Possui texto extenso, trazendo em seu bojo as normas programáticas, ou seja, 
aborda programas, metas, planos e diretrizes paraa atuação dos órgãos estatais. 
Dizem aos órgãos governamentais o ‘rumo’ a ser seguido. Elenca os direitos sociais 
(segunda dimensão).
k) Quanto aos sistemas: pouco cobrada, mas você precisa saber. A Consti-
tuição brasileira atual é principiológica.
Principiológica
É a que tem como base fundamental os princípios constitucionais, os quais são o 
seu elemento basilar. Nela, podem existir regras, mas predominam os princípios. 
Ex.: brasileira de 1988.
Preceitual
É aquela que tem como critério básico as regras constitucionais, dando ênfase a 
elas, embora também possua princípios. Ex.: Constituição do México de 1917.
l) Quanto à unidade documental: mais uma que é pouco cobrada, mas você 
precisa saber, pois seguro morreu de velho. A Constituição brasileira atual é 
orgânica/unitextual/codificada.
Orgânica
(unitextual ou 
codificada)
Ela é escrita e sistematizada em um único documento. Ex.: brasileira de 1988.
Inorgânica 
(pluritextual 
ou legal)
Nela, não se verifica a unidade textual. A Constituição é formada por vários 
documentos. Ex.: atual Constituição de Israel e Constituição Francesa de 1875.
m) Quanto à origem de sua decretação: em regra, a Constituição é criada 
e aplicada no mesmo país. Ocorre que há casos (raros) de Constituições criadas 
em um País, mas para ser aplicada em outro. A Constituição brasileira atual é 
autoconstituição ou homoconstituição.
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Homoconstituição ou 
autoconstituição
Ela é redigida e aplicada no mesmo país. É a regra no mundo e também 
no Brasil.
Heteroconstituição
São Constituições que surgem por imposição de outros Estados. Exem-
plo: as Nações Unidas impuseram as Constituições da Namíbia (1990) e 
do Camboja (1993). Ainda são citadas as Constituições da Albânia, do 
Chipre, da Bósnia-Herzegovina etc.
A CF/1988 é uma autoconstituição promulgada, escrita, dogmática, analítica, for-
mal, rígida, social, eclética, nominal, dirigente, principiológica e orgânica. 
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QUESTÕES DE CONCURSO
1. (INSTITUTO RIO BRANCO/DIPLOMATA/2017) Com relação à classificação da 
Constituição Federal de 1988, ao controle de constitucionalidade e à atividade ad-
ministrativa do Estado brasileiro, julgue (C ou E) o item que se segue.
A Constituição Federal de 1988 é classificada, quanto à extensão, como sintética, 
pois suas matérias foram dispostas em um instrumento único e exaustivo de seu 
conteúdo.
2. (MPE-RR/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2017/COM ADAPTAÇÕES) Nos últimos sécu-
los, em muitos países, várias concepções de Constituição foram elaboradas por di-
versos teóricos, muitas delas contraditórias entre si, o que torna o próprio conceito 
de Constituição essencialmente contestável. 
Nesse contexto, para Carl Schmitt, Constituição não se confunde com leis consti-
tucionais: o texto constitucional pode eventualmente colidir com a decisão política 
fundamental, que seria a Constituição propriamente dita.
3. (MPE-RR/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2017/COM ADAPTAÇÕES) Nos últimos sécu-
los, em muitos países, várias concepções de Constituição foram elaboradas por di-
versos teóricos, muitas delas contraditórias entre si, o que torna o próprio conceito 
de Constituição essencialmente contestável. 
Nesse Contexto, para Konrad Hesse, a Constituição, para ser efetiva, deve corres-
ponder à soma dos fatores reais de poder.
4. (MPE-RR/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2017/COM ADAPTAÇÕES) A respeito do poder 
constituinte, é possível a realização de controle de constitucionalidade das normas 
constitucionais originárias em razão de princípios de justiça substantiva subjacen-
tes ao texto constitucional.
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5. (MPE-RR/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2017/COM ADAPTAÇÕES) A respeito do po-
der constituinte, pode-se afirmar que o poder constituinte originário pode limitar 
os proventos de aposentadoria que sejam percebidos em desacordo com a CF, não 
sendo oponível, nesse caso, a alegação de direito adquirido.
6. (PREFEITURA DE FORTALEZA/PROCURADOR/2017) A respeito do poder consti-
tuinte, julgue o item a seguir. 
Não foram recepcionadas pela atual ordem jurídica leis ordinárias que regulavam 
temas para os quais a CF passou a exigir regramento por lei complementar.
7. (PREFEITURA DE FORTALEZA/PROCURADOR/2017) A respeito do poder consti-
tuinte, julgue o item a seguir.
O poder constituinte derivado reformador manifesta-se por meio de emendas à CF, 
ao passo que o poder constituinte derivado decorrente manifesta-se quando da 
elaboração das Constituições estaduais.
8. (PREFEITURA DE FORTALEZA/PROCURADOR/2017) A respeito do poder consti-
tuinte, julgue o item a seguir.
Com a promulgação da CF, foram recepcionadas, de forma implícita, as normas infra-
constitucionais anteriores de conteúdo compatível com o novo texto constitucional.
9. (TRE-PE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2017/COM ADAPTAÇÕES) Além de ser uma Cons-
tituição escrita, a CF é classificada como outorgada, rígida, garantia e dogmática.
10. (FUB/AUXILIAR DE ADMINISTRAÇÃO/2016) Com referência à Constituição Fe-
deral de 1988 e às disposições nela inscritas relativamente a direitos sociais e polí-
ticos, administração pública e servidores públicos, julgue o item subsequente.
A Constituição Federal de 1988 é considerada, quanto à origem, uma Constituição 
promulgada, pois surgiu do trabalho de representantes do povo eleitos com a fina-
lidade específica de sua elaboração: a assembleia nacional constituinte.
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11. (ANVISA/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2016) Acerca da CF, julgue o item se-
guinte.
O neoconstitucionalismo influenciou a atual CF e promoveu o fortalecimento dos 
direitos fundamentais, notadamente, dos direitos sociais.
12. (ANVISA/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2016) Com relação aos direitos e garan-
tias fundamentais, julgue o item que se segue.
À luz do princípio da dignidade humana, a CF estabelece que, após a aprovação 
por qualquer quórum durante o processo legislativo, todos os tratados e conven-
ções sobre direitos humanos subscritos pelo Brasil passem a ter o status de norma 
constitucional.
13. (PGE-AM/PROCURADOR DO ESTADO/2016) Julgue o item seguinte, relativos à 
aplicabilidade de normas constitucionais e à interação destas com outras fontes do 
direito.
Por serem normas de observância obrigatória para os estados, os municípios e o 
DF,as chamadas cláusulas pétreas da CF devem ser reproduzidas nas respectivas 
leis fundamentais desses entes e constituem os únicos limites materiais a serem 
observados quando de suas reformas.
14. (FUNPRESP-JUD/ANALISTA DIREITO/2016) Julgue o item subsequente, refe-
rente ao conceito e classificação da Constituição e à aplicabilidade das normas dis-
postas na Constituição Federal de 1988 (CF).
O direito fundamental à liberdade de crença é norma de eficácia limitada, pois, con-
forme a CF, a lei pode impor o cumprimento de prestação alternativa no caso de a 
crença ser invocada contra dispositivo legal.
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15. (TCE-PR/ANALISTA DE CONTROLE/2016/COM ADAPTAÇÕES) No tocante à in-
terpretação constitucional, pode-se afirmar que na interpretação da Constituição, 
prepondera a teleologia, de modo que a atividade do hermeneuta deve priorizar a 
finalidade ambicionada pela norma; o texto da lei, nesse caso, não limita a inter-
pretação nem lhe serve de parâmetro.
16. (TCE-PR/ANALISTA DE CONTROLE/2016/COM ADAPTAÇÕES) No tocante à in-
terpretação constitucional, pode-se afirmar que O caráter aberto e vago de muitas 
das disposições constitucionais favorece uma interpretação atualizadora e evolutiva, 
capaz de produzir, por vezes, uma mutação constitucional informal ou não textual.
17. (TCE-PR/ANALISTA DE CONTROLE/2016/COM ADAPTAÇÕES) No tocante às 
classificações das constituições, pode-se afirmar que a classificação ontológica das 
Constituições põe em confronto as pretensões normativas da Carta e a realidade 
do processo de poder, sendo classificada como nominativa, nesse contexto, a Cons-
tituição que, embora pretenda dirigir o processo político, não o faça efetivamente.
18. (TCE-PR/ANALISTA DE CONTROLE/2016/COM ADAPTAÇÕES) Em relação ao 
Poder Constituinte, pode-se afirmar que o poder constituinte originário não desa-
parece com a promulgação da Constituição, permanecendo em convívio estreito 
com os poderes constituídos.
19. (TCE-PR/ANALISTA DE CONTROLE/2016/COM ADAPTAÇÕES) Em relação ao 
Poder Constituinte, pode-se afirmar que o poder constituinte originário é incondi-
cionado, embora deva respeitar os direitos adquiridos sob a égide da Constituição 
anterior, ainda que esses direitos não sejam salvaguardados pela nova ordem jurí-
dica instaurada.
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20. (TCE-PR/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2016) No que se refere à aplica-
bilidade das normas constitucionais e a servidores públicos, julgue o item que se 
segue conforme as disposições constantes da Constituição Federal de 1988 (CF).
A norma constitucional que consagra a liberdade de reunião é norma de eficácia 
contida, na medida em que pode sofrer restrição ou suspensão em períodos de es-
tado de defesa ou de sítio, conforme previsão do próprio texto constitucional.
21. (TCE-PA/AUXILIAR TÉCNICO/2016) Com relação à Constituição Federal de 
1988 (CF), sua classificação e dispositivos, julgue o item a seguir.
A CF é considerada flexível, pois a sua alteração pode ocorrer por meio de procedi-
mento ordinário do processo legislativo comum.
22. (PC-PE/DELEGADO DE POLÍCIA/2016/COM ADAPTAÇÕES) Acerca do poder de 
reforma e de revisão constitucionais e dos limites ao poder constituinte derivado, 
julgue o item a seguir.
Além dos limites explícitos presentes no texto constitucional, o poder de reforma 
da CF possui limites implícitos; assim, por exemplo, as normas que dispõem sobre 
o processo de tramitação e votação das propostas de emenda não podem ser su-
primidas, embora inexista disposição expressa a esse respeito.
23. (TRE-MT/ANALISTA JUDICIÁRIO/2015/COM ADAPTAÇÕES) Com relação ao ne-
oconstitucionalismo, às normas constitucionais e ao poder constituinte, julgue o 
item a seguir.
O neoconstitucionalismo desenvolvido pelo modelo neoliberal de Estado revisita a 
concepção de liberdade de mercado, resultando no enfraquecimento dos direitos 
sociais.
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24. (PC-PE/AGENTE DE POLÍCIA/2016/COM ADAPTAÇÕES) Considerando as dispo-
sições da CF, é correto afirmar que a norma constitucional segundo a qual é livre 
o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações 
profissionais que a lei estabelecer é de eficácia plena e de aplicabilidade imediata.
25. (TCE-SC/AUDITOR/2016) A partir do disposto na Constituição Federal de 1988 
(CF), julgue o item seguinte.
A CF classifica-se como Constituição semirrígida, uma vez que, para efeitos de 
reforma, as normas materialmente constitucionais são consideradas rígidas e as 
normas apenas formalmente constitucionais são consideradas flexíveis.
26. (DPE-RN/DEFENSOR PÚBLICO/2015/COM ADAPTAÇÕES) Com relação ao po-
der constituinte, julgue o item.
De acordo com a CF, em razão das limitações procedimentais impostas ao poder 
constituinte derivado reformador, é de iniciativa privativa do presidente da Repúbli-
ca proposta de emenda à CF que disponha sobre o regime jurídico dos servidores 
públicos do Poder Executivo federal.
27. (TRT 8ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2016/COM ADAPTAÇÕES) Julgue o 
item a seguir, de acordo com as disposições constitucionais acerca da aplicabilidade 
das normas constitucionais.
Em se tratando de norma constitucional de eficácia contida, o legislador ordinário 
integra-lhe a eficácia mediante lei ordinária, dando-lhe execução mediante a regu-
lamentação da norma constitucional.
28. (TRT 8ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2016/COM ADAPTAÇÕES) Julgue o 
item a seguir, de acordo com as disposições constitucionais acerca da aplicabilidade 
das normas constitucionais.
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A norma constitucional que impõe o dever da inviolabilidade do domicílio, salvo em 
caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por 
determinação judicial, é exemplo de norma constitucional de eficácia plena.
29. (TRT 8ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2016/COM ADAPTAÇÕES) Julgue o 
item a seguir, de acordo com as disposições constitucionais acerca da aplicabilidade 
das normas constitucionais.
Na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), considera-se que as normas 
constitucionais possuem eficácia absoluta, imediata e diferida, sendo essa a classi-
ficação mais adotada também na doutrina.
30. (DPE-RN/DEFENSOR PÚBLICO/2015/COM ADAPTAÇÕES) Comrelação ao po-
der constituinte, julgue o item.
Tendo em vista os limites autônomos ao poder constituinte derivado decorrente, 
devem as Constituições estaduais observar os princípios constitucionais extensí-
veis, tais como aqueles relativos ao processo legislativo.
31. (TRT 8ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2016) Conforme o inciso VII do artigo 
5.º da CF, “é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas 
entidades civis e militares de internação coletiva”. Considerando-se a aplicabilidade 
das normas constitucionais e os critérios doutrinários de classificação, é correto 
afirmar que o referido dispositivo constitui norma de aplicabilidade imediata.
32. (TCE-RN/ASSESSOR/2015) A respeito de conceito, classificações e princípios 
fundamentais da Constituição, julgue o item a seguir.
As constituições podem ser classificadas como normativas quando há uma ade-
quação entre o conteúdo normativo do texto constitucional e a realidade social, na 
medida em que detentores e destinatários de poder seguem a Constituição.
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33. (TRT 8ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2016/COM ADAPTAÇÕES) Acerca do 
conceito de Constituição, da classificação das Constituições, da classificação das 
normas constitucionais e dos princípios estabelecidos na Constituição Federal de 
1988 (CF), julgue o item a seguir.
A repristinação ocorre quando uma norma infraconstitucional revogada pela ante-
rior ordem jurídica é restaurada tacitamente pela nova ordem constitucional.
34. (TRE-PI/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2016/COM ADAPTAÇÕES) As constituições clas-
sificam-se, quanto à estabilidade, em imutáveis, rígidas, flexíveis ou semirrígidas.
35. (TRE-PI/ANALISTA JUDICIÁRIO/2016/COM ADAPTAÇÕES) Acerca do direito 
constitucional, julgue o item a seguir.
As várias reformas já sofridas pela CF, por meio de emendas constitucionais, são 
expressão do poder constituinte derivado decorrente.
36. (TRE-PI/ANALISTA JUDICIÁRIO/2016/COM ADAPTAÇÕES) Acerca do direito 
constitucional, julgue o item a seguir.
O neoconstitucionalismo, ao promover a força normativa da Constituição, acarre-
tou a diminuição da atividade judicial, dado o alto grau de vinculação das decisões 
judiciais aos dispositivos constitucionais.
37. (TRE-RS/ANALISTA JUDICIÁRIO/2015/COM ADAPTAÇÕES) Julgue o item a res-
peito do poder constituinte.
O caráter autônomo, inicial e ilimitado conferido ao poder constituinte originário 
afasta a possibilidade de ser invocado direito adquirido sob a vigência da constitui-
ção anterior perante a nova constituição.
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38. (TRE-PI/ANALISTA JUDICIÁRIO/2016/COM ADAPTAÇÕES) De acordo com a CF, 
é direito do trabalhador urbano e rural a participação nos lucros, ou resultados, 
desvinculada da remuneração. Em relação à aplicabilidade das normas constitu-
cionais, esse dispositivo constitucional classifica-se como norma constitucional de 
eficácia limitada, uma vez que depende de normatividade ulterior para completa 
incidência sobre os interesses tutelados.
39. (TCE-PR/AUDITOR/2016/COM ADAPTAÇÕES) Acerca da interpretação e da 
aplicação das normas constitucionais, julgue o item a seguir.
Em decorrência do princípio interpretativo da unidade da Constituição, existin-
do duas normas constitucionais incompatíveis entre si, deverá o intérprete escolher 
entre uma e outra, não sendo possível uma interpretação que as integre.
40. (TCE-PR/AUDITOR/2016/COM ADAPTAÇÕES) Acerca da interpretação e da 
aplicação das normas constitucionais, julgue o item a seguir.
Dado o princípio da máxima efetividade ou da eficiência, o intérprete deve coorde-
nar a combinação dos bens jurídicos em conflito de forma a evitar o sacrifício total 
de uns em relação aos outros.
41. (TRE-RS/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2015/COM ADAPTAÇÕES) Acerca da 
Constituição Federal de 1988 (CF) e de suas disposições, julgue o item a seguir.
Assim como a União e os estados-membros, os municípios regem-se por Constituições 
próprias, que são consideradas a lei fundamental máxima de uma sociedade local.
42. (TRE-RS/ANALISTA JUDICIÁRIO/2015/COM ADAPTAÇÕES) Acerca de aspectos 
relacionados à Constituição, poder constituinte e princípios constitucionais funda-
mentais, julgue o item a seguir.
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Em se tratando de Constituição formal, consideram-se constitucionais as normas 
que constarem do texto magno, sejam elas emanadas do poder constituinte origi-
nário ou do de reforma.
43. (TRE-RS/ANALISTA JUDICIÁRIO/2015/COM ADAPTAÇÕES) Acerca de aspectos 
relacionados à Constituição, poder constituinte e princípios constitucionais funda-
mentais, julgue o item a seguir.
Não se pode falar em poder constituinte originário se o ato constituinte for adstrito 
a uma única pessoa ou a um grupo restrito no qual não intervenha órgão de repre-
sentação popular.
44. (TJDFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/2015) A respeito das classificações das consti-
tuições, julgue o item que se segue.
Quanto ao modo de elaboração, as constituições podem ser promulgadas — aque-
las que derivam do trabalho de assembleia nacional constituinte — ou outorgadas 
— aquelas que são estabelecidas sem a participação popular.
45. (TRE-RS/ANALISTA JUDICIÁRIO/2015/COM ADAPTAÇÕES) Acerca da classifi-
cação das constituições, julgue o item.
As constituições-garantia ou estatutárias contrapõem-se às programáticas ou diri-
gentes por concentrarem suas disposições na estrutura do poder, sem enveredar 
por objetivos socioeconômicos e culturais.
46. (TRE-PI/ANALISTA JUDICIÁRIO/2016/COM ADAPTAÇÕES) Acerca do direito 
constitucional, julgue o item a seguir.
A derrotabilidade de uma norma constitucional ocorrerá caso uma norma jurídica 
deixe de ser aplicada em determinado caso concreto, permanecendo, contudo, no 
ordenamento jurídico para regular outras relações jurídicas.
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47. (TRE-MT/ANALISTA JUDICIÁRIO/2015/COM ADAPTAÇÕES) Com relação ao ne-
oconstitucionalismo, às normas constitucionais e ao poder constituinte, julgue o 
item a seguir.
O fenômeno da mutação constitucional é um processo informal de alteração do sig-
nificado da CF, decorrente de nova interpretação, mas não de alteração, do texto 
constitucional.
48. (PC-PE/DELEGADO DE POLÍCIA/2016/COM ADAPTAÇÕES) Acerca do poder de 
reforma e de revisãoconstitucionais e dos limites ao poder constituinte derivado, 
julgue o item a seguir.
Se uma proposta de emenda à CF for considerada prejudicada por vício de nature-
za formal, ela poderá ser reapresentada após o interstício mínimo de dez sessões 
legislativas e ser apreciada em dois turnos de discussão e votação.
49. (TRE-MT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2015/COM ADAPTAÇÕES) Julgue o item a se-
guir acerca da Constituição Federal de 1988 (CF) e dos princípios fundamentais por 
ela reconhecidos.
O poder constituinte derivado decorrente refere-se à capacidade de modificar a CF, 
por meio de procedimento específico, estabelecido pelo poder constituinte originá-
rio e proveniente deste.
50. (TRT 8ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2016/COM ADAPTAÇÕES) Acerca do 
conceito de Constituição, da classificação das Constituições, da classificação das 
normas constitucionais e dos princípios estabelecidos na Constituição Federal de 
1988 (CF), julgue o item a seguir.
Normas constitucionais de eficácia plena são autoaplicáveis ou autoexecutáveis, 
como, por exemplo, as normas que estabelecem o mandado de segurança, o habe-
as corpus, o mandado de injunção e o habeas data.
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GABARITO
1. E
2. C
3. E
4. E
5. C
6. E
7. C
8. C
9. E
10. C
11. C
12. E
13. E
14. E
15. E
16. C
17. C
18. E
19. E
20. C
21. E
22. C
23. E
24. E
25. E
26. E
27. E
28. C
29. E
30. C
31. C
32. C
33. E
34. C
35. E
36. E
37. C
38. C
39. E
40. E
41. E
42. C
43. E
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QUESTÕES COMENTADAS
1. (INSTITUTO RIO BRANCO/DIPLOMATA/2017) Com relação à classificação da 
Constituição Federal de 1988, ao controle de constitucionalidade e à atividade ad-
ministrativa do Estado brasileiro, julgue (C ou E) o item que se segue.
A Constituição Federal de 1988 é classificada, quanto à extensão, como sintética, 
pois suas matérias foram dispostas em um instrumento único e exaustivo de seu 
conteúdo.
Errado.
As constituições podem ser classificadas de várias maneiras, a depender do critério 
utilizado. Aliás, você verá que muitas vezes um conceito quer dizer a mesma coisa 
que outro, só que verificados por outro ângulo. Um exemplo: em regra, as Cons-
tituições mais enxutas (quanto à extensão, sintéticas) tratarão apenas daqueles 
pontos essencialmente constitucionais (quanto ao conteúdo, material). Em sentido 
oposto, aquelas mais detalhadas e longas (quanto à extensão, analíticas ou proli-
xas) trarão muita coisa que sequer deveria estar no texto constitucional (quanto ao 
conteúdo, formal). É o que acontece com a Constituição Brasileira, que tem até e a 
definição de onde fica um colégio específico...
Voltando os olhos para a questão, em português bem claro, as Constituições podem 
ser grandes, falando demais, ou pequenas, dizendo o mínimo necessário. Nossa 
Constituição tem 250 artigos e já sofreu cerca de 100 emendas, exatamente por 
ser extensa (prolixa, analítica). A dos EUA contém pouquíssimos artigos, mesmo 
já contando com mais de 200 anos. Assim, a Constituição Brasileira atual é 
analítica e não sintética, o que torna o item errado.
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2. (MPE-RR/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2017/COM ADAPTAÇÕES) Nos últimos sécu-
los, em muitos países, várias concepções de Constituição foram elaboradas por di-
versos teóricos, muitas delas contraditórias entre si, o que torna o próprio conceito 
de Constituição essencialmente contestável. 
Nesse contexto, para Carl Schmitt, Constituição não se confunde com leis consti-
tucionais: o texto constitucional pode eventualmente colidir com a decisão política 
fundamental, que seria a Constituição propriamente dita.
Correto.
Existem diversos sentidos para se conceituar a Constituição. Vou apresentar ago-
ra os mais cobrados nas bancas examinadoras, ok? De antemão, já adianto que o 
Examinador vai trocar um com o outro, tentando induzir você ao erro. Dentro do 
sentido sociológico, o professor Ferdinand Lassalle defende que uma Consti-
tuição só seria legítima se representasse a vontade popular, refletindo a somatória 
dos fatores reais de poder numa sociedade. Caso isso não aconteça, a Cons-
tituição não passaria de uma “folha de papel”. Por sua vez, no sentido políti-
co, Carl Schmitt conceitua Constituição como a decisão política fundamental. 
Segundo o autor, a validade de uma Constituição não se apoia na justiça de suas 
normas, mas na decisão política que lhe dá existência.
Um ponto importante: Carl Schmitt diferencia Constituição de leis constitucio-
nais. A Constituição disporia somente sobre as matérias de grande relevância ju-
rídica, sobre as decisões políticas fundamentais, tais como organização do Estado, 
princípio democrático e os direitos fundamentais. As outras normas presentes na 
Constituição seriam somente leis constitucionais. 
Falando em outras palavras, Constituição seria aquilo que realmente merece estar 
na norma mais importante. O resto, que lá está, mas não tem a mesma importân-
cia, seria apenas uma lei constitucional. Se você reparar bem, parece muito com 
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a classificação das constituições segundo o conteúdo. Isso porque as “leis consti-
tucionais” seriam Constituição em aspecto formal, enquanto a Constituição seria 
apenas o filé mignon, o aspecto material. Só com o que foi visto até aqui você 
já conseguiria perceber que o item está certo. De todo modo, vou seguir.
Fechando a trinca dos conceitos mais cobrados nas provas, no sentido jurídico, 
Hans Kelsen diz que a Constituição estaria no mundo do dever-ser (como as 
coisas deveriam ser), e não no mundo do ser (mundo real, como as coisas são), 
caracterizada como fruto da vontade racional do homem, e não das leis naturais. 
Ela seria uma norma pura, sem qualquer consideração de cunho sociológico, 
político ou filosófico. Não é por outra razão que uma grande obra de Kelsen é 
chamada de Teoria Pura do Direito.
Voltando à questão, ela está certa porque é Carl Schmitt quem diferencia Constitui-
ção de leis constitucionais em seu sentido político.
3. (MPE-RR/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2017/COM ADAPTAÇÕES) Nos últimos sécu-
los, em muitos países, várias concepções de Constituiçãoforam elaboradas por di-
versos teóricos, muitas delas contraditórias entre si, o que torna o próprio conceito 
de Constituição essencialmente contestável. 
Nesse Contexto, para Konrad Hesse, a Constituição, para ser efetiva, deve corres-
ponder à soma dos fatores reais de poder.
Errado.
A concepção apresentada na questão se refere ao entendimento de Ferdinand 
Lassalle que, ao adotar o sentido sociológico, compreende a Constituição como 
a somatória dos fatores reais do poder dentro de uma sociedade. Por sua vez, Kon-
rad Hesse, rechaçando as conclusões de Ferdinand Lassalle, leciona que por força 
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do princípio da força normativa da Constituição, nem sempre os fatores reais 
do poder prevalecem sobre a constituição normativa. 
A constituição configura não só expressão do ser, mas também do dever-ser e, 
muito além do simples reflexo das condições táticas de sua vigência, possui uma 
força normativa capaz de imprimir ordem e conformação à realidade política e 
social. Assim, a constituição real e a constituição jurídica possuem relação de 
coordenação, condicionando-se mutuamente, embora não dependam, pura e sim-
plesmente, uma da outra.
4. (MPE-RR/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2017/COM ADAPTAÇÕES) A respeito do poder 
constituinte, é possível a realização de controle de constitucionalidade das normas 
constitucionais originárias em razão de princípios de justiça substantiva subjacen-
tes ao texto constitucional.
Errado.
O Poder Constituinte Originário (daqui em diante vou chamar de PCO, ok) é tam-
bém denominado inicial, inaugural, genuíno ou de 1º grau. Ele instaura uma 
nova ordem jurídica, rompendo por completo com a ordem jurídica precedente. O 
objetivo fundamental do poder constituinte originário, portanto, é criar um novo 
Estado, diverso do que vigorava em decorrência da manifestação do poder consti-
tuinte precedente. O poder constituinte originário pode ser subdividido em histó-
rico (ou fundacional) e revolucionário. Histórico seria o verdadeiro poder cons-
tituinte originário, estruturando pela primeira vez, o Estado. Revolucionário seriam 
todos os posteriores ao histórico, rompendo por completo com a antiga ordem e 
instaurando uma nova, um novo Estado. Ademais, o PCO tem por características 
ser inicial, autônomo, ilimitado juridicamente, incondicionado, soberano na tomada 
de suas decisões, um poder de fato e político permanente.
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Por sua vez, o denominado Poder Constituinte Derivado (na mesma linha, eu o 
chamarei de PCD), também chamado de instituído, constituído, secundário, de 
segundo grau, remanescente é criado e instituído pelo originário. Ao contrário 
de seu “criador”, que é, do ponto de vista jurídico, ilimitado, incondicionado, inicial, 
o PCD deve obedecer às regras e às limitações colocadas e impostas pelo originá-
rio, sendo, nesse sentido, limitado e condicionado aos parâmetros a ele impostos. 
Derivam, pois, do Poder Constituinte Originário o Poder Constituinte Derivado 
reformador, o decorrente e o revisor.
Segundo a doutrina, as normas constitucionais fruto do trabalho do poder 
constituinte originário serão sempre constitucionais, não se podendo fa-
lar em controle de sua constitucionalidade. Os aparentes conflitos devem ser 
harmonizados por meio da atividade interpretativa, de forma sistêmica. Por outro 
lado, no tocante ao trabalho dos poderes derivados, este pode ser declarado 
inconstitucional, uma vez que referido poder é condicionado aos limites e parâ-
metros impostos pelo originário. Então, não é possível a realização de contro-
le de constitucionalidade das normas constitucionais originárias (STF, ADI 
4.097), o que torna o item errado.
5. (MPE-RR/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2017/COM ADAPTAÇÕES) A respeito do po-
der constituinte, pode-se afirmar que o poder constituinte originário pode limitar 
os proventos de aposentadoria que sejam percebidos em desacordo com a CF, não 
sendo oponível, nesse caso, a alegação de direito adquirido.
Correto.
Dentro da premissa apresentada na questão anterior, tem-se que o PCO é ilimita-
do juridicamente, certo? A consequência disso é que não se pode falar em direito 
adquirido frente à nova Constituição. Em outras palavras, seria viável a restrição/
limitação ou redução dos proventos de aposentadoria.
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Em sentido contrário, tratando-se de normas editadas pelo Constituinte Derivado, 
o direito adquirido deve ser respeitado. É o caso da promulgação de emendas à 
Constituição (STF, RE 609.381). Eventual reforma da previdência, hoje tanto em 
discussão, como será feita por meio de EC, deve respeitar as aposentadorias já 
concedidas e mesmo as situações de pessoas que já tenham preenchido completa-
mente os requisitos hoje exigidos, podendo mexer apenas nas situações de quem 
ainda está “no meio do caminho”.
Dito isso, o item está correto.
6. (PREFEITURA DE FORTALEZA/PROCURADOR/2017) A respeito do poder consti-
tuinte, julgue o item a seguir. 
Não foram recepcionadas pela atual ordem jurídica leis ordinárias que regulavam 
temas para os quais a CF passou a exigir regramento por lei complementar.
Errado.
Para responder a presente questão, é necessário lembrar do fenômeno da recep-
ção, adotado no direito brasileiro. Funciona assim: quando a nova Constituição en-
tra em cena, as normas infraconstitucionais que estavam em vigor passarão 
por um filtro: ou serão compatíveis (recepcionadas) ou não serão compatíveis, 
situação em que serão revogadas, por ausência de recepção (é comum ouvir 
“não recepcionadas”).
Repare bem que na falta de compatibilidade se fala em revogação. Não se fala que 
elas se tornaram inconstitucionais, pois o Brasil não adota a tese da inconsti-
tucionalidade superveniente. Ou seja, a gente não diz que a norma se tornou 
inconstitucional por ser contrária à Constituição que veio posteriormente. Estamos 
diante do denominado princípio da contemporaneidade, ou seja, uma lei só é 
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constitucional perante o paradigma de confronto em relação ao qual ela foi produzi-
da. Ocorre que no juízo de recepção/revogação só se analisa a compatibili-
dade sob o ponto de vista do conteúdo (material) da norma. Pouco importa 
a forma que a norma adotava.
Usando dois exemplos: o Código Penalatual é o Decreto-Lei n. 2.848/1940, ainda 
em vigor. Acontece que desde 1988 não existe mais Decreto-Lei. Por que o CP con-
tinua sendo adotado? Porque só olhamos para o conteúdo, que é compatível com a 
Constituição de 1988, sendo, portanto, recepcionado.
Avançando, o Código Tributário Nacional (CTN) é a Lei Ordinária n. 5.172/1966, 
também em vigor. Àquela época, as normas gerais sobre direito tributário poderiam 
ser veiculadas por meio de leis ordinárias. Após 1988, passou-se a exigir lei com-
plementar. No entanto, como o conteúdo do CTN era compatível, ele foi recepcio-
nado. Ah, mas para alterar hoje o CP e o CTN seriam necessárias, respectivamente, 
uma lei ordinária e uma lei complementar, ok?
Outra coisa: no controle de constitucionalidade (normas editadas após 1988), 
a compatibilidade da norma com a Constituição em vigor deve ser do ponto 
de vista formal (procedimento) e material (conteúdo).
Dito isso, o item está errado.
7. (PREFEITURA DE FORTALEZA/PROCURADOR/2017) A respeito do poder consti-
tuinte, julgue o item a seguir.
O poder constituinte derivado reformador manifesta-se por meio de emendas à CF, 
ao passo que o poder constituinte derivado decorrente manifesta-se quando da 
elaboração das Constituições estaduais.
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Correto.
O denominado Poder Constituinte Derivado, também chamado de instituído, 
constituído, secundário, de segundo grau, remanescente é criado e instituído 
pelo originário.
Derivam do PCO o Poder Constituinte Derivado reformador, o decorrente e o 
revisor.
O poder constituinte derivado reformador, chamado por alguns de competên-
cia reformadora, tem a capacidade de modificar a Constituição Federal, por meio 
de um procedimento específico, estabelecido pelo originário, sem que haja uma 
verdadeira revolução.
Por seu turno, o poder constituinte derivado decorrente, assim como o refor-
mador, por ser derivado do originário e por ele criado, é também jurídico e encontra 
os seus parâmetros de manifestação nas regras estabelecidas pelo originário. Sua 
missão é estruturar a Constituição dos Estados-membros e a LODF (Lei Orgânica 
do Município não é PCD Decorrente) ou, em momento seguinte, havendo necessi-
dade de adequação e reformulação, modificá-la. Dito isso, o item está correto.
8. (PREFEITURA DE FORTALEZA/PROCURADOR/2017) A respeito do poder consti-
tuinte, julgue o item a seguir.
Com a promulgação da CF, foram recepcionadas, de forma implícita, as normas 
infraconstitucionais anteriores de conteúdo compatível com o novo texto constitu-
cional.
Correto.
Com base nas explicações anteriores, fica fácil concluir que a presente assertiva está 
correta, por força do fenômeno da recepção! De forma objetiva, são premissas para 
a ocorrência da recepção:
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I – A norma deve ter sido criada antes da nova Constituição;
II – A norma deve estar em vigor (não pode ter sido declarada inconstitucional ou 
revogada na vigência da Constituição anterior);
III – A norma tem que ter compatibilidade material com o novo ordenamento (o 
aspecto formal não é relevante); 
IV – A norma deve ter compatibilidade formal e material com o ordenamento no 
qual foi criado (princípio da contemporaneidade).
Avançando, eu costumo dizer que a nova Constituição funcionará como um “por-
teiro”, fazendo um filtro sobre o que foi recepcionado ou revogado. Mas fazer isso 
com cada norma geraria um trabalho abissal. Então, parte-se da constatação im-
plícita de que houve a recepção. Apenas posteriormente é que poderá ser afirmada 
a revogação, por ausência de recepção. Dizendo em outras palavras, se presume 
a recepção.
9. (TRE-PE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2017/COM ADAPTAÇÕES) Além de ser uma 
Constituição escrita, a CF é classificada como outorgada, rígida, garantia e dogmá-
tica.
Errado.
A assertiva está incorreta. Isso porque a atual Constituição Brasileira, quanto à 
origem, é classificada como promulgada (ou democrática ou popular), e não ou-
torgada/imposta. Já quanto à finalidade, ela é classificada como dirigente (e não 
garantia). No mais, ela realmente é rígida (quanto à possibilidade de alteração) e 
dogmática (quanto ao modo de elaboração). 
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10. (FUB/AUXILIAR DE ADMINISTRAÇÃO/2016) Com referência à Constituição Fe-
deral de 1988 e às disposições nela inscritas relativamente a direitos sociais e polí-
ticos, administração pública e servidores públicos, julgue o item subsequente.
A Constituição Federal de 1988 é considerada, quanto à origem, uma Constituição 
promulgada, pois surgiu do trabalho de representantes do povo eleitos com a fina-
lidade específica de sua elaboração: a assembleia nacional constituinte.
Correto.
Como visto, a Constituição, quanto à sua origem, pode ser classificada em promul-
gada ou outorgada. A Constituição outorgada é aquela que é imposta, não há 
participação popular para a sua elaboração. Já na Constituição promulgada, há 
um amplo debate sobre as diretrizes constitucionais. Existe também manifestação 
das mais variadas classes sociais. Enfim, há efetiva participação popular que pode 
ser de forma direta ou indireta (esta última é o caso do Brasil, em que se elege-
ram representantes para elaborar a Constituição, a chamada Assembleia Nacional 
Constituinte). 
11. (ANVISA/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2016) Acerca da CF, julgue o item se-
guinte.
O neoconstitucionalismo influenciou a atual CF e promoveu o fortalecimento dos 
direitos fundamentais, notadamente, dos direitos sociais.
Correto.
Cunhado por Susanna Pozzolo em 1997, numa conferência proferida no XVIII Con-
gresso Mundial de Filosofia Jurídica e Social realizado na Argentina, o termo neo-
constitucionalismo ganhou projeção a partir das coletâneas organizadas por Miguel 
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Carbonell. Na doutrina constitucional brasileira, diversos trabalhos foram dedicados 
ao estudo do tema na última década.
Para Luís Roberto Barroso, as principais características para o surgimento desse 
fenômeno são os seguintes marcos: 
• marco histórico: a formação do Estado Constitucional de Direito, cuja con-
solidação se deu ao longo das décadas finais do século XX. Na Europa Conti-
nental, foi o constitucionalismo do pós-guerra. No Brasil, foi a Constituição de 
1988 e o processo

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