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TEORIA DA ASSOCIAÇÃO DIFERENCIAL

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1. Teoria da Associação Diferencial:
1.1. Desenvolvida, em 1939, por Edwin Sutherland, adepto da Teoria da Desorganização Social, da Escola de Chicago, na obra Principles of Criminology, modificada na edição de 1947 para The Most Influential Textbook In The History Of Criminology;
1.2. A Teoria da Associação Diferencial tem base pensamento originário do sociólogo francês Gabriel Tarde (1843-1904). Tarde afirmava que o delinquente era um tipo profissional que necessitava de um aprendizado, assim como todas as profissões precisam de um mestre: “Todo comportamento tem sua origem social. Começa como uma moda, torna-se um hábito ou costume. Pode ser uma imitação por costume, por obediência, ou por educação. O que é a sociedade? Eu já respondi: sociedade é imitação” (Tarde, Les Lois de l’Imitation).
1.3. Dessa forma, ninguém nasce criminoso, mas o delito e a delinquência são resultados de socialização incorreta. Não há, pois, “herança biológica”, mas sim um processo de aprendizagem que conduz o homem à prática dos atos socialmente reprováveis.
1.4. Neste sentido, o processo de comunicação – não só verbal, mas também gestual – é imprescindível para a aprendizagem do crime.
1.5. A expressão White-Collar Criminal (Crime do Colarinho Branco) foi cunhada por Edwin Suntherland;
2. Princípios básicos da Teoria da Associação Diferencial:
2.1. O crime não é apenas uma disfunção ou inadaptação das pessoas, mas um processo de interação constante entre pessoas de um mesmo grupo que partilham dos mesmos valores;
2.1. Alguns crimes exigem conhecimento especializado ou habilidades de seus agentes, que são adquiridos através do tempo e pelo contato constante com pessoas já familiarizadas com o crime, por meio de processos comunicativos, verbal ou gestual;
2.3. O comportamento criminoso é aprendido e não advém de carga hereditária, ou seja, a conduta criminal se aprende como qualquer outra atividade humana;
2.6. Afirma que o comportamento criminoso nunca é herdado, criado ou desenvolvido solitariamente pelo sujeito criminoso. Embora o ser humano tenha uma capacidade de inventividade incrível, ele não inventa o crime, ele apenas põe em prática as condutas para as recebeu um treinamento adequado;
2.7. A influência ocorre no seio da relações mais íntimas do indivíduo com familiares e círculo de amigos mais próximos que já estejam no mundo do crime. A influência criminológica depende do grau de proximidade do contato entre as pessoas. O grau de assimilação da aprendizagem do crime é diretamente proporcional à intenção existente entre as pessoas. Tal fato pressupõe pelo menos quatro requisitos:
2.7.1. Prioridade: quanto mais cedo o crime aparece na vida da pessoa, mais propensa ela fica para a prática delituosa;
2.7.2. Duração: quanto mais tempo durar a exposição do indivíduo ao ambiente criminoso, mais propenso ao crime ele ficará;
2.7.3. Frequência: quanto mais vezes ele presenciar atitudes criminosas em seu meio, mais propenso ao crime ficará o indivíduo;
2.7.4. Intensidade: quanto mais próximas ou importantes sejam para o indivíduo as pessoas envolvidas em repassar os valores criminosos, mais propenso ao crime ele ficará.
2.8. Quando se aprende um crime, o aprendizado inclui:
2.8.1. A técnica de cometimento do delito, que às vezes é simples e às vezes é complexa;
2.8.2. A orientação/direção específica do que levou o criminoso a delinquir: motivações, impulsos, atitudes e a própria racionalização ou justificação para a conduta delitiva;
2.9. A orientação/direção específica dos motivos e dos impulsos de uma pessoa que se torna criminosa se aprende quando as definições favoráveis à violação da lei superam as desfavoráveis, isto é, quando aprendeu mais modelos criminais do que modelos respeitosos ao direito.
3. CRIME DO COLARINHO BRANCO:
3.1. Conceito: é aquele cometido no âmbito da profissão do agente infrator, o qual é tido por ser uma pessoa respeitável e de elevado grau na escala social. 
Geralmente, são crimes praticados por empresários ricos contra a ordem tributária, o sistema financeiro, o patrimônio público e a ordem econômica (lesão aos direitos dos consumidores, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, formação de cartéis e monopólios).
3.2. O crime do colarinho branco pressupõe, então, cinco características:
3.2.1. o crime de colarinho branco é um CRIME e, não raro, é um crime gravíssimo;
3.2.2. praticado por pessoas RESPEITÁVEIS, ou seja, acima de qualquer suspeita e de reputação ilibada perante a sociedade;
3.2.3. praticado por pessoas COM ELEVADO STATUS SOCIAL, o que, em certos aspectos, causa constrangimentos e intimidação nas autoridades públicas encarregadas da investigação, processamento e punição dessas pessoas, bem como nos meios de comunicação de massa;
3.2.4. o crime de colarinho branco é praticado NO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO do agente criminoso, ou seja, refere-se à vida privada do delinquente;
3.2.5. ocorre em regra com UMA VIOLAÇÃO DE CONFIANÇA.
3.3. Os crimes do colarinho branco não estão associados a questões como pobreza, miséria, má habitação, carência de recreação e lazer, falta de educação e cultura, enfim, àqueles critérios tradicionais explicativos da criminalidade;
3.4. CIFRAS NEGRAS no crime do colarinho branco: outro ponto a ser destacado nos crimes de colarinho branco diz respeito à estatística, aos números oficiais do crime. Enquanto os crimes praticados por pessoas pertencentes a segmentos mais baixo da sociedade aparecem em dados publicados por órgãos governamentais com mais frequência, os crimes de colarinho branco praticamente não aparecem nestas estatísticas, o que dá a falsa percepção de que eles não acontecem.

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