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Tradução intersemiótica só livro Alice no país das maravilhas As adaptações de obras literárias para o cinema estão se tornando cada vez mais comuns o que propicia discussões sobre a fidelidade do ‘original’ (textos literários) e ‘cópia’ (filme). No entanto, a leitura/interpretação de uma obra literária e a transposição do texto para o filme promovem transformações próprias do meio semiótico. Nesse contexto, analisaremos a tradução intersemiótica (que implica na transformação desses textos em uma narrativa fílmica) dos livros As Aventuras de Alice no País das Maravilhas (1865) e Através do Espelho e o que Alice Encontrou por Lá (1871), do escritor inglês Lewis Carroll para o filme Alice no País das Maravilhas (2010), dirigido por Tim Burton a fim de investigar as diferenças e correspondências dos textos escritos para o filme. Em 2010, o diretor Tim Burton fez um filme em live action que faz referência aos livros de Lewis Carroll Alice no País das Maravilhas e Alice através do espelho, criando uma nova história, em que a personagem Alice está com 19 anos de idade e volta ao mundo mágico de suas aventuras vividas quando criança. Nessa obra, Burton recria as aventuras vividas pela personagem de Carroll em uma nova roupagem audiovisual, através da tecnologia 3D estereoscópica. Alice, portanto, não só nos livros como no filme, aventura-se por lugares exóticos e desconhecidos onde encontra personagens fantásticos tão incomuns para a realidade cotidiana. Em sua interpretação sobre as Alices de Carroll, Tim Burton transformou o País das Maravilhas em um Mundo Subterrâneo com sua atmosfera sombria e, ao mesmo tempo, exuberante.