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INTRA-Instituto Tributário de Ensino a Distância-Material do curso[Noções de Contabilidade]

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Instituto Tributário de Ensino à Distância 
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE 
 
Siga as instruções abaixo para navegar no 
ambiente virtual do INTRA e obter êxito no 
curso. 
Após a inscrição, o usuário tem 30 dias para 
concluir o curso. 
Para fazer a avaliação, digite seu e-mail e senha 
na área do usuário (IDENTIFICAÇÃO), clique em 
ENTRAR, depois clique em MINHA CONTA, em 
seguida MINHAS INSCRIÇÕES e, por fim, clique 
no ícone AVALIAÇÃO. 
O usuário deverá responder a avaliação, 
existente na última página deste material, e 
transcrever as respostas para o gabarito 
existente no site. Uma vez confirmada às 
respostas, a avaliação não será mais 
disponibilizada. 
Para emitir o CERTIFICADO, o usuário precisa 
obter pontuação igual ou superior a 6,00 na 
avaliação e pagar a taxa de administração no 
valor de R$ 30,00. Digite seu e-mail e senha, na 
área do usuário, clique em ENTRAR, depois 
clique em MINHA CONTA, depois em MINHAS 
INSCRIÇÕES e, por fim, clique no ícone 
CERTIFICADO. Após confirmado o pagamento da 
taxa administrativa, o arquivo CERTIFICADO 
será visualizado no formato PDF, para que você 
possa salvar ou imprimir. Não enviamos 
certificado via correio. 
 
Observação: 
Depois de feita a avaliação, o usuário recebe um 
e-mail informando o seu percentual de acerto. 
 
Boa sorte! 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
É a ciência que tem por objetivo observar, 
registrar e informar os fatos econômico-
financeiros acontecidos dentro de um 
patrimônio pertencente a uma entidade, 
mediante a aplicação do seu conjunto de 
princípios, normas, técnicas e procedimentos 
próprios. 
Têm por finalidade o fornecimento de 
informações sobre o Patrimônio – seu objeto -, 
informações essas de ordem econômica e 
financeira, que facilitam assim as tomadas de 
decisões, tanto por parte dos administradores 
ou proprietários, como também por parte 
daqueles que pretendem investir na empresa. 
A Informação Contábil é útil para as seguintes 
pessoas: 
 
I. Sócios, Acionistas; 
II. Administradores, Diretores e Executivos; 
III. Bancos, Capitalistas, Financeiras; 
IV. Governo e Economistas 
Governamentais; 
V. Público em geral. 
 
A contabilidade também possui funções, dentre 
as quais estão: 
 
I. Função Administrativa: controlar o 
patrimônio; 
II. Função econômica: nas empresas esta 
função consiste na apuração do lucro ou 
prejuízo, ou seja, na apuração do 
resultado. 
 
Dentre os diversos Ramos da Contabilidade, 
podemos destacar: 
 
I. Contabilidade Agrícola, 
II. Contabilidade Ambiental, 
III. Contabilidade Comercial, 
IV. Contabilidade de Custos, 
V. Contabilidade Financeira, 
VI. Contabilidade Fiscal, 
VII. Contabilidade Geral, 
VIII. Contabilidade Gerencial, 
IX. Contabilidade Hospitalar, 
X. Contabilidade Industrial 
XI. Contabilidade Orçamentária, 
XII. Contabilidade Pública, 
XIII. Contabilidade Rural, 
XIV. Contabilidade Tributária 
 
2. PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE 
 
*De acordo com o artigo 1° da Resolução 
1.282/2010 os “Princípios Fundamentais de 
Contabilidade (PFC)”, citados na Resolução CFC 
 
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n.º 750/93, passam a denominar-se “Princípios 
de Contabilidade (PC)”. 
* De acordo com o art. 3° da Resolução CFC n.º 
1.282/2010 os artigos 5°, 6°, 7°, 9° e o § 1° do 
art. 10 da Resolução CFC n.º 750/93 tiveram 
alterações nas suas redações. 
 
2.1. Entidade 
 
Este princípio reconhece o Patrimônio como 
objeto da Contabilidade e afirma a autonomia 
patrimonial, a necessidade da diferenciação de 
um Patrimônio particular no universo dos 
patrimônios existentes, independentemente de 
pertencer a uma pessoa, um conjunto de 
pessoas, uma sociedade ou instituição de 
qualquer natureza ou finalidade, com ou sem 
fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, 
o Patrimônio não se confunde com aqueles dos 
seus sócios ou proprietários, no caso de 
sociedade ou instituição. 
 
2.2. Continuidade 
 
A Continuidade ou não da Entidade, bem como 
sua vida definida ou provável, devem ser 
consideradas quando da classificação e avaliação 
das mutações patrimoniais, quantitativas e 
qualitativas. Influencia o valor econômico dos 
ativos e, em muitos casos, o valor ou o 
vencimento dos passivos, especialmente quando 
a extinção da Entidade tem prazo determinado, 
previsto ou previsível. 
Desta forma, por exemplo, bens ou direitos cujo 
valor contábil seja superior ao valor econômico, 
por força de obsolescência ou rescisão 
contratual, devem ser ajustados contabilmente. 
A observância do Princípio da Continuidade é 
indispensável à correta aplicação do Princípio da 
Competência, por efeito de se relacionar 
diretamente à quantificação dos componentes 
patrimoniais e à formação do resultado, e de 
constituir dado importante para aferir a 
capacidade futura de geração de resultado. 
 
 
 
 
2.3. Oportunidade 
 
Refere-se, simultaneamente, à tempestividade e 
à integridade do registro do patrimônio e das 
suas mutações, determinando que este seja 
feito de imediato e com a extensão correta, 
independentemente das causas que as 
originaram. 
 
2.4. Registro pelo Valor original 
 
Os componentes do patrimônio devem ser 
registrados pelos valores originais das 
transações com o mundo exterior, expressos o 
valor presente na moeda do País, que serão 
mantidos na avaliação das variações 
patrimoniais posteriores, inclusive quando 
configurarem agregações ou decomposições no 
interior da Entidade. 
 
2.5. Atualização monetária 
 
Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da 
moeda nacional devem ser reconhecidos nos 
registros contábeis através do ajustamento da 
expressão formal dos valores dos componentes 
patrimoniais. 
A atualização monetária não representa nova 
avaliação, mas, tão somente, o ajustamento dos 
valores originais para determinada data, 
mediante a aplicação de indexadores, ou outros 
elementos aptos a traduzir a variação do poder 
aquisitivo da moeda nacional em um dado 
período. 
 
2.6. Competência 
 
As receitas e as despesas devem ser incluídas na 
apuração do resultado do período em que 
ocorrerem, sempre simultaneamente quando se 
correlacionarem, independentemente de 
recebimento ou pagamento. 
O Princípio da Competência determina quando 
as alterações no ativo ou no passivo resultam 
em aumento ou diminuição no patrimônio 
líquido, estabelecendo diretrizes para 
classificação das mutações patrimoniais, 
resultantes da observância do Princípio da 
 
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Oportunidade. O reconhecimento simultâneo 
das receitas e despesas, quando correlatas, é 
conseqüência natural do respeito ao período em 
que ocorrer sua geração. 
 
2.7. Prudência 
 
Determina a adoção do menor valor para os 
componentes do ATIVO e do maior para os do 
PASSIVO, sempre que se apresentem 
alternativas igualmente válidas para a 
quantificação das mutações patrimoniais que 
alterem o patrimônio líquido. 
Impõe a escolha da hipótese de que resulte 
menor patrimônio líquido, quando se 
apresentarem opções igualmente aceitáveis 
diante dos demais Princípios Fundamentais de 
Contabilidade. 
 
3. NORMAS CONTÁBEIS 
 
As Normas Brasileiras de Contabilidade 
classificam-se em Profissionais e Técnicase 
estão regulamentadas pela Resolução CFC nº. 
1.328/11. 
 
3.1. Normas Profissionais 
 
Estabelecem regras de exercício profissional e 
classificam-se em: 
 
I. NBC PG - Geral 
II. NBC PA - do Auditor Independente 
III. NBC PI - do Auditor Interno 
IV. NBC PP - do Perito 
 
3.2. Normas Técnicas 
Estabelecem conceitos doutrinários, regras e 
procedimentos aplicados de Contabilidade e 
classificam-se em: 
 
I. NBC TG – Geral 
a. Normas completas; 
b. Normas simplificadas para 
PMEs; 
c. Normas específicas. 
II. NBC TSP - do Setor Público 
III. NBC TA - de Auditoria Independente de 
Informação Contábil Histórica 
IV. NBC TR - de Revisão de Informação 
Contábil Histórica 
V. NBC TO - de Asseguração de Informação 
Não Histórica 
VI. NBC TSC - de Serviço Correlato 
VII. NBC TI - de Auditoria Interna 
VIII. NBC TP - de Perícia 
IX. NBC TAG - de Auditoria Governamental 
 
4. PATRIMÔNIO 
 
4.1. Conceito 
 
O Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e 
obrigações de uma pessoa física ou jurídica, que 
possam a ser avaliados em dinheiro. 
É composto de elementos positivos e negativos. 
Os bens e direitos representam o aspecto 
positivo patrimonial. As obrigações o aspecto 
negativo. Ainda que as dividas superem os bens 
e direitos, o patrimônio existe. Sendo assim, 
bens e direitos foram o Ativo e as obrigações o 
Passivo. 
Pode ainda ser considerado do ponto de vista 
estático ou dinâmico. Do ponto de vista estático, 
a Contabilidade estuda, controla, expõe e 
analisa os elementos que compõe o patrimônio, 
já no dinâmico estuda, controla, expõe e analisa 
as modificações ocorridas no patrimônio, em 
razão das atividades desempenhadas na sua 
gestão. 
 
4.2. Componentes do Patrimônio 
 
4.2.1. Ativo 
 
4.2.1.1. Bens 
 
Entende-se por bens as coisas úteis, capazes de 
satisfazer as necessidades das pessoas e das 
empresas. Podem ser materiais ou imateriais. 
Os materiais são aqueles que têm forma física, 
são palpáveis, servem para troca ou consumo, 
denominando-se bens corpóreos ou tangíveis: 
veículos, imóveis, estoques de mercadorias, 
 
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dinheiro, móveis e utensílios (moveis de 
escritórios), ferramentas etc. 
Os imateriais, isto é, não constituídos de 
matérias, denominam-se bens incorpóreos ou 
intangíveis. Embora não possam ser visíveis ou 
palpáveis, eles podem ser traduzidos em moeda. 
Normalmente são as marcas (ex.: Lojas 
Americanas), patentes de invenção, ponto 
comercial, propriedade literária, entre outros. 
 O Código Civil brasileiro distingue os bens em: 
 
I. Bens imóveis: são aqueles 
vinculados ao solo, que não podem 
ser retirados sem destruição ou 
danos: edifícios, construções, 
árvores etc. 
II. Bens móveis: são aqueles que 
podem ser removidos por si 
próprios ou por outras pessoas: 
animais, máquinas, equipamentos, 
estoques de mercadorias etc. 
 
4.2.1.2. Direitos 
 
Em Contabilidade os Direitos representam 
Créditos. Ou seja, o direito a receber ou 
recuperar, o poder de exigir alguma coisa. São 
valores a receber, títulos a receber, contas a 
receber que são representados por títulos ou 
documentos, tais como: Nota Fiscal, Fatura, 
Duplicata, Nota Promissória ou Cheque. 
O direito a receber mais comum decorre das 
vendas a prazo, ou seja, quando se vendem 
mercadorias a outras empresas, o pagamento 
não é efetuado no ato, mas no futuro. A 
empresa vendedora emite uma duplica como 
um documento comprobatório. Esse direito 
denomina-se duplicatas a receber. São exemplos 
de direitos: aluguéis a receber, promissórias a 
receber, ações a receber etc. 
 
4.2.2. Passivo 
 
4.2.2.1. Obrigações 
 
São representadas por contas a pagar ou a 
compensar nas transações com terceiros. Em 
Contabilidade tais dívidas são 
denominadas obrigações exigíveis, isto é, 
compromissos que serão reclamados, exigidos: 
pagamento na data do vencimento. Em caso de 
um empréstimo bancário, você fica devendo ao 
banco (empréstimo a pagar). Se a dívida não for 
liquidada na data do vencimento, o banco 
exigirá o pagamento. 
Uma obrigação exigível bastante comum nas 
empresas é a compra de mercadorias a prazo 
(exatamente o contrário de duplicatas a 
receber): ao comprar a prazo, a empresa fica 
devendo para o fornecedor da mercadoria; por 
essa razão, essa dívida é conhecida 
como fornecedores (ou duplicatas a pagar). 
Como exemplo de outras obrigações temos: 
salários a pagar, impostos a pagar, 
financiamento, encargos sociais a pagar etc. 
 
 
4.2.3. Patrimônio Líquido 
 
O Patrimônio Líquido corresponde à parcela do 
patrimônio que pertence ao proprietário do 
negócio. Os seus elementos são constituídos 
pelo Capital, representados pela soma de 
investimentos realizados pelos sócios; pelas 
Reservas e pelos lucros não distribuídos. 
Representa, na equação patrimonial, a diferença 
entre Ativo e Passivo. Logo, as fontes do 
Patrimônio Líquido são os investimentos dos 
proprietários e os lucros obtidos. 
 
5. CONTAS DE RESULTADO 
 
5.1. Receitas 
 
Para José Carlos Marion e Sérgio de Iudícibus, 
Receita é o “Valor monetário, em determinado 
período, da produção de bens e serviços da 
entidade, em sentido lato, para o mercado, no 
mesmo período, validada, mediata ou 
imediatamente pelo mercado, provocando 
acréscimo de Patrimônio Líquido e simultâneo 
acréscimo de ativo, sem necessariamente 
provocar, ao mesmo tempo, um decréscimo do 
ativo ou do patrimônio líquido, caracterizado 
pela despesa”. 
 
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As receitas podem ser classificadas ou 
denominadas como: 
I. Receita operacional - corresponde ao 
evento econômico relacionado com a 
atividade ou atividades principais da 
empresa independentemente da sua 
freqüência. Neste contexto, 
conseqüentemente, o conceito de 
receita é de elemento "bruto", e não 
"líquido", correspondendo em última 
análise ao valor pelo qual a empresa 
procura se ressarcir dos custos e 
despesas e auferir lucro; 
II. Receita não operacional - corresponde 
aos eventos econômicos aditivos ao 
patrimônio líquido, não associados com 
a atividade ou atividades principais da 
empresa, independentemente da sua 
freqüência. O conceito de receita não 
operacional é de elemento líquido, ou 
seja, ela é considerada pelo líquido dos 
correspondentes custos. Como casos 
comuns desse tipo de receita temos os 
ganhos de capital, correspondentes a 
transações com imobilizados ou com 
investimentos de natureza permanente, 
desde que não relacionadas com a 
atividade principal da empresa; 
III. Ganho - corresponde ao evento 
econômico, aditivo ao patrimônio 
liquido não associado com atividades 
relacionadas com a cessão ou 
empréstimo ou aluguel de bens ou 
direitos; 
IV. Receita extraordinária - é o evento 
econômico, aditivo ao patrimônio 
líquido, que não resulta das operações 
típicas da empresa no período contábil, 
sendo, conseqüentemente, de natureza 
inusitada e apresentando alto grau de 
anormalidade. O conceito de receita 
extraordinária também é de elemento 
liquido, excluindo também a 
correspondente parcela de impostos 
aplicáveis. 
 
5.2. Despesas 
 
Na Contabilidade os conceitos de Gasto, Custo e 
Despesa não são a mesma coisa. 
Gasto é todo dispêndio financeiro, todo 
sacrifício que uma entidade arca para a 
aquisição de um bem ou serviço. O conceito de 
gasto é bastante amplo. Entre algunsexemplos 
de gastos, podemos citar a aquisição de 
máquinas, equipamentos, veículos, móveis, 
ferramentas, etc. Um gasto pode se transformar 
num investimento que, sucessivamente, se 
torna um custo e uma despesa. 
Custo é o gasto, ou seja, o sacrifício financeiro 
que a entidade arca no momento da utilização 
dos fatores de produção para a realização de um 
bem ou serviço. Os custos podem ser 
entendidos conforme o segmento da entidade. 
No comércio, a aquisição de mercadorias é o 
custo, já na indústria, ele é entendido como a 
aquisição de matérias-primas, insumos e mão-
de-obra na produção de um bem. 
Despesas, de acordo com a teoria da 
contabilidade, são gastos necessários para a 
empresa e que têm função de gerar receita. Em 
outras palavras, são gastos necessários para 
vender produtos, administrar a empresa e 
financiar as operações. Estes gastos contribuem 
para a manutenção da atividade operacional da 
empresa. As Despesas dividem-se em: 
 
I. Despesas com Vendas: todos aqueles 
gastos que estão relacionados às 
vendas. Comissões sobre venda, 
propaganda e publicidade, marketing, 
hotéis, aluguéis de veículos, provisão 
para devedores duvidosos; 
II. Despesas Administrativas: os gastos 
necessários para se administrar e 
empresa. Folha de pagamento do 
pessoal administrativo, aluguéis de 
salas, material de expediente, seguros, 
combustíveis, manutenção de veículos, 
assinatura de jornais, depreciação; 
III. Despesas Financeiras: são as 
remunerações aos capitais de terceiros, 
tais como juros pagos, comissões 
bancárias, correção monetária pré-
fixada, descontos concedidos, juros de 
mora pagos, etc. As despesas financeiras 
 
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devem ser compensadas com as 
Receitas Financeiras, isto é, estas 
receitas serão deduzidas daquelas 
despesas. As receitas financeiras são 
derivadas de aplicações financeiras, 
juros de mora recebidos, descontos 
obtidos, etc. Se o montante da Receita 
Financeira for maior que a Despesa 
Financeira, a Receita Financeira será 
deduzida das Despesas Operacionais. 
 
5.3. Resultado 
 
O conceito de resultado é bem simples: 
representa a diferença entre as despesas e 
receitas de um período determinado. 
 
 
 
Existem dois tipos de resultados entre despesas 
e receitas: 
 
I. Lucro: total de receitas é superior ao 
total de despesas; 
II. Prejuízo: total de despesas é maior que 
a soma de receitas. 
 
5.4. Regime de Competência 
 
O registro do documento se dá na data do fato 
gerador (ou seja, na data do documento, não 
importando quando vou pagar ou receber). 
São contabilizados como Receita ou Despesa, os 
valores dentro do mês de Competência (quando 
Gerados), na data onde ocorreu o fato Gerador, 
na data da realização do serviço, material, da 
venda, do desconto, não importando para a 
Contabilidade quando será o pagamento ou 
recebimento, mas sim quando for realizado o 
ato. 
 
5.5. Regime de Caixa 
 
Diferente do regime de competência o Regime 
de Caixa, considera o registro dos documentos 
quando estes foram pagos, liquidados, ou 
recebidos, como se fosse uma conta bancária. 
 
 
 
6. ATOS e FATOS ADMINISTRATIVOS 
 
6.1. Atos Administrativos 
 
Ato realizado pela administração da empresa 
que não provoca alteração no Patrimônio. Ou 
seja, não precisam ser contabilizados. 
 
6.2. Fatos Permutativos ou Compensativos 
 
São os que não provocam alterações no valor do 
Patrimônio Líquido ou na Situação Líquida, mas 
podem modificar a composição dos demais 
elementos patrimoniais, determinam uma 
variação específica do patrimônio (Variação 
Patrimonial Qualitativa). Ou seja, ocorrem 
somente trocas entre os elementos do 
patrimônio, tais como: bens por bens, bens por 
obrigações, direitos por bens, etc. Exemplos: 
 
I. Compra de mercadorias a vista (bens 
por bens); 
II. Compra de mercadorias a prazo (bens 
por obrigações); 
III. Recebimento de uma duplicata (direitos 
por bens). 
 
6.3. Fatos Modificativos 
 
São os que provocam alterações no valor do 
Patrimônio Líquido ou Situação Líquida 
determinando uma variação quantitativa do 
patrimônio (Variação Patrimonial Quantitativa). 
Pode ser: diminutivo aumentativo. Exemplos: 
 
I. Receitas de aluguel - fato modificativo 
aumentativo 
II. Receitas de juros - fato modificativo 
aumentativo 
III. Despesas de salários - fato modificativo 
diminutivo 
IV. Despesas financeiras - fato modificativo 
diminutivo 
 
6.4. Fatos Mistos 
 
Resultado = Receitas - Despesas 
 
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São os que combinam fatos permutativos com 
fatos modificativos, determinando variação 
qualitativa e quantitativa do patrimônio, ou 
Variação Patrimonial Mista. Exemplos: 
 
I. Venda de mercadorias com lucro - Fato 
Misto Aumentativo 
II. Venda de mercadorias com prejuízo - 
Fato Misto Diminutivo 
III. Pagamento de uma duplicata com juros 
- Fato Misto Diminutivo 
IV. Recebimento de uma duplicata com 
juros - Fato Misto Aumentativo 
 
7. TÉCNICAS CONTÁBEIS 
 
7.1. Escrituração 
 
Consiste em efetuar, de forma sistematizada, os 
registros das ocorrências que influenciam a 
evolução patrimonial. A escrituração, portanto, 
é realizada levando em consideração a ordem 
cronológica de todos os acontecimentos. A 
técnica contábil da escrituração é baseada em 
documentos comprobatórios, ou seja, todos os 
acontecimentos a serem escriturados devem 
corresponder a um documento legalizado que 
comprove a sua veracidade. 
 
7.2. Demonstrações contábeis 
 
Consiste em apresentar todos os registros 
efetuados em uma forma condensada, que 
apresente os resultados atingidos pela empresa 
em um determinado período. Os fatos 
registrados devem constar em demonstrações 
expositivas, que, segundo a Lei nº 6.404/76, são 
denominadas demonstrações financeiras. 
 
7.3. Auditoria 
 
Técnica que busca ratificar a exatidão dos 
registros já efetuados e apresentados nas 
demonstrações contábeis. Consiste em um 
exame pormenorizado de todos os dados 
escriturados pela contabilidade, verificando se 
todos foram efetuados seguindo os princípios 
fundamentais da contabilidade. Essa técnica 
pode ser aplicada de duas formas distintas: 
auditoria interna e auditoria externa. 
 
7.4. Análise 
 
Levando em consideração que as 
demonstrações contábeis representam dados 
sistematizados, que apresentam de forma 
sintética os resultados da empresa, nem sempre 
os usuários têm condições de interpretá-los. 
Assim, cabe à própria contabilidade decompor, 
comparar e interpretar os demonstrativos 
contábeis, com a finalidade de fornecer 
informações mais ágeis para os usuários. 
 
8. ESCRITURAÇÃO 
 
8.1. Conceito 
 
A Escrituração é o registro do fato contábil. 
Segundo Art. 177 da Lei 6.404/76 “a 
escrituração da companhia será mantida em 
registros permanentes, com obediência aos 
preceitos da legislação comercial e desta Lei e 
aos princípios de contabilidade geralmente 
aceitos, devendo observar métodos ou critérios 
contábeis uniformes no tempo e registrar as 
mutações patrimoniais segundo o regime de 
competência”. 
 
8.2. Métodos 
 
8.2.1. Método das Partidas Simples 
 
É um método unilateral que registra apenas a 
causa ou efeito do fenômeno patrimonial. 
 
*Somente para registro de direitos e obrigações. 
 
8.2.2. Método das Partidas Dobradas 
 
Método universalmenteutilizado pela 
contabilidade usa como princípio fundamental 
de que “para cada débito corresponde um 
crédito de igual valor”, ou “para cada aplicação 
de recursos, há uma origem de igual valor”. 
Portanto, não há débito sem crédito 
 
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correspondente, de forma que a soma dos 
débitos será sempre igual à soma dos créditos. 
 
 
8.3. Lançamento Contábil 
 
Lançamento é o meio pelo qual se processa a 
escrituração contábil. É a forma de se efetuar o 
lançamento contábil no Livro Diário. Seus 
elementos essenciais são: 
 
I. Local e data de ocorrência do fato; 
II. Conta a ser debitada (aplicação dos 
recursos); 
III. Conta a ser creditada (origem dos 
recursos); 
IV. Histórico; 
V. Valor. 
 
Exemplo: 
Santo Ângelo, 15 de Abril de 2004. 
D – 111.1 – Caixa 
C – 111.2 – Bancos c/ Disposição 
Hist. – Cheque nº 111.111 do Banco do Brasil – 
20.000,00 
 
Fórmulas de Lançamento Contábil: 
I. Primeira Fórmula – Uma conta de débito 
e uma de crédito; 
II. Segunda Fórmula – Uma conta de débito 
e mais de uma de crédito; 
III. Terceira Fórmula – Mais de uma conta 
de débito e somente uma de crédito; 
IV. Quarta Fórmula – Mais de uma conta de 
débito e mais de uma conta de crédito. 
 
* RAZONETE: Nada mais é que um Razão 
simplificado. Denominado de Conta “T”, 
corresponde a uma forma didática de ensinar a 
variação das contas RAZÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nome da Conta 
Débitos 
(D) 
Créditos 
(C) 
Devedor Credor 
Saldo 
8.4. Livros 
 
Os livros contábeis podem ser divididos da 
seguinte forma: 
 
I. QUANTO À UTILIDADE 
 
 Principais – Utilizados no dia-a-dia da 
entidade. Livros Diário e Razão. 
 Auxiliares – De utilização específica e 
que sirvam de suporte à escrituração 
contábil. Exemplos: Livro Caixa, Contas-
Correntes, etc. 
 
II. QUANTO À NATUREZA 
 
 Cronológicos – registros em ordem 
cronológica (dia-mês-ano) 
 Sistemáticos – registros de eventos de 
mesma natureza 
 
III. QUANTO À FINALIDADE: 
 
 Obrigatórios 
 Facultativos 
 
8.4.1. Livro Diário 
 
O Livro Diário registra todos os fatos que afetam 
o patrimônio, em ordem cronológica de dia, mês 
e ano, podendo contar com livros auxiliares para 
registrar operações específicas ou a 
movimentação de determinadas contas. É um 
livro obrigatório pela legislação comercial 
(Código Civil). E por conta disso está sujeito às 
formalidades legais extrínsecas e intrínsecas*. 
 
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*Formalidades extrínsecas (ou externas): o livro 
Diário deve ser encadernado com folhas 
numeradas em seqüência, tipograficamente. 
Deve conter, ainda, os termos de abertura e de 
encerramento e ser submetido à autenticação 
do órgão competente do Registro do Comércio. 
Formalidades intrínsecas (ou internas): a 
escrituração do Diário deve ser completa, em 
idioma e moedas nacionais, em forma mercantil, 
com individuação e clareza, por ordem 
cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos 
em branco nem entrelinhas, borraduras, rasuras, 
emendas e transportes para as margens. 
O livro Diário tradicional pode ser substituído 
por fichas (contínuas, em forma de sanfona, 
soltas ou avulsas). Porém, a adoção desse 
sistema não exclui a empresa de obediência aos 
requisitos intrínsecos, previstos na lei fiscal e 
comercial para o livro Diário. As empresas que 
utilizam fichas são obrigadas a adotar o livro 
próprio para a inscrição das demonstrações 
financeiras. 
Os Termos de Abertura e de Encerramento 
devem ser transcritos na primeira e na última 
página do livro Diário, respectivamente. 
 
8.4.2. Livro Razão 
 
O Razão é um livro de grande utilidade para 
contabilidade porque registra o movimento de 
todas as contas. 
Na Contabilidade moderna, o Razão é 
escriturado em fichas. Essa escrituração deverá 
ser individualizada, obedecendo à ordem 
cronológica das operações. 
A escrituração do livro Razão passou a ser 
obrigatória a partir de 1991 (para empresas 
tributadas pelo Lucro Real). A não manutenção 
do livro razão, nas condições determinadas, 
implicará o arbitramento do lucro da pessoa 
jurídica (Lei 8.218/91, art. 14, parágrafo único, 
e Lei 8.383/91, art. 62). 
 
8.4.3. Livro Contas-Correntes 
 
O Contas - Correntes é o livro auxiliar do Razão. 
Serve para controlar as contas que representam 
Direitos e Obrigações para a empresa. 
 
8.4.4. Livro Caixa 
 
O livro Caixa também é auxiliar. Nele são 
registrados todos os fatos administrativos que 
envolvam entradas e saídas de dinheiro. 
 
8.4.5. Livro de Inventário 
 
Têm a finalidade de registrar os bens de 
consumo, as mercadorias, as matérias - primas e 
outros materiais que se achem estocados nas 
datas em que forem levantados os balanços. As 
empresas optantes pelo SIMPLES também estão 
obrigadas a escriturar este Livro. 
 
8.4.6. Livro de Entrada de Mercadorias 
 
Destina-se ao registro, em ordem cronológica, 
das mercadorias adquiridas e recebidas pelas 
empresas. Nele também são registradas as 
entradas de bens de qualquer espécie, inclusive 
os que se destinam ao uso ou consumo. 
 
8.4.7. Livro de Saída de Mercadorias 
 
Neste livro registram-se, em ordem cronológica, 
as vendas de mercadorias ou de produtos, bem 
como toda e qualquer saída, inclusive de bens 
móveis da empresa. 
 
8.4.8. Livro de Registro de Prestação de 
Serviços 
 
Esse livro é obrigatório perante o fisco 
municipal, podendo ser utilizado como auxiliar 
do Diário, pois nele registram-se todas as 
operações de serviços, individualizando as 
respectivas Notas Fiscais em ordem cronológica. 
 
*Escrituração Contábil Digital (ECD) – Instituída 
pela Instrução Normativa RFB nº 787/2007, 
deverá ser transmitida, pelas pessoas jurídicas a 
ela obrigadas, ao Sistema Público de 
Escrituração Digital (Sped), instituído 
pelo Decreto nº 6.022/2007, e será considerada 
válida após a confirmação de recebimento do 
arquivo que a contém e, quando for o caso, após 
 
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a autenticação pelos órgãos de registro. Art. 
2º A ECD compreenderá a versão digital dos 
seguintes livros: I - livro Diário e seus auxiliares, 
se houver; II - livro Razão e seus auxiliares, se 
houver; III - livro Balancetes Diários, Balanços e 
fichas de lançamento comprobatórias dos 
assentamentos neles transcritos. 
 
9. CONTAS 
 
É a representação gráfica que identifica os 
elementos patrimoniais, também chamada de 
rubrica contábil. 
 
9.1. Teoria das Contas 
 
9.1.1. Teoria Personalista 
 
Para esta escola as contas representam pessoas 
que se relacionam com a entidade em termos de 
débito e crédito, classificando-as em: 
 
I. Contas dos agentes consignatários: que 
representam os bens; 
II. Contas dos agentes correspondentes: 
representam os direitos e as obrigações; 
III. Contas do proprietário: que 
representam o Patrimônio Líquido, as 
receitas e as despesas. 
 
9.1.2. Teoria Materialista 
 
Por essa teoria, também conhecida como 
“teoria econômica”, as contas representam 
valores materiais; são representadas como: 
 
I. Contas Integrais: são as representativas 
dos bens, dos direitos e dasobrigações 
da entidade; 
II. Contas Diferenciais: são as 
representativas do Patrimônio Líquido, 
das receitas e das despesas da entidade. 
 
9.1.3. Teoria Patrimonialista 
 
É a teoria usualmente adotada no Brasil. 
Considera o patrimônio como objeto da 
contabilidade. Classifica as contas como: 
 
I. Contas Patrimoniais: representam os 
Bens, os Direitos, as Obrigações e o 
Patrimônio Líquido. Dividem-se em 
Ativas e Passivas e são elas que 
representam o Patrimônio; 
II. Contas de Resultado: demonstram as 
variações quantitativas do patrimônio, 
dividindo-se em Contas de Despesas e 
Contas de Receitas. Aparecem durante o 
exercício social*, encerrando-se no final 
do mesmo. Não fazem parte do Balanço 
Patrimonial, mas permitem apurar o 
resultado do exercício. 
 
*Exercício social ou exercício contábil 
compreende períodos de igual duração em que 
a empresa opera; geralmente tem duração de 
um ano. No final desses períodos, as empresas 
apuram os seus resultados e elaboram as 
demonstrações contábeis. 
 
 
9.2. Débito e Crédito 
 
Na terminologia contábil, essas palavras (DÉBITO 
E CRÉDITO) possuem vários significados, os quais 
raramente correspondem aos da linguagem 
comum. 
Débito na linguagem comum significa dívida, 
situação negativa, estar em débito ou devendo a 
alguém etc. Já para a Contabilidade Débito é o 
lado do Ativo, porque as contas que o compõem 
são da natureza devoradora. Na representação 
gráfica em forma de T, que usamos para 
representar as contas que compõem o 
Patrimônio (Balanço Patrimonial) e as Contas de 
Resultado, o lado esquerdo é o lado do Débito, 
com exceção das Contas Retificadoras*. 
 
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 O Crédito na linguagem comum significa ter 
crédito com alguém, em uma loja, situação 
positiva ou poder comprar a prazo etc. Mas para 
a Contabilidade o Crédito é o lado do Passivo, 
isso porque as contas que o compõem são de 
natureza credora. No gráfico das Contas 
Patrimoniais e das Contas de Resultado, o lado 
direito é o lado do Crédito, exceto para as 
Contas Retificadoras. 
 
*Também chamadas de redutoras, são contas 
que, embora apareçam num determinado grupo 
patrimonial (Ativo ou Passivo) têm saldo 
contrário em relação às demais contas desse 
grupo. Desse modo, uma conta retificadora do 
Ativo terá natureza credora, bem como uma 
conta retificadora do Passivo terá natureza 
devedora. As contas retificadoras reduzem o 
saldo total do grupo em que aparecem 
 
 
 
DÉBITO - é uma situação de dívida ou de 
responsabilidade da conta para com entidade; 
CRÉDITO - é uma situação de direito ou de haver 
da conta em relação à entidade; 
SALDO - é a diferença entre o total dos débitos e 
o total dos créditos efetuados numa conta; O 
saldo pode ser: 
 
I. Devedor - quando a soma dos débitos 
for maior do que a soma dos créditos; 
II. Credor - quando a soma dos débitos for 
menor do que a soma dos créditos; 
III. Nulo - quando a soma dos débitos for 
igual a soma dos créditos. 
 
9.3. Plano de Contas 
 
É o conjunto de contas, previamente 
estabelecido, que norteia os trabalhos contábeis 
de registro de fatos e atos inerentes à entidade, 
além de servir de parâmetro para a elaboração 
das demonstrações contábeis. 
Cada empresa deverá elaborar seu Plano de 
Contas, tendo em vista suas particularidades e 
observando: 
I. Atender às necessidades de informação 
da administração da empresa; 
II. Observar formato compatível com os 
princípios de contabilidade e com a 
norma legal de elaboração do balanço 
patrimonial e das demais de-
monstrações contábeis (Lei 6.404/76, a 
chamada "Lei das S/A”); 
III. Adaptar-se tanto quanto possível às 
exigências dos agentes externos, 
principalmente às da legislação do 
Imposto de Renda. 
 
9.4. Balancete de Verificação 
 
O balancete de verificação é um demonstrativo 
auxiliar de caráter não obrigatório, que relaciona 
os saldos das contas remanescentes no diário. 
Imprescindível para verificar se o método de 
partidas dobradas está sendo observado pela 
escrituração da empresa. Por este método cada 
débito deverá corresponder a um crédito de 
mesmo valor, cabendo ao balancete verificar se 
a soma dos saldos devedores é igual a soma dos 
saldos credores. 
Este demonstrativo deve ser levantado 
mensalmente segundo a NBCT 2.7, unicamente 
para fins operacionais, não tendo 
obrigatoriedade fiscal, com suas informações 
extraídas dos registros contábeis mais 
atualizados. O grau de detalhamento do 
balancete de verificação deverá estar adequado 
a finalidade do mesmo. Caso o demonstrativo 
seja destinado a usuários externos o documento 
deverá ser assinado por contador habilitado 
pelo conselho regional de contabilidade (CRC). 
Geralmente o balancete é levantado antes do 
início de um novo exercício, servindo também 
como suporte aos gestores para visualizar a 
situação da empresa diante dos saldos 
mensurados, sendo um demonstrativo de fácil 
entendimento e de grande relevância. 
 
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10. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
10.1. Conceito 
 
As demonstrações contábeis são uma 
representação monetária estruturada da 
posição patrimonial e financeira em 
determinada data e das transações realizadas 
por uma entidade no período findo nessa data. 
O objetivo das demonstrações contábeis de uso 
geral é fornecer informações sobre a posição 
patrimonial e financeira, o resultado e o fluxo 
financeiro de uma entidade, que são úteis para 
uma ampla variedade de usuários na tomada de 
decisões. As demonstrações contábeis também 
mostram os resultados do gerenciamento, pela 
Administração, dos recursos que lhe são 
confiados. 
Para atingir esse objetivo, as demonstrações 
contábeis fornecem informações sobre os 
seguintes aspectos de uma entidade: ativos; 
passivos; patrimônio líquido; 
receitas, despesas, ganhos e perdas; e fluxo 
financeiro (fluxos de caixa ou das origens e 
aplicações de recursos). 
Essas informações, juntamente com outras 
constantes das notas explicativas às 
demonstrações contábeis, auxiliam os usuários a 
estimar os resultados futuros e os fluxos 
financeiros futuros da entidade. 
 
10.2. Demonstrações Contábeis 
Obrigatórias 
 
10.2.1. Balanço Patrimonial 
 
O Balanço tem por finalidade apresentar a 
posição financeira e patrimonial da empresa em 
determinada data, representando, portanto, 
uma posição estática. 
Conforme art. 178 da Lei n° 6.404/76, “no 
balanço, as contas serão classificadas segundo 
os elementos do patrimônio que registrem, e 
agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e 
a analise da situação financeira da companhia”. 
Balanço Patrimonial é constituído pelo Ativo, 
pelo Passivo e pelo Patrimônio Líquido. 
O Ativo compreende os bens, os direitos e as 
demais aplicações de recursos controlados pela 
entidade, capazes de gerar benefícios 
econômicos futuros, originados de eventos 
ocorridos. As contas serão dispostas em ordem 
decrescente de grau de liquidez dos elementos 
nelas registrados, nos seguintes grupos: 
 
I. Ativo Circulante - as disponibilidades, os 
direitos realizáveis no curso do exercício 
social subseqüente e as aplicações de 
recursos em despesas do exercício 
seguinte; 
II. Ativo Não-Circulante 
 
 Ativo realizável a longo prazo - os 
direitos realizáveis após o término 
do exercício seguinte, assim como 
os derivados de vendas, 
adiantamentosou empréstimos a 
sociedades coligadas ou controladas 
(artigo 243), diretores, acionistas ou 
participantes no lucro da 
companhia, que não constituírem 
negócios usuais na exploração do 
objeto da companhia; 
 Investimentos - as participações 
permanentes em outras sociedades 
e os direitos de qualquer natureza, 
não classificáveis no ativo circulante, 
e que não se destinem à 
manutenção da atividade da 
companhia ou da empresa; 
 Imobilizado - os direitos que tenham 
por objeto bens corpóreos 
destinados à manutenção das 
atividades da companhia ou da 
empresa ou exercidos com essa 
finalidade, inclusive os decorrentes 
de operações que transfiram à 
companhia os benefícios, riscos e 
controle desses bens; 
 Intangível - os direitos que tenham 
por objeto bens incorpóreos 
destinados à manutenção da 
companhia ou exercidos com essa 
finalidade, inclusive o fundo de 
comércio adquirido. 
 
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O Passivo compreende as origens de recursos 
representados pelas obrigações para com 
terceiros, resultantes de eventos ocorridos que 
exigirão ativos para a sua liquidação. No passivo, 
as contas serão classificadas nos seguintes 
grupos: 
 
I. Passivo Circulante – obrigações da 
companhia, quando tiverem vencimento 
até o final do exercício seguinte; 
II. Passivo Não-Circulante - obrigações da 
companhia, quando tiverem vencimento 
após o final do exercício seguinte e 
receita de exercícios futuros, diminuídas 
dos custos e despesas a elas 
correspondentes; 
III. Patrimônio Liquido 
 
 Capital Social – representa valores 
recebidos pela empresa, ou gerados 
por ela, e que estão formalmente 
incorporados ao Capital; 
 Reservas de Capital - são 
constituídas com valores recebidos 
pela empresa e que não transitam 
pelo resultado, por não se referirem 
à entrega de bens ou serviços pela 
empresa; 
 Ajustes de avaliação patrimonial - 
Serão classificadas como ajustes de 
avaliação patrimonial, enquanto não 
computadas no resultado do 
exercício em obediência ao regime 
de competência, as contrapartidas 
de aumentos ou diminuições de 
valores atribuídos a elementos do 
ativo e do passivo, em decorrência 
da sua avaliação a valor justo, nos 
casos previstos na Lei 6.404/76 ou, 
em normas expedidas pela 
Comissão de Valores Mobiliários; 
 Reservas de lucros – representam 
lucros obtidos pela mesma empresa, 
retidos com finalidade especifica; 
 Ações em tesouraria - deverão ser 
destacadas no balanço como 
dedução da conta do patrimônio 
líquido que registrar a origem dos 
recursos aplicados na sua aquisição; 
 Prejuízos acumulados 
 
A posição dos elementos do Ativo e do Passivo 
especificados e representados pelos valores 
monetários dá origem à chamada Equação 
Fundamental do Patrimônio, representada: 
 
 
 
Situação Líquida é a diferença entre Ativo e 
Passivo. É também igual ao Patrimônio Líquido. 
 
 
 
 
Esta equação é também chamada de Situação 
Estática, por que mostra a posição do 
patrimônio num determinado momento, de 
forma estática, através do Balanço Patrimonial. 
Quando a equação dos elementos componentes 
envolve todos os elementos da relação contábil 
é chamada de Situação Dinâmica e que pode ser 
demonstrada da seguinte forma: 
 
 
 
 
 
10.2.2. Demonstração do Resultado 
do Exercício (DRE) 
 
Trata-se de uma demonstração dos aumentos e 
reduções causados no Patrimônio Líquido pelas 
operações da empresa. As receitas representam 
normalmente aumento do Ativo, através do 
ingresso de novos elementos, como duplicatas a 
receber ou dinheiro proveniente das transações. 
Aumentando o Ativo, aumenta o Patrimônio 
Líquido. As despesas representam redução do 
Patrimônio Líquido, através da redução do Ativo 
ou aumento do Passivo Exigível. 
Enfim, todas as receitas e despesas se acham 
compreendidas na Demonstração do Resultado, 
segundo uma forma de apresentação que as 
ordena de acordo com a sua natureza; 
ATIVO = PASSIVO + PATRIMONIO LIQUIDO 
ATIVO+ DESPESAS + CUSTOS = PASSIVO + 
PATRIMONIO LIQUIDO + RECEITAS 
ATIVO - PASSIVO = PATRIMONIO LIQUIDO 
 
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fornecendo informações significativas sobre a 
empresa. 
A Demonstração do Resultado é, pois, o resumo 
do movimento de certas entradas e saídas no 
balanço, entre duas datas. Ela retrata apenas o 
fluxo econômico e não o fluxo de dinheiro. Para 
essa demonstração não importa se uma receita 
ou despesa tem reflexos em dinheiro, basta 
apenas que afete o Patrimônio Líquido. 
Exemplo de DRE: 
 
Receita Bruta de Vendas e Serviços 
 
(-) Devoluções 
(-) Abatimentos 
(-) Impostos 
(=) Receita Liquida das Vendas e Serviços 
(-) Custo das Mercadorias e Serviços Vendidos 
(=) Lucro Bruto 
 
(-) Despesas com Vendas 
(-) Despesas Financeiras (deduzidas das Receitas 
Financeiras) 
(-) Despesas Gerais e Administrativas 
(-) Outras Despesas Operacionais 
(+) Outras Receitas Operacionais 
(=) Lucro ou Prejuízo Operacional 
 
(+) Receitas não Operacionais 
(-) Despesas não Operacionais 
(+) Saldo da Correção Monetária 
(=) Resultado do Exercício antes do Imposto de 
Renda 
 
(-) Provisão para o Imposto de Renda 
(-) Participações de Debêntures 
(-) Participação dos Empregados 
(-) Participação dos Administradores e Partes 
Beneficiárias 
(-) Contribuições p/ Instituições, Fundo de Assist. 
ou Previdência de Empregados 
(=) Lucro ou Prejuízo Liquido do Exercício 
(=) Lucro ou Prejuízo por Ação 
 
 
 
 
 
10.2.3. Demonstração dos Lucros ou 
Prejuízos Acumulados (DLPA) 
 
A DLPA evidencia as alterações ocorridas no 
saldo da conta de lucros ou prejuízos 
acumulados, no Patrimônio Líquido. 
 
"A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados 
deverá indicar o montante do dividendo por ação do 
capital social e poderá ser incluída na demonstração das 
mutações do patrimônio líquido, se elaborada e publicada 
pela companhia." 
 
A DLPA é obrigatória para as sociedades 
limitadas e outros tipos de empresas, conforme 
a legislação do Imposto de Renda (art. 274 do 
RIR/99). Deverá discriminar: 
 
I. O saldo do início do período e os 
ajustes de exercícios anteriores - 
Como ajustes de exercícios serão 
considerados apenas os decorrentes 
de efeitos da mudança de critério 
contábil, ou da retificação de erro 
imputável a determinado exercício 
anterior, e que não possam ser 
atribuídos a fatos subseqüentes; 
II. As reversões de reservas e o lucro 
líquido do exercício - Correspondem 
às alterações ocorridas nas contas 
que registram as reservas, mediante 
a reversão de valores para a conta 
Lucros Acumulados, em virtude 
daqueles valores não serem mais 
utilizados; Já o Lucro Líquido do 
Exercício é o resultado líquido do 
ano apurado na Demonstração do 
Resultado do Exercício, cujo valor é 
transferido para a conta de Lucros 
Acumulados. 
III. As transferências para reservas, os 
dividendos, a parcela dos lucros 
incorporada ao capital e o saldo ao 
fim do período - São as apropriações 
do lucro feitas para a constituição 
das reservas patrimoniais, tais 
como: reserva legal, reserva 
estatutária, reserva de lucros a 
realizar, reserva para contingências. 
 
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www.intra-ead.com.br10.2.4. Demonstrações dos Fluxos de 
Caixa (DFC) (NBC TG 03) 
 
A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC), por 
força da Lei 11.638/2007, passou a ser um 
relatório obrigatório pela contabilidade para 
todas as sociedades de capital aberto ou com 
patrimônio líquido superior a R$ 2.000.000,00 
(dois milhões de reais). 
Esta demonstração indica a origem de todo o 
dinheiro que entrou no caixa em determinado 
período e, ainda, o Resultado do Fluxo 
Financeiro. Assim como a Demonstração de 
Resultados de Exercícios, a DFC é uma 
demonstração dinâmica e também está contida 
no balanço patrimonial. 
Seguindo as tendências internacionais, o fluxo 
de caixa pode ser incorporado às demonstrações 
contábeis tradicionalmente publicadas pelas 
empresas. Basicamente, o relatório de fluxo de 
caixa deve ser segmentado em três grandes 
áreas: 
 
I. Atividades Operacionais - são explicadas 
pelas receitas e gastos decorrentes da 
industrialização, comercialização ou 
prestação de serviços da empresa. Estas 
atividades têm ligação com o capital 
circulante líquido da empresa; 
II. Atividades de Investimento - são os 
gastos efetuados no Realizável a Longo 
Prazo, em Investimentos, no Imobilizado 
ou no Intangível, bem como as entradas 
por venda dos ativos registrados nos 
referidos subgrupos de contas; 
III. Atividades de Financiamento - são os 
recursos obtidos do Passivo Não 
Circulante e do Patrimônio Líquido. 
Devem ser incluídos aqui os 
empréstimos e financiamentos de curto 
prazo. As saídas correspondem à 
amortização destas dívidas e os valores 
pagos aos acionistas a título de 
dividendos, distribuição de lucros. 
 
10.2.5. Demonstração do Valor Adicionado 
(DVA) (NBC TG 09). 
 
* Essa demonstração é exigida exclusivamente 
para Companhias Abertas. 
A Demonstração do Valor Adicionado tem a 
função de identificar e divulgar o valor da 
riqueza gerada por uma entidade e como essa 
riqueza foi distribuída entre os diversos setores 
que contribuíram, direta ou indiretamente, para 
a sua geração. 
A DVA é destinada a evidenciar, de forma 
concisa, os dados e as informações do valor da 
riqueza gerada pela entidade em determinado 
período e a sua distribuição. As informações 
devem ser extraídas da contabilidade e os 
valores informados devem ter como base o 
princípio contábil da competência. 
O valor adicionado (ou valor agregado) constitui-
se das receitas obtidas pela empresa em razão 
de suas atividades deduzidas dos custos dos 
bens e serviços adquiridos de terceiros para a 
geração dessas receitas. É, portanto, o quanto a 
entidade contribuiu para a formação do Produto 
Interno Bruto – PIB do país. O valor adicionado 
demonstra a contribuição da empresa para a 
geração de riqueza da economia, resultado do 
esforço conjugado de todos os seus fatores de 
produção. 
A DVA evidencia os aspectos econômico e social 
do valor adicionado. Sob a ótica econômica, 
expressa o desempenho da entidade na geração 
da riqueza e a sua eficiência na utilização dos 
fatores de produção, comparando os valores de 
saída com os valores de entrada. Sob o ponto de 
vista social, demonstra a forma de distribuição 
da riqueza gerada: a participação dos 
empregados, do governo, dos agentes 
financiadores e dos acionistas, além da parcela 
retida pela empresa. Trata-se, desse modo, de 
uma importante fonte de informações, à medida 
que apresenta elementos que permitem a 
análise do desempenho econômico da empresa, 
evidenciando a geração de riqueza, bem como 
dos efeitos sociais oriundos da distribuição 
dessa riqueza. 
 
10.3. Complementação as 
Demonstrações Contábeis 
 
 
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10.3.1. Notas Explicativas 
 
As demonstrações contábeis devem ser 
complementadas por notas explicativas, quadros 
analíticos e outras demonstrações contábeis 
necessárias para uma plena avaliação da 
situação e da evolução patrimonial de uma 
empresa. Tem por objetivo complementar as 
demonstrações contábeis mostrando os critérios 
contábeis utilizados pelas organizações, inclusive 
a composição do saldo de determinadas contas, 
os métodos de depreciação e critérios de 
avaliação dos elementos patrimoniais. 
As notas devem conter no mínimo a descrição 
dos critérios de avaliação dos elementos 
patrimoniais e das práticas contábeis adotadas, 
dos ajustes dos exercícios anteriores, 
reavaliações, ônus sobre ativos, detalhamento 
das dívidas de longo prazo, do capital e dos 
investimentos relevantes em outras empresas 
etc. 
 
10.3.2. Relatório dos Auditores 
 
O “Relatório dos Auditores Independentes” é o 
documento mediante o qual o auditor expressa 
sua opinião, de forma clara e objetiva, sobre as 
demonstrações contábeis nele indicadas. Como 
o auditor assume, através do relatório, 
responsabilidade técnico-profissional definida, é 
indispensável que tal documento obedeça às 
características intrínsecas e extrínsecas, 
estabelecidas nas presentes normas. 
Deve identificar as Demonstrações Contábeis 
sobre as quais o auditor está expressando sua 
opinião, indicando, o nome da entidade, as 
datas e os períodos a que correspondem. Tem 
que ser datado e assinado pelo contador 
responsável pelos trabalhos, e conter seu 
número de registro no CRC. A data do relatório 
deverá corresponder ao dia do encerramento 
dos trabalhos de auditoria na entidade. 
O relatório deve expressar, clara e 
objetivamente, se as demonstrações contábeis 
auditadas, em todos os aspectos relevantes, na 
opinião do auditor, estão adequadamente 
representadas ou não. 
 
11. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS 
 
A análise das demonstrações contábeis, 
amplamente aceita no meio acadêmico e 
empresarial, é dividida em duas categorias 
distintas: 
 
I. Análise Financeira - possibilita a 
interpretação da saúde financeira da 
empresa, seu grau de liquidez e 
capacidade se solvência. 
II. Análise Econômica - é a interpretação 
das variações do patrimônio e da 
riqueza gerada por sua movimentação. 
 
Ambas são elaboradas e avaliadas sob vários 
pontos de vistas distintos, conforme a 
necessidade e amplitude de cada usuário. 
 
11.1. Análise Vertical ou de 
Estrutural 
 
A análise vertical também é conhecida por 
análise de estrutura. Sua técnica é bastante 
simples, pois consiste em dividir todos os 
elementos do ativo pelo valor do total desse 
mesmo ativo e todos os valores do passivo pelo 
total desse passivo, obtendo-se assim, o 
percentual que cada elemento representa do 
todo. 
Na demonstração de resultados, o elemento que 
será o divisor dos demais itens é a receita 
líquida, e os percentuais vão indicar o quanto 
cada elemento do resultado representa em 
relação a essa receita líquida. Este tipo de 
análise é importante para avaliar a estrutura de 
composição de itens e sua evolução no tempo. 
O exemplo da análise vertical, ela possui uma 
sistemática de cálculo bastante simples, uma vez 
que consiste em fixar um período contábil como 
100% e dividir os itens patrimoniais e de 
resultado dos demais períodos por esse período-
base. 
 
11.2. Análise Horizontal ou de 
Evolução 
 
 
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A finalidade principal da análise horizontal é 
apontar a variação de itens das Demonstrações 
Contábeis através de períodos, a fim de 
caracterizar tendências. Trata-se de discernir o 
ritmo de crescimento dos vários itens. Este tipo 
de análise é importante para avaliara estrutura 
de composição de itens e sua evolução no 
tempo. 
 
11.3. Análise por Quociente 
 
11.3.1. Índices de Liquidez 
 
Esses índices servem para avaliar a capacidade 
financeira da empresa, para satisfazer 
compromissos de pagamentos com terceiros. Ou 
seja, quanto maior, melhor. 
 
I. Índice de Liquidez Absoluta ou 
Instantânea - Indica o quanto a empresa 
dispõe, imediatamente, para honrar 
suas dívidas de curto prazo. 
 = Disponibilidades / Passivo Circulante 
II. Índice de Liquidez Corrente ou Comum - 
Identifica o quanto a empresa dispõe de 
recursos no curto prazo, para honrar 
suas dívidas, também, de curto prazo. 
 = Ativo Circulante / Passivo Circulante 
III. Índice de Liquidez Seca ou Teste Ácido – 
Indica quanto a empresa dispõe em 
bens e direitos de curto prazo, menos 
estoques, para pagar suas dívidas a 
curto prazo. 
 = (Ativo Circulante - Estoques) / Passivo 
Circulante 
* Se o quociente for igual a 1, indica que os 
estoques da empresa estão totalmente livres de 
dividas com terceiros, ou seja, se a empresa 
negociasse o Ativo Circulante (sem os estoques), 
pagaria as dívidas de curto prazo e restaria todo 
o estoque livre de dívidas, para que a empresa 
pudesse trabalhar. 
IV. Índice de Liquidez Geral ou Total – Este 
índice faz um comparativo do que a 
empresa dispõe no curto e longo prazos, 
contra suas dívidas, igualmente de curto 
e longo prazos. 
= (Ativo Circulante + Realizável a Longo 
Prazo) / (Passivo Circulante + Exigível a 
longo Prazo) 
 
11.3.2. Índice de Endividamento 
 
Endividamento Total - determina a proporção de 
ativos totais fornecida pelos credores da 
empresa. Quanto maior for este índice, maior 
será o montante de dinheiro de terceiros que 
está sendo empregado para gerar lucros. 
= (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo) 
/ Ativo total 
 
11.3.3. Índices de Rentabilidade 
 
Estes índices servem para medir a capacidade 
econômica da empresa, isto é, evidenciam o 
grau de êxito econômico obtido pelo capital 
investido na empresa. 
 
I. Rentabilidade do Capital Próprio - Este 
índice quer mostrar o quanto representa 
o lucro líquido obtido através das 
operações que a empresa realizou no 
exercício, em comparação ao 
investimento feito na empresa. 
 = Lucro Líquido / Patrimônio Líquido 
II. Rentabilidade do Ativo Total - faz um 
comparativo do resultado obtido pela 
empresa, o lucro, através de suas 
operações, com os ativos que estão 
disponíveis à administração para 
conseguir tal êxito. 
 = Lucro Líquido / Ativo Total 
 
12. OPERAÇÕES COM MERCADORIAS 
 
As mercadorias são os produtos adquiridos por 
uma empresa comercial, mediante pagamento a 
vista ou a prazo, como o objetivo de auferir 
lucro com a venda. As mercadorias podem ser 
conceituadas como qualquer objeto destinado 
ao comércio. 
As operações com mercadorias representam a 
principal atividade de uma empresa comercial, 
pois ela sobrevive e gera lucro com a compra e a 
venda de mercadorias. Destarte, de um bom 
 
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sistema de apuração de resultados das 
operações com mercadorias, bem como dos 
controles físicos paralelos mantidos, depende, 
em grande parte, o sucesso operacional da 
empresa. O resultado com mercadorias – RCM 
(Lucro Bruto) é o fator mais importante para o 
resultado líquido (Lucro Líquido) das empresas. 
 
12.1. Compra 
 
Servindo de intermediarias nas trocas, as 
empresa comerciais compram as mercadorias 
para depois revende-las. As empresas que 
fornecem essas mercadorias são conhecidas 
como empresas fornecedoras (fornecedores). 
A compra pode ser à vista, quando o pagamento 
é feito no ato; ou a prazo, neste caso cria-se a 
obrigação para pagamento futuro. 
 
12.2. Venda 
 
As vendas de mercadorias constituem a principal 
fonte de receita das empresas comerciais. As 
pessoas que compram as mercadorias são 
conhecidas como clientes. 
As vendas podem ser efetuadas à vista, onde a 
empresa recebe no ato da venda o valor das 
mercadorias; ou a prazo, quando a empresa 
passa a ter o direito de receber, futuramente, o 
valor da mercadoria. 
 
12.3. Frete 
 
Na Contabilidade há dois tipos de Frete, 
são eles: 
I. CIF (Cost Insurance Freight) – 
Custo, seguro e frete – Nas 
operações mercantis de compra e 
venda, a Cláusula CIF inclui no 
preço da mercadoria vendida, as 
despesas com seguro e frete até o 
local de destino. A Cláusula CIF 
estabelece o princípio de que cabe 
ao vendedor a obrigação de 
entregar a mercadoria ao 
comprador, no local em que este 
tem seu estabelecimento, ou local 
que indicar, ou no porto de 
destino, correndo por conta do 
vendedor as despesas com frete e 
seguro. 
II. FOB (Free On Board) - significa 
“Posto a Bordo”. Nas operações 
mercantis de compra e venda, a 
Cláusula FOB atribui ao vendedor o 
encargo de entregar a mercadoria 
a bordo, pelo preço estabelecido, 
ficando as despesas decorrentes 
do transporte (frete e seguro) por 
conta do comprador, bem como os 
riscos, até o porto de destino. 
Destaca-se que a responsabilidade 
do vendedor cessa no momento 
em que coloca a mercadoria a 
bordo do navio, no porto de 
embarque. 
 
12.4. Descontos 
 
I. Descontos Comerciais – ocorrem no 
momento da compra (obtidos) ou da 
venda (concedidos) e são destacados na 
própria Nota Fiscal. São também 
denominados Descontos Incondicionais. 
A intitulação mais adequada para seus 
registros é Descontos Incondicionais 
Obtidos (quando a empresa ganha do 
fornecedor) ou Descontos 
Incondicionais Concedidos (quando a 
empresa concede ao cliente). 
II. Descontos Financeiros – ocorre no 
momento da liquidação de uma dívida 
ou do recebimento de um direito, fato 
posterior ao da compra ou da venda. A 
intitulação mais adequada para esses 
descontos é Descontos Obtidos (quando 
a empresa ganha do fornecedor no 
momento da liquidação de uma 
obrigação) ou Descontos Concedidos 
(quando a empresa oferece ao cliente 
no momento da quitação de um direito). 
 
A palavra “incondicional” é utilizada para indicar 
que não foi imposta ao cliente nenhuma 
condição para que tivesse direito ao referido 
desconto, que é um ato de espontânea vontade 
 
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do fornecedor. O desconto financeiro, obtido ou 
concedido no momento da quitação de uma 
duplicata, só ocorre mediante condição imposta 
ao devedor; normalmente, quitação antes do 
vencimento. 
 
Observações: 
 
I. A conta Descontos Incondicionais 
Obtidos é uma redutora do Custo das 
Mercadorias Adquiridas, integrando a 
fórmula do CMV (Custo das Mercadorias 
Vendidas). 
II. A conta Descontos Incondicionais 
Concedidos é redutora da Receita Bruta 
de Vendas e integra a fórmula do RCM 
(Resultado da Conta Mercadorias). 
III. A conta Descontos Obtidos é conta de 
Receita Operacional, do grupo das 
Receitas Financeiras. 
IV. A conta Descontos Concedidos é conta 
de Despesa Operacional e integra o 
grupo das Despesas Financeiras. 
 
12.5. Devoluções 
 
I. Devolução de Compras - Representa 
uma saída de mercadorias e, nesse caso, 
haverá o débito (dívida do imposto 
correspondente). 
II. Devolução de Venda - Representa uma 
entrada de mercadorias e, nesse caso, 
haverá crédito (direito de recuperar) do 
imposto correspondente. 
 
12.5. Impostos 
 
12.5.1. ICMS 
 
Imposto sobre OperaçõesRelativas à Circulação 
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços 
de Transporte Interestadual e Intermunicipal e 
de Comunicação, de competência estadual. É 
considerado imposto por dentro, o que significa 
dizer que seu valor está incluso no valor das 
mercadorias. Não cumulativo, isto é, o valor 
incidente em uma operação (compra) será 
compensado do valor incidente em uma 
operação subseqüente (venda). Sua alíquota 
poderá variar em função do tipo da mercadoria, 
do destino ou origem, etc. 
Nem todas as mercadorias ou operações estão 
sujeitas ao ICMS: há casos de isenção e de não-
incidência previstos na legislação específica 
(Regulamento do ICMS de cada Estado 
brasileiro). 
 
I. ICMS sobre Compras - representa direito 
da empresa. Na linguagem contábil, esse 
direito representa débito na conta ICMS 
a Recuperar; na linguagem fiscal, crédito 
da empresa junto ao Governo do 
Estado; 
II. ICMS sobre Vendas - corresponde à 
obrigação da empresa. Na linguagem 
contábil, essa obrigação representa 
crédito na conta ICMS a Recuperar ou na 
conta ICMS a Recolher; na linguagem 
fiscal, débito da empresa para com o 
Governo do Estado; 
III. ICMS a Recolher ou a Compensar - 
Quando a empresa compra mercadorias, 
paga ao fornecedor, juntamente com o 
custo dessas mercadorias, uma parcela 
correspondente ao ICMS; quando a 
empresa vende mercadorias, recebe do 
cliente, juntamente com o valor da 
venda, uma parcela correspondente ao 
ICMS, que terá de ser repassada ao 
Governo do Estado. Antes de repassar 
ao Governo do Estado a parcela do ICMS 
recebida do cliente (constante da Nota 
Fiscal de Venda), a empresa poderá 
compensar, desse total, o valor do ICMS 
que pagou ao fornecedor (constante da 
Nota Fiscal de Compra), por ocasião da 
compra da mercadoria que está sendo 
vendida. 
 
Para exemplificar: 
 
Vamos supor que a empresa tenha adquirido um 
determinado lote de mercadorias de um 
fornecedor, pagando R$ 100, com ICMS incluso 
no valor de R$ 17. Seu fornecedor, ao receber os 
R$ 100, deverá repassar R$ 17 ao Governo do 
 
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Estado. Dessa forma, você pagou ao fornecedor 
R$ 83 pelo lote de mercadorias e R$ 17 de 
imposto. Suponhamos, agora, que você tenha 
vendido o mesmo lote de mercadorias a um 
cliente por R$ 200, com ICMS incluso no valor de 
R$ 34. Dos R$ 200 que você recebeu (Receita 
Bruta de Vendas), R$ 166 correspondem à 
Receita Líquida de Vendas e R$ 34, ao ICMS que 
você deveria recolher ao Governo do Estado. 
Deveria recolher, pois, sendo o ICMS um 
imposto não cumulativo, você poderá 
compensar (abater), desses R$ 34 devidos em 
função da venda do lote de mercadorias, os R$ 
17 que pagou pelo mesmo lote quando o 
comprou de seu fornecedor. Assim, você 
recolherá ao governo apenas R$ 17, ou seja, R$ 
34 – R$ 17. 
 
Diante do exposto, podemos concluir: 
 
 O valor do ICMS que é pago ao 
fornecedor por ocasião da compra 
representa direito para empresa junto 
ao Governo do Estado; 
 O valor do ICMS recebido do cliente por 
ocasião da venda representa obrigação 
da empresa junto ao Governo do Estado. 
 
* Cuidado: débito e crédito na linguagem 
contábil são exatamente o oposto de débito e 
crédito na linguagem fiscal. 
 
12.5.2. IPI 
 
O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) 
é um imposto de competência federal, exigido 
principalmente nas empresas industriais. É 
considerado imposto por fora, pois seu cálculo é 
feito sobre o valor dos produtos a ele 
adicionado. 
É calculado mediante aplicação de uma alíquota 
– que varia de acordo com o produto – sobre o 
valor dos mesmos. 
É considerado imposto não-cumulativo, pois o 
valor do imposto pago na compra de matérias-
primas ou de outros materiais aplicados na 
produção é compensado do imposto a pagar das 
operações subseqüentes. 
 
12.5.3. ISS 
 
O Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza 
(ISS) é de competência municipal, cobrado sobre 
o valor dos serviços prestados pela empresa. 
É próprio de empresas de prestação de serviços, 
entretanto, algumas empresas comerciais 
também podem prestar algum tipo de serviço 
pagando ISS sobre a receita desse serviço. 
A sua alíquota e base de calculo podem ser 
diferentes em cada cidade do país, pois 
dependem da legislação municipal. 
 
12.5.4. PIS 
 
O Plano de Integração Social é uma contribuição 
que as empresas comerciais devem efetuar 
mensalmente ao Governo Federal, com base em 
seu faturamento, e destina-se ao pagamento do 
seguro-desemprego e do abono anual que a 
Caixa Econômica Federal paga aos trabalhadores 
cadastrados. 
Atualmente, a alíquota é de 0,65% (regime 
cumulativo), calculada sobre o faturamento. 
Segundo a legislação pertinente ao PIS, 
considera-se como faturamento a receita bruta 
proveniente da venda de bens nas operações de 
conta própria, do preço dos serviços prestados e 
do resultado auferido nas operações de conta 
alheia diminuída das vendas de bens ou serviços 
cancelados, dos descontos incondicionais 
concedidos, e do IPI e ICMS retidos pelo 
vendedor dos bens ou prestador dos serviços na 
condição de substituto tributário. Entretanto, 
não podem ser excluídos da receita bruta, o 
ICMS e o ISS incidentes sobre as vendas ou 
sobre os serviços prestados. 
Essa contribuição, calculada sobe o faturamento 
do mês, deve ser recolhida aos cofres públicos 
sempre nos primeiros dias do mês seguinte. 
 
12.5.5. COFINS 
 
A Contribuição Social sobre o Faturamento — 
COFINS — é também uma contribuição que as 
empresas comerciais devem efetuar 
mensalmente ao Governo Federal, com base no 
 
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faturamento, e destina-se ao financiamento da 
seguridade social. 
Atualmente, a alíquota é de 3% (regime 
cumulativo), calculada sobre o valor da receita 
bruta das vendas de mercadorias, de 
mercadorias e serviços e de serviços de qualquer 
natureza diminuída das deduções e abatimentos 
incidentes sobre as vendas. 
 
12.6. RESULTADO DA CONTA 
MERCADORIAS 
 
É obtido pela diferença entre o valor das Vendas 
Efetuadas num determinado período e o valor 
do Custo das Mercadorias Vendidas incorrido 
nesse mesmo período: 
RCM  Resultado com Mercadorias = LUCRO 
BRUTO 
 
RCM = V – CMV 
 
Onde: 
V  Vendas Líquidas - representa o total 
faturado contra o cliente, que a vista, quer a 
prazo. Todavia, a esse valor podem ocorrer 
deduções. 
CMV  Custo das Mercadorias Vendidas - 
Representa o valor atribuído às mercadorias 
negociadas pelo comerciante com seus clientes. 
O CMV, como o nome indica, é um valor de 
custo para o comerciante. 
CMV  Custo das Mercadorias Vendidas 
 
CMV = Ei + C – Ef 
 
Onde: 
 
Ei  Estoque Inicial 
C  Compras Líquidas 
EF  Estoque Final 
 
13. AVALIAÇÃO DE ESTOQUE 
 
I. Inventário Periódico – é chamado de 
Inventário Periódico porque, a partir de 
sua adoção, as empresas passam a 
elaborar o inventário físico das 
mercadorias existentes em estoque 
somente no final de um período que 
normalmente corresponde a um ano. 
Assim, o Resultado da Conta 
Mercadorias (Resultado Bruto do 
Exercício) só será conhecido no final 
desse período. 
II. Inventário Permanente – consiste em 
controlar permanentemente o estoque 
de mercadorias efetuando as 
respectivas anotações a cada compra ou 
devolução. Dessa forma, como os 
estoques de mercadorias são mantidos 
atualizados constantemente, as 
empresas podemapurar o resultado da 
Conta Mercadorias no momento em que 
desejarem. 
 
13.1. Métodos de avaliação dos estoques 
 
De acordo com os artigos 261 e 292 do RIR/99 as 
pessoas jurídicas submetidas à tributação com 
base no lucro real, devem, ao final de cada 
período de apuração, proceder o levantamento 
e à avaliação dos estoques existentes de 
mercadorias para revenda, nas empresas 
comerciais e matérias-primas, materiais 
auxiliares (e outros materiais empregados na 
produção) e produtos acabados e em 
elaboração, bem como outros bens existentes 
em almoxarifado. 
O custo das mercadorias estocadas é 
determinado com base no valor de aquisição 
constante das Notas Fiscais de compra, 
acrescido das despesas acessórias e dos 
impostos, taxas e contribuições que não forem 
recuperados pela empresa no momento da 
venda das mercadorias. 
A empresa poderá adquirir os mesmos tipos de 
mercadorias em datas diferentes, pagando por 
eles preços variados. Assim, para determinar o 
custo dessas mercadorias estocadas e das 
mercadorias que foram vendidas, precisamos 
adotar algum critério. 
Os critérios mais conhecidos para a avaliação 
dos estoques, segundo o artigo 295 do RIR/99, 
são: 
 
13.1.1. Preço Específico 
 
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Consiste em atribuir a cada unidade do estoque 
o preço efetivamente pago por ela. É um critério 
que só pode ser utilizado para mercadorias de 
fácil identificação física, como imóveis para 
revenda, veículos novos e usados, etc. 
 
13.1.2. PEPS 
 
A sigla PEPS significa Primeiro que Entra, 
Primeiro que Sai, e é também conhecida por 
FIFO, iniciais da frase inglesa First In, First Out. 
Adotando esse critério para valoração dos 
estoques, a empresa atribuirá às mercadorias 
estocadas os custos mais recentes. 
 
13.1.3. UEPS 
 
A sigla UEPS significa Último que Entra, Primeiro 
que Sai, e é também conhecida por LIFO, iniciais 
da frase inglesa Last In, First Out. Adotando este 
critério para valoração dos seus estoques, a 
empresa sempre atribuirá às suas mercadorias 
em estoque os custos mais antigos, guardadas 
as devidas proporções com as mercadorias que 
entraram e saíram do estabelecimento. 
 
* Não aceito pela legislação do Imposto sobre a Renda 
brasileira, pois distorce completamente os resultados, 
apresentando Custo maior, Lucro menor e Estoque Final 
diverso da realidade. A empresa poderá adotar o critério 
que achar mais conveniente, mas se ao usar o UEPS deverá 
apresentar a diferença para tributação no LALUR. 
 
13.1.4. Custo Médio Ponderado 
Permanente 
 
Adotando este critério, as mercadorias 
estocadas serão sempre valoradas pela média 
dos custos de aquisição, atualizados a cada 
compra efetuada. 
 
13.1.5. Preço Médio Ponderado Mensal 
 
Esse método é aceito pelo fisco (PN CST nº 6/79) 
que as saídas sejam registradas somente ao final 
de cada mês, desde que avaliadas ao custo 
médio que, sem considerar o lançamento de 
baixa, se verificar no mês. 
Qual dos critérios deve ser utilizado? O mais 
aconselhável dos três critérios é o custo médio 
permanente ou mensal, pois eles espelham 
maior realidade nos Custos, no Lucro e no 
Estoque Final. Convém ressaltar que no 
momento da elaboração do Balanço a avaliação 
dos estoques obedecerá aos critérios 
estabelecidos no artigo 183 da Lei n° 6.404/76, 
ou seja, custo de aquisição deduzido da provisão 
para ajustá-lo ao valor do mercado, quando este 
for inferior. 
 
14. DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO 
 
A depreciação dos Bens materiais do Ativo 
Imobilizado corresponde à diminuição do valor 
dos elementos ali classificáveis, resultante do 
desgaste pelo uso, ação da natureza ou 
obsolescência normal. 
Os bens materiais que comumente aparecem no 
Ativo Imobilizado e estão sujeitos à depreciação 
são: Computadores, Imóveis (construções), 
Instalações, Móveis e Utensílios, Veículos. 
Quando a empresa compra bens para o uso 
próprio, ela efetua um gasto. Esse gasto, por ser 
considerado investimento, não pode ser 
contabilizado como despesa. Entretanto, esses 
bens, sendo utilizados pela empresa, desgastam-
se e perdem o valor. Por esse motivo é feito a 
depreciação. Através dela, a empresa pode 
considerar como despesa o valor gasto na 
aquisição dos seus bens de uso. 
É evidente que para se depreciar o valor gasto 
na aquisição de um bem é preciso atender a 
algumas exigências legais, tendo em vista, 
principalmente, o tempo de vida útil do bem. Os 
bens não duram eternamente; eles têm um 
tempo de vida útil o qual, desgastados pelo uso 
ou em função da natureza ou mesmo pela 
obsolescência, deixam de ser convenientes para 
a empresa. 
Amortização é a diminuição do valor dos Bens 
imateriais em razão do tempo. Enquanto a 
depreciação é usada para os bens materiais 
(tangíveis), a amortização é usada para os Bens 
imateriais (intangíveis), como Benfeitorias em 
Imóveis de Terceiros, Marcas e Patentes, 
Despesas de Organização etc. 
 
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botão Minha Conta, depois na aba Inscrições e, 
por fim, clique no ícone . 
 
1) O patrimônio que a contabilidade estuda 
e controla, registrando todas as 
ocorrências nele verificadas. “Estudar e 
controlar o patrimônio, para fornecer 
informações sobre sua composição e 
variações, bem como sobre o resultado 
econômico decorrente da gestão da 
riqueza patrimonial.” 
 
As proposições indicam, respectivamente: 
 
a) Campo de aplicação e conceito da 
Contabilidade 
b) A finalidade e as técnicas contábeis. 
c) O objeto e a finalidade da Contabilidade. 
d) A finalidade e o conceito da 
Contabilidade. 
 
2) Considerando o que dispõe a Resolução 
CFC n.º 750/93, que trata dos Princípios 
de Contabilidade, no que se refere ao 
Princípio do Registro pelo Valor Original, 
julgue os itens abaixo como Verdadeiros 
(V) ou Falsos (F) e, em seguida, assinale 
a opção correta. 
I. A moeda, embora aceita universalmente 
como medida de valor, não representa 
unidade constante em termos do poder 
aquisitivo. 
II. Para que a avaliação do patrimônio possa 
manter os valores das transações originais, 
é necessário atualizar sua expressão formal 
em moeda nacional, a fim de que 
permaneçam substantivamente corretos os 
valores dos componentes patrimoniais e, 
por consequência, o do Patrimônio Líquido. 
III. A atualização monetária fere o Princípio do 
Registro pelo Valor Original por representar 
uma nova avaliação, mediante a aplicação 
de indexadores ou outros elementos aptos 
a traduzir a variação do poder aquisitivo da 
moeda nacional em um dado período. 
 
A alternativa correta é: 
 
a) V, V, V. 
b) V, V, F. 
c) F, F, F. 
d) F, F, V. 
 
3) Assinale a alternativa incorreta: 
 
a) Do ponto de vista estático, a 
Contabilidade estuda, controla, expõe e 
analisa os elementos que compõe o 
patrimônio. 
b) As fontes do Patrimônio

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