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Resumo de Economia para Concursos

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1. DEMANDA
A curva de demanda é negativamente inclinada.
A curva de demanda pode ser positivamente inclinada (caso do bem de Giffen).
Para o bem normal, o aumento de renda provoca o deslocamento para a direita da curva de demanda (demanda é função crescente da renda, para os bens normais).
Para o bem inferior, o aumento de renda provoca o deslocamento para a esquerda da curva de demanda (demanda é função decrescente da renda, para os bens inferiores).
Se X e Y são bens substitutos, então:
Logo, se X e Y são substitutos, a demanda de X é uma função crescente do preço de Y.
Se X e Y são bens complementares, então:
Logo, se X e Y são complementares, a demanda de X é uma função decrescente do preço de Y.
Mudanças no preço de um bem X provocam deslocamentos NA, AO LONGO, SOBRE a curva de demanda (a curva fica no mesmo lugar), enquanto qualquer mudança em quaisquer outros fatores que não seja o preço do bem provoca deslocamento DA curva de demanda (a curva inteira sai do lugar).
O excedente do consumidor é a área acima da linha do preço e baixo da curva de demanda:
2. OFERTA
Em regra, a curva de oferta é positivamente inclinada.
Quando o custo de produção (aumento do preço de insumos, por exemplo) aumenta, a curva de oferta vai para a esquerda. Quando o custo de produção (redução do preço de insumos, por exemplo) diminui, a curva de oferta vai para a direita.
O aumento de tecnologia desloca a oferta para a direita. Mudanças no preço de um bem X provocam deslocamentos NA, AO LONGO, SOBRE a curva de oferta (a curva fica no mesmo lugar), enquanto qualquer mudança em quaisquer outros fatores que não seja o preço do bem provoca deslocamento DA curva de oferta (a curva inteira sai do lugar).
O excedente do produtor é a área abaixo da linha do preço e acima da curva de oferta:
Demanda de mercado (Q) X Demanda individual (q):
Q = q.N (onde N é o número de consumidores)
3. ELASTICIDADES
A elasticidade preço da demanda (EPD) indica a variação percentual da quantidade demandada de um produto em função da variação percentual de 1% no seu preço.
EPD > 1 (demanda elástica)
EPD < 1 (demanda inelástica)
EPD = 1 (elasticidade unitária)
Ou.. pode ser a seguinte fórmula abaixo, que é utilizada para fazer cálculos da EPD:
Quanto mais essencial o bem, mais inelástica (ou menos elástico) será a sua demanda.
Quanto mais bens substitutos houver, mais elástica será a sua demanda.
Quanto menor o peso do bem no orçamento, mais inelástico será a demanda do bem.
Para curvas de demanda linear (formato: Q = a – b.P), a EPD é variável ao longo da curva (vai de infinito a zero):
Para a demanda linear, a EPD é monotonamente decrescente (significa que ela decresce com a quantidade em “um tom”, em uma direção única). Quando Q=0, EPD=∞ ... a partir daí, quando Q aumenta, a EPD sempre decresce (ou decresce monotonamente).
Se a demanda do bem é elástica (EPD>1), um aumento do preço reduzirá a receita total das firmas (ou gasto total dos consumidores).
Se a demanda do bem é inelástica (EPD<1), um aumento do preço aumentará a receita total das firmas (ou gasto total dos consumidores).
Se a demanda do bem possui EPD=1, um aumento do preço aumentará não alterará a receita total das firmas (ou gasto total dos consumidores).
A receita marginal da firma (Rmg) é igual dRT/dQ.
A receita total das firmas é máxima quando a EPD=1 e quando Rmg=0.
A demanda abaixo possui elasticidade constante (EPD= -b):
PS: não confundir a demanda acima com a demanda linear (Q = a – bP).
A demanda linear possui EPD variável, enquanto a demanda do tipo Q=aP-b possui EPD constante (igual a expoente de P).
.....
A elasticidade renda da demanda mede a sensibilidade da demanda a mudanças de renda. Ela indica a variação percentual da quantidade demandada de um bem em função da variação percentual de 1% na renda
Se ERD > 1, então o bem é superior ou de luxo.
Se 0 < ERD < 1, então o bem é normal.
Se ERD < 0, então o bem é inferior.
.....
A elasticidade-preço cruzada da demanda mede o efeito que a mudança no preço de um produto provoca na quantidade demandada de outro produto.
Se EXY > 0, então X e Y são substitutos.
Se EXY < 0, então X e Y são complementares.
.....
A elasticidade preço da oferta mede a sensibilidade da quantidade ofertada em resposta a mudanças de preço.
Se o intercepto for positivo (a curva de oferta intercepta o eixo de preços quando p>0), a oferta será elástica.
Se o intercepto for negativo (a curva de oferta intercepta o eixo de preços quando p<0), a oferta será inelástica.
Se o intercepto da curva de oferta passar pela origem do gráfico (ponto O, quando p=0 e q=0), a elasticidade será unitária e constante.
4. TEORIA DO CONSUMIDOR
Restrição Orçamentária
Consumidores escolhem as melhores coisas dentro daquilo que eles podem adquirir.
A renda m, impõe que a quantidade de dinheiro gasta nos dois bens não exceda a quantidade total de dinheiro que o consumidor tem para gastar. O conjunto de cestas que o consumidor pode adquirir com a renda m se chama conjunto orçamentário
Cestas de consumo localizadas dentro da reta orçamentária representarão o conjunto orçamentário do consumidor.
Inclinação da Reta, Interceptos e deslocamento
A inclinação da reta orçamentária mede a taxa à qual o consumidor está disposto a "substituir" o bem 1 pelo bem 2 (custo de oportunidade de um bem pelo outro).
No caso de aumento de renda, não existe alteração da inclinação da linha do orçamento, pois a inclinação só depende dos preços e não da renda
Utilidade e Utilidade Marginal
Quanto maior é o consumo de um bem, maior será a utilidade (total)
Quanto maior o consumo de um bem, menor a utilidade marginal
Utilidade marginal (Umg): é o acréscimo de utilidade (U) em virtude do acréscimo de uma unidade de consumo (q) de um bem qualquer:
A utilidade máxima é atingida quando a Umg = 0
Ao consumirmos mais de um bem, a utilidade total aumenta, a utilidade marginal vai diminuindo (Umg é decrescente). Quando a Umg atingir o valor 0, a Utilidade será máxima. Se continuarmos aumentando o consumo desse mesmo bem, a utilidade marginal assumirá valores negativos e a utilidade total começará a diminuir.
Premissas das preferências:
1. Integralidade ou exaustividade: as preferências são completas.
2. Transitividade: as preferências são transitivas (ou consistentes). Transitividade (ou consistência) quer dizer que, se um consumidor prefere a cesta de mercado A à cesta B e prefere B a C, então ele também prefere A a C.
3. Quanto mais, melhor: a maior quantidade de um bem é sempre preferível à menor quantidade do mesmo.
Propriedades das curvas de indiferença
1. Curvas mais altas são preferíveis. Quanto mais alta a curva, melhor. Em virtude disto, qualquer ponto na curva U2 será, obrigatoriamente, preferível a qualquer outro da curva U1. Conseqüentemente, qualquer curva de indiferença mais alta que U2 também será preferível a U2, e assim por diante.
2. Curvas de indiferença não se cruzam (em virtude da transitividade). Esta é uma reafirmação da premissa da transitividade.
3. A inclinação da curva de indiferença é dada pela taxa marginal de substituição (TMgS). Esta TMgS (e, portanto, a inclinação) é negativa e decrescente.
4. As curvas de indiferença são convexas pois a TMgS é decrescente.
Casos especiais de curvas de indiferença
Dois bens são substitutos perfeitos quando a taxa marginal de substituição de um bem pelo outro é constante. Nesse caso, as curvas de indiferença se apresentam como linhas retas (gráfico da esquerda).
No caso de bens complementares perfeitos, as curvas de indiferença terão formato de um L (gráfico da direita).
Função Utilidade e a escolha ótima
Teoria Ordinal (ADOTADA): Funções servem apenas para ordenar as preferências.
Teoria Cardinal: Funções representam, de fato, a utilidade do consumidor.
1. Função Utilidade para bens substitutos perfeitos
2. Função Utilidade para bens complementares perfeitos
3. Função Utilidade Cobb-DouglasA escolha ótima do consumidor estará onde a razão das utilidades marginais dos bens for igual à razão entre os preços dos bens (princípio da igualdade marginal).
Bizu para funções Cobb-Douglas:
O equilíbrio ou ótimo do consumidor (ponto X) ocorre quando a reta orçamentária tangencia ou toca a curva de indiferença mais alta possível.
Neste ponto, a inclinação da reta orçamentária (relação de preços) é igual à inclinação da curva de indiferença (TMgS):
Efeitos renda e substituição
Efeito renda: quando o preço do bem X é reduzido, o consumidor fica mais “rico” e, portanto, irá aumentar o consumo do bem; o inverso ocorrerá se o preço do bem X aumentar.
Efeito substituição: se o preço do bem X diminui e o de outros bens fica constante, o consumidor procurará substituir o consumo destes outros bens pelo consumo do bem X, que agora está relativamente mais barato em relação aos outros bens. O inverso ocorrerá se o preço do bem X aumentar.
O efeito substituição é sempre negativo.
Para bens normais, o efeito renda é positivo.
Para bens inferiores, o efeito renda é negativo.
Para bens normais, o efeito renda positivo sempre reforça o efeito substituição negativo, pois ambos apontam para aumento de consumo no caso de redução de preços, e para redução no consumo no caso de aumento de preços.
O bem de Giffen é um tipo de bem inferior, em que o efeito renda suplanta o efeito substituição.
Todo bem de Giffen é um bem inferior, mas nem todo bem inferior é um bem de Giffen.
Conceitos Adicionais
Curva preço consumo: curva obtida pela interligação das cestas de consumo ótimo correspondentes a mudanças no preço de X.
Curva renda consumo: curva obtida pela interligação das cestas de consumo ótimo correspondente a mudanças na renda do consumidor.
Curva de Engel: relaciona a demanda (as quantidades) do bem X em relação à renda do consumidor
5. TEORIA DA PRODUÇÃO
Conceitos Básicos
Produção é o processo pelo qual uma firma transforma os fatores de produção adquiridos em produtos o serviços para a venda no mercado.
Eficiência Técnica: processo produtivo que permite produzir uma mesma quantidade com menor quantidade de fatores de produção empregados.
Eficiência Econômica: processo que permite produzir uma mesma quantidade de produto com menor custo de produção.
Função de Produção (Cobb-Douglas)
Q = A.Ka.Lb
...
No curto prazo, vale a lei dos rendimentos decrescentes: à medida que aumentamos o uso de determinado fator de produção, mantendo-se os outros insumos de produção constantes, chegamos a um ponto em que a produção adicional resultante começa a decrescer (no gráfico acima, isto ocorre a partir do ponto A).
Se tivermos uma função de produção Cobb-Douglas Q=Ka.L1-a homogênea de grau um, então, o produto marginal de ambos os fatores de produção (PmgL e PmgK) será estritamente decrescente (será decrescente em todo o trecho da curva do Pmg).
Produção no Longo Prazo (dois insumos variáveis)
Isoquanta: Curva que mostra as cestas de quantidades de fatores de produção suficientes para produzir um determinado nível de produção
TMgST: Mede o intercâmbio entre dois fatores de produção. É negativa e decrescente. Define a inclinação da isoquanta.
Isocusto: Reta sobre a qual os custos da firma são constantes para diversas combinações de capital e mão-de-obra. Sua inclinação é dada por -W/C.
Equilíbrio da firma no longo prazo
A firma maximará seus lucros quando a isoquanta tangenciar a linha de isocusto mais baixa possível.
A firma minimizará o custo de produção quando ela utilizar capital e mão-de-obra até o ponto em que seus custos marginais relativos sejam apenas iguais às suas produtividades marginais relativas. Ou ainda, de modo mais simples, podemos dizer que a firma atinge o equilíbrio quando a razão entre as produtividades marginais de mão-de-obra e capital seja igual à razão de seus preços.
Bizu para calcular o ótimo da firma (Função Cobb-Douglas)
Teorema de Euler: se tivermos uma função de produção Cobb-Douglas com grau de homogeneidade igual a 1, então, o somatório dos valores da multiplicação dos fatores de produção por suas respectivas produtividades marginais (K.PmgK + L.PmgL) é igual ao valor da produção (Q):
Q = K.PmgK + L.PmgL
6. TEORIA DOS CUSTOS
Tipos de custos
Custo econômico: leva em conta o custo de oportunidade (custo alternativo ou implícito)
Custo contábil: leva em conta o pagamento ou a utilização dos fatores de produção. Não leva em consideração o custo de oportunidade. Possui uma abordagem mais retrospectiva
Custo Fixo: NÃO VARIAM com o nível de produção
Custo Variável: VARIAM com o nível de produção
Custo Total: Custos Fixos + Custos Variáveis
Custo médio: Custo total dividido pelo nível de produção
Custo fixo médio: Diminui à medida que a produção aumenta
Custo variável médio: Forma de U, primeiro decresce, depois cresce.
Custo marginal: Aumento do custo provocado pela produção de uma unidade adicional de produto
As curvas de produção e de custo terão comportamento inverso.
Economia e deseconomia de escopo
Economia de escopo é a situação em que a produção conjunta de uma única empresa é maior que as produções obtidas por duas empresas diferentes. (Exemplo: xampu e condicionador).
Deseconomia de escopo ocorre quando uma empresa apresenta uma produção conjunta que seja menor do que a obtida por empresas separadas. Isto pode ocorrer no caso de as produções separadas não terem o mesmo escopo (finalidade), ou ainda se a produção de um produto for de alguma forma conflitante com a produção do segundo produto.
7. ESTRUTURAS DE MERCADO
Concorrência perfeita:
• Todos os agentes são tomadores de preço;
• Curva de demanda da firma é perfeitamente elástica (horizontal);
• Única estrutura de mercado em que o preço é igual à receita marginal. Conseqüentemente, o ponto de maximização de lucros da firma (equilíbrio) é atingido quando o preço é igual ao custo marginal (P=Cmg);
• A curva de oferta é a curva do custo marginal acima do custo variável médio (ou acima do custo variável médio mínimo);
• A firma só produz se o preço é maior que o custo variável médio (se P>CVme, então, a firma produz);
• No curto prazo, a firma pode obter prejuízo, lucro zero (normal) ou lucro econômico. No longo prazo, ela obterá obrigatoriamente lucro normal (zero), onde lucro total é igual ao prejuízo total (ou Rme=Cme).
Monopólio
Só há uma firma produtora e sua curva de demanda é a própria curva de demanda do mercado;
• A receita marginal é menor que o preço;
• O ponto de maximização de lucros da firma (equilíbrio) é atingido quando a receita marginal é igual ao custo marginal, e não quando P=Cmg (no monopólio, e em todas as outras estruturas que não sejam concorrência perfeita, temos: P≠Cmg);
• O monopolista não possui curva de oferta;
• O monopolista nunca atua no setor inelástico da curva de demanda (nunca atua quando EPD<1);
• O equilíbrio do monopólio geralmente ocorre com preços maiores e quantidades produzidas menores que aquelas verificadas para um mercado de concorrência perfeita;
• O mark up é a faixa de preço que está acima do custo marginal:
• O índice de Lerner é um meio de medir o poder de monopólio, e é inversamente proporcional à elasticidade que enfrenta o monopolista: 
• A discriminação de preços de primeiro grau (ou discriminação perfeita) ocorre quando o monopolista consegue cobrar exatamente o preço que o consumidor está disposto a pagar. Nesta discriminação, o mercado não perde eficiência, pois toda a perda de excedente do consumidor é capturada pelo produtor (não há perda líquida de excedentes);
• A discriminação de preços de segundo grau ocorre quando o monopolista cobra um preço diferente, conforme a quantidade comprada por cada consumidor;
• A discriminação de terceiro grau ocorre quando o monopolista cobra preços diferentes de pessoas diferentes independentemente das quantidades consumidas por essas pessoas;
• O monopólio é ineficiente economicamente pois o preço é superior aocusto marginal.
Resumo Concorrência Monopolística
 Há muitas firmas produtoras e não há barreiras à entrada de novas firmas. Cada firma vende o seu produto, que difere em termos de qualidade, aparência, ou reputação.
 Se aproxima da concorrência perfeita na medida em que há competição entre as empresas e nenhuma delas detém alto poder relativo sobre o mercado como um todo. E se aproxima do monopólio na medida em que cada firma, ao deter a exclusividade sobre o seu produto ou marca, possui poder de monopólio.
 Curva de demanda será elástica pela existência de inúmeros produtos substitutos.
 A curva da receita marginal ficará abaixo da curva de demanda, de modo que a receita marginal será sempre menor que o preço.
 No curto prazo, a firma na concorrência monopolística poderá ter lucro econômico positivo, negativo ou nulo. No caso de lucro negativo (prejuízo), ela só deve encerrar as atividades se o preço for inferior ao custo variável médio, assim como acontece em qualquer estrutura de mercado.
 No longo prazo, as firmas tenderão à situação de lucro zero ou lucro normal.
 Diferença entre o equilíbrio da concorrência perfeita e da concorrência monopolística: na concorrência perfeita, o equilíbrio ocorre com o custo médio mínimo possível (ponto de mínimo da curva de Cme). Na concorrência monopolística, o equilíbrio de longo prazo não acontece com o custo médio mínimo.
 A empresa monopolisticamente competitiva opera com excesso de capacidade.
 Preço cobrado pelo produto é sempre maior que o custo marginal (ineficiente).
Resumo Oligopólio
 Há apenas algumas firmas, há barreiras de entradas elevadas, cada firma produz bens parecidos.
 Cournot: competição simultânea via quantidades. Empresário espera que seu rival nunca mude sua produção. Cada empresa seleciona seu nível de produção simultaneamente e de maneira não-cooperativa, ou não-colusiva. Meio termo entre concorrência perfeita e monopólio: cobrará um preço maior que a concorrência perfeita e menor que o monopólio e produzirá mais que o monopólio e menos que a concorrência perfeita.
 Bertrand: competição simultânea via preços. A firma, ao decidir quanto vai produzir, considera fixo o nível de preços da firma concorrente. A guerra de preços vai durar até o ponto em que as firmas estiverem igualando o preço do produto ao seu custo marginal, e isto representará o equilíbrio no duopólio de Bertrand. P = Cmg. É eficiente economicamente (uma exceção).
 Modelo Sweezy (modelo da demanda quebrada): os preços dos oligopólios são relativamente estáveis, mesmo quando os custos das empresas dominadoras de mercado mudam. Se o monopolista aumentasse o preço, ele perderia grande fatia do mercado. Se ele diminuísse o preço, isso não faria com que sua demanda aumentasse, pois todos os outros monopolistas também diminuiriam o preço.
 Stackelberg: liderança de quantidades. Acontece quando uma empresa, denominada a "líder" do mercado, toma as decisões de produção na frente da outra, a "seguidora". Empresa líder tem maior propensão a assumir riscos.
 Conluio e cartel: Quando as empresas em um oligopólio cooperam ativamente umas com as outras, envolvem-se em um conluio. Cartel: uma organização de empresas independentes que produzem bens similares e trabalham juntas para aumentar os preços e restringir a produção. São instáveis e se comportam como um monopólio.
8. CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO
Premissas:
• Existência de uma quantidade fixa de recursos produtivos.
• Existência de pleno emprego dos recursos: ao longo da CPP, existe eficiência na produção.
• A tecnologia permanece constante.
Características
• A CPP mostra que, para aumentar a produção de um bem, deve-se reduzir a produção de outro bem (existe um trade-off na produção dos bens).
• A inclinação da CPP (taxa marginal de transformação - TMgT) é crescente.
• O custo (marginal) de oportunidade é crescente.
• O rendimento (produtividade) dos fatores de produção é decrescente.
• A CPP é côncava.
• Pontos ao longo da CPP indicam pontos onde há pleno emprego.
• Pontos no interior da CPP indicam pontos onde há capacidade ociosa (não há pleno emprego).
Deslocamentos da CPP
• Um aumento nos investimentos.
• Melhorias tecnológicas expandem as possibilidades de produção. Melhorias no sistema legal.
• Aumento na quantidade disponível de fatores de produção.
9. ÓTIMO DE PARETO
É impossível melhorar o bem estar de um indivíduo sem piorar o de outro.
Eficiência não implica equidade, e vice-versa.
10. FALHAS DE MERCADO
EXTERNALIDADES
Externalidades positivas acontecem quando o benefício (marginal)social supera o benefício (marginal) privado. Neste caso, há uma tendência à sub-oferta (o governo, neste caso, deve incentivar a produção do bem que provoca a externalidade positiva).
Externalidades negativas acontecem quando o custo (marginal) social supera o custo (marginal) privado. Neste caso, há uma tendência à super-oferta (o governo, neste caso, deve desincentivar a produção do bem que provoca a externalidade positiva).
Causas das externalidades
• Ausências dos direitos de propriedade
• Existência de custos de transação
Tragédia dos comuns: a falta de direitos de propriedade leva ao aparecimento de externalidades.
Teorema de Coase: se não houver custos de transação, a distribuição de direitos de propriedade pode eliminar as externalidades.
Corrigindo as externalidades (emissão de poluentes)
O governo poderia incentivar a redução de emissões poluentes por meio de três medidas:
a) Fixação de um limite para a emissão de poluentes;
b) Imposição de taxas (imposto de Pigou) sobre a emissão de poluentes;
c) Emissão de licenças negociáveis para poluir.
Em regra, teremos o seguinte:
• Se houver informações incompletas (o regulador não conhece os custos e os benefícios da redução da poluição), a imposição de limites ou padrões é melhor.
• Se o regulador possui informações suficientemente relevantes, as taxas (imposto de Pigou) são a melhor solução.
O imposto de Pigou apresenta efeitos positivos sobre a eficiência econômica (pois visa reduzir uma externalidade).
BENS PÚBLICOS
Os bens públicos são aqueles não rivais e não exclusivos (não excludentes).
A não rivalidade significa que o seu consumo por parte de um indivíduo ou de um grupo social não prejudica o consumo do mesmo bem pelos demais integrantes da sociedade. Também significa que o custo marginal de prover o bem para um consumidor adicional é nulo.
A não exclusividade refere-se à impossibilidade de excluir as pessoas do consumo dos bens públicos. O fato de não ser possível individualizar o consumo permite que algumas pessoas desfrutem dos bens públicos sem pagar. Essas pessoas são chamadas de free riders (os caronas). É a presença de “caronas” que faz com que a provisão do bem público seja ineficiente (seja uma falha de mercado).
Os bens públicos podem ser providos pelo setor público e também pelo setor privado (ou seja, podemos ter a iniciativa privada produzindo um bem público).
Bem semi-público ou meritório é aquele em que temos somente um dos atributos ou temos ambos de forma comprometida (exemplo: educação, saúde, cultura, lazer, etc).
Bem privado é aquele rival e exclusivo.
11. TRIBUTAÇÃO
Princípios teóricos da tributação:
Princípio da neutralidade (o imposto neutro ou eficiente)
• O princípio da neutralidade diz que os impactos gerados pelo ônus tributário não devem alterar, ou intervir o mínimo possível, a alocação de recursos na economia.
• O imposto eficiente/neutro é aquele que não muda o comportamento das pessoas.
• O imposto eficiente/neutro é aquele que não muda os preços relativos.
• O lump-sum tax é o imposto eficiente ou neutro (é um montante único cobrado de todos os cidadãos).
• O lump-sum tax não muda o equilíbrio de mercado (não muda os preços nem as quantidades de equilíbrio).
Princípio da equidade (justiça)
• Princípio da capacidade contributiva: a repartição tributária deveria ser baseada na capacidade individual de contribuição.
• Princípio do benefício: o ônustributário deveria ser repartido entre os indivíduos de acordo com o benefício que cada um recebe em relação aos bens e serviços prestados pelo governo.
....
Impostos diretos são aqueles incidentes sobre as pessoas, e sobre o patrimônio (ou sobre a riqueza).
Impostos indiretos são aqueles incidentes sobre a produção.
...
Imposto específico ou ad rem é aquele cobrado com base em um valor único, dependente da quantidade transacionada da mercadoria.
Imposto ad valorem é aquele cobrado com base em uma alíquota que incide sobre o valor da transação. Podemos ter dois tipos: os cobrados por fora ou por dentro. O imposto ad valorem cobrado por fora incide sobre o valor da mercadoria, de modo que o imposto é uma porcentagem sobre o preço de venda, onde ainda não está incluso o imposto (exemplo: IPI). O imposto ad valorem cobrado por dentro incide sobre o preço de venda, de modo que o valor do imposto é uma porcentagem sobre o preço de venda, onde já está incluso o imposto (exemplo: o ICMS).
....
Impostos proporcionais são aqueles onde temos a mesma alíquota de imposto para os diferentes níveis de renda (ou base de cálculo).
Impostos progressivos são aqueles onde aplicam-se maiores percentuais de impostos para as classes de renda mais alta (ou para bases de cálculo mais altas). Este imposto melhora a distribuição de renda, pois onera mais fortemente os contribuintes mais ricos. Utiliza como pressuposto teórico a utilidade marginal da renda decrescente.
Impostos regressivos são aqueles onde aplicam-se maiores percentuais de impostos para as classes de renda mais baixa (ou para bases de cálculo mais baixas). Este imposto piora a distribuição de renda, pois onera mais fortemente os contribuintes mais ricos. Os impostos indiretos (ou sobre vendas) são regressivos.
....
O imposto cumulativo (ou em cascata) aplica-se ao faturamento ou ao montante que é vendido. Ele incide, portanto, sobre todos os estágios do processo produtivo. Ele é ineficiente economicamente, pois induz à integração vertical da produção, reduzindo a concorrência.
O imposto não cumulativo (ou imposto sobre valor adicionado – IVA) é mais eficiente, pois não induz à integração vertical. Além disso, é auto-fiscalizador.
...
Regra de Ramsey (elasticidade invertida): a formulação de Ramsey indica que bens com alta Epd devem ser tributados a uma alíquota mais baixa; bens com baixa Epd devem ser tributados a alíquotas mais altas. 
Esta regra tem implicações cruéis sobre a equidade (ou seja, ela não leva em conta aspectos de equidade).
...
Repartição do ônus tributário:
• O lado mais elástico paga menos;
• O lado mais inelástico paga mais.
• O lado totalmente elástico paga nada;
• O lado totalmente inelástico paga tudo.
Para efetuar os cálculos de repartição do ônus tributário, se tivermos um imposto específico (T), o novo preço da função de oferta será (P – T).
Se P’ for o preço do bem depois do imposto, se P for o preço antes do imposto, PPC for a parcela do imposto paga pelo consumidor, e PPP a parcela do imposto paga pelo produtor, então:
PPC = P’ – P
PPP = T – PPC
....
Curva de Laffer
Quando o nível dos impostos passa de um certo limite, a arrecadação do governo começa a cair em vez de aumentar. Isto ocorre porque a tributação excessiva provoca sonegação fiscal, fuga do consumo e desestímulo à produção. Estes três fatores provocam redução da produção e da renda, causando, por conseguinte, redução da arrecadação fiscal.
12. FEDERALISMO (MODELO DE TIEBOUT)
O modelo de Tiebout indica que a oferta de bens públicos pode ser mais eficiente caso os indivíduos possam se mudar para outras cidades que ofertem os bens públicos que eles preferem (é o voto com os pés). Ou seja, existe uma premissa de mobilidade perfeita dos indivíduos.
Neste caso, os governos locais competirão, buscando atrair os contribuintes (eleitores).
O modelo sugere que os seguintes gastos devem ser ofertados no nível local:
• Fortes vínculos entre impostos e benefícios;
• Baixo transbordamento de externalidades positivas;
• Limitadas economias de escala ou custos baixos.
13. CONTAS NACIONAIS
O produto é o valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos em um país durante um período de tempo.
Renda é o somatório das remunerações de fatores de produção (salários + lucros + juros + aluguéis) pagas aos agentes de uma economia durante determinado período de tempo.
Consumo final é igual ao consumo do governo mais o consumo das famílias (CFINAL = C + G).
Poupança é dividida em três partes (privada, do governo e externa):
S = SP + SG + SEXT
Investimento é o acréscimo do estoque físico de capital. Como capital é o conjunto de bens de que dispõem as empresas para produzir, nós temos que o termo “investir”, em Economia, significa, obrigatoriamente, comprar ou produzir bens que aumentarão a produção da economia, caso contrário não será investimento.
I = FBKF + ΔE
Despesa agregada é o total dos gastos efetuados pelos agentes econômicos na aquisição dos bens e serviços finais produzidos pela sociedade durante determinado período de tempo.
DA = C + I + G + X – M
PRODUTO = RENDA = DESPESA
INVESTIMENTO = POUPANÇA
Conversões entre PIB e PNB, PIL e PIB, PIBPM e PIBCF:
(1) Interno = Nacional + RLEE
(2) Líquido = Bruto – depreciação
(3) Preços de mercado = custos de fatores + II – Subsídio
Cargas tributárias bruta (CTB) e líquida (CTL)
MEMENTO DE FÓRMULAS – CONTAS NACIONAIS (p/ FCC)
Conceitos:
• SEXT = - TC
• Poupança interna ou poupança bruta do Brasil = SP + SG
• I = FBKF + ΔE
• CFINAL = C + G
• Produto=Renda=Despesa
• Investimento = Poupança
• Interno = Nacional + RLEE
• Líquido = Bruto – depreciação
• Preços de mercado = custos de fatores + II – Subsídios
• Renda nacional = RNLCF
• Renda interna = RILCF
Fórmulas principais
(1) SEXT = (M – X) + RLEE +/- TU
(2) PIBPM = C + I + G + X – M
(3) FBKF + ΔE = SP + SG + SEXT
(4) RNDB = RNBPM +/- transferências correntes do resto do mundo
(5) Poupança bruta do Brasil = RNDB – CFINAL
(6) CTB=(Impostos)/PIBPM e CTL=(Impostos – Transf – Sub)/PIBPM
14. MODELO KEYNESIANO SIMPLES
Condições para o equilíbrio no modelo Keynesiano (todas certas):
• Oferta agregada = demanda agregada
• Produção = demanda
• Y = C + I + G + X – M
• Investimento = poupança
• Investimento planejado = poupança planejada
....
Composição da demanda agregada Y = C + I + G + X – M
Consumo C = C0 + c.YD = C0 + c. (Y - T)
• O consumo cresce junto com a renda (disponível);
• A função de consumo apresentada é uma função linear, e a propensão marginal a consumir é constante para uma função dada;
• A propensão marginal a consumir só assume valores entre 0 e 1 (0 ≤ c ≤ 1);
• À medida que a renda aumenta, a parcela da mesma que é gasta com o consumo diminui. Isto é, quanto maior a renda, menor a propensão média a consumir.
• A propensão média a consumir também assume valores entre 0 e 1. Isto é 0 ≤ PMeC ≤ 1.
• Se o consumo autônomo é zero, então, a propensão média a consumir (PmeC) é igual a propensão marginal a consumir (c). Ou seja, se C0=0, então PmeC=c.
• Se o consumo autônomo é positivo, então, a propensão média a consumir é superior à propensão marginal a consumir. Ou seja, se C0>0, então PmeC>c.
Poupança (S) S = - C0 + (1 – c).YD
• A poupança cresce junto com a renda (disponível);
• A função poupança apresentada é uma função linear, e a propensão marginal a poupar é constante;
• A PMgS assume valores entre 0 e 1 (0 ≤ c ≤ 1);
• À medida que a renda aumenta, a parcela da mesma que é gasta com a poupança aumenta. Isto é, quanto maior a renda, maior a propensão média a poupar.
• A propensão média a consumir também assume valores entre 0 e 1. Isto é 0 ≤ PMeC ≤ 1.
• Se o consumo autônomo é zero, então, a propensão média a poupar (PmeS) é igual a propensão marginal a poupar (1 - c). Ou seja, se C0=0, então PmeS = (1-c).
• Se o consumo autônomo é positivo, então, a propensão média a poupar é inferior à propensão marginal a poupar. Ou seja, se C0>0,então PmeS < (1 - c).
Tributação (T) T = T0 + tY
Onde t é a propensão marginal a tributar (é a parcela do acréscimo de renda destinada à tributação. Algebricamente: t=ΔT/ΔY); T0 é a tributação autônoma, que é independente do nível de renda.
Nota veja que, na função tributação, utilizamos a renda (Y) e não a renda disponível (YD).
Investimento (I) I = I0 + iY
Onde i é a propensão marginal a investir (é a parcela do acréscimo de renda destinada ao investimento. Algebricamente: i=ΔI/ΔY); I0 é a investimento autônomo, que é independente do nível de renda.
Nota 1 veja que, na função investimento, nós também utilizamos a renda (Y) e não a renda disponível (YD).
Nota 2 na teoria econômica, de uma forma geral, é plenamente aceito que a variável determinante do investimento é a taxa de juros (e não a renda). Entretanto, como no modelo Keynesiano simplificado nós consideramos a taxa de juros constante, então, neste modelo, apenas nele, nós temos o investimento como função da renda e não da taxa de juros.
Os gastos do governo (G) G = G0
Exportações (X) X = X0
Importações (M) M = M0 + mY
Onde m é a propensão marginal a importar (é a parcela do acréscimo de renda destinada a consumir produtos importados. Algebricamente: m=ΔM/ΔY); M0 é o nível de importação autônoma, que é independente do nível de renda.
Nota veja que, na função importação, nós também utilizamos a renda (Y) e não a renda disponível (YD).
Podemos elaborar um quadro com o resumo deste item 3.1 (composição da demanda agregada):
O multiplicador Keynesiano
Podemos resumir os multiplicadores no seguinte quadro:
Observações teóricas sobre o multiplicador
i) Se a propensão marginal a consumir for igual à propensão marginal a poupar, o valor do multiplicador será igual a 2.
ii) O multiplicador da renda numa economia fechada é maior do que em uma economia aberta.
iii) Quanto maior for a propensão marginal a consumir (ou menor a propensão marginal a poupar), maior será o valor do multiplicador.
iv) Em uma economia fechada e sem governo, quanto mais próximo de zero estiver a propensão marginal a poupar, maior será o efeito de um aumento dos investimentos sobre a renda.
v) O valor do multiplicador pode ser maior que 10.
vi) Numa economia fechada, o multiplicador não pode ser menor que um.
vii) O valor do multiplicador não pode ser menor que zero.
15. MOEDA
Funções da moeda:
• Meio de troca.
• Unidade de conta.
• Reserva de valor.
....
Demanda de moeda:
A demanda por moeda depende tanto da renda como da taxa de juros. Quanto maior (menor) for a renda, maior (menor) será a demanda por moeda. Quanto maior (menor) for a taxa de juros, menor (maior) será a demanda por moeda.
Os dois primeiros motivos (transação e precaução) são fruto da teoria clássica. Ou seja, para os economistas clássicos, a demanda por moeda não dependia, ou não era sensível à taxa de juros. Assim, para os clássicos, a demanda por moeda era completamente inelástica à taxa de juros.
Por outro lado, para Keynes, devido ao motivo especulação, a demanda por moeda era elástica à taxa de juros. Isto é, segundo a teoria keynesiana, a demanda por moeda, além de sofrer a influência da renda, sofria também a influência da taxa de juros.
....
Agregados monetários:
Meios de pagamento restritos:
M1 = PMPP + DV
O M1 é sinônimo de oferta de moeda, e possui as seguintes características:
i. Liquidez absoluta e
ii. Não rende juros.
Meios de pagamento ampliados:
M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança +
títulos emitidos por instituições depositárias
M3 = M2 + quotas de fundo de renda fixa + operações compromissadas e
registradas no sistema SELIC
Poupança financeira:
M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez
...
Multiplicador monetário:
c = PMPP/M1
d = DV/M1
r = R/DV
Quanto maior o “c”, menor o K;
Quanto maior o “d”, maior o K;
Quanto maior o “r”, menor o K.
....
Diversos conceitos:
Base monetária = PMPP + Disponibilidades em caixa do sistema bancário
Ou
BM = PMPP + Encaixes totais
Onde, encaixes totais são:
Reservas compulsórias: é a parcela dos depósitos que os bancos são obrigados legalmente a depositar em suas contas junto ao BACEN para poderem fazer frente a suas obrigações;
Reservas voluntárias: são recursos que os bancos mantêm junto ao BACEN por opção, ou seja, sem que sejam obrigados a isto.
Caixa: dinheiro mantido nas agências, caixas eletrônicos (é o dinheiro, em moeda corrente, mantido nos bancos comerciais).
...
Criação e destruição de moeda (M1)
O grande bizú para verificar de modo bem simples se há criação ou destruição de moeda é checar se haverá aumento ou redução de M1 (PMPP + DV) em poder do público. Com isso, você já mata as questões. Vejamos alguns exemplos:
• Uma instituição financeira comprar ações de sua emissão que se encontram em poder do público (criação de moeda).
Se a instituição financeira compra ações, ela entrega M1 ao público e recebe um haver não monetário, ocorrendo, portanto, criação de moeda.
• O governo comprar títulos públicos que se encontram em poder do público ou das instituições financeiras (não há criação nem destruição).
Quando o governo compra títulos públicos do público, ele entrega M1 ao público, provocando a criação de moeda. Se ele comprar títulos de instituições financeiras, não há criação nem destruição de moeda, pois o “público” não recebeu M1 neste caso.
• Clientes de uma instituição financeira sacarem recursos, em moeda corrente, de suas contas de depósito à vista (nem criação nem destruição).
Neste caso, a redução no valor de DV é igual ao aumento no valor de PMPP, de tal forma que a quantidade de M1 na economia será a mesma.
• Clientes de uma instituição financeira transferirem recursos de sua conta de depósito à vista para sua conta de poupança (destruição de moeda).
Neste caso, haverá redução de DV (redução de M1, portanto) e aumento na quantidade de poupança (que é M2). Veja que, no final, houve redução de M1 na economia, ocorrendo, portanto, destruição de moeda.
....
Instrumentos de Política Monetária
• Reservas obrigatórias dos bancos comerciais
Um aumento dessa taxa de reservas representará uma diminuição dos meios de pagamento.
• Redescontos
Se ocorre um aumento da taxa de redesconto, devemos entender que há desincentivo à expansão monetária e há elevação das taxas de juros.
• Operações de mercado aberto (open market)
São compras e vendas de títulos públicos no mercado de capitais. Quando o BACEN compra títulos no mercado, aumentam os depósitos no sistema bancário e, com isso, o volume de reservas, permitindo a ampliação da oferta de moeda pelos bancos. Isto acontece porque o governo, neste caso, entrega moeda ao mercado e retira os títulos. Quando o BACEN vende títulos, ele enxuga a quantidade de moeda, pois estará recebendo moeda (reduzindo os depósitos no sistema bancário) e entregando títulos.
....
Teoria Quantitativa da Moeda (TQM)
A TQM – que é uma teoria clássica - é fundamentada basicamente sobre a seguinte formulação:
MV = PT
Onde: M=oferta de moeda (base monetária), V=velocidade de circulação da moeda, P nível geral de preços e T=quantidade de transações ocorrida no sistema econômico.
Na teoria clássica, coeteris paribus, aumentos da oferta monetária provocarão somente aumento dos preços. Assim, quando a oferta monetária é aumentada, isto acabará provocando inflação.
16. REGIMES CAMBIAIS
Convenções importantes:
Aumento da taxa de câmbio = desvalorização da moeda nacional =
desvalorização da taxa de câmbio
Redução da taxa de câmbio = valorização da moeda nacional = valorização da
taxa de câmbio
Regime cambial fixo:
Condição: é necessário o país possuir um adequado nível de reservas internacionais.
Vantagem: segurança aos agentes econômicos;
Desvantagem: necessidade de desvalorizações constantes quando a inflação interna é maior que a externa (isto praticamente anula a vantagem da segurança que proporciona aos agentes);
Desvantagem: perda do controle da oferta monetária como instrumentode política econômica.
Regime cambial flutuante:
Vantagem: equilíbrio automático do BP;
Desvantagem: instabilidade da taxa de câmbio pode desincentivar algumas transações econômicas.
O que faz o câmbio flutuar?
Resposta: as mudanças na oferta e na demanda de divisas (moeda estrangeira).
O aumento da demanda ou a redução da oferta de moeda estrangeira faz com que esta se valorize (e, portanto, o R$ se desvalorize).
O aumento da oferta ou a redução da demanda de moeda estrangeira faz com que esta se desvalorize (e, portanto, o R$ se valorize).
Relação entre câmbio e juros:
Considerando um regime flutuante de câmbio, um aumento da taxa de juros provocará entrada de capital externo (entrada de divisas). A maior oferta de divisas provocará redução do valor da moeda estrangeira, o que significa que a moeda nacional será apreciada (depreciação da moeda estrangeira = apreciação da moeda nacional).
Relação entre inflação e câmbio
Desvalorizações/depreciações da moeda nacional (=aumento da taxa de câmbio) tendem a aumentar a inflação. Por outro lado, quando há valorização/apreciação da moeda nacional, haverá desincentivo à inflação, uma vez que os produtos importados tendem a ficar mais baratos.
Do que depende o saldo da balança comercial?
A desvalorização cambial (desvalorização do R$) melhora o saldo da balança comercial, pois aumenta as exportações e reduz as importações.
A valorização cambial (valorização do R$) piora o saldo da balança comercial, pois aumenta as importações e reduz as exportações.
O aumento da renda interna (PIB, renda nacional, atividade econômica) faz aumentar o nível de importações, piorando o saldo da balança comercial.
O aumento da renda externa (renda do resto do mundo) faz aumentar o nível de exportações, melhorando o saldo da balança comercial.
Assim, a balança comercial depende da taxa de câmbio, da renda interna (relação decrescente) e da renda do resto do mundo (relação crescente).
Taxa real (efetiva) de câmbio:
É a taxa que mede o poder de compra da moeda.
Onde “E” é a taxa real de câmbio, “e” é a taxa nominal de câmbio, “PEXT” é o índice de preços externos, “PINT” é o índice de preços interno.
Teoria da paridade do poder de compra (PPC)
A PPC nos diz é que a taxa de câmbio real deve ser constante, de modo a garantir o mesmo poder de compra da moeda em qualquer lugar do mundo.
Existe uma fórmula que é utilizada para calcular as desvalorizações nominais que corrigem as alterações dos níveis de preço interno e externo, de tal forma que a taxa de câmbio real se mantenha constante. A expressão é chamada de fórmula de Cassel da PPC:
Onde e´=nova taxa nominal de câmbio a fim de manter a PPC, e=taxa nominal de câmbio antiga, PINT é o índice de preços interno e PEXT é o índice de preços externo.
17. MODELO IS-LM NA ECONOMIA FECHADA
O modelo IS-LM trabalha com o equilíbrio em 02 mercados (de bens e de moeda).
Equilíbrio no mercado de bens e serviços => equilíbrio no lado real da
economia => investimento é igual à poupança => curva IS
Equilíbrio no mercado de moeda => equilíbrio no lado monetário da
economia => demanda é igual à oferta de moeda => curva LM
Curva IS
• A curva IS é negativamente inclinada;
• O investimento é função inversa da taxa de juros;
• A curva IS será deslocada para a direita quando houver aumento da renda Y, sendo que este aumento deve ser provocado por aumentos em C, I ou G;
• A curva IS será deslocada para a esquerda quando houver redução da renda Y, sendo que esta redução deve ser provocada por reduções em C, I ou G;
• A curva IS é afetada pela política fiscal do governo;
• A curva IS será pouco inclinada (mais horizontal) quando a elasticidade da demanda por investimento em relação à taxa de juros for alta;
• A curva IS será vertical quando o investimento for totalmente inelástico à taxa de juros (é o caso do modelo keynesiano simplificado).
Curva LM
• A curva LM é positivamente inclinada;
• A curva LM representa o equilíbrio no lado monetário da economia, ou no mercado de moeda (oferta de moeda=demanda de moeda), representando as combinações de valores de renda e taxa de juros que produzem o equilíbrio no mercado monetário;
• A demanda de moeda é função direta da renda (motivos transação e precaução) e função inversa da taxa de juros (motivo especulação);
• A curva LM será deslocada para a direita e para baixo quando houver aumento da oferta de moeda (política monetária expansiva);
• A curva LM será deslocada para a esquerda e para cima quando houver redução da oferta de moeda (política monetária restritiva);
• A curva LM é afetada pela política monetária do governo;
• A curva LM será pouco inclinada (mais horizontal) quando a elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros for elevada;
• A curva LM será muito inclinada (mais vertical) quando a elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros for baixa.
• A curva LM será horizontal quando a demanda por moeda for totalmente elástica em relação aos juros (armadilha da liquidez).
Neste trecho, a política monetária expansiva não desloca a curva do lugar (não há possibilidade de a curva ir para a direita).
• A curva LM será vertical quando a demanda por moeda for totalmente inelástica aos juros (caso clássico ou teoria quantitativa da moeda).
O efeito deslocamento ou expulsão (crowding out)
O aumento de gastos do governo (ΔG) faz deslocar a curva IS1 para IS2. Esse aumento dos gastos deveria provocar o aumento na renda de equilíbrio equivalente ao valor do aumento dos gastos multiplicado pelo multiplicador keynesiano (K). Assim, o aumento na renda de equilíbrio (ΔY) provocado pelo aumento de gastos deveria ser (ΔG.K), de forma que ΔY=ΔG.K. No entanto, observa-se que o aumento em Y foi em magnitude menor que o aumento de gastos do governo multiplicado por K. Ou seja, ΔY<ΔG.K; e isto acontece devido ao papel da taxa de juros.
Quando o governo aumenta os gastos, há aumento da taxa de juros (iE1 para iE2). Como os investimentos são função inversa da taxa de juros, consequentemente, o aumento dos gastos do governo resultará em um decréscimo nos investimentos (decréscimo em I), de forma que esse decréscimo em I fará com que a renda não aumente no valor exato do aumento dos gastos do governo multiplicado pelo multiplicador keynesiano. Assim, temos que o aumento de G faz com que a renda aumente em ΔG.K, mas, ao mesmo tempo, faz com que o agregado investimento (I) seja reduzido em algum valor, em virtude do aumento das taxas de juros.
Esse fenômeno é conhecido como crowding-out ou efeito deslocamento. Entende-se que, neste caso, o governo está ocupando um espaço maior na economia, em detrimento do setor privado.
Quadro resumo da eficácia das políticas monetária e fiscal
Visão geral da curva LM:
Na LM horizontal, somente a política fiscal é eficaz para aumentar a renda.
Na LM vertical, somente a política monetária é eficaz para aumentar a renda.
... não esqueça ainda que:
Na IS vertical, somente a política fiscal é eficaz para aumentar a renda.
18. MODELO IS-LM NA ECONOMIA ABERTA
Devemos saber estas relações entre taxas de juros interna e externa, câmbio e importações/exportações da seguinte maneira:
A eficácia das políticas fiscais e monetárias dependerá do regime cambial adotado e do grau de mobilidade de capitais.
Supondo mobilidade perfeita de capitais, temos o seguinte:
19. MODELO DE OA-DA. INFLAÇÃO
Demanda agregada
Curva de demanda agregada é negativamente inclinada porque:
O aumento de preço reduz a oferta monetária real (M/P) aumentando a taxa de juros reduzindo os investimentos reduzindo a demanda agregada/renda (Y).
Políticas fiscais e/ou monetárias expansivas farão a curva de demanda agregada ser deslocada para a direita. Políticas fiscais e/ou monetárias restritivas farão deslocar a curva para a esquerda.
Oferta agregada
A curva de oferta agregada é, em regra, positivamente inclinada devido a alguma destas hipóteses:
• Salários nominais são rígidos;
• Preços são rígidos;
• Hápercepções equivocadas (ou informações imperfeitas).
Fatores que deslocam a curva de oferta agregada (choques de oferta):
• Alterações na disponibilidade de capital;
• Alterações na disponibilidade de recursos naturais;
• Alterações da tecnologia;
• Alterações na disponibilidade de mão-de-obra;
• Alterações salariais;
• Alterações dos custos.
....
Eventualmente, podemos ter uma OA horizontal quando:
• A oferta agregada é infinitamente elástica aos preços;
• Estivermos na macroeconomia Keynesiana básica (modelo Keynesiano simples).
Eventualmente, podemos ter uma OA vertical quando:
• A oferta agregada é infinitamente inelástica aos preços;
• No caso clássico (onde vale a teoria quantitativa da moeda, ou quando a demanda por moeda é inelástica aos juros);
• Estivermos no longo prazo ou no pleno emprego.
Tipos de inflação:
A inflação de demanda sempre acontece quando há aumento da demanda agregada (por meio de políticas fiscais e monetárias), fazendo com que a curva de DA se desloque para a direita e para cima, fazendo elevar os preços por inflação de demanda.
A inflação de custos (inflação de oferta) está intimamente ligada à curva de oferta agregada e ocorre quando há uma diminuição da oferta de bens e serviços causada por elevação nos custos de produção.
A inflação inercial deriva do processo de indexação. A indexação e, por conseguinte, a inflação inercial ocorrem quando os agentes, no intuito de se proteger dos efeitos da inflação futura, remarcam os preços e salários baseados na inflação passada, provocando, assim, um círculo vicioso de inflação.

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