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1 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 2 ANATOMIA E BIOMECÂNICA .................................................................... 5 2.1 Dos membros superiores (MMSS) ....................................................... 5 2.2 Dos membros inferiores (MMII) .......................................................... 11 2.3 Da coluna vertebral ............................................................................ 14 3 SISTEMA LOCOMOTOR .......................................................................... 16 3.1 Marcha ............................................................................................... 16 3.2 Determinantes da marcha .................................................................. 16 3.3 Avaliação do sistema locomotor ......................................................... 17 3.4 Roteiro de exame físico- aparelho locomotor: coluna ........................ 18 4 PATOLOGIAS COLUNA VERTEBRAL ..................................................... 19 4.1 Lombalgia ........................................................................................... 19 4.2 Hérnia de disco .................................................................................. 20 4.3 Espondilólise e espondilolistese ......................................................... 20 4.4 Estenose lombar ................................................................................ 22 4.5 Doença degenerativa ou artrósica da coluna vertebral ...................... 23 4.6 Espondilite anquilosante ..................................................................... 24 4.7 Hiperlordose ....................................................................................... 25 4.8 Hipercifose ......................................................................................... 25 4.9 Escoliose ............................................................................................ 26 5 PATOLOGIAS EM MMII............................................................................ 26 5.1 Pelve .................................................................................................. 26 5.2 Quadril ................................................................................................ 27 5.3 Joelhos ............................................................................................... 30 5.4 Tornozelos e pés ................................................................................ 33 3 6 FISIOTERAPIA PREVENTIVA .................................................................. 37 7 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO EM PATOLOGIAS DE MMII ........ 39 7.1 Fraturas do quadril ............................................................................. 40 7.2 Fraturas do fêmur ............................................................................... 41 7.3 Luxação congênita do quadril ............................................................. 42 7.4 Síndrome do piriforme ........................................................................ 43 7.5 Doença de Legg-Calvé-Pertles .......................................................... 44 7.6 Lesões traumáticas do joelho ............................................................. 45 7.7 Lesões ligamentares do joelho ........................................................... 47 7.8 Lesões meniscais ............................................................................... 49 7.9 Lesões e/ou Fraturas e deformidades do tornozelo ........................... 50 8 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO EM TRAUMAS E PATOLOGIAS NA COLUNA VERTEBRAL ............................................................................................. 55 8.1 Lombalgia ........................................................................................... 55 8.2 Hérnia de disco .................................................................................. 56 8.3 Espondilólise e espondilolistese ......................................................... 58 8.4 Estenose lombar ................................................................................ 59 8.5 Alterações da coluna vertebral- Desvios patológicos ......................... 59 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 62 4 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 5 2 ANATOMIA E BIOMECÂNICA Fonte: topergonomia.com.br 2.1 Dos membros superiores (MMSS) Ombros e cintura escapular: A mobilidade desfrutada pelo membro superior advém em parte das estruturas conhecidas como o cíngulo do membro superior e articulação do ombro ou, mais precisamente, articulação glenonumeral. É através dessa unidade funcional que o braço, antebraço, punho e mão são conectados ao esqueleto axial e por controle dessa unidade é que o úmero pode ser posicionado. Embora estruturalmente separados, o cíngulo do membro superior e a articulação glenonumeral são funcionalmente inseparáveis (FRANKEL, 2003). Fonte: anatomiaonline.com 6 Os componentes esqueléticos do cíngulo do membro superior incluem duas clavículas, duas escápulas e o esterno. Estes ossos são responsáveis pela transmissão de forças dos membros superiores para o corpo. Esta transmissão de força segue, necessariamente, um caminho definido pelas articulações associadas ao cíngulo do membro superior. O cíngulo é considerado um sistema mecânico aberto - isto é, os lados esquerdos e direito não são conectados diretamente e, portanto, podem mover-se de modo independente. A fixação indireta entre os lados esquerdo e direito é através do manúbrio do esterno (FRANKEL, 2003). As escápulas não são ligadas entre si ou à coluna vertebral, embora se considere que existe uma conexão ou articulação precária entre a face anterior de cada escápula (fossa subescapular) e os tecidos que estão entre ela e as costelas. Esta é geralmente denominada articulação escapulotorácica. O ponto de fixação das escápulas às clavículas é a articulação acromioclavicular. Esta é uma articulação plana que, além de ser estabilizada pelos ligamentos capsulares, é auxiliada por duas estruturas ligamentosas importantes, os ligamentos acromioclavicular e coracoclavicular. A exemplo de muitas estruturas anatômicas, a denominação sugere claramente sua localização. O ligamento acromioclavicular serve para fortalecer, na frente, a articulação acromioclavicular, anaxial; o ligamento coracoclavicular, que conecta a escápula com o processo coracóide, fornece a principal proteção à articulação. Esse ligamento é composto de duas estruturas, os ligamentos conóide e trapezóide, que seguem da face superiordo processo coracóide para a face inferior da clavícula. A articulação esternoclavicular (plana) dupla, triaxial, funciona em todos os movimentos do cíngulo do membro superior. Embora dupla, a articulação esternoclavicular funciona como uma articulação esferóide triaxial porque a clavícula se articula com o manúbrio do esterno e também com a primeira costela. A clavícula, atuando como uma escora ou braço mecânico, mantém a articulação glenonumeral em sua distância correta do esterno. As faces articulares das extremidades esternais das clavículas não são moldadas anatomicamente ao ponto esternal de fixação. Um disco articular aumenta o grau de ajuste e também atua como um amortecedor de choques para as forças transmitidas da região do ombro e ajuda a prevenir luxação da articulação (FRANKEL, 2003). O disco é fixado à clavícula e à primeira cartilagem costal. A articulação esternoclavicular também é protegida de deslocamento excessivo pelo ligamento 7 costoclavicular, que segue da face superior medial da primeira costela à face inferior medial da clavícula. A articulação glenoumeral consiste numa cabeça do úmero quase hemisférica e numa cavidade glenóide relativamente rasa na margem lateral da escápula. O lábio glenoidal é uma estrutura na margem lateral da escápula. O lábio glenoidal é uma estrutura fibrosa que reveste o perímetro da cavidade glenóide e serve, essencialmente, para aprofundar a articulação e desse modo aumentar sua estabilidade. A extrema mobilidade da articulação glenoumeral é alcançada em sacrifício direto da estabilidade, ou resistência ao deslocamento. A cápsula articular, que circunda completamente a articulação, não é uma estrutura rígida e permite uma separação significativa das faces articulares durante o movimento umeral anterior e inferior (SACCO,2008). A cápsula se fixa ao colo do úmero abaixo e a margem óssea da cavidade glenóide acima. Estruturalmente, a articulação é protegida, acima, pelo arco coracoacromial, formado pelo processo coracóide, acrômio e ligamento coracoacromial, que atravessa a distância entre estas duas protuberâncias. Outros ligamentos, embora não mantenham as faces articulares em aposição, protegem a articulação de um deslocamento. O ligamento coracoumeral segue do processo coracóide à face anterior do tubérculo maior e serve para fortalecer a cápsula articular. Os ligamentos glenoumerais (superior, médio, inferior) também são encontrados na parte anterior da articulação e constituem parte da cápsula articular. Amplitude - Extensão do ombro - 45º a 50º; Flexão do ombro: 180º (amplitude total do ombro); Rotação interna do ombro: 95º (ultrapassa um pouco 90º); Rotação externa do ombro: 80º (não atinge 90º). Abdução e adução a partir da posição da referência =3 estágios: Abdução de amplitude 60º/ Abdução de amplitude 120º/ Abdução de amplitude 180º; Adução amplitude muito fraca: Adução atinge amplitude de 30º a 45º. • Amplitude e músculos envolvidos Anteposição (proteção): Peitoral maior; Peitoral menor; Serrátil anterior. 8 Retroposição (retração): Romboide Trapézio Grande dorsal. • Observação: A amplitude de anteposição é maior que a da retroposição. Abdução de 90º no plano frontal: Músculo deltoide; Músculo suprarrenal; Músculo trapézio. Antepulsão + adução anterior = 140º: Músculo "deltoide (feixe clavícula)"; Músculo "sub escapular"; Músculo "peitoral maior"; Músculo "peitoral menor”; Músculo "serrátil anterior". Retropulsão + adução posterior + 30º: Músculo "deltoide"; Músculo "infra espinhal"; Músculo "redondo maior"; Músculo "redondo menor"; Músculo "romboide"; Músculo "trapézio"; Músculo "grande dorsal". Cintura escapular: A cintura escapular consiste de dois pares de ossos: uma clavícula de cada lado e uma escápula de cada lado (SACCO,2008). Movimentos Anatômicos Músculos atuantes Primários Músculos Atuantes Assistentes Flexão Deltoide anterior Peitoral menor (clavícula) Bíceps braquial (cabeça curta) Coracobraquial Subescapular Extensão Grande dorsal Redondo maior Tríceps braquial Deltoide posterior Abdução Deltoide medial Supra-espinhal Peitoral maior Deltoide anterior Bíceps braquial Adução Peitoral maior Grande dorsal Redondo maior Bíceps braquial Tríceps braquial Coracobraquial Subescapular Adução horizontal Deltoide anterior Peitoral maior Coracobraquial Bíceps braquial Abdução horizontal Deltoide médio Deltoide posterior Infra-espinhal Redondo menor Supra-espinhal Grande dorsal Redondo maior Rotação interna Subescapular Deltoide anterior 9 Redondo maior Peitoral menor Bíceps braquial Rotação externa Infra-espinhal Redondo menor Deltoide posterior Elevação da escápula Trapézio Elevador da escápula Romboide Depressão da escápula Trapézio Peitoral menor Grande dorsal Abdução e rotação para cima da escápula Serrátil anterior Trapézio Elevador da escápula Abdução e rotação para cima da escápula Romboide Peitoral menor Cotovelo: Os principais músculos do complexo do cotovelo são aqueles relacionados aos movimentos osteocinemáticos do complexo, ou seja, os músculos responsáveis pelos movimentos de flexão e extensão do cotovelo. São eles: Músculo bíceps braquial (flexor do cotovelo); Inserção superior: Tubérculo supraglenoidal e processo coracóide da escápula Inserção inferior: Extremidade proximal de rádio e ulna anteriormente. Possui como função: Flexão do cotovelo e supinação do antebraço. Músculo braquioradial: Inserção proximal: Anteriormente na diáfise do úmero Inserção distal: Extremidade proximal de rádio. Possui como função: Flexão do cotovelo Músculo Tríceps braquial: Inserção proximal: Tubérculo supraglenoidal, tubérculo infraglenoidal e diáfise do úmero posteriormente. Inserção distal: Por um único tendão se insere no olecrano da ulna. Possui como função: Extensão do cotovelo. Músculo Ancôneo: -Inserção proximal: Extremidade distal do úmero posteriormente. -Inserção distal: Olecrano da ulna. Possui como função: Últimos graus de extensão do cotovelo 10 Punho e mão: A mão é composta de 27 ossos e mais de 20 articulações. Os ossos, divididos em três grupos, são os oito carpais, cinco metacarpais e três fileiras de falanges. Os ossos do carpo, classificados como irregulares, são o escafóide, semilunar, piramidal e piriforme, trapezóide, trapézio, capitato e uncinado. Os cinco ossos do metacarpo têm uma base proximal, um corpo e uma cabeça distal. As três fileiras de falange são as fileiras proximal, média e distal. O polegar não possui uma falange média. O punho é constituído pelas articulações radiocárpica e intercárpicas (SACCO,2008). A primeira, uma articulação elipsoide, é formada pela extremidade distal do rádio, um disco articular e três dos quatro ossos na fileira proximal do carpo. A articulação radiocárpica é separada da fileira proximal de carpais por um disco articular fibrocartilagíneo. Os três carpais envolvidos formam uma face convexa lisa que recebe a extremidade distal côncava do rádio e admite movimentos planares (anaxiais). As articulações intercárpicas são divididas em três grupos: as articulações entre os ossos escafóide, semilunar, piramidal e isiforme; as articulações entre o capitato, uncinado, trapezóide e trapézio; e a articulação mediocárpica, entre as fileiras proximal e distal. Os ligamentos da articulação radiocárpica incluem uma extensa cápsula articular e o radiocárpico palmar, radiocárpico dorsal, colateral ulnar do carpo e colateral radial do carpo. As articulações intercárpicas são sustentadas por uma complexa rede de ligamentos (SACCO,2008). As articulações carpometacárpicas incluem as dos quatro dedos mediais e a do polegar. A articulação carpometacárpicado polegar é formada pela base do primeiro metacarpal e o trapézio. Contudo, as articulações carpometacárpicas dos quatro dedos mediais são sinoviais planas. A articulação carpometacárpica do polegar tem uma cápsula articular relativamente frouxa que é reforçada pelos ligamentos carpometacárpicos palmar (radial) e dorsal (anterior e oblíquo posterior) laterais do polegar. Os ligamentos das articulações carpometacárpicas são os carpometacárpicos dorsais, carpometacárpicos palmares e carpometacárpicos interósseos. As extremidades distais dos metacarpais formam articulações elipsóides com as extremidades proximais das falanges proximais, as articulações metacarpofalângicas (MF) (NEUMANN,2006). 11 2.2 Dos membros inferiores (MMII) Quadril: A articulação do quadril é uma articulação esferóide. É formada pelo encaixamento da cabeça do fêmur no acetábulo do osso do quadril. A despeito da estabilidade inerente proporcionada à articulação por sua arquitetura e sustentação ligamentosa, a articulação do quadril demonstra um alto grau de mobilidade. Os movimentos permitidos pelo quadril, descritos com referência ao fêmur, incluem a flexão e extensão no plano sagital, abdução e adução no plano frontal e rotação medial e lateral no plano transversal (NEUMANN,2006). Vinte e dois músculos atuam sobre a articulação do quadril. Foram apresentados vários esquemas de classificação, mas um método singelo é identificar os músculos que dão contribuições importantes para cada uma das ações possíveis na articulação do quadril. Os membros do grupo flexor incluem o Psoas e o ilíaco, os agonistas primários e o reto da coxa. O grupo extensor do quadril inclui os músculos do jarrete: semimembranáceo, semitendíneo e cabeça longa do bíceps da coxa. O grupo adutor do quadril é composto pelo grácil, adutor longo, adutor curto, adutor magno e pectíneo. O grupo abdutor é composto de vários músculos que atuam predominantemente em outras ações articulares. A rotação lateral é uma função de parte do glúteo máximo, reto da coxa e um grupo de seis músculos geralmente agrupados como os rotadores laterais (FRANKEL,2003). Joelho: A articulação do joelho, tipicamente classificada como uma sinovial em dobradiça, é a maior e mais complexa articulação do corpo. E vulnerável em atletas e supostamente também em não-atletas. Investigadores finlandeses relataram recentemente que em homens e mulheres a articulação do joelho é o local mais comum de lesão desportiva que requer cirurgia, e que a freqüência em mulheres é significativamente mais alta que em homens (FRANKEL,2003). 12 Fonte: escalada.com O movimento do joelho é denominado por flexão e extensão, mas normalmente ocorre nos planos sagital, frontal e transversal. Três articulações compõem o joelho: duas tibiofemorais e a patelofemoral. As duas primeiras são os locais onde os côndilos femorais: medial e lateral fazem contato, através de cartilagem articular interposta, com a face articular superior da tíbia. A articulação patelofemoral é composta pelas face articular da patela e face patelar do fêmur. A patela é um osso sesamóide, que se caracteriza por seu desenvolvimento dentro de um tendão, neste caso o tendão do músculo quadríceps da coxa. A maioria dos casos de luxação do joelho é na verdade uma luxação da patela. A cápsula articular do joelho à diferença de outras articulações, não forma uma estrutura envolvente completa da articulação (NORKIN, 2001). Os poucos ligamentos capsulares verdadeiros que conectam os ossos são auxiliados por tecidos tendíneos dos músculos associados à articulação. O ligamento da patela é a continuação do tendão do músculo quadríceps da coxa clistal à patela. O movimento da articulação do joelho, embora mensurável ao redor dos três eixos, é dominado por flexão e extensão no plano sagital. A amplitude movimento da extensão completa (0º) à flexão completa é de aproximadamente 140º. O movimento do joelho no plano transversal acompanha tipicamente a flexão e extensão e é referido como rotação tibial e medial e lateral. O movimento no plano transversal é uma função da posição do joelho no plano sagital. Nenhuma rotação do joelho é permitida quando o joelho está completamente estendido; contudo, até 45º de rotação lateral e 30º de 13 rotação medial são possíveis quando o joelho está fletido até 90º. Na extensão completa, a rotação é restrita pela arquitetura óssea da articulação, enquanto além de 90º de flexão o movimento é limitado pelos tecidos moles esticados ao redor da articulação (FRANKEL,2003). Pés e tornozelos: Os ossos do pé são tradicionalmente divididos em três segmentos funcionais. O retropé ou segmento posterior inclui o tálus e o calcâneo, o médio pé ou segmento intermediário inclui o navicular, o cuboide e os três cuneiformes e o antepé ou segmento anterior, que é composto pelos cinco metartasais e pelas falanges (TEIXEIRA, 1997). Fonte: escalada.com Ao contrário de outras articulações, que atendem exclusivamente a demandas de mobilidade ou de estabilidade, o pé e o tornozelo formam um complexo articular que atende a ambas as demandas, sendo algumas vezes móvel e outras vezes estável (DRISCOLL, 1994). O complexo articular do tornozelo e do pé atende a essas demandas, proporcionando uma base estável de suporte para o corpo, numa variedade de posições de suporte de peso , de forma a não envolver atividade muscular e gasto energético indevidos e, ao mesmo tempo, agindo como uma alavanca fixa, para propulsionar efetivamente o corpo durante a marcha (DRISCOLL, 1994). Os requisitos de estabilidade podem ser contrapostos com as demandas de mobilidade, ao amortecer as rotações impostas pelas articulações proximais, sendo flexível o suficiente para absorver os impactos do peso corporal, durante o choque do calcanhar, permitindo que o pé se adapte a variados tipos de terrenos (NORKIN, 2001). 14 Articulação do tornozelo: O tornozelo, ou articulação talo-crural, composto pelas articulações tibiotalar e tibiofibular, é classificado com o um a articulação sinovial em gínglimo e apresenta uma estabilidade inerente, devido a sua arquitetura óssea e à presença dos ligamentos colaterais, da cápsula articular e da porção distai da membrana interóssea (KNUTZEN, 1994). Articulação subtalar: A articulação subtalar, um complexo de duas articulações distintas orientadas obliquamente uma em relação à outra, é responsável pela conversão das forças rotatórias do membro inferior. Sua mecânica determina o grau de movimento das articulações médio-társicas e do antepé Articulação médio-társica: A articulação médio-társica, também denominada transversa do tarso ou de Chopart, funciona como uma conexão entre o retropé e o antepé. Cada articulação apresenta algum movimento independente, mas, do ponto de vista funcional, considera-se que elas funcionem juntas (KNUTZEN, 1994). 2.3 Da coluna vertebral A coluna vertebral é composta de 33 vértebras, das quais 24 se unem para formar uma coluna flexível. De cima para baixo, são classificadas como cervicais (C1 -C7), torácicas (T1-T12), lombares (L1-L5), sacrais (S1-S5) e quatro coccígeas. As vértebras sacrais e coccígeas são denominadas vértebras falsas porque no adulto são fundidas para formar o sacro e cóccix (NORKIN, 2001). As demais vértebras, cervicais, torácicas e lombares, são denominadas verdadeiras porque permanecem distintas por toda a vida. O forame vertebral, através do qual passa a medula espinhal, é limitado na frente pelo corpo vertebral e atrás pelo arco vertebral. Este arco é formado por dois pedículos e lâminas. Os pedículos se originam do corpo vertebral, enquanto as lâminas se originam dos pedículos. Um processo espinhoso projeta-se para trás a partir de sua origem na junção das lâminas, e dois processos transversos projetam-se para trás e lateralmente a partir desua origem nas junções dos pedículos e lâminas. Dois pares de processos articulares, superiores e inferiores, unem vértebras adjacentes (OKUNO,2001). Os nervos espinhais em cada nível segmentar deixam a coluna vertebral através dos forames intervertebrais, que são limitados pelas incisuras vertebrais (superior e inferior) de vértebras contíguas. A coluna vertebral é sustentada e 15 protegida de forças em parte pelas estruturas articulares. Os dois tipos de articulações na coluna vertebral são sínteses cartilagíneas e sinoviais planas. O primeiro tipo é encontrado ao longo da coluna vertebral do áxis ao sacro e composto de discos fibrocartilagíneos entre os corpos de vértebras adjacentes. Estes discos são contíguos com camadas de cartilagem hialina nas faces inferiores e superiores dos corpos e são classificados como sínfises. Na região torácica, os discos têm uma espessura quase uniforme, enquanto nas áreas cervical e lombar são mais espessos na frente, o que contribui para as curvas regionais. Os discos intervertebrais são compostos de duas estruturas principais. O núcleo pulposo é uma massa semelhante a gel situada no centro do disco. É limitado por uma camada de fibrocartilagem resistente denominada anel fibroso (OKUNO,2001). A outra articulação encontrada na coluna vertebral é a articulação sinovial entre os processos de vértebras adjacentes. As cápsulas dessas articulações são finas e bastante frouxas, fixando-se às margens dos processos articulares. A flexibilidade (a capacidade de uma articulação percorrer uma amplitude de movimento) da coluna vertebral está diretamente relacionada à orientação dessas articulações com referência umas às outras (NORKIN, 2001). Curvaturas Fisiológicas da Coluna Vertebral A coluna vertebral do ser humano é composta por quatro curvaturas fisiológicas, sendo que duas delas são convexas, a curvatura lombar e a cervical, que são chamadas de lordose e apresentam sua curvatura em direção a região anterior, já as outras duas são côncavas, a torácica e a sacral, que recebem o nome de cifoses, dirigindo-se para a região posterior do corpo. Essas curvas auxiliam na estabilização da cabeça, que fica centralizada sobre a extremidade superior da coluna cervical, além de manter o equilíbrio do corpo na posição ereta. (MACHADO, 2008). Fonte: Adaptação de (MACHADO, 2008) 16 3 SISTEMA LOCOMOTOR 3.1 Marcha A terminologia marcha é descrita como referência às atividades de um membro. A maior unidade empregada à marcha é chamada de ciclo da marcha. No ato normal de caminhar, um ciclo de marcha começa quando o calcanhar do membro de referência contacta a superfície de sustentação, e este ciclo termina quando o calcanhar do mesmo membro contacta novamente o solo. O ciclo da marcha divide-se em duas fases: a primeira de apoio e balanço e a segunda de dupla sustentação. Na marcha normal a fase de apoio constitui 60% do ciclo da marcha e é definida como o intervalo em que o pé do membro de referência está em apoio com o solo; a fase de balanço constitui 40% do ciclo da marcha, e é onde o membro de referência não contacta o solo. A dupla sustentação refere-se aos dois intervalos num ciclo da marcha em que o peso corporal está sendo transferido de um pé para o outro, e ambos os pés estão em contato com o solo, ao mesmo tempo. 3.2 Determinantes da marcha Durante um ciclo completo, o centro de gravidade é deslocado duas vezes em seu eixo vertical. O pico se dá durante o meio da postura na fase estática quando a perna sustentadora de peso está vertical e seu ponto mais baixo quando as duas pernas estão sustentando peso com posição de apoiar o calcanhar e a outra em ponta de dedos (OKUNO,2001). Rotação e inclinação pélvica: A rotação pélvica visa diminuir a ondulação vertical, na qual a pelve oscila sobre um eixo da coluna lombar. O grau de compensação da pelve durante o passo também diminui o ângulo entre a pelve e a coxa e a perna e o solo. Por outro lado, a inclinação pélvica é uma queda da pelve do lado do balanceio. A perna de apoio está aduzida e a perna em movimento levemente aduzida, e fletida no quadril e joelho para se erguer do solo (OKUNO,2001). Flexão do joelho na fase de apoio: O joelho durante a fase de apoio está completamente estendido quando o calcanhar toca o solo, o que inicia a fase de apoio para a perna Quando o corpo se desloca sobre o seu centro de gravidade o joelho 17 flete, o corpo passa sobre o pé e o joelho gradualmente reestende até a extensão total no fim da fase de apoio. O movimento conjugado entre o joelho e o tornozelo relaciona-se com a ondulação da pelve. No apoio do calcanhar, o tornozelo promove 90º de dorsiflexão e gradualmente flete em sentido plantar para se aplanar no solo quando o corpo se aproxima do centro de gravidade. 3.3 Avaliação do sistema locomotor Exame articular, tendões e músculos: É necessário perguntar, antes do início do exame se há alguma articulação que sente dor. Inspeção: Observar alterações de alinhamento, forma, volume, alteração da pele, deformidades e atrofias musculares. Sempre comparando os dois lados. Palpação: Observar se tumefação, calor, crepitações, pontos dolorosos. Mobilização: Testar mobilidade e amplitude de movimentos. Passiva e ativa. TESTES NAS ARTICULAÇÕES: ATM: Indicadores do examinador dentro dos condutos auditivos do paciente. Pedir ao paciente para abrir e fechar a boca. Testar abertura oral Ombros: Abdução (180º.); flexão (90 a 180º.); extensão posterior (60º.); adução (75º.); rotação externa (90º.). rotação interna (90º.; teste de Yergason Cotovelos: Flexão(150º); extensão (0º); supinação e pronação (90º); Teste do cotovelo de tenista Punhos e mãos: Flexão(80º); extensão (90º); desvio ulnar (30º); desvio radial (20º); pronação supinação dos punhos; flexão (90º); extensão (30-40º), adução, abdução (40º); Sinal de Tinnel (nervo ulnar); Teste de Phalen Coxofemoral: Abdução (45º); adução(30º); flexão (120º); extensão (30º); rotação interna (45º) e externa (35º); Teste de Patrick ou Fabere; Teste de Ortolani (no RN); Teste de Trendelenbrug (glúteo médio) Joelhos: Flexão(135º); extensão(0º); rotação (difícil); Sinal da gaveta Tibiotársica: Flexão plantar(50º); flexão dorsal ou extensão (20º) Pés: Inversão (adução e flexão); eversão (abdução e extensão); flexão; extensão das metatarsofalangeanas 18 3.4 Roteiro de exame físico- aparelho locomotor: coluna Inspeção: Com o paciente em pé ereto deve-se observar o perfil da coluna em visão posterior, anterior, lateral. Observar: Cifose sacral; lordose cervical e lombar Palpação: Observar se tumefação, calor, pontos dolorosos palpando processos espinhosos, mastoide, músculos. Mobilização: Testar mobilidade e amplitude de movimentos. Testes de mobilidade: • Coluna cervical Flexão; Extensão; Rotação esquerda e direita (60º.); Lateralidade esquerda e direita (30º.). Teste da distração (melhora da dor). Manobra de Spurling: pressão sobre o topo da cabeça. • Torácica Rotação direita e esquerda (75º.); Flexão; Extensão; Lateralidade esquerda e direita. Mobilidade costal: fita métrica ao nível da linha mamilar, medir em expiração e inspiração. Normal: aumentar 4 cm. • Lombar Flexão; Extensão; Rotação esquerda e direita (90º.); Lateralidade esquerda e direita (35º.). Teste de Schober: Paciente na posição ortostática é delimitado o espaço entre o processo espinhoso de L5 e 10 cm acima; solicita-se ao paciente que faça uma flexão anterior da coluna, e mede-se novamente. Tem como finalidade avaliar a flexibilidade da coluna lombar. Exame normal: aumentar pelo menos 5 cm. 19 4 PATOLOGIAS COLUNA VERTEBRAL 4.1 Lombalgia As causas de lombalgia foram classificadasem cinco categorias principais: distúrbios intra-abdominais, doença vascular abdominal/periférica, distúrbios psicogênicos, fontes neurogênicas como lesões do cérebro, medula espinhal e nervos periféricos, e fontes espondilogênicas, que estão relacionadas à coluna vertebral e estruturas anatômicas associadas (KNOPLICH, 2015). Fonte: todamateria.com.br Uma questão recorrente a respeito dos distúrbios acompanhados de lombalgia é por que a região lombar parece predisposta a lesões. Dois fatores fundamentais são a fraqueza inerente da estrutura e as forças ou cargas que ela enfrenta durante tarefas quotidianas e atividades recreativas/desportivas. As fontes das cargas às quais a coluna vertebral é submetida incluem o peso corporal, cargas aplicadas externamente e a contração de músculos (NORKIN, 2001). 20 4.2 Hérnia de disco Fonte: ipaseal.al.gov.br A hérnia de disco é uma patologia que ocorre pela projeção ou saída do núcleo pulposo, causada por uma ruptura do seu anel fibroso. Seu surgimento dar-se primordialmente quando o núcleo do disco vertebral, migra do centro para a periferia em direção a medula vertebral podendo atingir as raízes nervosas (ROCHA, 2015). A sintomatologia pode apresentar dores localizadas na região discal e irradiações para os membros, espasmos musculares, fraqueza motora e alterações sensoriais específicas, comprometendo a amplitude dos movimentos. Na hérnia de disco lombar, a dor irradia para pernas e pés. O paciente pode apresentar parestesia (queimação ou formigamento) como também perda de força nas pernas, e incontinência urinária nos casos mais graves (PITANGA, 2018). 4.3 Espondilólise e espondilolistese Fonte: universosenior.com.br 21 Espondilólise e espondilolistese são duas condições que afetam a região de trás das vértebras. Na espondilólise ocorre um desgaste do osso no processo articular (uma proeminência da região de trás da vértebra) ou nas imediações deste. O processo articular de uma vértebra abaixo entra em contato com o da vértebra acima, e esse contato impede que a vértebra de cima deslize para frente, por sobre a vértebra de baixo. Pois bem, o desgaste que ocorre na vértebra acaba gerando uma fratura de stress. A fratura de stress é uma fratura que ocorre devido à sobrecarga repetitiva no osso. Sendo assim, espondilólise é a fratura de stress que ocorre nas estruturas posteriores da vértebra (próximas ao processo articular, ou nele). Na espondilólise há apenas a fratura, porém, não há deslizamento de uma vértebra sobre a outra. O mesmo não acontece na espondilolistese. Nesta há sim o deslizamento da vértebra de cima por sobre a de baixo. O processo articular (e imediações) que mencionamos, existe nos dois lados da vértebra. Quando a fratura de stress acontece de apenas um lado, a vértebra tende a manter sua posição. Porém, se essa fratura ocorre dos dois lados, pode ocorrer o deslizamento da vértebra de cima, por sobre a de baixo. Esse deslizamento é chamado de espondilolistese. Ou seja, a espondilólise pode anteceder a espondilolistese. A espondilolistese é o deslizamento de uma vértebra sobre a outra, pode ter origem em outros defeitos, como má-formação óssea ou degeneração da coluna. Existem diversos tipos de classificação da espondilolistese, que variam de acordo com a região da vértebra que está permitindo o deslizamento ou à origem da lesão que permite o deslizamento. No tipo I, que é chamado de espondilolistese ístmica, há a fratura ou defeito na faceta articular. O tipo II é a espondilolistese congênita, ou seja, existe uma alteração no osso que faz com que uma vértebra esteja deslizada sobre a outra. Isso vem do berço, não é adquirido. O tipo III é a espondilolistese degenerativa, que ocorre pela degeneração da coluna e do disco intervertebral. O IV ocorre devido a um alongamento da região de trás da vértebra. Pode ser, por exemplo, uma fratura no osso, que não ocorre na faceta articular. 22 O tipo V é a espondilolistese devido a doenças, como um tumor (MARIEB, 2012). 4.4 Estenose lombar Fonte: scielo.com A estenose do canal vertebral é um estreitamento do diâmetro desse canal que, na coluna cervical ou dorsal, pode causar compressão medular, associada ou não à compressão radicular, enquanto que na coluna lombar, pode causar compressão de uma ou mais raízes da cauda equina. Tais compressões podem produzir sintomas irritativos ou deficitários medulares ou/e radiculares (LURIE, 2016). A estenose do canal lombar (ECL) pode ter etiologia congênita ou adquirida, sendo a estenose degenerativa lombar (EDL) a causa mais comum de ECL adquirida (LURIE, 2016). A manifestação clínica da estenose congênita inicia-se entre 30 e 40 anos e, da estenose adquirida, após os 50 anos, sendo os principais sintomas a lombalgia, a lombociatalgia e a claudicação neurogênica (BUCKLAND, 2016). Degeneração discal está comumente associada à EDL, sendo que os níveis lombares mais baixos são os mais comumente afetados (BUCKLAND, 2016). Ocorre desidratação e perda da altura do disco, gerando-se, assim, uma instabilidade segmentar. Tal instabilidade estimula um espessamento do ligamento amarelo na tentativa de estabilizar o segmento afetado, além de gerar sobrecarga de facetas articulares, com artrite e hipertrofia facetarias. Dessa forma, gera-se um 23 estreitamento do canal lombar e dos forames intervertebrais do mesmo nível (DE PAIVA, 2018). 4.5 Doença degenerativa ou artrósica da coluna vertebral Fonte: hong.com.br Existem três alterações fundamentais degenerativas das articulações espinhais: Osteocondrose intervertebral: comum em pessoas idosas, ligada à degeneração do disco intervertebral, particularmente do núcleo pulposo. Há, com frequência, herniação do material discal para dentro do corpo vertebral ou o mesmo material pode causar uma herniação de direção inclinada, que é o “osso ou vértebra límbica” (RIZZI, 2015). Espondilose deformante ou hiperostose: Degeneração caracterizada pela presença de osteofitose abundante. A manifestação radiológica inclui a presença de osteófitos de tamanhos e formas variadas, que surgem de preferência no lado direito da coluna, mas o espaço discal está conservado e não há esclerose do corpo vertebral (RIZZI, 2015). Osteoartrose ou osteoartrite: Anormalidades degenerativas das articulações sinoviais da coluna, as articulações apofisárias. As alterações radiográficas incluem perda do espaço articular, esclerose óssea e até ancilose articular. É também conhecida como síndrome facetaria. Os sintomas clínicos como dor e limitação na função articular podem ser classificados como ausentes ou intensas, que podem necessitar de intervenção cirúrgica (MARIEB, 2012). 24 4.6 Espondilite anquilosante Fonte: reumatologiapr.com.br Espondilite anquilosante (EA) é uma doença inflamatória crônica, de ordem sistêmica e de caráter autoimune que atinge inicialmente o esqueleto axial, partindo das articulações sacrilíacas e gerando incapacidades funcionais (SARI, 2015). Sua prevalência é de 1% na população geral, de duas a quatro vezes maior no sexo masculino em relação ao feminino, com incidência entre os 20 e os 35 anos, predomínio na raça branca e prognóstico favorável em longo prazo (SARI, 2015). Caracteriza-se pela inflamação das articulações sacrilíacas e da coluna vertebral, resultando na restrição da mobilidade e no surgimento de dores lentas, insidiosas e inflamatórias, que pioram com o repouso e melhoram com o movimento, além de rigidez matinal (ROSIN, 2017). Apesar de a maioria dos sintomas se iniciarem pela região lombar, as regiões cervical e torácica da coluna vertebral também podem estar envolvidas de igual maneira. Dessa forma, o indivíduo apresenta alterações da função pulmonar, uma vez que tais alterações musculoesqueléticas causadas na colunavertebral restringem a expansibilidade torácica e, consequentemente, provocam intolerância ao exercício físico. (CARDOSO, 2016). Outras estruturas como as inserções dos tendões, as fáscias e as cápsulas articulares são atingidas, especialmente nos quadris, joelhos e tornozelos (ROSIN, 2017). 25 4.7 Hiperlordose Fonte: centraldafisioterapia.com É o aumento anormal da curva lombar levando a uma acentuação da lordose lombar normal (hiperlordose). Os músculos abdominais fracos e um abdome protuberante são fatores de risco. Caracteristicamente, a dor nas costas em pessoas com aumento da lordose lombar ocorre durante as atividades que envolvem a extensão da coluna lombar, tal como o ficar em pé por muito tempo (que tende a acentuar a lordose). A flexão do tronco usualmente alivia a dor, de modo que a pessoa freqüentemente prefere sentar ou deitar (SALVINI, 2005). 4.8 Hipercifose Fonte: tuasaude.com É definida como um aumento anormal da concavidade posterior da coluna vertebral, sendo as causas mais importantes dessa deformidade, a má postura e o 26 condicionamento físico insuficiente. Doenças como espondilite anquilosante e a osteoporose senil também ocasionam esse tipo de deformidade (SALVINI, 2005). 4.9 Escoliose Fonte: hidrapharma.com.br É a curvatura lateral da coluna vertebral, podendo ser estrutural ou não estrutural. A progressão da curvatura na escoliose depende, em grande parte, da idade que ela inicia e da magnitude do ângulo da curvatura durante o período de crescimento na adolescência, período este onde a progressão do aumento da curvatura ocorre numa velocidade maior. O tratamento fisioterápico usando alongamentos e respiração são essenciais para a melhora do quadro (SALVINI, 2005). 5 PATOLOGIAS EM MMII 5.1 Pelve A crista ilíaca é particularmente suscetível a lesões devido à sua localização superficial e à massa de tecidos moles na área vizinha. As contusões incluem periostite da crista ilíaca, entorse e avulsões musculares. Mais graves, obviamente, são as fraturas do osso ilíaco, as quais são infrequentes porque a maioria dos esportes que envolvem forças que podem acarretar este tipo de lesão exige acolchoamento protetor. Corridas e saltos vigorosos podem causar fraturas da espinha ilíaca ânterosuperior. 27 5.2 Quadril • Síndrome do Piriforme A síndrome do piriforme é caracterizada pela compressão do nervo isquiático, advindo de algum problema da região lombar, por um episódio de trauma agudo ou tensão repetitiva nos músculos da região glútea. Mas, geralmente a síndrome não costuma ser incapacitante em razão da presença da grande massa muscular participante, a não ser que o nervo isquiático esteja comprometido (BRUM, et al., 2009). A síndrome do piriforme é mais frequentemente causada por macrotrauma nas nádegas, levando à inflamação do tecido mole, espasmo muscular, ou ambos e, consequente, compressão do nervo ciático, ou pelo microtrauma que pode resultar do uso excessivo do músculo piriforme, por compressão direta. Um exemplo deste tipo de compressão direta é "carteira", trauma repetitivo de sentar em superfícies duras ( WILDNER, 2017). No exame clínico, o paciente demonstra dor à palpação proximal a espinha isquiática, na região da incisura isquiática maior, sobre o músculo piriforme, frequentemente endurecido em relação ao lado não acometido. Podendo ser usados na prática clínica os testes de Fleiberg, o Place, o Beatty e o Faduri para a confirmação diagnóstica. Outra proposta para o diagnóstico clínico é utilizar-se de imagens através da ressonância magnética, evidenciando a estrutura anatômica exata responsável pela compressão do nervo (FALÓTICO et al., 2014). O músculo piriforme localiza-se na região glútea, originando-se ao longo da superfície anterior do sacro e segue póstero lateral, por meio do sulco isquiático, para se inserir sobre o trocânter maior do fêmur. Ocorrem variações no seu arranjo quando o nervo isquiático passa na borda inferior ou por meio do ventre muscular do piriforme (ALMEIDA, et al., 2014). O nervo isquiático deriva-se das fibras dos seguimentos espinhais de L4-S3. Desse nervo originam-se dois troncos nervosos, sendo eles o nervo tibial e o nervo fibular comum (BARBOSA et al., 2015). • Artrose do quadril (ou coxartrose) http://www4.unifsa.com.br/revista/index.php/saudeemfoco/article/view/1418/1468 28 Doença degenerativa crônica caracterizada por deterioração da cartilagem e neoformação óssea nas superfícies articulares - dor e redução da mobilidade articular, evoluindo com rigidez e claudicação. Fisiopatologia: Quando a cartilagem perde a capacidade de manter a integridade de sua estrutura e fisiologia ocorrem alterações morfológicas, biomecânicas, inflamatórias e imunológicas. No exame radiográfico apresenta: Redução do espaço articular; Esclerose subcondral; Cistos subcondrais e Osteófitos. • Osteonecrose da cabeça femoral O fenômeno de osteonecrose da cabeça femoral define-se como a interrupção do suprimento sanguíneo ao osso. Outros termos foram utilizados no passado com intuito de caracterizar a mesma entidade, nomeadamente necrose avascular ou necrose asséptica. Este último, já pouco utilizado na atualidade, servia para diferenciar a osteonecrose de etiologia não séptica da infeciosa (AGUIAR, 2013). Ocorre preferencialmente em pacientes entre a terceira e quinta década de vida e já nesta faixa etária é responsável por incapacidade motora, o que traduz menor qualidade de vida e produtividade laboral. Ou seja, trata-se de uma entidade relativamente rara na infância tardia e na adolescência, cursando frequentemente com lesão articular grave e consequente evolução para artrose precoce e incapacitante da anca. Não há evidência relativamente a um predomínio de género (AGUIAR, 2013). • Doença de Legg-Calvé-Pertles Interrupção do suprimento sanguíneo para epífise óssea de origens diversas. Ocorre necrose avascular da cabeça do fêmur, ou seja, a deficiência sanguínea leva à parada temporária do crescimento do núcleo ósseo. Contudo, a cartilagem continua crescendo para suprir o espaço articular. Quando a ossificação é retomada, ocorre fratura subcondral e isto determina: espasmos musculares, luxação anterior. A necrose pode se estender até placa de crescimento, causando fusão e encurtamento membro (impotência glúteo médio). O diagnóstico é realizado através da avaliação: Marcha claudicante de origem antálgica, sem história prévia de traumatismo. Sintomatologia: Dor na região anterior na coxa e no joelho de caráter difuso; Diminuição amplitude de movimento; 29 O membro afetado tende assumir uma posição de rotação e abdução, bem evidente na coxofemoral. Isto ocorre devido as contraturas e/ou espasmos musculares. • Bursite trocantérica Processo inflamatório que acomete as bursas peritrocantéricas. Etiopatogenia: Inflamatória: a maioria é atribuída a microtrauma repetitivo em que a musculatura inserida no grande trocanter sofre degeneração; Infecciosa: Processo inflamatório secundário da bursa. • Luxação Congênita de quadril (LCQ) A LCQ é produzida pelo deslocamento prolongado da cabeça femoral em relação ao acetábulo. Essa luxação congênita do quadril é consecutiva ao desenvolvimento anormal de um ou mais elementos que formam a articulação do quadril: cabeça do fêmur, acetábulo ou tecidos moles, com inclusão da cápsula, que cercam a articulação. Uma outra definição é que a luxação congênita do quadril consiste no deslocamento da cabeça femoral para fora do acetábulo, que pode estar integralmente deslocada ou subluxada. Geralmente o acetábulo apresenta formato anatômico raso e este pode estar posicionado verticalmente, devido à ausência da pressão normal exercida pela cabeça femoral. A etiologia da malformação muito provavelmente inclui fatores múltiplos, comoo mau posicionamento e fatores mecânicos no útero, frouxidão ligamentar induzida por hormônios, fatores genéticos, culturais e ambientais. Estudos vêm estabelecendo os seguintes fatores: genes ligados ao cromossomo sexual, hormônios sexuais femininos (estrogênio, progesterona e relaxina que causam o afrouxamento dos ligamentos da cápsula pélvica), oligodrâmnio promove o estreitamento do espaço abdominal, impedindo a versão cefálica do feto e questões culturais de posicionamento do recém-nascido (com as extremidades pélvicas em extensão e adução total). 30 5.3 Joelhos As entorses do joelho resultam de movimentos que ultrapassam os limites normais da articulação. Quando forçados além dessa restrição natural, os ligamentos podem ser submetidos a uma tensão superior a seu limite elástico, colocando-os na região plástica de sua curva de carga-extensão. O resultado é uma deformação permanente dos ligamentos, cuja magnitude depende da força aplicada. No joelho, a entorse ligamentosa pode ocorrer em qualquer direção de movimento. (FILHO, 2012). No tipo talvez mais comum de lesão do joelho, freqüentemente visto no campo de futebol americano, o pé é fixado e o fêmur gira medialmente com referência à tíbia, que ao mesmo tempo gira lateralmente. Todo o joelho é deslocado medialmente, resultando em tensão ligamentosa medial. Quando a força é continuada, o ligamento cruzado anterior e, por fim, o cruzado posterior são submetidos à tensão (MARIEB, 2012). A "tríade infeliz" refere-se a uma lesão que afeta simultaneamente o ligamento colateral medial, ligamento cruzado anterior e menisco medial. Uma entorse intensa é o precursor da luxação do joelho patelofemoral ou tibiofemural. Um fator anatômico que predispõe um indivíduo à luxação patelofemoral é um ângulo anormal. O ângulo Q é o desvio entre a linha de tração do quadríceps da coxa e o ligamento da patela. Geralmente é medido como o ângulo entre a linha da espinha ilíaca ânterosuperior e o centro da patela e a linha do centro da patela à tuberosidade da tíbia. Um ângulo Q de 10º é considerado normal. Ângulos maiores podem resultar em luxações laterais da patela quando a contração do quadríceps reduz o ângulo. De gravidade bem maior e, felizmente, menos comum, é a luxação tibiofemural. A lesão de meniscos geralmente é simultânea à entorse ligamentosa. Os mecanismos de lesão dos meniscos medial e lateral diferem (FILHO, 2012). • Gonartrose Gonartrose ou osteoartrose (AO) de joelho, é uma doença crônica, inflamatória e degenerativa, caracteriza-se pelo desgaste da cartilagem articular. A OA é multifatorial e compromete os componentes articulares, gerando rigidez articular, dor, redução da funcionalidade e em casos mais graves deformidades (BATISTA, 2019). 31 Acredita-se que a OA seja desenvolvida por alterações intrínsecas do tecido articular, decorrentes de fatores genéticos, hormonais, ósseos, mecânicos e metabólicos (BLEY, 2016). Segundo a etiologia, a OA é classificada como primária, que surge de maneira insidiosa, sem uma causa desencadeante aparente e é comum no envelhecimento. Nesses casos, a doença geralmente é oligoarticular, mas pode ser generalizada. Entretanto, quando acomete indivíduos mais jovens (cerca de 5% dos casos) denomina-se osteoartrite secundária. Geralmente está relacionada a distúrbios predisponentes como obesidade acentuada, lesões microtraumáticas repetidas ou macrotraumáticas, deformidade congênita relacionada ao desenvolvimento de uma ou várias articulações (SANCHEZ, 2007). • Tendinite patelar A tendinite patelar (TP) é uma lesão aguda causada por sobrecarga comum em atletas, sendo muito frequente em esportes que incluem saltos (CUNHA et al., 2012). Denominada na língua inglesa como Jumpers Knee (joelho do saltador), foi primeiramente descrita por Blazina em 1973, sendo os fatores extrínsecos identificados como a causa principal da patologia nos atletas. Nos indivíduos que não praticam atividade esportiva, os fatores intrínsecos eram considerados suscetíveis para a lesão (GARMS et al., 2011). A etiologia é multifatorial compreendendo causas intrínsecas, tais como: peso corporal, índice de massa corporal (IMC), correlação cintura/quadril, diferença de comprimento dos membros inferiores, altura do arco do pé, força e flexibilidade do quadríceps e dos isquiotibiais e performance em salto vertical (SCHWARTZ, et al., 2015) e causas extrínsecas associadas aos treinos, que englobam falta de preparo físico direcionado ao esporte, técnica inadequada e aumento da intensidade e frequência da prática do esporte (Overtraining). Estes fatores de risco podem aumentar a tensão sobre o tendão patelar (COHEN et al., 2008). Especula-se que origem da lesão pode ser devido ao atrito frequente entre o ápice da patela e a face posterior do tendão patelar, associado ao movimento de desaceleração, e não exclusivamente ao salto (TORNIN, 2012). Os fatores biomecânicos, como picos de tensão durante o impulso e aterrissagem, ângulos de flexão do joelho, eixo anatômico e os momentos em valgo 32 do joelho, também, podem favorecer o aparecimento de micro a macrorrupturas. (COLLADO, et al., 2010). Esta patologia foi classificada por Blazina em 4 estágios: Estágios de Blazina: I – Dor surge após atividades esportivas e não interfere no desempenho; II – Dor durante e após atividades esportivas sem afetar o desempenho; III – Dor durante e após atividades esportivas alterando o desempenho; IV – Ruptura parcial ou total do ligamento. • Lesões meniscais As lesões meniscais podem ocorrer isoladas ou em associação com lesões ósseas ou ligamentares. Uma das lesões meniscais menos frequentes é a lesão em alça de balde (AB), que consiste em uma lesão vertical ou oblíqua com extensão longitudinal e deslocamento medial do fragmento, normalmente da parte central do menisco, cuja incidência varia de 9% a 24% dos casos (RABELO, 2013). As lesões de menisco são classificadas de acordo com a localização, relacionando-se à vascularização meniscal, e quanto ao padrão da lesão. Assim, de acordo com a vascularização, três regiões são descritas: vermelha-vermelha, no terço periférico do menisco; branca-branca, que corresponde aos dois terços internos avasculares; e a zona de transição vermelha-branca, que fica entre as duas anteriores. Quanto ao padrão da lesão, são classificadas como verticais, horizontais e complexas. E ainda podem ser classificadas em degenerativa e traumática. Lesão Degenerativa: A lesão degenerativa do menisco é mais encontrada em pessoas com mais de 40 anos. Este tipo de lesão é causado pelo desgaste natural da cartilagem e perda das propriedades elásticas dos meniscos, que ficam mais frágeis e susceptíveis a traumas. Os tipos de lesão mais frequentemente encontrados são horizontais, oblíquas e complexas. Lesão por trauma: As lesões meniscais traumáticas estão diretamente relacionadas a eventos de trauma direto como entorses ou movimentos rotacionais bruscos. É mais encontrada em indivíduos jovens praticantes de esporte. Este tipo de lesão meniscal é caracterizada por lesões verticais, as quais são subdivididas em longitudinais, radiais e oblíquas. É muito comum a lesão do menisco vir associada a lesão ligamentar, principalmente ao ligamento cruzado anterior (LCA). 33 Os principais sintomas da lesão do menisco são: dor, estalido e bloqueio articular. Geralmente a dor é agravada quando o indivíduo faz movimentos como agachar, correr ou cruzar as pernas, e está localizada na região lateral do joelho (interna ou externamente, dependendo do menisco lesionado). Durante a realização desses movimentos, até mesmo durante o caminhar, pode ocorrer o “travamento” da articulação do joelho, causada pelo deslocamento do menisco de um lado para outro, o que gera estalos e bloqueios em certas posições. TESTES: Os doistestes mais utilizados e de maior eficácia diagnóstica, são: Teste de McMurray: é feito com o indivíduo deitado em decúbito dorsal, com as pernas em posição neutra, onde o examinador posicionará uma das mãos na articulação do joelho, de modo que seus dedos toquem a linha articular medial e o polegar e a eminência tenar se apoiem sobre a linha articular lateral, e a outra mão irá segurar o calcanhar e flexionar a perna completamente enquanto roda a perna interna e externamente, realizando um esforço em valgo empurrando a face lateral, enquanto concomitantemente a perna é rodada externamente. Mantenha o esforço em valgo, a rotação externa e estenda a perna lentamente, palpando a linha articular medial. Se a manobra produzir um estalido audível ou palpável no interior da articulação, provavelmente haverá ruptura do menisco medial, que preferencialmente se dá na sua porção posterior. Teste de compressão de Apley: é feito com o indivíduo em decúbito ventral, com uma das pernas fletidas a 90°, onde o examinador posicionará uma das mãos, levemente, na face posterior da coxa do indivíduo para fixa-la, e a outra mão irá mobilizar o calcanhar com firmeza visando comprimir os meniscos lateral e medial, rodando a tíbia interna e externamente mantendo a compressão. Se a manobra provocar dor, peça para o paciente localiza-la com precisão. Dor na face medial indica lesão do menisco medial, e dor na face lateral sugere lesão do menisco lateral. 5.4 Tornozelos e pés As lesões da articulação do tornozelo são o traumatismo mais comum em esportes. Funcionalmente a articulação em dobradiça sinovial permite apenas a dorsiflexão e flexão plantar. Um movimento extremo em qualquer uma das duas 34 direções pode ser lesivo, mas é menos frequente do que o movimento causado por forças dirigidas lateralmente que resultam em inversão ou eversão. As lesões por inversão são responsáveis por 85% de todas as lesões do tornozelo. Em relação ao eixo da perna, as lesões por inversão também compreendem forças de adução e flexão plantar. Se o deslocamento articular é intenso o bastante para lacerar parcial ou completamente ligamentos de sustentação, a face medial do tálus avança sobre o maléolo medial sobre o qual gira (FILHO, 2012). Desse modo, os ligamentos laterais são submetidos a tensão e, caso a inversão continue, o maléolo medial pode sofrer uma fratura em geral numa direção vertical. Nas lesões por eversão, o maléolo lateral que é mais longo que seu equivalente medial, torna-se sobrecarregado quando o pé se move lateralmente com referência à tíbia e também se abduz e se dorsiflete. O maléolo lateral impede que o tálus gire. Ao invés, o avanço do tálus sobre o maléolo lateral causa uma tensão extrema no tálus antes de traquinar os ligamentos mediais. Sobrevém comumente uma fratura fibular, às vezes com lesão do ligamento deltoide, situado medialmente. A lesão dos ligamentos laterais é possível se o deslocamento da articulação prosseguir (FILHO, 2012). • Hálux valgo (HV) O HV ou joanete, como é popularmente conhecido, é definido como o desvio do primeiro dedo na articulação metatarsofalangeana, onde forma-se uma saliência óssea medial e desvio lateral em direção ao segundo dedo. Evidenciado por um ângulo superior a nove graus entre o primeiro e o segundo metatarsos, de tal maneira que o hálux torna-se insuficiente para desempenhar funções de auxílio à base podálica na sustentação do corpo e no desempenho da marcha (SILVIA, 2017). A deformidade do HV pode evoluir para uma periostite do segundo ou terceiro metatarsianos, o que acarreta grandes dificuldades de adaptação aos calçados, dor, instabilidade durante a marcha, alteração do equilíbrio e consequentemente aumenta o risco de quedas (DÂMASCO, 2014). • Tendinite do Aquiles (TTA) A tendinite do tendão de Aquiles (TTA) é um distúrbio bastante comum do membro inferior do atleta que o leva a interrupção de treino ou a diminuição da “performance” por disfunção álgica acentuada. A TTA se instala por mau condicionamento físico e por treinamento excessivo cujos exercícios físicos adotados 35 são desgastantes, uma vez que este esporte exige constante reajuste inadequado de grande mobilidade osteoarticular nas quadras (de tênis) (FRANÇA, 2006). Inicialmente pode ser de natureza mecânica (por esforços prolongados e repetitivos, além de sobrecarga) e posteriormente química (por desidratação, quando os músculos e tendões não estão sufi cientemente drenados, alimentação incorreta e toxinas no organismo) (FRANÇA, 2006). A TTA pode se manifestar sob forma aguda que é caracterizada por entorpecimento ou dor aguda ao longo no terço distal da perna associado à tensão muscular e endurecimento da panturrilha ao acordar pela manhã; assim como, flogose e diminuição da mobilidade articular durante a atividade física do mesmo. Contudo, a diminuição da mobilidade articular principalmente em membro inferior pode levar também ao comprometimento da marcha (FRANÇA, 2006). • Talalgia A talalgia ou calcaneodínea é o termo designado para a percepção de dor e desconforto no calcanhar, a qual envolve o osso calcâneo e os tecidos moles periarticulares. Dados revelam que até 15% dos adultos sofrem com dor no calcanhar e está presente em 10% dos corredores (AGYEKUM, 2015). Tal sintoma pode ser resultado de doenças neuropáticas (compressão do nervo abdutor do dedo mínimo, neuromas, atrofia muscular), reumáticas (gota, artrite reumatoide, bursite retrocalcaneal, tendinite de Aquiles), traumáticas (fratura do calcâneo, ruptura da fáscia plantar), infeciosas (osteomielite) e sistêmicas (síndrome de Reiter, artrite psoriática), porém a origem mecânica (EC, Fasciíte plantar, síndrome de Haglund) é a mais prevalente (AGYEKUM, 2015). Esporão de calcâneo: A fisiopatologia dos EC é muito discutida, apesar de geralmente estar relacionada à origem mecânica. Duas hipóteses são debatidas na literatura, a explicação clássica da tração longitudinal e a hipótese da compressão vertical, atribuída a partir de divergências encontradas na primeira (MENZ et al., 2008). A formação do EC devido a tração repetitiva, está sendo discutida desde os primeiros relatos do EC na história (BERTUCAT, 1912). Bergmann (1990 apud TOUMI et al., 2014) implica que o EC se forma pela inflamação ocasionada pela tração repetitiva da inserção da fáscia plantar do calcâneo, a qual gera microtraumas e, consequentemente, o corpo reage com um processo inflamatório ossificando a entese. Tal efeito é ocasionado com maior propriedade em indivíduos com o pé chato, 36 uma vez que a tensão fascial plantar aumenta com a redução do arco longitudinal medial e a pronação excessiva do pé (HOUGLUM; BERTOTI, 2014). Estágios: Fonte: adaptado de Moore (2008, BLUME, 2015) 0- Ausência de entesófitos: a tuberosidade medial do calcâneo é arredondada, sem entesófito e sem platô na vista sagital. 1- Entesófito agudo: A tuberosidade medial do calcâneo começa a formar um platô na vista sagital e pode incluir um entesófito. 2-Entesófito moderado: A tuberosidade medial do calcâneo tem um evidente platô e concavidade na vista sagital, e contém um entesófito superior a dois milímetros. 3- Entesófito grave: A tuberosidade medial do calcâneo tem uma severa concavidade profunda na vista sagital e possui um grande entesófito, superior a cinco milímetros na vista sagital. Fasceíte plantar (FP) A FP é uma síndrome degenerativa da fáscia plantar e tem como principal característica a dor intensa ao primeiro contato matinal do retropé ao solo (LIM, 2016). Atualmente não há dados conclusivos sobre a incidência dessa afecção no Brasil, devido à escassez de estudos epidemiológicos acerca do assunto (LIM, 2016). Os sinais clínicos da FP envolvem dor localizada de início insidioso na região do calcâneo ou ao longo de toda a fáscia plantar. A dor é vigorosaao primeiro apoio do pé no solo pela manhã, e torna-se menos intensa após iniciar os primeiros passos.3 Indivíduos acometidos pela FP podem ter o quadro álgico exacerbado quando estes são submetidos a caminhadas prolongadas ou até mesmo longos períodos na posição ortostática, o que resulta na maioria dos casos em prejuízo funcional (PEREIRA, 2018). 37 A FP apresenta uma etiologia multifatorial. Tais motivadores podem ser divididos em intrínsecos e extrínsecos e estão relacionados ao início do processo inflamatório agudo e consequente degeneração da fáscia plantar (LIM, 2016). Os fatores intrínsecos associados são: obesidade, redução da amplitude de movimento de dorsiflexão da articulação talocrural por encurtamento do tríceps sural, pronação excessiva da articulação subtalar, micro traumas repetitivos, alterações anatômicas e biomecânicas do arco plantar como o tipo e tamanho do arco, discrepância de membros inferiores e alterações do posicionamento estático e dinâmico do pé. Os fatores extrínsecos incluem o aumento repentino de intensidade e ou volume de caminhadas ou períodos em ortostatismo, além do uso de calçados inadequados (LIM, 2016). 6 FISIOTERAPIA PREVENTIVA Fonte: previva.com.br A visão da fisioterapia apenas como um processo para auxiliar na recuperação de lesões está ultrapassada. Em uma abordagem voltada à promoção da saúde, a fisioterapia preventiva foca seus esforços na prevenção e não apenas na reabilitação, proporcionando uma melhor qualidade de vida para diversos perfis populacionais. Além de ser uma ferramenta essencial para garantir a saúde do trabalhador, a fisioterapia preventiva também é muito utilizada para o tratamento de pessoas da 38 terceira idade e para melhorar a performance de praticantes de diversos tipos de esporte. Portanto, ao implantar programas que envolvam ações de fisioterapia preventiva, sua operadora deve dar atenção especial a estes três públicos. O melhor nesse caso é dispor de um sistema de TI especializado, que tenha um cadastro detalhado de todo o universo de beneficiários da operadora, capaz de identificar entre eles as pessoas que se enquadram nestes diferentes perfis. A partir da montagem de grupos com perfis semelhantes fica mais fácil formatar as ações e promovê-las, sempre com o auxílio de um fisioterapeuta capacitado para atuar de forma preventiva. Conhecendo melhor seus beneficiários, a operadora terá oportunidade de oferecer programas mais direcionados às necessidades específicas de cada público e com maior probabilidade de sucesso. Fisioterapia preventiva para os idosos: A fisioterapia preventiva para a terceira idade compreende um conjunto de exercícios físicos e respiratórios com o objetivo manter a funcionalidade e o bem-estar do idoso, bem como evitar ou retardar complicações. As principais indicações dessa modalidade de fisioterapia para pessoas com mais de 60 anos envolvem a reversão de quadros de fraqueza muscular, degeneração articular, dor e cansaço, diminuição da agilidade e falta de equilíbrio. Os procedimentos da fisioterapia preventiva ajudam a prevenir riscos de doenças comuns nessa faixa etária, como diabetes, hipertensão arterial, doenças cardíacas, osteoporose, hérnias de disco, tendinites, bursites, artrose, entre outros. Nas empresas: As pressões características do ambiente corporativo e o acúmulo de tarefas no dia a dia, somados à postura inadequada e aos movimentos repetitivos no local de trabalho, está fazendo com que a prevenção do estresse ganhe cada vez mais a atenção dos planos de saúde voltados para o mercado empresarial. Dentro dessa visão, a fisioterapia preventiva se mostra uma excelente solução para ajudar os colaboradores a administrar este estresse. Além de reduzir a incidência de faltas ao trabalho e promover a saúde geral dos funcionários, ela atua na prevenção doenças psíquicas e osteomusculares que têm grande impacto na qualidade de vida e na produtividade do trabalhador. 39 7 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO EM PATOLOGIAS DE MMII Fonte: efdeesportes.com.br • Artrose de quadril Tratamento não cirúrgico, com uso de medicamentos, antiinflamatórios. Medidas protetoras da articulação; Redução do peso; Redução da atividade; Uso de bengalas (FILHO, 2012). Tratamento fisioterapêutico: Fortalecimento muscular e manutenção do ADM. • Bursite trocantérica Repouso; Tratamento medicamentoso com antiinflamatório; Tratamento fisioterapêutico: Analgesia, alongamento muscular. • Osteonecrose da cabeça femoral O paciente deverá realizar fisioterapia motora para membros inferiores a fim de ganhar amplitude de movimento, sendo exercícios passivos e ativos assistidos de flexo/ extensão. Além de exercícios de isometria para ganho de força dos membros inferiores com ênfase no quadríceps e uso de eletroterapia ao final do exercício, e alongamentos para evitar encurtamentos (BORGES, 2020). 40 7.1 Fraturas do quadril Fonte: institutotrata.com.br A intervenção fisioterápica no paciente com fratura de fêmur é indicada tanto para a reabilitação, quanto para a prevenção de complicações, não importando se o paciente foi submetido ao tratamento cirúrgico ou ao tratamento conservador (VENTURATO,2016). A reabilitação é iniciada o mais rápido possível após uma cirurgia de fratura do quadril, frequentemente após um dia. Os objetivos iniciais são ajudar as pessoas a preservar o nível de força que tinham antes da fratura (mantendo-as em movimento, e evitando a perda do tônus muscular) e prevenir problemas que resultem do repouso no leito. O objetivo principal é restabelecer sua capacidade de caminhar como faziam antes da fratura (VENTURATO, 2016). Assim que possível, algumas vezes horas após a cirurgia, as pessoas são estimuladas a sentarem em uma cadeira. Sentar reduz o risco de úlceras de decúbito e coágulos de sangue e facilita a transição para ficar de pé. Elas devem aprender a fazer exercícios diários para fortalecer o tronco e os músculos dos braços e, por vezes, também aprendem a fazer exercícios para fortalecer os músculos maiores de ambas as pernas. Normalmente, durante o primeiro dia depois da cirurgia, o paciente é incentivado a levantar-se sobre a perna saudável, normalmente com a assistência de alguém, ou mesmo apoiar-se em uma cadeira ou em uma barra da cama. Durante a realização dos exercícios, as pessoas são orientadas a colocarem no chão apenas as pontas dos dedos do pé da perna lesionada. No segundo dia após a cirurgia, incentiva- se o paciente a apoiar todo o seu peso sobre a perna lesionada, embora isso dependa do tipo de fratura e da recuperação (BARREIRA, 2015). 41 Os exercícios de deslocamento (caminhada) têm início ao fim de 4 ou 8 dias, assim que a pessoa puder suportar todo o seu peso sobre a perna lesionada, sem que isso lhe cause incômodo, e com equilíbrio suficiente. Os exercícios de subir escadas são iniciados assim que a caminhada for retomada. Além disso, podem aprender a utilizar uma bengala ou outro dispositivo de assistência e a reduzir o risco de quedas (CHANG, 2015) Durante alguns meses (normalmente 1 a 3) após a alta, medidas são necessárias para evitar lesões. As pessoas devem fazer exercícios diariamente para fortalecer os músculos da perna afetada e do tronco. São aconselhadas a não levantar ou empurrar objetos pesados ou permanecer sentadas por muito tempo e não se inclinar, esticar ou pular. Quando sentadas, não devem cruzar as pernas. Os terapeutas ocupacionais ensinam as pessoas como realizar as atividades rotineiras com segurança durante o processo de cura do quadril. Por exemplo, as pessoas devem manter seu quadril alinhado corretamente (não torcido), sentar em uma banqueta alta ao lavar louça ou passar roupas e usar dispositivos de longo alcance (como pegadores de objetos e calçadeiras longas) para que não precisemse curvar com frequência. Mesmo após a recuperação do quadril, elas são aconselhadas a evitar alguns esportes e atividades extenuantes (BARREIRA, 2015). 7.2 Fraturas do fêmur Fonte: fisiodeller.com.br A intervenção fisioterápica no paciente com fratura de fêmur é indicada tanto para a reabilitação, quanto para a prevenção de complicações, não importando se o paciente foi submetido ao tratamento cirúrgico ou ao tratamento conservador. Há 42 necessidade de uma equipe multiprofissional para o adequado acompanhamento e sucesso no tratamento. Fazer com que o indivíduo que sofreu fratura de fêmur tenha uma boa evolução e um acelerado retorno funcional e evitar possíveis complicações, é o objetivo do tratamento fisioterápico (LUSTOSA, 2009) Se faz necessário: Trabalhar ganho de amplitude de movimento, treino funcional, fortalecimento muscular, treino de equilíbrio, propriocepção e treino postural, é de fundamental importância no momento do tratamento em que o paciente já esteja com uma boa consolidação, ou esteja, com formação de calo ósseo significativa, realizando assim, descarga de peso total ou parcial (BENTO et al. 2011). 7.3 Luxação congênita do quadril Fonte: elmann.com A fisioterapia de forma geral é uma importante opção de tratamento não medicamentoso que busca diminuir o quadro de algia, preserva ou melhora a amplitude de movimento (ADM), aumenta a força muscular e a resistência. Assim como melhora a capacidade funcional para as atividades da vida diária (AVD’s) e as atividades recreativas, evitando vícios posturais e deformidades. Além disso, orienta a criança e seus familiares para promover a independência do indivíduo afetado. Dentro dos métodos fisioterápicos a hidroterapia é um dos recursos mais utilizados. Ela é definida como toda aplicação externa de água (aquecida) com finalidade terapêutica (visando principalmente diminuir o impacto sobre as articulações, no caso da LCQ). 43 Cada propriedade física possui influência sobre o corpo humano, podendo ser usada direta ou indiretamente no tratamento aquático por meio de efeitos causados pela pressão hidrostática e pela hidrodinâmica. 7.4 Síndrome do piriforme Fonte: hong.com.br A abordagem da massagem terapêutica na lombalgia pode ser realizada de diferentes formas, isolada ou conjuntamente com outros métodos; ela representa um conjunto de ações manuais efetuadas metodicamente sobre uma ou mais regiões do corpo, determinando o contato, a direção, a intensidade, a velocidade e a duração do tratamento. Essa técnica envolve toque, podendo ser realizada na forma de alisamento, fricção, vibração, percussão, amassamento, alongamento, compressão, ou movimentos ativos e passivos da articulação dentro do âmbito do movimento fisiológico (GAMA, 2014). A massagem é indicada nas situações cuja a irritação do nervo ciático é de fundo muscular, uma vez que pode relaxar o tecido muscular problemático e aliviar a pressão sobre o nervo. Esta informação vai ao encontro do nosso estudo, pois se percebeu a melhora com significado para a participante que afirma, ao término das sessões, encontra disposição, sente melhora do humor e acha-se mais ativa para a realização das atividades de trabalho e do cotidiano (WILDNER, 2017). A cinesioterapia baseia-se no uso de movimento ou exercícios como forma de tratamento. Esta, por sua vez, é baseada no conhecimento da anatomia, fisiologia e biomecânica com o intuito de corrigir, manter, recuperar determinadas funções e 44 restaurar a função normal do corpo, diante de um programa de exercício pré- determinado, de acordo com as necessidades de cada participante (GAMA, 2014). Os exercícios devem ser realizados de forma cuidadosa em relação à força de alongamento, pois os sintomas neurológicos de formigamento ou aumento de dormência não devem durar depois que o alongamento é liberado. Como medidas de precauções, recomenda- se conhecer os possíveis tecidos afetados pelos alongamentos realizados, verificando as irritações de forma a não tensionar excessivamente ou realizar movimentos repetitivos (BENTO; PAIVA; SIQUEIRA, 2015). SANTOS, et al., (2009) enfatizam que, no cotidiano do portador de síndrome do piriforme, os alongamentos devem ser frequentes, pois visam promover a descompressão nervosa, lembrando que não podem ser realizados alongamentos durante a fase aguda da doença e deve ser respeitado o limiar de dor do indivíduo. A participante do nosso estudo encontrava-se na fase subaguda do problema, logo, não houve preocupações maiores, tendo sido realizados três atendimentos semanais, observando o quadro de dor ao alongamento, respeitando o limiar da dor para cada movimento proposto. 7.5 Doença de Legg-Calvé-Pertles Fonte: soumamae.com.br Alongamento e fortalecimento dos MMII. Manter a cabeça fêmur em contato com acetábulo para que a reossificação seja melhor possível. Eliminar as cargas nesta articulação, poupá-la; 45 Evitar deformidades e contraturas (a cabeça do fêmur tem que ficar a mais esférica e congruente possível); Sempre diminuir carga e deixar a cabeça do fêmur mais concêntrica no acetábulo. Durante a fase aguda onde as dores e a diminuição da amplitude de movimentos estão presentes, se faz necessário repouso e até tração cutânea crânio/caudal, em casa, para aumenta espaço articular e evitar o atrito. Posição adequada do membro acometido é rotação interna com abdução (HEBERT, 1992). 7.6 Lesões traumáticas do joelho • Tendinite patelar Fonte: fisioterapia.com.br O tratamento conservador é indicado nos estágios I e II e no início do estágio III. A fisioterapia é indicada com o uso da eletroterapia; ultrassom, laser e a cinesioterapia (alongamento: isquiotibiais; tríceps sural; quadríceps; evitar carga excêntrica como subir/descer escadas). O tratamento cirúrgico é recomendado quando há persistência dos sintomas após 4 a 6 meses de tratamento conservador, geralmente no estágio IV (FILHO, 2012). O conservador inicia com o afastamento da atividade física, repouso, anti- inflamatórios e tratamentos fisioterapêuticos, como crioterapia, ultrassom terapêutico, laserterapia, massagem transversa profunda, alongamentos musculares e treinamento excêntrico do quadríceps (WILSON, et al., 2005). 46 Os casos mais críticos da patologia, em geral, após a falha do tratamento conservador e que possuem áreas de degeneração tendinosa, necessitam de tratamento cirúrgico (LARA et al., 2009). O alongamento muscular é definido como qualquer técnica aplicada para promover o aumento da amplitude de movimento (ADM) (ALMEIDA et al., 2009). Quando o músculo é submetido ao alongamento, aumenta significativamente o número de sarcômeros em série, ocorrendo um acréscimo em seu tamanho, principalmente nas duas regiões terminais das fibras musculares. Com base nisso, parte-se da premissa que todos os métodos de alongamento muscular melhoram a flexibilidade, e variações em seus componentes podem compor métodos diferenciados para prevenção, reabilitação e treinamento (ZENEWTON et al., 2007). Uma estratégia eficaz na reabilitação de tendinopatias patelares tem sido realizar o agachamento com ênfase na fase de contração muscular excêntrica, sobre superfícies inclinadas a 25º, uma vez que nesta posição ocorre a maior ativação do quadríceps (LEPORACE et al., 2010). O exercício excêntrico é o afastamento da origem e inserção de um músculo à medida que desenvolve tensão e contração para controlar o movimento. Este tipo de treinamento difere do regime de treinamento convencional porque a tensão nas fibras musculares quando estão em afastamento é consideravelmente maior do que quando as fibras musculares estão encurtadas (CAMARGO, 2014). Para promover o alongamento ou relaxamento de músculos encurtados e o fortalecimento daqueles que estão estirados ou enfraquecidos,
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