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Aula 08 (11)

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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT 
ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Prof. Edson Marques
www.pontodosconcursos.com.br 
1 
Olá, 
Hoje vamos estudar o seguinte: 
AULA 08: 3.8 Processo administrativo. 3.9 Lei nº 
9.784/1999. 
Então, vamos ao que interessa. 
Processo Administrativo 
A Lei nº 9.784/99 é lei federal que institui normas
básicas sobre processo administrativo, tendo por finalidade a
proteção dos direitos dos administrados e o melhor cumprimento dos
fins da Administração, conforme dispõe seu art. 1º, assim expresso: 
Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o
processo administrativo no âmbito da Administração
Federal direta e indireta, visando, em especial, à
proteção dos direitos dos administrados e ao melhor
cumprimento dos fins da Administração. 
Trata-se de uma lei que estabelece normas gerais sobre
processo administrativo. Por isso, não revogou as demais leis
específicas, aplicando-se apenas supletivamente às demais espécies
de processos administrativos (Processo Administrativo Disciplinar,
Processo Administrativo Fiscal, Processos Regulatórios etc). 
Destaca-se, ademais, que essa Lei é aplicável
exclusivamente no âmbito da Administração Pública Federal,
de seus órgãos e entidades, ou seja, trata-se de uma lei federal,
aplicando-se inclusive no âmbito do Poder Judiciário e Legislativo no
exercício da função administrativa. 
Significa dizer que não se aplicará aos Poderes
Legislativo e Judiciário quando se tratar de suas funções típicas, ou
seja, não se aplica ao processo legislativo, tampouco aos processos 
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judiciais. 
Contudo, o STJ tem entendimento no sentido de que é
cabível a aplicação da Lei nº 9.784/99 aos demais entes federativos
de modo supletivo, ou seja, na ausência de lei própria, pode ser
aplicada supletivamente a Lei federal. 
A propósito, para parte da doutrina essa Lei é mais do
que uma norma sobre processo administrativo, é, verdadeiramente,
uma lei sobre direito administrativo. 
Observe que a Lei traz algumas definições importantes,
conforme seu art. 2º, ao estabelecer que órgão é a unidade de
atuação integrante da estrutura da Administração (direta ou indireta),
que entidade é a unidade de atuação dotada de personalidade
jurídica, e autoridade, o servidor ou agente público dotado de poder
de decisão. 
Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o
processo administrativo no âmbito da Administração
Federal direta e indireta, visando, em especial, à
proteção dos direitos dos administrados e ao melhor
cumprimento dos fins da Administração. 
§ 1º Os preceitos desta Lei também se aplicam aos
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União,
quando no desempenho de função administrativa. 
§ 2º Para os fins desta Lei, consideram-se: 
I - órgão - a unidade de atuação integrante da
estrutura da Administração direta e da estrutura da
Administração indireta; 
II - entidade - a unidade de atuação dotada de
personalidade jurídica; 
III - autoridade - o servidor ou agente público dotado
de poder de decisão. 
Ademais, de forma primorosa, a Lei de Processo
Administrativo cataloga uma série de princípios que orientam a
atuação no processo administrativo, tais como: Interesse Público, 
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Legalidade, Finalidade, Moralidade, Eficiência, Razoabilidade,
Proporcionalidade, Motivação, Ampla Defesa, Contraditório,
Segurança Jurídica. 
Esses princípios, de forma geral, são os constantes da
própria Constituição Federal, de forma expressa ou implícita. Por isso,
a doutrina administrativa tem entendido que tais princípios,
orientadores do processo administrativo, são, em verdade, princípios
aplicáveis à atividade da Administração Pública. 
Em decorrência desses princípios orientadores do
processo administrativo, a Lei nº 9.784/99 estabeleceu os
denominados critérios, os quais são, de igual de forma, princípios
administrativos, compreendendo: 
Jurisdicidade/Legalidade: atuação conforme a lei e o
Direito; 
Finalidade/Interesse público: atendimento a fins de
interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de
poderes ou competências, salvo autorização em lei; 
Impessoalidade: objetividade no atendimento do
interesse público, vedada a promoção pessoal de
agentes ou autoridades; 
Moralidade: atuação segundo padrões éticos de
probidade, decoro e boa-fé; 
Publicidade: divulgação oficial dos atos
administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo
previstas na Constituição; 
Proporcionalidade/razoabilidade: adequação entre
meios e fins, vedada a imposição de obrigações,
restrições e sanções em medida superior àquelas
estritamente necessárias ao atendimento do interesse
público; 
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Motivação: indicação dos pressupostos de fato e de
direito que determinarem a decisão; 
Formalismo: observância das formalidades essenciais
à garantia dos direitos dos administrados; 
Formalismo moderado: adoção de formas simples,
suficientes para propiciar adequado grau de certeza,
segurança e respeito aos direitos dos administrados; 
Ampla defesa e contraditório: garantia dos direitos à
comunicação, à apresentação de alegações finais, à
produção de provas e à interposição de recursos, nos
processos de que possam resultar sanções e nas
situações de litígio; 
Vedação de custas ou depósito prévio: proibição de
cobrança de despesas processuais, ressalvadas as
previstas em lei; 
Impulsão oficial: impulsão, de ofício, do processo
administrativo, sem prejuízo da atuação dos
interessados; 
Interpretação teleológica e segurança jurídica:
interpretação da norma administrativa da forma que
melhor garanta o atendimento do fim público a que se
dirige, vedada aplicação retroativa de nova
interpretação. 
Observe, portanto, que alguns princípios então
implícitos na Constituição se tornaram expressos por força da Lei nº 
9.784/99. 
Dos direitos e deveres dos Administrados 
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Em sua parte específica a Lei de Processo
Administrativo dispõe expressamente de alguns direitos dos
Administrados. 
Nesse sentido, dispõe que é direito do administrado de
ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que
deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas
obrigações. 
Assegura também o direito de ter ciência da
tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição
de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles
contidos e conhecer as decisões proferidas, bem como de formular
alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais
serão objeto de consideração pelo órgão competente. 
E, ainda, o direito de se fazer assistir,
facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a
representação, por força de lei, conforme art. 3º que assim
estabelece: 
Art. 3º O administrado tem os seguintes direitos
perante a Administração, sem prejuízo de outros que
lhe sejam assegurados: 
I - ser tratado com respeito pelas autoridades e
servidores, que deverão facilitar o exercício de seus
direitos e o cumprimento de suas obrigações; 
II - ter ciência da tramitaçãodos processos
administrativos em que tenha a condição de
interessado, ter vista dos autos, obter cópias de
documentos neles contidos e conhecer as decisões
proferidas; 
III - formular alegações e apresentar documentos antes
da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo
órgão competente; 
IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado,
salvo quando obrigatória a representação, por força de
lei. 
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É importante dizer que, além de direitos, os
administrados terão deveres que compreendem: 
I - expor os fatos conforme a verdade; 
II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé; 
III - não agir de modo temerário; 
IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e
colaborar para o esclarecimento dos fatos. 
Fases do Processo Administrativo 
O processo administrativo realiza-se sob as seguintes
fases: a) instauração; b) competência; c) instrução; d)
relatório; e) decisão 
Instauração 
O processo administrativo pode se deflagrado de ofício
ou a pedido do interessado. Neste caso, a pedido, será formulado por
meio de requerimento que deverá observar os requisitos legais,
conforme art. 6º, que assim dispõe: 
Art. 6º O requerimento inicial do interessado, salvo
casos em que for admitida solicitação oral, deve ser
formulado por escrito e conter os seguintes dados: 
I - órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;
II - identificação do interessado ou de quem o
represente; 
III - domicílio do requerente ou local para recebimento
de comunicações; 
IV - formulação do pedido, com exposição dos fatos e
de seus fundamentos; 
V - data e assinatura do requerente ou de seu
representante. 
Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa
imotivada de recebimento de documentos, devendo o
servidor orientar o interessado quanto ao suprimento 
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de eventuais falhas. 
Art. 7º Os órgãos e entidades administrativas deverão
elaborar modelos ou formulários padronizados para
assuntos que importem pretensões equivalentes. 
Art. 8º Quando os pedidos de uma pluralidade de
interessados tiverem conteúdo e fundamentos
idênticos, poderão ser formulados em um único
requerimento, salvo preceito legal em contrário. 
Com efeito, a Lei 9.784/99, em art. 9º, elenca os
legitimados, ou seja, interessados a requerer a abertura de processo
administrativo, sendo: 
I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como
titulares de direitos ou interesses individuais ou no
exercício do direito de representação; 
II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm
direitos ou interesses que possam ser afetados pela
decisão a ser adotada; 
III - as organizações e associações representativas, no
tocante a direitos e interesses coletivos; 
IV - as pessoas ou as associações legalmente
constituídas quanto a direitos ou interesses difusos. 
Competência 
Na condução do processo administrativo, a Lei
estabelece a competência, ou seja, o poder legal conferido a um
órgão ou agente público para realização de certos atos. 
Nesse sentido, cumpre dizer que a competência tem
uma característica fundamental, que é ser irrenunciável, embora
possa ser objeto de delegação ou avocação quando legalmente
admitido. 
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Com efeito, a competência poderá ser delegada a
outro órgão ou titular, subordinado ou não, por circunstâncias de
índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial, salvo quando
se tratar de: 
 Edição de atos de caráter normativo;
 Decisão de recursos administrativos; 
 Matérias de competência exclusiva; 
Nos termos do art. 14 da Lei, a delegação e sua
revogação deverá ser publicada no meio oficial, podendo a delegação
ser revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante. 
O ato de delegação especificará as matérias e poderes
transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os
objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva
de exercício da atribuição delegada, e o ato considera-se editado pelo
delegado, conforme o seguinte: 
Art. 14. 
§ 3º As decisões adotadas por delegação devem
mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-
se-ão editadas pelo delegado. 
Permite-se, ainda, em caráter excepcional e por
motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária
de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. 
Ademais, cumpre ressaltar que, inexistindo
competência legal específica, o processo administrativo deverá ser
iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir. 
Do impedimento e suspeição 
Conforme art. 18 da Lei 9.784/99 é impedido de atuar
em processo administrativo o servidor ou autoridade que: 
 Tenha interesse direto ou indireto na matéria; 
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 Tenha participado ou venha a participar como
perito, testemunha ou representante, ou se tais
situações ocorrem quanto ao cônjuge,
companheiro ou parente e afins até o terceiro
grau; 
 Esteja litigando judicial ou administrativamente
com o interessado ou respectivo cônjuge ou
companheiro. 
Assim, é dever do agente ou autoridade, conforme o
art. 19, de comunicar tal fato à autoridade competente, abstendo-se
de atuar, na medida em que a omissão do dever de comunicar o
impedimento constitui falta grave, para efeitos disciplinares. 
A suspeição do servidor ou autoridade poderá ser
quando tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos
interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros,
parentes e afins até o terceiro grau, conforme o seguinte: 
Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou
servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória
com algum dos interessados ou com os respectivos
cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro
grau. 
Observe-se que o indeferimento de alegação de
suspeição poderá ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo,
conforme art. 21 da Lei 9.784/99. 
Da forma, tempo e Lugar dos atos do Processo 
Os atos do processo administrativo não dependem de
forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir.
Significa dizer que a forma não é essencial senão quando a lei a
exigir como tal. 
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Por isso, quando a lei não estabelecer que a forma é
essencial e se o ato for praticado por outra forma, mas alcançar sua
finalidade, não haverá nulidade. 
A Lei, em seu artigo 22, estabelece uma série de
exigências, quanto à forma, tempo e local dos atos do processo
administrativo. Assim, quanto à forma dispõe: 
Art. 22. Os atos do processo administrativo não
dependem de forma determinada senão quando a lei
expressamente a exigir. 
§ 1º Os atos do processo devem ser produzidos por
escrito, em vernáculo, com a data e o local de sua
realização e a assinatura da autoridade responsável. 
§ 2º Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma
somente será exigido quando houver dúvida de
autenticidade. 
§ 3º A autenticação de documentos exigidos em cópia
poderá ser feita pelo órgão administrativo.§ 4º O processo deverá ter suas páginas numeradas
sequencialmente e rubricadas. 
No tocante ao lugar e tempo, determina o art. 23 que
“os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no
horário normal de funcionamento da repartição na qual
tramitar o processo”, e preferencialmente na sede do órgão,
cientificando-se o interessado se outro for o local de realização (art. 
25). 
No entanto, serão concluídos depois do horário normal
os atos já iniciados, cujo adiamento prejudique o curso regular do
procedimento ou cause dano ao interessado ou à Administração. 
Em regra, o prazo para a pratica dos atos é de cinco
dias, salvo motivo de força maior. conforme art. 24: 
Art. 24. Inexistindo disposição específica, os atos do
órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos 
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administrados que dele participem devem ser
praticados no prazo de cinco dias, salvo motivo de força
maior. 
Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser
dilatado até o dobro, mediante comprovada
justificação. 
Da comunicação dos atos 
No tocante à comunicação dos atos, determina o art.
26 da Lei que o órgão competente perante o qual tramita o processo
administrativo determinará a intimação do interessado para ciência
de decisão ou a efetivação de diligências. 
Com efeito, estabelece o art. 28 que devem ser objeto
de intimação os atos do processo que resultem para o interessado em
imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de
direitos e atividades e os atos de outra natureza, de seu interesse. 
A intimação deverá, obrigatoriamente, conter os
seguintes requisitos: 
Art. 26 
§ 1º A intimação deverá conter: 
I - identificação do intimado e nome do órgão ou
entidade administrativa; 
II - finalidade da intimação; 
III - data, hora e local em que deve comparecer; 
IV - se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou
fazer-se representar; 
V - informação da continuidade do processo
independentemente do seu comparecimento; 
VI - indicação dos fatos e fundamentos legais
pertinentes. 
Além disso, deverá observar a antecedência mínima
de três dias úteis quanto à data de comparecimento. 
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A intimação poderá ser efetuada por ciência no
processo, por via postal com aviso de recebimento, por
telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do
interessado. 
No entanto, no caso de interessados indeterminados,
desconhecidos ou com domicílio indefinido, a intimação deve ser
efetuada por meio de publicação oficial. 
As intimações serão nulas quando feitas sem
observância das prescrições legais, mas o comparecimento do
administrado supre sua falta ou irregularidade. 
É importante destacar que no âmbito do processo
administrativo não se aplica os efeitos da revelia, conforme prescreve
o art. 27 ao dispor que: 
Art. 27. O desatendimento da intimação não importa o
reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia
a direito pelo administrado. 
Parágrafo único. No prosseguimento do processo, será
garantido direito de ampla defesa ao interessado. 
Instrução 
A instrução é atividade destinada a averiguar e
comprovar os dados necessários à tomada de decisão. Assim, tal fase
realiza-se de ofício ou mediante impulsão do órgão responsável pelo
processo, sem prejuízo do direito dos interessados de propor
atuações probatórias, conforme preconiza o art. 29, que assim
expressa: 
Art. 29. As atividades de instrução destinadas a
averiguar e comprovar os dados necessários à tomada
de decisão realizam-se de ofício ou mediante impulsão
do órgão responsável pelo processo, sem prejuízo do
direito dos interessados de propor atuações
probatórias. 
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§ 1º O órgão competente para a instrução fará constar
dos autos os dados necessários à decisão do processo.
§ 2º Os atos de instrução que exijam a atuação dos
interessados devem realizar-se do modo menos
oneroso para estes. 
Com efeito, são inadmissíveis no processo
administrativo as provas obtidas por meios ilícitos. 
Quando a matéria do processo envolver assunto de
interesse geral, o órgão competente poderá, mediante despacho
motivado, abrir período de consulta pública para manifestação de
terceiros, antes da decisão do pedido, se não houver prejuízo para a
parte interessada. 
Poderá, ainda, ser realizada audiência pública a fim de
subsidiar a tomada de decisão, conforme o seguinte: 
Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da
autoridade, diante da relevância da questão, poderá ser
realizada audiência pública para debates sobre a
matéria do processo. 
É relevante destacar que a Lei de Processo
Administrativo é extremamente avançada, já trazendo a previsão da
participação de entidades representativas, quando houver direitos ou
interesses difusos ou coletivos sendo objetos do processo. Nesses
termos dispõe: 
Art. 33. Os órgãos e entidades administrativas, em
matéria relevante, poderão estabelecer outros meios de
participação de administrados, diretamente ou por meio
de organizações e associações legalmente
reconhecidas. 
Art. 34. Os resultados da consulta e audiência pública e
de outros meios de participação de administrados
deverão ser apresentados com a indicação do
procedimento adotado. 
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Art. 35. Quando necessária à instrução do processo, a
audiência de outros órgãos ou entidades
administrativas poderá ser realizada em reunião
conjunta, com a participação de titulares ou
representantes dos órgãos competentes, lavrando-se a
respectiva ata, a ser juntada aos autos. 
Aplica-se aqui a regra de que quem alega deve provar.
Assim, conforme art. 36, cabe ao interessado a prova dos fatos que
tenha alegado, sem prejuízo do dever atribuído ao órgão competente
para a instrução, podendo juntar os documentos, pareceres, ou
requerer o que for pertinente, conforme o seguinte: 
Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutória e
antes da tomada da decisão, juntar documentos e
pareceres, requerer diligências e perícias, bem como
aduzir alegações referentes à matéria objeto do
processo. 
§ 1º Os elementos probatórios deverão ser
considerados na motivação do relatório e da decisão. 
§ 2º Somente poderão ser recusadas, mediante decisão
fundamentada, as provas propostas pelos interessados
quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou
protelatórias. 
Contudo, prevê o art. 37 que “quando o interessado 
declarar que fatos e dados estão registrados em documentos
existentes na própria Administração responsável pelo
processo ou em outro órgão administrativo, o órgão
competente para a instrução proverá, de ofício, à obtenção
dos documentos ou das respectivas cópias”. 
Conforme art. 41 da Lei 9.784/99, os interessados
serão intimados de prova ou diligência ordenada, com antecedência
mínima de três dias úteis, mencionando-se data, hora e local de
realização. 
É importante observar que quando deva ser 
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obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo,o parecer
deverá ser emitido no prazo máximo de quinze dias, salvo
norma especial ou comprovada necessidade de maior prazo. 
Nesse sentido, se um parecer obrigatório e vinculante
deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo não terá
seguimento até a respectiva apresentação, responsabilizando-se
quem der causa ao atraso. 
Por outro lado, se for um parecer obrigatório e não
vinculante, e deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo
poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem
prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no atendimento. 
Assim, encerrada a instrução, o interessado terá o
direito de manifestar-se no prazo máximo de dez dias, salvo se
outro prazo for legalmente fixado, conforme o seguinte: 
Art. 44. Encerrada a instrução, o interessado terá o
direito de manifestar-se no prazo máximo de dez dias,
salvo se outro prazo for legalmente fixado. 
Art. 45. Em caso de risco iminente, a Administração
Pública poderá motivadamente adotar providências
acauteladoras sem a prévia manifestação do
interessado. 
Art. 46. Os interessados têm direito à vista do processo
e a obter certidões ou cópias reprográficas dos dados e
documentos que o integram, ressalvados os dados e
documentos de terceiros protegidos por sigilo ou pelo
direito à privacidade, à honra e à imagem. 
Relatório 
É a descrição de todos os elementos do processo, ou
seja, a fase em que se faz a análise dos fatos e provas constantes
dos autos a fim de subsidiar a apreciação do caso pela autoridade
administrativa, conforme art. 47 que assim dispõe: 
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Art. 47. O órgão de instrução que não for competente
para emitir a decisão final elaborará relatório indicando
o pedido inicial, o conteúdo das fases do procedimento
e formulará proposta de decisão, objetivamente
justificada, encaminhando o processo à autoridade
competente. 
Decisão 
É a fase final do processo. É o julgamento do que se
requereu, ou seja, é a análise quanto ao que se discute no processo.
Com efeito, conforme art. 48, a Administração tem o dever de
explicitamente emitir decisão nos processos administrativos e sobre
solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência. 
Desse modo, concluída a instrução de processo
administrativo, a Administração tem o prazo de até 30 (trinta)
dias para decidir, salvo prorrogação por igual período
expressamente motivada (art. 49). 
Motivação 
Nos termos da Lei nº 9.784/99, art. 50, os atos
administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos, quando: 
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses 
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou
sanções 
III - decidam processos administrativos de concurso ou
seleção pública 
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de
processo licitatório 
V - decidam recursos administrativos 
VI - decorram de reexame de ofício 
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a
questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas
e relatórios oficiais 
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VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou
convalidação de ato administrativo. 
Extinção do Processo 
O interessado poderá, mediante manifestação escrita,
desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda,
renunciar a direitos disponíveis. 
Havendo vários interessados, a desistência ou renúncia
atinge somente quem a tenha formulado. 
A desistência ou renúncia do interessado, conforme o
caso, não prejudica o prosseguimento do processo, se a
Administração considerar que o interesse público assim o exige. 
O órgão competente poderá declarar extinto o processo
quando exaurida sua finalidade ou o objeto da decisão se tornar
impossível, inútil ou prejudicado por fato superveniente. 
Recurso Administrativo 
O recurso administrativo será interposto, por razão de
legalidade e/ou de mérito, para a autoridade que proferiu a
decisão, que se não o reconsiderar, no prazo de cinco dias,
encaminhará para a autoridade competente, conforme estabelece o
art. 56: 
Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em
face de razões de legalidade e de mérito. 
§ 1º O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a
decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco
dias, o encaminhará à autoridade superior. 
§ 2º Salvo exigência legal, a interposição de recurso
administrativo independe de caução. 
§ 3º Se o recorrente alegar que a decisão
administrativa contraria enunciado da súmula
vinculante, caberá à autoridade prolatora da decisão 
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impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, antes de
encaminhar o recurso à autoridade superior, as razões
da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula,
conforme o caso. (Incluído pela Lei nº 11.417, de
2006). 
Observe, portanto, que no âmbito do Processo
Administrativo não teremos uma petição exclusiva contendo o pedido
de reconsideração, este é inerente ao próprio recurso. 
Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem
efeito suspensivo. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou
incerta reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou
a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito
suspensivo ao recurso. 
Ademais, cumpre dizer que, salvo exigência legal, a
interposição de recurso administrativo independe de caução, o que,
inclusive, foi afastado pelo Supremo Tribunal Federal ao entender que
é inconstitucional a exigência de caução, depósito prévio ou garantia
para a interposição de recurso administrativo. 
Observe que o recurso administrativo tramitará no
máximo por três instâncias administrativas, salvo disposição legal
diversa. 
Quem poderá interpor o recurso? Nesse sentido, a Lei
de Processo estabelece os seguintes legitimados: 
 Titulares de direitos e interesses que forem parte
no processo; 
 Aqueles cujos direitos ou interesses forem
indiretamente afetados pela decisão recorrida; 
 Organizações e associações representativas, no
tocante a direitos e interesses coletivos; 
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 Cidadãos ou associações, quanto a direitos ou
interesses difusos. 
A lei estabelece que, salvo disposição legal específica, é
de 10 (dez) dias o prazo para interposição de recurso
administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da
decisão recorrida. 
E, nesse aspecto, conforme §1º do art. 59, o recurso
administrativo deverá ser decidido no prazo máximo de 30 (trinta)
dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão competente, salvo
outra previsão legal. 
Referido prazo poderá ser prorrogado por igual período,
ante justificativa explícita. 
O recurso não será conhecido quando for intempestivo
(interposto fora do prazo), interposto perante órgão incompetente,
faltar interesse recursal (interposto por quem não seja legitimado) ou
ainda quando interposto após exaurida a esfera administrativa
(preclusão administrativa). 
De todo modo, o não conhecimento do recurso não
impede a Administração de rever de ofício o ato ilegal, desde que não
ocorrida preclusão administrativa, de modo que poderá agravar ou
atenuara punição aplicada. Contudo, em caso de agravamento,
deverá ser cientificado o administrado para que formule suas
alegações antes da decisão, conforme o seguinte: 
Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso
poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou
parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de
sua competência. 
Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste
artigo puder decorrer gravame à situação do
recorrente, este deverá ser cientificado para que
formule suas alegações antes da decisão. 
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Revisão 
Conforme art. 65 da Lei 9.784/99, os processos
administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a
qualquer tempo, a pedido ou de ofício, desde que surjam fatos novos
ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação
da sanção aplicada. 
Contudo, da revisão do processo não poderá resultar
agravamento da sanção, ou seja, a revisão é sempre em benefício do
réu. 
Dos prazos 
Os prazos processuais começam a correr a partir da
data da cientificação oficial, excluindo-se da contagem o dia do
começo e incluindo-se o do vencimento, de modo que, salvo motivo
de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais não
se suspendem. 
Com efeito, os prazos expressos em dias conta-se de
modo contínuo, e os fixados em meses ou anos contam-se de data a
data. Assim, se no mês do vencimento não houver o dia equivalente
àquele do início do prazo, tem-se como termo o último dia do mês. 
De todo modo, considera-se prorrogado o prazo até o
primeiro dia útil seguinte se o vencimento cair em dia em que não
houver expediente ou este for encerrado antes da hora normal. 
Dito isso, vamos às questões. 
QUESTÕES COMENTADAS 
1. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/MT –
CESPE/2010) Segundo previsão legal expressa na Lei nº 
9.784/99, as normas básicas ali consignadas quanto ao 
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processo administrativo aplicam-se no âmbito da União, dos
estados e dos municípios, nas esferas dos distintos poderes. 
Comentário: 
A Lei nº 9.784/99, lei de processo administrativo, é
uma lei federal, de modo que somente é aplicada no âmbito da União,
conforme estabelece o art. 1º, assim expresso: 
Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o
processo administrativo no âmbito da Administração
Federal direta e indireta, visando, em especial, à
proteção dos direitos dos administrados e ao melhor
cumprimento dos fins da Administração. 
§ 1º Os preceitos desta Lei também se aplicam aos
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União,
quando no desempenho de função administrativa. 
Gabarito: Errado. 
2. (ANALISTA PROCESSUAL – MPU – CESPE/2010) A referida
lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo
no âmbito da administração pública direta e indireta, e seus
preceitos também se aplicam aos órgãos dos Poderes
Legislativo e Judiciário, quando no desepenho de função
administrativa. 
Comentário: 
Devemos lembrar que é a Lei nº 9.784/99 uma lei
federal, cuja incidência se dá em toda a Administração Pública
Federal. Assim, tanto vai alcançar o Executivo (que exerce a função
administrativa de forma típica), quanto aos Poderes Judiciário e
Legislativo, no exercício da função administrativa, conforme o
seguinte: 
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Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o
processo administrativo no âmbito da Administração
Federal direta e indireta, visando, em especial, à
proteção dos direitos dos administrados e ao melhor
cumprimento dos fins da Administração. 
§ 1º Os preceitos desta Lei também se aplicam aos
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União,
quando no desempenho de função administrativa. 
Gabarito: Certo. 
3. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – STJ – CESPE/2012) A Lei n.º 
9.784/1999 não se aplica aos órgãos dos Poderes Judiciário e
Legislativo, ainda que no desempenho de funções de natureza
administrativa. 
Comentário: 
Questão idêntica a anterior. O art. 1º, §1º, da Lei nº 
9.784/99 determina a aplicação desta Lei a toda a Administração
Pública Federal, ou seja, ao Poder Executivo, bem como aos poderes
Legislativo e Judiciário no desempenho da função administrativa,
conforme assim dispõe: 
§ 1º Os preceitos desta Lei também se aplicam aos
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União,
quando no desempenho de função administrativa. 
Gabarito: Errado. 
4. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – STJ –
CESPE/2012) Os preceitos dessa lei aplicam-se à
administração pública direta e indireta no âmbito do Poder
Executivo federal, mas não alcançam os Poderes Legislativo e
Judiciário da União, que dispõem de autonomia para editar 
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atos acerca de sua organização e funcionamento quando no
desempenho de função administrativa. 
Comentário: 
Novamente a mesma questão. Então, como se sabe a
Lei nº 9.784/99 aplica-se a toda a Administração Pública Federal,
direta e indireta. Isto é, aplica-se ao Poder Executivo, bem como aos
Poderes Legislativo e Judiciário no desempenho da função
administrativa, conforme art. 1º, §1º, que assim dispõe: 
§ 1º Os preceitos desta Lei também se aplicam aos
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União,
quando no desempenho de função administrativa. 
Gabarito: Errado. 
5. (AFCE – TI – TCU – CESPE/2010) As normas previstas na Lei
nº 9.784/1999, que disciplina o processo administrativo no
âmbito da administração federal, são aplicáveis apenas à
administração federal direta. 
Comentário: 
Como ressaltado, a Lei nº 9.784/99 aplica-se a toda
Administração Pública Federal, seja a direta ou a indireta. 
Gabarito: Errado. 
6. (DEFENSOR PÚBLICO – DPU – CESPE/2010) Com a
publicação da Lei n.º 9.784/1999, que regula o processo
administrativo no âmbito da administração pública federal,
houve significativa melhoria na proteção dos direitos dos
administrados e na execução dos fins da administração
pública. Com relação aos agentes administrativos, aos direitos 
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e deveres dos servidores públicos e ao processo
administrativo, julgue os próximos itens. A lei mencionada
estabelece normas básicas acerca do processo administrativo
somente na administração federal e estadual direta. 
Comentário: 
E agora? Fácil não é? Então, a Lei nº 9.784/99 somente
se aplica a Administração Pública Federal, não alcançando a estadual,
a municipal ou a distrital. 
Gabarito: Errado. 
7. (DEFENSOR PÚBLICO – DPU – CESPE/2010) Carlos, servidor
da Justiça Federal, responde a processo administrativo nesse
órgão e requereu a aplicação da Lei n.º 9.784/1999 no âmbito
desse processo. Nessa situação, é correto afirmar que tal
aplicação é cabível. 
Comentário: 
É corretíssimo o desejo de Carlos, eis que a Justiça
Federal é órgão integrante do Poder Judiciário da União, e como tal,
no exercício da função administrativa, submete-se a disciplina da Lei
de Processo Administrativo (Lei nº 9.784/99), conforme §1º do art.
1º. 
Gabarito: Certo.8. (AGENTE ADMINISTRATIVO – MPS – CESPE/2010) O
processo administrativo, na administração pública federal,
visa à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor
cumprimento dos fins da administração. 
Comentário: 
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Conforme estabelece o art. 1º, Lei nº 9.784/99, o
processo administrativo visa, em especial, à proteção dos direitos dos
administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração. 
Gabarito: Certo. 
9. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MPU – CESPE/2010) De
acordo com a Lei n.º 9.784/1999, entidade é a unidade de
atuação dotada de personalidade jurídica, enquanto
autoridade é o servidor ou agente público dotado de poder de
decisão. 
Comentário: 
Além de órgão que, conforme vimos, nos termos do art.
1º, §2º, a Lei nº 9.784/99, conceitua como sendo uma unidade de
atuação integrante da estrutura da Administração direta e da
estrutura da Administração indireta, traz também em seus
incisos II e III a definição de entidade e de autoridade. 
Entidade, conforme inc. II, §2º, art. 1º, é unidade de
atuação dotada de personalidade jurídica, e conforme inc. III,
autoridade é o servidor ou agente público dotado de poder de
decisão. 
Gabarito: Certo. 
10. (PROFESSOR – IFB – CESPE/2011) Entre os princípios
expressamente consignados na Lei 9.784/99, inclui–se o
relativo à impessoalidade. 
Comentário: 
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A Lei nº 9.784/99 é uma verdadeira lei de direito
administrativo, de modo que incorporou uma série de princípios não
só de processo administrativo, bem como de direito administrativo. 
Assim, em seu o art. 2º e parágrafo único, há a
previsão de diversos princípios, sendo assim expresso: 
Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre
outros, aos princípios da legalidade, finalidade,
motivação, razoabilidade, proporcionalidade,
moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança
jurídica, interesse público e eficiência. 
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão
observados, entre outros, os critérios de: 
I - atuação conforme a lei e o Direito; 
II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a
renúncia total ou parcial de poderes ou competências,
salvo autorização em lei; 
III - objetividade no atendimento do interesse público,
vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades;
IV - atuação segundo padrões éticos de probidade,
decoro e boa-fé; 
V - divulgação oficial dos atos administrativos,
ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na
Constituição; 
VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição
de obrigações, restrições e sanções em medida superior
àquelas estritamente necessárias ao atendimento do
interesse público; 
VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito
que determinarem a decisão; 
VIII – observância das formalidades essenciais à
garantia dos direitos dos administrados; 
IX - adoção de formas simples, suficientes para
propiciar adequado grau de certeza, segurança e
respeito aos direitos dos administrados; 
X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação
de alegações finais, à produção de provas e à 
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interposição de recursos, nos processos de que possam
resultar sanções e nas situações de litígio; 
XI - proibição de cobrança de despesas processuais,
ressalvadas as previstas em lei; 
XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo,
sem prejuízo da atuação dos interessados; 
XIII - interpretação da norma administrativa da forma
que melhor garanta o atendimento do fim público a que
se dirige, vedada aplicação retroativa de nova
interpretação. 
Com efeito, o princípio da impessoalidade não está
expresso dentre os princípios elencados pela Lei de Processo
Administrativo. 
Gabarito: Errado. 
11. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – STJ – CESPE/2012) No
processo administrativo, a norma administrativa deve ser
interpretada de forma a garantir o atendimento do fim público
a que se destine, vedada a aplicação retroativa de nova
interpretação. 
Comentário: 
Conforme estabelece o art. 2º, parágrafo único, inc.
XIII, no processo administrativo deve-se observar a “interpretação da
norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a
que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação”. 
Gabarito: Certo. 
12. (AGENTE ADMINISTRATIVO – PRF – CESPE/2012)
Havendo posterior alteração na interpretação de lei que
embasou a prática de determinado ato administrativo, não 
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poderá a administração aplicar a nova interpretação a esse
ato. 
Comentário: 
De acordo com o art. 2º, parágrafo único, inc. XIII, da
Lei nº 9.784/99, no processo administrativo deve-se observar a
“interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta
o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação
retroativa de nova interpretação”. 
Gabarito: Certo. 
13. (ADMINISTRADOR – CORREIOS – CESPE/2011) Os
princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, embora
não estejam mencionados no texto constitucional, estão
previstos, de forma expressa, na lei que rege o processo
administrativo federal. 
Comentário: 
Conforme art. 2º da Lei nº 9.784/99, a Administração
Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade,
finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade,
ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e
eficiência. 
Vê-se, portanto, que muito embora implícitos na CF/88,
são princípios expressos na Lei nº 9.784/99 a razoabilidade a
proporcionalidade. 
Gabarito: Certo. 
14. (AGENTE ADMINISTRATIVO – MPS – CESPE/2010) os
processos administrativos, busca-se a adequação entre meios 
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e fins, até mesmo com a imposição de obrigações, restrições e
sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias
ao atendimento do interesse público, visando à prevenção das
irregularidades. 
Comentário: 
Prevê o art. 2º, par. único, inc. VI, da Lei nº 9.784/99,
os princípios da proporcionalidade e razoabilidade, ao estabelecer que
se deva observar: 
VI - adequação entre meios e fins, vedada a
imposição de obrigações, restrições e sanções em
medida superior àquelas estritamente necessárias
ao atendimento do interesse público; 
Desse modo, não se pode impor sanções, obrigações e
restrições em medida superior às estritamente necessárias ao
atendimento do interesse público. 
Gabarito: Errado. 
15. (TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – DPU –
CESPE/2010) O princípio da gratuidade não se aplica ao
processo administrativo, considerando-se a necessidade de
cobertura das despesas decorrentes da tramitação. 
Comentário: 
Conforme art. 2º, par. único, inc. XI, no âmbito do
processo administrativo, aplica-se o princípio da gratuidade, eis que
vige a proibição de cobrança de despesas processuais,
ressalvadas as previstas em lei. 
Gabarito: Errado. 
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30 
16. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/ES -
CESPE/2011) Entre os princípios que orientam a condução do
processo administrativo, está o da verdade formal, segundo o
qual a administração pública deve decidir a controvérsia
fundamentando–se somente nas provas produzidas no
processo. 
Comentário: 
Os processos administrativos não são orientados pelo
princípio da verdade formal. O que se busca é a verdade material, ou
seja, atuar de acordo com os fatos e o direito, de modo que a
Administração deverá sempre indicar “os pressupostos de fato e 
de direito que determinarem a decisão”. 
Gabarito: Errado. 
17. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/MG –
CESPE/2013) No processo administrativo, a administração
pública tem o poder-dever de produzir provas com o fim de
atingir a verdade dos fatos, não devendo, por isso, ficar
restrita ao que as partes demonstrarem no procedimento.
Esse pressuposto, conforme a doutrina pertinente, refere-se
ao princípio da verdade material. 
Comentário: 
De fato, no processo administrativo busca-se a verdade
material, tendo a Administração o poder-dever de produzir provas
com o fim de atingir a verdade dos fatos. 
Gabarito: Certo. 
18. (ANALISTA DE CIÊNICAS E TECNOLOGIA JÚNIOR – CNPQ 
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31 
– CESPE/2011) Nos processos administrativos, nova
interpretação dada pela administração pública sobre
determinada matéria deve ser aplicada retroativamente. 
Comentário: 
De acordo com o art. 2º, par. único, inc. XIII, da Lei nº 
9.784/99, deve-se observar que a interpretação da norma
administrativa deve garantir o melhor atendimento ao fim público a
que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova
interpretação. 
Gabarito: Errado. 
19. (TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – DPU –
CESPE/2010) O princípio da obediência à forma e aos
procedimentos tem aplicação absoluta no processo
administrativo, razão pela qual os atos do referido processo
sempre dependem de forma determinada. 
Comentário: 
Aplica-se no âmbito do processo administrativo o
princípio do formalismo moderado ou informalismo, eis que a
Administração adota como critério a observância das formalidades
essenciais à garantia dos direitos dos administrados (inc. VIII). 
Desse modo, devem ser adotadas formas simples,
suficientes para propiciar adequado grau de certeza,
segurança e respeito aos direitos dos administrados (inc. IX). 
Assim, a obediência à forma e aos procedimentos não é
absoluta, sendo exigida somente quando for essencial à pratica do
ato. 
Gabarito: Errado. 
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20. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – PC/ES – CESPE/2011) Os
princípios que informam o processo administrativo são os
mesmos que informam o processo judicial, aplicando–se, com
a mesma intensidade, em um e outro processo. 
Comentário: 
Os princípios que informam o processo administrativo
não são os mesmos que informam o processo judicial, o que também
não se aplica com a mesma intensidade. Por exemplo, no âmbito
judicial aplica-se o princípio da verdade formal, no administrativo
não. No judicial aplica-se o princípio da demanda ou inércia, no
administrativo, o da oficialidade ou impulso oficial. 
Gabarito: Errado. 
21. (ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MS –
CESPE/2010) O princípio da acessibilidade aos elementos do
expediente significa que deve ser facultado à parte o exame
de toda a documentação constante dos autos do processo
administrativo. 
Comentário: 
Conforme estabelece o art. 2º, par. único, inc. X, da Lei
nº 9.784/99, são garantidos ao administrado os direitos à
comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de
provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam
resultar sanções e nas situações de litígio. 
Nesse sentido, em conformidade com o princípio da
acessibilidade, é direito do administrado ter conhecimento de todos
os documentos que conste de processo no qual figure como 
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interessado, conforme prevê o art. 3º, inc. II, da Lei nº 9.784/99,
verbis: 
Art. 3º O administrado tem os seguintes direitos
perante a Administração, sem prejuízo de outros que
lhe sejam assegurados: 
II - ter ciência da tramitação dos processos
administrativos em que tenha a condição de
interessado, ter vista dos autos, obter cópias de
documentos neles contidos e conhecer as
decisões proferidas; 
Gabarito: Certo. 
22. (ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MS –
CESPE/2010) A lei que regula o processo administrativo no
âmbito da administração pública federal assegura ao
administrado a possibilidade de fazer-se assistido por
advogado. 
Comentário: 
Conforme prescreve o art. 3º da Lei nº 9.784/99, além
dos direitos e garantias constitucionais, o administrado tem os
seguintes direitos: 
I - ser tratado com respeito pelas autoridades e
servidores, que deverão facilitar o exercício de seus
direitos e o cumprimento de suas obrigações; 
II - ter ciência da tramitação dos processos
administrativos em que tenha a condição de
interessado, ter vista dos autos, obter cópias de
documentos neles contidos e conhecer as decisões
proferidas; 
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III - formular alegações e apresentar documentos antes
da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo
órgão competente; 
IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado,
salvo quando obrigatória a representação, por força de
lei. 
Dessa forma, observa-se que o administrado poderá se
fazer assistir, facultativamente, por advogado, não sendo obrigatória
a presença deste no âmbito dos processos administrativos, salvo
quando a lei expressamente a exigir. 
Nesse sentido, é importante destacar, o STF editou a
súmula vinculante nº 05, na qual estabelece não ser obrigatória a
presença de advogado em processo administrativo disciplinar. 
Súmula Vinculante 5 - A falta de defesa técnica
por advogado no processo administrativo
disciplinar não ofende a Constituição. 
Gabarito: Certo. 
23. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ANAC – CESPE/2012) No
processo administrativo, o administrado será,
obrigatoriamente, assistido por advogado, de modo que lhe
sejam garantidos a ampla defesa e o contraditório. 
Comentário: 
De acordo com o art. 3º, inc. IV, da Lei nº 9.784/99, o
administrado poderá se fazer assistir, facultativamente, por
advogado. 
Gabarito: Errado. 
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35 
24. (JUIZ – TJ/AC – CESPE/2012) A jurisprudência do STF
firmou o entendimento de que é obrigatória a presença de
advogado em todas as fases do processo administrativo
disciplinar. 
Comentário: 
Nos termos da Súmula Vinculante nº 05, a falta de
defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar
não ofende a Constituição. 
Gabarito: Errado. 
25. (TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – DPU –
CESPE/2010) O denominado princípio da oficialidade não tem
aplicação no âmbito do processo administrativo, pois a
instauração do processo depende de provocação do
administrado. 
Comentário:Aplica-se no âmbito do processo administrativo o
princípio da oficialidade, eis que os processos administrativos podem
ser instaurados de ofício, conforme estabelece o art. 2º, inc. XII, c/c
art. 5º, ambos da Lei nº 9.784/99: 
Art. 2º. 
XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo,
sem prejuízo da atuação dos interessados; 
Art. 5º O processo administrativo pode iniciar-se de
ofício ou a pedido de interessado. 
Gabarito: Errado. 
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26. (TODOS OS CARGOS – SUPERIOR – ANEEL –
CESPE/2010) A administração pública pode,
independentemente de provocação do administrado, instaurar
processo administrativo, como decorrência da aplicação do
princípio da oficialidade. 
Comentário: 
O princípio do impulso oficial é um dos mais cobrados
quando se trata dessa Lei. Então, é exatamente isso! Ou seja, a
instauração de processo pode ocorrer de ofício ou mediante
provocação. 
Então, o princípio da oficialidade permite que a
Administração Pública, independentemente de provocação, instaure
processo administrativo. 
Gabarito: Certo. 
27. (ADMINISTRADOR – CORREIOS – CESPE/2011) O
processo administrativo pode ser instaurado exclusivamente a
requerimento do interessado; no entanto, caso se caracterize
flagrante conduta ilegal do servidor, o processo administrativo
pode ser instaurado de ofício. 
Comentário: 
Novamente. O processo não é instaurado
exclusivamente por requerimento, eis que pode ser instaurado de
ofício pela Administração. 
Gabarito: Errado. 
28. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRAÇÃO – STM –
CESPE/2011) O interessado corresponde ao motivador do 
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processo administrativo, cujo início sempre deve ser dado por
meio de pedido formal de uma das partes. 
Comentário: 
Nem sempre o início do processo se dá por meio formal
(requerimento) de uma as partes. É que pode ser instaurado de ofício
pela Administração. 
Gabarito: Errado. 
29. (ANALISTA PROCESSUAL – MPU – CESPE/2010) O
processo administrativo pauta-se por uma série de princípios
que devem ser observados pelas autoridades, entre os quais
se inclui o impulso de ofício, que lhes permite adotar as
medidas necessárias à adequada instrução do processo. 
Comentário: 
De fato, o princípio do impulso oficial (oficialidade)
determina que a Administração adote as medidas necessárias a
adequada instrução processual, sem prejuízo da atuação do
interessado, conforme estabelece o art. 2º, inc. XII e art. 29, caput e
§1º: 
Art. 2º. 
XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo,
sem prejuízo da atuação dos interessados; 
Art. 29. As atividades de instrução destinadas a
averiguar e comprovar os dados necessários à tomada
de decisão realizam-se de ofício ou mediante
impulsão do órgão responsável pelo processo, 
sem prejuízo do direito dos interessados de 
propor atuações probatórias. 
§ 1º O órgão competente para a instrução fará constar 
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dos autos os dados necessários à decisão do processo. 
Gabarito: Certo. 
30. (TÉCNICO EM COMUNICAÇÕES SOCIAL – MPS –
CESPE/2010) Para fins de processo administrativo, são
capazes os maiores de dezoito anos de idade, exceto os casos
com previsão especial em ato normativo próprio. 
Comentário: 
A lei de processo administrativo, de fato, em seu art.
10, prescreve que são capazes, para o processo administrativo, os
maiores de dezoito anos, nos seguintes termos: 
Art. 10. São capazes, para fins de processo
administrativo, os maiores de dezoito anos,
ressalvada previsão especial em ato normativo
próprio. 
Gabarito: Certo. 
31. (TÉCNICO DE CONTABILIDADE – MS – CESPE/2010) É
possível que um órgão administrativo e seu titular, se não
houver impedimento legal, deleguem parte da sua
competência a outros órgãos ou titulares, desde que estes lhe
sejam hierarquicamente subordinados, quando for
conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica,
social, econômica, jurídica ou territorial. 
Comentário: 
Dispõe o art. 11 da Lei nº 9.784/99 que “a competência 
é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi
atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação 
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legalmente admitidos”. 
Todavia, é possível ao agente público delegar, parcial e
temporariamente, suas atribuições, se e quando a lei permitir, de
modo que nesta situação ele poderá revogar a delegação a
qualquer tempo, não se tratando, portanto, de renúncia ou
transferência de sua competência. 
Delegação é a transmissão de poderes para que
outrem realize certos atos pelo agente delegante. E, avocar é
chamar para si certos poderes de outro agente. 
Com efeito, não é vedada a delegação e avocação de
competências. Todavia, deverão ser exercidas nos limites e termos
permitidos por lei. 
Assim, devemos observar que a regra, atualmente, é
a possibilidade de delegação, conforme dispõe a Lei nº 9.784/99,
na medida em que, conforme estabelece o art. 13, somente é
vedada a delegação de: a) edição de atos de caráter
normativo; b) a decisão de recursos administrativos; c) as
matérias de competências exclusivas do órgão ou autoridade. 
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão,
se não houver impedimento legal, delegar parte da sua
competência a outros órgãos ou titulares, ainda que
estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados,
quando for conveniente, em razão de circunstâncias de
índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo
aplica-se à delegação de competência dos órgãos
colegiados aos respectivos presidentes. 
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: 
I - a edição de atos de caráter normativo; 
II - a decisão de recursos administrativos; 
III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou
autoridade. 
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Diante disso, pode-se concluir que a delegação pode
ocorrer quando: a) não existir impedimento legal; b) houver
conveniência administrativa em razão de circunstâncias de índole
técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. 
Não poderá, no entanto, ser total, deve ser apenas de
parcela da competência e tem que ser temporária, ou seja, feita por
prazo determinado. 
É importante mencionar que a delegação poderá ser
feita para órgão ou agentes que estejam subordinados à autoridade
delegante, como também poderá ser feita quando não exista
subordinação hierárquica. Significa dizer que o delegado, ou seja,
aquele que recebe a delegação, órgão ou agente, não precisa ser
necessariamente subordinado ao delegante, poderá não haver tal
subordinação. 
O ato de delegação, conforme determina a Lei, deverá
conter a matéria e os poderes transferidos, os limites da atuação do
delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível,
podendo conter ressalva de exercício de atribuições delegada. 
Assim, os atos praticados pelo delegado, no exercício
da delegação, deverão constar tal fato, ou seja, que age na qualidade
dedelegado, de modo que os atos que praticar nessa condição
deverão ser considerados editados pelo delegado. 
Por fim, o ato de delegação poderá a qualquer
momento ser revogado pelo delegante, devendo, tanto este ato
como o da própria delegação ser publicados no meio oficial. 
Gabarito: Errado. 
32. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) Elemento do ato
administrativo, a competência se exerce pelos órgãos
administrativos a que foi atribuída como própria, sendo, 
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portanto, irrenunciável e indelegável, quer pela vontade da
administração, quer por acordo com terceiros. 
Comentário: 
A competência poderá ser delegada por vontade da
Administração já que existe autorização legal para isso. Veja que
nesse sentido dispõem os arts. 11 e 12 da Lei nº 9.784/99: 
Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos
órgãos administrativos a que foi atribuída como própria,
salvo os casos de delegação e avocação legalmente
admitidos. 
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se
não houver impedimento legal, delegar parte da sua
competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes
não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for
conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica,
social, econômica, jurídica ou territorial. 
Gabarito: Errado. 
33. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – CESPE/2012) A
competência atribuída ao órgão administrativo para exame do
processo pode ser objeto de renúncia, delegação e avocação. 
Comentário: 
De acordo com o art. 11 da Lei nº 9.784/99, a
competência é irrenunciável. 
Gabarito: Errado. 
34. (ANALISTA DE INFORMÁTICA – MPU – CESPE/2010) No
que se refere à competência dos órgãos administrativos, a Lei 
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n.º 9.784/1999 admite expressamente a delegação de
competência para a edição de atos de caráter normativo. 
Comentário: 
Observamos que não poderá ser objeto de delegação: 
a) edição de atos de caráter normativo; b) a decisão de recursos
administrativos; c) as matérias de competências exclusivas do órgão
ou autoridade, de acordo com o art. 13 da Lei nº 9.784/99: 
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: 
I - a edição de atos de caráter normativo; 
II - a decisão de recursos administrativos; 
III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou
autoridade. 
Gabarito: Errado. 
35. (TODOS OS CARGOS – MS – CESPE/2010) De acordo com
a legislação de regência, a edição de atos de caráter
normativo pode ser objeto de delegação. 
Comentário: 
Não poderá ser objeto de delegação a edição de ato
normativo, a decisão de recurso administrativo e matéria de
competência exclusiva. 
Gabarito: Errado. 
36. (ANALISTA EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA JÚNIOR – CNPQ 
– CESPE/2011) Não pode ser objeto de delegação a
competência para decidir sobre recursos administrativos. 
Comentário: 
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Conforme art. 13 da Lei nº 9.784/99, não poderá ser
objeto de delegação a edição de ato normativo, a decisão de recurso
administrativo e matéria de competência exclusiva. 
Gabarito: Certo. 
37. (ANALISTA AMBIENTAL I – MMA – CESPE/2011) Um
órgão administrativo e seu titular podem delegar
competências a outros que não lhe sejam hierarquicamente
subordinados, cabendo, como objeto de delegação, entre
outros, a edição de atos normativos e a decisão de recursos
administrativos. 
Comentário: 
De fato, um órgão administrativo e seu titular podem
delegar competências a outros que não lhe sejam hierarquicamente
subordinados. Contudo, nos termos do art. 13 da Lei nº 9.784/99,
não poderá ser objeto de delegação a edição de ato normativo, a
decisão de recurso administrativo e matéria de competência
exclusiva. 
Gabarito: Errado. 
38. (ANALISTA JUDICIÁRIO - ADMINISTRATIVA – TRE/RJ –
CESPE/2012) A decisão de recursos administrativos no âmbito
do processo administrativo na administração pública federal
não pode ser objeto de delegação. 
Comentário: 
A decisão de recurso administrativo não pode ser
objeto de delegação (art. 13, inc. II, da Lei nº 9.784/99). 
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44 
Gabarito: Certo. 
39. (JUIZ – TJ/BA – CESPE/2012) Um órgão administrativo e
seu titular podem delegar parte da sua competência a outros
órgãos ou titulares, incluindo-se a edição de atos normativos. 
Comentário: 
A edição de ato normativo não pode ser objeto de
delegação (art. 13, inc. I, da Lei nº 9.784/99). 
Gabarito: Errado. 
40. (ANALISTA JUDICIÁRIO – STM – EXECUÇÃO DE
MANDADOS CESPE/2011) No âmbito do processo
administrativo, um órgão e seu titular podem, se não houver
impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros
órgãos ou titulares, devendo, tanto o ato de delegação quanto
sua eventual revogação, ser objeto de publicação em meio
oficial. 
Comentário: 
De acordo com o art. 12 da Lei nº 9.784/99, um órgão
administrativo e seu titular podem, se não houver impedimento legal,
delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda
que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for
conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social,
econômica, jurídica ou territorial. 
Assim, como determina o art. 14, o ato de delegação e
sua revogação deverão ser publicados no meio oficial. 
Gabarito: Certo. 
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41. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – PC/ES – CESPE/2011)
Somente em caráter temporário e por motivos relevantes
devidamente justificados é permitida a avocação temporária
de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. 
Comentário: 
Prevê o art. 15 da Lei nº 9.784/99 que somente será
permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes
devidamente justificados, a avocação temporária de competência
atribuída a órgão hierarquicamente inferior. 
Gabarito: Certo. 
42. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ANCINE – CESPE/2012)
Em processo administrativo para a investigação da
participação de servidor público civil em fato determinado,
poderá atuar como membro do órgão responsável pela
investigação servidor que tenha interesse direto na matéria ou
que venha a participar como testemunha no processo. 
Comentário: 
No âmbito do processo administrativo, conforme art. 18
da lei reguladora, esta impedido de atuar o servidor ou autoridade
que: 
I - tenha interesse direto ou indireto na matéria; 
II - tenha participado ou venha a participar como
perito, testemunha ou representante, ou se tais
situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou
parente e afins até o terceiro grau; 
III - esteja litigando judicial ou administrativamente
com o interessado ou respectivo cônjuge ou
companheiro. 
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Gabarito: Errado. 
43. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) O impedimento, como
hipótese de incapacidade do sujeito de atuar em processo
administrativo, gera uma presunção relativa de incapacidade,
razão pela qual o vício fica sanado senão for arguido pelo
interessado no momento oportuno. 
Comentário: 
Ao contrário da suspeição, o impedimento gera uma
presunção absoluta de incapacidade, de modo que o vício não fica
sanado se não for arguido, sendo causa de nulidade absoluta. É,
inclusive, falta grave da autoridade sua omissão, conforme prescreve
o art. 19, parágrafo único: 
Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em
impedimento deve comunicar o fato à autoridade
competente, abstendo-se de atuar. 
Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o
impedimento constitui falta grave, para efeitos
disciplinares. 
Gabarito: Errado. 
44. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ANÁLISE DE SISTEMAS – STM 
– CESPE/2011) Considere, por hipótese, que João e Maria,
ambos servidores públicos federais, sejam, respectivamente,
tio e sobrinha. Nessa situação hipotética, caso haja processo
administrativo em que João figure como testemunha, Maria
estará impedida de nele atuar. 
Comentário: 
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De acordo com o art. 18, inc. II, parte final, não poderá
participar do processo o parente ou afim, até o terceiro grau, que
tenha participado como testemunha, perito ou representante do
servidor ou autoridade. Portanto, como se trata de tio e sobrinha,
parentes de 3º grau, haverá o impedimento. 
Gabarito: Certo. 
45. (DEFENSOR PÚBLICO – DPU – CESPE/2010) Antônio José
moveu, na justiça comum, ação para responsabilização civil
contra o cônjuge de Sebastião. Nesse mesmo período, no
órgão federal da administração direta em que trabalha, surgiu
a necessidade de Antônio José presidir processo
administrativo contra Sebastião. Nessa situação, Antônio José
está impedido de atuar nesse processo administrativo. 
Comentário: 
De fato, está impedido Antônio José, eis que está
litigando contra o cônjuge de Sebastião, conforme prevê o art. 18,
inc. III, da Lei nº 9.784/99: 
Art. 18. É impedido de atuar em processo
administrativo o servidor ou autoridade que: 
I - tenha interesse direto ou indireto na matéria; 
II - tenha participado ou venha a participar como
perito, testemunha ou representante, ou se tais
situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou
parente e afins até o terceiro grau; 
III - esteja litigando judicial ou administrativamente
com o interessado ou respectivo cônjuge ou
companheiro. 
Gabarito: Certo. 
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46. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – STJ – CESPE/2012) Estará
impedido de atuar no processo administrativo o servidor que
estiver litigando administrativamente com o interessado,
hipótese em que a comunicação do fato deverá ser dirigida à
autoridade competente, sob pena de configurar-se a prática
de falta grave, para fins disciplinares. 
Comentário: 
De fato, de acordo com o art. 18, inc. III, da Lei nº 
9.784/99, está impedido de atuar em processo administrativo o
servidor ou autoridade que esteja litigando judicial ou
administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge ou
companheiro, sendo falta grave a omissão do impedimento. 
Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em
impedimento deve comunicar o fato à autoridade
competente, abstendo-se de atuar. 
Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o
impedimento constitui falta grave, para efeitos
disciplinares. 
Gabarito: Certo. 
47. (AFCE – TI – TCU – CESPE/2010) A suspeição gera
presunção relativa de incapacidade, mas o defeito é sanado se
o interessado não a alegar no momento oportuno. 
Comentário: 
A suspeição, como destaquei, decorre de aspectos
subjetivos e, portanto, deve ser alegados na primeira oportunidade
que a parte vir ao processo, sob pena de preclusão, ou seja, de ficar
sanado o defeito. 
Por isso, dispõe o art. 20 da Lei nº 9.784/99 que pode 
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ser arguida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha
amizade íntima ou inimizade notória com algum dos
interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros,
parentes e afins até o terceiro grau. 
Gabarito: Certo. 
48. (TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO – TCU – CESPE/2012)
O indeferimento da alegação de suspeição pode ser objeto de
recurso, cujos efeitos serão devolutivo e suspensivo. 
Comentário: 
O art. 21 da Lei nº 9.784/99 dispõe que o
indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso,
sem efeito suspensivo. 
Gabarito: Errado. 
49. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ANCINE – CESPE/2012) O
recurso contra o indeferimento da alegação de suspeição terá
efeito suspensivo e devolutivo. 
Comentário: 
Estabelece o art. 21 da Lei nº 9.784/99 que o
indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso,
sem efeito suspensivo. 
Gabarito: Errado. 
50. (PROCURADOR – AGU – CESPE/2010) Os atos do
processo administrativo dependem de forma determinada
apenas quando a lei expressamente a exigir. 
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50 
Comentário: 
De acordo com o art. 2º, par. único, inc. IX, da Lei nº 
9.784/99, vige o princípio do formalismo moderado ou informalismo,
ou seja, adoção de formas simples, suficientes para propiciar
adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos
dos administrados. 
Assim, determina o art. 22, Lei nº 9.784/99, que os
atos do processo administrativo não dependem de forma determinada
senão quando a lei expressamente a exigir. 
Gabarito: Certo. 
51. (JUIZ – TJ/AC – CESPE/2012) Para o atendimento do
interesse público e a proteção dos direitos dos particulares, os
atos do processo administrativo estão sujeitos a formas
determinadas, e, para a garantia da autenticidade e da
segurança dos autos processuais, a legislação exige, como
regra, o reconhecimento de firma e a autenticação dos
documentos apresentados em cópia. 
Comentário: 
De acordo com o art. 22 e seu §2º da Lei nº 9.784/99,
os atos do processo administrativo não dependem de forma
determinada senão quando a lei expressamente a exigir e salvo
imposição legal, o reconhecimento de firma somente será exigido
quando houver dúvida de autenticidade. 
Gabarito: Errado. 
52. (ADMINISTRADOR – CORREIOS – CESPE/2011) As
intimações dos atos administrativos devem obedecer às 
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prescrições legais, contudo, ainda que apresentem algum vício
que as tornem nulas, o comparecimento espontâneo do
administrado suprirá a irregularidade. 
Comentário: 
Prevê o art. 26 da Lei nº 9.784/99 que o órgão
competente perante o qual tramita o processo administrativo
determinará a intimação do interessado para ciência de decisão ou a
efetivação de diligências. 
Assim, a intimação deverá conter: I - identificação do
intimado e nome do órgão ou entidade administrativa; II - finalidade
da intimação; III - data, hora e local em que deve comparecer; IV - 
se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se
representar; V - informação da continuidade do processo
independentemente do seu comparecimento; VI - indicação dos fatos
e fundamentos legais pertinentes. 
A intimação observará a antecedência mínima de três
dias úteis quanto à data de comparecimento.

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