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1 Material Didático Fundamentos de Contabilidade Tecnólogo em Gestão Pública Professora Bibiani Borges Dias, Ms. 2 SUMÁRIO PLANO DE ENSINO 3 AULA I – INTRODUÇÃO EXERCÍCIO 1 4 7 AULA II - ESTÁTICA PATRIMÔNIAL EXERCÍCIO 2 9 10 AULA III - VARIAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO EXERCÍCIO 3 15 18 AULA IV – CONTAS EXERCÍCIO 4 20 26 AULA V – ESCRITURAÇÃO EXERCÍCIO 5 29 36 AULA VI - EXERCÍCIO SOCIAL E INTRODUÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EXERCÍCIO 6 EXERCÍCIO 7 EXERCÍCIO 8 37 43 50 52 3 Plano de Ensino Identificação Curso Tecnólogo em Gestão Pública Componente Curricular Contabilidade Aplicada ao Setor Público Semestre Quarto Docente Bibiani Borges Dias Carga Horária (H/A) 60 h/a Competências Utilizar as ferramentas contábeis visando o cumprimento das normas legais e estratégia geradora de informações para tomada de decisões no setor público. Bases tecnológicas Fundamentos de Contabilidade. Campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público (CASP). Patrimônio Público. Lei 4.320/64. Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público (MCASP). Procedimentos Contábeis Orçamentários. Procedimentos Contábeis Patrimoniais. Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP). Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público. Noções básicas sobre SIAFI - Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal. Metodologia de ensino O desenvolvimento metodológico da disciplina será realizado por meio de aulas expositivas dialogadas, listas de exercícios, trabalhos (em grupos) e provas (individuais e em dupla) que relacionem a teoria à prática e, que busquem despertar a capacidade investigativa, dando ênfase à reflexão crítica. Recursos didáticos Projetor multimídia, quadro branco e bibliotecas. Avaliação da aprendizagem Os instrumentos/formas de avaliação de aprendizagem terão caráter de continuidade, durante o desenvolvimento do curso, sendo considerados: a assiduidade, a participação nas atividades (classe e extraclasse), o desempenho individual ou grupal e avaliações programadas. Serão 3 (três) instrumentos distintos de avaliações. Bibliografia básica CARVALHO, Deusvaldo. Orçamento e contabilidade pública: teoria e prática. 6.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. KOHAMA, Hélio. Contabilidade pública: teoria e prática. 15. ed. São Paulo: Atlas, 2016. SILVA, Lino Martins da. Contabilidade governamental: um enfoque administrativo da nova contabilidade pública. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2009 Bibliografia Complementar BEZERRA FILHO, João Eudes. Contabilidade aplicada ao setor público: abordagem simples e objetiva. 2a. ed. São Paulo: Atlas, 2015. BEHR, Ariel; BARBOSA, Diogo Duarte. Contabilidade aplicada ao setor público: estudos e práticas. São Paulo: Atlas, 2016. BRASIL. Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Manual de contabilidade aplicada ao setor público. 7. ed. Brasília: STN, 2016. FEIJÓ, Paulo Henrique et al. Contabilidade patrimonial aplicada ao setor público: do Ativo ao Patrimônio Líquido. Brasília: Gestão Pública, 2017. MOTA, Francisco G. Mota. Contabilidade aplicada ao setor público. Aspectos patrimoniais: identificação, reconhecimento, mensuração e evidenciação. Brasília: Gestão Pública, 2015. 4 Professora Bibiani Borges Dias, Ms. INTRODUÇÃO 1.1 Noções gerais da Ciência Contábil 1.1.1 Conceito A Contabilidade é um sistema de informações, cujo método de trabalho consiste em coletar, processar e transmitir dados sobre a situação econômico-financeira de uma entidade, em determinado momento, e a sua evolução em um dado período. É a Ciência que tem por objeto o estudo do patrimônio por meio da utilização de métodos próprios desenvolvidos para coletar, registrar, acumular, resumir e analisar todos os fatos que afetam a situação patrimonial de uma pessoa. Assim registra os fatos contábeis nos livros, controla a entidade a partir das demonstrações Financeiras e orienta os gestores a partir da Análise das Demonstrações Financeiras e da Auditoria em toda a produção de fatos contábeis da entidade. 1.1.2 O objeto e funções O objeto da Contabilidade é o PATRIMÔNIO das entidades. A contabilidade possui duas funções básicas: a) Administrativa: controlar o patrimônio (Balanço Patrimonial). b) Econômica: apurar o resultado (Demonstração do Resultado do Exercício). 1.1.3 Campo de Aplicação O Campo de aplicação é uma AZIENDA. Azienda é uma entidade, com ou sem fim lucrativo, com objetivo social ou econômico, de ordem econômico-administrativa, isto é, que possui patrimônio a controlar. Podem ser classificadas da seguinte maneira: a) Quanto aos fins a que se destinam: Sociais: não visam lucros. Ex.: Associações de classes, sindicatos etc. Econômicos: o Lucro é o principal objetivo. Ex.: Industria, Comércio etc. Econômicos e Sociais: é um misto das anteriores. Ex.: Sociedades de Previdencia, Fundos de Pensão etc. b) Quanto aos seus proprietários: Públicas: a finalidade e atender aos interesses da coletividade. Privadas: a finalidade e atender aos interesses de particulares. 5 a) Pessoa física – é o ser humano (homem ou mulher) considerado como sujeito de direitos e obrigações, seu nascimento legal ocorre através do registro no Cartório Civil de Pessoas Físicas. b) Pessoa jurídica – é a unidade jurídica resultante de um agrupamento humano organizado, estável, objetivando fins de utilidade pública ou privada, inteiramente distinta dos indivíduos que a compõem, capaz de possuir e exercitar direitos e contrair obrigações. O seu nascimento legal ocorre na Junta Comercial (empresa comercial e/ou industrial) e no Cartório Civil de Pessoas Jurídicas, anexo ao Cartório de Títulos e Documentos (empresa civil – prestadora de serviço) 1.1.4 Finalidades e objetivos A Contabilidade tem por fim REGISTRAR os fatos e PRODUZIR informações que possibilitem ao titular do patrimônio, o PLANEJAMENTO e o CONTROLE, de sua ação. a) PLANEJAMENTO – utilização dos dados contábeis como subsídio para planejar, ou seja, decidir entre diversas alternativas que se apresentam, qual curso tomar para atingir com mais eficiência e eficácia o objeto almejado. b) CONTROLE – utilização dos informes contábeis para verificar se o desempenho da entidade se ajusta ao que foi estabelecido no Planejamento. Os objetivos da contabilidade são, em síntese, produzir informações úteis a diversos interessados, que podem ser usuários internos (diretores, administradores, gerentes, acionistas e sócios) e externos (governo, investidores e credores) à entidade. 1.1.5 Usuários da informação contábil A Contabilidade surgiu para auxiliar e dar suporte aos gestores em todos os processos empresariais. Com sua evolução, ela deixa de se preocupar somente com os resultados econômicos e passa a participar do processo de gestão com informações oportunas e objetivas. Assim, a contabilidade coleta dados através de operações desenvolvidas pela empresa, como compra, venda, pagamentos e recebimentos. Após a entrada, os dados são registrados e processados no sistema de informação contábil, utilizando técnicas de escrituração, geram informações em forma de relatórios, que são utilizados pelos usuários externos e internos; cada relatório é processado para atender às necessidades e às particularidades de cada tipo de usuário. Os usuários internos são representados pelos empregados, administradores que o utilizam para análise de ambiente, de mercado, orçamento, indicadores de desempenho e posição patrimonial, econômica e financeira da empresa, agilizando o processo de tomadas de decisões.Os usuários externos são representados pelos investidores, financiadores, fornecedores de bens e serviços de créditos, governo e suas agencias, sindicatos e públicos. 6 1.1.6 Técnicas Contábeis Para atingir sua finalidade, a contabilidade utiliza as seguintes técnicas: a) ESCRITURAÇÃO – consiste no registro em livros contábeis e fiscais, em linguagem própria, com observância dos princípios e convenções geralmente aceitos, de fatos que influem na composição do patrimônio, de acordo com o que determina a Lei n. 6.404/76, no seu art. 177: Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência. b) DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS – técnica consistente na elaboração de Demonstrativos Contábeis, destinados à evidenciação das situações econômico, financeira e patrimonial da entidade. É o art. 176 da Lei n. 6.404/76 que regulamenta as demonstrações exigidas pela legislação comercial (societária): Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: I - Balanço patrimonial; II - Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; III - Demonstração do resultado do exercício; e IV – Demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) V – Se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) § 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior. (...) § 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessárias para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. (...) § 6o A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) Não menos importante é o BALANCETE DE VERIFICAÇÃO, relatório contábil básico e preparatório das Demonstrações Contábeis. c) AUDITORIA – técnica de verificação e avaliação da qualidade e confiabilidade dos registros contábeis e das informações produzidas, realizada por um contador-auditor. d) ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS – técnica que consiste na decomposição dos elementos patrimoniais e do resultado em índices/quocientes, objetivando aferir a situação econômico- financeira da entidade, bem como suas tendências. 1.1.7 Evolução histórica da Contabilidade A história da contabilidade, de acordo com os pesquisadores, se confunde com a história do homem, haja vista que com o aparecimento do homem na face da terra surgiram os controles dos domínios e posses de cada indivíduo ou grupo de indivíduos. http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1 7 Embora tenha a sua origem perdida em tempos remotos, a contabilidade começou a desenvolver no século XIII na Itália e tem a sua primeira divulgação na metade do século XV, com a obra de Frei Luca Pacciolo “Summa de Arithmética Geometria, Proportiono e Proporcionalita”. É um tratado de matemática, mas contém uma seção sobre registros contábeis segundo o MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS. O método das partidas dobradas, evidentemente, teve maior uso e desenvolvimento à medida que o comércio, o crédito e as sociedades cresciam. Apesar de o método italiano ser a base do método atual, convém ressaltar quatro diferenças entre a contabilidade de hoje e a da época de Luca Pacciolo. São elas: a) O sistema contábil anterior visava informar apenas o proprietário; b) No século XVI, os ativos e passivos do proprietário e do negócio se confundiam; c) Não existia a ideia de período contábil nem a de continuidade; d) Inexistia um denominador comum monetário. e) A história da contabilidade se confunde com a evolução social da humanidade, por estar ligada ao surgimento das necessidades de controlar as propriedades e os domínios de posses individuais ou de grupos. EXERCÍCIOS 1 Em relação ao conteúdo abordado em sala, leia as afirmativas abaixo e indicar com “V” se Verdadeiro e com “F” se Falso: 1- Conceitualmente, a Contabilidade pode ser entendida como ciência que tem por objeto o estudo do patrimônio a partir da utilização de métodos especialmente desenvolvidos para coletar, registrar, acumular, resumir e analisar todos os fatos que afetam a situação patrimonial de uma empresa. 2 - De acordo, com a corrente doutrinária hoje dominante, o objeto e o campo de aplicação da contabilidade, respectivamente são o controle dos valores patrimoniais e a administração financeira das empresas. 3 - A mais importante finalidade da contabilidade, modernamente é, a de constituir instrumento essencial nas funções de planejamento e controle para a entidade contábil. 4 - A informação contábil bem utilizada é um poderoso instrumento para tomada de decisão. 5 - O termo entidade compreende pessoas físicas e jurídicas de direito público e privado e grupos econômicos. 6 - Embora as finalidades para as quais se usa a informação contábil possam ser catalogadas, podemos indicá- las como controle e planejamento. 7 - Entre as funções da contabilidade, podemos destacar o controle, a informação e o planejamento. 8 - O Campo de aplicação da contabilidade é uma azienda. 9 - O Campo de aplicação da contabilidade é uma entidade, com ou sem fim lucrativo, com objetivo social ou econômico, de ordem econômico-administrativa, isto é, que possui patrimônio a controlar. 8 10 - Para atingir sua finalidade, a contabilidade utiliza as seguintes técnicas: escrituração, demonstrações contábeis, auditoria e análise das demonstrações contábeis. 11 – A escrituração contábil consiste no registro em livros contábeis e fiscais, em linguagem própria, com observância dos princípios e convenções geralmente aceitos, de fatos que influem na composição do patrimônio. 12 - A escrituração contábil das companhias serão mantidas em registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência. 13 – As demonstrações é uma técnica contábil que consistente na elaboração de Demonstrativos Contábeis, destinados à evidenciação das situações econômico, financeira e patrimonial da entidade. 14 - Ao fim de cada exercício social, com base na escrituração contábil, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: Balanço Patrimonial, Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração dos Fluxos de Caixa e se companhia aberta, Demonstração do Valor Adicionado. 15 - As demonstrações contábeis de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior. 16 - As demonstrações contábeis serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessárias para esclarecimento da situaçãopatrimonial e dos resultados do exercício. 17 - A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da Demonstração dos Fluxos de Caixa. 18 – O Balancete de Verificação é um relatório contábil básico e preparatório das Demonstrações Contábeis. 19 – A auditoria é a técnica de verificação e avaliação da qualidade e confiabilidade dos registros contábeis e das informações produzidas, realizada por um contador-auditor. 20 – A análise das demonstrações contábeis é a técnica que consiste na decomposição dos elementos patrimoniais e do resultado em índices/quocientes, objetivando aferir a situação econômico-financeira da entidade, bem como suas tendências. 9 ESTÁTICA PATRIMÔNIAL 2.1 Patrimônio 2.1.1 Conceito É o conjunto de BENS, DIREITOS e OBRIGAÇÕES vinculado a uma pessoa física ou pessoa jurídica, avaliáveis em moeda. As características básicas são, pois: a) Bens – tudo que pode ser avaliado economicamente e que satisfaça necessidades humanas. Podemos classificar os bens em: Tangíveis, corpóreos, concretos ou materiais – têm existência física. Exemplos: dinheiro, mercadorias em estoque, imóveis, instalações, equipamentos, etc. Intangíveis, incorpóreos, abstratos ou imateriais – não têm existência física. Exemplos: direitos sobre marcas e patentes, direitos autorais, nome comercial, clientela, ações ou quotas do capital de outras empresas, fundo de comércio, etc. b) Direitos – são representados por valores a serem recebidos de terceiros. São a parte da riqueza da entidade que a ela pertence, mas que está em poder de terceiros, logo, não estando disponível para utilização imediata. Exemplos: duplicatas a receber, clientes, contas a receber, aluguéis a receber, dinheiro depositado no banco, aplicações financeiras, etc. c) Obrigações – significa as dívidas, valores a serem pagos a terceiros. Exemplo: salários a pagar, duplicatas a pagar, fornecedores, aluguéis a pagar, contas a pagar, títulos a pagar, impostos a recolher, contribuições a recolher, etc. 2.1.2 Componentes patrimoniais O Patrimônio é dividido em três partes, a saber: Primeira parte – Ativo (A) – representa os Bens e Direitos, constitui o que chamamos de Patrimônio Bruto (o que a pessoa têm independentemente de suas dívidas). O Ativo mostra a Aplicação de Capitais, isto é, em que a entidade contábil aplicou os recursos originados. São recursos postos à disposição da entidade capazes de gerar fluxos de caixa imediatamente ou no futuro, de forma direta ou indireta. Exemplos: dinheiro em caixa ou depositado em banco, duplicatas a receber, terrenos, máquinas e equipamentos, etc. Segunda parte – Passivo (P) – representa todas as obrigações contraídas pela entidade junto a terceiros. O Passivo mostra a Origem de Capitais, isto é, como a entidade contábil conseguiu os recursos que possui. São obrigações presentes, decorrentes de eventos passados, que se espera que resultem em saídas de caixa no futuro Exemplos: salários a pagar, juros a pagar, empréstimos a pagar, impostos a recolher, etc. 10 Terceira parte – Patrimônio Líquido (PL) – é formado pelo valor que os proprietários têm aplicado no negócio. Pode ter diversas origens, entre as quais dinheiro aplicado e lucros retidos pela empresa. Parte diferencial (diferença) entre o Ativo e o Passivo, esta parte, é que vai medir ou avaliar a situação da entidade. 2.1.3 Representação gráfica do patrimônio Normalmente o Patrimônio é assim representado: BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO BENS + DIREITOS PASSIVO + PATRIMÔNIO ÍQUIDO Observe que o total do Ativo é sempre igual ao total do Passivo, logo a equação fundamental da contabilidade é: A = P + PL O Patrimônio Líquido ou Situação Patrimonial Líquida, representa a parte diferencial à direita (Passivo), logo a equação fundamental do patrimônio é: PL / SL = A - P Dependendo dos valores que possam assumir Ativo e Passivo, a Situação patrimonial pode ser: a) Favorável, positiva ou superavitária: quando o Ativo é maior que o Passivo. b) Desfavorável, negativa, deficitária ou passivo a descoberto: quando o Ativo é menor que o Passivo. c) Nula, compensada ou inexistente: Quando o Ativo é igual ao Passivo. a) Quando examinamos o PASSIVO, estamos vendo as fontes de recursos, ou seja, de onde vieram os recursos (próprios e de terceiros). b) Quando olhamos para o ATIVO, temos a visão de como estão aplicados os recursos da entidade (investimentos = Recursos Totais). EXERCÍCIOS 2 1 – Classifique os elementos constantes do quadro a seguir em: Coluna A = Bens ou Direitos ou Obrigações Coluna B = Ativo ou Passivo 11 CONTAS A B Caixa Bancos Conta Movimento Duplicatas a Pagar Máquina de calcular Imóveis Fornecedores Clientes FGTS a Recolher / a Pagar Material de Expediente Veículos Móveis e Utensílios Terrenos Veículos Telefone a Pagar Instalações Salários a Pagar Aplicações Financeiras Impostos a Recolher / a Pagar Duplicatas a Receber Alugueis a Pagar Alugueis a Receber Computadores e Acessórios Juros Bancários a Pagar Ações em Outra Empresa Empréstimo Bancário - 90 d. Prateleira Financiamentos a Pagar Matéria-prima em estoque 2 - Assinale a alternativa incorreta: a) Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações; b) Os bens se dividem em tangíveis e intangíveis; c) As alternativas a e b estão corretas; d) As receitas aumentam o Patrimônio Líquido e as despesas o diminuem; e) Patrimônio é o conjunto de bens e direitos. 3 - Assinale a alternativa incorreta: a) Direitos representam valores a receber, por vendas a prazo; b) Obrigações representam dívidas ou compromissos perante terceiros; c) Resultado é a diferença entre o valor das receitas e o valor das despesas; d) A pessoa física ou natural é o ser humano (o homem ou a mulher), enquanto pessoa jurídica é o ser de existência abstrata que nasce da reunião de duas ou mais pessoas físicas ou jurídicas; 12 e) Todas a s alternativas estão incorretas. 4 - Na maioria das empresas comerciais, o Ativo suplanta o Passivo Exigível. Assim, a representação mais comum do patrimônio de uma empresa comercial assume a forma: a) Passivo Exigível + Ativo = Patrimônio Líquido; b) Ativo + Patrimônio Líquido = Passivo Exigível; c) Ativo = Passivo Exigível + Patrimônio Líquido; d) Ativo Permanente + Ativo Circulante = Passivo Exigível; e) Ativo + Situação Líquida = Passivo Exigível. 5 – Diz-se que a situação líquida é negativa quando o Ativo total é: a) maior que o Passivo Total; b) maior que o Passivo Exigível; c) igual à soma do Passivo Circulante com o Passivo Exigível a Longo Prazo; d) igual ao Passivo Exigível; e) menor que o Passivo Exigível. 6 – Dados: Caixa R$ 34.000,00 Duplicatas a Receber R$ 6.000,00 Estoque de Mercadorias R$ 32.000,00 Móveis e Utensílios R$ 3.000,00 Veículos R$ 25.000,00 Imóveis R$ 50.000,00 Marcas e Patentes R$ 50.000,00 Duplicatas a Pagar R$ 15.000,00 Promissórias a Pagar R$ 100.000,00 Capital Social R$ 80.000,00 Lucros Acumulados R$ 5.000,00 Indique: a) Total do Capital de Terceiros ........................... b) Total do Capital Próprio ..................................... c) Total do Capital Nominal .............................. d) Total do Patrimônio Bruto ............................ 13 e) Total do Patrimônio Líquido .......................... f) A somatória do Ativo ......... e do Passivo ...... 7 - O Patrimônio de uma entidade é composto dos seguintesitens e respectivos valores (R$ mil): ATIVO PASSIVO Caixa 100 Fornecedores 250 Mercadorias 200 Empréstimos 350 Terrenos 700 Capital Social 400 Total 1.000 1.000 O valor do capital de terceiros é: a) R$ 600 mil; b) R$ 350 mil; c) R$ 250 mil; d) R$ 1.000 mil. 8 - O Sr. Juarez Prudente apresenta a seguinte riqueza acumulada até o momento: Dois automóveis importados $ 1.800.000 Um apartamento $ 10.900.000 Uma casa de campo $ 8.000.000 Um título de clube $ 1.200.000 Dinheiro no bolso $ 500.000 Depósitos em vários bancos $ 1.100.000 Ações da Petrobrás $ 900.000 Títulos a receber $ 1.680.000 Salários a receber $ 2.600.000 Aparelhos eletrônicos $ 1.120.000 Calcule a riqueza líquida do Sr. Juarez prudente, sabendo-se que o mesmo possui as seguintes obrigações: Dívida com o Sist. Fin. de Habitação $ 9.600.000 Empréstimos em diversos bancos $ 8.600.000 Títulos a pagar $ 2.800.000 Contas a pagar $ 2.500.000 Financiamento de casa de campo $ 3.800.000 Prestações do título do clube a pagar $ 800.000 Prestações em grandes lojas $ 900.000 9 – Se o Passivo Exigível de uma empresa é de R$ 19.650,00; e o Patrimônio Líquido, R$ 9.850,00, o valor do seu Capital Próprio será de: a) 29.500,00 b) 9.800,00 c) zero d) 9.850,00 e) 19.650,00 14 10 - Se o Passivo Exigível de uma empresa é de R$ 19.650,00; e o Patrimônio Líquido, R$ 9.850,00, o valor do seu Capital de Terceiros será de: a) 29.500,00 b) 9.800,00 c) zero d) 9.850,00 e) 19.650,00 11 - Em determinado Patrimônio, os Bens somam R$ 200,00; as Obrigações, R$ 350,00; e os Direitos, R$ 250,00. Pode-se afirmar que: a) o Patrimônio Bruto soma R$ 550,00; b) o Patrimônio Líquido soma R$ 100,00; c) a Situação Líquida é Compensada; d) há ocorrência de Passivo a Descoberto. 12 - O Patrimônio Líquido da Cia Boas Novas, em determinado momento, está representado (em R$) por: Numerário – 100,00; Bens de Venda – 700,00; Bens de Uso – 500,00; Dívidas para com terceiros – 400,00; Bens de Renda – 100,00; Direitos – 200,00. Seu Patrimônio Líquido é de: a) R$ 1.200,00 b) R$ 1.300,00 c) R$ 1.800,00 d) R$ 2.000,00 13 - Dados do patrimônio da Empresa Aurélio Silva Ltda. Caixa 800 Máquinas e Equipamentos 30.000 Financiamentos a pagar 12.000 Promissórias a pagar 1.200 Duplicatas a receber 8.000 Banco Conta Movimento 4.500 Instalações 600 Móveis e Utensílios 2.500 Fornecedores 9.000 Impostos a Pagar 6.500 Veículos 27.000 Capital Social 50.000 Mercadorias para Revenda 9.000 Lucros Acumulados 5.000 Prejuízos Acumulados 1.300 Mediante os dados acima, responda e justifique suas respostas: a) o somatório do Ativo ........................... e do Passivo Exigível ......................... b) o somatório do capital de terceiros é ......................... e do capital próprio é ........................... c) o somatório do capital nominal é .......................... d) o somatório do passivo exigível é ............................ e do patrimônio líquido é .......................... e) o somatório do patrimônio bruto é ........................... 15 VARIAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 3.1 Ingressos de Recursos Patrimoniais e do Resultado Ingressos de Recursos Patrimoniais independem da atividade principal da entidade contábil para serem recebidos. Existem três tipos: O capital dos sócios; Os empréstimos e adiantamentos de clientes (que são dividas); Desinvestimentos (venda de Ativos). Ingressos do resultado dependem da atividade da entidade contábil ou que tem correlação com ela. Podem ser: As receitas oriundas da atividade principal da entidade; As receitas financeiras; e Outros ganhos de capital, receitas de alugueis, indenizações, royalties, etc. As Receitas são consideradas pela contabilidade como os recursos provenientes da venda de mercadorias ou de uma prestação de serviços, porém nem todos são oriundos de vendas ou prestações de serviços, como por exemplo: alugueis, rendimentos de uma aplicação financeira, juros e etc. 3.2 Saídas de Recursos Patrimoniais e do Resultado Saídas de Recursos Patrimoniais independem da atividade principal da entidade para ocorrerem. São elas: Pagamento de dívidas e empréstimos; Realização de investimentos (aquisição de bens, mercadorias e matérias-primas; Pagamento aos sócios (pagamento de dividendos ou devolução de capital). Saídas de recursos do resultado dependem da atividade da entidade ou que tem correlação com ela. Sendo de três tipos: Os custos e as despesas administrativas, comerciais e financeiras; Os tributos (impostos e contribuições); As participações de empregados, diretores e outros no resultado da entidade. 3.2.1 Gastos, despesas, custos, perdas e investimentos Existe muita confusão em torno de terminologia na área contábil. Não raro, confunde-se custo com despesa. 16 O primeiro termo a ser examinado é gasto, por ser o mais genérico, pois ele representa o sacrifício financeiro arcado pela entidade para a obtenção de bens e serviços. Normalmente este sacrifício se materializa pela entrega de ativos (geralmente dinheiro), ou promessa de entrega destes. Fica evidente, pelo conceito acima, que gasto apresenta característica semelhante, podendo ser classificado com despesa, custo, perda e investimento. Assim, toda despesa representa gasto, como todo custo é gasto, mas a recíproca não é verdadeira. Vejamos o conceito de despesa, são gastos desembolsados ou previstos com o fim de gerar receitas ou de administrar uma pessoa jurídica. Tradicionalmente as despesas são classificadas em: a) despesas com vendas (comissões, fretes, propaganda, material de embalagem, pessoal e despesas gerais do departamento de vendas, etc.); b) despesas gerais e administrativas (pessoal da administração, comunicação, processamento de dados, despesas gerais de administração, etc.); e c) despesas financeiras (juros, variações monetárias e cambiais sobre empréstimos e financiamentos, líquidos de receitas financeiras). Por sua vez, o custo é o valor de bens ou serviços consumidos na produção de outros bens ou serviços. Assim, só se reconhece um gasto como custo no momento em que se utilizam os fatores de produção para a fabricação de um produto ou de execução de um serviço. São gastos vinculados ao processo de bens ou serviços e necessariamente consumidos ou empregados em tal processo produtivo. Nas empresas industriais, os custos compreendem a totalidade dos gastos incorridos em todas as fases do processo de produção, desde a aquisição da matéria-prima até a montagem e, ou acabamento e embalagem do produto final. Em outras palavras, todos os gastos que oneram uma empresa industrial, necessários ao esforço de transformação das matérias-primas em produto acabado, constituem custo. Já as empresas comerciais, incluirão somente os gastos diretamente relacionados com as mercadorias objeto da compra e venda. Todos os demais gastos serão despesas. Perda, é o valor do bem ou serviço consumido de forma anormal e involuntária. Distingue-se de custos ou despesas pelas suas características de anormalidade. Não representam esforços normais ou derivados, voluntariamente, da intenção de se obter receitas. Exemplo: Os ônus financeiros que uma empresa tem de suportar durante o período de greve de seus empregados caracteriza-se como perda devido ao caráter anormal de tais gastos. Entretanto, se os empregados forem do setor industrial esta perda será tratada como custono processo contábil. Mas, se pertencerem ao setor administrativo a perda terá tratamento de despesa. Outros exemplos de perdas: bens deteriorados em função de enchentes, queda de raios ou qualquer outro evento decorrente da ação da natureza, incêndios, etc. Finalmente, vamos ao conceito de Investimento, é o gasto em um bem ou serviço que poderá ser ativado para uso e que contribuirá para produzir resultado em mais de um exercício. 17 O desembolso é o efetivo pagamento por um bem ou serviço, que pode ser feito antes, durante ou após o recebimento deles, gastar não significa desembolsar. Investimentos e Custos são fatos que não aumentam nem diminuem o Patrimônio Líquido. Perdas e Despesas são fatos que contribuem para a diminuição do Patrimônio Líquido. Receitas são os recursos provenientes da venda de mercadorias ou de uma prestação de serviços, porém nem todos são oriundos de vendas ou prestações de serviços, como por exemplo: alugueis, rendimentos de uma aplicação financeira, juros e etc. 3.3 Resultado Ao final de um determinado período de tempo torna-se necessário para a administração da entidade, seus investidores, clientes, fornecedores e financiadores e ainda para as autoridades governamentais, que o resultado econômico da gestão da riqueza patrimonial seja apurado. Por isso, a gestão administrativa das entidades é dividida em períodos, aos quais damos o nome de Exercício Social. É o intervalo de tempo no fim do qual se deve apurar o resultado econômico correspondente. Em outras palavras, é o lapso de tempo em que as receitas, custos e despesas são acumulados para, em seu final, serem acumulados apurando-se o resultado. Resultado é a diferença entre os custos, despesas e as receitas de um determinado período. A entidade pode realizar os seguintes resultados: Resultados Confrontos Lucro............... Prejuízos.......... Situação nula... Receitas > Despesas Receitas < Despesas Receitas = Despesas Efeitos do resultado no patrimônio Lucro líquido Aumenta o PL Prejuízo Líquido Diminui o PL 3.4 Regimes de contabilização de receitas e despesas Existem dois critérios para considerar a existência de uma receita e uma despesa. Caixa e competência. O Regime de Caixa reconhece receitas e rendimentos ganhos no período no momento do recebimento. E reconhece as despesas no momento do desembolso. No Regime de Competência reconhece receitas e rendimentos ganhos no período, quando uma 18 mercadoria ou produto ou serviço são prestados, independentemente de terem sido pagas e as despesas, como incorridas para fins de registro, quando concretizadas, independentemente de terem sido pagas. Apure o lucro do período pelo Regime de Caixa e de Competência da Cia. Alegria. Receita do período 100.000 Recebimento de duplicatas 80.000 Despesa consumida 40.000 Pagamento de despesa 30.000 Empréstimo recebido 50.000 Regime de caixa: Resultado $ Recebimento de duplicatas 80.000 Empréstimo recebido 50.000 (-) Pagamento de despesa (30.000) = Lucro 100.000 Regime de competência: Resultado $ Receita do período 100.000 Despesa consumida (40.000) = Lucro 60.000 EXERCÍCIOS 3 Em relação ao conteúdo abordado em sala, leia as afirmativas abaixo e complete. 1 - O ________________ representa o sacrifício financeiro arcado pela entidade para a obtenção de bens e serviços. Normalmente este sacrifício se materializa pela entrega de ativos (geralmente dinheiro), ou promessa de entrega destes. 2 – O _________________ apresenta característica semelhante, podendo ser classificado com _________________________, ____________________, __________________ e _______________________. 3 – A ________________________ são gastos desembolsados ou previstos com o fim de gerar receitas ou de administrar uma pessoa jurídica. 19 4 - Tradicionalmente as ___________________ são classificadas em: ____________________, _________________, ___________________ e outras. 5 – O ______________________ é o valor de bens ou serviços consumidos na produção de outros bens ou serviços. 6 - A ___________________ é o valor do bem ou serviço consumido de forma anormal e involuntária. 7 - _____________________ é o gasto em um bem ou serviço que poderá ser ativado para uso e que contribuirá para produzir resultado em mais de um exercício. 8 – O ____________________ é o efetivo pagamento por um bem ou serviço, que pode ser feito antes, durante ou após o recebimento deles. 9 – Os ______________________ e ___________________ são fatos que não aumentam nem diminuem o Patrimônio Líquido. 10 – As _____________________ são os recursos provenientes da venda de mercadorias ou de uma prestação de serviços, porém nem todos são oriundos de vendas ou prestações de serviços, como por exemplo: alugueis, rendimentos de uma aplicação financeira, juros e etc. 11 – As __________________ e _____________________ são fatos que contribuem para a diminuição do Patrimônio Líquido. 12 – O ___________________________ é o intervalo de tempo no fim do qual se deve apurar o resultado econômico correspondente. Em outras palavras, é o lapso de tempo em que as receitas, custos e despesas são acumulados para, em seu final, apurar o resultado. 13 - Resultado é a diferença entre os __________________, __________________ e as ____________________ de um determinado período. 14 – O Resultado pode ser um ______________________ ou ______________________________. 15 – O Lucro representa as ___________________ maiores que as _________________________. 20 16 – O Prejuízo representa as ___________________ maiores que as _________________________. 17 - Apure o lucro do período pelo Regime de Caixa e de Competência da Cia. Saúde. Receita do período 200.000 Recebimento de duplicatas 90.000 Despesa consumida 50.000 Pagamento de despesa 40.000 Empréstimo recebido 60.000 Pagamento de Empréstimo 10.000 21 CONTAS As entidades contábeis adotam nomes para representar os elementos patrimoniais e os que provocam mutações no Patrimônio Líquido ao longo do tempo. As contas poderão ser desdobradas, gerando assim contas sintéticas e analíticas. As contas serão divididas em patrimoniais e resultado. As contas patrimoniais (Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido) refletem a posição estática do patrimônio. E as contas de resultado (Custos, Despesas e Receitas) demonstram a dinâmica patrimonial. A conta contábil é o nome através do qual representamos os elementos do patrimônio e os que provocam variações no Patrimônio Líquido e as de resultados. 4.1 Representação gráfica das contas Poderão ser representadas em forma de T ou em gráfico. A primeira é chamada de conta em forma de T, que se representa assim: Título da Conta: Caixa Débito Crédito A segunda forma de representação gráfica vai a seguir demonstrada: Título da Conta: Caixa DATA HISTÓRICO DÉBITO CREDITO SALDO D/C A finalidade de cada uma das colunas é a seguinte: a) Data – para indicar a data da operação; b) Débito – para registrar os lançamentos a Débito; c) Crédito – para registrar os lançamentos a Crédito; d) Saldo – para indicar o saldo da conta, é a diferença entre o total de débitos e o total de créditos lançados. O saldo de uma conta poderá ser devedor ou credor; e) D/C – para indicar a natureza da conta. 22 4.2 Débito, Crédito e Saldo As partes da conta são: o DÉBITO e o CREDITO. SALDO é a diferença entre o total de débitos e o total de créditos lançados numa conta. O Saldo pode ser: a) DEVEDOR: quando o total de débitos é maior que o total de créditos; b) CREDOR: quando o total de débitos é menor que o total de créditos. Quando o total de débitosé igual ao total de créditos, a conta não tem saldo. Diz-se, também, que o saldo é nulo. 4.2.1 Mecanismo de debitar e creditar Para entendermos facilmente o mecanismo de debitar e creditar uma conta, é importante conhecer conceitos de Ativo, Passivo Exigível, Patrimônio Líquido, Despesas e Receitas. As contas possuem dois lados; dessa forma, os aumentos podem ser registrados em um lado e as diminuições no outro. A natureza da conta é que irá determinar o lado a ser utilizado para os aumentos e o lado para as diminuições, como veremos a seguir. a) CONTAS DO ATIVO - os elementos que compõem o Ativo figuram o lado esquerdo do Balanço e apresentam natureza (saldo) devedora. Com isso, as contas do Ativo aumentam por débitos e diminuem por créditos. b) CONTAS DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO - Os elementos que compõem o Passivo figuram o lado direito do Balanço Patrimonial e apresentam natureza (saldo) credora. Com isso, as contas do Passivo aumentam por créditos e diminuem por débitos. c) CONTAS DE DESPESAS - as despesas incorridas diminuem o Patrimônio Líquido, com isso serão debitadas. As despesas apresentam natureza (saldo) devedora. Uma despesa é, portanto, elemento que diminui o resultado (e, consequentemente, o Patrimônio Líquido). d) CONTAS DE RECEITAS – as receitas obtidas aumentam o Patrimônio Líquido, com isso serão creditadas. As receitas apresentam natureza (saldo) credora. Uma receita é elemento que aumenta o resultado (e o Patrimônio Líquido). 4.3 Plano de contas É um documento que traz a relação de todas as contas, com seus respectivos códigos, função, funcionamento e natureza, objetivando orientar e uniformizar seus registros contábeis. Será dividido em três partes: a) Elenco de Contas – consiste na relação das contas que serão utilizadas para o registro dos fatos administrativos. É formado pelo nome da conta e o seu respectivo código. 23 b) Manual das Contas – é um quadro explicativo do uso de cada uma das contas relacionadas no Elenco de Contas. Esse quadro apresenta: a) Função de cada conta – é a razão da existência da conta, isto é, para que serve. b) Funcionamento de cada conta – é a descrição de quando a conta será debitada ou creditada. c) Natureza do saldo de cada conta – devedora ou credora. d) Lançamentos explicativos para o registro de operações especiais – esta parte compõe-se de modelos de partidas de Diário, próprios para o registro de fatos que raramente ocorrem na empresa. Regras para a elaboração do Plano de Contas: a) Deve ser completo dentro das necessidades de cada empresa. b) A classificação das contas deve partir dos grupos mais gerais para os mais específicos; c) Os títulos das contas devem indicar com clareza, simplicidade e precisão o que elas vão representar, assim como o grupo de contas mais geral a que pertence; d) As contas devem ser identificadas por um código; e) Deve-se deixar margem para possíveis ampliações; f) Deve-se classificar as contas na mesma ordem e no mesmo grupo que irão aparecer nas demonstrações contábeis. 4.3.1 Estrutura Contábil dos Elementos Patrimoniais e Resultado 1. Ativo - representa bens, direitos de uma empresa ou entidade. Encontra-se dividido em dois grupos de conta: 1.1. Ativo Circulante – Bens e Direitos cuja esteja previsto para até 12 meses seguintes ao fechamento do balanço. Encontra-se dividido em: 1.1.1. Disponibilidade - essa intitulação, dada pela Lei 6.404, é usada para designar dinheiro em caixa e em bancos, bem como valores equivalentes, que representam recursos com livre movimentação para aplicação nas operações da entidade e para os quais não haja restrições para uso imediato. (Liquidez imediata) Exemplo: Caixa, depósito bancário de liquidez media (Banco Conta Movimento e Aplicações Financeiras). 24 1.1.2. Contas a receber - são valores a receber a receber decorrentes de venda a prazo de mercadorias e serviços a clientes, ou oriundos de outras transações, que não representam o objeto principal da entidade, mas são normais e inerentes às suas atividades. Exemplo: Clientes, Duplicata a Receber, Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosos, Promissória a Receber, Títulos a Receber, Clientes - Renegociação de Contas a Receber, Empréstimos a receber de terceiros, Adiantamento para Viagens, Impostos a Recuperar. 1.1.3. Estoque - são os bens tangíveis adquiridos ou produzidos, pela entidade com o objetivo de venda ou utilização própria no curso normal de suas atividades. Exemplo: Mercadorias para Revenda, Produtos Acabados, Produtos em Elaboração, Almoxarifado. 1.1.4. Despesas Antecipadas - representam pagamentos antecipados, cujos benefícios ou prestação de serviço à entidade se farão durante o exercício seguinte. Exemplo: Prêmios de Seguros a Apropriar (vencer), Assinatura e anuidades a Apropriar. 1.2. Ativo Não Circulante - Compreende os bens e direitos realizáveis após doze meses seguintes à data da publicação das demonstrações contábeis, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado, intangível. 1.2.1 Realizável a Longo Prazo - são contas da mesma natureza das do Ativo Circulante que, tenham sua realização, certa ou provável, após o termino do exercício seguinte, o que, normalmente, significa realização num prazo superior a um ano a partir do próprio balanço. Representa os bens, direitos e despesas antecipadas realizáveis após o término do exercício seguinte. 1.2. 2 Investimento - são as participações permanentes em outras sociedades e os direitos com outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da entidade contábil. Exemplo: Participações em Outras Empresas, Imóvel para Aluguel, Obras de Arte. 1.2.3. Imobilizado - são contas representativas de bens e direitos destinados a manutenção das atividades da entidade ou exercidas com essa finalidade. Exemplo: Imóveis de Uso, Instalações, Máquinas e Equipamentos, Moveis e Utensílios, Veículos, Depreciação Acumulada (-), Marcas, Direitos Autorais. 25 1.2.3 Intangível - Compreende os registros dos direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da entidade ou exercidos com essa finalidade. 2. Passivo - representa todas as obrigações contraídas pela entidade junto a terceiros. Compreende as obrigações existentes da entidade oriundas de eventos passados cuja liquidação se espera que resulte em fluxo de saída de recursos que incorporem benefícios econômicos ou serviços em potencial. Encontra-se dividido cm: 2.1 Passivo Circulante - são as obrigações cuja exigibilidade se dará até 12 meses seguintes ao fechamento do balanço. Podem representar valores fixos ou variáveis, vencidos ou a vencer, em uma data ou em diversas datas futuras. Compreende as obrigações conhecidas e estimadas, que atendam a qualquer um dos seguintes critérios: tenham prazos estabelecidos ou esperados dentro do ciclo operacional da entidade; sejam mantidos primariamente para negociação; tenham prazos estabelecidos ou esperados até o término do exercício seguinte. Exemplo: Fornecedores, Duplicatas a Pagar, Confins a Recolher, Salários a Pagar, Empréstimos a Pagar. 2.2 Passivo Não Circulante - são as obrigações cuja exigibilidade se dará após aos 12 meses seguintes do último balanço. Compreende as obrigações conhecidas e estimadas que não atendam a nenhum dos critérios para serem classificadas como passivo circulante 2.3 Patrimônio Líquido - a diferença entre o valor do ativo e o do passivo exigível. O patrimônio líquido encontra-se dividido cm: Capital Social, Reservas, Lucro ou Prejuízo Acumulado. 3 Despesas - representamos gastos desembolsados ou previstos, que direta ou indiretamente, deverá gerar receitas. Exemplos: Impostos sobre operações de vendas, Salários de Empregados, Despesas com Depreciação, Despesas com Juros, Despesas com Comissões. 4 Receitas - representam os valores que uma sociedade recebe ou tem direito a receber, provenientes das operações de vendas de serviços ou da remuneração de capital investido de suas atividades. Exemplos: Receitas de Vendas, Receitas de Aluguel, Receitas de Serviços, Juros Ativos, Descontos Obtidos. 26 EXERCÍCIOS 4 1 - As contas de receitas e despesas integram o seguinte sistema de contas: a) de compensação; b) de previsão; c) patrimonial; d) de resultados. 2 - As contas Fornecedores, Veículos e Clientes, são classificáveis no seguinte sistema de contas: a) patrimonial; b) de resultado; c) de compensação; d) de previsão. 3 - Em contabilidade, conta é: a) nome técnico que identifica um ou mais componentes patrimoniais; b) nome técnico que identifica um componente do Patrimônio Líquido, uma Despesa ou Receita; c) nome técnico que identifica um componente patrimonial (Bem, Direito, Obrigação e Patrimônio Líquido) ou um componente de resultado (Despesa ou Receita). 4 – As contas utilizadas pela Contabilidade podem ser classificadas em dois grupos : a) Patrimoniais e de Resultado; b) Patrimoniais e do Patrimônio Líquido; c) Patrimoniais e de Despesas; d) Patrimoniais e de Receitas. 5 - As contas patrimoniais: a) são as que representam os elementos componentes do Patrimônio, e dividem-se em Despesas e Receitas; b) são as que representam os elementos componentes do Resultado, e dividem-se em Ativos e Passivas; c) são as que representam os elementos componentes do Patrimônio, e dividem-se em Ativas e Passivas; d) são as que representam os elementos componentes do Patrimônio, e dividem-se em Ativas e Passivas. 6 - As contas de Resultados: a) são as que representam as variações patrimoniais, e dividem-se em Ativas e Passivas; b) são as que representam as variações patrimoniais, e dividem-se em Receitas e Passivas; c) são as que representam as variações patrimoniais, e dividem-se em Despesas e Passivo; d) são as que representam as variações patrimoniais, e dividem-se em contas de Receitas e Despesas. 27 7 - Convencionalmente, são de natureza Devedora: a) contas do Ativo e do Passivo; b) contas do Ativo e de Receitas; c) contas do Passivo e de Receitas; d) contas de Despesas e de Ativo. 8 - Convencionalmente, são de natureza credora: a) Contas do Ativo e do Passivo; b) Contas do Passivo e de Despesas; c) Contas do Passivo e de Receitas; d) Contas de Despesas e de Receitas. 9 - As contas são movimentadas através de : a) débitos e créditos nelas lançadas; b) compras e vendas efetuadas; c) pagamentos de despesas; d) aumento do Patrimônio Líquido. 10 - Ao conjunto de contas, diretrizes e normas que disciplinam as tarefas do setor de contabilidade, objetivando a uniformização dos registros contábeis, denomina-se: a) Contas; b) Elenco de Contas; c) Plano de Contas; d) Manual de Contas. 11 - Elenco de Contas é: a) mesmo que Plano de Contas; b) uma das partes em que se divide o Plano de Contas, composta por uma relação de contas contendo intitulação e código de cada conta; c) mesmo que Manual de Contas. 12 - Manual de Contas é: a) mesmo que Plano de Contas; b) mesmo que Elenco de Contas; 28 c) parte do Plano de Contas, que constitui um quadro explicativo contendo a função, o funcionamento e a natureza de cada conta. 13 - Código da conta é: a) um ou maios algarismo utilizados para identificar a respectiva conta; b) mesmo que grau; c) um número secreto de conhecimento somente do contabilista; d) a inicial de cada conta. 14 - Função da Conta é: a) a razão da existência da conta; b) a situação em que ela será debitada ou creditada; c) mesmo que código da conta; d) mesmo que grau da conta. 15 - O funcionamento da conta diz respeito: a) ao grau da conta; b) ao papel que ela desempenha na Contabilidade; c) à origem da conta; d) à situação em que ela será debitada ou creditada. 16 - Sobre o plano de contas, não é verdade o seguinte: a) é padronizado pelo governo, podendo ser aplicado por qualquer empresa; b) compõe-se, no mínimo, de elenco de contas e função e funcionamento das contas; c) orienta os registros contábeis de uma empresa, além de permitir sua uniformidade; d) na sua elaboração, são levados em consideração o tipo de empresa, o tamanho, o ramo de negócios e outros aspectos relevantes; e) é um controle interno. 17 - O resultado de uma empresa é determinado pelo confronto entre: a) receitas e despesas b) pagamentos e recebimentos; c) bens e direitos; d) obrigações e direitos; 29 18 – Convencionalmente, são de natureza Devedora: a) contas do Ativo e do Passivo; b) contas do Ativo e de Receitas; c) contas do Passivo e de Receitas; d) contas de Despesas e de Ativo. 19 – Convencionalmente, são de natureza credora: a) Contas do Ativo e do Passivo; b) Contas do Passivo e de Despesas; c) Contas do Passivo e de Receitas; d) Contas de Despesas e de Receitas. 20 – As contas são movimentadas através de : a) débitos e créditos nelas lançadas; b) compras e vendas efetuadas; c) pagamentos de despesas; d) aumento do Patrimônio Líquido. 30 ESCRITURAÇÃO A Escrituração Contábil é a técnica contábil utilizada para registro dos fatos administrativos (contábeis) ocorridos na entidade. O registro do cada fato administrativo chama-se lançamento. Os lançamentos são efetuados nos livros contábeis tais como: o Livro Diário, o Livro Razão etc. Os elementos essenciais do lançamento são: a) local e data do registro; b) conta (s) debitada (s); c) conta (s) creditada (s); d) histórico da operação; e) valor da operação; A contabilidade usa, para o registro, o método das partidas dobradas, isto é, a cada lançamento de débito há um ou mais lançamentos de crédito e vice-versa, de modo que o total dos débitos é sempre igual ao total dos créditos. a) Todo lançamento tem nos documentos os elementos de comprovação da ocorrência dos fatos contábeis correspondentes; b) De posse dos documentos, a próxima etapa é registrar os fatos no Livro Diário; c) Registrados os fatos no Livro Diário, transcrevem-se os lançamentos para o Livro Razão; d) Em seguida, elabora-se o Balancete de Verificação, para constatar a igualdade entre o total dos saldos devedores e o total dos saldos credores; e) Constatada a igualdade contábil através do Balancete de Verificação, a contabilidade está em condição de gerar as demonstrações contábeis: Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e Demonstração do Fluxo de Caixa. 5.1 Métodos de escrituração São métodos adotados para se registrar os atos e os fatos que geram variações patrimoniais em uma entidade. a) Método das partidas simples – esse método consiste no registro de operações específicas envolvendo o controle de um só elemento. 31 b) Método das partidas dobradas – atualmente a escrituração contábil das entidades é desenvolvida de acordo com esse método, que tem por suporte a seguinte sentença: a cada débito corresponde um a crédito de igual valor e vice-versa. 5.2 Processos de escrituração Processo é a maneira pela qual se realiza uma operação, segundo determinadas normas. Os processos de escrituração se dividem em manual, maquinizado, mecânico e eletrônico. O processomaquinizado consiste em registrar as operações contábeis em máquinas datilográficas comuns, com carbono dupla face. As folhas datilografadas são copiadas por decalque no Livro Diário. O processo Mecanizado ou Mecanográfico consiste na utilização de máquinas especialmente fabricadas para registrar lançamentos contábeis. Tais equipamentos conjugam as características de máquinas de escrever e calcular, possuindo somadores de saldos para registrar automaticamente os saldos das contas nas folhas de Razão. O processo Eletrônico utiliza a memória do computador para armazenar todas as informações contábeis anteriores, devidamente sistematizadas através das contas próprias. Os novos lançamentos são introduzidos pôr digitação e processados pôr máquinas, que poderá, a qualquer tempo, fornecer o saldo e a movimentação de cada conta, o Balancete de Verificação, o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício. 5.3 Livros de escrituração Os livros contábeis podem ser obrigatórios ou facultativos, conforme a seguir. 5.3.1 Livro Diário O livro Diário é exigido pela legislação comercial (decreto-lei 486/1969), na legislação tributária (Regulamento do Imposto de Renda-RIR 1999), legislação societária (Lei 6.404/76) e na legislação civil (Lei 10.406/2002). Dessa forma, todas as empresas, independente do porte ou tipo societário são obrigadas a fazer a escrituração contábil seguindo as Normas Brasileiras de Contabilidade, não havendo exceção na legislação. Mas, para merecer fé, deve o Diário atender a determinadas exigências, preenchendo certas formalidades. a) Formalidades extrínsecas do Diário: - Ser encadernado; - Ter suas folhas numeradas sequencial e tipograficamente; - Conter termos de abertura e de encerramento devidamente preenchidos e autenticados no órgão competente de Registro do Comércio, quando se tratar de empresa civil, no Registro Civil de Pessoas Jurídicas ou no Cartório de Registro de Títulos e Documentos. https://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-contabilidade/ 32 b) Formalidades intrínsecas do Diário: - A utilização do idioma nacional e da moeda corrente do País; - Uso da linguagem mercantil; - A individualização e clareza dos lançamentos nele feitos; - Registro dos fatos em rigorosa ordem cronológica de dia, mês e ano; - A inexistência, na escrituração, de intervalos em branco, entrelinhas, borrões, raspaduras, emendas, ou transportes para as margens. A inobservância das formalidades extrínsecas invalida todo o DIÁRIO que passa a fazer prova apenas contra o contribuinte. Já a inobservância das formalidades intrínsecas invalida apenas o registro ou registros onde ocorrerem. 5.3.2 Livro Razão Outro livro indispensável para o registro contábil é o Razão. A escrituração do livro Razão passou a ser obrigatória a partir de 1991(Lei 8.218 de 29/08/91). Pode ser um livro ou, o que é mais comum, um conjunto de fichas ou folhas numeradas sequencialmente. No livro Razão há uma ficha para cada conta e nesta ficha são registrados todos os lançamentos de débito e crédito, apurando-se o saldo da conta a cada lançamento. A sua estruturação permite rápida visualização do estado de cada componente patrimonial. Para fins didáticos são utilizados os Razonetes ou Contas “T” em substituição ao Livro Razão. Título Débito Crédito Lembre-se de que as aplicações de recursos são sempre debitadas. As origens dos recursos são sempre creditadas. Normalmente as aplicações de recursos são feitas em Bens ou Direitos. Por isso se diz que o Ativo representa as Aplicações ou Investimentos de recursos. Os recursos podem ser próprios (constituem o Patrimônio Líquido, também chamado de capital próprio) ou alheios (constituem o Passivo real, também chamado de capital de terceiros). As contas que representam bens e direitos têm sempre saldos devedores, é que devido à sua natureza essas contas caracterizam aplicação de recursos. E as contas que representam as obrigações (Passivo Exigível) ou o Patrimônio Líquido têm sempre saldos credores, já que por sua natureza tais elementos patrimoniais configuram as origens de recursos. 33 Finalizando, vamos resumir as principais características do razão: livro obrigatório, sistemático e fundamental ao processo contábil. 5.3.3 Livros auxiliares São de caráter facultativo. Dentre eles citamos: a) Contas correntes; b) Caixa; c) Registro de vencimento e etc. 5.4 Lançamento Lançamento contábil é a forma como a Contabilidade registra os fatos que afetam (ou que possam vir a afetar) o patrimônio da empresa. A estrutura do lançamento tem por alicerce o secular método das "partidas dobradas", segundo o qual todo débito corresponde a um crédito de mesmo valor, ou seja: em todo lançamento contábil são utilizadas no mínimo duas contas - uma para débito, outra para crédito do mesmo valor. 5.5 Fórmulas de lançamentos contábeis As fórmulas de lançamentos são dependentes dos registros contábeis e possuem os seguintes elementos básicos: a) O pressuposto para a leitura de qualquer lançamento é a ocorrência de um fato ou ato contábil; b) Todo fato ou ato contábil deve ser sempre suportado por um documento hábil; c) Com base no documento que comprova a operação é feita a classificação, ou seja, identifica-se que conta será debitada, que conta será creditada, qual o histórico adequado. É importante notar que, na classificação, é fundamental o uso dos títulos contábeis contidos no plano de contas da entidade; d) Após a correta classificação, a partida é lançada no livro diário, sendo em seguida transposta para o razão e demais livros pertinentes. Os lançamentos podem ser de quatro fórmulas: a) Primeira fórmula – para registrar fatos administrativos que envolvem uma conta debitada e uma conta creditada. Exemplo: Fato: Compra de um automóvel para uso, à vista (pago com cheque), conforme nota fiscal n. 200, da Concessionária ABC LTDA, no valor de R$20.000,00. Partidas de diário: D – Veículos 20.000 C – Banco Conta Movimento 20.000 34 b) Segunda fórmula – para registrar Fatos Administrativos que envolvem uma conta debitada e mais de uma conta creditada. Exemplo: Fato: Compra de um automóvel por R$20.000, sendo 50 % à vista (pago com cheque) e o restante para pagamento 60 dias depois, representado por uma nota promissória. Partidas de diário: D – Veículos 20.000 C – Banco Conta Movimento 10.000 C – Promissórias a Pagar 10.000 c) Terceira fórmula – para registro de Fatos que apresentam mais de uma conta debitada e uma só conta creditada. Fato: Pagamento de duplicata a fornecedor, no valor de R$200,00, sendo R$180,00 o principal e R$20,00 de juros. O pagamento foi feito em espécie. Partidas de diário: D – Duplicatas a Pagar 180 D – Juros Passivos 20 C – Caixa 200 d) Quarta fórmula – para o registro de Fatos que apresentam mais de uma conta debitada e mais de uma conta creditada. Fato: Compra de mercadorias por R$300.000,00, sendo metade á vista (por cheque) e o restante para pagamento em 30 dias. A nota fiscal contém um destaque de ICMS recuperável pelo comprador , no valor de R$51.000,00 Partidas de diário: D - Mercadorias para Revenda 249.000 D – ICMS a Recuperar 51.000 C - Banco Conta Movimento 150.000 C - Fornecedores 150.000 5.6 Erros de Escrituração e formas para as correções Segundo o que dispõe a legislaçãocomercial, a escrituração do livro Diário não pode conter: Borrões, registro entre linhas, rasuras e emendas. No entanto, o homem, ao desenvolver suas atividades profissionais, não é infalível e comete alguns enganos de escrituração. Esses erros podem aparecer de diversas formas, quais sejam: valor incorrido, borrões 35 ou rasuras na escrituração, espaço em branco, duplicidade de valor, classificação de contas trocadas e na redação de histórico etc. Os erros cometidos devem ser declarados na escrituração, mediante retificação através de Estorno, Complementação ou Ressalvas. a) Estorno – é utilizado quando ocorre duplicidade de um mesmo registro contábil, lançamento feito de forma indevida ou imprópria e erro na conta a ser debitada e creditada (lançamento inverso). b) Complementação – é utilizado para complementar um lançamento feito com valor a menor; e c) Ressalva – feita por contabilista legalmente habilitado, quando ocorrer borrões, rasuras, registro entre linhas ou páginas em branco. No processo de escrituração, podem ocorrer enganos. Se estes forem de histórico e constatados no momento do lançamento, o contabilista pode fazer a correção com alguns termos que restabelecem de forma adequada o histórico; podem ser “digo”, “ou melhor”, “isto é” etc. No caso de rasuras, borrões, emendas ou registro entre linhas o correto é o contabilista efetuar a ressalva na própria folha da ocorrência. 5.7 Fatos contábeis e suas variações São eventos que provocam alterações nos elementos patrimoniais de uma entidade. Não deve-se confundir fato com ato administrativo. O ato administrativo, ao contrário do fato administrativo não produz de imediato, qualquer alteração no Patrimônio. Delegar competência a um empregado para que este desempenhe determinada tarefa constitui um ato administrativo, pagar-lhe o seu salário, entretanto, define um fato administrativo. Os Atos Administrativos devem ser contabilizados em Contas de Compensação. Exemplos de Atos Administrativos: a) Fianças a favor de terceiros – exemplo: quando a entidade, por meio de seu titular ou sócios, assina um contrato de locação como fiadora de uma entidade locatária; b) Avais a favor de terceiros – exemplo: quando a entidade, por meio de seu titular ou só -cios, assina uma Nota Promissória como avalista de outra entidade que pretende obter empréstimo junto a uma instituição financeira; c) Remessa de títulos para cobrança bancária; d) Remessa de títulos ao banco, nos casos de empréstimos mediante caução; e) Assinatura de contrato de seguros com companhias seguradoras; f) Entrega de bens a terceiros como garantia de dívidas – hipotecas (bens imóveis), penhor (bens móveis); 36 g) Assinatura de contrato de compra e venda junto a fornecedores e clientes. Os Fatos Administrativos são contabilizados em Contas Patrimoniais ou contas de Resultado. Tais eventos podem ser: a) Fatos permutativos – apenas permutam (trocam) elementos patrimoniais, isto é, envolvem apenas contas patrimoniais. Exemplos: 1. Compra de um veículo à vista. Esta operação apenas troca um Ativo (dinheiro) por outro Ativo (veículo). O Patrimônio Líquido não se altera. 2. Aquisição de mercadorias a prazo. Ocorre um aumento do Ativo (mercadorias) e do Passivo exigível (fornecedores). O Patrimônio Líquido não se altera. b) Fatos modificativos – são fatos que alteram a composição do Patrimônio Líquido e modificam para mais (modificativos - aumentativos) ou para menos (modificativos - diminutivos) a Situação Patrimonial Líquida. Exemplos: 1. Pagamento de uma despesa, à vista. Esta operação provoca uma redução do Ativo (dinheiro), acompanhada de uma redução, no mesmo valor, da substância líquida do Patrimônio (despesa). 2. Receitas de Serviços – esta operação gera um aumento no Ativo (dinheiro ou direitos a receber) e um aumento no Patrimônio Líquido (receita). c) Fatos mistos - são os que permutam elementos do Patrimônio ao mesmo tempo em que modificam o Patrimônio Líquido. Exemplos: 1. Venda de um bem com lucro – no Ativo, temos redução pelo valor de custo do bem e aumento pela entrada do numerário no valor correspondente à venda. O patrimônio líquido será aumentado pela diferença entre o preço de venda e o custo (lucro). 2. Venda de um bem com prejuízo – o ativo é reduzido pela saída do bem e aumentado pelo numerário recebido. O patrimônio líquido é reduzido pela diferença (prejuízo). EXERCÍCIOS 5 1 – Convencionalmente, são de natureza Devedora: a) Contas do Ativo e do Passivo; b) contas do Ativo e de Receitas; c) contas do Passivo e de Receitas; d) contas de Despesas e de Ativo. 37 2 – Convencionalmente, são de natureza credora: a) Contas do Ativo e do Passivo; b) Contas do Passivo e de Despesas; c) Contas do Passivo e de Receitas; d) Contas de Despesas e de Receitas. 3 – As contas são movimentadas através de: a) débitos e créditos nelas lançadas; b) compras e vendas efetuadas; c) pagamentos de despesas; d) aumento do Patrimônio Líquido. 4 - O Método das Partidas Dobradas utiliza, nos lançamentos: a) uma fórmula; b) duas fórmulas; c) três fórmulas; d) quatro fórmulas. 5 – Em relação ao conteúdo abordado em sala, leia as afirmativas abaixo e complete. a) O registro do cada fato administrativo chama-se ____________________. b) Os lançamentos são efetuados nos livros contábeis tais como: __________________ e __________________. c) A contabilidade usa, para o registro dos fatos e atos administrativos, o método das ___________________ dobradas, isto é, a cada lançamento de ________________ há um ou mais lançamentos de ____________ e vice-versa, de modo que o total dos ______________ é sempre igual ao total dos ______________. d) Os _____________________________ não produz de imediato, qualquer alteração no Patrimônio e devem ser contabilizados em Contas de Compensação. e) Os ___________________________ são contabilizados em Contas Patrimoniais ou contas de Resultado. 38 EXERCÍCIO SOCIAL E INTRODUÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 6.1 Exercício Social Nos termos da lei, a duração do exercício social será de um ano, isto é, 12 meses. Na constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária para mudar o termo do exercício social, a duração poderá, excepcionalmente, ser inferior ou superior a 12 meses. Por exemplo, companhia constituída e, 01 de julho que tenha fixado o término do exercício social em 31 de dezembro; o primeiro exercício social compreenderá o período de 6 meses a findar no dia 31 de dezembro do ano da constituição da companhia. Por outro lado, terá duração superior a 12 meses o exercício social da companhia que, por exemplo, deliberar a alteração do estatuto para transferir de 30 de abril para 31 de dezembro o termo do exercício. Nesse caso, no ano da alteração, o exercício social compreenderá o período de 20 meses, a findar em 31 de dezembro desse ano em que houve a alteração. 6.2 Demonstrações Contábeis - Lei 6.404/76 Por ocasião do encerramento do exercício social, as entidades devem elaborar as seguintes demonstrações: a) Balanço Patrimonial (BP); b) Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); c) Demonstração de Lucros ou Prejuízos acumulados (DLPA); d) Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC); e) Se companhia aberta, Demonstração do Valor Adicionado A Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, poderá ser incluída na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, quando esta última demonstração for elaborada e publicada pela entidade. A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da Demonstração dos Fluxos de Caixa. As companhias fechadas poderão optar por observar as normas sobredemonstrações financeiras expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários para as companhias abertas. 6.2.1 Determinações gerais sobre demonstrações contábeis Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas e os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e desde que não ultrapassem a 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas. É vedado a utilização de designações genéricas, como diversas contas ou contas correntes. 39 As Demonstrações Contábeis registrarão a destinação dos lucros, segundo a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembleia geral. As demonstrações serão complementadas por Notas Explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessárias para esclarecimentos da situação patrimonial e do resultado do exercício. 6.2.2 Transcrição das demonstrações no livro diário As Demonstrações Financeiras devem ser elaboradas com observância das disposições das leis comerciais e fiscais e devem estar transcritas no livro Diário, completando-se com as assinaturas do contabilista e do titular ou representante legal da empresa. De acordo com a Lei das Sociedades Anônimas, as Demonstrações contábeis de cada período-base serão publicadas com a indicação dos valores do período anterior não se estende à referida transcrição dessas demonstrações no Livro Diário, muito embora nada impeça que seja efetuada. Os processos de reprodução não podem prejudicar a clareza e a precisão da escrituração e da transcrição das demonstrações no Livro Diário; caso ocorram falhas, poderão ser ressalvadas mediante lavratura de um termo e consequente reprodução dos elementos faltantes. As sociedades anônimas deverão publicar suas Demonstrações Contábeis no Órgão Oficial do Estado ou da União, ou em outro jornal de grande circulação na localidade onde está situada a sede da companhia. As demonstrações devem ser publicadas sempre no mesmo jornal, e qualquer alteração deverá ser previamente comunicada aos acionistas. Caso as demonstrações publicadas contenham erros significativos ou quando não forem divulgadas informações relevantes e/ou suficientes para o seu correto entendimento, a companhia deverá providenciar a sua republicação, explicitando as razões que a motivaram e data da primeira publicação. 6.2.3 Parecer dos auditores independentes Nas Companhias Abertas, as Demonstrações contábeis devem observar as normas expedidas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e deverão ser auditadas por auditores independentes, registrados na mesma comissão. 6.3 Introdução ao Balanço Patrimonial É a demonstração que tem por objetivo expressar os elementos financeiros e patrimoniais de uma entidade, através da apresentação ordenada de suas aplicações de recursos (Ativo) e das origens desses recursos (Passivo). De acordo com o artigo 178 da Lei 6.404/76, as contas são classificadas nos seguintes grupos, segundo os elementos do patrimônio que representam: 40 BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO EXÍGIVEL + PATRIMÔNIO LÍQUIDO Ativo Circulante Disponível Direitos a Receber Estoques Despesas Antecipadas Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo Investimento Imobilizado Intangível Passivo Circulante Passivo Não Circulante Exigível a Longo Prazo Patrimônio Líquido 6.3.1 Ativo O artigo 179 da Lei 6.404/76 define o conteúdo dos grupos e subgrupos do ativo. As contas são dispostas em ordem decrescente do grau de liquidez, em dois grupos: Ativo Circulante (AC), Ativo Não- Circulante. I - Ativo circulante Neste grupo serão classificadas as disponibilidades, os bens e direitos realizáveis até o término do exercício subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte Para fins gerências, costuma-se classificar os direitos a receber com prazo de realização superior a 12 meses no realizável a longo prazo para depois, na data do balanço, serem transferidos para o Ativo Circulante, na hipótese de o prazo remanescente ser inferior a um ano. Entretanto, cabe ressaltar que a Lei 6.404/76 não se refere ao lapso temporal de 12 meses como divisor entre curto e longo prazo. Tal divisão tem como parâmetro a data de encerramento do exercício seguinte. Em vista da definição acima, podemos distinguir quatro tipos básicos de elementos patrimoniais integrantes desse grupo: Disponível ou Disponibilidade, Créditos a Receber ou Direitos a Receber, Estoques e Despesas Antecipadas. a) Disponibilidade - essa intitulação, dada pela Lei 6.404/76, é usada para designar dinheiro em caixa e em bancos, bem como valores equivalentes, que representam recursos com livre movimentação para aplicação nas operações da empresa e para os quais não haja restrições para uso imediato (liquidez imediata). Principais contas das disponibilidades: Caixa, Banco conta movimento, aplicações liquidez imediata e saldos em moedas estrangeiras. b) Direitos a receber - São valores a receber decorrentes de venda aprazo de mercadorias e serviços a clientes, ou oriundos de outras transações, que não representam o objeto principal da entidade, mas são normais às suas atividades. Principais contas de diretos a receber: clientes ou duplicatas a receber, provisão para devedores duvidosos, duplicatas descontadas, adiantamento a fornecedores de mercadorias e matérias primas, impostos a recuperar. 41 c) Estoques - Compreende as mercadorias destinadas à venda bem como os produtos em fabricação e as matérias-primas existentes, na data do balanço, estes dois últimos para entidades industriais. Inclui também os estoques de imóveis destinados à venda pelas entidades que se dediquem à atividade imobiliária. Principais contas do estoque: Estoque de mercadorias ou Mercadorias para revenda, estoque de material de expediente ou material de consumo ou almoxarifado. d) Despesas antecipadas - representam pagamentos antecipados, cujos benefícios ou prestação de serviços à entidade se farão durante o exercício seguinte. Principais contas de despesas antecipadas: Prêmios de seguros a vencer ou seguros a vencer. II – Ativo Não Circulante - é dividido em: Realizável a Longo Prazo, Investimento, Imobilizado e Intangível. a) Realizável a Longo Prazo - é composto por contas da mesma natureza das do Ativo Circulante que, tenham sua realização, certa ou provável, após o termino do exercício seguinte, o que, normalmente, significa realização num prazo superior a um ano a partir do próprio balanço. As principais contas do ativo realizável a longo prazo podem ser: Empréstimos a Pessoas Ligadas b) Investimento Compreende as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante ou no ativo realizável a longo prazo, que não constituam negócios usuais na exploração do objeto da entidade, tais como: - As importâncias aplicadas na aquisição de ações ou títulos de participação societária com a intenção de mantê-las em caráter permanente. - As aplicações de recursos em sociedades coligadas e controladas; - Os certificados de investimentos (CI), ações ou quotas quando decorrentes de incentivos fiscais (FINOR, FINAM, FUNRES); - As participações em sociedades por quotas de responsabilidade limitada; - As aplicações em imóveis não necessários à manutenção da atividade explorada e não destinados à revenda; - Florestas destinadas à proteção do solo ou à preservação do meio ambiente, sem que se destinem à manutenção da atividade da entidade. a) Imobilizado Compreende os direitos que tenham por objeto bens destinados à manutenção das atividades da entidade, ou exercidos com essa finalidade, inclusive