Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FOLHA DE VERIFICAÇÃO Finalidade Facilitar a coleta e análise de dados. Organizar, simplificar e otimizar a forma de registros das informações obtidas por um procedimento de coleta de dados. (AGUIAR, 2002) O que são? As folhas de verificação são tabelas ou planilhas simples, usadas para facilitar a coleta e análise de dados. O uso das folhas de verificação economiza tempo, eliminando o trabalho de se desenhar figuras ou escrever números repetitivos. São formulários planejados, nos quais os dados coletados são preenchidos de forma fácil e concisa. Registram os dados dos itens a serem verificados, permitindo uma rápida percepção da realidade e uma imediata interpretação da situação, ajudando a diminuir erros e confusões. Dica: O tempo da coleta não pode ser muito extenso. Deve-se definir um tempo Mínimo e um tempo máximo! As folhas de verificação são ferramentas que questionam o processo e são relevantes para alcançar a qualidade. São usadas para: Dispor os dados de uma forma organizada, facilitando a utilização. Verificar a distribuição do processo: coleta de dados de amostra da produção ou de processos administrativos. Verificar itens defeituosos ou não conformidades: saber o tipo de defeito e sua porcentagem Verificar a localização do defeito ou da não conformidade: mostrar o local e a forma de ocorrência. Verificar as causas dos defeitos ou das não conformidade. Fazer comparação de uma amostra real com os limites de especificação. Investigar aspectos do defeito. Obter dados de amostras específicas. Determinar o turno, dia, hora, mês e ano, período em que ocorre o problema. Fornecer dados para várias ferramentas, tais como: o Diagrama de Pareto, o Diagrama de dispersão, diagrama de controle, histograma, etc. Pré-requisitos para construção da Folha de verificação Identificar claramente o objetivo da coleta de dados: quais são os dados a serem coletados e porquê. Decidir como coletar os dados: Como serão coletados os dados? Quem irá coletar os dados? Quando serão coletados os dados? Qual método será utilizado para coleta dos dados? Estipular a quantidade de dados que serão coletados: tamanho da amostra. Coletar os dados dentro de um tempo específico: decidir o tipo de folha de verificação a ser usada, decidir qual o formato dos dados, serão números, valores ou símbolos? Fazer um modelo da folha de verificação. Como fazer uma folha de verificação Elaborar uma folha de verificação estruturada, adequada para análise posterior e que permita um fácil preenchimento. Definir a quantidade e o tamanho da amostra dos dados. Definir onde será feita a coleta dos dados. Determinar a frequência com que serão coletados os dados (diária, semanal, ou mensalmente). Escolher quem deverá coletar os dados. Através da folha de verificação realizar a coleta dentro do planejado. Relação da Folha de verificação com outras ferramentas Relaciona-se com a maioria das ferramentas, porque é uma etapa básica, é por meio dela que levantamos informações para utilização em outras ferramentas, principalmente para determinar a causa, onde e quando ocorre o problema. Relaciona-se com o brainstorming, Diagrama de Ishikawa, Diagrama de Pareto, Histograma e Diagrama de Dispersão, como formulário para coleta de dados. Exemplo 1: Como mostrado na figura anterior, a folha de verificação poderá ser utilizada para separar os dados a medida em que eles são coletados e compará-los com os limites de especificação. É um processo mais fácil do que relacionar os dados separadamente e depois fazer uma tabela. Quando a folha de verificação estiver completa deve-se examinar os seguintes pontos: A) A distribuição assume a forma de um sino, isto é, com um só pico e nítido, ou existem dois picos? Os valores apresentam tendência para um lado ou para outro e tem valores isolados? B) Verifique a relação existente entre a distribuição real e os limites da especificação. A largura da distribuição é maior que a da especificação? Descubra a porcentagem que está fora de especificação e tome medidas para diminuição do número de peças, produtos ou serviços defeituosos. Se a forma da curva não estiver com o formato de uma curva normal a causa deve ser encontrada e corrigida. Tipos de Folha de verificação Folha de verificação para distribuição do processo de produção: Esse tipo de folha de verificação é usado quando se quer coletar dados de amostras de produção. Coleta-se os dados, calcula-se a média e constrói-se uma tabela de distribuição de frequência, isto é, um histograma para analisar a distribuição do processo de produção. À medida em que os dados são coletados eles já são comparados com as especificações. Os dados coletados para este tipo de folha de verificação não podem ou não devem ser interrompidos, porque queremos conhecer a variação nas dimensões de um certo tipo de peça, por exemplo, a espessura da peça após o biscoito ser prensado no processo de fabricação de cerâmica. Folha de verificação de itens defeituosos: Este tipo de folha de verificação é usado quando queremos saber os tipos mais frequentes de defeitos e as causas desses defeitos. Exemplo: Numa peça de azulejo, podemos identificar os tipos e as causas de defeitos após o produto estar acabado. Folha de verificação para localização de defeito: É usada para localizar defeitos externos, tais como: mancha, sujeira, risco, pinta, e outros. Geralmente esse tipo de lista de verificação tem um desenho do item a ser verificado, no qual são assinalados o local e a forma de ocorrência dos defeitos. Por exemplo: Bolha estourada na superfície do vidrado, nas peças de cerâmica. Esta folha nos mostra o local onde mais aparece a bolha estourada. Esse tipo de folha de verificação é uma importante ferramenta para a análise do processo, pois nos conduz para onde e como ocorre o defeito. Folha de verificação de causas de defeitos: Este tipo de folha de verificação é geralmente usado para investigar as causas dos defeitos, sendo que os dados relativos à causa e os dados relativos aos defeitos são colocados de tal forma que torna-se clara a relação entre as causas e os efeitos. Posteriormente os dados são analisados através da estratificação de causas ou do diagrama de dispersão. Exemplo 2: Analise: Os eventos em questão estão ocorrendo junto com outras mudanças ou eventos? (Ex.: outros fatores de influência). Alterações de profissional, equipamento etc. Depois pergunte: Esqueci de alguma coisa? Então faça uma reflexão. Em resumo, lembre-se da finalidade da coleta de dados e tente elaborar uma lista de verificação apropriada e de fácil utilização, para atender as suas necessidades Exemplo 3: Fonte: Eng. Metalúrgico Brenno Ferreira DIAGRAMA DE ISHIKAWA Finalidade Explorar e indicar todas as causas possíveis de uma condição ou um problema específico. O Diagrama de Ishikawa é um método utilizado para localizar a causa original ou raiz de um problema. O que é? O Diagrama de Ishikawa foi desenvolvido para representar a relação entre o “efeito" e todas as possibilidades de “causa” que podem contribuir para esse efeito. Também conhecido como Diagrama de Causa e Efeito ou Espinha de Peixe, foi desenvolvido por Kaoru Ishikawa, da Universidade de Tóquio, em 1943, onde foi utilizado para explicar para o grupo de engenheiros da Kawasaki Steel Works como vários fatores podem ser ordenados e relacionados. Porém, somente em 1962, J. M. Juran no QC Handbook "batizou" este diagrama como sendo Diagrama de Ishikawa. ” Ishikawaobservou que embora nem todos os problemas pudessem ser resolvidos por essas ferramentas, ao menos 95% poderiam ser, e que qualquer trabalhador fabril poderia efetivamente utilizá-las. Embora algumas dessas ferramentas já fossem conhecidas havia algum tempo, Ishikawa as organizou especificamente para aperfeiçoar o Controle de Qualidade Industrial nos anos 60. Talvez o alcance maior dessas ferramentas tenha sido a instrução dos Círculos de Controle de Qualidade (CCQ). Seu sucesso surpreendeu a todos, especialmente quando foram exportados do Japão para o ocidente. Esse aspecto essencial do Gerenciamento da Qualidade foi responsável por muitos dos acréscimos na qualidade dos produtos japoneses, e posteriormente muitos dos produtos e serviços de classe mundial. Este sistema permite estruturar hierarquicamente as causas de determinado problema ou oportunidade de melhoria, bem como seus efeitos sobre a qualidade dos produtos. Permite também estruturar qualquer sistema que necessite de resposta gráfica e sintética, por que melhora a visualização. O Diagrama de Ishikawa pode também ser utilizado na verificação e validação de software ou outro produto ou serviço. Estrutura do Diagrama Ishikawa Os diagramas de causa e efeito são elaborados para ilustrar claramente as diversas causas ou fatores que afetam um problema, separando-as em grupos por tipo de causa. Para cada efeito, provavelmente haverá diversas categorias principais de causas, por exemplo, as causas principais da variação do processo são normalmente divididas nos 8M’s: Material, Máquina, Mão-de-obra, Método, Meio Ambiente, Management (gerenciamento), Matéria Prima e Medição. Quando usamos o Diagrama Ishikawa Para identificar as informações a respeito das causas de um problema Para organizar e documentar as causas potenciais de um efeito ou de uma característica da qualidade Para indicar o relacionamento de cada causa e subcausa as demais, e, ao efeito ou característica da qualidade Reduzir a tendência de deixar de procurar a causa verdadeira, ou parar cedo demais, devido à complexidade do conjunto de informações Benefícios do Diagrama Ishikawa Ajuda o aperfeiçoamento do processo Documenta de forma visual as causas potenciais, que podem ser revistas e atualizadas com facilidade posteriormente Provê urna estrutura para o brainstorming Ajuda no envolvimento de todos Tipos de Diagrama As possíveis causas de dispersão nas características da qualidade são mostradas nos diagramas, de forma que todos os relacionamentos são claramente visualizados. Assim, existem várias formas de se fazer um diagrama, modificando sua organização e arranjo em função dos objetivos a serem atingidos. Existem três tipos principais de diagramas: 1. Análise de Dispersão 2. Classificação do Processo Produtivo 3. Enumeração de Causas Estes 3 tipos são comumente usados como pontos de partida, mas são somente sugestões. Você poderá utilizar outros tipos que venham em mente ou que surjam em discussões, na medida em que você ou seu grupo decida Exemplo – Análise de dispersão Exemplo – Classificação do processo Exemplo – Enumeração de causas Preparação do Diagrama Ishikawa para identificar causa de um problema ou não- conformidade (NC) Entre as não conformidades identificadas decidir para qual deve ser realizada uma ação corretiva Desenhar um diagrama de Ishikawa, com o efeito anotado à direita (problema, não conformidade etc.) Indicar nas espinhas do diagrama as categorias tradicionais de causas principais ou quaisquer outras consideradas úteis na organização das causas Debater com um grupo de envolvidos no problema ou na não conformidade (“brainstorming”) sobre as possíveis causas e alocá-las nas categorias principais apropriadas. Para cada causa, perguntar “Por que isto acontece? ” Colocar as respostas nas ramificações da causa. Usar o mínimo de palavras possíveis Como preparar o Diagrama Ishikawa na avaliação da qualidade de um produto Determine as características da qualidade do produto em questão Escolha a característica da qualidade a ser analisada, melhorada ou controlada, e escreva-a em um retângulo, no lado direto do papel; trace a espinha dorsal e trace as espinhas maiores onde, dentro de retângulos são colocadas as causas primárias que afetam ou podem afetar a característica da qualidade escolhida Escreva as causas secundárias (espinhas médias) que afetam ou podem afetar as espinhas maiores e escreva as causas terciárias (espinhas pequenas) que afetam ou podem afetar as espinhas médias Estipule uma importância para cada fator e assinale os fatores que devem ter um efeito mais significativo na característica da qualidade escolhida, costuma-se usar uma elipse ao redor da causa para identificá-la com a mais significativa Registre as informações adicionais que considerar necessárias Bibliografia: Aguiar, Silvio. Integração das ferramentas da qualidade ao PDCA e ao programa seis sigma. Volume 1. Belo Horizonte: Editora de Desenvolvimento Gerencial, 2002.
Compartilhar