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AULA DE SUS VULNERABILIDADES SOCIAIS.

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SUS - Sistema Único de Saúde - sistema de saúde pública do Brasil.
Criado pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela lei nº 8.080/90 que define o SUS como:
Conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público.
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo aos seguintes princípios
*** Princípios doutrinários – Todas as ações do Sus. Regidos por alguns princípios e diretrizes: Universalidade, Integralidade, equidade, regionalização e hierarquização, descentralização e comando único de participação popular.
Sus – Princípios e Diretrizes.
. Todas as pessoas devem ter acesso a um serviço de saúde pública de qualidade.
. Grande conquista democrática.
. No sistema anterior apenas o trabalhador tinha acesso a saúde. A opção para quem não tinha vinculo de trabalho era pagar pelo serviço privado.
. Obrigação do estado, através de seus governantes, garantir e prestar seus serviços de atendimento.
. A distribuição gratuita de medicamentos para várias doenças crônicas e a reconhecida Política Nacional de DST/AIDS são exemplos de iniciativas que decorrem da perspectiva de se pensar a saúde como um direito universal.
Universalidade.
Visa combater as desigualdades em saúde no país.
Todos tem direito a saúde mas nem todos possuem acesso. Ex: Pessoas com dificuldade de chegar até o posto de saúde, pacientes acamados. 
Hoje? Médicos de família fazem esse trabalho. Aproximando dos serviços de saúde pública todas as pessoas que precisam ter acesso a saúde.
Equidade.
Usuário do SUS como um todo – Não só a doença é importante mas sim o tratamento e o indivíduo como um todo.
Trabalha com Promoção e Prevenção de saúde no tratamento.
Prevenção –> Promoção –> Tratamento.
Integração dos tratamentos e atendimentos com diferentes especialidades da saúde.
Trabalho em conjunto de diversos setores para construção e melhorias dos serviços de saúde e na qualidade de vida dos cidadãos.
Conceito BioPsicoSocial.
Integralidade.
Hierarquização: 
Organização por níveis de complexidade. Organização dos recursos e serviços do SUS de acordo com as especificidades de cada cidadão/caso atendido.
Atenção básica – Média complexidade.
Centros especializados. Ex: Serviços de fisioterapia, caps, postos de saúde.
Alta complexidade: Hospitais.
Atualmente no Brasil: Todo modelo de saúde está concentrado na atenção básica. No modelo de saúde da família.
*** Para refletir: Qual seria então a problemática em relação as filas nos serviços atualmente? 
Princípios de organização:
Relacionada as regiões de saúde. 
Estar próximo a população.
Articulação de todos os serviços da saúde de uma determinada região, considerando todas as problemáticas e todo o contexto daquela região específica.
 Porque?
Porque cada município possui uma realidade. Por isso é importante considerar os modelos de saúde que existem naquele local antes da criação de um novo modelo.
Regionalização:
Cada setor federativo tem um nível de responsabilidade.
Federal – Estadual – Municipal.
É trabalhada a autonomia dos municípios.
 Qual autonomia?
 * Autonomia de pensar de que forma a saúde vai ser trabalhada na realidade daquele local. Considerando o contexto de cada região e os princípios do sistema.
Descentralização.
Fixada na constituição federal de 1988. Lei orgânica número 8080 de 1990. 
Contribui com duas ferramentas importantes:
1 – Conferências de saúde – Municipais, municípios pequenos podem se organizar para debater uma temática específica do local. Deliberar o que é importante para a população. 
2 – Conselhos de saúde – Atualmente não existem em muitos postos de saúde porém é um serviço que pode ser cobrado pela população. Consiste na realização de um conselho local dentro dos postos de saúde, para debater os problemas de saúde. Podem existir conselhos municipais, estaduais e federais. Obs: Acontece do micro para o macro.
Participação Social.
Diretrizes constitucionais presentes no art. 198 da constituição federal de 88.
Atendimento integral.
Atividades preventivas: Focar em ações preventivas evita ou reduz a chance de novas patologias.
Para que isso não ocorra as ações devem ser feitas em conjunto com as ações interventivas de saúde, independente do nível de complexidade.
Participação da comunidade é fundamental na construção de políticas públicas de saúde.
Considerações importantes.
Trabalhado inicialmente nas áreas dos direitos humanos.
As primeiras discussões eram em torno das pessoas que eram discriminadas socialmente. (homossexuais, usuários de drogas, portadores de doenças e etc...) Essas pessoas antigamente eram vistas e denominadas como "grupo de risco."
Vulnerabilidade social no entanto está relacionada a falta ou não condição de acesso a bens materiais e bens de serviço que podem tornar o indivíduo vulnerável.
Hoje falar sobre vulnerabilidade social não é apenas falar sobre saúde. O objetivo hoje é ampliar o conceito para a esfera social, juntando também o campo da educação, do trabalho e das políticas públicas em geral. 
Ou seja, hoje se refere às condições de vida e suportes sociais e não à conduta, como era marcada anteriormente, dando conotação de conceito de risco.
Vulnerabilidades Sociais.
A vulnerabilidade social é definida como situação em que os recursos e habilidades de um dado grupo social são insuficientes ou inadequados para lidar com as oportunidades oferecidas pela sociedade como um todo 
Assim, o conceito de vulnerabilidade social está indiretamente vinculado com o de mobilidade social, posto que as possibilidades que indivíduos em vulnerabilidade social possuem de se movimentarem nas estruturas sociais e econômicas são restritas em termos de modificação de inscrição social. Abramovay (2002)
Vulnerabilidades Sociais.
A vulnerabilidade social acaba sendo constituída em torno de conjunturas básicas: a primeira diz respeito à posse ou controle de recursos materiais ou simbólicos que permitem aos indivíduos se desenvolverem, se aperfeiçoarem ou se locomoverem na tessitura social; a segunda remete à organização das Políticas de Estado e bem-estar social, que configuram os componentes de oportunidades que provêm do Estado, do mercado e da sociedade como um todo – ligeiramente associado à capacidade de inserção no mercado de trabalho e acesso às políticas; e, por fim, a forma como os indivíduos, grupos, segmentos ou famílias organizam seus repertórios simbólicos ou materiais para responder aos desafios e adversidades provenientes das modificações dinâmicas, políticas e estruturais que ocorrem na sociedade, de forma a realizarem adequações e ocupações de determinadas posições de enunciação nos jogos de poder da organização simbólica e política
Vulnerabilidades Sociais.
É importante considerarmos fatores específicos da comunidade. Esta ação desloca o conceito de vulnerabilidade social do individual para o social.
Exemplo: epidemias em relação a doenças, sexualmente transmissíveis ou não. 
***Devemos ampliar e considerar o contexto social. Levando em consideração:
Falta de acesso a informação.
Falta de acesso aos serviços básicos de educação e saúde.
Falta de confiança e credibilidade na sustentação de estratégias de ação.
Vulnerabilidades Sociais
Resultado da combinação de arranjos políticos e sociais que incidem diretamente sobre o indivíduo.
Nosso sistema social e econômico contribui no processo de marginalização desses indivíduos, afastando inclusive das condições de trabalho formal.
Discursos de exclusão social.
A vinculação da pobreza com a inutilidade social; a necessidade de enquadramento no modelo de produção capitalista; a marginalização
da pobreza. A utilidade do indivíduo para o sistema vincula-se ao seu potencial produtivo.
Vulnerabilidades Sociais.
Por ser contra os padrões, a periferia passa a ser vista como ameaçadora da ordem e, portanto, perigosa. Assim, esse discurso acaba por discriminar os jovens que habitam essas localidades.
Em locais "pobres e violentos" surgem os ditos populares e os rótulos: pobre, doente, indisciplinado, vagabundo. Iniciando assim uma construção e um pré conceito em relação a essas pessoas que vivem sem lugares propensos ao crime. Não constroem só o perigo mas sim os sujeitos que ali estão. Não levam em consideração a história. 
As diferenças são banalizadas e ao mesmo tempo corriqueiras. Frases como: " Tinha que ser preto" "É morador de comunidade" infelizmente são comuns em nossa sociedade.
Vulnerabilidades Sociais.
Cada dia mais produzimos novas populações vulneráveis.
Questionar os conceitos e buscar seus efeitos junto aos que por esses são definidos com rótulos pode ser uma importante ferramenta de intervenção potencializadora das políticas públicas voltadas para a população em condição de vulnerabilidade.
Vulnerabilidades sociais
Vulnerabilidade social - Está relacionado a processos de exclusão social , discriminação e violação de direitos desses grupos ou indivíduos, em decorrência do seu nível de renda, educação, saúde, localização geográfica, dentre outros.
A ideia de vulnerabilidade implica a necessidade de eliminação de riscos e de substituição da fragilidade pela força ou pela resistência. Os primeiros estudos acerca do tema visavam sobretudo entender a vulnerabilidade de um ponto de vista econômico. 
Vulnerabilidades sociais,
Considerações importantes:
Ações mais voltadas para prevenção.
Monitoramento das famílias.
Atividades que promovam a integração dos sujeitos envolvidos, aumentando o acesso a direitos básicos de cidadania.
Acompanhamento Familiar;
Desenvolvimentos de Grupos com idosos e crianças do Serviço de Convivência e Fortalecimentos de Vínculos (SCFV);
Visitas domiciliares.
Outros..
O CRAS.
Atua oferecendo apoio e orientação de forma especializada, pois os riscos estão comprovados, como violência doméstica, negligência e abuso sexual. 
Direcionamento legal de vítimas de violência;
Desenvolve ações para diminuir o desrespeito, preservando os direitos humanos.
O CREAS.
Acolher famílias, participar de visitas domiciliares com o objetivo de colaborar com o monitoramento destas;
Desenvolver e coordenar oficinas de diferentes (artesanato, capoeira, etc..);
Realizar atendimentos individuais de caráter emergencial, com o objetivo de direcionar o indivíduo à algum tipo de ação social;
Coordenar e direcionar à equipe para o cumprimento das premissas da assistência social;
Estimular a escuta e a comunicação entre a equipe;
Desenvolver projetos e, juntamente com a equipe da rede Socio Assistencial, buscar medidas que estimulem a autonomia e a consciência cidadã da comunidade
O Trabalho do Psicólogo no CRAS:
Ouvir;
Acompanhar;
Orientar indivíduos e famílias em situações de risco.
Promover grupos de apoio. Exemplo: mulheres que sofreram algum tipo de violência.
 Com o objetivo de acolher essas pessoas, de modo que elas consigam retomar seus hábitos e colaborar com outras pessoas.
O Trabalho do Psicólogo no CREAS:

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