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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá, Hoje vamos estudar o seguinte: AULA 08: 3.8 Processo administrativo. 3.9 Lei nº 9.784/1999. Então, vamos ao que interessa. Processo Administrativo A Lei nº 9.784/99 é lei federal que institui normas básicas sobre processo administrativo, tendo por finalidade a proteção dos direitos dos administrados e o melhor cumprimento dos fins da Administração, conforme dispõe seu art. 1º, assim expresso: Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração. Trata-se de uma lei que estabelece normas gerais sobre processo administrativo. Por isso, não revogou as demais leis específicas, aplicando-se apenas supletivamente às demais espécies de processos administrativos (Processo Administrativo Disciplinar, Processo Administrativo Fiscal, Processos Regulatórios etc). Destaca-se, ademais, que essa Lei é aplicável exclusivamente no âmbito da Administração Pública Federal, de seus órgãos e entidades, ou seja, trata-se de uma lei federal, aplicando-se inclusive no âmbito do Poder Judiciário e Legislativo no exercício da função administrativa. Significa dizer que não se aplicará aos Poderes Legislativo e Judiciário quando se tratar de suas funções típicas, ou seja, não se aplica ao processo legislativo, tampouco aos processos PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 2 judiciais. Contudo, o STJ tem entendimento no sentido de que é cabível a aplicação da Lei nº 9.784/99 aos demais entes federativos de modo supletivo, ou seja, na ausência de lei própria, pode ser aplicada supletivamente a Lei federal. A propósito, para parte da doutrina essa Lei é mais do que uma norma sobre processo administrativo, é, verdadeiramente, uma lei sobre direito administrativo. Observe que a Lei traz algumas definições importantes, conforme seu art. 2º, ao estabelecer que órgão é a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração (direta ou indireta), que entidade é a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica, e autoridade, o servidor ou agente público dotado de poder de decisão. Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração. § 1º Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa. § 2º Para os fins desta Lei, consideram-se: I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta; II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica; III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de poder de decisão. Ademais, de forma primorosa, a Lei de Processo Administrativo cataloga uma série de princípios que orientam a atuação no processo administrativo, tais como: Interesse Público, PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 3 Legalidade, Finalidade, Moralidade, Eficiência, Razoabilidade, Proporcionalidade, Motivação, Ampla Defesa, Contraditório, Segurança Jurídica. Esses princípios, de forma geral, são os constantes da própria Constituição Federal, de forma expressa ou implícita. Por isso, a doutrina administrativa tem entendido que tais princípios, orientadores do processo administrativo, são, em verdade, princípios aplicáveis à atividade da Administração Pública. Em decorrência desses princípios orientadores do processo administrativo, a Lei nº 9.784/99 estabeleceu os denominados critérios, os quais são, de igual de forma, princípios administrativos, compreendendo: Jurisdicidade/Legalidade: atuação conforme a lei e o Direito; Finalidade/Interesse público: atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei; Impessoalidade: objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades; Moralidade: atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé; Publicidade: divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição; Proporcionalidade/razoabilidade: adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público; PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 4 Motivação: indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão; Formalismo: observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados; Formalismo moderado: adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados; Ampla defesa e contraditório: garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio; Vedação de custas ou depósito prévio: proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei; Impulsão oficial: impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados; Interpretação teleológica e segurança jurídica: interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação. Observe, portanto, que alguns princípios então implícitos na Constituição se tornaram expressos por força da Lei nº 9.784/99. Dos direitos e deveres dos Administrados PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 5 Em sua parte específica a Lei de Processo Administrativo dispõe expressamente de alguns direitos dos Administrados. Nesse sentido, dispõe que é direito do administrado de ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações. Assegura também o direito de ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas, bem como de formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente. E, ainda, o direito de se fazer assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei, conforme art. 3º que assim estabelece: Art. 3º O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados: I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações; II - ter ciência da tramitaçãodos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas; III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente; IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 6 É importante dizer que, além de direitos, os administrados terão deveres que compreendem: I - expor os fatos conforme a verdade; II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé; III - não agir de modo temerário; IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos. Fases do Processo Administrativo O processo administrativo realiza-se sob as seguintes fases: a) instauração; b) competência; c) instrução; d) relatório; e) decisão Instauração O processo administrativo pode se deflagrado de ofício ou a pedido do interessado. Neste caso, a pedido, será formulado por meio de requerimento que deverá observar os requisitos legais, conforme art. 6º, que assim dispõe: Art. 6º O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação oral, deve ser formulado por escrito e conter os seguintes dados: I - órgão ou autoridade administrativa a que se dirige; II - identificação do interessado ou de quem o represente; III - domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações; IV - formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos; V - data e assinatura do requerente ou de seu representante. Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 7 de eventuais falhas. Art. 7º Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou formulários padronizados para assuntos que importem pretensões equivalentes. Art. 8º Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento, salvo preceito legal em contrário. Com efeito, a Lei 9.784/99, em art. 9º, elenca os legitimados, ou seja, interessados a requerer a abertura de processo administrativo, sendo: I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses individuais ou no exercício do direito de representação; II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão a ser adotada; III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos; IV - as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou interesses difusos. Competência Na condução do processo administrativo, a Lei estabelece a competência, ou seja, o poder legal conferido a um órgão ou agente público para realização de certos atos. Nesse sentido, cumpre dizer que a competência tem uma característica fundamental, que é ser irrenunciável, embora possa ser objeto de delegação ou avocação quando legalmente admitido. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 8 Com efeito, a competência poderá ser delegada a outro órgão ou titular, subordinado ou não, por circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial, salvo quando se tratar de: Edição de atos de caráter normativo; Decisão de recursos administrativos; Matérias de competência exclusiva; Nos termos do art. 14 da Lei, a delegação e sua revogação deverá ser publicada no meio oficial, podendo a delegação ser revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante. O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada, e o ato considera-se editado pelo delegado, conforme o seguinte: Art. 14. § 3º As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar- se-ão editadas pelo delegado. Permite-se, ainda, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. Ademais, cumpre ressaltar que, inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir. Do impedimento e suspeição Conforme art. 18 da Lei 9.784/99 é impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que: Tenha interesse direto ou indireto na matéria; PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 9 Tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau; Esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro. Assim, é dever do agente ou autoridade, conforme o art. 19, de comunicar tal fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar, na medida em que a omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave, para efeitos disciplinares. A suspeição do servidor ou autoridade poderá ser quando tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau, conforme o seguinte: Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau. Observe-se que o indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo, conforme art. 21 da Lei 9.784/99. Da forma, tempo e Lugar dos atos do Processo Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir. Significa dizer que a forma não é essencial senão quando a lei a exigir como tal. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 10 Por isso, quando a lei não estabelecer que a forma é essencial e se o ato for praticado por outra forma, mas alcançar sua finalidade, não haverá nulidade. A Lei, em seu artigo 22, estabelece uma série de exigências, quanto à forma, tempo e local dos atos do processo administrativo. Assim, quanto à forma dispõe: Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir. § 1º Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com a data e o local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável. § 2º Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será exigido quando houver dúvida de autenticidade. § 3º A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser feita pelo órgão administrativo.§ 4º O processo deverá ter suas páginas numeradas sequencialmente e rubricadas. No tocante ao lugar e tempo, determina o art. 23 que “os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal de funcionamento da repartição na qual tramitar o processo”, e preferencialmente na sede do órgão, cientificando-se o interessado se outro for o local de realização (art. 25). No entanto, serão concluídos depois do horário normal os atos já iniciados, cujo adiamento prejudique o curso regular do procedimento ou cause dano ao interessado ou à Administração. Em regra, o prazo para a pratica dos atos é de cinco dias, salvo motivo de força maior. conforme art. 24: Art. 24. Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 11 administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de cinco dias, salvo motivo de força maior. Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser dilatado até o dobro, mediante comprovada justificação. Da comunicação dos atos No tocante à comunicação dos atos, determina o art. 26 da Lei que o órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo determinará a intimação do interessado para ciência de decisão ou a efetivação de diligências. Com efeito, estabelece o art. 28 que devem ser objeto de intimação os atos do processo que resultem para o interessado em imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos e atividades e os atos de outra natureza, de seu interesse. A intimação deverá, obrigatoriamente, conter os seguintes requisitos: Art. 26 § 1º A intimação deverá conter: I - identificação do intimado e nome do órgão ou entidade administrativa; II - finalidade da intimação; III - data, hora e local em que deve comparecer; IV - se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se representar; V - informação da continuidade do processo independentemente do seu comparecimento; VI - indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes. Além disso, deverá observar a antecedência mínima de três dias úteis quanto à data de comparecimento. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 12 A intimação poderá ser efetuada por ciência no processo, por via postal com aviso de recebimento, por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado. No entanto, no caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílio indefinido, a intimação deve ser efetuada por meio de publicação oficial. As intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais, mas o comparecimento do administrado supre sua falta ou irregularidade. É importante destacar que no âmbito do processo administrativo não se aplica os efeitos da revelia, conforme prescreve o art. 27 ao dispor que: Art. 27. O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado. Parágrafo único. No prosseguimento do processo, será garantido direito de ampla defesa ao interessado. Instrução A instrução é atividade destinada a averiguar e comprovar os dados necessários à tomada de decisão. Assim, tal fase realiza-se de ofício ou mediante impulsão do órgão responsável pelo processo, sem prejuízo do direito dos interessados de propor atuações probatórias, conforme preconiza o art. 29, que assim expressa: Art. 29. As atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar os dados necessários à tomada de decisão realizam-se de ofício ou mediante impulsão do órgão responsável pelo processo, sem prejuízo do direito dos interessados de propor atuações probatórias. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 13 § 1º O órgão competente para a instrução fará constar dos autos os dados necessários à decisão do processo. § 2º Os atos de instrução que exijam a atuação dos interessados devem realizar-se do modo menos oneroso para estes. Com efeito, são inadmissíveis no processo administrativo as provas obtidas por meios ilícitos. Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o órgão competente poderá, mediante despacho motivado, abrir período de consulta pública para manifestação de terceiros, antes da decisão do pedido, se não houver prejuízo para a parte interessada. Poderá, ainda, ser realizada audiência pública a fim de subsidiar a tomada de decisão, conforme o seguinte: Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, diante da relevância da questão, poderá ser realizada audiência pública para debates sobre a matéria do processo. É relevante destacar que a Lei de Processo Administrativo é extremamente avançada, já trazendo a previsão da participação de entidades representativas, quando houver direitos ou interesses difusos ou coletivos sendo objetos do processo. Nesses termos dispõe: Art. 33. Os órgãos e entidades administrativas, em matéria relevante, poderão estabelecer outros meios de participação de administrados, diretamente ou por meio de organizações e associações legalmente reconhecidas. Art. 34. Os resultados da consulta e audiência pública e de outros meios de participação de administrados deverão ser apresentados com a indicação do procedimento adotado. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 14 Art. 35. Quando necessária à instrução do processo, a audiência de outros órgãos ou entidades administrativas poderá ser realizada em reunião conjunta, com a participação de titulares ou representantes dos órgãos competentes, lavrando-se a respectiva ata, a ser juntada aos autos. Aplica-se aqui a regra de que quem alega deve provar. Assim, conforme art. 36, cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do dever atribuído ao órgão competente para a instrução, podendo juntar os documentos, pareceres, ou requerer o que for pertinente, conforme o seguinte: Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada da decisão, juntar documentos e pareceres, requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações referentes à matéria objeto do processo. § 1º Os elementos probatórios deverão ser considerados na motivação do relatório e da decisão. § 2º Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as provas propostas pelos interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias. Contudo, prevê o art. 37 que “quando o interessado declarar que fatos e dados estão registrados em documentos existentes na própria Administração responsável pelo processo ou em outro órgão administrativo, o órgão competente para a instrução proverá, de ofício, à obtenção dos documentos ou das respectivas cópias”. Conforme art. 41 da Lei 9.784/99, os interessados serão intimados de prova ou diligência ordenada, com antecedência mínima de três dias úteis, mencionando-se data, hora e local de realização. É importante observar que quando deva ser PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 15 obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo,o parecer deverá ser emitido no prazo máximo de quinze dias, salvo norma especial ou comprovada necessidade de maior prazo. Nesse sentido, se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo não terá seguimento até a respectiva apresentação, responsabilizando-se quem der causa ao atraso. Por outro lado, se for um parecer obrigatório e não vinculante, e deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no atendimento. Assim, encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se no prazo máximo de dez dias, salvo se outro prazo for legalmente fixado, conforme o seguinte: Art. 44. Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se no prazo máximo de dez dias, salvo se outro prazo for legalmente fixado. Art. 45. Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá motivadamente adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado. Art. 46. Os interessados têm direito à vista do processo e a obter certidões ou cópias reprográficas dos dados e documentos que o integram, ressalvados os dados e documentos de terceiros protegidos por sigilo ou pelo direito à privacidade, à honra e à imagem. Relatório É a descrição de todos os elementos do processo, ou seja, a fase em que se faz a análise dos fatos e provas constantes dos autos a fim de subsidiar a apreciação do caso pela autoridade administrativa, conforme art. 47 que assim dispõe: PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 16 Art. 47. O órgão de instrução que não for competente para emitir a decisão final elaborará relatório indicando o pedido inicial, o conteúdo das fases do procedimento e formulará proposta de decisão, objetivamente justificada, encaminhando o processo à autoridade competente. Decisão É a fase final do processo. É o julgamento do que se requereu, ou seja, é a análise quanto ao que se discute no processo. Com efeito, conforme art. 48, a Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência. Desse modo, concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o prazo de até 30 (trinta) dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada (art. 49). Motivação Nos termos da Lei nº 9.784/99, art. 50, os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório V - decidam recursos administrativos VI - decorram de reexame de ofício VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 17 VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo. Extinção do Processo O interessado poderá, mediante manifestação escrita, desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis. Havendo vários interessados, a desistência ou renúncia atinge somente quem a tenha formulado. A desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, não prejudica o prosseguimento do processo, se a Administração considerar que o interesse público assim o exige. O órgão competente poderá declarar extinto o processo quando exaurida sua finalidade ou o objeto da decisão se tornar impossível, inútil ou prejudicado por fato superveniente. Recurso Administrativo O recurso administrativo será interposto, por razão de legalidade e/ou de mérito, para a autoridade que proferiu a decisão, que se não o reconsiderar, no prazo de cinco dias, encaminhará para a autoridade competente, conforme estabelece o art. 56: Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito. § 1º O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior. § 2º Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe de caução. § 3º Se o recorrente alegar que a decisão administrativa contraria enunciado da súmula vinculante, caberá à autoridade prolatora da decisão PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 18 impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar o recurso à autoridade superior, as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso. (Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006). Observe, portanto, que no âmbito do Processo Administrativo não teremos uma petição exclusiva contendo o pedido de reconsideração, este é inerente ao próprio recurso. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso. Ademais, cumpre dizer que, salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe de caução, o que, inclusive, foi afastado pelo Supremo Tribunal Federal ao entender que é inconstitucional a exigência de caução, depósito prévio ou garantia para a interposição de recurso administrativo. Observe que o recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias administrativas, salvo disposição legal diversa. Quem poderá interpor o recurso? Nesse sentido, a Lei de Processo estabelece os seguintes legitimados: Titulares de direitos e interesses que forem parte no processo; Aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela decisão recorrida; Organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos; PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 19 Cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos. A lei estabelece que, salvo disposição legal específica, é de 10 (dez) dias o prazo para interposição de recurso administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida. E, nesse aspecto, conforme §1º do art. 59, o recurso administrativo deverá ser decidido no prazo máximo de 30 (trinta) dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão competente, salvo outra previsão legal. Referido prazo poderá ser prorrogado por igual período, ante justificativa explícita. O recurso não será conhecido quando for intempestivo (interposto fora do prazo), interposto perante órgão incompetente, faltar interesse recursal (interposto por quem não seja legitimado) ou ainda quando interposto após exaurida a esfera administrativa (preclusão administrativa). De todo modo, o não conhecimento do recurso não impede a Administração de rever de ofício o ato ilegal, desde que não ocorrida preclusão administrativa, de modo que poderá agravar ou atenuara punição aplicada. Contudo, em caso de agravamento, deverá ser cientificado o administrado para que formule suas alegações antes da decisão, conforme o seguinte: Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua competência. Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste artigo puder decorrer gravame à situação do recorrente, este deverá ser cientificado para que formule suas alegações antes da decisão. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 20 Revisão Conforme art. 65 da Lei 9.784/99, os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, desde que surjam fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada. Contudo, da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção, ou seja, a revisão é sempre em benefício do réu. Dos prazos Os prazos processuais começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento, de modo que, salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais não se suspendem. Com efeito, os prazos expressos em dias conta-se de modo contínuo, e os fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Assim, se no mês do vencimento não houver o dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se como termo o último dia do mês. De todo modo, considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se o vencimento cair em dia em que não houver expediente ou este for encerrado antes da hora normal. Dito isso, vamos às questões. QUESTÕES COMENTADAS 1. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/MT – CESPE/2010) Segundo previsão legal expressa na Lei nº 9.784/99, as normas básicas ali consignadas quanto ao PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 21 processo administrativo aplicam-se no âmbito da União, dos estados e dos municípios, nas esferas dos distintos poderes. Comentário: A Lei nº 9.784/99, lei de processo administrativo, é uma lei federal, de modo que somente é aplicada no âmbito da União, conforme estabelece o art. 1º, assim expresso: Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração. § 1º Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa. Gabarito: Errado. 2. (ANALISTA PROCESSUAL – MPU – CESPE/2010) A referida lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da administração pública direta e indireta, e seus preceitos também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, quando no desepenho de função administrativa. Comentário: Devemos lembrar que é a Lei nº 9.784/99 uma lei federal, cuja incidência se dá em toda a Administração Pública Federal. Assim, tanto vai alcançar o Executivo (que exerce a função administrativa de forma típica), quanto aos Poderes Judiciário e Legislativo, no exercício da função administrativa, conforme o seguinte: PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 22 Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração. § 1º Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa. Gabarito: Certo. 3. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – STJ – CESPE/2012) A Lei n.º 9.784/1999 não se aplica aos órgãos dos Poderes Judiciário e Legislativo, ainda que no desempenho de funções de natureza administrativa. Comentário: Questão idêntica a anterior. O art. 1º, §1º, da Lei nº 9.784/99 determina a aplicação desta Lei a toda a Administração Pública Federal, ou seja, ao Poder Executivo, bem como aos poderes Legislativo e Judiciário no desempenho da função administrativa, conforme assim dispõe: § 1º Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa. Gabarito: Errado. 4. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – STJ – CESPE/2012) Os preceitos dessa lei aplicam-se à administração pública direta e indireta no âmbito do Poder Executivo federal, mas não alcançam os Poderes Legislativo e Judiciário da União, que dispõem de autonomia para editar PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 23 atos acerca de sua organização e funcionamento quando no desempenho de função administrativa. Comentário: Novamente a mesma questão. Então, como se sabe a Lei nº 9.784/99 aplica-se a toda a Administração Pública Federal, direta e indireta. Isto é, aplica-se ao Poder Executivo, bem como aos Poderes Legislativo e Judiciário no desempenho da função administrativa, conforme art. 1º, §1º, que assim dispõe: § 1º Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa. Gabarito: Errado. 5. (AFCE – TI – TCU – CESPE/2010) As normas previstas na Lei nº 9.784/1999, que disciplina o processo administrativo no âmbito da administração federal, são aplicáveis apenas à administração federal direta. Comentário: Como ressaltado, a Lei nº 9.784/99 aplica-se a toda Administração Pública Federal, seja a direta ou a indireta. Gabarito: Errado. 6. (DEFENSOR PÚBLICO – DPU – CESPE/2010) Com a publicação da Lei n.º 9.784/1999, que regula o processo administrativo no âmbito da administração pública federal, houve significativa melhoria na proteção dos direitos dos administrados e na execução dos fins da administração pública. Com relação aos agentes administrativos, aos direitos PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 24 e deveres dos servidores públicos e ao processo administrativo, julgue os próximos itens. A lei mencionada estabelece normas básicas acerca do processo administrativo somente na administração federal e estadual direta. Comentário: E agora? Fácil não é? Então, a Lei nº 9.784/99 somente se aplica a Administração Pública Federal, não alcançando a estadual, a municipal ou a distrital. Gabarito: Errado. 7. (DEFENSOR PÚBLICO – DPU – CESPE/2010) Carlos, servidor da Justiça Federal, responde a processo administrativo nesse órgão e requereu a aplicação da Lei n.º 9.784/1999 no âmbito desse processo. Nessa situação, é correto afirmar que tal aplicação é cabível. Comentário: É corretíssimo o desejo de Carlos, eis que a Justiça Federal é órgão integrante do Poder Judiciário da União, e como tal, no exercício da função administrativa, submete-se a disciplina da Lei de Processo Administrativo (Lei nº 9.784/99), conforme §1º do art. 1º. Gabarito: Certo.8. (AGENTE ADMINISTRATIVO – MPS – CESPE/2010) O processo administrativo, na administração pública federal, visa à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da administração. Comentário: PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 25 Conforme estabelece o art. 1º, Lei nº 9.784/99, o processo administrativo visa, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração. Gabarito: Certo. 9. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MPU – CESPE/2010) De acordo com a Lei n.º 9.784/1999, entidade é a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica, enquanto autoridade é o servidor ou agente público dotado de poder de decisão. Comentário: Além de órgão que, conforme vimos, nos termos do art. 1º, §2º, a Lei nº 9.784/99, conceitua como sendo uma unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta, traz também em seus incisos II e III a definição de entidade e de autoridade. Entidade, conforme inc. II, §2º, art. 1º, é unidade de atuação dotada de personalidade jurídica, e conforme inc. III, autoridade é o servidor ou agente público dotado de poder de decisão. Gabarito: Certo. 10. (PROFESSOR – IFB – CESPE/2011) Entre os princípios expressamente consignados na Lei 9.784/99, inclui–se o relativo à impessoalidade. Comentário: PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 26 A Lei nº 9.784/99 é uma verdadeira lei de direito administrativo, de modo que incorporou uma série de princípios não só de processo administrativo, bem como de direito administrativo. Assim, em seu o art. 2º e parágrafo único, há a previsão de diversos princípios, sendo assim expresso: Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de: I - atuação conforme a lei e o Direito; II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei; III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades; IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé; V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição; VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público; VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão; VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados; IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados; X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 27 interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio; XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei; XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados; XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação. Com efeito, o princípio da impessoalidade não está expresso dentre os princípios elencados pela Lei de Processo Administrativo. Gabarito: Errado. 11. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – STJ – CESPE/2012) No processo administrativo, a norma administrativa deve ser interpretada de forma a garantir o atendimento do fim público a que se destine, vedada a aplicação retroativa de nova interpretação. Comentário: Conforme estabelece o art. 2º, parágrafo único, inc. XIII, no processo administrativo deve-se observar a “interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação”. Gabarito: Certo. 12. (AGENTE ADMINISTRATIVO – PRF – CESPE/2012) Havendo posterior alteração na interpretação de lei que embasou a prática de determinado ato administrativo, não PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 28 poderá a administração aplicar a nova interpretação a esse ato. Comentário: De acordo com o art. 2º, parágrafo único, inc. XIII, da Lei nº 9.784/99, no processo administrativo deve-se observar a “interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação”. Gabarito: Certo. 13. (ADMINISTRADOR – CORREIOS – CESPE/2011) Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, embora não estejam mencionados no texto constitucional, estão previstos, de forma expressa, na lei que rege o processo administrativo federal. Comentário: Conforme art. 2º da Lei nº 9.784/99, a Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. Vê-se, portanto, que muito embora implícitos na CF/88, são princípios expressos na Lei nº 9.784/99 a razoabilidade a proporcionalidade. Gabarito: Certo. 14. (AGENTE ADMINISTRATIVO – MPS – CESPE/2010) os processos administrativos, busca-se a adequação entre meios PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 29 e fins, até mesmo com a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público, visando à prevenção das irregularidades. Comentário: Prevê o art. 2º, par. único, inc. VI, da Lei nº 9.784/99, os princípios da proporcionalidade e razoabilidade, ao estabelecer que se deva observar: VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público; Desse modo, não se pode impor sanções, obrigações e restrições em medida superior às estritamente necessárias ao atendimento do interesse público. Gabarito: Errado. 15. (TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – DPU – CESPE/2010) O princípio da gratuidade não se aplica ao processo administrativo, considerando-se a necessidade de cobertura das despesas decorrentes da tramitação. Comentário: Conforme art. 2º, par. único, inc. XI, no âmbito do processo administrativo, aplica-se o princípio da gratuidade, eis que vige a proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei. Gabarito: Errado. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. EdsonMarques www.pontodosconcursos.com.br 30 16. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/ES - CESPE/2011) Entre os princípios que orientam a condução do processo administrativo, está o da verdade formal, segundo o qual a administração pública deve decidir a controvérsia fundamentando–se somente nas provas produzidas no processo. Comentário: Os processos administrativos não são orientados pelo princípio da verdade formal. O que se busca é a verdade material, ou seja, atuar de acordo com os fatos e o direito, de modo que a Administração deverá sempre indicar “os pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão”. Gabarito: Errado. 17. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/MG – CESPE/2013) No processo administrativo, a administração pública tem o poder-dever de produzir provas com o fim de atingir a verdade dos fatos, não devendo, por isso, ficar restrita ao que as partes demonstrarem no procedimento. Esse pressuposto, conforme a doutrina pertinente, refere-se ao princípio da verdade material. Comentário: De fato, no processo administrativo busca-se a verdade material, tendo a Administração o poder-dever de produzir provas com o fim de atingir a verdade dos fatos. Gabarito: Certo. 18. (ANALISTA DE CIÊNICAS E TECNOLOGIA JÚNIOR – CNPQ PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 31 – CESPE/2011) Nos processos administrativos, nova interpretação dada pela administração pública sobre determinada matéria deve ser aplicada retroativamente. Comentário: De acordo com o art. 2º, par. único, inc. XIII, da Lei nº 9.784/99, deve-se observar que a interpretação da norma administrativa deve garantir o melhor atendimento ao fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação. Gabarito: Errado. 19. (TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – DPU – CESPE/2010) O princípio da obediência à forma e aos procedimentos tem aplicação absoluta no processo administrativo, razão pela qual os atos do referido processo sempre dependem de forma determinada. Comentário: Aplica-se no âmbito do processo administrativo o princípio do formalismo moderado ou informalismo, eis que a Administração adota como critério a observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados (inc. VIII). Desse modo, devem ser adotadas formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados (inc. IX). Assim, a obediência à forma e aos procedimentos não é absoluta, sendo exigida somente quando for essencial à pratica do ato. Gabarito: Errado. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 32 20. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – PC/ES – CESPE/2011) Os princípios que informam o processo administrativo são os mesmos que informam o processo judicial, aplicando–se, com a mesma intensidade, em um e outro processo. Comentário: Os princípios que informam o processo administrativo não são os mesmos que informam o processo judicial, o que também não se aplica com a mesma intensidade. Por exemplo, no âmbito judicial aplica-se o princípio da verdade formal, no administrativo não. No judicial aplica-se o princípio da demanda ou inércia, no administrativo, o da oficialidade ou impulso oficial. Gabarito: Errado. 21. (ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MS – CESPE/2010) O princípio da acessibilidade aos elementos do expediente significa que deve ser facultado à parte o exame de toda a documentação constante dos autos do processo administrativo. Comentário: Conforme estabelece o art. 2º, par. único, inc. X, da Lei nº 9.784/99, são garantidos ao administrado os direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio. Nesse sentido, em conformidade com o princípio da acessibilidade, é direito do administrado ter conhecimento de todos os documentos que conste de processo no qual figure como PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 33 interessado, conforme prevê o art. 3º, inc. II, da Lei nº 9.784/99, verbis: Art. 3º O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados: II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas; Gabarito: Certo. 22. (ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MS – CESPE/2010) A lei que regula o processo administrativo no âmbito da administração pública federal assegura ao administrado a possibilidade de fazer-se assistido por advogado. Comentário: Conforme prescreve o art. 3º da Lei nº 9.784/99, além dos direitos e garantias constitucionais, o administrado tem os seguintes direitos: I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações; II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas; PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 34 III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente; IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei. Dessa forma, observa-se que o administrado poderá se fazer assistir, facultativamente, por advogado, não sendo obrigatória a presença deste no âmbito dos processos administrativos, salvo quando a lei expressamente a exigir. Nesse sentido, é importante destacar, o STF editou a súmula vinculante nº 05, na qual estabelece não ser obrigatória a presença de advogado em processo administrativo disciplinar. Súmula Vinculante 5 - A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição. Gabarito: Certo. 23. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ANAC – CESPE/2012) No processo administrativo, o administrado será, obrigatoriamente, assistido por advogado, de modo que lhe sejam garantidos a ampla defesa e o contraditório. Comentário: De acordo com o art. 3º, inc. IV, da Lei nº 9.784/99, o administrado poderá se fazer assistir, facultativamente, por advogado. Gabarito: Errado. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 35 24. (JUIZ – TJ/AC – CESPE/2012) A jurisprudência do STF firmou o entendimento de que é obrigatória a presença de advogado em todas as fases do processo administrativo disciplinar. Comentário: Nos termos da Súmula Vinculante nº 05, a falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição. Gabarito: Errado. 25. (TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – DPU – CESPE/2010) O denominado princípio da oficialidade não tem aplicação no âmbito do processo administrativo, pois a instauração do processo depende de provocação do administrado. Comentário:Aplica-se no âmbito do processo administrativo o princípio da oficialidade, eis que os processos administrativos podem ser instaurados de ofício, conforme estabelece o art. 2º, inc. XII, c/c art. 5º, ambos da Lei nº 9.784/99: Art. 2º. XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados; Art. 5º O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado. Gabarito: Errado. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 36 26. (TODOS OS CARGOS – SUPERIOR – ANEEL – CESPE/2010) A administração pública pode, independentemente de provocação do administrado, instaurar processo administrativo, como decorrência da aplicação do princípio da oficialidade. Comentário: O princípio do impulso oficial é um dos mais cobrados quando se trata dessa Lei. Então, é exatamente isso! Ou seja, a instauração de processo pode ocorrer de ofício ou mediante provocação. Então, o princípio da oficialidade permite que a Administração Pública, independentemente de provocação, instaure processo administrativo. Gabarito: Certo. 27. (ADMINISTRADOR – CORREIOS – CESPE/2011) O processo administrativo pode ser instaurado exclusivamente a requerimento do interessado; no entanto, caso se caracterize flagrante conduta ilegal do servidor, o processo administrativo pode ser instaurado de ofício. Comentário: Novamente. O processo não é instaurado exclusivamente por requerimento, eis que pode ser instaurado de ofício pela Administração. Gabarito: Errado. 28. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRAÇÃO – STM – CESPE/2011) O interessado corresponde ao motivador do PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 37 processo administrativo, cujo início sempre deve ser dado por meio de pedido formal de uma das partes. Comentário: Nem sempre o início do processo se dá por meio formal (requerimento) de uma as partes. É que pode ser instaurado de ofício pela Administração. Gabarito: Errado. 29. (ANALISTA PROCESSUAL – MPU – CESPE/2010) O processo administrativo pauta-se por uma série de princípios que devem ser observados pelas autoridades, entre os quais se inclui o impulso de ofício, que lhes permite adotar as medidas necessárias à adequada instrução do processo. Comentário: De fato, o princípio do impulso oficial (oficialidade) determina que a Administração adote as medidas necessárias a adequada instrução processual, sem prejuízo da atuação do interessado, conforme estabelece o art. 2º, inc. XII e art. 29, caput e §1º: Art. 2º. XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados; Art. 29. As atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar os dados necessários à tomada de decisão realizam-se de ofício ou mediante impulsão do órgão responsável pelo processo, sem prejuízo do direito dos interessados de propor atuações probatórias. § 1º O órgão competente para a instrução fará constar PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 38 dos autos os dados necessários à decisão do processo. Gabarito: Certo. 30. (TÉCNICO EM COMUNICAÇÕES SOCIAL – MPS – CESPE/2010) Para fins de processo administrativo, são capazes os maiores de dezoito anos de idade, exceto os casos com previsão especial em ato normativo próprio. Comentário: A lei de processo administrativo, de fato, em seu art. 10, prescreve que são capazes, para o processo administrativo, os maiores de dezoito anos, nos seguintes termos: Art. 10. São capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de dezoito anos, ressalvada previsão especial em ato normativo próprio. Gabarito: Certo. 31. (TÉCNICO DE CONTABILIDADE – MS – CESPE/2010) É possível que um órgão administrativo e seu titular, se não houver impedimento legal, deleguem parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, desde que estes lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. Comentário: Dispõe o art. 11 da Lei nº 9.784/99 que “a competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 39 legalmente admitidos”. Todavia, é possível ao agente público delegar, parcial e temporariamente, suas atribuições, se e quando a lei permitir, de modo que nesta situação ele poderá revogar a delegação a qualquer tempo, não se tratando, portanto, de renúncia ou transferência de sua competência. Delegação é a transmissão de poderes para que outrem realize certos atos pelo agente delegante. E, avocar é chamar para si certos poderes de outro agente. Com efeito, não é vedada a delegação e avocação de competências. Todavia, deverão ser exercidas nos limites e termos permitidos por lei. Assim, devemos observar que a regra, atualmente, é a possibilidade de delegação, conforme dispõe a Lei nº 9.784/99, na medida em que, conforme estabelece o art. 13, somente é vedada a delegação de: a) edição de atos de caráter normativo; b) a decisão de recursos administrativos; c) as matérias de competências exclusivas do órgão ou autoridade. Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes. Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: I - a edição de atos de caráter normativo; II - a decisão de recursos administrativos; III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 40 Diante disso, pode-se concluir que a delegação pode ocorrer quando: a) não existir impedimento legal; b) houver conveniência administrativa em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. Não poderá, no entanto, ser total, deve ser apenas de parcela da competência e tem que ser temporária, ou seja, feita por prazo determinado. É importante mencionar que a delegação poderá ser feita para órgão ou agentes que estejam subordinados à autoridade delegante, como também poderá ser feita quando não exista subordinação hierárquica. Significa dizer que o delegado, ou seja, aquele que recebe a delegação, órgão ou agente, não precisa ser necessariamente subordinado ao delegante, poderá não haver tal subordinação. O ato de delegação, conforme determina a Lei, deverá conter a matéria e os poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício de atribuições delegada. Assim, os atos praticados pelo delegado, no exercício da delegação, deverão constar tal fato, ou seja, que age na qualidade dedelegado, de modo que os atos que praticar nessa condição deverão ser considerados editados pelo delegado. Por fim, o ato de delegação poderá a qualquer momento ser revogado pelo delegante, devendo, tanto este ato como o da própria delegação ser publicados no meio oficial. Gabarito: Errado. 32. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) Elemento do ato administrativo, a competência se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, sendo, PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 41 portanto, irrenunciável e indelegável, quer pela vontade da administração, quer por acordo com terceiros. Comentário: A competência poderá ser delegada por vontade da Administração já que existe autorização legal para isso. Veja que nesse sentido dispõem os arts. 11 e 12 da Lei nº 9.784/99: Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos. Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. Gabarito: Errado. 33. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – CESPE/2012) A competência atribuída ao órgão administrativo para exame do processo pode ser objeto de renúncia, delegação e avocação. Comentário: De acordo com o art. 11 da Lei nº 9.784/99, a competência é irrenunciável. Gabarito: Errado. 34. (ANALISTA DE INFORMÁTICA – MPU – CESPE/2010) No que se refere à competência dos órgãos administrativos, a Lei PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 42 n.º 9.784/1999 admite expressamente a delegação de competência para a edição de atos de caráter normativo. Comentário: Observamos que não poderá ser objeto de delegação: a) edição de atos de caráter normativo; b) a decisão de recursos administrativos; c) as matérias de competências exclusivas do órgão ou autoridade, de acordo com o art. 13 da Lei nº 9.784/99: Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: I - a edição de atos de caráter normativo; II - a decisão de recursos administrativos; III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. Gabarito: Errado. 35. (TODOS OS CARGOS – MS – CESPE/2010) De acordo com a legislação de regência, a edição de atos de caráter normativo pode ser objeto de delegação. Comentário: Não poderá ser objeto de delegação a edição de ato normativo, a decisão de recurso administrativo e matéria de competência exclusiva. Gabarito: Errado. 36. (ANALISTA EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA JÚNIOR – CNPQ – CESPE/2011) Não pode ser objeto de delegação a competência para decidir sobre recursos administrativos. Comentário: PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 43 Conforme art. 13 da Lei nº 9.784/99, não poderá ser objeto de delegação a edição de ato normativo, a decisão de recurso administrativo e matéria de competência exclusiva. Gabarito: Certo. 37. (ANALISTA AMBIENTAL I – MMA – CESPE/2011) Um órgão administrativo e seu titular podem delegar competências a outros que não lhe sejam hierarquicamente subordinados, cabendo, como objeto de delegação, entre outros, a edição de atos normativos e a decisão de recursos administrativos. Comentário: De fato, um órgão administrativo e seu titular podem delegar competências a outros que não lhe sejam hierarquicamente subordinados. Contudo, nos termos do art. 13 da Lei nº 9.784/99, não poderá ser objeto de delegação a edição de ato normativo, a decisão de recurso administrativo e matéria de competência exclusiva. Gabarito: Errado. 38. (ANALISTA JUDICIÁRIO - ADMINISTRATIVA – TRE/RJ – CESPE/2012) A decisão de recursos administrativos no âmbito do processo administrativo na administração pública federal não pode ser objeto de delegação. Comentário: A decisão de recurso administrativo não pode ser objeto de delegação (art. 13, inc. II, da Lei nº 9.784/99). PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 44 Gabarito: Certo. 39. (JUIZ – TJ/BA – CESPE/2012) Um órgão administrativo e seu titular podem delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, incluindo-se a edição de atos normativos. Comentário: A edição de ato normativo não pode ser objeto de delegação (art. 13, inc. I, da Lei nº 9.784/99). Gabarito: Errado. 40. (ANALISTA JUDICIÁRIO – STM – EXECUÇÃO DE MANDADOS CESPE/2011) No âmbito do processo administrativo, um órgão e seu titular podem, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, devendo, tanto o ato de delegação quanto sua eventual revogação, ser objeto de publicação em meio oficial. Comentário: De acordo com o art. 12 da Lei nº 9.784/99, um órgão administrativo e seu titular podem, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. Assim, como determina o art. 14, o ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial. Gabarito: Certo. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 45 41. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – PC/ES – CESPE/2011) Somente em caráter temporário e por motivos relevantes devidamente justificados é permitida a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. Comentário: Prevê o art. 15 da Lei nº 9.784/99 que somente será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. Gabarito: Certo. 42. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ANCINE – CESPE/2012) Em processo administrativo para a investigação da participação de servidor público civil em fato determinado, poderá atuar como membro do órgão responsável pela investigação servidor que tenha interesse direto na matéria ou que venha a participar como testemunha no processo. Comentário: No âmbito do processo administrativo, conforme art. 18 da lei reguladora, esta impedido de atuar o servidor ou autoridade que: I - tenha interesse direto ou indireto na matéria; II - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau; III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 46 Gabarito: Errado. 43. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) O impedimento, como hipótese de incapacidade do sujeito de atuar em processo administrativo, gera uma presunção relativa de incapacidade, razão pela qual o vício fica sanado senão for arguido pelo interessado no momento oportuno. Comentário: Ao contrário da suspeição, o impedimento gera uma presunção absoluta de incapacidade, de modo que o vício não fica sanado se não for arguido, sendo causa de nulidade absoluta. É, inclusive, falta grave da autoridade sua omissão, conforme prescreve o art. 19, parágrafo único: Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar. Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave, para efeitos disciplinares. Gabarito: Errado. 44. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ANÁLISE DE SISTEMAS – STM – CESPE/2011) Considere, por hipótese, que João e Maria, ambos servidores públicos federais, sejam, respectivamente, tio e sobrinha. Nessa situação hipotética, caso haja processo administrativo em que João figure como testemunha, Maria estará impedida de nele atuar. Comentário: PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 47 De acordo com o art. 18, inc. II, parte final, não poderá participar do processo o parente ou afim, até o terceiro grau, que tenha participado como testemunha, perito ou representante do servidor ou autoridade. Portanto, como se trata de tio e sobrinha, parentes de 3º grau, haverá o impedimento. Gabarito: Certo. 45. (DEFENSOR PÚBLICO – DPU – CESPE/2010) Antônio José moveu, na justiça comum, ação para responsabilização civil contra o cônjuge de Sebastião. Nesse mesmo período, no órgão federal da administração direta em que trabalha, surgiu a necessidade de Antônio José presidir processo administrativo contra Sebastião. Nessa situação, Antônio José está impedido de atuar nesse processo administrativo. Comentário: De fato, está impedido Antônio José, eis que está litigando contra o cônjuge de Sebastião, conforme prevê o art. 18, inc. III, da Lei nº 9.784/99: Art. 18. É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que: I - tenha interesse direto ou indireto na matéria; II - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau; III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro. Gabarito: Certo. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 48 46. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – STJ – CESPE/2012) Estará impedido de atuar no processo administrativo o servidor que estiver litigando administrativamente com o interessado, hipótese em que a comunicação do fato deverá ser dirigida à autoridade competente, sob pena de configurar-se a prática de falta grave, para fins disciplinares. Comentário: De fato, de acordo com o art. 18, inc. III, da Lei nº 9.784/99, está impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro, sendo falta grave a omissão do impedimento. Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar. Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave, para efeitos disciplinares. Gabarito: Certo. 47. (AFCE – TI – TCU – CESPE/2010) A suspeição gera presunção relativa de incapacidade, mas o defeito é sanado se o interessado não a alegar no momento oportuno. Comentário: A suspeição, como destaquei, decorre de aspectos subjetivos e, portanto, deve ser alegados na primeira oportunidade que a parte vir ao processo, sob pena de preclusão, ou seja, de ficar sanado o defeito. Por isso, dispõe o art. 20 da Lei nº 9.784/99 que pode PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 49 ser arguida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau. Gabarito: Certo. 48. (TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO – TCU – CESPE/2012) O indeferimento da alegação de suspeição pode ser objeto de recurso, cujos efeitos serão devolutivo e suspensivo. Comentário: O art. 21 da Lei nº 9.784/99 dispõe que o indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo. Gabarito: Errado. 49. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ANCINE – CESPE/2012) O recurso contra o indeferimento da alegação de suspeição terá efeito suspensivo e devolutivo. Comentário: Estabelece o art. 21 da Lei nº 9.784/99 que o indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo. Gabarito: Errado. 50. (PROCURADOR – AGU – CESPE/2010) Os atos do processo administrativo dependem de forma determinada apenas quando a lei expressamente a exigir. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 50 Comentário: De acordo com o art. 2º, par. único, inc. IX, da Lei nº 9.784/99, vige o princípio do formalismo moderado ou informalismo, ou seja, adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados. Assim, determina o art. 22, Lei nº 9.784/99, que os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir. Gabarito: Certo. 51. (JUIZ – TJ/AC – CESPE/2012) Para o atendimento do interesse público e a proteção dos direitos dos particulares, os atos do processo administrativo estão sujeitos a formas determinadas, e, para a garantia da autenticidade e da segurança dos autos processuais, a legislação exige, como regra, o reconhecimento de firma e a autenticação dos documentos apresentados em cópia. Comentário: De acordo com o art. 22 e seu §2º da Lei nº 9.784/99, os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir e salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será exigido quando houver dúvida de autenticidade. Gabarito: Errado. 52. (ADMINISTRADOR – CORREIOS – CESPE/2011) As intimações dos atos administrativos devem obedecer às PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 51 prescrições legais, contudo, ainda que apresentem algum vício que as tornem nulas, o comparecimento espontâneo do administrado suprirá a irregularidade. Comentário: Prevê o art. 26 da Lei nº 9.784/99 que o órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo determinará a intimação do interessado para ciência de decisão ou a efetivação de diligências. Assim, a intimação deverá conter: I - identificação do intimado e nome do órgão ou entidade administrativa; II - finalidade da intimação; III - data, hora e local em que deve comparecer; IV - se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se representar; V - informação da continuidade do processo independentemente do seu comparecimento; VI - indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes. A intimação observará a antecedência mínima de três dias úteis quanto à data de comparecimento.
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