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1
Aulas 5-6 – Enolatos de Lítio
Equivalentes Sintéticos de Enolatos
Reações Aldólicas utilizando Enolatos de Lítio
QUÍMICA ORGÂNICA III
Bibliografia:
Organic Chemistry – Clayden, Greeves, Warren, Wothers – Cap. 21, 26, 27.
Química Orgânica – Solomons & Fryhle – 8 ed. Cap. 17. v. 2 .
Química Orgânica – Vollhardt & Schore – 4 ed. Cap. 18.
2
O LDA (diisopropil amideto de lítio) é uma base forte e volumosa, não nucleofílica, que é muito utilizada na
preparação de enolatos de lítio.
O uso dessa base forte promove a formação quantitativa do enolato a partir do composto carbonílico.
Isso evita o problema da auto-condensação de compostos carbonílicos (enolato reagindo com o composto não-
enolizado).
Preparação do LDA
1. Enolatos de lítio 
3
A formação de enolatos de lítio a partir de cetonas e ésteres que possuam um hidrogênio em a-carbolina é
muito rápida, quantitativa e irreversível.
Os enolatos de lítio preparados são relativamente estáveis devido a formação de uma ligação forte O-Li.
1.1. Preparação de Enolatos de Lítio
A desprotonação 
ocorre através de um 
mecanismo cíclico
Outros reagentes mais modernos para a preparação de enolatos de lítio estão mostrados na figura abaixo. Esses
reagentes são mais impedidos e menos nucleofílicos do que o LDA.
LICA: isopropilcicloexilamina de lítio
LHMDS: hexametilidisilazida de lítio
LTMP: 2,2,6,6-tetrametilpiperidina de lítio
4
1.2. Alquilações utilizando Enolatos de Lítio
As condições experimentais para a formação de enolatos cinéticos de lítio envolvem a formação do enolato em baixa
temperatura (-78°C) em THF (para preservar a integridade desta espécie reativa e evitar a formação do produto de
auto-condensação). Depois da formação do enolato, o eletrófilo deve ser adicionado, permitindo–se o aquecimento
gradativo do meio reacional para promover a alquilação.
Mecanismo geral
Alquilação de cetonas
Condições experimentais gerais
5
O mecanismo de alquilação envolve duas etapas:
(1) formação de um enolato, através da desprotonação por uma base;
(2) reação de substituição SN2 (ataque do enolato nucleofílico ao haleto de alquila eletrofílico).
1. Uma base forte, como o LDA, pode ser utilizada para desprotonar completamente o material de partida; há
conversão total do material de partida no enolato antes da adição de eletrófilo.
2. Alternativamente, uma base fraca pode ser utilizada na presença do eletrófilo. A base fraca não promoverá a
desprotonação total do composto carbonílico, apenas uma pequena porção do enolato será formada e reagirá
com o RX. O equilíbrio será deslocado para os produtos a partir do consumo do enolato pelo eletrófilo (RX).
1.2.1. Mecanismo da alquilação
6
As reações de alquilação de enolatos são do tipo SN2 !
a) Essas reações são favorecidas por solventes polares e nucleófilos carregados (fortes).
b) Haletos primários, alílicos e benzílicos são os melhores agentes alquilantes.
c) Haletos impedidos podem sofrer reação de E2, uma vez que o enolato também é uma base forte.
1.3. Escolha do eletrófilo para a alquilação
7
Sendo reagentes nucleofílicos, os enolatos participam de várias reações com diferentes eletrófilos, como na abertura
de epóxido exibida abaixo. A abertura do epóxido é assistida pela coordenação com o íon ítrio(III).
8
Exercício. Mostre o produto obtido na seguinte reação abaixo. Descreva o mecanismo completo para essa
transformação.
9
2. Equivalentes Sintéticos de Enolatos para alquilação de aldeídos e cetonas
Os aldeídos são compostos eletrofílicos muito reativos, e por isso, quando preparado o enolato de lítio
correspondente, este enolato reage rapidamente com o aldeído da mistura reacional fornecendo o produto de auto-
condensação, em vez do produto de alquilação.
Este problema pode ser contornado utilizando equivalentes sintéticos de aldeídos, estes reagentes são menos
reativos, e são utilizados para a alquilação de aldeídos e cetonas. Com esta estratégia o enolato do aldeído é
“mascarado” e em seguida utilizado na reação de alquilação. Os equivalentes sintéticos de enolatos que podem ser
utilizados para aldeídos (e também cetonas) são as enaminas e silil enol éteres.
Evite a estratégia de 
preparação de 
enolatos de lítio a 
partir de aldeídos !
10
As enaminas são formadas quando aldeídos e cetonas reagem com aminas secundárias. As enaminas preparadas
são bases fracas e são bons nucleófilos.
2.1. Enaminas
A conversão da cetona em enamina deve ser realizada utilizando aminas secundárias como a pirrolidina, a
morfolina ou a piperidina e catalisador ácido. Após alquilação da enamina, a hidrólise da enamina restaura o
composto carbonílico monoalquilado no carbono-alfa.
Exercício. Proponha os mecanismos para a formação e hidrólise de enaminas utilizando a piperidina
como amina secundária.
11
Anexo: Mecanismo de formação das enaminas
Leitura indicada: reveja os 
mecanismos de formação e 
hidrólise de enaminas
(Solomons & Fryhle, 8 ed.; 
Cap. 16. V. 2)
12
Os silil enol éteres são mais estáveis do que os enolatos de lítio, pois o átomo de silício é menos eletropositivo do
que o lítio. Estes reagentes podem ser preparados pela reação dos respectivos enolatos/enóis com reagentes
eletrofílicos de silício (haleto de trialquilsilano).
O método mais comum para preparação de silil enol éteres envolve o tratamento da cetona com cloreto de
trimetilsilano e trieltilamina como base. Esta reação acontece devido ao caráter eletrofílico do átomo de silício e
da grande força da ligação silício-oxigênio.
Tratamento de um enolato de lítio (obtido utilizando LDA como base, por exemplo) com 
cloreto de trimetisilano. 
2.2. Silil enol éteres
Preparação de silil
enol éteres
13
Silil enol éteres podem ser hidrolisados em meio ácido:
Os silil enol éteres são menos reativos que as enaminas e exigem a presença de um ácido de Lewis forte no meio
reacional para iniciar a reação. O ácido de Lewis retira o grupo de partida do carbono saturado formando um
carbocátion in situ. O carbocátion é atacado pelo silil enol éter fornecendo o composto carbonílico alquilado.
14
Os melhores reagentes alquilantes para estas reações são haletos de alquila terciários, pois eles formam 
carbocátions estáveis na presença de TiCl4 ou SnCl4.
Exemplo:
15
O-alquilação vs C-alquilação
Os enolatos têm 2 sítios nucleofílicos:
• O átomo de carbono carregado negativamente é um nucleófilo mole.
• O átomo de oxigênio tem maior densidade de carga negativa e é portanto um nucleófilo duro.
• Eletrófilos duros (mesilatos, sulfatos, sulfonatos de alquila) preferem reagir com o oxigênio (p. ex. formação de enol éteres, silil enol
éteres), levando a produtos de O-alquilação.
• Eletrófilos moles, tais como os haletos de alquila (RX, I > Br > Cl) reagem preferencialmente com o átomo de carbono (produto de C-
alquilação).
• Solventes polares (HMPA, DMF) promovem O-alquilação, pois promovem separação de carga e aumentam a densidade de carga
negativa do átomo de oxigênio). Solventes etéreos (Et2O, THF) promovem reação de alquilação no carbono (C-alquilação).
• Metais alcalinos maiores (Cs > K > Na > Li) promovem maior separação dos pares iônicos (ligação mais polar,) o que torna o enolato mais
duro, facilitando a reação de O-alquilação.
HMPA = hexamethylphosphoramide
O átomo de oxigênio básico coordena-se fortemente com o átomo de lítio
do enolato, tornando-o um nucleófilo mais duro (solvatação do cátion). É um
solvente cancerígeno!
16
Exercício. A alquilação do enolato de lítio preparado a partir da cetona A fornece o produto dialquilado, como
ilustrado abaixo. Mostre como você prepararia o produto monoalquilado B utilizando uma enamina.
17
Exercício. Forneça o produtoda transformação abaixo. Descreva o mecanismo completo para essa transformação.
18
Uma cetona assimétrica pode formar 2 enolatos, o enolato cinético e o enolato termodinânico, dependendo da base e
das condições reacionais usadas.
A formação do enolato termodinâmico é favorecida utilizando-se condições que favoreçam o equilíbrio entre os
enolatos. Nesse caso somente o enolato mais estável é formado.
Já o enolato cinético é formado utilizando bases volumosas que retirem o hidrogênio menos impedido
estericamente.
3. Regiosseletividade na Formação de Enolatos
Uma base forte e
estericamente impedida como
o LDA pode abstrair o próton
mais disponível e levar a
formação do enolato cinético
19
3.1. Formação regiosseletiva do enolato termodinâmico
A formação do enolato mais estável é dirigida pelo padrão de substituição da dupla ligação. Quanto mais substituída
for a dupla ligação, mais estável será o enol/enolato.
Para favorecer a formação do enolato termodinâmico (mais estável) é necessário utilizar condições que permitam a
formação de equilíbrio entre o enolato cinético e o termodinâmico, como por exemplo utilizar excesso da cetona.
A conjugação garante a formação
do enolato mais estável, que é o
mais substituído e com a dupla
ligação conjugada com o anel
aromático.
Enolatos de lítio mais substituídos podem ser formados utilizando silil enol éteres, como mostrado abaixo.
20
Uma proposta mecanística para a formação regiosseletiva do enolato termodinâmico envolve a formação
predominante do enol mais substituído.
21
3.2. Formação regiosseletiva do enolato cinético
O LDA é uma base muito impedida para atacar C=O, e por isso, ele retira o hidrogênio mais livre da ligação C-H.
Para formação do enolato menos substituído (enolato cinético) deve-se evitar a formação de equilíbrio entre os
enolatos. As condições reacionais ideais que favorecem a formação do enolato cinético são:
Temperaturas baixas (-78°C), tempos reacionais curtos, e excesso da base (para garantir que toda cetona seja
desprotonada)
O enolato obtido é o que é
formado mais rapidamente
(enolato cinético) e não
necessariamente é o
enolato mais estável.
22
23
23
Exercício. Mostre como poderia ser preparado o enolato na posição especificada abaixo. Mostre a equação
envolvida na transformação.
Me
Me
Me
O
24
O uso de enolatos de lítio em reações aldólicas é um método eficiente para promover uma reação aldólica cruzada.
Exemplo de reação aldólica cruzada utilizando enolato de lítio
4. Reações Aldólicas utilizando Enolatos de Lítio
Primeiro o enolato é 
formado, depois o 
eletrófilo é adicionado
A fomação do enolato inicia-se com a coordenação do lítio ao oxigênio carbonílico, antes da remoção do
hidrogênio alfa-carbonílico. A reação de enolização é muito rápida e o enolato formado não tem tempo para
reagir com uma molécula não enolizada .
25
Quando o composto carbonílico que sofrerá o ataque nucleofílico é adicionado ao meio reacional, ele complexa-se
com o átomo de lítio permitindo que a reação aldólica aconteça através de um mecanismo cíclico.
4.1. Mecanismo da reação aldólica utilizando enolato de lítio
26
O tratamento de metilcetonas com LDA normalmente fornece o enolato de lítio no lado da metila, pois é o lado
menos impedido. Nesse caso há formação do enolato cinético, como no exemplo abaixo.
Exemplo de reação aldólica cruzada utilizando enolato cinético
A formação do enolato cinético da 2-pentanona é possível pelo tratamento desta cetona com LDA em THF a
baixas temperaturas. Na etapa seguinte, o aldeído eletrofílico (propanal) foi adicionado ao meio reacional
fornecendo o produto de aldol (6-hidróxi-4-nonanona), o qual foi desidratado por tratamento com ácido para-
toluenossulfônico (mecanismo E1). Obs.: Relembre esse mecanismo de eliminação !
27
Exercício. A reação dos compostos carbonílicos do exemplo anterior com solução aquosa de hidróxido de sódio
fornece uma mistura de dois compostos carbonílicos a,b-insaturados como produtos reacionais. Explique.
28
Exercício. Proponha como o composto abaixo poderia ser preparado utilizando aldeídos e cetonas como materiais
de partida. Utilize enolatos de lítio.
Me
O
Me
OH
29
O silil enol éter pode ser preparado a partir da reação do enol correspondente com uma amina terciária (NEt3) e com
cloreto de trimetilsilila (Me3SiCl). Esses compostos são estáveis o suficiente para serem isolados.
5. Reações Aldólicas utilizando Silil enol éteres
A reação do silil enol éter com um composto carbonílico na presença de um ácido de Lewis como catalisador
fornece o produto de reação aldólica, após hidrólise do éter de silício do produto de aldol obtido como
intermediário reacional. O ácido de lewis mais utilizados nessas reações é o TiCl4.
30
O mecanismo proposto é controverso: o átomo de titânio pode coordenar-se a ambos os oxigênios durante a reação e
as etapas representadas separadamente acima provavelmente podem ocorrer de maneira simultânea. Entretanto,
alguns pontos importantes devem ser mencionados:
1. Um ácido de Lewis é necessário para promover a reação do silil enol éter com o composto carbonílico. A
complexação do átomo de titânio com o oxigênio da carbonila do aldeído aumenta o caráter eletrofílico do
carbono carbonílico, facilitando o ataque nucleofílico do silil enol éter.
2. A etapa chave é um ataque do enolato ao carbono carbonílico (adição aldólica), com o ácido de Lewis
complexado com o eletrófilo (carbonila).
Mecanismo para a 
reação aldólica
utilizando silil enol 
éteres
6. Reação de Mannich
31
Pode ser utilizada para a formação de enonas, em casos onde se deseja empregar formaldeído como reagente, o
qual é muito reativo e frequentemente leva ao produto de poli-adição. Trata-se a cetona com formaldeído e uma
amina secundária na presença de quantidades catalíticas de um ácido.
O mecanismo envolve a formação inicial de um sal de imínio.
32
O sal de imínio eletrofílico reage com o enol do composto carbonílico para fornecer uma b-aminocetona,
denominada de base de Mannich.
Bom grupo de partida: Me3N
A base de Mannich pode ser alquilada com iodometano (reação do tipo SN2). O tratamento do sal de amônio
obtido com uma base leva a formação de uma enona via mecanismo de eliminação do tipo E1cB (similar a
desidratação do produto de aldol em meio básico)
33
Exercício. Mostre como você poderia preparar a enona abaixo utilizando a Reação de Mannich e pirrolidina como
amina secundária.

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