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Esporte como instrumento de inclusão social

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05/04/2018 Disciplina Portal
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2286944&classId=894275&topicId=1750994&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum=
Esporte educacional
Aula 5 - O esporte como instrumento de
inclusão social
INTRODUÇÃO
Apesar das inúmeras modalidades, diferenças regionais, características culturais e sociais distintas, o esporte
prevalece como um elemento mobilizador e envolvente onde quer que seja.
É um fenômeno cultural e um direito social, essencial para a melhoria da qualidade de vida, capaz de contribuir para a
inclusão social, transformação de pessoas e comunidades e, consequentemente, de toda a sociedade.
OBJETIVOS
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De�nir os diferentes conceitos de inclusão e exclusão social.
Reconhecer o binômio educação-esporte como fundamental no mecanismo de inclusão social.
Descrever a importância da contribuição do esporte como instrumento de inclusão social.
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EXCLUSÃO E INCLUSÃO SOCIAL
Fonte: popular business / Shutterstock
“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência,
devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.”
Declaração Universal dos Direitos Humanos - Artigo 1º.
Fonte da Imagem: Natee K Jindakum / Shutterstock
O QUE É EXCLUSÃO E INCLUSÃO SOCIAL?
A de�nição de exclusão está intimamente ligada à de�nição de inclusão social, sendo processos sociais
interdependentes que revelam desequilíbrios explícitos, muitas vezes em decorrência da desigual distribuição de renda
e oportunidades.
EXCLUSÃO SOCIAL
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Fonte da Imagem: Zdenek Rosenthaler / Shutterstock
A exclusão social refere-se a di�culdades ou problemas sociais que levam ao isolamento e até à discriminação de um
indivíduo ou de um determinado grupo de uma sociedade. Estes grupos excluídos, ou que sofrem exclusão social,
precisam de uma estratégia ou política de inserção de modo a que se possam integrar e ser aceitos pela sociedade em
que se inserem.
Exclusão é apenas um momento da percepção que cada um ou todos podem ter daquilo que concretamente se traduz
em privação: privação de emprego, privação de meios para participar do mercado de consumo, privação de bem-estar,
privação de direitos, privação de liberdade, privação de esperança. Vale ressaltar que a privação nos dias de hoje é
mais do que econômica, havendo nela certa dimensão moral.
A exclusão social é um fenômeno multidimensional que extrapola as dimensões da pobreza, encarada do ponto de
vista da renda, sendo diagnosticada através de outras dimensões como saúde, educação, lazer, qualidade ambiental,
política, economia etc.
Como principais fatores da exclusão social, podemos citar:
Desemprego;
Desvalorização;
Precarização do trabalho;
Pobreza;
Violência;
Insegurança;
Injustiça social;
Desquali�cação social;
Desigualdade educacional;
Falta de acesso a bens e serviço.
Clique aqui (glossário) e saiba mais sobre exclusão social.
INCLUSÃO SOCIAL
Fonte da Imagem: Jirsak / Shutterstock
Já a inclusão social é um conjunto de meios e ações que combatem a exclusão de alguém aos benefícios da vida em
sociedade, provocada por diferença social, origem geográ�ca (xenofobia), educação, idade, necessidades especiais,
preconceitos raciais, práticas etnocêntricas etc. Inclusão Social é oferecer aos mais necessitados oportunidades de
acesso a bens e serviços, dentro de um sistema que bene�cie a todos e não apenas aos mais favorecidos.
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Em determinadas sociedades, infelizmente, muitas vezes, temos experiências que ainda deixam a desejar em relação à
inclusão social, com pessoas que ainda criticam a igualdade de direitos e não querem cooperar com aqueles que
fogem dos padrões de normalidade estabelecidos por um grupo que é a maioria. E diante dos olhos deles, em certas
ocasiões, também somos diferentes.
E é bom lembrar que as diferenças se fazem iguais quando colocadas num grupo que as aceitem e as consideram,
pois nos acrescentam valores morais e de respeito ao próximo, com todos tendo os mesmos direitos e recebendo as
mesmas oportunidades diante da vida.
Para haver inclusão social, precisamos de:
Emprego;
Valorização do ser humano (independentemente de classe, etnia etc.);
Programas institucionais;
Solidariedade social;
Segurança;
Justiça social;
Quali�cação social;
Igualdade educacional;
Acesso a bens e serviços.
ESPORTE, EDUCAÇÃO E INCLUSÃO SOCIAL
A prática esportiva é de extrema importância para a inclusão social, mas poderá alguém ser incluído socialmente
praticando esporte, mas sem uma educação de qualidade? Educação e esporte podem ser investigados de diferentes
formas e com muita abrangência. Isto porque a educação e o esporte são temas amplos que in�uenciam diferentes
campos do conhecimento.
Fonte da Imagem: auremar / Shutterstock
O fato é que vivemos hoje, em determinadas sociedades, com poucos valores éticos e morais, de tradições e
conceitos. Sendo assim, o grande ídolo não é mais um escritor, professor ou o cientista; mas sim, um jogador de
futebol, um ator ou atriz, uma modelo...
Há uma competição cada vez mais acirrada no mundo globalizado de hoje, e, em alguns casos, criando mitos,
"talentos" e atletas palestrantes. Em contrapartida, também gerou sentimentos de ansiedade, descontrole, insegurança
e a crescente violência urbana, em que valores socioculturais e �losó�cos não se fazem presentes no universo de
aprendizagem do ser humano.
Muitas vezes, por conta de problemas sociais que as cercam, crianças e adolescentes que vivem em situação de
carência apresentam frequentes problemas de aprendizado e relacionamento nas escolas. As consequências são a
indisciplina, o fracasso escolar, dentre outras.
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Elas vivem em situação difícil, e não é incomum que acabem se relacionando com tra�cantes e viciados em drogas,
tornando-se também usuários, mais tarde. O esporte, aliado à educação, pode evitar que os jovens sejam aliciados,
proporcionando a eles um futuro diferente do de tantos outros.
Os estudos nas mais diferentes modalidades apontam para os benefícios da iniciação esportiva, bem como para os
riscos, se afastada de uma base pedagógica. Esporte vai muito além das disputas dentro dos estádios e ginásios.
Cada vez mais cresce a sua importância como ferramenta de inclusão social.
As atividades físicas e desportivas têm especial importância para as crianças porque oferecem uma ampla gama de
ações destinadas a preencher construtivamente o tempo livre de crianças e jovens, contribuindo para sua formação e
afastando-os das ruas.
Desenvolver o cidadão através de práticas esportivas é um método que vem se mostrando e�caz em diferentes países.
A�nal, não é de hoje que se escuta falar de crianças e adolescentes que mudam suas vidas e tornam-se
verdadeiramente cidadãos de “bem”, após participar de projetos sociais.
As experiências com projetos sociais ligados ao esporte mostram que a atividade física, em especial no que diz
respeito aos mais jovens, tem um fator motivador extremamente positivo. Os efeitos são sentidos no dia-a-dia,com
crianças e adolescentes mais concentrados nas aulas, disciplinados e, principalmente, fora das ruas.
Clique aqui (glossário) e saiba mais.
ESPORTE E INCLUSÃO SOCIAL
Fonte da Imagem: wavebreakmedia / Shutterstock
O esporte está deixando de ser visto apenas como uma forma de lazer e saúde corporal e está adquirindo novos
signi�cados, entre eles, como uma forma de inclusão social. É verdade que a prática esportiva traz diversos benefícios
para o indivíduo, tanto psicológicos (melhorias na autoestima, prevenção de doenças psíquicas etc.) quanto
�siológicos. No entanto, como o esporte pode ajudar na inclusão social?
O combate à exclusão social vem sendo uma das principais preocupações de organizações civis e governamentais.
Dentre as múltiplas estratégias, o esporte é uma das mais defendidas. Porém, vários autores têm identi�cado
características nos esportes modernos que contrastariam paradoxalmente com os objetivos generosos da inclusão, e
que a forma como atualmente se praticam esportes não contribui para emular virtudes.
Para muitos, esportes de alta performance promoveriam valores contrários à cooperação e à igualdade (SANTIN,
1996), o que nos põe diante de um paradoxo: de um lado, esportes são meios saudáveis de interação; de outro, são
altamente seletivos – nem todas as pessoas iniciadas no esporte tornam-se desportistas bem-sucedidos. A essas
restaria praticar esportes apenas como forma de lazer descompromissado, o que sugere que o esporte não seja uma
opção real para todos.
Como já vimos anteriormente, os esportes são jogos institucionalizados. Praticar um esporte é praticar um jogo de alto
rendimento, segundo regras institucionalmente de�nidas que não estão à disposição de seus praticantes. E além delas,
há normas de organização.
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Uma disputa de futebol entre amigos na praça, no quintal ou na quadra do colégio é sempre jogo; mas ainda não é
esporte. Pelé foi um desportista; contudo, nem todas as pessoas que jogam ou jogaram basquete em sua vida são ou
foram desportistas.
Para Helal (1990), brincadeira é “qualquer atividade espontânea, voluntária, sem regras �xas, que proporciona prazer e
diversão e que não tem �nalidade ou sentido além ou fora de si”. Na brincadeira, não há preocupação com
recompensas externas (como fama e dinheiro).
Jogos, por sua vez, são “brincadeiras organizadas”. Podemos imaginar brincadeiras que se tornam jogos quando seus
praticantes acertam as regras antes de dar início. Quando essas regras se �xam e deixam de ser livremente
estipuladas por seus praticantes, temos um jogo. Esportes, porém, não são apenas jogos. Jogos podem ou não ser
competitivos; mas esportes são sempre jogos competitivos organizados.
Para muitos, sendo competitivos e voltados ao desempenho, os esportes não proporcionam melhoramentos humanos.
Esportes corromperiam a pureza da brincadeira ao limitá-la a rituais rígidos em detrimento da vontade de seus
praticantes. Ao conduzirem as pessoas a uma prática orientada essencialmente à vitória sobre seus pares, esportes
estimulariam somente a competição, conduziriam os indivíduos a formas de interação não solidárias e
“desumanizadoras”.
Ao contrário da brincadeira e dos jogos movidos essencialmente por motivações lúdicas, que visam ao prazer estético
e partem de “situações existenciais”, esportes orientar-se-iam por �nalidades externas, ditadas por uma organização
que impõe o modelo “opressivo” da busca da performance máxima.
Fonte da Imagem: Andrey_Popov / Shutterstock
Sendo assim, como o esporte pode promover inclusão social? A resposta é bem simples, basta enxergar o esporte
com outros olhos. Além do lazer e saúde, o esporte, praticado sob a forma de jogo-brincadeira ou não, leva até as
pessoas ensinamentos e comportamentos essenciais para uma vida em sociedade. O esporte gera solidariedade,
respeito, educação, responsabilidade, além da inclusão social, juntando diversos indivíduos de vários sexos, etnias,
idades, necessidades e classes sociais diferentes.
Além disso, a prática esportiva ajuda a quebrar barreiras que impõem limites às pessoas. Por meio dela, um portador
de necessidades especiais, por exemplo, pode se tornar um esportista; um adolescente morador de periferia, que vive
exposto ao crime, pode se tornar um esportista reconhecido internacionalmente, competindo em diversos países do
mundo; e, ainda, por possibilitar a abertura de novos caminhos, a prática esportiva ajuda a reduzir os índices de
violência e exclusão social.
Existem diversas formas de promover a inclusão social, e o esporte é, certamente, uma das melhores maneiras de
fazê-lo, pois não deixa de ser uma forma de lazer. Sendo assim, deve-se aproveitar ao máximo a prática esportiva e
investir nessa área, por meio da abertura de associações que levem o esporte, sobretudo a adolescentes com baixa
situação �nanceira; criação de campanhas que incentivem a prática esportiva, mostrando como a vida de uma pessoa
pode mudar através do esporte etc., construindo assim, cidadania.
ATIVIDADE PROPOSTA
05/04/2018 Disciplina Portal
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Prezados alunos, elaborem um texto sobre exclusão social, contemplando 5 fatores de exclusão social.
Resposta Correta
Glossário

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