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Frigorífico Vaca Viúva

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
FERNANDA CRISTINA MOREIRA
MAYRA VILELA
NAYARA DE FARIA
POLIANA DE OLIVEIRA COELHO
“FRIGORÍFICO VACA VIÚVA”
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ALFENAS - MG
2018
 “FRIGORÍFICO VACA VIÚVA”
Trabalho apresentado ao Curso Ciências Contábeis da UNOPAR - Universidade Pitágoras Unopar, 3º Semestre, para a obtenção de média nas disciplina de Direito Empresarial, Métodos Quantitativos, Modelos de Gestão, Responsabilidade Social e Ambiental, Legislação Social e Trabalhista e Seminário Interdisciplinar III.
Professores: João Henrique de Almeida Scaff, Marcelo Silva de Jesus, Henry Tetsuji Nonaka, Luisa Maria Sarabia Cavenagui, Natalia Branco Lopes Krawzcun e Andre Juliano Machado. 
ALFENAS - MG
2018
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO....................................................................................................04 
2	DESENVOLVIMENTO........................................................................................05 
2.1 DIREITO EMPRESARIAL....................................................................................05
2.2 METODOS QUANTITATIVOS.............................................................................08
2.3 MODELOS DE GESTÃO DO FRIGORÍFICO VACA VIÚVA................................10
2.4 RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL FRIGORÍFICO VACA VIÚVA..13
2.5 LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA...........................................................14
CONCLUSÃO............................................................................................................16
REFERÊNCIAS..........................................................................................................17
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1 INTRODUÇÃO
A gestão de uma empresa abrange uma série de elementos que permite avaliar a contribuição dos funcionários e verificar o seu impacto sobre os resultados corporativos esperados, sendo também uma ferramenta que fortalece a necessidade de conhecer os elementos que ajudam ou dificultam na tarefa diária da operação da empresa e suas relações com os clientes.
Assim como, a gestão de uma empresa deve administrar de forma participativa, compartilhando as decisões que afetam a empresa, não apenas com funcionários, mas também com clientes ou usuários, fornecedores, e eventualmente distribuidores da organização.
A empresa deve atentar-se sempre nas normas constitucionais que emanam consequências jurídicas e visam a garantia dos preceitos sociais, em especial os vinculados as relações de trabalho, bem como, os de cunho liberal, que economicamente impulsionam a atividade empresarial, visando a justiça social. 
O presente trabalho relata sobre a empresa “Vaca Viúva”, criada em 1997, sendo uma distribuidora de carnes de alta qualidade. O que permitirá conhecer elementos, aspectos e técnicas para resolução de problemas apresentados pela empresa que envolve conceitos de falência, análise de desenvolvimento dos principais gastos, tomada de decisão, elementos decisórios e a nova lei trabalhista.
O objetivo desse trabalho é analisar e demonstrar a importância da gestão dentro de uma organização, assim como a presente produção textual permeia conhecer os fundamentos e processos pertinentes as disciplinas de Direito Empresarial, Métodos Quantitativos, Modelos de Gestão, Responsabilidade Social e Ambiental, Legislação Social e Trabalhista e Seminário Interdisciplinar III, sabendo que a proposta interdisciplinar agregará valores na construção do conhecimento e do senso comum que permeia o campo da ciências social, contabilidade, que objetiva-se no controle do patrimônio para a tomada de decisão. 
Tendo como conhecimento que a Constituição Federal “é a lei máxima, à qual todas as demais se subordinam e na qual todas se fundam.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 DIREITO EMPRESARIAL
A pessoa jurídica é uma entidade abstrata com existência e responsabilidades jurídicas, uma realidade autônoma, sujeito de direitos e obrigações.
A personalidade de uma pessoa jurídica, incluindo seus direitos, deveres, obrigações, é separada de qualquer uma das outras pessoas físicas ou jurídicas que a compõem. Assim, a responsabilidade legal de uma pessoa jurídica não é necessariamente a responsabilidade legal de qualquer um de seus componentes.
Entretanto, com frequência a pessoa jurídica desvia de suas finalidades e utiliza de suas proteções legais para cometer fraudes, prejudicando assim terceiros. Assim em determinadas situações o órgão judicante pode desconsiderar a personalidade jurídica da pessoa jurídica para estender a responsabilidades as demais pessoas que a compõe.
A pessoa jurídica é um importante instrumento reconhecido pela lei para o exercício da atividade empresarial, com capacidade de adquirir direitos e obrigações, independente dos indivíduos que a compõe.
O patrimônio da pessoa jurídica não se confunde com os das pessoas físicas que as compõe, através do principio da autonomia patrimonial, essa separação decorre de sua própria personalidade jurídica. Onde devido a proteção patrimonial que possui a pessoa jurídica, em muitas situações ela utiliza-se desse beneficio para se desviar de seus princípios e fins, cometendo fraudes e abusos.
Por este motivo, no intuito de coibir os possíveis abusos e desvios que poderão ser cometidos pelas pessoas jurídicas em razão da autonomia e proteção patrimonial, foi criada a teoria da desconsideração da personalidade jurídica.
A desconsideração da personalidade jurídica permite superar a separação entre os bens da empresa e dos seus sócios para efeito de determinar obrigações.
No Brasil, antes da criação de normas que versassem sobre o tema os tribunais aplicavam a teoria aos casos de abuso de direito e fraude, perpetrados pela má utilização da personalidade jurídica, com fundamento na doutrina estrangeira e no art. 20 do Código Civil de 1916, que reconhecia a distinção entre a personalidade da sociedade e dos sócios.
No Código Civil a desconsideração da personalidade jurídica está prevista no art. 50 do Código Civil, in verbis:
“Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócio da pessoa jurídica”.
Pelo Código Civil, como se vê, quando a pessoa jurídica se desviar dos fins que determinam sua constituição, pelo fato de os sócios ou administradores a utilizarem para alcançar objetivo diverso do societário, ou quando houver confusão patrimonial em razão de abuso da personalidade jurídica, o judiciário, a pedido do interessado ou do Ministério Público, estará autorizado, a desconsiderar momentaneamente a personalidade jurídica a fim de responsabilizar seus sócios.
FALÊNCIA EMPRESARIAL
O professor Ricardo Negrão, em seus trabalhos afirma que:
“Falência é um processo de execução coletiva, no qual todo o patrimônio de um empresário declarado falido – pessoa física ou jurídica é arrecadado, visando pagamento da universalidade de seus credores, de forma completa ou proporcional. É um processo judicial complexo que compreende a arrecadação dos bens, sua administração e conservação, bem como a verificação e o acertamento dos créditos, para posterior liquidação dos bens e rateio entre os credores. Compreende também a punição de atos criminosos praticados pelo devedor falido”.
Para que a falência seja decretada é necessário que o devedor seja um empresário. Dessa forma, somente o empresário (pessoa física ou pessoa jurídica) poderá ter a sua falência decretada (Lei 11.101/2005, art.1º).
Sempre que o devedor é legalmente empresário, a execução concursal de seu patrimônio faz-se pela falência.Em outros termos, quando o devedor explora sua atividade econômica de forma empresarial, caracterizada pela conjugação dos fatores de produção: investimento de capital, contratação de mão de obra, aquisição de insumos, desenvolvimento ou compra de tecnologia, não sendo capaz de honrar suas obrigações no vencimento (ou estando presentes outros fatos tipificados em lei), o juiz deve inaugurar um procedimento de execução concursal destinado à satisfação dos credores, no quanto for possível.
Dessa forma, sendo o empresário uma pessoa jurídica, deverá ser da espécie sociedade empresária. Logo, deve ser excluído, do âmbito de aplicação da lei falimentar, todas as pessoas jurídicas que não sejam sociedades empresárias, como as fundações, as associações, as sociedades simples e as cooperativas.
Importa dizer que, alguns empresários, por expressa disposição legal, jamais poderão ter a sua falência decretada. São eles, nos termos do art.2º, inc. I da Lei 11.101/2005, as empresas públicas e as sociedades de economia mista.
O processo falimentar é dividido em três fases, são elas: o pedido de falência, a fase falencial e a reabilitação.
1ª fase: Pré-Falimentar - O pedido de falência
É uma fase de conhecimento, e se inicia com uma petição inicial logicamente contendo o pedido de falência e termina com a sentença declaratória de falência.
Os legitimados para pedir a falência são: o próprio devedor (autofalência), os herdeiros, cônjuge sobrevivente, inventariante, cotista ou acionista do devedor e ainda qualquer credor. Quando o pedido de falência vier de terceiros o devedor terá um prazo de 10 dias para apresentar sua defesa.
O juízo competente é aquele onde se encontra o estabelecimento do devedor, porém quanto a autofalência o devedor deve fundamentar o seu pedido seguindo o art. 105 da lei de falências.
2º Fase: Fase falencial ou falimentar
Essa fase se inaugura com a sentença declaratória. Ocorre a realização do ativo onde há o levantamento dos bens e os direitos do falido, onerando-os em forma de vendas ou leilões, para a satisfação do passivo. Sendo que o processo possui alguns órgãos de falência: o administrador judicial, as assembleias dos credores e o comitê dos credores.
O administrador judicial é escolhido pelo juiz para que este administre a falência, fazendo a verificação dos créditos, o relatório inicial, as contas mensais e o relatório final.
A assembleia dos credores tem competência para: aprovar a constituição do comitê de credores e eleger os seus membros; adotar modalidades extraordinárias de realização do ativo do falido; deliberar sobre assuntos de interesse geral dos credores (artigo 35 inciso II da Nova Lei Falimentar).
O comitê dos credores é composto por: um representante dos credores trabalhistas; por um representante dos titulares de direitos reais de garantia e privilégios especiais e por um dos demais com dois suplentes cada, eleitos pela assembleia. Sua função mais importante é a de fiscalizar o administrador judicial (artigo 27 inciso I letra “a” da Nova Lei Falimentar).
A massa falida deve pagar os credores respeitando a classificação dos créditos. Os credores chamados por edital devem apresentar seus créditos. A ordenação dos créditos é feita de acordo com o privilégio dos créditos. Assim a massa falida não pode pagar fora de ordem. Essa ordem está prevista no art. 83 da Lei de Falências.
3ª fase: fase pós-falimentar ou fase de reabilitação
Essa fase começa após a extinção da falência desaparecendo assim o status falimentar, ou seja, extingue as obrigações do devedor falido.
O art. 50 da Lei de Falências traz as hipóteses de recuperação judicial.
2.2 METODOS QUANTITATIVOS 
GRAFICO 01 – SALÁRIOS
GRAFICO 02 – TRANSPORTE
GRAFICO 03 – ENERGIA ELETRICA 
GRÁFICO 04 – ÁGUA
MEDIDAS DE POSIÇÃO
Média Salarial: 
R$ 450.000,00 + R$ 452.000,00 + R$ 452.000,00 + R$ 453.000,00 + R$ 453.000,00 + R$ 454.500,00 + R$ 454.500,00 + R$ 456.700,00 + R$ 456.700,00 + R$ 456.700,00 + R$ 457.000,00 + R$ 500.000,00
 12
Média= R$ 458 008,333
Mediana:
R$ 450.000,00 
R$ 452.000,00 
R$ 452.000,00 454.500,00 + 454.500,00 / 2 = 545.500,00
R$ 453.000,00 
R$ 453.000,00 
R$ 454.500,00 
R$ 454.500,00 
R$ 456.700,00 
R$ 456.700,00 
R$ 456.700,00 
R$ 457.000,00 
R$ 500.000,00
Moda: R$ 456.700,00
2.3 MODELOS DE GESTÃO DO FRIGORÍFICO VACA VIÚVA
O uso de modelos de tomada de decisão permite aos gestores compreender a estrutura organizacional e as relações complexas inerentes aos processos desenvolvidos nesse âmbito. Portanto, há a crescente relevância no que tange à investigar e construir modelos, que proporcionem uma melhor aplicabilidade de métodos e técnicas no processo de tomada de decisão organizacional, cuja base é a informação. 
A organização que não tem informação para subsidiar suas decisões estratégicas, bem como a sua gestão, estará em desvantagem em relação às outras organizações do mesmo segmento, porquanto não será possível analisar, em um tempo mínimo, as alternativas de decisão, além de reproduzir eficazmente o resultado decorrente da decisão tomada. 
Beuren (2000, p. 18) enuncia as vantagens dos modelos aplicados ao processo decisório: simplifica a visualização geral das variáveis sem alterar a essência; simplifica a visualização da amplitude das variáveis sem alterar a essência; auxilia na identificação de possíveis relações entre os elementos; permite compreender relações complexas; serve como base para estabelecer e aprimorar parâmetros.
Modelo processual 
O modelo processual elucida as fases e os ciclos que subsidiam as atividades decisórias, aparentemente complexas e dinâmicas. Foi desenvolvido, inicialmente, por Mintzberg, Raisinghani e Théorêt (1976). As questões-chave deste modelo são: quais são as organizações que atuam nesse tipo de circunstância?; quais são as rotinas e procedimentos utilizados usualmente?; quais são as informações disponíveis?; e quais são os procedimentos padrões utilizados nesses casos? Este modelo concentra-se nas fases, nas atividades e na dinâmica dos comportamentos decisórios (CHOO, 2003, p. 283). O modelo tem um grande número de elementos: três fases decisórias principais, três rotinas de apoio às decisões e seis grupos de fatores dinâmicos. 
As três principais fases decisórias são: a) Identificação: reconhece a necessidade de tomar uma decisão e desenvolve a compreensão das questões implicadas na decisão. Consiste em rotinas de reconhecimento e rotinas de diagnóstico do problema; b) Desenvolvimento: desenvolvimento de uma ou mais soluções para um problema, crise ou oportunidade. Consiste na busca (memória, passiva, armadilha, ativa) e rotinas de criação; c) Seleção: avalia as alternativas e escolhe uma delas (CHOO, 2003, p. 283-287).
As três rotinas de apoio no modelo processual são: 
a) Rotinas de controle: guiam o processo decisório e consistem em planejamento, determinam os limites do espaço da decisão; b) Rotinas de comunicação: reúnem e distribuem a informação como parte do processo decisório; c) Rotinas políticas: importantes nos processos estratégicos, pois podem assumir a forma de barganha, de persuasão ou de cooptação (CHOO, 2003, p. 283-287).
Os seis grupos de fatores dinâmicos são: a) Interrupções: intervenções ambientais, tanto internas quanto externas; b) Adiantamento de prazos: diminuir o ritmo das atividades do processo decisório; c) Feed-back: surge quando os responsáveis guardam os resultados de ações praticadas para serem usadas mais tarde; d) Ciclos de compreensão: necessários para lidar com questões complexas; e) Ciclos de fracasso: ocorrem quando não se consegue chegar a uma decisão (CHOO, 2003, p. 283-287). 
IMPORTANCIA DA GESTÃO DA QUALIDADE 
Fazer uso de uma gestão de qualidade deixou de ser um item opcional e passou a ser obrigatório, principalmente para quem quer conquistar novos clientes. Estamos vivendoem uma era conectada, com cada vez mais transações realizadas pela internet e clientes mais exigentes. Com a globalização, empresas passaram a receber mais cobranças e a disputar espaço em mercados cada vez mais saturados.
Diante desse cenário, manter uma gestão de qualidade dentro da sua empresa pode redefinir os rumos, melhorando o que não está gerando bons resultados. Uma das ações fundamentais para este processo é a organização das informações contínuas geradas pela empresa. Ou seja, saber administrar os dados da empresa para alcançar melhores resultados dentro e fora do ambiente corporativo.
"No ambiente empresarial, as informações e o conhecimento gerados auxiliam na estruturação do planejamento estratégico, na comunicação com as partes interessadas, bem como na correta tomada de decisão – fatores cruciais para se atingir a excelência da gestão em suas operações", acredita Jairo Martins da Silva, presidente executivo da Fundação Nacional da Qualidade, a FNQ.
A indústria moderna tem como foco não apenas produzir, mas produzir de forma competitiva. Isto significa alcançar o máximo da eficiência com a menor quantidade possível de recursos.
Atualmente, a tecnologia é um dos principais aliados na busca deste objetivo, mas recursos de gestão, como a Manufatura Enxuta, também denominada Lean Manufacturing, também são de grande contribuição para este propósito.
Para quem não conhece, trata-se de uma filosofia de gestão que busca reduzir os desperdícios na indústria. Entre suas principais características estão:
Redução de estoques / evitar o excesso de produção; Diminuição de tempos de espera (evitar setups de máquina longos); Combate à movimentação excessiva de materiais; Prevenir defeitos.
ADMINISTRAÇÃO PARTICIPATIVA
A administração participativa é uma filosofia ou política de administração de pessoas, que valoriza sua capacidade de tomar decisões e resolver problemas, aprimorando a satisfação e a motivação no trabalho, contribuindo para o melhor desempenho e para a competitividade das organizações.
Esse método permite a manifestação dos funcionários em relação ao processo de administração da empresa de forma organizada e responsável, sempre contribuindo com suas experiências e conhecimentos, buscando sempre agregar mais valores às funções e pessoas dos quais participa.
Administrar de forma participativa consiste em compartilhar as decisões que afetam a empresa, não apenas com funcionários, mas também com clientes ou usuários, fornecedores, e eventualmente distribuidores da organização. A meta da administração participativa é construir uma organização participativa em todas as interfaces. Sendo que no modelo participativo, predominam a liderança, a disciplina e a autonomia. Nas organizações que adotam esse modelo, as pessoas são responsáveis por seu próprio comportamento e desempenho.
2.4 RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL- FRIGORÍFICO VACA VIÚVA
Para cumprir sua função social empresarial o frigorífico Vaca Viúva estabeleceu a missão, visão e valores da empresa observando o trinômio da sustentabilidade, sendo que: MISSÃO: Incentivar e promover mudanças nos setores florestal e agrícola, visando a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais e a geração de benefícios sociais; VISÃO: Ser uma empresa com forte credibilidade nacional e internacional, por gerar transformações socioambientais, respeitada pelo seu posicionamento independente, pela transparência e pela gestão; VALORES: Ética e transparência, Pensar como o cliente, Time comprometido, Dividir o sucesso, Sustentabilidade.
GOVERNANÇA CORPORATIVA
A responsabilidade social corporativa passa a ser considerada um elemento importante para o desenvolvimento dos negócios e para estabelecer relações positivas das empresas, com as assim chamadas partes interessadas (stakeholdwers).
Assim, as empresas são impulsionadas a adotar novas posturas diante de questões ligadas à ética e à qualidade da relação empresas-sociedade.
Estas questões vêm influenciando, e em muitos casos impondo, mudanças nas dinâmicas de mercado e no padrão de concorrência e de competitividade, a exemplo das preocupações ligadas ao meio ambiente.
Não se deve pensar em sustentabilidade como algo restrito ao meio ambiente, assim como responsabilidade social não se limita a ações ou investimentos em projetos sociais. Da mesma forma, responsabilidade social corporativa significa entender e agir em resposta a essa nova demanda da sociedade, que é a de que o valor gerado por uma empresa se reflita em benefícios não somente para seus acionistas, mas que tenha também um impacto positivo para o conjunto dos afetados por suas operações, em particular o meio ambiente e a comunidade, respeitando sua cultura e agindo de forma ética e transparente.
Shommer, Rocha, Fischer (1999), relatam que o conceito de responsabilidade social corporativa parte do princípio de que a atividade empresarial contempla compromissos com toda a cadeia produtiva da empresa, como, por exemplo: clientes, funcionários e fornecedores, bem como as comunidades, o ambiente e a sociedade. Esta concepção se relaciona com a teoria dos stakeholders–os indivíduos ou grupos que dependem da organização para alcançar suas metas e dos quais a empresa depende para funcionar.
A responsabilidade social corporativa representa o compromisso com a idéia de organização como conjunto de pessoas que interagem com a sociedade. Assume o princípio de que as organizações têm sua origem e seus fins essenciais nas pessoas, as quais se organizam e se dispõem em diversos grupos de interesses, com peculiaridades e distintos tipos de relação. Contempla o impacto da ação da empresa em sua tríplice dimensão: econômica, social e ambiental, tendo como meta principal a consecução do desenvolvimento sustentável.
Em torno do conceito de responsabilidade social corporativa, de acordo com AECA (2004), existem vários termos relacionados, dentre os quais destacamos os seguintes: Ação social: ajuda voluntária, expressada em recursos econômicos ou de outro tipo, outorgada pelas empresas a projetos externos de caráter filantrópico e desenvolvimento socioeconômico. A ação social é um dos diversos comportamentos socialmente responsáveis que a empresa pode acometer; Auditoria social: avaliação sistemática do impacto social de uma empresa em relação a certas normas e expectativas; Capital relacional: expressão do grau de responsabilidade e integração social das organizações, medido em termos de capacidade relacional com os distintos grupos de interesses. Alguns autores consideram o capital relacional como um dos componentes do capital intelectual.
2.5 LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA
No Brasil, nos termos do art. 4º da CLT, considera-se serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada.
Assim, corresponde à jornada de trabalho o tempo em que o trabalhador se coloca à disposição do empregador no centro do trabalho, horas in itinere, haja ou não efetiva prestação de trabalho.
O tempo gasto pelo empregado na troca de uniforme é considerado como hora extra, tendo em vista que implica tempo à disposição do empregador. 
Quanto ao disposto em instrumentos coletivos que estabelecem que o tempo gasto na troca de uniforme não será considerado como hora extra, tal não pode prevalecer, já que não se pode perder de vista que o limite máximo de tolerância estipulado na lei é de 10 minutos diários não podendo ser majorado, ainda que por meio de negociação coletiva, consoante assevera OJ 372 da SDI-1/TST: "A partir da vigência da Lei 10.243, de 27.06.2001, que acrescentou o parágrafo 1o. ao art. 58 da CLT, não mais prevalece cláusula prevista em convenção ou acordo coletivo que elastece o limite de 5 minutos que antecedem e sucedem a jornada de trabalho para fins de apuração das horas extras". (TRT 3ª Região – 0097900-75.2008.5.03.0104 RO – Data de publicação: 13-08-2009 – 10ª Turma – Relator: MárcioFlávio Salem Vidigal).
O Art. 4º relata em seu parágrafo 1º : Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço militar e por motivo de acidente do trabalho. Já no parágrafo 2º relata que: Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1o do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre outras: I - práticas religiosas; II - descanso; III - lazer; IV - estudo; V - alimentação; VI - atividades de relacionamento social; VII - higiene pessoal; VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa.” (NR)
CONCLUSÃO
As pessoas passam grande parte de suas vidas trabalhando em organizações que dependem das mesmas para operar e alcançar o sucesso. As pessoas confiam nas organizações que trabalham para alcançar seus objetivos pessoais e individuais. 
As organizações têm incrível variedade, podem ser indústrias, lojas, bancos, instituições financeiras, hospitais, universidades, lojas, organizações que oferecem serviços. Podem ser grandes, médias ou pequenas em termos de tamanho, podem ser público e privado na sua propriedade. 
Ao ser firmado um contrato individual de trabalho, empregados e empregadores adquirem direitos e responsabilidades, sendo que as duas partes devem cumprir integralmente com suas obrigações. 
Sendo que ao empregador é imposto o fiel respeito e garantia aos direitos dos trabalhadores, em especial quanto aos direitos fundamentais inseridos na relação de emprego e ao empregado, são confiadas atribuições, as quais deverão ser cumpridas da melhor maneira possível, sem que seja ocasionado, conscientemente, danos ao empregador. 
Desta forma, em face das normas constitucionais de cunho econômico, liberal e social, há de ser analisado o elo entre direitos e obrigações assumidas nas relações de emprego entre as partes envolvidas, e sua importância para o crescimento econômico e sustentabilidade do ramo empresarial.
REFERÊNCIAS
AECA, Asociación Española de Contabilidad y Administración de Empresas. Documentos AECA serie Responsabilidad Social Corporativa. Marco Conceptual de la Responsabilidad Social Corporativa. Documento nº 1. Madrid – España, 2004.
	
BEUREN, I. M. Gerenciamento da informação: um recurso estratégico no processo de gestão empresarial. São Paulo: Atlas, 2000. 104p. 
CHOO, C. W. A organização do conhecimento: como as organizações usam a informação para criar significado, construir conhecimento e tomar decisões. São Paulo: SENAC, 2003. 425p.
MARTINS FILHO, Ives Gandra da Silva. Manual de direito e processo do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva.
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do trabalho. 24. ed. São Paulo: Altas, 2008.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Eficácia das normas constitucionais e direitos sociais. 1. ed. 3. t. São Paulo: Malheiros, 2011, p. 12.
MINTZBERG Henry, RAISINGHANI Duru, THÉORÊT André. A estrutura dos processos de decisão "Não estruturados". 1976. V.21, No. 2, pp. 246-275.
NEGRÃO, Ricardo. Manual de direito comercial e de empresa. São Paulo: Saraiva, 2003–2004. V.1. p.21.
	
ROBBINS, Stephen P. Comportamento organizacional. 8ª Edição. Editorial Prentice Hall. México, 1999.
SCHOMMER, P. C.; ROCHA, A. G. P.; FISCHER, T. Cidadania Empresarial no Brasil: Três organizações baianas entre o mercado e o terceiro setor. In: XXIII ENCONTRO NACIONAL, 1999, Foz do Iguaçu/PR. Anais... Foz do Iguaçu: Associação nacional dos programas de pós- graduação em Administração (ANPAD), 1999.

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