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Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO Materiais metálicos Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO • Metais – Materiais Metálicos: combinação de elementos metálicos. • Ligação Metálica – Possui como principal característica a presença de elétrons livres em torno de cátions e átomos neutros no retículo (“mar de elétrons”). METAIS Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO METAIS • Características de compostos metálicos: – Sólidos nas condições ambientes (exceto o Hg); – Brilho (efeito fotoelétrico); – Altos pontos de fusão e de ebulição; – Bons condutores de corrente elétrica no estado sólido ou fundidos; – Ductibilidade (fios) e maleáveis (lâminas). • Principais ligas metálicas (Soluções Sólidas) – Ouro 18 quilates (Au + Cu); – Aço (Fe + C); – Latão (Cu + Zn); – Metal monel (Ni + Cu). Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO METAIS • As ligas ferrosas (aquelas em que o ferro é o constituinte principal) são produzidas em maior quantidade do que qualquer outro tipo de metal. – Essas ligas são especialmente importantes como materiais de construção civil. – Seu amplo uso é o resultado de três fatores: • Abundância de matéria prima; • Produção relativamente econômica; • Versatilidade. – Desvantagem: • Suscetibilidade à corrosão. Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO • Ferro – Não é encontrado puro na natureza. – Encontra-se geralmente combinado com outros elementos formando rochas as quais dá-se o nome de MINÉRIO. • Minério de ferro – Geralmente formado no subsolo, mas muitas vezes encontrado exposto formando verdadeiras montanhas. – Principais minérios: Hematita (Fe2O3) e Magnetita (Fe3O4). – Para retirar as impurezas, o minério é lavado, partido em pedaços menores e em seguida passa pelo processo de fabricação do ferro gusa em usina siderúrgica. METAIS FERROSOS Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO METAIS FERROSOS Exploração e mineiração para colheita de minério de ferro. Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO METAIS • Ligas Ferro-Carbono – Na prática, não são ligas binárias, pois sempre há a presença de elementos químicos secundários oriundos da forma de obtenção das matérias primas ou adicionados propositalmente para melhorar as propriedades mecânicas. • AÇOS: liga Fe-C contendo geralmente 0,008% até cerca de 2,11% de carbono, além de certos elementos residuais resultantes do processo de obtenção; • FERROS FUNDIDOS: liga Fe-C, com teor de carbono entre 2,11% e 6,67%. Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO METAIS FERROSOS • Ferro Gusa – Produto primário da produção do aço. – Resultado da redução do teor de oxigênio do minério de ferro em alto forno. – Presença de elevados teores de carbono remanescentes do coque. Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO METAIS FERROSOS • Coque – Obtido pelo processo de “coqueificação”, Aquecimento do carvão mineral a altas temperaturas, em câmaras herme- ticamente fechadas. Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO • Processo de obtenção do ferro gusa – Na usina, o minério é fundido num forno com pressões controladas denominado ALTO FORNO. – No alto forno, o minério é depositado em camadas intercaladas com coque (combustível) e calcário (fundente). – Depois de carregado, injeta-se ar no interior do alto forno. – O ar sobe pelo alto forno e ajuda na queima do coque que, ao atingir cerca de 1200ºC, derrete o minério. – Ao derreter-se, o ferro, de maior densidade, fica depositado no fundo do forno, ao passo que os demais óxidos, que formam a escória, ficam sobre ele, o que possibilita a separação das duas fases. – Nesta condição, o ferro ainda é muito impuro, contendo elevado teor de carbono, recebe o nome de ferro gusa. METAIS FERROSOS Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO • Processo de obtenção do ferro gusa – Entre 300º C e 350º C temos a dessecação, onde o vapor de água contido na carga é liberado; – Entre 350º C e 750º C ocorre a redução, onde o óxido de ferro perde o oxigênio; – Entre 750º C e 1150º C temos a carburação, onde o ferro se combina com o carbono presente no coque, formando o ferro gusa; – Entre 1150º C e 1800º C ocorre a fusão, onde o ferro gusa passa para o estado líquido; – Em torno dos 1600º C ocorre a liquefação, onde o ferro gusa se separa da escória. METAIS FERROSOS Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO • Processo de obtenção do ferro gusa – Através de uma abertura especial em altura específica, são retiradas as escórias e, em seguida, o ferro-gusa é despejado em recipientes localizados na parte de baixo do alto forno, chamados CADINHOS. – O ferro-gusa derretido é transportado no cadinho e despejado em fôrmas denominadas LINGOTEIRAS. – Uma vez resfriado, o ferro-gusa é retirado da lingoteira, recebendo então o nome de LINGOTE DE FERRO GUSA. – A seguir, os lingotes são armazenados para receberem novos tratamentos, pois este tipo de ferro, nesta forma, é usado apenas na confecção de peças que não passarão por processos de usinagem. METAIS FERROSOS Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO METAIS FERROSOS Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO METAIS FERROSOS Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO • Ferro fundido – Liga de Fe-C que contém de 2,11 a 6,67% de carbono. – É obtido diminuindo-se a porcentagem de carbono do ferro gusa por meio de fusão. – É considerado, portanto, um ferro de segunda fusão. – A fusão do ferro gusa para a obtenção do ferro fundido, é feita em fornos apropriados sendo o mais comum o forno chamado “CUBILÔ”. METAIS FERROSOS Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO • Aço – Na aciaria, o ferro gusa é transformado em aço através da injeção de oxigênio puro sob pressão no ferro gusa líquido, dentro de um conversor. – A reação constitui na redução do ferro gusa através da combinação de elementos da liga (silício, manganês) com o oxigênio injetado, o que provoca uma grande elevação na temperatura, atingindo aproximadamente 1700º C. – Os gases resultantes do processo são queimados e os resíduos indesejáveis são eliminados em forma de uma fumaça que, após filtrada, transforma-se em um elemento muito fino (sílica ativa). METAIS FERROSOS Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO • Aço – Um dos mais importantes materiais metálicos usados nas indústrias mecânica e de construção civil. – Obtém-se o aço abaixando-se a porcentagem de carbono do ferro gusa. – A porcentagem de carbono no aço varia entre 0,008% a 2,11%. – Geralmente, além de ferro e carbono, há certos elementos residuais, resultantes dos processos de fabricação. METAIS FERROSOS Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO • Aço – Características e propriedades: • Cor acinzentada; • Densidade = 7,8 g/cm³; •Temperatura de fusão entre 1250 e 1450º C; • Ductibilidade, tenacidade, elasticidade, resistência mecânica elevada e resiliência; • Soldabilidade, temperabilidade, usinabilidade, forjabilidade. METAIS FERROSOS Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO • Aço – Características e propriedades: • Cor acinzentada; • Densidade = 7,8 g/cm³; • Temperatura de fusão entre 1250 e 1450º C; • Ductibilidade, tenacidade, elasticidade, resistência mecânica elevada e resiliência; • Soldabilidade, temperabilidade, usinabilidade, forjabilidade. METAIS FERROSOS • Pode ser trabalhado com ferramenta de corte; • Pode ser curvado; • Pode ser dobrado; • Pode ser forjado; • Pode ser soldado; • Pode ser laminado; • Pode ser estirado (trefilado); • Possui grande resistência à tração. Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO • Aço – Classe A • Barras ou fios laminados a quente • Apresentam patamar de escoamento – Classe B • Barras ou fios laminados a frio ou encruados • Não apresentam patamar de escoamento METAIS FERROSOS Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO NBR 7480 • Barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado • Publicação: Fevereiro de 1996. • Normaliza sobre: Barras (CA-25 ou CA-50): ∅ ≥ 5 𝑚𝑚 (laminação a quente) Fios (CA-60): ∅ < 10 𝑚𝑚 (laminação a frio – trefilação e encrunhamento) NORMALIZAÇÃO C A = AÇO DESTINADO AO CONCRETO ARMADO 25, 50 e 60 = Valor característico da resistência de escoamento: CA-25 CA-50 CA-60 fy = 25 kgf/mm² fy = 50 kgf/mm² fy = 60 kgf/mm² fy = 250 MPa fy = 500 MPa fy = 600 MPa Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO • Aço – Laminação a quente • A temperatura de trabalho se situa acima da temperatura crítica (de recristalização do metal), a fim de reduzir a resistência à deformação plástica e permitir a recuperação da estrutura do metal ao final do processo. • Os tarugos são pressionados entre cilindros, onde sofrem redução de seção transversal e aumento de comprimento. • Após a laminação, as barras de aço resfriam-se em contato com o ar ambiente. • Produz os aços CA-25 e CA-50. • Os produtos chamados de “Aços Naturais”. METAIS FERROSOS Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO • Aço – Laminação a quente • A temperatura de trabalho se situa acima da temperatura crítica (de recristalização do metal), a fim de reduzir a resistência à deformação plástica e permitir a recuperação da estrutura do metal ao final do processo. • Os tarugos são pressionados entre cilindros, onde sofrem redução de seção transversal e aumento de comprimento. • Após a laminação, as barras de aço resfriam-se em contato com o ar ambiente. • Produz os aços CA-25 e CA-50. • Os produtos chamados de “Aços Naturais”. METAIS FERROSOS Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO • Aço – Laminação a frio (trefilação) • Deformação do aço a temperaturas abaixo do ponto crítico; • Obtida pela deformação da estrutura cristalina e resulta numa elevação da resistência à tração, da dureza superficial e do limite elástico do aço; • Reduz a ductilidade do aço. • Depois da trefilação, quando necessário, o material é submetido a um processo de encruamento, para uniformizar a superfície ou obter uma dureza determinada. • Produz os aços CA-60. METAIS FERROSOS Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO • Aço – Laminação a frio (trefilação) • Deformação do aço a temperaturas abaixo do ponto crítico; • Obtida pela deformação da estrutura cristalina e resulta numa elevação da resistência à tração, da dureza superficial e do limite elástico do aço; • Reduz a ductilidade do aço. • Depois da trefilação, quando necessário, o material é submetido a um processo de encruamento, para uniformizar a superfície ou obter uma dureza determinada. • Produz os aços CA-60. METAIS FERROSOS Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO • Aço – Laminação a frio (trefilação) • Deformação do aço a temperaturas abaixo do ponto crítico; • Obtida pela deformação da estrutura cristalina e resulta numa elevação da resistência à tração, da dureza superficial e do limite elástico do aço; • Reduz a ductilidade do aço. • Depois da trefilação, quando necessário, o material é submetido a um processo de encruamento, para uniformizar a superfície ou obter uma dureza determinada. • Produz os aços CA-60. METAIS FERROSOS Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO AÇO • Formas comerciais do aço: • Para os diferentes usos industriais, o aço é encontrado no comércio na forma de: • Barras (Vergalhões); • Fios. • Perfilados; • Chapas; • Tubos... Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO • Formas comerciais do aço: – Vergalhões: • São barras laminadas em diversos perfis, sem tratamento posterior à laminação. METAIS FERROSOS Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO • Formas comerciais do aço: – Perfilados: • São vergalhões laminados em perfis especiais tais como: L (cantoneira), U, T, I (duplo T), Z... METAIS FERROSOS Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO • Formas comerciais do aço: – Chapas: São laminados planos, encontradas no comércio nos seguintes tipos: • Chapas pretas - sem acabamento após a laminação, sendo muito utilizadas nas indústrias. • Chapas galvanizadas - recebem após a laminação uma fina camada de zinco. Usadas em locais sujeitos a umidade, tais como calhas e condutores etc. • Chapas estanhadas - revestidas com uma fina camada de estanho. Usadas principalmente na fabricação de latas de conservas devido a sua resistência à umidade e corrosão. METAIS FERROSOS Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO Vergalhões CA 50 Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO Vergalhões CA 50 Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO Vergalhões CA 25 Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO Aço CA 60 Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO Arame Recozido Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO Aços de Protenção Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO Aços de Protenção Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO ENSAIOS EM MATERIAIS METÁLICOS Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO NBR 6152 - Materiais Metálicos: “Determinação das Propriedades Mecânicas à Tração - Métodos de Ensaio” ENSAIO DE DETERMINAÇÃO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS À TRAÇÃO Resistência à tração Alongamento Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO ENSAIO DE DOBRAMENTO Corpo-de-prova é dobrado a 180º Diâmetro do pino: Depende da resistência e do diâmetro do aço ensaiado NBR 6153 Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO ENSAIO DE DETERMINAÇÃODO COEFICIENTE DE CONFORMAÇÃO SUPERFICIAL Avalia a aderência da barra e do fio de aço ao concreto pelo espaçamento de fissuras Comparativo entre a barra nervurada e lisa Não é um ensaio de recebimento Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO PROPRIEDADES MECÂNICAS Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO AÇO PARA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO NORMALIZAÇÃO – BITOLAS CA 25 CA 50 NBR 7480 Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO AÇO PARA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO NORMALIZAÇÃO – BITOLAS CA60 NBR 7480 Prof. Mayara Queiroz Moraes Materiais de Construção II Escola de Engenharia – PUC GO DEFEITOS As barras e fios de aço devem estar isentos de “defeitos prejudiciais” (a norma não especifica!!). Aceita-se oxidação superficial (uniforme e leve) removível com “tecido grosseiro ou escova qualquer”.
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