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helmintos de cães e gatos e aves

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RESUMO PARASITO P3
Helmintos de Cães e Gatos
Dipylidium caninum
Classe: Cestoda
Hospedeiros definitivos: cães e gatos (acidentalmente humanos)
Hospedeiro intermediário: pulgas (Ctenocephalides canis e C. felis, Pulex irritans) e piolhos (Trichodectes canis, Heterodoxus spiniger)
Morfologia: Possui um rostro retrátil armado com 4-7 fileiras de espinhos em forma de espinhos de roseira; suas proglotes gravídicas ficam em formato de “semente de pepino”.
OBS: Heterodoxus spiniger e o Trichodectes canis são piolhos mastigadores, mas o primeiro ingere sangue e pode passar também o Acanthocheilonema.
Ciclo: verme adulto no intestino delgado do cão reproduz e libera as proglotes nas fezes . No ambiente, a proglote dissocia-se liberando as cápsulas ovígeras (com até 3 ovos). Assim, as larvas de pulgas ingerem os ovos com oncosfera presentes nas fezes e dentro deles formam-se as larvas cisticercóides. Logo, o cão/gato ingere os hospedeiros intermediários com as larvas cisticercóides (forma infectante) e no seu intestino elas se rompem, fixam o protoescólex e começam a desenvolver suas proglotes.
As ninfas/adultos de piolhos se infectam ingerindo ovos no pelo do animal contaminado com fezes.
PULGAS: holometábolo (apenas a larva se infecta) PIOLHOS: paurometábolo (ninfa e adulto se infectam)
ovo larva pupa ninfa ovo ninfa adulto
Diagnóstico: tamisação para as proglotes e sedimentação para as cápsulas ovígeras.
Taenia psiformis
Larva: Cysticercus psiformis
Classe: Cestoda
Hospedeiros definitivos: caninos e felinos
Hospedeiros intermediários: coelhos e roedores
Ciclo: verme adulto reproduz e libera as proglotes nas fezes do cão; das proglotes saem os ovos com oncosfera e eles são então ingeridos pelos coelhos e roedores. A oncosfera ultrapassa a parede intestinal e vai para o peritoneo e fígado do HI, onde se torna o cisticerco. O cão ingere a carcaça de coelhos e roedores e quando a larva chega no intestino delgado ela se fixa e começa a se desenvolver.
Taenia hydatigera ou T. taeniformis (cestoda mais patogênico do gato)
Larva: Cysticercus fasciolaris (estrobilocerco) possui extremidade anterior com protoescólex invaginado, colo segmentado semelhante a um estróbilo e uma vesícula com liquido na cauda.
Hospedeiro definitivo: felinos (+) e cães
Hospedeiros intermediário: ratos e morcegos
Ciclo: verme adulto reproduz no intestino delgado do gato e libera as proglotes nas fezes, delas saem os ovos, os quais serão ingeridos pelos HI. A oncosfera então se torna o estrobilocerco no peritoneo e fígado. O hospedeiro definitivo ingere as carcaças de ratos e morcegos com as larvas e se infecta; em seu ID ela começa a se tornar o adulto.
Taenia hydatigena, Multiceps multiceps, Taenia ovis, Echinococcus granulosus também caem.
Multiceps multiceps
Larva: Coenurus cerebralis (cenuro) vários protoescólice invaginados com muito líquido.
Hospedeiros definitivo: cães
Hospedeiro intermediário: ruminantes
Ciclo: Os vermes adultos estão no ID do cão (HD) e se reproduzem liberando as proglotes nas fezes. As proglotes se dissolvem e delas saem os ovos, os quais possuem embrião hexacanto. O ruminante (HI) ingere então esses ovos ou as próprias proglotes e quando o embrião chega ao intestino delgado ele penetra na mucosa e cai na corrente sanguínea indo para o encéfalo e medula espinhal, onde se desenvolverão e se tornarão os cenuros (larvas). O cão então, ingere carcaças de ruminantes com cenuro e na sua parede intestinal fixará seu protoescólex e começará a desenvolver suas proglotes.
*Diagnóstico diferencial com Oestrus ovis.
Taenia hydatigena
Larva: Cysticercus tenuicollis
Hospedeiros definitivo: cães
Hospedeiro intermediário: ruminantes e suínos
Ciclo: Adultos reproduzem no ID do cão e liberam as proglotes que saem nas fezes. As proglotes se dissolvem e liberam os ovos com embrião hexacanto, os quais são ingeridos pelos ruminantes/suínos e penetram na parede do intestino delgado caindo na corrente sanguínea e indo para o fígado, onde migra e depois vai para a cápsula hepática ou peritoneo tornando-se o cisticerco (presos por pedúnculo). Os cães se infectam por meio da ingestão do cisticerco nas carcaças de bovinos/suínos.
Taenia ovis
Larva: Cysticercus ovis
Hospedeiros definitivo: cães
Hospedeiro intermediário: ovinos e caprinos
Ciclo: Mesmo ciclo da T. hydatigena, mas cisticerco se forma na musculatura, coração, pleura e diafragma. 
Echinococcus granulosus
Larva: Cisto hidático possui 3 membranas (adventícia, hialina, prolígera) com várias vesículas prolígeras, as quais possuem protoescólices invaginados.
Hospedeiros definitivo: cães
Hospedeiro intermediário: ruminantes, suínos e humanos (zoonose).
Ciclo: Adultos reproduzem no ID do cão e liberam as proglotes que saem nas fezes. As proglotes se dissolvem e liberam os ovos com embrião hexacanto, os quais são ingeridos pelos ruminantes/suínos/humanos e penetram na parede do intestino delgado caindo na corrente sanguínea e indo para o fígado/pulmão, tornando-se o cisto hidático. Os cães se infectam por meio da ingestão do cisto hidático nas carcaças de bovinos.
Classe: Nematoda
Ascarídeos ovos com parede espessa de 3 camadas: mais externa é a mucopolissacarídica (mamilonada), a intermediária é a de quitina + proteína (resistência) e a mais interna é a lipoproteica (75% de lipídeos e 15% de proteina); com massas amorfa no interior. São parasitas de intestino delgado e se alimentam de quimo.
Toxocara canis
Morfologia: possui 3 lábios, sua asa cervical é estreita e a porção anterior do corpo é voltada ventralmente. Machos com apêndice digitiforme na extremidade posterior.
Ciclo para cães < 6 meses: vermes adultos copulam no intestino delgado dos cães e liberam os ovos nas fezes; no ambiente, dentro do ovo surge a larva L1, a qual torna-se L2 e L3. A forma infectante é o ovo com L3, o cão a ingere o ovo e a L3 penetra então na parede intestinal, cai na circulação porta hepática e vai até o fígado, onde migra e depois segue para o pulmão, onde haverá a muda L3L4. A L4 ascende pela árvore traqueobrônquica e é deglutida; no estômago faz muda L4L5 e a muda L5adulto ocorre no ID. (Migração entero-hepato-pulmonar)
Ciclo para cães > 6 meses: como nesses casos já houve o desenvolvimento de imunidade, a L3 quando ingerida dentro do ovo, vai para a musculatura e fica quiescente. (Migração somática)
*Quando a cadela está em período periparturiente ela tem queda de imunidade (uso de proteínas para formar o leite), assim, há transmissão para os filhotes via transplacentária (migração hepato-pulmonar) e via transmamária (ingerem a L4 – sem migração).
**Quando o cão ingere hospedeiros paratênicos (roedores e pintinhos) com a L3, não há migração.
***Em cães a via de transmissão mais importante é a transplacentária.
Toxocara cati
Morfologia: possui 3 lábios e asas cervicais estreitas no início e depois se alargam (semelhante a uma naja). Machos com apêndice digitiforme.
Ciclo: vermes adultos copulam no ID dos gatos e liberam seus ovos nas fezes; no ambiente, dentro do ovo surge a larva L1, a qual torna-se L2 e L3. A forma infectante é o ovo com L3. O gato ingere então o ovo com L3 e a larva vai ao fígado, depois aos pulmões, sobe a arvore traqueobrônquica, é deglutida e só quando chega na parede do estômago ou do ID que faz a muda L3L4. As L4 saem e na luz do ID fazem a muda L4L5adulto.
*Tanto jovens quanto adultos têm a mesma probabilidade de fazer a migração entero-hepato-pulmonar.
**A gata não transmite pela placenta, apenas pela via transmamária (passa L3 – sem migração) via mais importante para os gatos.
***Quando os gatos ingerem o hospedeiro paratênico não há migração.
Toxascaris leonina
Morfologia: possui asas cervicais longas (vão até a porção final do esôfago), largas e lanceoladas; sua extremidade anterior é curvada dorsalmente. Macho sem apêndice digitiforme e bulbo esofagiano.
Ovo: sua membrana externa é lisa, não mamilonada.
Ciclo:
vermes adultos copulam e liberam ovos nas fezes do cão/gato; no ambiente, dentro do ovo surge a larva L1, a qual torna-se L2 e L3. A forma infectante é o ovo com L3. O cão/gato ingere então o ovo e a L3 faz as mudas no próprio intestino delgado, até chegar em adulto. (Migração histotrópica) 
*Nesse ciclo não há transmissão transplacentária e transmamária; a via mais importante de transmissão é a de ingestão de hospedeiro paratênico.
OBS: caso o humano ingira o ovo com L3 desses ascarídeos, a larva fica migrando pelo corpo larva migrans visceral; podendo atingir os olhos larva migrans visual ou ocular.
Ancilostomatídeos são vermes hematófagos, parasitas de intestino delgado, que causam anemia e melena. Seus ovos são morulados.
Ancylostoma caninum (cães) e Ancylostoma tubaeforme (felinos)
Morfologia: possuem capsula bucal ampla em formato de anzol com 3 pares de dentes grandes.
Ancylostoma braziliensis e Ancylostoma ceylanicum (parasitam cão e felinos)
Possuem 2 dentes grandes e 2 dentes pequenos.
Uncinaria possui lâminas cortantes na cavidade oral e é mais comum em raposas.
Ciclo: vermes adultos estão no ID, eles copulam e ovipõe, liberando seu ovo morulado nas fezes. Desse ovo sai a larva L1 (rabditoide), a qual se alimenta de materiais do bolo fecal e depois torna-se L2 (rabditoide) que se alimenta do mesmo. Depois, L2 vira L3 (filarióide) que não se alimenta e é a forma infectante. A L3 é ingerida ou penetra na pele do cão/gato e vai para o pulmão, depois sobe a arvore traqueobrônquica e é deglutida. Nas glândulas intestinais ela faz a muda L3L4 e quando sai para o lúmen torna-se L5 e adulto. (Migração pulmonar)
*Pode migrar para as glândulas mamárias e passar via leite.
**Larvas podem ficar em hipobiose no TGI, musculatura e glândulas mamárias.
OBS: caso a L3 penetre no homem causa o bicho geográfico, ou seja, a larva migrans cutânea.
Sinais: sinal de Flahaut (sangramento nasal) diferenciar de erliquiose e Rangeliose; focinho hiperqueratótico e seco diferenciar de cinomose.
Strongyloides stercoralis
Classe: Nematoda
Morfologia: possui esôfago filarióide ocupando ¼ do corpo.
Somente a fêmea é parasita.
Ciclo: A fêmea reproduz por partenogênese no intestino delgado do cão e libera ovos, os quais eclodem dentro do hospedeiro, saindo larvas nas fezes. No ambiente, a larva se desenvolve L1L2L3, sendo que a última é filarióide e é a forma infectante. A L3 filarióide (3n) pode ser ingerida ou penetrar na pele, sendo que de ambas as formas ela cai na circulação sanguínea e migra para o pulmão, onde faz a muda L3L4. A L4 então ascende pela árvore traqueobrônquica e é deglutida. No ID ela se torna L5 e adulto (Migração pulmonar)
A L1 liberada nas fezes pode também se desenvolver em macho e fêmea de vida livre, caso seja n ou 2n, respectivamente. Essas formas realizam o ciclo heterogônico e garantem variabilidade genética.
Outra possibilidade, é que a L1 fique retida no períneo do animal e se devolva ali. Nesses casos a L3 penetrará no próprio períneo, causando a autoinfecção externa.
Pode haver também a autoinfecção interna, quando as fezes ficam muito tempo retidas no trânsito intestinal (Ex: fecaloma) e as L3 se desenvolvem e penetram na própria mucosa.
Angiostrongylus vasorum
Morfologia: possui boca provida de 6 lábios reduzidos, são bem pequenos, filiformes e avermelhados.
Hospedeiros definitivos: cão 
Hospedeiros intermediários: moluscos gastrópodes: Biomphalaria
Hospedeiros paratênicos: roedores e aves
Ciclo: macho e fêmea copulam na artéria pulmonar do cão e liberam ovos, os quais atingem as pequenas artérias onde eclodem e liberam a L1. Elas atravessam os alvéolos e ascendem a árvore traqueobrônquica, sendo então deglutidas. Saindo nas fezes, as L1 penetram ou são ingeridas por caramujos e nele fazem a muda L1L2L3. Assim, o cão pode ingerir caramujos com L3 ou roedores e aves com L3 (formas infectantes). A L3 então penetra na parede do ID e vai pela via linfática aos linfonodos mesentéricos, onde realizam a muda para L4. Depois, vão para o sangue, passam pelo coração e chegam a artéria pulmonar (as demais mudas L4L5adulto, ocorrem nesse caminho). Migração linfático-pulmonar
Aelurostrongylus abstrurus
Morfologia: possui boca provida de 6 lábios reduzidos.
Hospedeiros definitivos: gato
Hospedeiros intermediários: moluscos gastrópodes: Subulina
Hospedeiros paratênicos: roedores e aves
Ciclo: macho e fêmea copulam no parênquima pulmonar/ pequenos bronquíolos do gato e liberam ovos, os quais eclodem e liberam a L1. Elas atravessam ascendem a árvore traqueobrônquica, sendo então deglutidas. Saindo nas fezes, as L1 penetram ou são ingeridas por caramujos e nele fazem a muda L1L2L3. Assim, o gato pode ingerir caramujos com L3 ou roedores e aves com L3 (formas infectantes). A L3 então penetra na parede do ID e vai pela via linfática aos linfonodos mesentéricos, onde realizam a muda para L4. Depois, vão para o sangue, passam pelo coração e chegam ao parênquima pulmonar/ pequenos bronquíolos. (Migração linfático-pulmonar)
Spirocerca lupi
Morfologia: é um verme com formato de mola e coloração avermelhada (hematófago), como são Spirurida o macho possuirá a cauda enrolada e sem bolsa copuladora, seu espiculo esquerdo é maior que o direito.
Ovo: é pequeno, alongado, de casca espessa, com larva em seu interior em forma de “C” ou “U”.
Hospedeiros definitivos: cães (+) e gatos
Hospedeiros intermediários: besouros coleópteros
Hospedeiros paratênicos: répteis, roedores e aves.
Ciclo: adultos copulam nos nódulos presentes no esôfago e estômago e liberam os ovos larvados nas fezes. Esses ovos são ingeridos pelos besouros e dentro deles sai a L1 que se torna L2 e L3. O cão se infecta ingerindo o besouro com L3 ou o hospedeiro paratênico com L3 (formas infectantes). No estômago ela penetra na mucosa e cai na corrente sanguínea, onde torna-se a L4. Na aorta, a L4 vira L5 e adulto. Depois, vão a mucosa do esôfago e estômago onde formam nódulos (que podem albergar até 50 parasitas). (Migração gástrica-aórtica)
*A presença desse parasita pode gerar tecidos de granulação e neoplasias (osteossarcoma e fibrossarcoma); e megaesôfago decorrente da fibrose do tecido muscular.
Physaloptera praeputialis
Morfologia: também é um Spirurida; possuem anel perioral na extremidade anterior formado por lábios triangulares; tanto o macho como a fêmea possuem membrana em forma de prepúcio na extremidade posterior. São hematófagos.
Hospedeiros definitivos: cães e gatos
Hospedeiros intermediários: besouros coleópteros e ortópteros (baratas e grilos).
Ciclo: vermes adultos estão no estômago do HD, fixos na mucosa, sugando sangue. Eles copulam e liberam ovos larvados nas fezes, os quais são ingeridos pelos besouros/baratas/grilos e dentro deles a L1 vira L2 e L3, sendo a forma infectante os hospedeiros intermediários com L3. O cão/gato ingerem então a FI e, no estomago a L3 faz muda para L4, L5 e adulto. (Sem migração)
*Causam gastrite ulcerativa catarral.
Trichuris vulpis (verme chicote)
Morfologia: possui um único espículo envolvido por bainha, possui extremidade anterior mais fina e longa que a posterior; possui esôfago tricuriforme (com glândulas na extremidade posterior – esticossomas). Macho com cauda enrolada.
Ovo: possui forma de bola de futebol americano com massa amorfa e bioperculado.
Ciclo: Adultos copulam no IG e liberam ovos nas fezes do ruminante. No ambiente, a L1 forma-se dentro do ovo e o ruminante ingerirá o ovo com L1 (forma infectante). A muda L1L2L3L4L5adulto ocorrem todas no intestino grosso. (Migração histotrópica)
Capillaria hepatica (verme cabelo)
Morfologia: extremidade anterior é mais fina e menor/mesmo tamanho que a posterior, macho também possui um único espiculo e cauda enrolada.
Hospedeiros: cães, suínos, roedores, esquilos e homem (zoonose).
Ovo: possui forma de bola de futebol americano com massa amorfa e bioperculado.
*Gatos podem ter a Capillaria felis cati e cão pode ter o Pearsonema plica, os quais parasitam
bexiga e têm a minhoca como hospedeiro intermediário.
Ciclo: Adultos estão no parênquima hepático dos roedores; eles copulam e liberam os ovos, que ficam encapsulados no tecido. O ovo só desenvolve o embrião caso caia no ambiente e isso pode ocorrer de duas formas: quando o animal morre e há a decomposição do seu tecido hepático, ou quando o roedor é ingerido por um predador e passa pela digestão saindo os ovos nas fezes. Quando ele forma o embrião, torna-se a forma infectante para os outros hospedeiros. Quando um cão ingere o ovo, uma larva forma-se e sai de dentro dele, penetrando na parede intestinal, caindo no sistema porta hepático e chegando então ao fígado. No fígado faz a muda L1L2L3L4L5adulto.
Platynosomum fastosum
Classe: trematoda
Morfologia: possui as duas ventosa (oral e ventral) na extremidade anterior do corpo; testículos na mesma linha horizontal e os ovários ligeiramente desviados da linha média longitudinal.
Hospedeiros definitivos: gatos e furão
Hospedeiros intermediários: 1º caramujo Subulina e 2º crustáceo isópode
Hospedeiro paratênico: perereca e lagartixa
Ciclo: Adultos estão nos canais biliares e vesícula biliar do gato/furão; eles reproduzem e liberam ovos que saem nas fezes. Quando cai no ambiente úmido, forma o miracídeo em seu interior. O caramujo Subulina ingere então esse ovo e no seu interior forma-se o esporocisto I que por poliembrionia forma o esporocisto II com as cercárias no interior. Assim, sai o esporocisto II de dentro do caramujo e ele é ingerido por um crustáceo isópode, tornando-se metacercária. A perereca/lagartixa ingere o crustáceo e as tornam-se as formas infectantes para os HD.
*Pode causar colangiocarcinoma (neoplasia); lipidose hepática; retenção biliar que causa icterícia e em casos graves causa encefalopatia hepática.
Dirofilaria immitis
Morfologia: é um verme grande e Spirurida; seu orifício oral é desprovido de lábios; fêmea tem a extremidade posterior obtusa com vulva após o esôfago são vivíparas.
Hospedeiros definitivos: canídeos e felinos domésticos/selvagens, primatas e homem
Hospedeiros intermediários/Vetor: culicídeos (Aedes, Culex e Anopheles)
Ciclo: Adultos estão no ventrículo direito e artéria pulmonar do HD; eles copulam e a fêmea libera larvas (microfilárias – L1). O mosquito então suga a microfilária no repasto e no seus túbulos de malpighi há a muda para L2 e L3. Logo, o mosquito inocula a L3 que vai para o subcutâneo ou serosa, onde faz a muda L3L4L5. A L5 cai na circulação venosa e vai para o coração, onde vira adulto.
*Possui lesão patognomônica: proliferação vilosa do endotélio leucócitos e plaquetas liberam fatores que estimulam migração e multiplicação das células musculares na túnica média para a intima.
**Fragmentos de vermes mortos ocluem o lúmen de pequenas artérias (tromboembolismo) causando enfartamento.
***Aumento de trabalho do coração causa ICCD. 
****Síndrome da veia cava posterior: a veia cava para de drenar devido a insuficiência cardíaca e isso causa congestão hepática, que evolui para fibrose e cirrose.
Diagnóstico: esfregaço sanguíneo e detecção das microfilárias, técnica de gota espessa, técnica de Knott...
OBS: deve-se diferenciar as microfilárias de Acanthocheilonema reconditum corantes histoquímicos para fosfatases ácidas, a microfilária de Ar é em forma de gancho corando-se totalmente em rosa e a de Di é mais reta com pontos vermelhos no poro excretor e no ânus. A larva de Di se movimenta erraticamente e a de Ar progressivamente.
Acanthocheiloma reconditum
Morfologia: também é Spirurida, mas bem menor que a Dirofilaria. Microfilárias possuem corpo refratil na extremidade posterior e não possuem bainha.
Hospedeiros definitivos: cão e gato
Hospedeiro intermediário: Ctenocephalides felis e Heterodoxus spiniger.
Ciclo: adultos copulam e as fêmeas liberam as microfilárias (larvíparas). Pulgas e piolhos sugam sangue e acabam ingerindo essas formas. Neles formam-se L2 e a L3 não hemocele. Essa ultima escapa da probóscide durante o repasto sanguíneo e no subcutâneo torna-se L4, L5 e adulto. Pode migrar para o tecido perirrenal.
Dioctophyma renale 
Morfologia: é o maior nematódeo conhecido. Possui coloração vermelho sangue (no entanto é histiófago); possui cutícula estriada transversalmente; tem bolsa copuladora muscular campanuliforme e no centro da bolsa tem o orifício cloacal de onde sai um único espículo.
Ovos: elípticos, com tampões bipolares, acastanhados com casca espessa e escavados (depressões) saem na urina.
Hospedeiros definitivos: mustelídeos (lontra, furão), canídeos, procionídeos (quatis)
Hospedeiro intermediário: oligoquetas Lumbriculus variegatus (habita o fundo de lagos e rios)
Hospedeiros definitivos ocasionais: bovinos, equinos, suínos, humanos e felinos.
*Os cães são hospedeiros definitivos anormais e terminais, enquanto que o lobo guará tem papel importante na cadeia epidemiológica lobeira inibe o desenvolvimento do parasita.
Visons: são os melhores hospedeiros definitivos e reservatórios, pois possuem grande numero de parasitas, de ambos os sexos, localizados no rim.
Hospedeiro paratênico: sapos, rãs e peixes de água doce.
Ciclo: adultos copulam nos rins e fêmeas liberam ovos na urina; esses caem na água e são ingeridos por oligoquetas. Dentro do vaso sanguíneo ventral desse HI fazem L1L2L3. Logo, o cão pode ingerir a minhoca com L3 ou o hospedeiro paratênico que ingeriu essa minhoca com L3. Essa L3 faz a muda para L4 na parede do estômago, depois L4 migra pela parede do duodeno; vai para o fígado, peritoneo e enfim chega aos rins (mais comum o direito).
Spirometra mansonoides (verme zíper)
Classe: cestoda
Morfologia: duas pseudobotrídias longitudinais no escólex (uma ventral e outra ventral), sem espinhos e o colo é reduzido ou ausente. Órgãos genitais ficam no meio da proglote.
Ovos: operculados e afilados nas extremidades.
Hospedeiros definitivos: cães, gatos e mustelídeos.
Hospedeiros intermediários: 1º) crustáceos de água doce Ciclops, 2º) anfíbios, répteis, peixes, aves e mamíferos
Hospedeiro acidental: humanos.
Ciclo: adultos estão no ID e se reproduzem. As proglotes gravídicas não se destacam , elas apenas liberam os ovos através de um orifício chamado tocóstoma (só se destacam quando estão bem velhas). Os ovos então saem nas fezes e quando caem na água sofrem embrionamento, originando a larva coracídeo. Essa larva sai do ovo e é ingerida pelos crustáceos Ciclops e se torna, na sua cavidade geral, procercóide. Esse primeiro HI é ingerido por peixes, anfíbios e répteis e a procercóide se torna plerocercóide (espargano). Cães/gatos ingerem então esses segundos HI com as plerocercóides (forma infectante). Quando o plerocercóide chega ao ID começa a se tornar adulto. spirometriose
O humano pode se infectar ingerindo carne de porco/rã mal cozida e nele só pode haver espargano. ciclo não se completa. Se ele ingerir microcrustáceo com procercóide, vai para o olho e pele esparganose ocular.
*Ovos se confundem com os de trematodas.
Nematoides de Aves
Ascarídeos: possuem 3 lábios na extremidade anterior; ciclo é monoxeno e sem migração entero-hepato-pulmonar. A forma infectante é o ovo com L3 (também resistente ao meio, mas liso externamente – não mamilonado) ou minhocas com L3.
Ascaridia galli
Morfologia: possui lábio dorsal mais desenvolvido; macho com ventosa pré-cloacal circular quitinosa na extremidade posterior; sem bulbo esofagiano. É o maior e mais comum helminto das aves.
Hospedeiros definitivos: galinhas, perus, patos e gansos.
Hospedeiro paratênico: minhocas 
Ciclo: adultos estão no intestino delgado das aves, onde copulam e liberam os ovos, os quais saem junto com as fezes. No ambiente desenvolve-se no seu interior a L1 que vira L2 e L3. A forma infectante é ovo com L3 ou minhocas com L3. As aves ingerem então essa formas e no ID dela há todas as outras mudas. (sem migração) 
*Em altas infecções podem migrar para os ovários e ser observado
nos ovos.
Heterakis gallinarum
Morfologia: ele é bem pequeno, possui bulbo esofagiano; também possuem ventosa pré-cloacal e seus lábios possuem o mesmo tamanho.
Ciclo: adultos estão no ceco das aves, onde copulam e liberam os ovos, os quais saem junto com as fezes. No ambiente desenvolve-se no seu interior a L1 que vira L2 e L3. A forma infectante é ovo com L3 ou minhocas com L3. As aves ingerem então essa formas e no ceco há todas as outras mudas, podendo adentrar na mucosa cecal. (Migração histotrópica) 
*É importante pois carreia consigo o Histomonas meleagrides, o qual é responsável por causar a enterohepatite dos perus.
Syngamus trachea
Morfologia: é um estrongilídeos; macho e fêmea ficam em copulam constante, formando um “Y”. Possui capsula bucal ampla circundada por anel cuticular com 8 a 9 dentículos quitinosos. Macho é muito menor que a fêmea. Hematófagos.
Hospedeiros paratênicos: minhoca, moscas e lesmas.
Ciclo: adultos estão na traqueia e brônquios das aves, onde copulam e a fêmea libera ovos morulados (bioperculados). Eles ascendem e são deglutidos, saindo nas fezes. No ambiente, dentro do ovo forma-se a L1 que vira depois L2 e L3. A galinha se infecta ingerindo ovo com L3, hospedeiro paratênico com L3 ou a própria L3; dentro dela a L3 perfura a parede intestinal e via circulação sanguínea chega ao fígado, depois vai pela veia cava até o coração e por fim, chega ao pulmão, onde faz a muda L3L4. No caminho até a traqueia faz as mudas restantes até adulto. (Migração entero-hepato-pulmonar).
*Pode ocasionar em morte por espasmo respiratório devido ao acumulo de muco (aves agitam a cabeça e boca continuamente - asfixia)
Gongylonema ingluvicola
Morfologia: é um Spirurida; possui placas cuticulares na extremidade anterior semelhantes a verrugas. É parasita de esôfago e papo.
Hospedeiros intermediários: besouros coleópteros
Forma infectante: besouros com L3
Migração: histotrópica
Oxyspirura mansoni
Morfologia: possui vestíbulo bucal em forma de ampulheta e macho sem asa caudal. É parasita de olhos (abaixo da membrana nictitante). 
Hospedeiros intermediários: baratas
Forma infectante: baratas com L3
Ciclo: machos e femeas copulam no olho e liberam os ovos, os quais por meio do canal lacrimal caem na faringe e são eliminados nas fezes. Os ovos com L1, no ambiente, são ingeridos por baratas e dentro dela fazem a muda L1L2L3. A ave ingere esses HI com L3 e ela migra para a faringe, atinge os canais lacrimais e migra para os olhos.
*causa conjuntivite a oftalmia grave.
Cheilospirura (Acuaria) hamulosa
Morfologia: possui 4 cordões cuticulares não anastomosados em forma de crista, não recorrentes, partindo da extremidade anterior e dirigindo-se para trás. É parasita de moela, ficando em sua camada córnea – membrana coelina.
Hospedeiros intermediários: besouros coleópteros e gafanhotos.
Forma infectante: besouros e gafanhotos com L3
Migração: histotrópica
*Causam comprometimento da moela (nódulos), prejudicando a digestão mecânica e até mesmo podendo romper sua parede e causar peritonite.
Dispharynx spiralis
Morfologia: possuem 4 cordões cuticulares não anastomosados, recorrentes e de curso sinuoso. É parasita de esôfago e pró-ventrículo. 
Hospedeiros intermediários: tatus de jardim.
*Penetram parcialmente a parede do pró-ventrículo, formando inflamação e nódulos. Podem causar ulceras e matar o animal (extensa destruição glandular).
Tetrameres sp
Morfologia: possuem dimorfismo sexual o macho é branco, filiforme com quatro fileiras de espinhos nas linhas laterais e mediais, já as fêmeas são subesféricas com extremidades em forma de cone e são hematófagas. São parasitas de pró-ventrículo.
Ciclo: machos e femeas copulam e os ovos larvados saem nas fezes. No ambiente, o ovo com L1 é ingerido por insetos, crustáceos ou anelídeos e dentro deles há formação de L3. A galinha ingere então os HI com L3 e dentro delas há as demais mudas no pró-ventrículo. (Migração histotrópica)
Capillaria contorta
Morfologia: possui extremidade anterior mais fina, menor ou do mesmo tamanho que a posterior; é parasita de esôfago (secreção do esôfago diferenciar de Tricomonose) é uma grande problemática em aves.
Ovos: possuem formato de bola de futebol americano com massa amorfa e bioperculado.
Hospedeiro intermediário: minhocas
Ciclo: adultos copulam no esôfago e liberam ovos nas fezes. No ambiente forma-se a L1 em seu interior (forma infectante). No entanto, a minhoca pode ingerir o ovo antes de formar a L1 e dentro dela a larva se desenvolver, sendo a minhoca com L1 forma infectante para aves. Quando se infectam, as L1 no próprio esôfago se tornam L2, L3, L4, L5 e adulto. (Migração histotrópica). 
*Pode possuir ciclo monoxeno e heteroxeno.
**Minhoca pode também ser paratênica caso ingira o ovo já com L1.
***Nas Criações comerciais as mais problemáticas é a C. obsignata e C. contorta.
Outras Capilarias:
C. annulata e C contorta (esôfago) e C. caudinflata, C. bursata, C. obsignata (intestino delgado).
****A C. annulata transmitida apenas por ingestão de minhocas com L1; a C contorta é transmitida por ingestão de minhocas e ovos com L1 e a C. obsignata é transmitida só por ingestão de ovo com L1.
Cestoide de Aves
Hymenolepis carioca
Morfologia: possui escólex com rostro inerme (sem espinhos) e protrátil, piriforme com ventosas também inermes. Proglotes mais largas que longas.
Ovos: com embrião hexacanto/oncosfera; semelhantes a um chapéu mexicano.
Hospedeiros definitivos: galinhas e perus.
Hospedeiros intermediários: Stomoxys calcitrans e coleópteros.
Ciclo: adulto está no ID das galinhas e reproduz liberando as proglotes que saem nas fezes. No ambiente, as proglotes se dissolvem e liberam os ovos. As larvas da mosca e os coleópteros ingerem os ovos e dentro deles formam-se as larvas cisticercóides, tornando-os as formas infectantes. As aves ingerem então a FI e a larva se rompe, fixando o protoescólex e começando a se desenvolver as proglotes.
Família Davaineidae ambos os gêneros possuem espinhos no rostro e ventosas. Seus ovos possuem embrião hexacanto. Escólex é protrátil com espinhos em forma de martelo.
Davainea proglottina
Morfologia: possui pequeno porte, estróbilo com 4-9 proglotes e seus espinhos são caducos. Liberam cápsulas ovígeras com 1 ovo.
Hospedeiros intermediários: lesmas 
*uma lesma pode conter milhares de larvas cisticercóides em seu interior.
**É o mais patogênico das aves, causa enterite hemorrágica necrótica.
Raillietina sp
Morfologia: seu estróbilo possui inúmeras proglotes (grande)
Raillietina echinobothrida (espécie mais patogênica)
Hospedeiro definitivo: aves
Hospedeiros intermediários: formigas e moscas
*Causam enterite hiperplásica forma-se nódulos.
Ciclo: vermes reproduzem e liberam as proglotes nas fezes das aves, os quais irão ser ingeridos pelas lesmas, formigas ou larvas de moscas. Dentro dos HI formam-se as larvas cisticercóides e eles viram as formas infectantes. As aves ingerem as lesmas, formigas ou moscas com larva cisticercóide e se infectam.
Família Dilipedidae só possuem espinhos no rostro em forme de espinhos de roseira.
Choanotaenia infundibulum 
Morfologia: proglotes no meio do corpo são infundibuliforme.
Hospedeiro definitivo: galináceos
Hospedeiros intermediários: Musca domestica (adulto pode ingerir ovos, já que é lambedor) e coleópteros.
Amoebotaenia cuneata
Morfologia: possui corpo triangular.
Hospedeiro definitivo: galináceos
Hospedeiros intermediários: minhocas.
Trematódeos Parasitas de Aves
Phostarmostomum commutatum
Morfologia: possui forma de folha; seus cecos se ramificam em dois e não se fundem na extremidade posterior; órgãos genitais estão na extremidade posterior (ovário no meio dos testículos – sendo que os três estão na mesma linha vertical).
Hospedeiros intermediários: 1º) caramujo Bradybaena e 2º) caramujo Bradybaena ou Subulina.
Ciclo: trematodas estão no ceco da ave e se reproduzem (auto copulação ou fecundação cruzada).
Eles liberam ovos nas fezes que quando caem em solo úmido desenvolvem o miracídeo no interior. O caramujo então ingere os ovos com miracídeo e deles saem as cercárias, as quais penetram em um segundo caramujo, infectando-o e formando dentro deles as metacercárias. As aves então, ingerem os caramujos com a metacercária.
Paratanaisia bragai
Morfologia: tegumento coberto por escamas (P. bragai e P. robusta) ou espinhos (P. confusa); a ventosa ventral é rudimentar; os cecos se ramificam em dois e se fundem posteriormente; órgãos genitais ficam na extremidade anterior (testículos na mesma linha horizontal e ovários acima deles).
Hospedeiros intermediários: caramujo Subulina ou Leptinaria.
Ciclo: parasita está nos túbulos renais medulares, onde reproduz e libera os ovos na parte líquida das fezes. Quando caem no ambiente úmido forma-se o miracídeo e os caramujos os ingerem. Dentro do HI forma-se o esporocisto I, que depois faz poliembrionia e se torna o esporocisto II com cercárias. Essas cercárias dentro do próprio caramujo se tornam as metacercárias. As aves se infectam então ingerindo os HI com metacercárias (forma infectante) e dentro delas ela se torna as adolescercárias que migram via cloaca até os túbulos renais.
Typhlocoelum cucumerinum 
Morfologia: ausência de ventosas ou muito atrofiadas; corpo espesso e oval com tegumento revestido por escamas; testículos estão na porção posterior, porém numa posição diagonal.
Hospedeiro definitivo: marrecos e patos
Ciclo: adultos estão nos brônquios, traqueia e sacos aéreos das aves, onde reproduzem e liberam os ovos, os quais sobem e são deglutidos saindo nas fezes. Ovo quando cai na água, forma miracídeo e dentro dele forma a rédea . As rédeas penetram no caramujo e na sua cavidade pericárdica formando as cercárias e posteriormente, as metacercárias Esse caramujo com metacercária será a FI ingerida pela ave.
*Animal pode morrer por obstrução das vias aéreas e lesões pulmonares (monostomose sufocante)

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