Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sino-Italian Ecological and Energy Efficient Building - SIEEB Conforto Ambiental – Acústica Arquitetônica UNIDADE I – Acústica Arquitetônica – Conceitos Básicos e Condicionamento Acústico Março de 2012 Prof. Dr. Eduardo Grala da Cunha 1. Introdução • 1.1 Som e Ruído • Som – sensação produzida no sistema auditivo a partir da vibração de um meio elástico (ar, água, corpos, entre outros). – Variação da pressão do ambiente detectável pelo sistema auditivo. 1. Introdução • 1.1 Som e Ruído – Ruído – é um som indesejável (ruído do trânsito, ruído das turbinas de um avião, ruído de uma casa noturna no entorno edificado – ações judiciais); – O ruído repercute: a) No aparelho auditivo – trauma acústico (temporário ou permanente); b) Nas atividades do cérebro – indivíduo necessita de 20% a mais de energia para efetuar tarefas com intenso barulho; c) Em vários órgãos – ação reflexa (influenciando pressão arterial, composição hemática, perda de equilíbrio e vômitos); d) Atividade física e mental; 1. Introdução • 1.1 Som e Ruído • São necessárias as seguintes preocupações: Tratamento acústico Condicionamento acústico Isolamento acústico 03/12/2012 04/12/2012 2. Conceitos Físicos do Som • 2.1 – Ondas – Movimentos oscilatórios que se propagam num meio devido a uma perturbação. Nesses movimentos somente energia é transferida, não havendo transporte de matéria. Ex: pedra em um lago – Classificação: Mecânicas e Eletromagnéticas. – Ondas Sonoras: São aquelas que necessitam de um meio elástico para se propagar. 10 • 2.1 Ondas: • Elementos constituintes de uma onda:(Estas características definem as estratégias no projeto arquitetônico no que diz respeitos a revestimentos e fechamentos horizontais e verticais.) • Comprimento de Onda (λλλλ): é a distância entre duas cristas ou dois vales ou dois vales consecutivos; • Amplitude: é o nome dado à altura de uma crista ou de um vale; • Período (T): tempo necessário para uma onda deslocar-se de uma crista a outra; 2. Conceitos Físicos do Som 11 • Freqüência (f): é o número de oscilações (ciclos) realizadas pela onda na unidade de tempo; 1 Hertz = 1 ciclo por segundo. f = 1/T – T = 1/f • O ouvido humano identifica sons entre 20 e 20000 Hz; • Intensidade: A amplitude do raio sonoro indica a intensidade do mesmo. 2. Conceitos Físicos do Som 13 Freqüências audíveis Infrasom Ultrasom Graves Médios Agudos z 0 20 400 1600 20.000 Classificação das Freqüências: Fonte: CENEC – Simões 1999 Classificação das Freqüências: Greven et al. (ABC Conforto Acústico) Voz Humana: 500 a 1000 Hz 2. Conceitos Físicos do Som Classificação das Freqüências: Greven et al. (ABC Conforto Acústico) 2. Conceitos Físicos do Som • Bell e Decibel - Pressão mínima (limiar da audição) = 2.10-6 N/m2 - Pressão máxima (limiar da dor) = 20 N/m2 - Diferença entre o limiar da audição e o limiar da dor é de 1.000.000 de vezes; - db = decibel = relação de amplificação - escala logarítmica - 1 bel = 10 decibéis 18 0,3 dB Exemplo 1: NR1 = 85 dB; NR2 = 70 dB; NR = 85 dB + 0,3 dB = 85,3 dB Exemplo 2: NR1 = 75 dB; NR2 = 70 dB; NR = 75 dB + 1,2 dB = 76,2 dB 1,2 dB • Níveis sonoros não podem ser somados aritmeticamente – são grandezas logarítmicas; • Somatório de Ruídos de diferentes intensidades - Caminhão 85 dB; - Carros 70 dB; 85 dB – 70 dB = 15 dB -> ∆L -> (Gráfico) 2. Conceitos Físicos do Som 19 Fonte: Greven et al (ABC Conforto Acústico) Sensibilidade Auditiva: O aparelho auditivo humano não percebe sons de freqüências diferentes com a mesma sensibilidade. A figura 3 apresenta as curvas de igual sensação sonora do aparelho auditivo humano, na qual a parte colorida corresponde a voz humana; Nos graves o ouvido humano é menos seletivo, o que explica a diferença de sensação auditiva entre dois ruídos de um mesmo nível sonoro. Fonte: Greven et al (ABC Conforto Acústico) 2. Conceitos Físicos do Som 22 2. Conceitos Físicos do Som 2.2. Intensidade do Som • Pressão Sonora: N / m2 – força/área = pressão • Unidades: • Pressão mínima (limiar da audição) = 2.10-6 N/m2 • Pressão máxima (limiar da dor) = 20 N/m2 • Diferença mínima identificada pelo ouvido humano = 1 dB; • 2.2. Intensidade do Som – Cada 10 dB de ampliação é identificado pelo ouvido humano como uma duplicação da pressão sonora; – O dB é pouco usado, dando lugar ao dB (A), um valor ponderado que leva em consideração os valores correspondentes de igual sensação sonora do aparelho auditivo humano. É o filtro mais abrangente para as bandas de oitavas 2. Conceitos Físicos do Som 25 2.2. Intensidade do Som • Um som de 60 dB até 11 m ouvimos sem reflexão; • Cada vez que um ponto afastar o dobro da distância da fonte, seu nível de som cairá 8 dB ou, inversamente se aproximar-se da fonte para a metade da distância, o seu nível sonoro dobrará; 54 dBFonte – 70 dB 62 dB 4 m4 m 46 dB 8 m 2. Conceitos Físicos do Som 2.2.- Intensidade Sonora Apud LISOT (2008) 27 120 Limiar de sensibilidade 110 Trovão, artilharia, rebitador, trem em ferrovia elevada, fábrica de caldeiras Ensurdecedor 100 90 Ruas extremamente barulhentas, fábricas barulhentas, plataformas de trens sem absorventes de som, apitos de polícia muito barulhento, estrondosa 80 70 Escritórios barulhentos, ruas com ruídos médio, rádio com volume médio, fábrica com ruído médio barulhento 60 50 Casa barulhentas, escritórios médios, conversação média, rádio com volume baixo moderado 40 30 Casa silenciosa ou escitório individual, auditório médio, conversação baixa fraca 20 10 Sussuros, trabalhos intelectuais em um quarto muito fraca 0 Limiar da auditibilidade 2.2.- Intensidade Sonora 28 Atividade Nível Sonoro em dB Intensidade Watts/cm2 Nível mínimo, murmurar 20 10-8 Homem conversando tranqüilamente 30 10-4 Mulher conversando tranqüilamente 25 3.15x10-13 Homem conversando normalmente 55 3.15x10-14 Mulher conversando normalmente 50 10-11 Homem falando em público, sem esforçar-se 65 3.15x10-11 Mulher falando em público, sem esforçar-se 60 10-10 Homem falando em público, esforçando-se 75 3.15x10-10 Mulher falando em público, esforçando-se 70 10-9 Grito de Homem 85 3.5x10-9 Grito de Mulher 80 10-8 Canto de um profissional 80 10-7 2.2.- Intensidade Sonora 29 2.2.-Intensidade Sonora Ruído gerado Causas Tempo de exposição perigoso 80 Metrô, tráfego pesado, despertador a 60 cm, ruído de fábrica Mais de 8 horas 90 Trânsito de caminhões, aparelhos domésticos, máquina de cortar grama; Mais de 4 horas; 100 Serra Elétrica, britadeira; Mais de 1 hora; 120 Show de Rock, trovoada; A lesão pode ocorrer em questão de minutos; 180 Lançamento de um foguete Perda auditiva 31 2.3. Características do Som • Velocidade do Som – 340 m/s (depende meio e temp.) • Reflexão do Som –Importante conceito que vai caracterizar as estratégias quanto as dimensões, a forma das paredes e forro e tratamento dos revestimentos internos dos auditórios. – A reflexão gera REVERBERAÇÃO e ECO. – Eco: distância de 17 m entre a fonte e um anteparo (parede). Som percorre 34 m de distância(ida e volta) em 1/10 s. (som emitido e refletido são percebidos simultaneamente). 2. Conceitos Físicos do Som 32 � A reflexão gera REVERBERAÇÃO e ECO. � Reverberação: “É a persistência do som em um recinto limitado, depois de cessada sua emissão por uma fonte”. 2. Conceitos Físicos do Som 33 • Reflexão do Som – Quando uma onda sonora pura ou livre atinge uma superfície uniforme a reflexão do som assemelha-se muito à da luz. Concentra a energia; Difunde a energia; 2. Conceitos Físicos do Som Reflexão homogênea; 35 • Difração do som – É a mudança sofrida na direção de onda sonora, devido ao seu encontro com um obstáculo, contornando-o;Parede Pequeno orifício na parede 2. Conceitos Físicos do Som 2. Conceitos Físicos do Som 3. Acústica Arquitetônica • 3.2 Cálculo do tempo de reverberação – NBR 12179/1992 – Tratamento Acústico em Recintos Fechados – Roteiro para o desenvolvimento do tratamento acústico • A) isolamento acústico – Necessária impermeabilidade acústica; • B) condicionamento acústico – Estudo geométrico acústico do recinto e cálculo do tempo de reverberação; 60 Fonte: Greven et al (ABC do Conforto Acústico) 3- Acústica Arquitetônica – Coeficientes de Absorção 3. Acústica Arquitetônica • Materiais Reflexivos 0,1 > αααα ≥≥≥≥ 0,01 3. Acústica Arquitetônica 3. Acústica Arquitetônica • Materiais medianamente absorvedores 0,5 < α < 0,1 3. Acústica Arquitetônica • Materiais medianamente absorvedores 0,5 < α < 0,1 3. Acústica Arquitetônica • Materiais absorvedores α > 0,5 3. Acústica Arquitetônica 3. Acústica Arquitetônica • 3.2 Cálculo do tempo de reverberação • PROCEDIMENTOS PARA O CÁLCULO: – 1) Determinar o coeficiente de absorção médio • Ʃ (Superfícien x αn)/ Ʃ (Superfícien) – 2) Caso seja menor que 0,3 utilizar a equação de Sabine • Tr = 0,161 . V / Absorção • Absorção = Ʃ Superfícien x αn + Elementon x αn – 3) Caso seja maior que 0,3 utilizar a equação de Eyring • Tr = 0,161 . V / -2,3 S log (1 - αm ) 3. Acústica Arquitetônica • 3.2 Cálculo do tempo de reverberação • PROCEDIMENTOS PARA O CÁLCULO: – 4) Comparar o tempo de reverberação real com o tempo de reverberação ideal Se Treal muito alto Aumentar a Absorção do ambiente – piso, paredes laterais Se Treal muito baixo Diminuir a Absorção do ambiente – piso, paredes laterais Tideal + 10% ≥ Treal ≥ Tideal – 10%
Compartilhar