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Modo de produção
Em economia, é a forma de organização socioeconômica associada a uma determinada etapa de desenvolvimento das forças produtivas e das relações de produção. Reúne as características do trabalho, seja ele artesanal, manufaturado ou industrial. São constituídos pelo objeto sobre o qual se trabalha e por todos os meios de trabalho necessários à produção (instrumentos ou ferramentas, máquinas, oficinas, fábricas, etc.) Existem 7 modos de produção: Primitivo, Asiático, Escravista, Feudal, Capitalista, Socialista e Comunista.
O que é Ortodoxia:
Ortodoxia é a condição de cumprimento absoluto com todas as decisões, preceitos e ideais de certo padrão ou dogma considerado tradicional, de modo rigoroso e rígido.
Para os pensadores ortodoxos, a visão apresentada pela ortodoxia é tida como a única correta, pois seria baseada em princípios metafísicos e científicos.
Significado de Marxismo
O que é Marxismo:
Marxismo é um sistema ideológico que critica radicalmente o capitalismo e proclama a emancipação da humanidade numa sociedade sem classes e igualitária.
As linhas básicas do marxismo foram traçadas entre 1840 e 1850 pelo filósofo social alemão Karl Marx e o revolucionário alemão Friedrich Engels, sendo o sistema mais tarde completado e modificado por eles e por seus discípulos, entre eles, Trotsky, Lenine e Stalin.
No ano de 1848, Karl Marx e Friedrich Engels publicam o Manifesto Comunista, onde fazendo uma análise da própria realidade em que viviam chegaram a algumas conclusões acerca do trabalho, da propriedade, das relações produtivas e principalmente a violenta exploração do proletariado. Neste contexto, Max e Engels propõem a luta pelo fim do capitalismo com a adição imediata do socialismo, onde as massas trabalhadoras possuindo os meios de produção assumiriam o poder político e econômico.
O Marxismo tornou-se um dos movimentos intelectuais e políticos mais influentes da sociedade contemporânea. Ainda em vida, Marx participou da criação da Associação Internacional dos Trabalhadores (1864), conhecida por Primeira Internacional, reunindo trabalhadores de vários países europeus e dos EUA.
O Marxismo ou Socialismo Marxista embora promovesse congressos e cooperação operária, teve curta duração, vindo a dissolver-se em 1876, devido à repressão sofrida e às divergências internas. Apesar disto, novas organizações operárias e partidos políticos se destacaram, entre eles o Partido Social Democrata, fundado na Alemanha por Wilhelm Liebknecht e August Bebel.
Foi na Rússia, que o Socialismo Marxista teve maior repercussão, serviu de inspiração para o Partido Operário Social Democrata Russo e fundamentou a criação do primeiro Estado Socialista, em 1917, dividindo o mundo em Capitalista de um lado e Socialista do outro.
Liberalismo
O liberalismo se constituiu na ideologia predominante na sociedade ocidental no século XIX, que preconizava a libertação do homem de todas as formas de coerção e opressão consideradas injustas, a elevação e utilização do valor da pessoa humana para os benefícios próprios e o da sociedade.
O liberalismo desenvolveu-se como expressão dos ideais da burguesia, que justificava, através dele e da Democracia, sua situação socioeconômica e suas aspirações políticas. Vivia-se o apogeu da sociedade liberal, que via todas as possibilidades de aumentar seus lucros e o proletariado sentia-se fortalecido para lutar por uma vida mais humana, mais justa.
É importante se ter em mente que a definição de "capital" para Karl Marx vai além de um simples objeto, ou seja, é preciso entender que o estudo de Marx é profundo e holístico, pois é feito uma análise do capital de acordo com paradigmas sociais, políticos e econômicos. Mas a grosso modo, pode-se dizer que o capital é um bem que sempre busca mais-valia. Pode-se citar como exemplo a seguinte situação: um imóvel é uma riqueza, porém este mesmo imóvel só pode ser considerado capital quando ele está produzindo algo, ou seja, uma riqueza que está em busca de mais valia e mais capitalização. Se este imóvel é usado apenas como casa de praia para passeio, ele não pode ser considerado 100% como um capital pois a princípio ele não visa produção de mais capital, ele visa suprir um bem estar individual, ou seja, ele é um bem para consumo próprio que não gera mais-valia. O imóvel somente será considerado um capital quando ele for utilizado como estrutura para uma atividade comercial (assim gerando mais-valia) ou quando ele for um objeto de especulação imobiliária. Na especulação imobiliária, o capitalista espera que o imóvel seja valorizado pelo sistema capitalista, após essa valorização ocorrer, o capitalista vende o imóvel e recebe mais-valia por ele.
A Mais Valia de Karl Marx
A mais valia é um conceito da sociologia criado pelo alemão Karl Marx (1818-1883) no século XIX, o qual está relacionado com a força de trabalho, o tempo de realização e o lucro obtido.
Trata-se de um conceito de economia política marxista em que o valor do trabalho e o salário recebido pelo trabalhador denota uma desigualdade.
Ou seja, o esforço do trabalhador não é convertido em valores monetários reais, o que desvaloriza seu trabalho.
Em outros termos, a mais valia significa a diferença entre o valor produzido pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador. É, portanto, a base de exploração do sistema capitalista sobre o trabalhador.
Note que, muitas vezes, o termo é utilizado com sinônimo de “lucro”. Feito essa observação, o lucro do sistema capitalista é gerado pela relação existente entre a mais-valia e o capital variável, ou seja, os salários dos trabalhadores.
Como exemplo, podemos pensar no seguinte: se para suprir as necessidades básicas de vida (moradia, educação, saúde, alimentação, lazer, etc.) o salário de um trabalhador é atingido com o trabalho diário de 5 horas, o sistema capitalista. bem como as leis trabalhistas, lhe impede de trabalhar somente meio período.
Assim, 3 horas a mais por dia (8 horas diárias) ele trabalha para suprir a necessidade de lucro do sistema capitalista, o que resulta na mais valia.
Resumo: Sistema de Mais Valia
O sistema de mais valia proposto por Marx é baseado na exploração do sistema capitalista, donde o trabalho e o produto produzido pelos trabalhadores é transformado em mercadoria com o intuito do lucro. Assim, os trabalhadores acabam recebendo um valor inferior que não condiz com o trabalho realizado.
Por exemplo, você é atendente de uma loja e além disso, você limpa, organiza estoque, carrega material, dentre outras funções. Portanto, ao invés do patrão contratar diversas pessoas e atribuir uma função especifica para cada, ele pratica a mais valia no trabalhador que acaba por fazer todos os serviços.
Esse modelo corrobora a exploração do patrão para com o trabalhador que, na maior parte das vezes, se submete por não ter mais nenhuma alternativa.
Nesse sentido, vale lembrar que o lucro obtido pelo trabalho realizado tem como destino as mãos do patrão. Assim, o trabalhador que realiza, por exemplo, cinco funções (atender, administrar, limpar, contar estoque e pedir mercadoria), não recebe pelas cinco, ou seja, recebe somente por uma delas.
De tal modo, a classe detentora dos meios de produção enriquecesse ao acumular riquezas, as custas da força de trabalho proveniente da classe operária. Esse movimento leva ao aumento das desigualdades sociais.
Tipos de Mais Valia
Há dois tipos de mais valia, a saber:
Mais Valia Absoluta: nesse caso, o operário realiza o trabalho em determinado tempo que, se fosse calculado em valor monetário, resultaria na desigualdade entre o trabalho e o salário. Ou seja, o lucro surge com a intensificação do trabalho pelo aumento de horas na jornada laboral.
Mais Valia Relativa: nesse caso, a mais valia é aplicada através do uso da tecnologia, por exemplo, aumentar o número de máquinas numa fábrica, no entanto, sem aumentar o salário dos trabalhadores. Assim, a produção e o lucro aumentam ao mesmo tempo que os números de trabalhadores e o salário permanecemigual.
Alienação para Marx
No contexto da mais valia, um dos conceitos aprofundados por Marx foi o de alienação, posto que é uma condição do trabalhador que realiza seu trabalho alienadamente, ou seja, como um instrumento de escravização.
Esse processo leva a desumanização do ser humano pois ao invés de se sentir realizado e pleno com sua força de trabalho, é afastado do que produz.
Por exemplo, numa fábrica de roupas de marca, os trabalhadores que produzem a mercadoria não possuem um salário que os permitem usufruir daquele produto. Assim, segundo Marx, o trabalhador é desumanizado por esse processo, se transformando numa máquina.
O que é a Indústria cultural:
Indústria cultural é um termo desenvolvido para denominar o modo de produzir cultura no período industrial capitalista. Ele designa principalmente a situação da arte na sociedade capitalista industrial, marcado por modos de produção que visavam sobretudo o lucro.
Este termo foi criado por Max Horkheimer (1895-1973) e Theodor Adorno (1903-1969), ambos intelectuais da Escola de Frankfurt na Alemanha - instituição interdisciplinar voltada aos estudos nas áreas de filosofia, sociologia, economia e psicologia.
 Ele surgiu na década de 40, no livro “Dialética do Esclarecimento: Fragmentos Filosóficos”, publicado posteriormente em 1947.
O objetivo principal da indústria cultural é o lucro, além da idealização de produtos voltados para o consumo excessivo das massas. Este objetivo também reproduz o real interesse das classes dominantes, tornando-as legítimas e com elevado status social.
Características da Indústria Cultural
A indústria cultural é marcada por características que tem total influência do modo de produção industrial da época.
Como os processos de produção visavam principalmente o lucro, todos os produtos culturais eram pensados para que houvesse um grande consumo por parte das massas.
Esta característica tem influência da teoria marxista que pressupõe que a economia funciona como uma mola impulsionadora da realidade social.
Isso também foi impulsionado com o avanço tecnológico, que conseguia fabricar “ilusões” padronizadas e extraídas do potencial cultural e artístico.
A cultura popular e erudita assumiram características simplificadas e falsificadas para se transformarem em produtos consumíveis.
Entretanto, nem tudo é visto como negativo na indústria cultural. Para Walter Benjamin, este consumo excessivo dos produtos culturais se transforma em uma via de democratização para a arte, pois ele pode levar cultura para um maior número de pessoas.
Indústria Cultural e a Cultura de Massa
Outro ponto que foi amplamente consumido na indústria cultural foram os meios de comunicação de massa, como as ferramentas de propaganda.
Os meios de comunicação e suas ferramentas foram os responsáveis pela crença da “liberdade individual”, onde o sentimento de satisfação pelo consumo é estimulado.
Na maioria das vezes, estes produtos não fornecem o que prometem (alegria, sucesso, juventude, etc). Assim, cria-se a ilusão no consumidor, prendendo-o num ciclo vicioso de conformismo.
O surgimento da sociologia e principais pensadores
O estudo surgiu em meio a Revolução Francesa e a Revolução Industrial e se dedica aos estudos da sociedade, como ela funciona e se comporta.
A sociologia, assim como a antropologia e a ciência política, formam o que chamam de ciências sociais. Esses estudos têm como foco entender os mecanismos na área social.
A antropologia ocupa-se com o estudo da humanidade e suas formas de organização; a ciência política, por sua vez, procura explicações aos fenômenos políticos relacionados ao Estado; enquanto a sociologia se dedica aos estudos da sociedade e como a mesma funciona, se comporta.
No final do século XX, a atenção dos sociólogos estava voltada para questões como a violência e globalização. Mas, para compreender melhor como se estrutura a sociologia é necessário entender como ela surgiu e em que períodos históricos ela se formou.
Surgimento da sociologia
Em contextos diferentes a sociologia se formou e ganhou força. Teve início em uma das grandes revoluções que ocorreu no mundo, a Revolução Francesa, no ano de 1789.
Contudo, ganhou mais adeptos e tornou-se mais importante somente no século XIX, com a Revolução Industrial. Ambos os períodos são marcos da passagem da sociedade tradicional pré-capitalista para a sociedade moderna.
O que resultou em profundas transformações no corpo social. A Revolução Francesa, por exemplo, foi uma luta de classes. Em 1789, a nobreza e o clero detinham privilégios, enquanto os pequenos proprietários eram assolados pela fome e carestia.
Indignadas, as pessoas que constituíam a classe média, conseguiram derrubar o governo absolutista e instaurou o lema “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, slogan que continua atualmente caracterizando a população francesa.
Já a Revolução Industrial foi palco da política mercantilista praticada pela Inglaterra, no sentido de proporcionar o acúmulo do capital. Iniciou-se, portanto, a produção de produtos manufaturados, que para serem produzidos precisava-se de trabalhadores.
Esse movimento alterou muito a sociedade daquela época. Artesões deixaram de ser valorizados e passaram a trabalhar em fábricas por baixos salários e com altas cargas de trabalho. Além destes, mulheres e crianças também eram contratadas e recebiam valores ainda menores que os homens.
E no meio destes movimentos, que mexeram com a estrutura social, familiar e cultural das pessoas daquela época, surge a sociologia, que com o auxílio de grandes pensadores tentou e, ainda tenta, explicar os fenômenos que se constrói e se desconstrói dentro da sociedade.
Principais pensadores da Sociologia
Auguste Comte (1798-1857) é considerado o pai da sociologia. Para este pensador, os fenômenos sociais eram regidos por leis fixas e naturais, assim como as leis da física e da química.
Ainda de acordo com Comte, existe uma doutrina conhecida como Positivismo. Esse fundamento tinha como principal percepção explicar que o conhecimento científico deve ser universal, objetivo e neutro.
Isidore Auguste Marie François Xavier Comte, filósofo e matemático francês, foi o fundador do Positivismo e pai da Sociologia, criou uma nova ciência para estudar a humanidade, chamou-a de física social, em 1828. Em 1839, mudou o termo para Sociologia.
 
Em 1826, começou a elaborar as lições do Curso de Filosofia Positiva.
 
Em 1842, publicou sua grande obra: Curso de Filosofia Positiva, constituída de seis volumes. A partir de 1846, toda sua obra passou a ter um sentido religioso, deixou de ser católico e fundou a Religião da Humanidade, mudando as teorias reacionárias da Igreja da época.
 
Para Comte, a Sociologia procura estudar e compreender a sociedade, para organizá-la e reformá-la depois. Os estudos da sociedade deveriam ser feitos com espírito científico e objetividade.
 
Positivismo é a doutrina criada por Augusto Comte que sugere a observação científica da realidade, cujo conhecimento viabilizaria o estabelecimento de leis universais para o progresso da sociedade e dos indivíduos. Comte acreditava ser possível observar a vida social por meio de um modelo científico, interpretando a história da humanidade, e a partir dessa análise, criar um processo permanente de melhoria e evolução. Para Comte o homem passa por três estágios na vida: estado teológico, estado metafísico e estado positivo – a lei dos três estados.
No estado teológico ou fictício a explicação dos fatos decorre de vontades análogas à nossa (a tempestade, por exemplo, será explicada por um capricho da natureza do dos ventos). Este estado evolui do fetichismo ao politeísmo e posteriormente ao monoteísmo.
 
No estado metafísico (que transcende a natureza física das coisas) o homem projeta espontaneamente sua própria psicologia sobre a natureza.
 
Já no estado positivo, contenta-se em descrever fatos, não procurando muitas explicações. Baseia-se nas leis positivas da natureza que nos permite, quandoum fenômeno é dado, prever o próximo fenômeno e eventualmente agindo sobre o primeiro transformar o segundo.
 
Para Comte, a lei dos três estados não é somente verdadeira para a história da nossa espécie, ela é também para o desenvolvimento de cada indivíduo: A criança dá explicações teológicas ao mundo, o adolescente é metafísico, ao passo que o adulto chega a uma concepção positivista das coisas.
 
O lema da Bandeira Nacional “Ordem e Progresso”, criado por Benjamin Constant, é de inspiração comtista.
Karl Marx
Outro grande pensador e contribuinte para as teorias a cerca da sociologia foi Karl Marx (1818-1883). O filósofo se dedicou a estudar e formular pensamentos sobre as classes sociais, mais-valia, capitalismo e socialismo.
Porém, a maior colaboração de Marx foi para a sociologia do conhecimento, um dos setores específicos da sociologia.
Filósofo e economista alemão, estudou na Universidade de Berlim, interessando-se pelas ideias do filósofo Hegel. Em 1842 assumiu o cargo de redator-chefe do jornal alemão Gazeta Renana, onde tinha uma postura política de um liberal radical. Em Paris conheceu Friedrich Engels, com quem escreveria vários ensaios e livros.
 
Em 1847, redigiu com Engels o Manifesto Comunista, primeiro esboço da teoria revolucionária, que mais tarde seria chamado marxismo. No Manifesto, Marx convoca o proletariado à luta pelo socialismo.
 
Os primeiros socialistas foram chamados por Marx de utópicos porque, apesar de criticarem o capitalismo e promoverem vários modelos de socialismo comunitário, não indicaram com clareza o caminho para a sociedade como um todo. Karl Marx, ao contrário, procurou interpretar o movimento geral da sociedade através do materialismo histórico ou dialético, e realizou a mais profunda análise do capitalismo feita até hoje, sem deixar de indicar caminhos para a ação política.
 
Fundou em 1864, a Associação Internacional dos Trabalhadores, chamada depois de Primeira Internacional dos Trabalhadores com objetivo de organizar a conquista do poder pelo proletariado em todo o mundo. Em 1867, publicou o primeiro volume de sua obra mais importante, O Capital, em que faz uma crítica ao capitalismo e à sociedade burguesa.
 
Marx é o principal idealizador do socialismo e do comunismo revolucionário. O marxismo, conjunto de ideias político-filosóficas, propunha a derrubada da classe dominante, através de uma revolução do proletariado, criticava o capitalismo e seu sistema de livre empresa. Propunha uma sociedade na quais os meios de produção fossem de toda a coletividade.
Friedrich Engels foi um importante filósofo alemão. Nasceu em 28 de novembro de 1820, na cidade alemã de Wuppertal. Morreu em Londres, no dia 5 de agosto de 1895. Junto com o filósofo alemão Karl Marx, criou o marxismo (socialismo científico).
 
Engels era integrante de uma rica família. Em 1842, foi morar na Inglaterra para trabalhar na indústria de tecidos do pai, situada na cidade de Manchester. Ao observar às péssimas condições dos trabalhadores na Inglaterra do século XIX, passou a ter uma visão crítica sobre o capitalismo. Teve contato e identificação com as ideias do socialismo, aproximando-se de Marx. 
 
No ano de 1844, Engels escreveu a obra “A situação da classe trabalhadora na Inglaterra” (publicado em 1845). Nesta obra, Engels analisou o capitalismo, apontando as injustiças sociais às quais eram submetidos os trabalhadores. Em 1844, também escreveu “As Origens da Família, da Propriedade Privada e do Estado”.
 
No ano de 1848, junto com Marx, publicou a obra “O Manifesto Comunista”, onde foram estabelecidas as bases da doutrina comunista. Neste mesmo ano, Engels participou das Revoluções de 1848, na Alemanha, Bélgica e França. Em 1850, retornou para a Inglaterra.
 
Na década de 1850, Engels forneceu apoio financeiro para Marx escrever o primeiro volume da principal obra socialista “O Capital”. Após a morte de Marx (1883), Engels foi o responsável por escrever a continuação do segundo volume desta obra e redigir por completo o terceiro.
 
Em 1878, Engels escreveu o livro "Anti Dühring", em que aponta para a necessidade da criação e implantação do socialismo científico em oposição ao socialismo utópico.
Émile Durkheim
Importante sociólogo, Émile Durkeheim (1858-1917) é considerado um dos fundadores da moderna teoria sociológica. De acordo com o pensador francês, a sociedade deve ser estudada como um todo e não por partes isoladas.
Isto é, os indivíduos são os resultados de forças sociais e, para compreendê-los, é necessário analisá-los dentro do contexto social em que vivem, sem eliminar nenhum aspecto.
Sociólogo francês, lecionou Sociologia e Pedagogia na Sorbonne de Paris. É considerado o fundador da sociologia moderna, foi um dos primeiros a estudar mais profundamente o suicídio, que, segundo ele, é praticado na maioria das vezes em virtude de desilusão do indivíduo com relação ao seu meio social.
 
Para Durkheim, o objeto da sociologia são os fatos sociais, os quais devem ser estudados como coisas. Os fatos sociais consistem em maneiras de agir, de pensar e de sentir exteriores ao indivíduo.
 
A sociedade não é simples soma de indivíduos, e sim sistema formado pela associação, que representa uma realidade específica com seus caracteres próprios. Nada se pode conduzir de coletivo se consciências particulares não existirem, é necessário que as consciências estejam associadas, combinadas de determinada maneira.
 
O sistema sociológico de Durkheim baseia-se em quatro princípios:
 
1. A Sociologia é uma ciência independente das demais Ciências Sociais e da Filosofia.
 
2. A realidade social é formada pelos fenômenos coletivos.
 
3. A causa de cada fato social deve ser procurada entre os fenômenos sociais que o antecedem.
 
4. Todos os fatos sociais são exteriores ao indivíduo, formando uma realidade específica.
 
Segundo Durkheim, o homem é um animal que só se humaniza pela socialização.
Suas principais obras: A divisão do trabalho social (1893), As regras do método sociológico (1894), O suicídio (1897).
Max Weber
Para o pensador Max Weber (1864-1920), antes de entender a ocorrência social, é preciso compreender o fenômeno em si como um fato carregado de sentido.
Isso quer dizer que, se faz necessário alcançar o sentido primordial da ação, seja ele de caráter religioso, político etc. O sociólogo, portanto, deve interpretar os mecanismos que dão sentido às atividades sociais.
Sociólogo alemão foi professor de economia e participou da comissão que redigiu a Constituição da República de Weimar. Weber é considerado um dos mais importantes pensadores modernos, fundou a disciplina chamada Sociologia da Religião.
 
Para Weber, o objeto da Sociologia é o sentido da ação humana individual que deve ser buscado pelo método de compreensão, baseado no estudo da mente humana. Max Weber concebeu a pessoa humana como um ser capaz de agir e que não é passivo frente às forças da natureza. A sociedade para Weber, constitui um sistema de poder, pois as relações cotidianas, de classes, empresarial, por exemplo, se deparam com o fato de que o indivíduo tem condição de impor sua vontade a outros. Weber elabora os fundamentos de uma sociologia compreensiva ou interpretativa.
 
Ao contrário de Durkheim, Weber não pensa que a ordem social tenha que se opor e se distinguir dos indivíduos como uma realidade exterior a eles, mas que as normas sociais se concretizam exatamente quando se manifestam em cada indivíduo sob a forma de motivação. E Weber distingue quatro tipos de ação social que orientam o sujeito:
 
a ação racional com relação a um objetivo, como, por exemplo, a de um engenheiro que constrói uma estrada, onde a racionalidade é medida pelos conhecimentos técnicos do indivíduo visando alcançar uma meta. 
a ação racional com relação a um valor, como um indivíduo que prefere morrer a abandonar determinada atitude, onde o que se busca não é um resultado externo ao sujeito mas a fidelidade a uma convicção.
a ação afetiva, que é aqueladefinida pela reação emocional do sujeito quando submetido a determinadas circunstâncias.
a ação tradicional que é motivada pelos costumes, tradições, hábitos, crenças, quando o indivíduo age movido pela obediência a hábitos fortemente enraizados em sua vida.
 
Weber vê como objetivo primordial da sociologia a captação da relação de sentido da ação humana, ou seja, chegamos a conhecer um fenômeno social quando o compreendemos como fato carregado de sentido que aponta para outros fatos significativos. O sentido, quando se manifesta, dá à ação concreta o seu caráter, quer seja ele político, econômico ou religioso. O objetivo do sociólogo é compreender este processo, desvendando os nexos causais que dão sentido à ação social em determinado contexto.
Principais obras: A ética e o espírito do capitalismo (1905), Economia e sociedade (1922) publicada após sua morte.
UM POUCO MAIS SOBRE MARXISMO, IDEALISMO E MATERIALISMO
O marxismo está intimamente ligado a uma filosofia e a um método. Esse método é o materialismo dialético e torna-se fundamental entendê-lo, não só para refutar as explicações burguesas sobre o mundo que nos cerca, como também para formular ações que conduzam a formas de luta eficazes no sentido da emancipação da classe trabalhadora. Lênin dizia que “sem teoria revolucionária não há prática revolucionária”. Isto significa que, antes de mais nada, é imprescindível associar a teoria à prática. O que é prática? Significa o ato de realizar, de transformar em realidade o que se pensa ou projeta. O que é a teoria? É o conhecimento abstrato daquilo que queremos realizar.
A filosofia surgiu na Grécia por volta do século V antes de nossa era. Filosofia é uma palavra grega que provém da junção de duas palavras: philo (amor ou amizade) e sophia ( saber ou sabedoria). A filosofia foi a forma encontrada pelos gregos para superar as explicações mitológicas sobre o mundo, baseadas em histórias fantásticas ou em crenças mitológicas, pois ainda não haviam as ciências propriamente ditas e o conhecimento da natureza e seus múltiplos fenômenos era muito rudimentar. Através da filosofia busca-se compreender o mundo e a existência dos homens de modo racional e sistemático. Ao contrário das ciências, que focam a sua análise em um determinado campo, especificando o entendimento humano sobre o mundo e a origem de todas as coisas, a filosofia nasceu e continua sendo uma disciplina que busca dar respostas totalizantes acerca da realidade, generalizando e entrelaçando as relações entre as conquistas das ciências naturais e sociais.
O idealismo filosófico é uma doutrina que procura ter por base a explicação do mundo pelas ideias, pelos conceitos ou pelo espírito. É a doutrina que diz ser o pensamento (consciência), a ideia, aquilo que determina o mundo e aquilo que produz e determina a existência do ser, das coisas. As religiões foram as primeiras formas de manifestação do idealismo. Segundo a argumentação idealista, somente concebemos a existência da natureza e das demais coisas graças às nossas sensações, que se manifestam em nosso espírito e não possuem qualquer sentido fora dele. A realidade só existe devido às ideias e conceitos que fazemos dela e que residem em nosso espírito. Sendo assim, se não existíssemos, a realidade também não existiria.
Os argumentos básicos do idealismo são: 
1º) O espírito cria a matéria. 
2º) O mundo não existe fora do nosso pensamento. 
3º) São as nossas ideias que criam as coisas.
O Materialismo. 
Se o idealismo originou-se das formas mais primitivas de conhecimento e da tentativa de explicar o mundo sem bases científicas plenamente desenvolvidas, aliadas à manutenção da ignorância durante séculos, seja por forças culturais seja por forças políticas, com vistas à dominação de classe, o materialismo surge da luta das ciências contra tais formas primitivas de conhecimento e contra o desvirtuamento da verdade pelos grupos dominantes com o propósito de reproduzir o status quo (que significa NO ESTADO DAS COISAS).
O que propõe o materialismo? O materialismo é a concepção filosófica que trata o ser, a realidade material, como o elemento que determina o nosso pensamento, as nossas ideias e a nossa vida. Para o materialista, as respostas para os fenômenos físicos e sociais estão contidas nesses mesmos fenômenos. As ideias e concepções que a nossa mente projeta sobre o mundo estão determinadas pela existência não do pensamento, mas pela existência material dos objetos à nossa volta, e estes incidem sobre nós quando nos relacionamos com eles. Por exemplo, para um idealista, a origem do homem está contida na ideia da criação divina; já para um materialista está contida na teoria do evolucionismo de Charles Darwin, ou seja, da evolução das espécies vivas que se deu ao longo de séculos de coexistência entre estes seres vivos e o meio em que viveram.

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