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Pintura: Conceitos e Composição

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PINTURA
CONCEITUAÇÃO
A PINTURA pode ser entendida como sendo um “SUBSISTEMA DO EDIFÍCIO” que tem por objetivo proteger as bases sobre as quais é aplicada, conferindo as mesmas uma melhor estética. Para tanto é necessário assegurar que as qualidades da tinta permanecerão firmes e aderidas ao substrato mantendo por um determinado tempo, suas propriedades essenciais.
A PINTURA consiste em uma tênue película de revestimento sobre um substrato que pode ser de natureza diversa quanto ao tipo de material, composto ainda por substâncias fluidas que protegem a superfície de intempéries e agentes de desagregação, tornando de certa maneira as superfícies impermeáveis, permitindo a limpeza, lavagem e desinfecção. (CARDÂO, 1976).
TINTA
Definição: Tinta é uma composição líquida pigmentada que se converte em película sólida quando aplicada.
Composição Básica: Os componentes básicos de uma tinta são: Veículos, Pigmentos, Solventes e Aditivos.
VEÍCULOS OU MATERIAIS FORMADORES DO FILME: 
Responsáveis pela conversão do estado líquido da tinta ao estado sólido, formando o filme ou película de tinta seca. Resinas, Emulsões, Óleos secativos
PIGMENTOS: Os pigmentos são partículas sólidas, totalmente insolúveis no veículo no qual permanecem em suspensão. Existem dois tipos de pigmentos:
· Os ativos ou opacos ou simplesmente pigmentos: conferem cor, tingimento e poder de cobertura ou opacidade à tinta.
· Os inertes ou cargas: compostos de origem natural ou sintética usadas para conferir propriedades tais como: Maior consistência, Melhor lixabilidade, Diminuição do brilho, Poder selante;
SOLVENTES: São líquidos orgânicos voláteis, cujas principais funções são:
· Facilitar a formulação;
· Conferir viscosidade adequada para aplicação da tinta;
· Contribuir para o nivelamento da tinta;
· Secagem.
ADITIVOS: Compreendem uma variada gama de substâncias que atuam como importantes auxiliares, quer facilitando a formulação da tinta, quer melhorando as propriedades gerais. Podem ser destacados os seguintes aditivos:
· Secantes;
· Diluentes ou redutores de viscosidade;
· Agente anticoagulante;
· Antiespumantes;
· Antisedimentantes
· Plastificantes.
MATERIAIS CONSTITUINTES DAS TINTAS E SUAUS FUNÇÕES
MATERIAIS CONSTITUINTES DOS VERNIZEZ E ESMALTES
FORMULAÇÃO E QUALIDADE DAS TINTAS:
Cálculos e experimentos determinam a melhor combinação das diversas matérias primas, de modo que sua composição seja equilibrada e preencha perfeitamente as características desejadas para o produto. São cinco os principais cálculos matemáticos durante a formulação:
Teor de pigmentos, Teor de sólidos do veículo, Teor de voláteis, Teor de sólidos totais e Concentração de pigmentos em relação aos sólidos totais .
Ao variar as quantidades e os tipos de resina, pigmento, porção líquida e aditivos, pode ser criada uma vasta variedade de tintas. O teor de sólidos, o conteúdo de pigmentos e a qualidade de óxido de titânio são os três indicadores da qualidade de uma tinta.
Quanto maior a porcentagem de sólidos em volume na tinta, maior será a espessura da película do filme, considerando-se uma determinada taxa de espalhamento. Esta vantagem, simplesmente traduz-se em uma melhor cobertura e, obviamente, em uma verdadeira proteção da superfície, significando, no fim das contas, durabilidade.
As tintas à base de látex de boa qualidade apresentam um teor de sólidos da ordem de 30 a 35% e 70 a 65% de água, enquanto para as tintas de baixa qualidade o teor de sólidos é de cerca de 15 a 20%.
A espessura do filme após a secagem é proporcional ao teor de sólidos, o que significa uma maior proteção e durabilidade. Uma tinta com 40% de sólidos em volume resulta numa película três vezes mais espessa do que com a tinta 30% de sólidos, em igualdade de condições, ou seja, para uma mesma espessura de filme molhado (recém pintado).
Características Fundamentais de uma tinta de boa qualidade: 
Pintabilidade: Facilidade de aplicação – a tinta deve espalhar-se com facilidade sem resistir ao deslizamento do pincel ou rolo;
Nivelamento: As marcas de pincel ou rolo devem desaparecer pouco tempo após a aplicação da tinta deixando uma película uniforme;
Secagem: A secagem de uma tinta não deve ser tão rápida, nem tão lenta, deve permitir o espalhamento e o repasse uniforme, não atrasando a aplicação das demãos posteriores;
Poder de cobertura: A tinta deve cobrir completamente a superfície pintada, com o menor número de demãos;
Rendimento: Terá maior rendimento a tinta que cobrir a maior área por galão, por demão, com igual poder de cobertura
Estabilidade: Deve apresentar estabilidade durante o armazenamento. Se houver a formação de algum sedimento, deverá ser fácil de dispersar. Não deve formar nata demasiadamente grossa na superfície, que não seja removível com espátula;
Resistência / durabilidade: É a capacidade da tinta em permanecer por longo tempo igual ao seu aspecto inicial de aplicação, resistindo a ação da chuva, raios solares, maresia etc.;
Lavabilidade: Capacidade de uma tinta resistir à limpeza com agentes químicos de uso doméstico, por exemplo : sabão, detergente, amoníaco etc.
Transferência: Capacidade de uma tinta no momento da aplicação, de passar do rolo à parede sem esforço, além de não respingar.
Cheiro: Característica de uma tinta para que seu odor não atrapalhe o aplicador, e após a sua aplicação desapareça do ambiente no menor tempo possível.
CLASSIFICAÇÃO DAS TINTAS:
Em função da natureza do seu solvente:
· Tintas miscíveis em solventes;
· Tintas miscíveis em água.
Tintas miscíveis em solvente:
· Tinta óleo; Tinta alquídica; Laca; Betuminosas; Resina em solução.
Tintas miscíveis em água:
· Tintas a base de cal; Cimentícias; Ácidos graxos (PVA); Acrílicas; Ácidas (epóxi).
As vantagens das tintas a base de solvente:
· Proporcionam melhor cobertura na primeira demão;
· Aderem melhor a superfícies que não estão muito limpas;
· Tempo de abertura maior (espaço de tempo em que a tinta pode ser aplicada com pincel antes de começar a secar);
· Depois de seca apresenta maior resistência à aderência e a abrasão.
As vantagens das tintas a base de água são:
· Melhor flexibilidade em longo prazo;
· Maior resistência a rachaduras e lascas;
· Maior resistência ao amarelecimento, em áreas protegidas da luz do sol;
· Exalam menos cheiro;
· Podem ser limpas com água;
· Não são inflamáveis.
VERNIZES E ESMALTES:
VERNIZES: Constituem-se em resinas naturais ou sintéticas sob um veículo volátil, que se convertem em película transparente ou translúcida após a aplicação de sucessivas camadas finas.
ESMALTES: São obtidos adicionando-se pigmentos aos vernizes, resultando em tinta caracterizada pela capacidade de formar um filme liso, brilhante e resistente, com alto poder de cobertura e retenção da cor, resultando em um acabamento fosco aveludado.
TINTAS IMOBILIÁRIAS: As tintas mais utilizadas pela indústria da construção civil são:
· PVA;
· Acrílica;
· Esmaltes;
· Óleos;
· Vernizes.
TINTAS À BASE DE PVA - COPOLÍMERO DE ACETATO DE VINILA.
· Caracterizam-se por possuir grande rendimento e durabilidade, quanto ao acabamento apresentam um aspecto fosco aveludado, além do que garantem um ótimo desempenho em repinturas.
· São indicadas tanto para ambientes internos quanto externos, sobre superfícies de reboco, massa corrida, massa acrílica, textura, gesso e concreto.
Apresentam a seguinte composição básica:
TINTAS ACRÍLICAS
Indicada para revestimentos internos e externos, sendo mais recomendada para o uso externo.
Apresenta em relação a tinta PVA, além de uma melhor adesão em condições úmidas, maior resistência:
· Ao amolecimento por gordura;
· Ao descascamento;
· À formação de bolhas;
· Ao crescimento de algas e fungos;
· À formação de manchas por água, mostarda, molho de tomate, café, etc.;
· Aos produtos de limpeza doméstica;
· Manutenção de cor;
TINTAS ESMALTE E ÓLEO
São indicadas tanto para o uso interno quanto externo;
Seu acabamento varia do brilhante, acetinado ao fosco;
A tinta óleo apresenta boa elasticidade em ambientes externos, porém está sujeita a alteraçõesem sua aparência.
A tinta esmalte apresenta boa resistência a ação dos raios solares e é recomendada para ambientes externos e internos, conservando a sua aparência original. 
ACESSÓRIOS PARA PINTURA
Trinchas ou Pincéis: As suas medidas são expressas em polegadas. Os mais comumente usados variam de ½ a 3 polegadas.
As cerdas (cabelos) variam de acordo com o substrato a ser pintado.
Rolos:
Podem ser de lã de carneiro, de espuma ou de espuma rígida.
Os de lã de carneiro são indicados para pintura de parede com látex.
Os de espuma, em diversos tamanhos, para pinturas com tinta a óleo, esmaltes ou vernizes.
Os de espuma rígida destinam a aplicação de acabamentos texturizáveis.
Espátulas e Desempenadeiras: Usadas na remoção de tintas velhas e na aplicação de massas
Bandejas: Facilitam a molhagem do rolo de pintura e consequentemente aplicação da tinta.
Revólver: São normalmente de pressão, sendo utilizados na aplicação de tinta à óleo ou esmaltes.
Lixas: São utilizadas para uniformizar as superfícies e aumentar a aderência das tintas. Existem quatro tipos de lixas com diversas granulações:
· Lixa para massa;
· Lixa para madeira;
· Lixa para ferro;
· Lixa d’água
SISTEMA DE PINTURA
Ao se especificar o sistema de pintura, deve-se pensar:
Na integração entre o substrato e o aspecto que se espera do acabamento;
Na compatibilidade entre o substrato e o acabamento.
Propriedades das Superfícies:
A especificação de pintura na construção civil deve ser feita mediante conhecimento das propriedades dos diversos tipos de substratos. As propriedades das superfícies que influem diretamente no comportamento das pinturas são:
Permeabilidade: é a propriedade que tem o substrato de permitir a passagem de gases ou líquidos que poderão resultar em diversas combinações químicas.
Porosidade: é a relação percentual entre o volume de espaços vazios e o volume total. Esta relação influenciará substancialmente no grau de absorção dos compostos líquidos da tinta
Resistência a radiações energéticas: é a propriedade dos materiais de não sofrerem deterioração ou decomposição quando expostos as radiações energéticas, em especial às radiações provenientes do sol, como a luz ultravioleta.
Plasticidade: plasticidade é a propriedade do material de sofrer alteração de forma sob ação de forças externas e as manter mesmo após a retirada destas forças, sem o aparecimento de fissuras.
Fragilidade: é a propriedade segundo a qual o material se rompe, sob ação de força externas, sem ter sofrido deformação.
TIPOS DE SUPERFÍCIES
Superfícies de alvenaria: Os materiais de alvenaria são porosos, absorvem e podem reter água, desenvolver e abrigar fungos e possuem comportamento alcalino.
Superfícies de madeira: As madeiras são porosas, higroscópicas e sofrem decomposição superficial sob efeito dos fungos e das radiações solares (raios infravermelho e ultravioleta). Por absorverem umidade, sofrem alteração dimensional provocando empenamentos.
Superfícies metálicas: Os metais, basicamente as ligas ferrosas, são altamente sensíveis à corrosão quando em contato com a umidade, o oxigênio e os elementos poluentes.
Sistema de Pintura. O que chamamos de pintura não compreende apenas a tinta de acabamento. Um Sistema de Pintura é composto de:
Fundos;
Massas;
Tinta de acabamento.
FUNDOS:
Também denominados tinta de fundo ou primer são substâncias líquidas, constituída por resinas, solventes (ou água), pigmentos e aditivos, aplicado inicialmente (primeira demão) sobre um substrato, com a função de preparar a base para receber a massa ou a tinta de acabamento. Constituem-se na ponte entre o substrato e o acabamento.
FUNÇÕES
· diminuir e uniformizar a absorção;
· Isolar quimicamente a tinta do substrato (proteger da alcalinidade;
· melhorar a coesão de superfícies fracas e calcinadas;
· Melhorar a aderência e durabilidade dos acabamentos;
· diminuir o consumo da tinta de acabamento;
· proteger quimicamente contra corrosão
Existem fundos apropriados para cada tipo de superfície.
FUNDOS
Chamado de selador quando reduz e/ou uniformiza a absorção do substrato.
Chamado de primer quando inibe a corrosão sobre superfície metálica.
Chamado de washprimer quando promove a adesão sobre superfície não metálica.
Chamado de preparador de paredes quando promove a coesão das partículas soltas do substrato. Indicado para argamassa não firme e sem coesão e repinturas sobre cal e gesso.
MASSAS
 As massas têm como função nivelar as superfícies, corrigindo pequenas imperfeições, deixando-as mais lisas e homogêneas, sendo, porém, dispensáveis. 
Existem massa apropriadas para cada tipo de superfície:
· Massa PVA ou corrida: usada em paredes internas;
· Massa acrílica: usada em paredes internas e externas;
· Massa óleo: usada em superfícies de madeira;
· Massa plástica e massa rápida: usadas em superfícies metálicas.
TINTAS
 As tintas têm como função protegerem as bases sobre as quais são aplicadas propiciando as mesmas uma melhor estética.
PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE
Superfícies de alvenaria e concreto:
Cura do Reboco - Após a aplicação, um reboco ou emboço será considerado curado, isto é, em condições de receber tinta após um período mínimo de 30 (trinta) dias, sendo que o tempo ideal situa-se entre 45 (quarenta e cinco) e 90 (noventa) dias;
Correção de imperfeições - Corrigir imperfeições e buracos na superfície com uso de argamassa;
Eliminação da Umidade - Verificar se o reboco não contém umidade interna, proveniente de tubulações furadas, infiltração pelo solo, superfícies adjacentes não protegidas, construção encostada a aterros, etc. Nestas situações as causas deverão ser totalmente sanadas.
Lixamento e Limpeza – Toda superfície deverá ser lixada e estar livre de pó ou qualquer outra contaminação.
Selagem da Superfície – O reboco e o concreto são superfícies bastante porosas, e por isso absorvem muita tinta e de forma irregular, aumentando o consumo e provocando manchas pela diferença de absorção. Desta forma o uso de fundos (seladores) possibilita a regularização e à uniformização da absorção da tinta, à melhoria da cobertura e principalmente à economia no acabamento.
Superfícies metálicas
Lixamento - toda a superfície deve ser lixada, com lixa para ferro, e limpa antes de receber qualquer pintura;
Pontos de ferrugem: Eliminar completamente por lixamento manual ou mecânico, ou com desoxidante, se a superfície for grande ou difícil;
´Pó: Eliminar o pó, escovando ou espanando a superfície.
Superfícies de madeira
Eliminação da resina interna: Muitos tipos de madeira são fortemente resinosos em seu interior e esse fato frequentemente provoca o aparecimento de manchas durante e após a pintura ou envernizamento. Por tal razão, deve-se eliminar essa resina interna, com a aplicação de solvente na superfície. O solvente será absorvido pelas fibras e, posteriormente, durante a evaporação, arrastará a resina para fora:
Rachaduras: Eliminar pequenas rachaduras com massa à óleo;
Lixamento - toda a superfície deve ser lixada, com lixa para madeira, e limpa antes de receber qualquer pintura.
SELAGEM DA SUPERFÍCIE
 Utilizar o selador, ou fundo preparador, indicado para cada tipo de superfície. Existem ainda produtos específicos para superfícies internas e externas:
· Reboco e concreto;
· Madeira;
· Metálicas.
O reboco e o concreto são superfícies bastante porosas, e por isso absorvem muita tinta e de forma irregular, aumentando o consumo e provocando manchas pela diferença de absorção. Desta forma o uso de seladores visa à regularização e à uniformização da absorção da tinta, à melhoria da cobertura e principalmente à economia no acabamento.
A madeira também exige a aplicação de fundo preparador como forma de minorar o efeito da resina e diminuir o consumo de tinta;
Para as superfícies metálicas a proteção contra o aparecimento de ferrugem é a principal função fundo preparador.
EMASSAMENTO
Superfícies de alvenaria e concreto:
O emassamento pode ser feito na totalidade da superfície, por razões estéticas ou em pontos isolados para correção de pequenos defeitos, irregularidades, etc.
A massacorrida à base de PVA é utilizada apenas para superfícies interiores. Para exteriores, deve ser utilizada sempre a massa acrílica.
A aplicação da massa deve ser feita em camadas finas, para um perfeito acabamento e secagem. Antes da aplicação da tinta de acabamento, é necessário o lixamento. A limpeza após lixamento deverá ser feita com pano levemente umedecido.
Quando houver necessidade de aplicar uma tinta à base de solvente (ex.: esmalte sintético) sobre massa corrida, deve-se criar uma barreira com fundo preparador de paredes acrílico, diluído em 1:1 com aguarrás, antes de aplicar o acabamento.
Superfícies de madeira:
O emassamento pode ser feito na totalidade da superfície, por razões estéticas ou em pontos isolados para correção de pequenos defeitos, irregularidades, etc.;
Deve ser utilizada massa óleo.
Superfícies metálicas:
O emassamento pode ser feito na totalidade da superfície, por razões estéticas ou em pontos isolados para correção de pequenos defeitos, irregularidades, etc.;
Deve ser utilizada massa plástica e massa rápida.
EXECUÇÃO DA PINTURA
SUPERFÍCIES DE ALVENARIA E CONCRETO
Condições para início dos serviços: 
· Os revestimentos internos de paredes e tetos devem estar concluídos de preferência, com uma antecedência de 30 dias;
· Os revestimentos de pisos também devem estar concluídos, à exceção de carpetes têxteis ou de madeira. No caso de assoalho de madeira, recomenda-se que a pintura seja feita depois da sua colocação, mas antes do acabamento;
· Todos os batentes, as portas e os caixilhos devem estar instalados e acabados. As guarnições e os arremates precisam ser colocados antes da última demão;
· Proteger o revestimento de piso com uma lona plástica, a fim de evitar a aderência de pingos de tinta;
· Retirar os espelhos de tomadas, interruptores, etc.;
· Cobrir os objetos com jornais e sacos plásticos para evitar respingos (caso de repintura);
· Usar os materiais de segurança necessários, como luvas, óculos, avental;
· Utilizar as ferramentas certas para executar o serviço;
· Quando a pintura for interna manter o ambiente bem ventilado, com janelas e portas abertas;
Execução dos serviços:
· Espanar a base, retirando a poeira que ainda ficou aderida após o lixamento;
· Diluir e misturar tinta em recipiente adequado, seguindo as orientações do fabricante;
· Utilizar a tinta adequada para o ambiente, interno ou externo;
· Efetuar os recortes nos cantos do teto com um pincel de cerdas macias;
· Aplicar, em seguida, a tinta no teto com um rolo de lã em movimentos paralelos, criando uma película fina e homogênea;
· Em cada parede, efetuar os recortes nos cantos e nas molduras de portas e janelas com um pincel de cerdas macias;
· Aplicar a tinta no restante da parede, com rolo de lã em movimentos de sobe-e-desce, criando uma película fina e homogênea;
· Durante a execução da pintura, é preciso misturar a tinta constantemente a fim de evitar a decantação de seus constituintes, o que pode causar manchas ou deficiências de cobertura na película sobre a base;
· Aplicar mais uma ou duas demãos, conforme a necessidade de cobertura, aguardando um intervalo mínimo de quatro horas entre demãos;
· Não confundir tempo de secagem ao toque com o tempo recomendado pelo fabricante entre demãos;
· Depois da colocação das guarnições e dos arremates (antes da última demão), protegê-los, revestindo-os com fita crepe e jornal. 
SUPERFÍCIES DE MADEIRA
· Homogeneizar bem o produto na embalagem com uma espátula de plástico ou madeira em forma de régua;
· Efetuar lixamento e remoção da poeira;
· Aplique uma 1º demão de tinta, óleo ou esmalte, diluída com o diluente e na proporção indicada na embalagem;
· Utilizar as ferramentas, acessórios, indicados para o tipo de tinta;
· Esperar o tempo de secagem indicado entre demãos;
· Aplicar novas demãos de tinta, observando o tempo de secagem, até a obtenção do acabamento desejado;
· Recomenda-se a aplicação de 3 a 4 demãos em madeiras novas e de 2 a 3 demãos para repintura;
SUPERFÍCIES METÁLICAS
· Homogeneizar bem o produto na embalagem com uma espátula de plástico ou madeira em forma de régua;
· Remover eventuais pontos de ferrugem com lixamento e aplicar nesses pontos, após remoção da poeira, o fundo preparador indicado;
· Aplicar uma 1º demão de tinta, óleo ou esmalte, diluída com o diluente e na proporção indicada na embalagem;
· Utilizar as ferramentas, acessórios, indicados para o tipo de tinta;
· Esperar o tempo de secagem indicado entre demãos;
· Aplicar novas demãos de tinta, observando o tempo de secagem, até a obtenção do acabamento desejado;
· Recomenda-se a aplicação de 2 a 3 demãos em superfícies novas e de 1 a 2 demãos para repintura.
PROBLEMAS COMUNS EM PINTURA
PATOLOGIAS MAIS FREQUENTES
EFLORÊSCENCIA: Manchas esbranquiçadas na superfície pintada
CAUSA: Acontece quando a tinta foi aplicada sobre reboco úmido. Isto ocorre devido à migração de umidade do interior para o exterior, sob a forma de vapor, durante a secagem arrastando materiais alcalinos solúveis para a superfície pintada, onde se deposita, causando as manchas.
CORREÇÃO:
· Aguardar a secagem da superfície e/ou eliminar eventuais infiltrações;
· Em caso de reboco novo, deve-se aguardar a sua cura de cerca de 30 dias;
· Raspar a superfície afetada.
· Aplicar uma demão de Fundo Preparador de Paredes;
· Repintar.
SAPONIFICAÇÃO:
SINTOMAS
· Aparecimento de manchas nas superfícies pintadas, provocando o descascamento ou destruição da tinta PVA;
· Retardamento indevido na secagem de tintas à base de resinas alquídicas (esmaltes e tintas a óleo), deixando a superfície pegajosa.
CAUSAS
É causada pela alcalinidade natural do cal e do cimento que compõe o reboco. Essa alcalinidade, na presença de certo grau de umidade, reage com a acidez característica de alguns tipos de resina acarretando a saponificação. AGUARDAR A CURA DO REBOCO.
CORREÇÃO - Em tinta látex:
Raspar, escovar ou lixar a superfície, eliminando as partes soltas ou mal aderidas. 
Aplicar uma demão de Fundo Preparador de Paredes e repintar.
CORREÇÃO - Em tinta alquídica (esmalte ou óleo):
Remover totalmente a tinta mediante lavagem com solventes, raspar e lixar.
DESAGREGAMENTO
SINTOMAS
Caracteriza-se pela destruição da pintura, que se esfarela, destacando-se da superfície juntamente com partes do reboco.
CAUSA: Ocorre quando a tinta é aplicada sobre superfície de reboco novo não curado ou quando há infiltração de umidade.
CORREÇÃO:
· Remover as partes afetadas;
· Reparar as superfícies com uso de argamassa;
· Promover o emassamento da superfície quando for o caso;
· Lixar e remover o pó;
· Aplicar uma demão de Fundo Preparador de Parede;
· Efetuar a repintura;
· Em caso de reboco novo deve-se aguardar a sua cura/secagem (no mínimo 30 dias).
DESTACAMENTO OU DESCASCAMENTO
SINTOMAS: Destacamento da película da tinta.
CAUSA: Pode ocorrer quando a pintura for executada diretamente sobre superfícies pulverulentas (pó) como: caiação, partes soltas, reboco novo não selado ou gesso. A aderência da cal sobre a superfície não é boa, constituindo camada cheia de pó.
CORREÇÃO:
· Remover as partes afetadas. Antes de pintar sobre caiação, elimine as partes soltas ou mal aderidas, raspando ou escovando a superfície. 
· Lixar e remover o pó;
· Aplicar uma demão de Fundo Preparador de Parede;
· Efetuar a repintura.
BOLHAS EM SUPERFÍCIE DE ALVENARIA:
SINTOMAS: Bolhas que aparecem na película da tinta, devido a várias causas.
CAUSAS: Podem ocorrer devido a:
1- Aplicação de massa corrida PVA em exteriores, pois o produto é indicado apenas para superfícies internas;
2- Em repintura sobre tinta de má qualidade, a umidade da tinta nova pode se infiltrar na antiga e provocar bolhas;
 3- Quando a poeira não foi eliminada após lixamento da massa ou quando a tinta não foi devidamente diluída.
CORREÇÃO 1: Remover através de raspagem toda a película da tinta; lixar e remover o pó; aplicar uma demão de Fundo Preparador de Parede; emassar utilizando massa acrílica; repintar.
CORREÇÃO 2: Remover através de raspagem toda a película da tinta; lixar e removero pó; aplicar uma demão de Fundo Preparador de Parede; repintar.
CORREÇÃO 3: Raspar e lixar as partes soltas; lixar e remover o pó; aplicar uma demão de Fundo Preparador de Parede; repintar.
MOFO, BOLOR E FUNGOS
SINTOMAS: Constituem-se num grupo de seres vivos vegetais, que proliferam em condições favoráveis, principalmente em climas quentes, úmidos, mal ventilados ou mal iluminados. Produzem o escurecimento da película decompondo-a
CORREÇÃO: 
· Lavar a superfície com uma solução de água com água sanitária na proporção de 1:1 molhando constantemente a superfície com a solução durante um período de 6 horas;
· Enxaguar a superfície com água em abundância;
· Aguardar a secagem;
· Aplicar uma demão de fundo preparador e repintar.
TRINCAS E MÁ ADERENCIA EM MADEIRA
CAUSA: Podem ocorrer quando se utiliza massa corrida PVA na correção de imperfeições da madeira, uma vez que o produto é indicado para a superfície de reboco.
CORREÇÃO: Remover a pintura e a massa; Aplicar uma demão de fundo para madeira; Corrigir possíveis imperfeições com massa óleo para madeira; Lixar e retirar o pó e repintar

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