Buscar

Teorias e Exercícios FC

Prévia do material em texto

1 
 
Material Didático 
 
 
Fundamentos de Contabilidade 
 
 
Tecnólogo em Gestão Pública 
 
 
Professora Bibiani Borges Dias, Ms. 
 
 
 2 
 
SUMÁRIO 
 
PLANO DE ENSINO 3 
AULA I – INTRODUÇÃO 
 EXERCÍCIO 1 
4 
7 
AULA II - ESTÁTICA PATRIMÔNIAL 
 EXERCÍCIO 2 
9 
10 
AULA III - VARIAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 EXERCÍCIO 3 
15 
18 
AULA IV – CONTAS 
 EXERCÍCIO 4 
20 
26 
AULA V – ESCRITURAÇÃO 
 EXERCÍCIO 5 
29 
36 
AULA VI - EXERCÍCIO SOCIAL E INTRODUÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS 
 EXERCÍCIO 6 
 EXERCÍCIO 7 
 EXERCÍCIO 8 
37 
43 
50 
52 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
Plano de Ensino 
Identificação 
Curso 
Tecnólogo em Gestão Pública 
Componente Curricular 
Contabilidade Aplicada ao Setor Público 
Semestre 
Quarto 
Docente 
Bibiani Borges Dias 
Carga Horária (H/A) 60 h/a 
 
 Competências 
 Utilizar as ferramentas contábeis visando o cumprimento das normas legais e estratégia geradora de informações 
para tomada de decisões no setor público. 
Bases tecnológicas 
 Fundamentos de Contabilidade. 
 Campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público (CASP). 
 Patrimônio Público. 
 Lei 4.320/64. 
 Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público (MCASP). 
 Procedimentos Contábeis Orçamentários. Procedimentos Contábeis Patrimoniais. 
 Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP). 
 Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público. 
 Noções básicas sobre SIAFI - Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal. 
Metodologia de ensino 
O desenvolvimento metodológico da disciplina será realizado por meio de aulas expositivas dialogadas, listas de 
exercícios, trabalhos (em grupos) e provas (individuais e em dupla) que relacionem a teoria à prática e, que busquem 
despertar a capacidade investigativa, dando ênfase à reflexão crítica. 
Recursos didáticos 
Projetor multimídia, quadro branco e bibliotecas. 
Avaliação da aprendizagem 
 Os instrumentos/formas de avaliação de aprendizagem terão caráter de continuidade, durante o desenvolvimento do curso, 
sendo considerados: a assiduidade, a participação nas atividades (classe e extraclasse), o desempenho individual ou grupal 
e avaliações programadas. Serão 3 (três) instrumentos distintos de avaliações. 
Bibliografia básica 
CARVALHO, Deusvaldo. Orçamento e contabilidade pública: teoria e prática. 6.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. 
KOHAMA, Hélio. Contabilidade pública: teoria e prática. 15. ed. São Paulo: Atlas, 2016. 
SILVA, Lino Martins da. Contabilidade governamental: um enfoque administrativo da nova contabilidade pública. 8. ed. 
São Paulo: Atlas, 2009 
Bibliografia Complementar 
BEZERRA FILHO, João Eudes. Contabilidade aplicada ao setor público: abordagem simples e objetiva. 2a. ed. São Paulo: Atlas, 2015. 
BEHR, Ariel; BARBOSA, Diogo Duarte. Contabilidade aplicada ao setor público: estudos e práticas. São Paulo: Atlas, 2016. BRASIL. 
Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Manual de contabilidade aplicada ao setor público. 7. ed. Brasília: STN, 2016. FEIJÓ, Paulo 
Henrique et al. Contabilidade patrimonial aplicada ao setor público: do Ativo ao Patrimônio Líquido. Brasília: Gestão Pública, 2017. 
MOTA, Francisco G. Mota. 
Contabilidade aplicada ao setor público. Aspectos patrimoniais: identificação, reconhecimento, mensuração e evidenciação. Brasília: 
Gestão Pública, 2015. 
 
 4 
Professora Bibiani Borges Dias, Ms. 
 
INTRODUÇÃO 
 
1.1 Noções gerais da Ciência Contábil 
1.1.1 Conceito 
A Contabilidade é um sistema de informações, cujo método de trabalho consiste em coletar, processar 
e transmitir dados sobre a situação econômico-financeira de uma entidade, em determinado momento, e a sua 
evolução em um dado período. 
É a Ciência que tem por objeto o estudo do patrimônio por meio da utilização de métodos próprios 
desenvolvidos para coletar, registrar, acumular, resumir e analisar todos os fatos que afetam a situação 
patrimonial de uma pessoa. Assim registra os fatos contábeis nos livros, controla a entidade a partir das 
demonstrações Financeiras e orienta os gestores a partir da Análise das Demonstrações Financeiras e da 
Auditoria em toda a produção de fatos contábeis da entidade. 
 
1.1.2 O objeto e funções 
O objeto da Contabilidade é o PATRIMÔNIO das entidades. 
A contabilidade possui duas funções básicas: 
a) Administrativa: controlar o patrimônio (Balanço Patrimonial). 
b) Econômica: apurar o resultado (Demonstração do Resultado do Exercício). 
 
1.1.3 Campo de Aplicação 
O Campo de aplicação é uma AZIENDA. 
Azienda é uma entidade, com ou sem fim lucrativo, com objetivo social ou econômico, de ordem 
econômico-administrativa, isto é, que possui patrimônio a controlar. Podem ser classificadas da seguinte 
maneira: 
a) Quanto aos fins a que se destinam: 
Sociais: não visam lucros. Ex.: Associações de classes, sindicatos etc. 
Econômicos: o Lucro é o principal objetivo. Ex.: Industria, Comércio etc. 
Econômicos e Sociais: é um misto das anteriores. Ex.: Sociedades de Previdencia, Fundos de Pensão 
etc. 
 
b) Quanto aos seus proprietários: 
Públicas: a finalidade e atender aos interesses da coletividade. 
Privadas: a finalidade e atender aos interesses de particulares. 
 
 5 
 
a) Pessoa física – é o ser humano (homem ou mulher) considerado como sujeito de direitos e 
obrigações, seu nascimento legal ocorre através do registro no Cartório Civil de Pessoas Físicas. 
b) Pessoa jurídica – é a unidade jurídica resultante de um agrupamento humano organizado, 
estável, objetivando fins de utilidade pública ou privada, inteiramente distinta dos indivíduos que a 
compõem, capaz de possuir e exercitar direitos e contrair obrigações. O seu nascimento legal ocorre na 
Junta Comercial (empresa comercial e/ou industrial) e no Cartório Civil de Pessoas Jurídicas, anexo ao 
Cartório de Títulos e Documentos (empresa civil – prestadora de serviço) 
 
1.1.4 Finalidades e objetivos 
A Contabilidade tem por fim REGISTRAR os fatos e PRODUZIR informações que possibilitem ao 
titular do patrimônio, o PLANEJAMENTO e o CONTROLE, de sua ação. 
a) PLANEJAMENTO – utilização dos dados contábeis como subsídio para planejar, ou seja, 
decidir entre diversas alternativas que se apresentam, qual curso tomar para atingir com mais eficiência e 
eficácia o objeto almejado. 
b) CONTROLE – utilização dos informes contábeis para verificar se o desempenho da entidade 
se ajusta ao que foi estabelecido no Planejamento. 
Os objetivos da contabilidade são, em síntese, produzir informações úteis a diversos interessados, que 
podem ser usuários internos (diretores, administradores, gerentes, acionistas e sócios) e externos (governo, 
investidores e credores) à entidade. 
 
1.1.5 Usuários da informação contábil 
A Contabilidade surgiu para auxiliar e dar suporte aos gestores em todos os processos empresariais. 
Com sua evolução, ela deixa de se preocupar somente com os resultados econômicos e passa a participar do 
processo de gestão com informações oportunas e objetivas. Assim, a contabilidade coleta dados através de 
operações desenvolvidas pela empresa, como compra, venda, pagamentos e recebimentos. Após a entrada, os 
dados são registrados e processados no sistema de informação contábil, utilizando técnicas de escrituração, 
geram informações em forma de relatórios, que são utilizados pelos usuários externos e internos; cada relatório 
é processado para atender às necessidades e às particularidades de cada tipo de usuário. 
Os usuários internos são representados pelos empregados, administradores que o utilizam para análise 
de ambiente, de mercado, orçamento, indicadores de desempenho e posição patrimonial, econômica e 
financeira da empresa, agilizando o processo de tomadas de decisões.Os usuários externos são representados 
pelos investidores, financiadores, fornecedores de bens e serviços de créditos, governo e suas agencias, 
sindicatos e públicos. 
 
 
 6 
1.1.6 Técnicas Contábeis 
Para atingir sua finalidade, a contabilidade utiliza as seguintes técnicas: 
a) ESCRITURAÇÃO – consiste no registro em livros contábeis e fiscais, em linguagem própria, 
com observância dos princípios e convenções geralmente aceitos, de fatos que influem na composição do 
patrimônio, de acordo com o que determina a Lei n. 6.404/76, no seu art. 177: 
Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência aos 
preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, 
devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações 
patrimoniais segundo o regime de competência. 
 
b) DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS – técnica consistente na elaboração de Demonstrativos 
Contábeis, destinados à evidenciação das situações econômico, financeira e patrimonial da entidade. É o art. 
176 da Lei n. 6.404/76 que regulamenta as demonstrações exigidas pela legislação comercial (societária): 
 
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil 
da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do 
patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: 
 I - Balanço patrimonial; 
 II - Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; 
 III - Demonstração do resultado do exercício; e 
 IV – Demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) 
 V – Se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) 
 § 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores 
correspondentes das demonstrações do exercício anterior. (...) 
 § 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos 
ou demonstrações contábeis necessárias para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados 
do exercício. (...) 
 § 6o A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 
(dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de 
caixa. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) 
 
Não menos importante é o BALANCETE DE VERIFICAÇÃO, relatório contábil básico e preparatório 
das Demonstrações Contábeis. 
 
c) AUDITORIA – técnica de verificação e avaliação da qualidade e confiabilidade dos registros 
contábeis e das informações produzidas, realizada por um contador-auditor. 
 
d) ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS – técnica que consiste na decomposição dos 
elementos patrimoniais e do resultado em índices/quocientes, objetivando aferir a situação econômico-
financeira da entidade, bem como suas tendências. 
 
1.1.7 Evolução histórica da Contabilidade 
A história da contabilidade, de acordo com os pesquisadores, se confunde com a história do homem, 
haja vista que com o aparecimento do homem na face da terra surgiram os controles dos domínios e posses de 
cada indivíduo ou grupo de indivíduos. 
http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
 
 7 
Embora tenha a sua origem perdida em tempos remotos, a contabilidade começou a desenvolver no 
século XIII na Itália e tem a sua primeira divulgação na metade do século XV, com a obra de Frei Luca 
Pacciolo “Summa de Arithmética Geometria, Proportiono e Proporcionalita”. É um tratado de matemática, 
mas contém uma seção sobre registros contábeis segundo o MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS. 
O método das partidas dobradas, evidentemente, teve maior uso e desenvolvimento à medida que o 
comércio, o crédito e as sociedades cresciam. 
Apesar de o método italiano ser a base do método atual, convém ressaltar quatro diferenças entre a 
contabilidade de hoje e a da época de Luca Pacciolo. São elas: 
 a) O sistema contábil anterior visava informar apenas o proprietário; 
 b) No século XVI, os ativos e passivos do proprietário e do negócio se confundiam; 
 c) Não existia a ideia de período contábil nem a de continuidade; 
 d) Inexistia um denominador comum monetário. 
 e) A história da contabilidade se confunde com a evolução social da humanidade, por estar ligada ao 
surgimento das necessidades de controlar as propriedades e os domínios de posses individuais ou de grupos. 
 
EXERCÍCIOS 1 
 
Em relação ao conteúdo abordado em sala, leia as afirmativas abaixo e indicar com 
“V” se Verdadeiro e com “F” se Falso: 
1- Conceitualmente, a Contabilidade pode ser entendida como ciência que tem por 
objeto o estudo do patrimônio a partir da utilização de métodos especialmente 
desenvolvidos para coletar, registrar, acumular, resumir e analisar todos os fatos que 
afetam a situação patrimonial de uma empresa. 
2 - De acordo, com a corrente doutrinária hoje dominante, o objeto e o campo de aplicação da contabilidade, 
respectivamente são o controle dos valores patrimoniais e a administração financeira das empresas. 
3 - A mais importante finalidade da contabilidade, modernamente é, a de constituir instrumento essencial nas 
funções de planejamento e controle para a entidade contábil. 
4 - A informação contábil bem utilizada é um poderoso instrumento para tomada de decisão. 
5 - O termo entidade compreende pessoas físicas e jurídicas de direito público e privado e grupos econômicos. 
6 - Embora as finalidades para as quais se usa a informação contábil possam ser catalogadas, podemos indicá-
las como controle e planejamento. 
7 - Entre as funções da contabilidade, podemos destacar o controle, a informação e o planejamento. 
8 - O Campo de aplicação da contabilidade é uma azienda. 
9 - O Campo de aplicação da contabilidade é uma entidade, com ou sem fim lucrativo, com objetivo social 
ou econômico, de ordem econômico-administrativa, isto é, que possui patrimônio a controlar. 
 
 8 
10 - Para atingir sua finalidade, a contabilidade utiliza as seguintes técnicas: escrituração, demonstrações 
contábeis, auditoria e análise das demonstrações contábeis. 
11 – A escrituração contábil consiste no registro em livros contábeis e fiscais, em linguagem própria, com 
observância dos princípios e convenções geralmente aceitos, de fatos que influem na composição do 
patrimônio. 
12 - A escrituração contábil das companhias serão mantidas em registros permanentes, com obediência aos 
preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo 
observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o 
regime de competência. 
13 – As demonstrações é uma técnica contábil que consistente na elaboração de Demonstrativos Contábeis, 
destinados à evidenciação das situações econômico, financeira e patrimonial da entidade. 
14 - Ao fim de cada exercício social, com base na escrituração contábil, as seguintes demonstrações 
financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas 
no exercício: Balanço Patrimonial, Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração do 
Resultado do Exercício, Demonstração dos Fluxos de Caixa e se companhia aberta, Demonstração do Valor 
Adicionado. 
15 - As demonstrações contábeis de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores 
correspondentes das demonstrações do exercício anterior. 
16 - As demonstrações contábeis serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou 
demonstrações contábeis necessárias para esclarecimento da situaçãopatrimonial e dos resultados do 
exercício. 
17 - A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois 
milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da Demonstração dos Fluxos de Caixa. 
18 – O Balancete de Verificação é um relatório contábil básico e preparatório das Demonstrações Contábeis. 
19 – A auditoria é a técnica de verificação e avaliação da qualidade e confiabilidade dos registros contábeis e 
das informações produzidas, realizada por um contador-auditor. 
20 – A análise das demonstrações contábeis é a técnica que consiste na decomposição dos elementos 
patrimoniais e do resultado em índices/quocientes, objetivando aferir a situação econômico-financeira da 
entidade, bem como suas tendências. 
 
 
 
 
 
 
 9 
ESTÁTICA PATRIMÔNIAL 
2.1 Patrimônio 
2.1.1 Conceito 
É o conjunto de BENS, DIREITOS e OBRIGAÇÕES vinculado a uma pessoa física ou pessoa jurídica, 
avaliáveis em moeda. 
 As características básicas são, pois: 
a) Bens – tudo que pode ser avaliado economicamente e que satisfaça necessidades humanas. Podemos 
classificar os bens em: 
Tangíveis, corpóreos, concretos ou materiais – têm existência física. Exemplos: dinheiro, mercadorias 
em estoque, imóveis, instalações, equipamentos, etc. 
Intangíveis, incorpóreos, abstratos ou imateriais – não têm existência física. Exemplos: direitos sobre 
marcas e patentes, direitos autorais, nome comercial, clientela, ações ou quotas do capital de outras empresas, 
fundo de comércio, etc. 
 
b) Direitos – são representados por valores a serem recebidos de terceiros. São a parte da riqueza da 
entidade que a ela pertence, mas que está em poder de terceiros, logo, não estando disponível para utilização 
imediata. Exemplos: duplicatas a receber, clientes, contas a receber, aluguéis a receber, dinheiro depositado 
no banco, aplicações financeiras, etc. 
 
 c) Obrigações – significa as dívidas, valores a serem pagos a terceiros. Exemplo: salários a pagar, 
duplicatas a pagar, fornecedores, aluguéis a pagar, contas a pagar, títulos a pagar, impostos a recolher, 
contribuições a recolher, etc. 
 
2.1.2 Componentes patrimoniais 
O Patrimônio é dividido em três partes, a saber: 
Primeira parte – Ativo (A) – representa os Bens e Direitos, constitui o que chamamos de Patrimônio 
Bruto (o que a pessoa têm independentemente de suas dívidas). O Ativo mostra a Aplicação de Capitais, isto 
é, em que a entidade contábil aplicou os recursos originados. São recursos postos à disposição da entidade 
capazes de gerar fluxos de caixa imediatamente ou no futuro, de forma direta ou indireta. Exemplos: dinheiro 
em caixa ou depositado em banco, duplicatas a receber, terrenos, máquinas e equipamentos, etc. 
 
Segunda parte – Passivo (P) – representa todas as obrigações contraídas pela entidade junto a terceiros. 
O Passivo mostra a Origem de Capitais, isto é, como a entidade contábil conseguiu os recursos que possui. 
São obrigações presentes, decorrentes de eventos passados, que se espera que resultem em saídas de caixa no 
futuro Exemplos: salários a pagar, juros a pagar, empréstimos a pagar, impostos a recolher, etc. 
 
 10 
Terceira parte – Patrimônio Líquido (PL) – é formado pelo valor que os proprietários têm aplicado no 
negócio. Pode ter diversas origens, entre as quais dinheiro aplicado e lucros retidos pela empresa. Parte 
diferencial (diferença) entre o Ativo e o Passivo, esta parte, é que vai medir ou avaliar a situação da entidade. 
 
2.1.3 Representação gráfica do patrimônio 
 Normalmente o Patrimônio é assim representado: 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO PASSIVO 
BENS 
 + 
DIREITOS 
PASSIVO 
 + 
PATRIMÔNIO ÍQUIDO 
 
Observe que o total do Ativo é sempre igual ao total do Passivo, logo a equação fundamental da 
contabilidade é: A = P + PL 
O Patrimônio Líquido ou Situação Patrimonial Líquida, representa a parte diferencial à direita 
(Passivo), logo a equação fundamental do patrimônio é: 
PL / SL = A - P 
Dependendo dos valores que possam assumir Ativo e Passivo, a Situação patrimonial pode ser: 
a) Favorável, positiva ou superavitária: quando o Ativo é maior que o Passivo. 
b) Desfavorável, negativa, deficitária ou passivo a descoberto: quando o Ativo é menor que o 
Passivo. 
c) Nula, compensada ou inexistente: Quando o Ativo é igual ao Passivo. 
 
 
a) Quando examinamos o PASSIVO, estamos vendo as fontes de recursos, ou seja, de onde 
vieram os recursos (próprios e de terceiros). 
b) Quando olhamos para o ATIVO, temos a visão de como estão aplicados os recursos da 
entidade (investimentos = Recursos Totais). 
 
 EXERCÍCIOS 2 
 
1 – Classifique os elementos constantes do quadro a seguir em: 
 
Coluna A = Bens ou Direitos ou Obrigações 
Coluna B = Ativo ou Passivo 
 
 11 
 
CONTAS A B 
Caixa 
Bancos Conta Movimento 
Duplicatas a Pagar 
Máquina de calcular 
Imóveis 
Fornecedores 
Clientes 
FGTS a Recolher / a Pagar 
Material de Expediente 
Veículos 
Móveis e Utensílios 
Terrenos 
Veículos 
Telefone a Pagar 
Instalações 
Salários a Pagar 
Aplicações Financeiras 
Impostos a Recolher / a Pagar 
Duplicatas a Receber 
Alugueis a Pagar 
Alugueis a Receber 
Computadores e Acessórios 
Juros Bancários a Pagar 
Ações em Outra Empresa 
Empréstimo Bancário - 90 d. 
Prateleira 
Financiamentos a Pagar 
Matéria-prima em estoque 
 
2 - Assinale a alternativa incorreta: 
a) Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações; 
b) Os bens se dividem em tangíveis e intangíveis; 
c) As alternativas a e b estão corretas; 
d) As receitas aumentam o Patrimônio Líquido e as despesas o diminuem; 
e) Patrimônio é o conjunto de bens e direitos. 
 
3 - Assinale a alternativa incorreta: 
a) Direitos representam valores a receber, por vendas a prazo; 
b) Obrigações representam dívidas ou compromissos perante terceiros; 
c) Resultado é a diferença entre o valor das receitas e o valor das despesas; 
d) A pessoa física ou natural é o ser humano (o homem ou a mulher), enquanto pessoa jurídica é o ser de 
existência abstrata que nasce da reunião de duas ou mais pessoas físicas ou jurídicas; 
 
 12 
e) Todas a s alternativas estão incorretas. 
 
4 - Na maioria das empresas comerciais, o Ativo suplanta o Passivo Exigível. Assim, a representação mais 
comum do patrimônio de uma empresa comercial assume a forma: 
a) Passivo Exigível + Ativo = Patrimônio Líquido; 
b) Ativo + Patrimônio Líquido = Passivo Exigível; 
c) Ativo = Passivo Exigível + Patrimônio Líquido; 
d) Ativo Permanente + Ativo Circulante = Passivo Exigível; 
e) Ativo + Situação Líquida = Passivo Exigível. 
 
5 – Diz-se que a situação líquida é negativa quando o Ativo total é: 
a) maior que o Passivo Total; 
b) maior que o Passivo Exigível; 
c) igual à soma do Passivo Circulante com o Passivo Exigível a Longo Prazo; 
d) igual ao Passivo Exigível; 
e) menor que o Passivo Exigível. 
 
6 – Dados: 
Caixa R$ 34.000,00 
Duplicatas a Receber R$ 6.000,00 
Estoque de Mercadorias R$ 32.000,00 
Móveis e Utensílios R$ 3.000,00 
Veículos R$ 25.000,00 
Imóveis R$ 50.000,00 
Marcas e Patentes R$ 50.000,00 
Duplicatas a Pagar R$ 15.000,00 
Promissórias a Pagar R$ 100.000,00 
Capital Social R$ 80.000,00 
Lucros Acumulados R$ 5.000,00 
 
Indique: 
a) Total do Capital de Terceiros ........................... 
b) Total do Capital Próprio ..................................... 
c) Total do Capital Nominal .............................. 
d) Total do Patrimônio Bruto ............................ 
 
 13 
e) Total do Patrimônio Líquido .......................... 
f) A somatória do Ativo ......... e do Passivo ...... 
 
7 - O Patrimônio de uma entidade é composto dos seguintesitens e respectivos valores (R$ mil): 
 ATIVO PASSIVO 
 Caixa 100 Fornecedores 250 
 Mercadorias 200 Empréstimos 350 
Terrenos 700 Capital Social 400 
 Total 1.000 1.000 
 
O valor do capital de terceiros é: 
a) R$ 600 mil; 
b) R$ 350 mil; 
c) R$ 250 mil; 
d) R$ 1.000 mil. 
 
8 - O Sr. Juarez Prudente apresenta a seguinte riqueza acumulada até o momento: 
Dois automóveis importados $ 1.800.000 
Um apartamento $ 10.900.000 
Uma casa de campo $ 8.000.000 
Um título de clube $ 1.200.000 
Dinheiro no bolso $ 500.000 
Depósitos em vários bancos $ 1.100.000 
Ações da Petrobrás $ 900.000 
Títulos a receber $ 1.680.000 
Salários a receber $ 2.600.000 
Aparelhos eletrônicos $ 1.120.000 
 
Calcule a riqueza líquida do Sr. Juarez prudente, sabendo-se que o mesmo possui as seguintes obrigações: 
 
Dívida com o Sist. Fin. de Habitação 
 
$ 
 
9.600.000 
Empréstimos em diversos bancos $ 8.600.000 
Títulos a pagar $ 2.800.000 
Contas a pagar $ 2.500.000 
Financiamento de casa de campo $ 3.800.000 
Prestações do título do clube a pagar $ 800.000 
Prestações em grandes lojas $ 900.000 
 
9 – Se o Passivo Exigível de uma empresa é de R$ 19.650,00; e o Patrimônio Líquido, R$ 9.850,00, o valor 
do seu Capital Próprio será de: 
a) 29.500,00 b) 9.800,00 c) zero d) 9.850,00 e) 19.650,00 
 
 14 
 
10 - Se o Passivo Exigível de uma empresa é de R$ 19.650,00; e o Patrimônio Líquido, R$ 9.850,00, o valor 
do seu Capital de Terceiros será de: 
a) 29.500,00 b) 9.800,00 c) zero d) 9.850,00 e) 19.650,00 
 
11 - Em determinado Patrimônio, os Bens somam R$ 200,00; as Obrigações, R$ 350,00; e os Direitos, R$ 
250,00. Pode-se afirmar que: 
a) o Patrimônio Bruto soma R$ 550,00; b) o Patrimônio Líquido soma R$ 100,00; 
c) a Situação Líquida é Compensada; d) há ocorrência de Passivo a Descoberto. 
 
12 - O Patrimônio Líquido da Cia Boas Novas, em determinado momento, está representado (em R$) por: 
Numerário – 100,00; Bens de Venda – 700,00; Bens de Uso – 500,00; Dívidas para com terceiros – 400,00; 
Bens de Renda – 100,00; Direitos – 200,00. Seu Patrimônio Líquido é de: 
a) R$ 1.200,00 b) R$ 1.300,00 c) R$ 1.800,00 d) R$ 2.000,00 
 
13 - Dados do patrimônio da Empresa Aurélio Silva Ltda. 
Caixa 800 
Máquinas e Equipamentos 30.000 
Financiamentos a pagar 12.000 
Promissórias a pagar 1.200 
Duplicatas a receber 8.000 
Banco Conta Movimento 4.500 
Instalações 600 
Móveis e Utensílios 2.500 
Fornecedores 9.000 
Impostos a Pagar 6.500 
Veículos 27.000 
Capital Social 50.000 
Mercadorias para Revenda 9.000 
Lucros Acumulados 5.000 
Prejuízos Acumulados 1.300 
 
Mediante os dados acima, responda e justifique suas respostas: 
a) o somatório do Ativo ........................... e do Passivo Exigível ......................... 
b) o somatório do capital de terceiros é ......................... e do capital próprio é ........................... 
c) o somatório do capital nominal é .......................... 
d) o somatório do passivo exigível é ............................ e do patrimônio líquido é .......................... 
e) o somatório do patrimônio bruto é ........................... 
 
 
 
 15 
VARIAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
3.1 Ingressos de Recursos Patrimoniais e do Resultado 
Ingressos de Recursos Patrimoniais independem da atividade principal da entidade contábil para serem 
recebidos. Existem três tipos: 
 O capital dos sócios; 
 Os empréstimos e adiantamentos de clientes (que são dividas); 
 Desinvestimentos (venda de Ativos). 
 
Ingressos do resultado dependem da atividade da entidade contábil ou que tem correlação com ela. 
Podem ser: 
 As receitas oriundas da atividade principal da entidade; 
 As receitas financeiras; e 
 Outros ganhos de capital, receitas de alugueis, indenizações, royalties, etc. 
 
As Receitas são consideradas pela contabilidade como os recursos provenientes da venda de 
mercadorias ou de uma prestação de serviços, porém nem todos são oriundos de vendas ou prestações de 
serviços, como por exemplo: alugueis, rendimentos de uma aplicação financeira, juros e etc. 
 
3.2 Saídas de Recursos Patrimoniais e do Resultado 
Saídas de Recursos Patrimoniais independem da atividade principal da entidade para ocorrerem. São 
elas: 
 Pagamento de dívidas e empréstimos; 
 Realização de investimentos (aquisição de bens, mercadorias e matérias-primas; 
 Pagamento aos sócios (pagamento de dividendos ou devolução de capital). 
 
Saídas de recursos do resultado dependem da atividade da entidade ou que tem correlação com ela. 
Sendo de três tipos: 
 Os custos e as despesas administrativas, comerciais e financeiras; 
 Os tributos (impostos e contribuições); 
 As participações de empregados, diretores e outros no resultado da entidade. 
 
3.2.1 Gastos, despesas, custos, perdas e investimentos 
Existe muita confusão em torno de terminologia na área contábil. Não raro, confunde-se custo com 
despesa. 
 
 16 
O primeiro termo a ser examinado é gasto, por ser o mais genérico, pois ele representa o sacrifício 
financeiro arcado pela entidade para a obtenção de bens e serviços. Normalmente este sacrifício se materializa 
pela entrega de ativos (geralmente dinheiro), ou promessa de entrega destes. 
Fica evidente, pelo conceito acima, que gasto apresenta característica semelhante, podendo ser 
classificado com despesa, custo, perda e investimento. Assim, toda despesa representa gasto, como todo custo 
é gasto, mas a recíproca não é verdadeira. 
Vejamos o conceito de despesa, são gastos desembolsados ou previstos com o fim de gerar receitas ou 
de administrar uma pessoa jurídica. Tradicionalmente as despesas são classificadas em: 
a) despesas com vendas (comissões, fretes, propaganda, material de embalagem, pessoal e despesas 
gerais do departamento de vendas, etc.); 
b) despesas gerais e administrativas (pessoal da administração, comunicação, processamento de dados, 
despesas gerais de administração, etc.); e 
c) despesas financeiras (juros, variações monetárias e cambiais sobre empréstimos e financiamentos, 
líquidos de receitas financeiras). 
Por sua vez, o custo é o valor de bens ou serviços consumidos na produção de outros bens ou serviços. 
Assim, só se reconhece um gasto como custo no momento em que se utilizam os fatores de produção para a 
fabricação de um produto ou de execução de um serviço. São gastos vinculados ao processo de bens ou 
serviços e necessariamente consumidos ou empregados em tal processo produtivo. 
Nas empresas industriais, os custos compreendem a totalidade dos gastos incorridos em todas as fases 
do processo de produção, desde a aquisição da matéria-prima até a montagem e, ou acabamento e embalagem 
do produto final. Em outras palavras, todos os gastos que oneram uma empresa industrial, necessários ao 
esforço de transformação das matérias-primas em produto acabado, constituem custo. Já as empresas 
comerciais, incluirão somente os gastos diretamente relacionados com as mercadorias objeto da compra e 
venda. Todos os demais gastos serão despesas. 
Perda, é o valor do bem ou serviço consumido de forma anormal e involuntária. Distingue-se de custos 
ou despesas pelas suas características de anormalidade. Não representam esforços normais ou derivados, 
voluntariamente, da intenção de se obter receitas. Exemplo: Os ônus financeiros que uma empresa tem de 
suportar durante o período de greve de seus empregados caracteriza-se como perda devido ao caráter anormal 
de tais gastos. Entretanto, se os empregados forem do setor industrial esta perda será tratada como custono 
processo contábil. Mas, se pertencerem ao setor administrativo a perda terá tratamento de despesa. Outros 
exemplos de perdas: bens deteriorados em função de enchentes, queda de raios ou qualquer outro evento 
decorrente da ação da natureza, incêndios, etc. 
Finalmente, vamos ao conceito de Investimento, é o gasto em um bem ou serviço que poderá ser 
ativado para uso e que contribuirá para produzir resultado em mais de um exercício. 
 
 17 
O desembolso é o efetivo pagamento por um bem ou serviço, que pode ser feito antes, durante ou após 
o recebimento deles, gastar não significa desembolsar. 
 
 
Investimentos e Custos são fatos que não aumentam nem diminuem o Patrimônio Líquido. 
Perdas e Despesas são fatos que contribuem para a diminuição do Patrimônio Líquido. 
Receitas são os recursos provenientes da venda de mercadorias ou de uma prestação de serviços, 
porém nem todos são oriundos de vendas ou prestações de serviços, como por exemplo: alugueis, 
rendimentos de uma aplicação financeira, juros e etc. 
 
3.3 Resultado 
Ao final de um determinado período de tempo torna-se necessário para a administração da entidade, 
seus investidores, clientes, fornecedores e financiadores e ainda para as autoridades governamentais, que o 
resultado econômico da gestão da riqueza patrimonial seja apurado. 
Por isso, a gestão administrativa das entidades é dividida em períodos, aos quais damos o nome de 
Exercício Social. É o intervalo de tempo no fim do qual se deve apurar o resultado econômico correspondente. 
Em outras palavras, é o lapso de tempo em que as receitas, custos e despesas são acumulados para, em 
seu final, serem acumulados apurando-se o resultado. 
Resultado é a diferença entre os custos, despesas e as receitas de um determinado período. A entidade 
pode realizar os seguintes resultados: 
 
Resultados Confrontos 
Lucro............... 
Prejuízos.......... 
Situação nula... 
Receitas > Despesas 
Receitas < Despesas 
Receitas = Despesas 
Efeitos do resultado no patrimônio 
Lucro líquido Aumenta o PL 
Prejuízo Líquido Diminui o PL 
 
3.4 Regimes de contabilização de receitas e despesas 
Existem dois critérios para considerar a existência de uma receita e uma despesa. Caixa e competência. 
O Regime de Caixa reconhece receitas e rendimentos ganhos no período no momento do recebimento. 
E reconhece as despesas no momento do desembolso. 
 No Regime de Competência reconhece receitas e rendimentos ganhos no período, quando uma 
 
 18 
mercadoria ou produto ou serviço são prestados, independentemente de terem sido pagas e as despesas, como 
incorridas para fins de registro, quando concretizadas, independentemente de terem sido pagas. 
Apure o lucro do período pelo Regime de Caixa e de Competência da Cia. Alegria. 
 
Receita do período 100.000 
Recebimento de duplicatas 80.000 
Despesa consumida 40.000 
Pagamento de despesa 30.000 
Empréstimo recebido 50.000 
 
Regime de caixa: 
Resultado $ 
Recebimento de duplicatas 80.000 
Empréstimo recebido 50.000 
(-) Pagamento de despesa (30.000) 
= Lucro 100.000 
 
Regime de competência: 
Resultado $ 
Receita do período 100.000 
Despesa consumida (40.000) 
= Lucro 60.000 
 
 
EXERCÍCIOS 3 
 
Em relação ao conteúdo abordado em sala, leia as afirmativas abaixo e complete. 
 
1 - O ________________ representa o sacrifício financeiro arcado pela entidade para 
a obtenção de bens e serviços. Normalmente este sacrifício se materializa pela entrega 
de ativos (geralmente dinheiro), ou promessa de entrega destes. 
 
2 – O _________________ apresenta característica semelhante, podendo ser classificado com 
_________________________, ____________________, __________________ e 
_______________________. 
 
3 – A ________________________ são gastos desembolsados ou previstos com o fim de gerar receitas ou de 
administrar uma pessoa jurídica. 
 
 19 
4 - Tradicionalmente as ___________________ são classificadas em: ____________________, 
_________________, ___________________ e outras. 
 
5 – O ______________________ é o valor de bens ou serviços consumidos na produção de outros bens ou 
serviços. 
 
6 - A ___________________ é o valor do bem ou serviço consumido de forma anormal e involuntária. 
 
7 - _____________________ é o gasto em um bem ou serviço que poderá ser ativado para uso e que 
contribuirá para produzir resultado em mais de um exercício. 
 
8 – O ____________________ é o efetivo pagamento por um bem ou serviço, que pode ser feito antes, durante 
ou após o recebimento deles. 
 
9 – Os ______________________ e ___________________ são fatos que não aumentam nem diminuem o 
Patrimônio Líquido. 
 
10 – As _____________________ são os recursos provenientes da venda de mercadorias ou de uma prestação 
de serviços, porém nem todos são oriundos de vendas ou prestações de serviços, como por exemplo: alugueis, 
rendimentos de uma aplicação financeira, juros e etc. 
 
11 – As __________________ e _____________________ são fatos que contribuem para a diminuição do 
Patrimônio Líquido. 
 
12 – O ___________________________ é o intervalo de tempo no fim do qual se deve apurar o resultado 
econômico correspondente. Em outras palavras, é o lapso de tempo em que as receitas, custos e despesas são 
acumulados para, em seu final, apurar o resultado. 
 
13 - Resultado é a diferença entre os __________________, __________________ e as 
____________________ de um determinado período. 
 
14 – O Resultado pode ser um ______________________ ou ______________________________. 
 
15 – O Lucro representa as ___________________ maiores que as _________________________. 
 
 
 20 
16 – O Prejuízo representa as ___________________ maiores que as _________________________. 
 
17 - Apure o lucro do período pelo Regime de Caixa e de Competência da Cia. Saúde. 
Receita do período 200.000 
Recebimento de duplicatas 90.000 
Despesa consumida 50.000 
Pagamento de despesa 40.000 
Empréstimo recebido 60.000 
Pagamento de Empréstimo 10.000 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 21 
CONTAS 
 
As entidades contábeis adotam nomes para representar os elementos patrimoniais e os que provocam 
mutações no Patrimônio Líquido ao longo do tempo. 
As contas poderão ser desdobradas, gerando assim contas sintéticas e analíticas. 
As contas serão divididas em patrimoniais e resultado. As contas patrimoniais (Ativo, Passivo e 
Patrimônio Líquido) refletem a posição estática do patrimônio. E as contas de resultado (Custos, Despesas e 
Receitas) demonstram a dinâmica patrimonial. 
A conta contábil é o nome através do qual representamos os elementos do patrimônio e os que 
provocam variações no Patrimônio Líquido e as de resultados. 
 
4.1 Representação gráfica das contas 
 
Poderão ser representadas em forma de T ou em gráfico. A primeira é chamada de conta em forma de 
T, que se representa assim: 
 
Título da Conta: Caixa 
Débito Crédito 
 
 
A segunda forma de representação gráfica vai a seguir demonstrada: 
 
Título da Conta: Caixa 
DATA HISTÓRICO DÉBITO CREDITO SALDO D/C 
 
 
A finalidade de cada uma das colunas é a seguinte: 
a) Data – para indicar a data da operação; 
b) Débito – para registrar os lançamentos a Débito; 
c) Crédito – para registrar os lançamentos a Crédito; 
d) Saldo – para indicar o saldo da conta, é a diferença entre o total de débitos e o total de créditos 
lançados. O saldo de uma conta poderá ser devedor ou credor; 
e) D/C – para indicar a natureza da conta. 
 
 
 22 
 
4.2 Débito, Crédito e Saldo 
As partes da conta são: o DÉBITO e o CREDITO. 
SALDO é a diferença entre o total de débitos e o total de créditos lançados numa conta. 
 O Saldo pode ser: 
a) DEVEDOR: quando o total de débitos é maior que o total de créditos; 
b) CREDOR: quando o total de débitos é menor que o total de créditos. 
 Quando o total de débitosé igual ao total de créditos, a conta não tem saldo. Diz-se, também, 
que o saldo é nulo. 
 
4.2.1 Mecanismo de debitar e creditar 
Para entendermos facilmente o mecanismo de debitar e creditar uma conta, é importante conhecer 
conceitos de Ativo, Passivo Exigível, Patrimônio Líquido, Despesas e Receitas. 
As contas possuem dois lados; dessa forma, os aumentos podem ser registrados em um lado e as 
diminuições no outro. A natureza da conta é que irá determinar o lado a ser utilizado para os aumentos e o 
lado para as diminuições, como veremos a seguir. 
a) CONTAS DO ATIVO - os elementos que compõem o Ativo figuram o lado esquerdo do 
Balanço e apresentam natureza (saldo) devedora. Com isso, as contas do Ativo aumentam por débitos e 
diminuem por créditos. 
b) CONTAS DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO - Os elementos que compõem o Passivo 
figuram o lado direito do Balanço Patrimonial e apresentam natureza (saldo) credora. Com isso, as contas do 
Passivo aumentam por créditos e diminuem por débitos. 
c) CONTAS DE DESPESAS - as despesas incorridas diminuem o Patrimônio Líquido, com isso 
serão debitadas. As despesas apresentam natureza (saldo) devedora. Uma despesa é, portanto, elemento que 
diminui o resultado (e, consequentemente, o Patrimônio Líquido). 
d) CONTAS DE RECEITAS – as receitas obtidas aumentam o Patrimônio Líquido, com isso 
serão creditadas. As receitas apresentam natureza (saldo) credora. Uma receita é elemento que aumenta o 
resultado (e o Patrimônio Líquido). 
 
4.3 Plano de contas 
É um documento que traz a relação de todas as contas, com seus respectivos códigos, função, 
funcionamento e natureza, objetivando orientar e uniformizar seus registros contábeis. Será dividido em três 
partes: 
a) Elenco de Contas – consiste na relação das contas que serão utilizadas para o registro dos fatos 
administrativos. É formado pelo nome da conta e o seu respectivo código. 
 
 23 
 
b) Manual das Contas – é um quadro explicativo do uso de cada uma das contas relacionadas no Elenco 
de Contas. Esse quadro apresenta: 
a) Função de cada conta – é a razão da existência da conta, isto é, para que serve. 
b) Funcionamento de cada conta – é a descrição de quando a conta será debitada ou creditada. 
c) Natureza do saldo de cada conta – devedora ou credora. 
d) Lançamentos explicativos para o registro de operações especiais – esta parte compõe-se de modelos 
de partidas de Diário, próprios para o registro de fatos que raramente ocorrem na empresa. 
 
 
Regras para a elaboração do Plano de Contas: 
a) Deve ser completo dentro das necessidades de cada empresa. 
b) A classificação das contas deve partir dos grupos mais gerais para os mais específicos; 
c) Os títulos das contas devem indicar com clareza, simplicidade e precisão o que elas vão 
representar, assim como o grupo de contas mais geral a que pertence; 
d) As contas devem ser identificadas por um código; 
e) Deve-se deixar margem para possíveis ampliações; 
f) Deve-se classificar as contas na mesma ordem e no mesmo grupo que irão aparecer nas 
demonstrações contábeis. 
 
4.3.1 Estrutura Contábil dos Elementos Patrimoniais e Resultado 
 
1. Ativo - representa bens, direitos de uma empresa ou entidade. Encontra-se dividido em dois grupos de conta: 
1.1. Ativo Circulante – Bens e Direitos cuja esteja previsto para até 12 meses seguintes ao fechamento do 
balanço. Encontra-se dividido em: 
 
1.1.1. Disponibilidade - essa intitulação, dada pela Lei 6.404, é usada para designar dinheiro em caixa e em 
bancos, bem como valores equivalentes, que representam recursos com livre movimentação para aplicação 
nas operações da entidade e para os quais não haja restrições para uso imediato. (Liquidez imediata) 
Exemplo: Caixa, depósito bancário de liquidez media (Banco Conta Movimento e Aplicações 
Financeiras). 
 
 
 24 
1.1.2. Contas a receber - são valores a receber a receber decorrentes de venda a prazo de mercadorias e 
serviços a clientes, ou oriundos de outras transações, que não representam o objeto principal da entidade, mas 
são normais e inerentes às suas atividades. 
Exemplo: Clientes, Duplicata a Receber, Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosos, 
Promissória a Receber, Títulos a Receber, Clientes - Renegociação de Contas a Receber, Empréstimos a 
receber de terceiros, Adiantamento para Viagens, Impostos a Recuperar. 
 
1.1.3. Estoque - são os bens tangíveis adquiridos ou produzidos, pela entidade com o objetivo de venda ou 
utilização própria no curso normal de suas atividades. 
Exemplo: Mercadorias para Revenda, Produtos Acabados, Produtos em Elaboração, Almoxarifado. 
 
1.1.4. Despesas Antecipadas - representam pagamentos antecipados, cujos benefícios ou prestação de serviço 
à entidade se farão durante o exercício seguinte. 
Exemplo: Prêmios de Seguros a Apropriar (vencer), Assinatura e anuidades a Apropriar. 
 
1.2. Ativo Não Circulante - Compreende os bens e direitos realizáveis após doze meses seguintes à data da 
publicação das demonstrações contábeis, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, 
imobilizado, intangível. 
 
1.2.1 Realizável a Longo Prazo - são contas da mesma natureza das do Ativo Circulante que, tenham sua 
realização, certa ou provável, após o termino do exercício seguinte, o que, normalmente, significa realização 
num prazo superior a um ano a partir do próprio balanço. Representa os bens, direitos e despesas antecipadas 
realizáveis após o término do exercício seguinte. 
 
1.2. 2 Investimento - são as participações permanentes em outras sociedades e os direitos com outras 
sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à 
manutenção da atividade da entidade contábil. 
Exemplo: Participações em Outras Empresas, Imóvel para Aluguel, Obras de Arte. 
 
1.2.3. Imobilizado - são contas representativas de bens e direitos destinados a manutenção das atividades da 
entidade ou exercidas com essa finalidade. 
Exemplo: Imóveis de Uso, Instalações, Máquinas e Equipamentos, Moveis e Utensílios, Veículos, 
Depreciação Acumulada (-), Marcas, Direitos Autorais. 
 
 
 25 
1.2.3 Intangível - Compreende os registros dos direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à 
manutenção da entidade ou exercidos com essa finalidade. 
 
2. Passivo - representa todas as obrigações contraídas pela entidade junto a terceiros. Compreende as 
obrigações existentes da entidade oriundas de eventos passados cuja liquidação se espera que resulte em fluxo 
de saída de recursos que incorporem benefícios econômicos ou serviços em potencial. Encontra-se dividido 
cm: 
 
2.1 Passivo Circulante - são as obrigações cuja exigibilidade se dará até 12 meses seguintes ao fechamento 
do balanço. Podem representar valores fixos ou variáveis, vencidos ou a vencer, em uma data ou em diversas 
datas futuras. Compreende as obrigações conhecidas e estimadas, que atendam a qualquer um dos seguintes 
critérios: tenham prazos estabelecidos ou esperados dentro do ciclo operacional da entidade; sejam mantidos 
primariamente para negociação; tenham prazos estabelecidos ou esperados até o término do exercício 
seguinte. 
Exemplo: Fornecedores, Duplicatas a Pagar, Confins a Recolher, Salários a Pagar, Empréstimos a 
Pagar. 
 
2.2 Passivo Não Circulante - são as obrigações cuja exigibilidade se dará após aos 12 meses seguintes do 
último balanço. Compreende as obrigações conhecidas e estimadas que não atendam a nenhum dos critérios 
para serem classificadas como passivo circulante 
 
2.3 Patrimônio Líquido - a diferença entre o valor do ativo e o do passivo exigível. O patrimônio líquido 
encontra-se dividido cm: Capital Social, Reservas, Lucro ou Prejuízo Acumulado. 
 
3 Despesas - representamos gastos desembolsados ou previstos, que direta ou indiretamente, deverá gerar 
receitas. 
Exemplos: Impostos sobre operações de vendas, Salários de Empregados, Despesas com Depreciação, 
Despesas com Juros, Despesas com Comissões. 
 
4 Receitas - representam os valores que uma sociedade recebe ou tem direito a receber, provenientes das 
operações de vendas de serviços ou da remuneração de capital investido de suas atividades. 
Exemplos: Receitas de Vendas, Receitas de Aluguel, Receitas de Serviços, Juros Ativos, Descontos 
Obtidos. 
 
 
 26 
EXERCÍCIOS 4 
 
1 - As contas de receitas e despesas integram o seguinte sistema de contas: 
a) de compensação; b) de previsão; 
c) patrimonial; d) de resultados. 
 
2 - As contas Fornecedores, Veículos e Clientes, são classificáveis no 
seguinte sistema de contas: 
a) patrimonial; b) de resultado; 
c) de compensação; d) de previsão. 
 
3 - Em contabilidade, conta é: 
a) nome técnico que identifica um ou mais componentes patrimoniais; 
b) nome técnico que identifica um componente do Patrimônio Líquido, uma Despesa ou Receita; 
c) nome técnico que identifica um componente patrimonial (Bem, Direito, Obrigação e Patrimônio Líquido) 
ou um componente de resultado (Despesa ou Receita). 
 
4 – As contas utilizadas pela Contabilidade podem ser classificadas em dois grupos : 
a) Patrimoniais e de Resultado; 
b) Patrimoniais e do Patrimônio Líquido; 
c) Patrimoniais e de Despesas; 
d) Patrimoniais e de Receitas. 
 
5 - As contas patrimoniais: 
a) são as que representam os elementos componentes do Patrimônio, e dividem-se em Despesas e Receitas; 
b) são as que representam os elementos componentes do Resultado, e dividem-se em Ativos e Passivas; 
c) são as que representam os elementos componentes do Patrimônio, e dividem-se em Ativas e Passivas; 
d) são as que representam os elementos componentes do Patrimônio, e dividem-se em Ativas e Passivas. 
 
6 - As contas de Resultados: 
a) são as que representam as variações patrimoniais, e dividem-se em Ativas e Passivas; 
b) são as que representam as variações patrimoniais, e dividem-se em Receitas e Passivas; 
c) são as que representam as variações patrimoniais, e dividem-se em Despesas e Passivo; 
d) são as que representam as variações patrimoniais, e dividem-se em contas de Receitas e Despesas. 
 
 
 27 
7 - Convencionalmente, são de natureza Devedora: 
a) contas do Ativo e do Passivo; 
b) contas do Ativo e de Receitas; 
c) contas do Passivo e de Receitas; 
d) contas de Despesas e de Ativo. 
 
8 - Convencionalmente, são de natureza credora: 
a) Contas do Ativo e do Passivo; 
b) Contas do Passivo e de Despesas; 
c) Contas do Passivo e de Receitas; 
d) Contas de Despesas e de Receitas. 
 
9 - As contas são movimentadas através de : 
a) débitos e créditos nelas lançadas; 
b) compras e vendas efetuadas; 
c) pagamentos de despesas; 
d) aumento do Patrimônio Líquido. 
 
10 - Ao conjunto de contas, diretrizes e normas que disciplinam as tarefas do setor de contabilidade, 
objetivando a uniformização dos registros contábeis, denomina-se: 
a) Contas; 
b) Elenco de Contas; 
c) Plano de Contas; 
d) Manual de Contas. 
 
11 - Elenco de Contas é: 
a) mesmo que Plano de Contas; 
b) uma das partes em que se divide o Plano de Contas, composta por uma relação de contas contendo 
intitulação e código de cada conta; 
c) mesmo que Manual de Contas. 
 
12 - Manual de Contas é: 
a) mesmo que Plano de Contas; 
b) mesmo que Elenco de Contas; 
 
 28 
c) parte do Plano de Contas, que constitui um quadro explicativo contendo a função, o funcionamento e a 
natureza de cada conta. 
 
13 - Código da conta é: 
a) um ou maios algarismo utilizados para identificar a respectiva conta; 
b) mesmo que grau; 
c) um número secreto de conhecimento somente do contabilista; 
d) a inicial de cada conta. 
 
14 - Função da Conta é: 
a) a razão da existência da conta; 
b) a situação em que ela será debitada ou creditada; 
c) mesmo que código da conta; 
d) mesmo que grau da conta. 
 
15 - O funcionamento da conta diz respeito: 
a) ao grau da conta; 
b) ao papel que ela desempenha na Contabilidade; 
c) à origem da conta; 
d) à situação em que ela será debitada ou creditada. 
 
16 - Sobre o plano de contas, não é verdade o seguinte: 
a) é padronizado pelo governo, podendo ser aplicado por qualquer empresa; 
b) compõe-se, no mínimo, de elenco de contas e função e funcionamento das contas; 
c) orienta os registros contábeis de uma empresa, além de permitir sua uniformidade; 
d) na sua elaboração, são levados em consideração o tipo de empresa, o tamanho, o ramo de negócios e outros 
aspectos relevantes; 
e) é um controle interno. 
 
17 - O resultado de uma empresa é determinado pelo confronto entre: 
a) receitas e despesas 
b) pagamentos e recebimentos; 
c) bens e direitos; 
d) obrigações e direitos; 
 
 
 29 
18 – Convencionalmente, são de natureza Devedora: 
a) contas do Ativo e do Passivo; 
b) contas do Ativo e de Receitas; 
c) contas do Passivo e de Receitas; 
d) contas de Despesas e de Ativo. 
 
19 – Convencionalmente, são de natureza credora: 
a) Contas do Ativo e do Passivo; 
b) Contas do Passivo e de Despesas; 
c) Contas do Passivo e de Receitas; 
d) Contas de Despesas e de Receitas. 
 
20 – As contas são movimentadas através de : 
a) débitos e créditos nelas lançadas; 
b) compras e vendas efetuadas; 
c) pagamentos de despesas; 
d) aumento do Patrimônio Líquido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 30 
ESCRITURAÇÃO 
 
A Escrituração Contábil é a técnica contábil utilizada para registro dos fatos administrativos (contábeis) 
ocorridos na entidade. 
O registro do cada fato administrativo chama-se lançamento. Os lançamentos são efetuados nos livros 
contábeis tais como: o Livro Diário, o Livro Razão etc. 
Os elementos essenciais do lançamento são: 
a) local e data do registro; 
b) conta (s) debitada (s); 
c) conta (s) creditada (s); 
d) histórico da operação; 
e) valor da operação; 
A contabilidade usa, para o registro, o método das partidas dobradas, isto é, a cada lançamento de débito 
há um ou mais lançamentos de crédito e vice-versa, de modo que o total dos débitos é sempre igual ao total 
dos créditos. 
 
 
a) Todo lançamento tem nos documentos os elementos de comprovação da ocorrência dos fatos 
contábeis correspondentes; 
b) De posse dos documentos, a próxima etapa é registrar os fatos no Livro Diário; 
c) Registrados os fatos no Livro Diário, transcrevem-se os lançamentos para o Livro Razão; 
d) Em seguida, elabora-se o Balancete de Verificação, para constatar a igualdade entre o total dos 
saldos devedores e o total dos saldos credores; 
e) Constatada a igualdade contábil através do Balancete de Verificação, a contabilidade está em 
condição de gerar as demonstrações contábeis: Balanço Patrimonial, Demonstração do 
Resultado do Exercício, Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração das 
Mutações do Patrimônio Líquido e Demonstração do Fluxo de Caixa. 
 
5.1 Métodos de escrituração 
São métodos adotados para se registrar os atos e os fatos que geram variações patrimoniais em uma 
entidade. 
a) Método das partidas simples – esse método consiste no registro de operações específicas envolvendo o 
controle de um só elemento. 
 
 31 
b) Método das partidas dobradas – atualmente a escrituração contábil das entidades é desenvolvida de 
acordo com esse método, que tem por suporte a seguinte sentença: a cada débito corresponde um a crédito de 
igual valor e vice-versa. 
 
5.2 Processos de escrituração 
Processo é a maneira pela qual se realiza uma operação, segundo determinadas normas. 
Os processos de escrituração se dividem em manual, maquinizado, mecânico e eletrônico. 
O processomaquinizado consiste em registrar as operações contábeis em máquinas datilográficas comuns, 
com carbono dupla face. As folhas datilografadas são copiadas por decalque no Livro Diário. 
O processo Mecanizado ou Mecanográfico consiste na utilização de máquinas especialmente fabricadas 
para registrar lançamentos contábeis. Tais equipamentos conjugam as características de máquinas de escrever 
e calcular, possuindo somadores de saldos para registrar automaticamente os saldos das contas nas folhas de 
Razão. 
O processo Eletrônico utiliza a memória do computador para armazenar todas as informações contábeis 
anteriores, devidamente sistematizadas através das contas próprias. Os novos lançamentos são introduzidos 
pôr digitação e processados pôr máquinas, que poderá, a qualquer tempo, fornecer o saldo e a movimentação 
de cada conta, o Balancete de Verificação, o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do 
Exercício. 
 
5.3 Livros de escrituração 
Os livros contábeis podem ser obrigatórios ou facultativos, conforme a seguir. 
 
5.3.1 Livro Diário 
O livro Diário é exigido pela legislação comercial (decreto-lei 486/1969), na legislação tributária 
(Regulamento do Imposto de Renda-RIR 1999), legislação societária (Lei 6.404/76) e na legislação civil (Lei 
10.406/2002). Dessa forma, todas as empresas, independente do porte ou tipo societário são obrigadas a fazer 
a escrituração contábil seguindo as Normas Brasileiras de Contabilidade, não havendo exceção na legislação. 
 Mas, para merecer fé, deve o Diário atender a determinadas exigências, preenchendo certas formalidades. 
a) Formalidades extrínsecas do Diário: 
- Ser encadernado; 
- Ter suas folhas numeradas sequencial e tipograficamente; 
- Conter termos de abertura e de encerramento devidamente preenchidos e autenticados no órgão 
competente de Registro do Comércio, quando se tratar de empresa civil, no Registro Civil de Pessoas 
Jurídicas ou no Cartório de Registro de Títulos e Documentos. 
 
https://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-contabilidade/
 
 32 
b) Formalidades intrínsecas do Diário: 
- A utilização do idioma nacional e da moeda corrente do País; 
 - Uso da linguagem mercantil; 
- A individualização e clareza dos lançamentos nele feitos; 
- Registro dos fatos em rigorosa ordem cronológica de dia, mês e ano; 
- A inexistência, na escrituração, de intervalos em branco, entrelinhas, borrões, raspaduras, emendas, 
ou transportes para as margens. 
 
A inobservância das formalidades extrínsecas invalida todo o DIÁRIO que passa a fazer prova apenas 
contra o contribuinte. Já a inobservância das formalidades intrínsecas invalida apenas o registro ou registros 
onde ocorrerem. 
 
5.3.2 Livro Razão 
Outro livro indispensável para o registro contábil é o Razão. A escrituração do livro Razão passou a ser 
obrigatória a partir de 1991(Lei 8.218 de 29/08/91). Pode ser um livro ou, o que é mais comum, um conjunto 
de fichas ou folhas numeradas sequencialmente. 
No livro Razão há uma ficha para cada conta e nesta ficha são registrados todos os lançamentos de débito 
e crédito, apurando-se o saldo da conta a cada lançamento. A sua estruturação permite rápida visualização do 
estado de cada componente patrimonial. 
Para fins didáticos são utilizados os Razonetes ou Contas “T” em substituição ao Livro Razão. 
 
 Título 
 Débito Crédito 
 
 
Lembre-se de que as aplicações de recursos são sempre debitadas. As origens dos recursos são sempre 
creditadas. Normalmente as aplicações de recursos são feitas em Bens ou Direitos. Por isso se diz que o Ativo 
representa as Aplicações ou Investimentos de recursos. 
Os recursos podem ser próprios (constituem o Patrimônio Líquido, também chamado de capital próprio) 
ou alheios (constituem o Passivo real, também chamado de capital de terceiros). 
As contas que representam bens e direitos têm sempre saldos devedores, é que devido à sua natureza essas 
contas caracterizam aplicação de recursos. E as contas que representam as obrigações (Passivo Exigível) ou o 
Patrimônio Líquido têm sempre saldos credores, já que por sua natureza tais elementos patrimoniais 
configuram as origens de recursos. 
 
 33 
Finalizando, vamos resumir as principais características do razão: livro obrigatório, sistemático e 
fundamental ao processo contábil. 
 
5.3.3 Livros auxiliares 
São de caráter facultativo. Dentre eles citamos: 
a) Contas correntes; 
b) Caixa; 
c) Registro de vencimento e etc. 
 
5.4 Lançamento 
 Lançamento contábil é a forma como a Contabilidade registra os fatos que afetam (ou que possam vir 
a afetar) o patrimônio da empresa. 
 A estrutura do lançamento tem por alicerce o secular método das "partidas dobradas", segundo o qual 
todo débito corresponde a um crédito de mesmo valor, ou seja: em todo lançamento contábil são utilizadas no 
mínimo duas contas - uma para débito, outra para crédito do mesmo valor. 
 
5.5 Fórmulas de lançamentos contábeis 
As fórmulas de lançamentos são dependentes dos registros contábeis e possuem os seguintes elementos 
básicos: 
a) O pressuposto para a leitura de qualquer lançamento é a ocorrência de um fato ou ato contábil; 
b) Todo fato ou ato contábil deve ser sempre suportado por um documento hábil; 
c) Com base no documento que comprova a operação é feita a classificação, ou seja, identifica-se que 
conta será debitada, que conta será creditada, qual o histórico adequado. É importante notar que, na 
classificação, é fundamental o uso dos títulos contábeis contidos no plano de contas da entidade; 
d) Após a correta classificação, a partida é lançada no livro diário, sendo em seguida transposta para o 
razão e demais livros pertinentes. 
Os lançamentos podem ser de quatro fórmulas: 
 a) Primeira fórmula – para registrar fatos administrativos que envolvem uma conta debitada e uma conta 
creditada. Exemplo: 
Fato: Compra de um automóvel para uso, à vista (pago com cheque), conforme nota fiscal n. 200, da 
Concessionária ABC LTDA, no valor de R$20.000,00. 
Partidas de diário: 
 D – Veículos 20.000 
 C – Banco Conta Movimento 20.000 
 
 
 34 
 b) Segunda fórmula – para registrar Fatos Administrativos que envolvem uma conta debitada e mais de 
uma conta creditada. Exemplo: 
Fato: Compra de um automóvel por R$20.000, sendo 50 % à vista (pago com cheque) e o restante para 
pagamento 60 dias depois, representado por uma nota promissória. 
Partidas de diário: 
 D – Veículos 20.000 
 C – Banco Conta Movimento 10.000 
 C – Promissórias a Pagar 10.000 
 
c) Terceira fórmula – para registro de Fatos que apresentam mais de uma conta debitada e uma só conta 
creditada. 
Fato: Pagamento de duplicata a fornecedor, no valor de R$200,00, sendo R$180,00 o principal e R$20,00 
de juros. O pagamento foi feito em espécie. 
Partidas de diário: 
 D – Duplicatas a Pagar 180 
 D – Juros Passivos 20 
 C – Caixa 200 
 
 d) Quarta fórmula – para o registro de Fatos que apresentam mais de uma conta debitada e mais de uma 
conta creditada. 
Fato: Compra de mercadorias por R$300.000,00, sendo metade á vista (por cheque) e o restante para 
pagamento em 30 dias. A nota fiscal contém um destaque de ICMS recuperável pelo comprador , no valor de 
R$51.000,00 
Partidas de diário: 
 D - Mercadorias para Revenda 249.000 
 D – ICMS a Recuperar 51.000 
 C - Banco Conta Movimento 150.000 
 C - Fornecedores 150.000 
 
5.6 Erros de Escrituração e formas para as correções 
Segundo o que dispõe a legislaçãocomercial, a escrituração do livro Diário não pode conter: Borrões, 
registro entre linhas, rasuras e emendas. 
No entanto, o homem, ao desenvolver suas atividades profissionais, não é infalível e comete alguns 
enganos de escrituração. Esses erros podem aparecer de diversas formas, quais sejam: valor incorrido, borrões 
 
 35 
ou rasuras na escrituração, espaço em branco, duplicidade de valor, classificação de contas trocadas e na 
redação de histórico etc. 
Os erros cometidos devem ser declarados na escrituração, mediante retificação através de Estorno, 
Complementação ou Ressalvas. 
a) Estorno – é utilizado quando ocorre duplicidade de um mesmo registro contábil, lançamento feito de 
forma indevida ou imprópria e erro na conta a ser debitada e creditada (lançamento inverso). 
b) Complementação – é utilizado para complementar um lançamento feito com valor a menor; e 
c) Ressalva – feita por contabilista legalmente habilitado, quando ocorrer borrões, rasuras, registro entre 
linhas ou páginas em branco. 
 
 
No processo de escrituração, podem ocorrer enganos. Se estes forem de histórico e constatados no 
momento do lançamento, o contabilista pode fazer a correção com alguns termos que restabelecem de 
forma adequada o histórico; podem ser “digo”, “ou melhor”, “isto é” etc. No caso de rasuras, borrões, 
emendas ou registro entre linhas o correto é o contabilista efetuar a ressalva na própria folha da 
ocorrência. 
 
5.7 Fatos contábeis e suas variações 
São eventos que provocam alterações nos elementos patrimoniais de uma entidade. Não deve-se confundir 
fato com ato administrativo. O ato administrativo, ao contrário do fato administrativo não produz de imediato, 
qualquer alteração no Patrimônio. Delegar competência a um empregado para que este desempenhe 
determinada tarefa constitui um ato administrativo, pagar-lhe o seu salário, entretanto, define um fato 
administrativo. 
Os Atos Administrativos devem ser contabilizados em Contas de Compensação. Exemplos de Atos 
Administrativos: 
a) Fianças a favor de terceiros – exemplo: quando a entidade, por meio de seu titular ou sócios, assina um 
contrato de locação como fiadora de uma entidade locatária; 
b) Avais a favor de terceiros – exemplo: quando a entidade, por meio de seu titular ou só -cios, assina uma 
Nota Promissória como avalista de outra entidade que pretende obter empréstimo junto a uma instituição 
financeira; 
c) Remessa de títulos para cobrança bancária; 
d) Remessa de títulos ao banco, nos casos de empréstimos mediante caução; 
e) Assinatura de contrato de seguros com companhias seguradoras; 
f) Entrega de bens a terceiros como garantia de dívidas – hipotecas (bens imóveis), penhor (bens móveis); 
 
 36 
g) Assinatura de contrato de compra e venda junto a fornecedores e clientes. 
 
Os Fatos Administrativos são contabilizados em Contas Patrimoniais ou contas de Resultado. Tais eventos 
podem ser: 
a) Fatos permutativos – apenas permutam (trocam) elementos patrimoniais, isto é, envolvem apenas contas 
patrimoniais. Exemplos: 
1. Compra de um veículo à vista. Esta operação apenas troca um Ativo (dinheiro) por outro Ativo (veículo). 
O Patrimônio Líquido não se altera. 
 2. Aquisição de mercadorias a prazo. Ocorre um aumento do Ativo (mercadorias) e do Passivo exigível 
(fornecedores). O Patrimônio Líquido não se altera. 
 
b) Fatos modificativos – são fatos que alteram a composição do Patrimônio Líquido e modificam para mais 
(modificativos - aumentativos) ou para menos (modificativos - diminutivos) a Situação Patrimonial Líquida. 
Exemplos: 
1. Pagamento de uma despesa, à vista. Esta operação provoca uma redução do Ativo (dinheiro), 
acompanhada de uma redução, no mesmo valor, da substância líquida do Patrimônio (despesa). 
 2. Receitas de Serviços – esta operação gera um aumento no Ativo (dinheiro ou direitos a receber) e um 
aumento no Patrimônio Líquido (receita). 
 
c) Fatos mistos - são os que permutam elementos do Patrimônio ao mesmo tempo em que modificam o 
Patrimônio Líquido. Exemplos: 
 1. Venda de um bem com lucro – no Ativo, temos redução pelo valor de custo do bem e aumento pela 
entrada do numerário no valor correspondente à venda. O patrimônio líquido será aumentado pela diferença 
entre o preço de venda e o custo (lucro). 
 2. Venda de um bem com prejuízo – o ativo é reduzido pela saída do bem e aumentado pelo numerário 
recebido. O patrimônio líquido é reduzido pela diferença (prejuízo). 
 
EXERCÍCIOS 5 
 
1 – Convencionalmente, são de natureza Devedora: 
a) Contas do Ativo e do Passivo; 
b) contas do Ativo e de Receitas; 
c) contas do Passivo e de Receitas; 
d) contas de Despesas e de Ativo. 
 
 
 37 
2 – Convencionalmente, são de natureza credora: 
a) Contas do Ativo e do Passivo; 
b) Contas do Passivo e de Despesas; 
c) Contas do Passivo e de Receitas; 
d) Contas de Despesas e de Receitas. 
 
3 – As contas são movimentadas através de: 
a) débitos e créditos nelas lançadas; 
b) compras e vendas efetuadas; 
c) pagamentos de despesas; 
d) aumento do Patrimônio Líquido. 
 
4 - O Método das Partidas Dobradas utiliza, nos lançamentos: 
a) uma fórmula; 
b) duas fórmulas; 
c) três fórmulas; 
d) quatro fórmulas. 
 
5 – Em relação ao conteúdo abordado em sala, leia as afirmativas abaixo e complete. 
a) O registro do cada fato administrativo chama-se ____________________. 
b) Os lançamentos são efetuados nos livros contábeis tais como: __________________ e 
__________________. 
c) A contabilidade usa, para o registro dos fatos e atos administrativos, o método das ___________________ 
dobradas, isto é, a cada lançamento de ________________ há um ou mais lançamentos de ____________ e 
vice-versa, de modo que o total dos ______________ é sempre igual ao total dos ______________. 
d) Os _____________________________ não produz de imediato, qualquer alteração no Patrimônio e devem 
ser contabilizados em Contas de Compensação. 
e) Os ___________________________ são contabilizados em Contas Patrimoniais ou contas de Resultado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 38 
EXERCÍCIO SOCIAL E INTRODUÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS 
 
6.1 Exercício Social 
Nos termos da lei, a duração do exercício social será de um ano, isto é, 12 meses. 
Na constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária para mudar o termo do exercício 
social, a duração poderá, excepcionalmente, ser inferior ou superior a 12 meses. Por exemplo, companhia 
constituída e, 01 de julho que tenha fixado o término do exercício social em 31 de dezembro; o primeiro 
exercício social compreenderá o período de 6 meses a findar no dia 31 de dezembro do ano da constituição da 
companhia. 
Por outro lado, terá duração superior a 12 meses o exercício social da companhia que, por exemplo, 
deliberar a alteração do estatuto para transferir de 30 de abril para 31 de dezembro o termo do exercício. 
Nesse caso, no ano da alteração, o exercício social compreenderá o período de 20 meses, a findar em 31 de 
dezembro desse ano em que houve a alteração. 
 
6.2 Demonstrações Contábeis - Lei 6.404/76 
Por ocasião do encerramento do exercício social, as entidades devem elaborar as seguintes 
demonstrações: 
a) Balanço Patrimonial (BP); 
b) Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); 
c) Demonstração de Lucros ou Prejuízos acumulados (DLPA); 
d) Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC); 
e) Se companhia aberta, Demonstração do Valor Adicionado 
A Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, poderá ser incluída na Demonstração das 
Mutações do Patrimônio Líquido, quando esta última demonstração for elaborada e publicada pela entidade. 
A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois 
milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da Demonstração dos Fluxos de Caixa. 
As companhias fechadas poderão optar por observar as normas sobredemonstrações financeiras 
expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários para as companhias abertas. 
 
6.2.1 Determinações gerais sobre demonstrações contábeis 
Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas e os pequenos saldos poderão ser 
agregados, desde que indicada a sua natureza e desde que não ultrapassem a 0,1 (um décimo) do valor do 
respectivo grupo de contas. É vedado a utilização de designações genéricas, como diversas contas ou contas 
correntes. 
 
 39 
As Demonstrações Contábeis registrarão a destinação dos lucros, segundo a proposta dos órgãos da 
administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembleia geral. 
As demonstrações serão complementadas por Notas Explicativas e outros quadros analíticos ou 
demonstrações contábeis necessárias para esclarecimentos da situação patrimonial e do resultado do exercício. 
 
6.2.2 Transcrição das demonstrações no livro diário 
As Demonstrações Financeiras devem ser elaboradas com observância das disposições das leis 
comerciais e fiscais e devem estar transcritas no livro Diário, completando-se com as assinaturas do 
contabilista e do titular ou representante legal da empresa. 
De acordo com a Lei das Sociedades Anônimas, as Demonstrações contábeis de cada período-base 
serão publicadas com a indicação dos valores do período anterior não se estende à referida transcrição dessas 
demonstrações no Livro Diário, muito embora nada impeça que seja efetuada. 
Os processos de reprodução não podem prejudicar a clareza e a precisão da escrituração e da 
transcrição das demonstrações no Livro Diário; caso ocorram falhas, poderão ser ressalvadas mediante 
lavratura de um termo e consequente reprodução dos elementos faltantes. 
As sociedades anônimas deverão publicar suas Demonstrações Contábeis no Órgão Oficial do Estado 
ou da União, ou em outro jornal de grande circulação na localidade onde está situada a sede da companhia. 
As demonstrações devem ser publicadas sempre no mesmo jornal, e qualquer alteração deverá ser previamente 
comunicada aos acionistas. 
Caso as demonstrações publicadas contenham erros significativos ou quando não forem divulgadas 
informações relevantes e/ou suficientes para o seu correto entendimento, a companhia deverá providenciar a 
sua republicação, explicitando as razões que a motivaram e data da primeira publicação. 
 
6.2.3 Parecer dos auditores independentes 
Nas Companhias Abertas, as Demonstrações contábeis devem observar as normas expedidas pela 
CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e deverão ser auditadas por auditores independentes, registrados na 
mesma comissão. 
 
6.3 Introdução ao Balanço Patrimonial 
É a demonstração que tem por objetivo expressar os elementos financeiros e patrimoniais de uma 
entidade, através da apresentação ordenada de suas aplicações de recursos (Ativo) e das origens desses 
recursos (Passivo). 
De acordo com o artigo 178 da Lei 6.404/76, as contas são classificadas nos seguintes grupos, segundo 
os elementos do patrimônio que representam: 
 
 
 40 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO PASSIVO EXÍGIVEL + PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Ativo Circulante 
 Disponível 
 Direitos a Receber 
 Estoques 
 Despesas Antecipadas 
 
Ativo Não Circulante 
 Realizável a Longo Prazo 
 Investimento 
 Imobilizado 
 Intangível 
Passivo Circulante 
 
Passivo Não Circulante 
 Exigível a Longo Prazo 
 
 
Patrimônio Líquido 
 
 
6.3.1 Ativo 
O artigo 179 da Lei 6.404/76 define o conteúdo dos grupos e subgrupos do ativo. As contas são 
dispostas em ordem decrescente do grau de liquidez, em dois grupos: Ativo Circulante (AC), Ativo Não-
Circulante. 
 
I - Ativo circulante 
Neste grupo serão classificadas as disponibilidades, os bens e direitos realizáveis até o término do 
exercício subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte 
Para fins gerências, costuma-se classificar os direitos a receber com prazo de realização superior a 12 
meses no realizável a longo prazo para depois, na data do balanço, serem transferidos para o Ativo Circulante, 
na hipótese de o prazo remanescente ser inferior a um ano. 
Entretanto, cabe ressaltar que a Lei 6.404/76 não se refere ao lapso temporal de 12 meses como divisor 
entre curto e longo prazo. Tal divisão tem como parâmetro a data de encerramento do exercício seguinte. 
Em vista da definição acima, podemos distinguir quatro tipos básicos de elementos patrimoniais 
integrantes desse grupo: Disponível ou Disponibilidade, Créditos a Receber ou Direitos a Receber, Estoques 
e Despesas Antecipadas. 
a) Disponibilidade - essa intitulação, dada pela Lei 6.404/76, é usada para designar dinheiro em caixa 
e em bancos, bem como valores equivalentes, que representam recursos com livre movimentação para 
aplicação nas operações da empresa e para os quais não haja restrições para uso imediato (liquidez imediata). 
Principais contas das disponibilidades: Caixa, Banco conta movimento, aplicações liquidez imediata e saldos 
em moedas estrangeiras. 
b) Direitos a receber - São valores a receber decorrentes de venda aprazo de mercadorias e serviços a 
clientes, ou oriundos de outras transações, que não representam o objeto principal da entidade, mas são 
normais às suas atividades. Principais contas de diretos a receber: clientes ou duplicatas a receber, provisão 
para devedores duvidosos, duplicatas descontadas, adiantamento a fornecedores de mercadorias e matérias 
primas, impostos a recuperar. 
 
 
 41 
c) Estoques - Compreende as mercadorias destinadas à venda bem como os produtos em fabricação e 
as matérias-primas existentes, na data do balanço, estes dois últimos para entidades industriais. Inclui também 
os estoques de imóveis destinados à venda pelas entidades que se dediquem à atividade imobiliária. Principais 
contas do estoque: Estoque de mercadorias ou Mercadorias para revenda, estoque de material de expediente 
ou material de consumo ou almoxarifado. 
 
d) Despesas antecipadas - representam pagamentos antecipados, cujos benefícios ou prestação de 
serviços à entidade se farão durante o exercício seguinte. Principais contas de despesas antecipadas: Prêmios 
de seguros a vencer ou seguros a vencer. 
 
II – Ativo Não Circulante - é dividido em: Realizável a Longo Prazo, Investimento, Imobilizado e Intangível. 
a) Realizável a Longo Prazo - é composto por contas da mesma natureza das do Ativo Circulante que, 
tenham sua realização, certa ou provável, após o termino do exercício seguinte, o que, normalmente, significa 
realização num prazo superior a um ano a partir do próprio balanço. As principais contas do ativo realizável a 
longo prazo podem ser: Empréstimos a Pessoas Ligadas 
 
b) Investimento 
Compreende as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, 
não classificáveis no ativo circulante ou no ativo realizável a longo prazo, que não constituam negócios usuais 
na exploração do objeto da entidade, tais como: 
- As importâncias aplicadas na aquisição de ações ou títulos de participação societária com a intenção 
de mantê-las em caráter permanente. 
 - As aplicações de recursos em sociedades coligadas e controladas; 
- Os certificados de investimentos (CI), ações ou quotas quando decorrentes de incentivos fiscais 
(FINOR, FINAM, FUNRES); 
- As participações em sociedades por quotas de responsabilidade limitada; 
- As aplicações em imóveis não necessários à manutenção da atividade explorada e não destinados à 
revenda; 
- Florestas destinadas à proteção do solo ou à preservação do meio ambiente, sem que se destinem à 
manutenção da atividade da entidade. 
 
a) Imobilizado 
Compreende os direitos que tenham por objeto bens destinados à manutenção das atividades da 
entidade, ou exercidos com essa finalidade, inclusive

Continue navegando