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5 Coluna Fibrocartilagem 2019

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BIOMECÂNICA
BIOMECÂNICA DAS 
FIBROCARTILAGENS
MENISCOS
DISCOS INTERVERTEBRAIS
COLUNA
Fibrocartilagem
▪ Tecido com características intermediárias
entre o tecido conjuntivo denso e a
cartilagem hialina
▪ Feixes evidentes de espessas fibras colágenas
(colágeno tipo I)
Fibrocartilagem
Presente nos discos intervertebrais, sínfise púbica, 
meniscos dos joelhos
A sua presença indica que naquele local o tecido 
precisa resistir à compressão e ao desgaste
MENISCOS
Meniscos – Anatomia
▪ São fibrocartilagens 
com o formato 
semilunar
▪ Localizados entre os 
côndilos femoral e 
tibial (presos ao 
côndilo tibial)
Menisco lateral
Menisco medial
Meniscos – Funções
▪ Absorver impacto
▪ Aliviar pressão sobre a cartilagem articular
▪ Melhorar a congruência entre os côndilos – favorece 
a estabilidade (aumenta a área de contato)
Meniscos – Anatomia
▪ Menisco lateral
 Formato mais circular
 Mais móvel, move-se quase o 
dobro que o medial no sentido 
ântero-posterior
▪ Menisco medial
 Formato de uma lua crescente
▪ São avasculares: quando 
ocorre ruptura é quase 
impossível a 
cicatrização(vascularizados só 
na porção periférica)
Menisco lateralMenisco medial
Vista superior da extremidade proximal da tíbia - deslocamento
anterior e posterior dos meniscos durante os movimentos de
flexão e extensão da articulação do joelho
Costa e Serrão. Movimento Articular. Manole, 2010.
Lesões Meniscais
▪ Epidemiologia:
 1/3: prática esportiva 
 Local: menisco medial (+ fixo*)
 Lesão associada do LCA (80% a 90%)
 Futebol 
 Cohen et al. (2003); Olivi et al. (2004)
Lesões Meniscais
Lesões Meniscais
▪ Movimentos do joelho podem ocasionar lesões 
quando estes não seguem os deslocamentos dos 
côndilos
▪ Mecanismo de lesão: 
 Flexão + rotação = força de cisalhamento. 
 Atletas: entorses, mudanças rápidas de direção.
 Sedentários: alterações posturais, sobrecarga.
 Cohen et al. (2003); Olivi et al. (2004)
DISCO INTERVERTEBRAL
COLUNA
Disco Intervertebral – Anatomia
▪ Núcleo Pulposo: substância
gelatinosa (glicosaminoglicanos
+ 88% de água)
▪ Ânulo Fibroso ou anel fibroso:
constituído por uma série de
lamelas de fibras colágenas que
estão dispostas em uma forma
espiral.
Disco Intervertebral – Função 
▪ Função núcleo:
 Absorção de choques e 
distribuição de pressões
▪ Função ânulo:
 Conter o núcleo pulposo
 Auxiliar na estabilização 
da coluna
Núcleo pulposo de meia-idade 
normal
Núcleo pulposo degenerado
NORDIN, Margareta, FRANKEL, Victor H. Biomecânica Básica do Sistema Musculoesquelético, 
4ª edição. Guanabara Koogan, 02/2014. 
Movimentos do disco intervertebral
▪ A unidade funcional da coluna vertebral – o
segmento de movimento – consiste em duas
vértebras adjacentes.
▪ Cada movimento é de escassa amplitude. Os
movimentos de grande amplitude são obtidos pela
somatória de numerosas articulações.
▪ Movimentos:
 Flexão-extensão
 Flexão lateral (inclinação)
 Rotação direita-esquerda 
 Circundução
Comportamento do disco intervertebral nos 
movimentos elementares
▪ Alongamento axial: aumenta
a espessura do disco, a
largura diminui e a pressão
no interior do núcleo diminui
(tratamento das hérnias
discais).
▪ Compressão axial:disco se 
achata e se alarga, o núcleo 
se achata, sua pressão 
interna aumenta.
Comportamento do disco intervertebral nos 
movimentos elementares
▪ Extensão: a vértebra superior
se desloca para trás, o espaço
intervertebral diminui na
parte de trás e o núcleo se
projeta para frente
▪ Flexão: a vértebra superior
desliza para frente e o espaço
diminui anteriormente e o
núcleo se desloca para trás
Comportamento do disco intervertebral nos 
movimentos elementares
▪ Inclinação: a vértebra superior 
se inclina para o lado da 
flexão, o núcleo é deslocado 
para o lado da convexidade da 
curva
▪ Rotação axial: o núcleo fica 
fortemente comprimido e sua 
tensão interna aumenta com o 
grau de rotação.
Forças de compressão sobre o disco
▪ São mais importantes à 
medida que se aproximam 
do sacro.
▪ Indivíduo de 80kg: 37kg 
em L5S1
▪ Somando-se o peso de 
uma carga ou sobrecarga 
brusca: os discos inferiores 
da coluna lombar são 
submetidos a forças que 
ultrapassam a sua 
resistência.
Compressão Discal em Função da 
Postura
O conhecimento das posições mais agressivas 
da coluna vertebral é de grande relevância na 
seleção de um exercício menos nocivo para 
sujeitos que possuem algum comprometimento 
estrutural nessa área.
A. Quando o indivíduo assume o decúbito dorsal com as pernas estendidas, a
tração da porção vertebral do músculo psoas produz um pouco de carga sobre a
coluna lombar.
B. Quando os quadris e os joelhos estão fletidos e apoiados, o músculo psoas se
relaxa e as cargas sobre a coluna lombar diminuem.
NORDIN e FRANKEL. H. Biomecânica Básica do Sistema
Musculoesquelético., 4ª edição. Guanabara Koogan,
02/2014.
Compressão Discal
Característica da compressão discal:
▪ Quanto mais distante carga da coluna, maior a 
sobrecarga.
Compressão Discal no Exercício Físico
A escolha da técnica influencia a carga na região 
lombar durante a realização de um exercício físico
A. A extensão da coluna a partir do decúbito ventral ativa intensamente os
músculos eretores da espinha, mas também produz tensões elevadas sobre os
discos lombares e os processos espinhosos, que recebem carga em uma posição
extrema.
B. A diminuição da curvatura da coluna colocando uma almofada sob o abdome
torna possível que os discos resistam melhor às tensões, porque as vértebras estão
alinhadas umas com as outras. Prefere-se que o exercício isométrico seja realizado
nesta posição.
NORDIN e FRANKEL. H. Biomecânica Básica do Sistema Musculoesquelético., 4ª edição. Guanabara Koogan, 02/2014.
Realizar uma flexão até o ponto em que apenas as escápulas saem do solo
minimiza o movimento lombar, e, consequentemente, a carga sobre a
coluna lombar é menor do que quando se realiza o movimento de sentar
completo.
NORDIN e FRANKEL. H. Biomecânica Básica do Sistema Musculoesquelético., 4ª edição. Guanabara Koogan, 02/2014.
Caminhada
▪ Em um estudo de caminhada normal em 4 velocidades as
cargas de compressão do segmento L3-L4 variou de 0,2 a
2,5 vezes o peso corporal.
▪ Quanto maior a velocidade, maior a carga.
▪ Conclusão: a caminhada é segura e, talvez, o exercício
terapêutico ideal para aqueles com dor lombar
(Callaghan et al., 1999).
▪ Controlar a velocidade de caminhada pode moderar ainda
mais as cargas na coluna vertebral (Cheng et al., 1998).
NORDIN e FRANKEL. H. Biomecânica Básica do Sistema Musculoesquelético., 4ª edição. Guanabara Koogan, 02/2014.
Com a adequação do posicionamento, o exercício
físico pode ser de grande importância no que diz
respeito à adaptação estrutural da coluna
vertebral:
▪ Estimula o aumento das proteínas que controlam a 
compressão (colágeno e proteoglicanos) e o aumento do 
líquido no disco intervertebral
▪ Garante o ganho de massa óssea no corpo vertebral
▪ Fortalece a musculatura que exerce o controle postural e 
estabiliza a coluna vertebral (NORDIN; FRANKEL, 2014; 
WILKE et al ., 1999).
PIA:Pressão Intra-Abdominal
▪ A PIA é a pressão criada no interior da cavidade
abdominal por uma contração coordenada dos músculos
diafragma, abdominais e pélvicos.
▪ Contribui tanto para a retirada de carga quanto para a
estabilização da coluna lombar.
▪ O músculo transverso do abdome é o principal músculo
abdominal responsável pela produção da PIA.
A fadiga muscular do tronco pode tornar a 
coluna mais vulnerável, em decorrência da 
perda de controle motor e, assim,sobrecarregar ligamentos, discos e cápsulas 
articulares circundantes
Hérnia de disco 
▪ Extrusão de massa discal que se projeta para o 
canal medular através de uma ruptura da parede 
do anel fibroso
▪ Epidemiologia:
 30-50 anos: fase de degeneração discal
 Pode ocorrer em qualquer local da coluna vertebral
 Local + freqüente: lombar(L4/L5; L5/S1)
BARROS FILHO (2003) 
Herniação 
do núcleo 
pulposo.
HALL, Susan J. Biomecânica Básica, 7ª edição. Guanabara Koogan, 03/2016. 
Hérnias de disco – Fisiopatogenia
Forças compressivas
Degeneração núcleo
( proteoglicanas)
Desidratação
Erosão do anel fibroso = ruptura 
Prolapso discal
Compressão estruturas nervosas, 
ligamentos
Dor
HENNEMANN, SCHUMACHER (1997)
Mecanismo de lesão
Hérnia de disco
▪ Sinais e sintomas
 Dor (com ou sem irradiação) MMSS, MMII
 Parestesias (diminuição sensibilidade)
 Alteração força (paresias)
 Alteração reflexos
▪ Dependem da localização da hérnia
Hennemann, Schumacher (1997)
Hérnia de disco 
Causas
▪ Fatores hereditários
▪ Trabalho físico pesado
▪ Postura de trabalho estática
▪ Idade avançada (também é motivo de lesões 
degenerativas)
▪ Ação de inclinar e girar o tronco frequentemente
▪ Ação de levantar, empurrar e puxar objetos
▪ Movimentos repetitivos em casa ou no trabalho
▪ Trabalhar dirigindo ou em trabalhos que provoquem 
vibrações no corpo
Diagnóstico 
▪ Exames complementares: 
RM e TC
▪ Não é possível identificar 
uma hérnia no RX!!!
▪ RX: alinhamento, alterações 
degenerativas, tumorais e 
infecciosas.
Hérnias de disco
Trabalhos recentes mostram que o organismo 
tem capacidade de reabsorver fragmentos de 
hérnias extrusas. 
BARROS FILHO (2003) 
Evitar movimentos exagerados:
▪ Hiperextensão
▪ Flexão da coluna
▪ Inclinações e rotações acentuadas
SANTOS,2005, KEELY, 2001
Ideal: exercícios x alinhamento neutro da coluna 
SANTOS,2005
PROMOVENDO A SAÚDE NO 
TRABALHO
PROMOVENDO A SAÚDE EM 
CASA
Tratamento
▪ Objetivos:
 Diminuir a dor
 Estabilização (fortalecimento)
 Alongamento
Estabilização
▪ Trabalhar os estabilizadores em sua função 
natural : como estabilizadores primários (ex: 
auto crescimento)
▪ Exercícios para músculos profundos X 
superficiais
▪ Equilíbrio agonistas e antagonistas
▪ Controle motor 
KEELY, 2001
FIM!!!!
Referências bibliográficas –
Meniscos 
▪ HALL, Susan J. Biomecânica Básica, 7ª edição. Guanabara Koogan, 
03/2016
▪ NORDIN, Margareta, FRANKEL, Victor H. Biomecânica Básica do 
Sistema Musculoesquelético, 4ª edição. Guanabara Koogan, 02/2014. 
▪ Forgas CR,MonteiroCG.Tratamento fisioterápico das lesões meniscais
do joelho. In :Cohen M, Abdalla RJ. Lesões nos esportes: diagnóstico, 
prevenção e tratamento.Revinter: Rio de Janeiro,2003.
▪ Cohen et al. Joelho: diagnóstico e tratamento. In: Cohen M, Abdalla 
RJ. Lesões nos esportes: diagnóstico, prevenção e 
tratamento.Revinter: Rio de Janeiro,2003.
▪ Stollsteimer GT et al. Meniscal allograft transplantation: A 1 –to 5 
year follow-up of 22 patients. Arthroscopy 2000; 16(4): 343-47. 
▪ Weiis et al (1989) apud Cohen et al.(2003) 
▪ Fu e Baratz apud Cohen et al. (2003)
▪ Olivi R et a. Meniscos. In: Amatuzzi MM. Joelho: articulação central 
dos membros inferiores. São Paulo:Roca, 2004.
Referências bibliográficas –
Coluna Vertebral 
▪ HALL, Susan J. Biomecânica Básica, 7ª edição. Guanabara Koogan, 
03/2016
▪ NORDIN, Margareta, FRANKEL, Victor H. Biomecânica Básica do 
Sistema Musculoesquelético, 4ª edição. Guanabara Koogan, 02/2014. 
▪ WACHENBERG M et al. Coluna Vertebral: diagnóstico e tratamento. 
In: Cohen M, Abdalla RJ.Lesões nos esportes: diagnóstico, prevenção 
e tratamento. Rio de Janeiro: Revinter;2003.
▪ HENNEMANN SF, SCHUMACHER W. Hérnias de disco: revisão de 
conceitos atuais. In: In: Barros Filho TEP, Basile Júnior R Coluna 
Vertebral: diagnóstico e tratamento das principais patologias. São 
Paulo: Sarvier, 1997.

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