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EDUCAÇÃO PARA O LAZER

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EDUCAÇÃO PARA O LAZER DENTRO DA EDUCAÇÃO FÍSICA 
	O lazer esta presente na educação física desde os primórdios. No período caracterizado como higienista o lazer era considerado um instrumento mantenedor da saúde dos trabalhadores. 
	Com a Fundação de Escola Nacional de Educação Física e Desporto (ENEFD) em 1939, começa uma maior atenção ao lazer em nível nacional. Em 1945, após viagens para conhecer a Educação Física de outros países, o prof. Antônio Pereira Lira propõe a criação da cadeira de “Recreação e Jogos”, aumentando significativamente às disciplinas e cursos sobre o lazer dentro da Educação Física. 
	Segundo Marcellino (2007), apud Carvalho (2010), o lazer na atualidade encontra-se consolidado na área da Educação Física, possuindo um aspecto educativo duplo - educar-se pelo lazer e educar-se para o lazer. 
Na teoria Crítico-Superadora o lazer é abordado quando tratam da expressão corporal como os esportes, lutas, danças, jogos, e outros, ou seja, nos conteúdos culturais, e ao tratar a Educação Física, tanto no mundo do trabalho como no do lazer, como capaz de instigar a criatividade, a criação de cultura e uma postura produtiva, possuindo um sentido lúdico. Na teoria Crítica-Emancipatória tratam o termo lazer de forma implícita através das brincadeiras, atividades lúdicas, elementos da cultura das crianças, seu mundo vivido e seu mundo do movimento. (CARVALHO, 2010, p. 15).
Na teoria desenvolvimentista desconsidera o Lazer como conteúdo cultural, considerando os interesses físicos esportivos. Utilizando expressões recreativas como jogos, brinquedos, etc. exemplificam as atividades da Educação Física, o termo lazer aparece, mas não há contextualização da mesma. A teoria construtivista de forma implícita, através de conteúdo cultural físico esportiva aborda o tema. Não há menção do termo lazer, que é substituído por termos como lúdico, faz de conta, entre outros.
Considerando lazer e as suas ramificações, destaca-se que não é só um momento ocioso e de descanso. Atividades de lazer estão inseridas no cotidiano das pessoas em muitos lugares inclusive nas escolas junto com a educação física.
Uma das funções do lazer é desenvolver a personalidade e, neste sentido, os objetivos do lazer e da educação se harmonizam. Nas palavras de Reynold Carlson, “os objetivos da recreação e da educação não são pólos separados, pois ambos trabalham em prol do enriquecimento vital das pessoas. A aprendizagem é mais rápida e duradoura se for agradável e satisfatória em si mesma, e as melhores experiências educacionais assumem uma natureza lúdica” Tal perspectiva do lazer, que o vê não como o oposto do trabalho e de tudo o que seja sério, mas como seu colaborador, tem sido adotada por muitos educadores esclarecidos (ALLEN; UNWIN, 1976 p. 112, 113). 
	A recreação tem como principal intuito criar condições para o total desenvolvimento das pessoas promover participações coletivas e individuais e melhorar a qualidade de vida, possuindo também caráter educacional. 
	Segundo Parkker (1976) citado por ALLEN; UNWIN, (1976), atividades recreativas são importantes no currículo das escolas, elas influenciam na formação do caráter do aluno de várias maneiras: 
Higiênica, porque o jogo ao ar livre é condição indispensável ao seu desenvolvimento físico; Intelectual, porque servindo para lhes dar hábitos de cálculo, reflexão e previdências, constitui para formação de sua mentalidade; e Social, porque, estreitando o convívio de crianças de varias origens, tem por fim eliminar-lhes o preconceito de classes, despertarem nestas o amor e respeito pelos humildes, e naquelas o hábito e as maneiras das que já foram beneficiadas pela educação no lar e nas escolas. (ARRUDA, MOURA, 2007, p. 17,18) 
 
	Segundo Verderi (1999), apud Arruda e Moura (2007), educadores físicos não são responsáveis só pelas capacidades físicas, mas também pelo cognitivo e sócio-emocional. Afirma ainda que aulas recreativas possam ser fundamentadas em teóricas-práticas, de maneira que promovam condições de reflexão, lazer e construção de conhecimento, estabelecendo equilibradas relações com os outros e fazendo-os reconhecer que são cidadãos com responsabilidade, direitos e deveres. 
Pesquisas comprovam que crianças envolvidas em atividades físicas ou de lazer possuem um rendimento maior dentro de sala do que os alunos não envolvidos em atividades extras. O Lazer deve ser ensinado de maneira adequada dentro de sala, para tornar-se um aliado dos alunos e professores, ajudando no rendimento das crianças.
O lazer apresenta aspectos educativos que contribuem para a compreensão e intervenção do novo mundo social, além de possuir práticas corporais que venham a contribuir para a melhoria da qualidade de vida, possibilidades de construção da cultura humanizada, socialização, princípios éticos e críticos sobre a sociedade. O educador por sua vez deve identificar esses aspectos e fazer uma reflexão junto aos mesmos a fim de poder transmitir ao aluno o valor histórico educativo do lazer na contemporaneidade. (FRANÇA, 2003, apud CARVALHO, 2010, p.12)
	
	 Taffarel (1995) citado por Carvalho (2010), afirma que é dever da educação assegurar que os alunos tenham acesso a conteúdos do lazer, em busca de uma educação de melhor qualidade e assegurando que o estudante exercite sua criatividade, compreensão e intervenção na realidade. 
 
Bibliografia 
CARVALHO, Alexandre Lima. O lazer na escola. Disponível em: < http://www.eeffto.ufmg.br/biblioteca/1853.pdf> 
ARRUDA, Almir Ribeiro de; MOURA, Terezinha Andrade. Perfil da recreação escolar e sal importância como ação educativa para alunos de 3º e 4º série do ensino fundamental. Disponível em: < http://www.def.unir.br/downloads/1218_perfil_da_recreacao_escolar_e_sua_importancia_como_acao.pdf>

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