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GEOGRAFIA – Rômulo Barud 1 UNIDADE 2 – GEOGRAFIA FÍSICA Capítulo I - Geologia - A Origem do Universo: Cientificamente falando, a origem do universo ocorre com o fenômeno do Big Bang, datado de aproximadamente 15 bilhões de anos. O espaço e o tempo foram criados no Big Bang. No começo do universo o espaço era preenchido completamente com a matéria. A matéria estava originalmente muito quente e muito densa e então expandiu e esfriou para eventualmente produzir as estrelas e as galáxias que nós vemos no universo hoje. - A Origem da Terra: O planeta Terra tem sua origem como uma grande massa quente (de aproximadamente 1.000ºC) a aproximadamente 4.6 bilhões de anos. A partir do momento em que os minerais mais pesados e densos foram imergindo, foi-se determinando as camadas de nosso planeta. Fonte: http://ciencia.hsw.uol.com.br/planeta-terra2.htm � O núcleo também pode ser chamado de Nife (devido a composição majoritária de Níquel e Ferro), barisfera ou endosfera; � Entre o núcleo e o manto se localiza a Descontinuidade de Gutemberg; � É no manto que se concentram as correntes convectivas, responsáveis pela movimentação magmática no interior do planeta, devido as diferenças de temperatura e pressão e pelo deslocamento das placas tectônicas sobre a astenosfera; � O manto se divide entre mesosfera e astenosfera; � A descontinuidade de Mohorovicic é localizada entre o manto e a crosta; � A crosta é constituída de materiais mais leves e menos densos em sua maioria; � A crosta oceânica é mais recente e, portanto, mais fina que a continental, variando entre 1 e 6 km; � A crosta continental se divide em duas partes: - crosta continental superior ou SIAL (Silício e Alumínio), variando entre 15 e 25 km de espessura e - crosta continental inferior ou SIMA (Silício e Magnésio), variando entre 30 e 35 km de espessura. - História Geológica da Terra: A Terra tem seu nascimento a aproximadamente 4.6 bilhões de anos na era pré-cambriana, onde se teve formação rochas magmáticas e metamórficas, o que caracterizava que neste momento havia intenso processo de vulcanismo e movimentação tectônica. Com a cristalização e resfriamento acelerado deste magma, tem-se início a formação da crosta terrestre. Com a liberação de gases dos vulcões, a atmosfera passa a surgir possuindo um aspecto diferente da que conhecemos atualmente. Com a ação erosiva das chuvas, tem se a formação GEOGRAFIA – Rômulo Barud 2 de novos relevos, e com o depósito das águas nas áreas deprimidas, a formação de lagos, por exemplo. A seguir segue a escala do Tempo Geológico, demonstrando o que ocorre em cada momento geológico na Terra: Fonte: http://www.drm.rj.gov.br/item.asp?chave=43 � No pré-cambriano, ocorre a formação das rochas magmáticas e metamórficas, de jazidas de minerais metálicos e dos escudos cristalinos; � Na era Paleozóica, ocorre a formação das jazidas de carvão no período Carbonífero; � Na era Mesozóica, ocorre a formação de petróleo. - Tipos de Rochas: Rocha Magmática: Originária dos vulcões pode ser dividida entre: Intrusiva: resfriamento lento e cristalização. Ex.: Granito. Extrusiva: resfriamento rápido (não ocorre cristalização). Ex.: Basalto. Rocha Sedimentar: Formada a partir do intemperismo de outras rochas. Ex.: Calcário � Em regiões de Bacias Sedimentares que se encontram as jazidas de carvão e petróleo e as reservas de gás natural. Rocha Metamórfica: Rochas magmáticas ou sedimentares que sofreram alterações de temperatura e pressão. Ex.: calcário (sedimentar) > mármore granito (magmática) > basalto. Obs.: Ciclo das Rochas: Fonte: http://www2.igc.usp.br/replicas/rochas/ciclo.htm - Tectônica de Placas e Deriva Continental A Teoria da Deriva Continental: Esta teoria surge em 1912 com Alfred Wegener, que defendeu que a Terra era formada por um único continente, a Pangéia e que era cercado por um único oceano, o Pantalassa. Na era Mesozóica, a Pangéia passou a se fragmentar, dando origem a dois grandes continentes: Laurássia, ao norte e Gondwana, ao sul. A partir destes dois GEOGRAFIA – Rômulo Barud 3 continentes, foram ocorrendo mais fragmentações, até a configuração atual de nossos continentes. Wegener se baseava nos formatos das bordas dos continentes, principalmente os do leste da América do Sul com do oeste da África, entre a América do Norte ao leste e a Europa e oeste e entre a África, Oceania e Índia. Fonte: http://www.unb.br/ig/sigep/apresenta.htm A Teoria da Tectônica de Placas: Graças a Teoria de Alfred Wegener, uma nova teoria pode ser desenvolvida: a Teoria da Deriva Continental. Esta teoria surge de intensos estudos sobre as relações entre espécies primitivas de animais e vegetais, semelhança de erosões nas bordas dos continentes e, com o avanço da tecnologia, o mapeamento do fundo do mar. A teoria da Deriva Continental mostra que os continentes que estamos sobre placas tectônicas, movidas pela astenosfera, através das correntes convectivas. Com esta afirmação pode-se perceber que o nível de estabilidade das regiões no planeta tem uma importante relação com as placas tectônicas. Quanto mais afastado de um limite de placa tectônica, menor o risco de o lugar sofrer algum tipo de catástrofe sísmica ou vulcânica. Fonte: http://formacao.es-loule.edu.pt/biogeo/index.htm Limites de Placas: As placas tectônicas estão em constante movimento. Podem estar se chocando, se afastando ou movimentando-se tangencialmente uma com outra. Nos limites convergentes, as placas se chocam. Quando isto acontece, a placa mais densa “mergulha” sob a menos densa, formando um dobramento. Como principal exemplo, temos a subducção da placa de Nazca com a obducção da placa Sul-americana. Nos limites divergentes, as placas se afastam e, graças a isto ocorre o extravasamento de magma à superfície. A separação entre as placas Sul-americana e Africana dá origem a Cordilheira Meso-Oceânica, devido a esta separação. Nos limites transcorrentes ou transformantes, as placas se deslocam em sentido horizontal, provocando o GEOGRAFIA – Rômulo Barud 4 surgimento de falhas. Um exemplo é a transcorrência entre a placa Norte- americana e a placa do Pacífico, originando a Falha de Santo André. -Estrutura Geológica: Estrutura geológica é caracterizada pelo conjunto de rochas de um lugar e pelos processos que sofreram ao longo das eras. Pode ser dividido entre escudos cristalinos, bacias sedimentares e dobramentos modernos (ou antigos) ou faixas orogenéticas. Escudos Cristalinos: São considerados por alguns autores como a estrutura geológica mais antiga, sendo formada basicamente por rochas magmáticas e metamórficas e possuindo baixas altitudes devido ao intenso processo erosivo e intempérico. Quando estes escudos estão cobertos por uma camada sedimentar, são denominados embasamentos cristalinos ou plataformas cobertas. Quando estão expostos aos agentes intempéricos e erosivos são denominados crátons aflorados ou escudos. O Escudo das Guianas e o Escudo Brasileiro são exemplos de escudos cristalinos encontrados no Brasil. Bacias Sedimentares: Através dos tempos, os escudos cristalinos passaram a sofrer intensas ações intempéricas e erosivas, sendo desgastados. Esta matéria desgastada provocada por esta ação é chamada de sedimento. Através de agentes transportadores como chuva, rios e ventos, os sedimentosforam depositados em depressões, formando bacias. À medida que os sedimentos foram se acumulando, foi-se dando origem, através da compactação, a rochas sedimentares e também no caso de sobreposição de matéria, a jazidas de carvão e petróleo, por exemplo. A bacia do Pantanal e a Bacia Amazônica são exemplos de Bacias Sedimentares. Faixas Orogênicas ou Dobramentos Modernos ou Antigos: Através das movimentações entre as placas tectônicas, novos relevos são formados. No caso da convergência entre placas, ocorre a formação das faixas orogênicas, que podem ser divididas entre dobramentos antigos e modernos. Alguns dobramentos antigos ocorreram no Pré-Cambriano (tanto no Arqueozóico quanto no Proterozóico), dando origem as serras do Mar e da Mantiqueira no Brasil e aos Alpes Escandinavos (Noruega e Suécia), por exemplo. Vale ressaltar que nestas regiões, durante sua formação havia intensa atividade vulcânica e tectônica. Os dobramentos modernos têm sua origem no período Terciário da era Cenozóica e deram origem as mais altas cadeias montanhosas da Terra, como por exemplo, a Cordilheira dos Andes e o Himalaia. Estas regiões atualmente são altamente instáveis geologicamente. Os Tipos de Solos: A medida que as unidades rochosas ficam expostas aos processos de erosão e intemperismo, estas se decompõem, originando solos. Cada solo possui uma concentração de elementos, partículas minerais, água, matéria orgânica e ar, variando pela sua idade e pela região. Quanto maior a quantidade de nutrientes, maior a fertilidade do solo. Segue então uma tabela mostrando alguns tipos de solos: Ordem Sub-ordem Zonal Latossolos GEOGRAFIA – Rômulo Barud 5 Podzóis Desértico Tundra Intrazonal Salino (Halomórfico) Hidromórfico Grumossolo Azonal Litossolo Aluvial Cambissolo Solos Zonais são os solos que tem sua formação diretamente ligada a sua zona climática. Os principais são: � Latossolos são localizados em regiões de clima quente e úmido. São intensamente lixiviados e, portanto, pouco férteis. � Podzóis são localizados em climas temperados ou frios. São férteis devido a sua concentração de húmus e óxidos no horizonte B. � Solos desérticos são muito pouco férteis e pouco profundos. Solos Intrazonais são relacionados com os fatores locais tais como quantidade de água ou composição mineralógica da rocha de origem na região. � Solos salinos ou halomórficos pertencem a regiões semi-áridas e áridas, são pouco férteis e possuem alta concentração de sais solúveis. � Solos hidromórficos são localizados nas proximidades de rios, lagos e planícies de inundação e, quando drenados, podem se tornam férteis devido a concentração de minerais. Solos Azonais são pouco desenvolvidos (formação recente) e encontrados em qualquer latitude. � Litossolos são originados em áreas de alta declividade, depositados em contato direto com a rocha inalterada. � Solos aluviais são originados sobre sedimentos recentes em planícies de inundação e não possuem horizonte B. No esquema a seguir, são apresentados os horizontes dos solos e suas características. Os principais solos agrícolas são: Terra roxa: Latossolo fértil, originário da decomposição do basalto e bastante encontrado na região sul do Brasil. Massapê: Solo altamente argiloso e rico em calcário. É encontrado na região nordeste do Brasil que o utiliza também nos plantios de cana-de-açúcar. Loess: Solo aluvial constituído de argilas ricas em quartzo e calcário. É considerado um dos melhores solos para plantio do mundo e é encontrado na China e na Europa, principalmente. Tchernozion: Originado em áreas de pradarias, este solo é rico em húmus e é extremamente fértil. GEOGRAFIA – Rômulo Barud 6 Capítulo II - Formação de Relevo O relevo é constituído através de vários agentes, internos e externos, como formadores e modeladores, respectivamente. A seguir veremos como funcionam estes agentes. - A Dinâmica Interna de Relevo: Como seria a superfície de Terra se não houvesse movimentação das placas tectônicas, ou vulcanismo? A resposta é simples. Sem a movimentação interna, a superfície do planeta seria uma grande faixa plana, erodida e, com certeza, submersa. As movimentações das placas tectônicas através das correntes convectivas, os processos tectônicos, o vulcanismo e até mesmo os abalos sísmicos são os originadores das cadeias montanhosas, das depressões, e de todas as outras formas de relevo existentes. Tectonismo: O tectonismo ou diastrofismo são movimentos lentos, prolongados ou não, que ocorrem na crosta terrestre, provocando deformações das rochas. Estes movimentos podem ser de dois tipos: as orogêneses ou as epirogêneses. A orogênese é caracterizada por movimentos horizontais na crosta, e afastamento ou de aproximação, podendo formar cadeias montanhosas como os Andes ou o Himalaia ou falhas ou fraturas, como por exemplo, a Falha de Santo André (EUA). A epirogênese é caracterizada pelos movimentos verticais de soerguimento e rebaixamento da crosta. Os movimentos de epirogênese seguem um princípio de equilíbrio chamado isostasia. Um exemplo de isostasia relacionada à epirogênese é o soerguimento da Península Escandinava em relação ao rebaixamento da costa dos Países Baixos. Falhas: As falhas ou fraturas formam-se em áreas onde as rochas são rígidas e resistentes às forças internas e “quebram-se” em vez de dobrar. Os principais tipos de falha são: Falha Normal: Falha Reversa: Falha Horizontal ou Transcorrente: Fonte: www.geocities.com Na dinâmica de falhas em determinadas regiões, ocorre o sistema de Horsts (blocos soerguidos) e Grabens (blocos rebaixados). Fonte: http://www.ufrgs.br/geociencias/ Dobramentos: GEOGRAFIA – Rômulo Barud 7 Quando as movimentações orogenéticas e epirogenéticas ocorrem sobre rochas plásticas ou maleáveis, ocorrem os dobramentos, como veremos na imagem a seguir: Fonte: http://www.geocities.com/Baja/Dunes/5491/57/index2.htm Vulcanismo: Quando tratamos de vulcanismo, estamos falando sobre todas as atividades relacionadas à entrada de magma na superfície terrestre. um vulcão não somente expele magma (lava), mas também, cinzas originadas das rochas, blocos de rochas e gases. Algumas outras manifestações relacionadas a vulcões são os gêiseres e as fontes termais. A seguir será mostrada a estrutura de um vulcão: Fonte: http://www.cprm.gov.br/Aparados/vulc_pag01.htm Abalos Sísmicos ou Terremotos: O temido evento do terremoto ocorre quando os blocos da crosta terrestre, que estão em movimento, entram em atrito, provocando ondas sísmicas. Os abalos sísmicos ocorrem nas áreas de falhamentos, possuindo grau de intensidade conforme a amplitude da falha e a intensidade da movimentação do bloco ou da placa tectônica, como mostra a imagem abaixo. O aparelho de mede a intensidade de um terremoto é o sismógrafo que tem como escala de medida a escala Richter – variando em10 gruas de intensidade. Fonte: http://www.portalciencia.net/geoloter.html Hot Spots: Os Hot Spots ocorrem nas regiões de intensa atividade magmática e são responsáveis pela formação de arquipélagos como Fernando de Noronha (inativo) e o Arquipélago do Hawaii (ativo). Normalmente estas regiões estão localizadas em espaços intra-placas tectônicas, como mostra a figura. Fonte: http://eqseis.geosc.psu.edu/~cammon/HTML/Classes/IntroQuakes/Notes/plate_tect01.html GEOGRAFIA – Rômulo Barud 8 - A Dinâmica Externa de Relevo: Se os Agentes Internos de Relevo são os agentes fundamentais para formação do relevo, os Agentes Externos são os grandes responsáveis pela modelação deste. Como observamos todos os dias, cada lugar possui uma paisagem diferente. Devemos isto a estes agentes que fazem com que cada região tenha uma característica específica. Os principais agentes externos do relevo são: Intemperismo: Intemperismo é o processo pelo qual as rochas da superfície terrestre são alteradas ou levadas a se desintegrar pela ação do vento, da água, do clima, ou ainda, por reações químicas ou biológicas. O intemperismo físico ou processo de degradação mecânica ocorre a partir de processos de dilatação e contração provocados pelas variações térmicas. Esta forma de intemperismo ocorre em regiões de alta amplitude térmica como, por exemplo, regiões desérticas. O intemperismo químico ou decomposição é caracterizado por reações relacionadas a água principalmente. Ocorrem hidrólises e oxigenações e, estes fenômenos estão diretamente ligados aos aspectos climáticos da região. Quanto mais quente e úmido, mais intensos serão os processos químicos na rocha. O intemperismo biológico é caracterizado pela transformação do relevo por um agente vivo, como árvores e animais. Esta forma de intemperismo pode ser também caracterizada como intemperismo físico-biológico ou intemperismo químico-biológico. Erosão: O fenômeno da erosão é caracterizado pelo processo de desgaste da rocha (tornando-se um sedimento), transporte e deposição do sedimento. Os tipos de erosão podem ser. Erosão Pluvial: provocada pelas chuvas. A erosão pluvial é responsável pela formação de ravinas (a esquerda) ou voçorocas (a direita). Fonte: www.bbc.co.uk Fonte: www.inra.fr Obs.: As ravinas podem ter sua formação também por ações antrópicas (pelo homem) através do desgaste dos solos promovidos pela agricultura e pela pecuária. Erosão Fluvial: provocada por rios. Fonte: http://reportagem.digital.planetaclix.pt/caminhada.htm Erosão Marinha: provocada pela ação do mar. Este tipo de erosão é responsável pelas transgressões e regressões marinhas, pela formação do litoral, das falésias, recifes e restingas, por exemplo. O processo erosivo causado pelas ondas é chamado de abrasão. Fonte: http://www.cmvfc.pt GEOGRAFIA – Rômulo Barud 9 Erosão Glacial: provocada pela ação das geleiras. Os desgastes podem ser mecânicos, quando há deslocamento do bloco de gelo sobre as rochas ou por compressão, quando há solidificação do gelo entre fendas rochosas. Fonte: http://www.igc.usp.br/glacial/glossario.htm Erosão Eólica: provocada pela ação dos ventos. Este tipo de erosão é também responsável pela formação de dunas em praias e desertos. Fonte: http://br.geocities.com/kawakami_enc/erosao.html Capítulo III – A Dinâmica do Clima • Tipos de Chuvas e Tipos de Ventos O Ciclo da Água na Natureza: Para que se possa compreender o fenômeno da precipitação, deve compreender o ciclo da água que ocorre da seguinte forma: 1º: a água dos mares, rios ou lagos evapora; 2º: esta água evaporada em contato com as baixas temperaturas nas altas altitudes se condensa; 3º: quando a nuvem atinge seu nível de concentração de água, esta precipita e ocorre a chuva que é depositada em rios, lagos, lençóis freáticos, solo, etc.; 4º o ciclo recomeça. As formas de precipitação podem ser: Chuvisco: Precipitação de água líquida em que o diâmetro da gota é inferior a 0.5 mm. Chuva: Precipitação de água líquida em que o diâmetro da gota é superior a 0.5 mm. Granizo: Pedaços de gelo de variada dimensão, formado quando o ciclo da água ocorre mais rápido que o esperado (em lugares quentes) e a água ao invés de apenas se condensar, se solidifica. Neve: Congelamento lento das gotículas d’água na atmosfera, formando flocos ou cristais de gelo. Podem ser encontrados em regiões frias ou de alta altitude. Os principais tipos de chuva encontrados são: Chuvas Convectivas: Ocorrem quando o ar, em ascensão vertical, se resfria (em contato com camadas mais frias), se condensa e se precipita sob a forma de chuva. GEOGRAFIA – Rômulo Barud 10 Chuvas Frontais: Resultam do choque de uma massa de ar frio com uma massa de ar quente. Chuvas Orográficas: Ocorrem com a ascenção e o resfriamento do ar, quando se tem de ultrapassar barreiras montanhosas. http://www.hts-net.com.br/oemar/index1.asp?c=33 Os tipos de Ventos: Todos já ouvimos muito a seguinte pergunta acompanhada da mesma resposta: - O que é vento? - É o ar em movimento. Agora, por que isto ocorre? Somente existe um tipo de vento no planeta todo? O vento ocorre graças a um fator chamado de pressão atmosférica. O vento se origina das diferenças entre as pressões atmosféricas no planeta. O vento então, é todo movimento horizontal ou vertical do ar, provocado pelas diferenças entre as pressões atmosféricas. Nas áreas mais frias, o ar é mais pesado e nas áreas mais quentes, o ar é mais leve, ou seja, o vento ocorre quando uma área de alta pressão (fria) entra em contato com uma área de baixa pressão (quente). As zonas de alta pressão são anticiclonais e as zonas de baixa pressão são ciclonais. Tipos de Ventos: Alísios e Contra-Alísios: Ventos constantes (sopram o ano todo). Os ventos alísios sopram nas imediações do equador e são úmidos. Os contra-alísios sopram do equador para os trópicos em altitudes elevadas Fonte: http://fisica.ufpr.br/grimm/aposmeteo/cap8/cap8-1.html Brisa: São ventos periódicos que sopram, durante o dia, do mar para o continente e, de noite, do continente para o mar. Brisa marítima Brisa Continental: Fonte: http://br.geocities.com/saladefisica5/leituras/brisa.htm GEOGRAFIA – Rômulo Barud 11 Ventos Monçônicos: As monções de verão sopram do oceano para o continente (ventos altamente úmidos). As monções de inverno sopram do continente ao oceano (ventos secos). Fonte: http://www.apolo11.com • Elementos e Fatores do Clima Qual a diferença entre tempo e clima? Tempo é caracterizado pelo estado momentâneo do ar. Ex.: O tempo está chuvoso. Já o clima indica a sucessão as variações do tempo atmosférico em um determinado período. Ex.: Este clima é temperado. Veremos agora quais os elementos formadores do clima e quais seus fatores. Três são os elementos determinadores dos climas. Estes são: Temperatura: que pode ser alta (quente) ou baixa (frio); Umidade: que pode ser alta (úmido) ou baixa (seco) e; Pressão atmosférica: que pode ser baixa (quente) ou alta (frio) Os fatores climáticos são: Latitude: Quanto menor a latitude (mais próximo da Linha do Equador), maior é a temperatura. Quanto maior a latitude (mais próximo ao pólo), menor a temperatura. http://fisica.ufpr.br/grimm/aposmeteo/cap2/cap2-1.html Altitude: Quanto maior a altitude, maior a umidade, menor a concentração de gases e menor é a temperatura. A seguir observaremos a foto do monte Kilimanjaro, localizado na África. Nota-se que o gelo se localiza no seu ponto mais alto, ou seja, nos pontos de maior altitude. Fonte: http://www.indigoguide.com/images/kilimanjaro.jpg Maritimidade e Continentalidade:Quanto mais próximo do mar (maritimidade), mais úmida é a região, ou seja, menor a amplitude térmica. A medida que ocorre o afastamento das águas, menor a umidade e maior a amplitude térmica (continentalidade). Temos por exemplo o caso da Austrália. Note que a medida que se afasta do GEOGRAFIA – Rômulo Barud 12 oceano, o aspecto físico passa a ser desértico. Fonte: http://www.arikah.net/ Massas de Ar: Porções atmosféricas com características próprias de umidade, temperatura e pressão. A dinâmica global dos ventos é altamente influenciada pela dinâmica das massas que mostraremos através da tabela a seguir: Massa (m) Tipos Características Polar (P) Marítima e continental Fria, úmida ou seca Tropical (T) Marítima e continental Quente, úmida ou seca Equatorial (E) Marítima e continental Quente e úmida Com o encontro de duas massas de ar de temperaturas diferentes, ocorre uma frente, que depende também de vários fatores como mudanças de temperatura, direção dos ventos, pressão e umidade atmosférica. Veremos a seguir as principais: Frentes frias formam-se quando o ar frio substitui o ar quente, resfriando a região de alcance. Frentes quentes ocorrem quando o ar quente substitui o frio, aquecendo a região. Frentes estacionárias ocorrem quando as massas de ar frio e quente se equilibram. Frentes em dissipação ocorrem quando uma massa quente ou fria começa a se afastar. Correntes Marítimas: São fluxos particulares de água, com condições específicas de temperatura, salinidade e cor que se deslocam pelos oceanos. As correntes marinhas são importantes agentes determinadores de clima, pois sua temperatura interfere na atmosfera, como é o caso da corrente de Humboldt ou corrente do Peru, que é fria e provoca precipitações oceânicas, fazendo com que a costa andina seja seca. O Deserto do Atacama e a região da Patagônia são influenciadas por esta corrente. http://br.geocities.com/geografia_humanista/clima.html • Clima no Mundo Conforme estudamos anteriormente, o clima possui diversos agentes modificadores. A seguir estudaremos os principais tipos de clima do planeta a partir de sua zona climática e dos seus climogramas correspondentes. No entanto, o que é um climograma e para que ele serve? Climograma é uma importante ferramenta para pesquisa sobre as condições climáticas de determinada região, no período de um ano. A partir dele é possível perceber a que hemisfério pertence o lugar, o quão úmido é e se suas médias térmicas são altas ou baixas. GEOGRAFIA – Rômulo Barud 13 Tendo como exemplo o climograma acima, diferenciaremos os três pontos principais para análise: 1º: o índice de precipitações é marcado pelas doze barras; 2º: o índice de variação térmica é representado pela linha; 3º: os meses do ano são mostrados abaixo de cada barra de precipitação. Analisando-o pode-se perceber que: � O índice de precipitações é maior nos primeiros e últimos meses do ano; � O índice de temperatura mostra que no meio do ano a temperatura aumenta; Ou seja, estamos tratando de um climograma do hemisfério norte. � As médias térmicas e pluviométricas mostram que o clima é temperado, já que mostra as estações do ano bem definidas; � Este climograma é pertencente ao clima Mediterrâneo. Veremos então o mapa das zonas climáticas que trabalharemos: � Climas Frios Os climas frios localizam-se em latitudes elevadas, sensivelmente a partir de 55º ou 60º até aos pólos. Os climas frios subdividem-se em: Clima Continental Frio (Fair Banks - Alaska) As temperaturas médias mensais são baixas, não ultrapassando os 15ºC no Verão. No Inverno as temperaturas médias mensais são sempre negativas, atingindo valores inferiores a -20ºC. A amplitude térmica anual é muito elevada. A precipitação é escassa e ocorre principalmente no Verão. Existem duas estações: o Verão e o Inverno. Clima Desértico Frio (Kalsalinsk - Cazaquistão) No Verão as temperaturas médias mensais são elevadas e no Inverno são baixas. A amplitude térmica anual é muito elevada, assim como a diurna. A precipitação é muito reduzida e ocorre, principalmente, no Verão. No Inverno ocorre sob a forma de neve. Existem duas estações. Clima Subártico GEOGRAFIA – Rômulo Barud 14 (Angmagssalik - Gronelândia) O Verão é curto e pouco quente. O Inverno é muito frio e longo. As temperaturas médias mensais são por vezes inferiores a - 40ºC. A amplitude térmica anual é elevada. A precipitação anual é muito baixa. Os valores mais elevados registram-se nos meses menos frios. A fraca precipitação que ocorre no Inverno é, geralmente, sob a forma de neve. Existem duas estações. Clima Polar (Barrow - Canadá) As temperaturas médias mensais são muito baixas. No Inverno chegam a atingir valores inferiores a -50ºC. No Verão as temperaturas médias raramente ultrapassam os 10ºC. A amplitude térmica anual é muito elevada. A precipitação é muito reduzida, ocorrendo, sobretudo, na estação mais quente. Existem duas estações. � Clima de Altitude (Santis - Suiça) O clima de altitude encontra-se em todas as áreas de altitude elevada. A altitude é um fator que condiciona a variação da temperatura e da precipitação: a temperatura diminui com o aumento da altitude (6,4ºC por cada 1000 metros) e a precipitação aumenta até um determinado nível. O Verão é muito curto, com temperaturas que raramente ultrapassam os 10ºC. O Inverno é muito frio. A amplitude térmica anual não é muito elevada. A precipitação anual é muito abundante, ocorrendo, frequentemente, sob a forma de neve. � Climas Temperados Os climas temperados localizam-se, sensivelmente, entre os trópicos e os círculos polares de cada hemisfério. Caracterizam-se por terem temperaturas intermédias entre as da zona intertropical (sempre elevadas) e as das zonas polares (constantemente baixas). As precipitações são também moderadas. Os climas temperados têm quatro estações: o Inverno é a estação mais fria, o Verão é a estação mais quente , a Primavera e o Outono são as estações de transição. Os climas temperados subdividem-se em quatro tipos: Clima Subtropical Úmido GEOGRAFIA – Rômulo Barud 15 (Washington - EUA) O verão é quente. A temperatura média do mês mais quente ultrapassa frequentemente, os 22ºC. O inverno tem temperaturas moderadas, raramente inferiores a 0ºC. A amplitude térmica anual não é muito elevada. A precipitação é abundante e regular durante todo o ano, sendo, contudo, mais intensa no verão. Existem quatro estações. Clima Temperado Mediterrâneo (Badajoz - Espanha) O Verão caracteriza-se por ser longo e quente. As temperaturas médias mensais oscilam entre os 18ºC e os 25ºC. Porém, a temperatura máxima pode atingir os 40ºC. O Inverno é curto, com temperaturas amenas, raramente inferiores a 8ºC. A amplitude térmica anual é pouco acentuada. A precipitação é escassa e irregular, concentrando-se nos meses de Outono e de Inverno. Existem quatro estações do ano: primavera, verão, outono e inverno. • Clima Temperado Marítimo (Valentia - Irlanda) O Verão é fresco. As temperaturas médias mensais variam entre os 15ºC e os 20ºC. No Inverno as temperaturas são moderadas, geralmente, superiores a 5ºC. A amplitude térmica anual é reduzida. A precipitação é abundante e distribui-se de forma regularao longo do ano, embora se registem valores mais elevados no Outono e Inverno. Existem quatro estações. Clima Temperado Continental (Moscou - Rússia) O Verão é curto e relativamente quente. O Inverno é longo e muito frio. As temperaturas podem ser inferiores a -15ºC. A amplitude térmica anual é elevada, podendo ultrapassar os 30ºC. A precipitação anual não é muito elevada, concentrando-se, principalmente nos meses de verão. No Inverno ocorre, frequentemente, sob a forma de neve ou granizo. Existem quatro estações. � Climas Quentes Os climas quentes localizam-se, sensivelmente na zona compreendida entre os trópicos (intertropical) e subdividem-se em três grandes tipos: Clima Equatorial GEOGRAFIA – Rômulo Barud 16 (Kuala Lumpur - Malásia) As temperaturas médias mensais variam pouco ao longo do ano. A temperatura média é cerca de 25ºC. A amplitude térmica anual é muito reduzida. A precipitação é abundante durante todo o ano, não existindo nenhum período seco. Não existem estações diferenciadas. Clima Tropical (Zinguinchor - Senegal) As temperaturas médias mensais são elevadas e geralmente superiores às do clima equatorial. A amplitude térmica é baixa, não ultrapassando os 10ºC. A precipitação distribui-se de forma irregular ao longo do ano, o que permite distinguir duas estações: a seca e a úmida. Se a estação úmida for a mais prolongada trata-se do clima tropical úmido. Se a estação seca for a mais prolongada então estamos na presença do clima tropical seco. Existem duas estações: a úmida e a seca. Clima Desértico Quente (Uluru - Austrália) As temperaturas médias mensais são bastante elevadas, podendo ultrapassar os 35ºC (na estação quente). A amplitude térmica anual é muito elevada, assim como a amplitude térmica diária. A precipitação é escassa e muito irregular. No entanto, podem ocorrer precipitações muito elevadas, num curto período de tempo. As estações do ano diferenciam-se pelas diferenças de temperatura. • Eventos Climáticos El Nino: Este fenômeno foi batizado de El Nino, em homenagem ao menino Jesus, pois foi primeiramente percebido na época de Natal, no litoral do Peru. O fenômeno El Nino se inicia quando os ventos alísios se enfraquecem, deixando de levar a água quente para o oeste do Oceano Pacífico. Então, a água quente se acumula no litoral entre o Chile e o Peru, impedindo o avanço da corrente de Humboldt. No entanto, as águas do oeste do Oceano Pacífico sofrem intenso resfriamento. Graças a este evento, regiões áridas como o deserto do Atacama, sofrem precipitações e o tempo na Austrália passa a ficar seco, dando mais possibilidade as queimadas. Como conseqüência do El Nino no Brasil, ocorre a formação de uma grande e forte massa de ar quente no Sudeste, fazendo com que a mPa se restrinja apenas a região Sul, provocando ali enchentes devido ao altíssimo índice pluviométrico. Na GEOGRAFIA – Rômulo Barud 17 região Nordeste, o período de secas é ampliado e agravado, já que a temperatura média passa a aumentar neste período. La Nina: Sabe-se bem menos sobre o fenômeno da La Nina em relação ao El Nino. O fenômeno é provocado pelo resfriamento das águas do Pacífico Ocidental e ocorreu entre os anos de 1984/1985, 1987/1988 e 1999/2000. A La Nina provoca a redução da temperatura no Brasil, sendo que na região Sul e parte da região Norte , o índice pluviométrico cai muito, provocando períodos de estiagem. Na região Nordeste, ocorrem períodos prolongados de chuva maiores que o normal. Em aspecto global, sabe-se que a La Nina influencia no aumento geral das chuvas na América do Norte. Ao norte deste continente, ocorrem mais nevascas e ao sul, uma maior incidência de furacões, principalmente na região do Golfo do México. Ásia e Austrália passam nesta época por um período de secas rigorosas. No Chile e no Peru, por um período de inundações. Ciclones tropicais: Tratam-se de tempestades que se originam em latitudes tropicais; incluem depressões, tempestades tropicais, furacões, tufões, e ciclones. Estes vários tipos de tempestades são similares; sua principal diferença é onde se formam. Furacões (em inglês hurricanes) são ciclones tropicais que ocorrem no Oceano Atlântico e a leste do oceano Pacífico Central. Ciclone é o termo mais específico que é freqüentemente utilizado para descrever ciclones tropicais que se formam no Oceano Índico e próximo da Austrália. Embora vamos falar mais especificamente de furacões (ciclones tropicais com ventos sustentados de pelo menos 120km/h) os conceitos podem ser igualmente aplicados para tufões ou ciclones. Os ciclones tropicais são mais prováveis de ocorrer em tempos específicos durante o ano. Por exemplo, na América do Norte, a estação dos furacões começa oficialmente entre 1º de Junho a 30 de novembro. Contudo, a maioria dos furacões ocorre durante agosto, setembro, e outubro, quando as águas dos oceanos tiveram tempo suficiente para aquecer. Os furacões que atingem os Estados Unidos são GEOGRAFIA – Rômulo Barud 18 usualmente originários do Oceano Atlântico, do Mar do Caribe e do Golfo do México (entre 10oN a 30oN). Muitos furacões também se formam no Oceano Pacífico para fora da costa oeste da América do Norte e se movem para oeste em direção ao Pacífico Central, embora muitas dessas tempestades podem fazer um círculo para trás e atingir a costa noroeste do México. Durante a estação de furacões, a região real de formação se move, estando ligeiramente a norte no começo da estação que no final da mesma. A estação de furacões no Oceano Pacífico central e leste, a estação de tufões no Pacífico oeste e a estação de ciclones no Oceano Índico e próximo da Austrália são ligeiramente diferentes. A estrutura de um furacão: Um ciclone tropical é definido como um vórtice atmosférico com rotação ciclônica (horária no Hemisfério Sul e anti-horária no Hemisfério Norte) que varia de algumas centenas de km até aprox. 3.2 mil km. Estão associados com um centro de baixa pressão e nuvens convectivas que estão organizadas em bandas espirais, com uma massa de nuvens convectivas sustentada no ou próxima ao centro. De forma diferente dos sistemas de latitudes médias, furacões e outros ciclones tropicais são tempestades sem frentes associadas. Mas como outras tempestades, são caracterizadas por uma baixa pressão central e ventos que sopram ciclonicamente em volta daquele centro. Furacão Florence Fonte: http://www.tqnyc.org/NYC062695/ Anti-ciclones: Vórtices com rotação anticiclônica são chamados anticiclones, os quais podem ser de três tipos distintos: - Anticiclone quente, o qual em geral alcança até os altos níveis (~10km); sua posição usual é nos subtrópicos entre os ventos de oeste e os ventos de leste; ele aparece nas latitudes médias (40-60°) com cristas e vórtices anticiclônicos do jato polar. - Anticiclone frio, o qual é confinado nos níveis baixos (entre 1 e 3km acima da superfície) e coincide com o ar polar, geralmente movendo-se na direção do equador. - Anticiclone de transição, o qual está associado com a frente polar e participa nas rápidas mudanças de tempo nas latitudes médias; estes anticiclones no escoamento de oeste são de tipo combinado (quente e frio) e tipicamente apresentam dois centros: um do tipo frio (núcleo a leste, abaixo do cavado em ar superior) e um do tipo quente (núcleo a oeste, acima do qual encontra-se a crista nosníveis altos). Capítulo IV - Hidrografia Quando tratamos de hidrografia, estamos falando sobre qualquer evento em que o ciclo da água esteja envolvido GEOGRAFIA – Rômulo Barud 19 de forma a constituir a formação de rios, lagos, mares, oceanos, fontes de água subterrânea, entre outros. -Águas Salgadas: Oceano: Oceano é uma grande extensão de água salgada que cobre a maior parte da Terra. Os oceanos são: Atlântico, Pacífico, Índico, Glacial Ártico e Glacial Antártico. Mar: É uma larga extensão de água salgada que conectada com o oceano. Mares e oceanos constituem 97,5% dos recursos hídricos do planeta. Dois exemplos de mar são: Mar Vermelho e Mar Arábico. Golfo: Grande e acentuada reentrância marinha na costa com uma abertura ou boca bastante grande. Como exemplos temos: o Golfo Pérsico e o Golfo de Bengala. Baía: Reentrância fechada do mar na costa marinha com a forma de um golfo fechado, geralmente de dimensões menores do que este, e alargando-se à medida que adentra o continente. Ex.: Baía de Guanabara e Baía de Todos os Santos. Águas Doces: Lago: É uma extensão de água cercada por terra. Tem sua origem em regiões de depressões, sendo que podem ser formadas através do degelo de glaciações ou pelo ciclo da água. Rio: Curso de água que deságua no mar, num outro rio ou em um lago. Para que se possa entender melhor sobre os rios, o dividiremos em três partes: nascente, percurso e destino. Nascente: As nascentes dos rios são localizadas normalmente em lugares de maior altitude. A origem das águas pode ser do derretimento de geleiras, dos regimes pluviais ou do brotamento de lençóis freáticos. Percurso: Durante o percurso do rio é mais claro perceber qual sua “idade”, através da sinuosidade do rio e dos seus efeitos no relevo. Como vimos anteriormente, os rios podem ser alimentados pelo derretimento das geleiras ou pelo regime pluvial. No entanto, para que se possa definir algumas características, é necessário saber em que região e em que clima o rio se localiza. No caso de regiões de clima equatorial, onde ocorrem muitas chuvas, há pouca variação do nível de água. Em regiões tropicais, ocorre uma estação de estiagem (na estação seca) e de seca (na estação chuvosa). Em regiões alpinas, a cheia ocorre com o derretimento das geleiras na primavera. Em regiões polares, os rios permanecem congelados de quatro a seis meses do ano. O corpo do rio é formado de: - Margens: lados do leito fluvial; - Talvegue: ponto mais fundo do rio; - Leito: superfície por onde correm as águas do rio; - Interflúvios: áreas de maior altitude que “cercam” os rios paralelamente; GEOGRAFIA – Rômulo Barud 20 - Vertentes: partes do vale localizadas entre os interflúvios e as margens. Destino: Os rios podem desembocar em mares, lagos ou outros rios, como já foi estudado. No entanto, os rios possuem diversos tipos de foz, que é a parte de deságüe do rio. os tipos de foz podem ser: - Em estuário: possui uma desembocadura larga e profunda; não existem obstáculos físicos no lançamento das águas. - Em delta: possui uma carga de sedimentos muito grande, sendo estes depositados na foz formando “ilhotas”. Com isto, a foz fica aberta em vários canais. O nome delta se deve ao Delta do rio Nilo, que possui formato semelhante à letra grega. Quando vários rios desembocam em um maior, ocorre a formação de uma rede hidrográfica. A área de drenagem desta rede é denominada bacia hidrográfica. Capitulo VI - Os Biomas Terrestres Biomas são as grandes formações vegetais encontradas nos diferentes continentes e devido principalmente aos fatores climáticos (temperatura e umidade) relacionados à latitude. Os principais biomas no mundo são: Tundra: - É o bioma mais recente da Terra com aproximadamente 10 mil anos; - Se localiza nas regiões próximas ao oceano Glacial Ártico; - O solo fica congelado na maior parte do ano e só há crescimento da vegetação nos períodos de degelo; - A vegetação é rasteira e composta de musgos e liquens; - Ocorrem poucas precipitações neste bioma. - Montanhas: - Entre 3000 m e 2.500 m, a vegetação é composta de vegetação rasteira que é denominada campos alpinos; - A floresta de coníferas é localizada entre 2.500 m e 1.000 m; - A floresta temperada se localiza entre 1000 e 300 metros. A partir daí a vegetação é correspondente a da região; - No alto das montanhas a temperatura é constantemente fria, e às vezes com neve no topo das montanhas, o que dificulta muito a presença de vegetais. - Taiga ou Floresta Boreal: - Ocorre apenas no hemisfério norte; GEOGRAFIA – Rômulo Barud 21 - Os invernos são muito frios e os verões são quentes, caracterizando o clima temperado continental; - Floresta homogênea (presença majoritária de coníferas); - Possui grande importância na indústria de celulose - Floresta Temperada - Localizada em regiões de clima temperado; - A floresta é decídua, ou seja, perde as folhas no inverno; - Por possuir solo muito fértil e devido à alta densidade demográfica, as regiões de floresta temperada foram altamente devastadas; - Este bioma possui vegetação variável conforme suas condições climáticas. Um exemplo disto é a presença de sequóias na costa ocidental da América do norte e do eucalipto gigante na Austrália. - Desertos e Semidesertos: - Podem ser quentes (Saara) ou frios (Atacama); - Apresenta baixíssimas taxas de umidade relativa do ar, e por conseqüência ocorrem pouquíssimas precipitações; - Possui elevada amplitude térmica; - Presença de vegetais xerófitos; - Os oásis ocorrem em regiões de maior presença de umidade e de brotamento de lençol freático; - Formações Mediterrâneas - É localizado nas mediações do mar Mediterrâneo. No entanto aparece no oeste dos EUA, e no extremo sul da África, por exemplo; - O clima subtropical mediterrâneo é predominante; - Formado por uma vegetação arbustiva que pode ser aberta ou densa. - Estepes e Pradarias: - As estepes são encontradas nos EUA, Mongólia, Rússia (Sibéria), e China; - As estepes são intermediárias as pradarias e aos desertos. - As pradarias são localizadas na América no Norte e na América do Sul, recebendo o nome de pampas; - As pradarias recebem menos chuvas que os pampas, possuindo o solo mais favorável ao plantio; - A vegetação é predominantemente herbácea. - Savanas: GEOGRAFIA – Rômulo Barud 22 - São típicas de regiões de clima tropical; - A vegetação é composta de tropofólias (mais altas) e gramíneas; - A savana africana possui grande diversidade de animais de grande porte; - O cerrado brasileiro é considerado uma savana. - Florestas Tropicais: - É localizada nas zonas tropicais; - Possui altas médias térmicas e elevada umidade; - Presença de vegetação perene (não perde folhas), higrófilas (adaptada a alta umidade) e latifoliadas (folhas largas); - As florestas deste gênero são normalmente densas e possuem elevada biodiversidade sendo então heterogênea (várias espécies vegetais). Capítulo VII - Impactos Ambientais: Basicamente, os seres humanos dependeram dos recursos naturais existentes no planeta para sobreviver e poder evoluir. Passamos por diversas fases em nossa existência: descoberta do fogo, dos luxos através dos metais e minerais preciosos, da produçãoem massa através das indústrias, dos atuais produtos de alta tecnologia que utilizamos e, para que tenhamos tudo que temos, dependemos de um meio comum: a natureza. Infelizmente, com o crescimento das cidades, muitas vezes desordenado, o constante aumento de produções e desigualdades, esta mesma natureza passou a correr riscos e, sem que nós percebêssemos, conseqüências diversas passaram a ocorrer. Também sem que percebêssemos, este risco passou também a nos atingir, provocando diversos efeitos colaterais não somente na nossa sociedade, mas também em toda a vida do planeta. A seguir estudaremos quais são estes impactos ambientais. • Poluição: Poluição é todo o tipo de sujeira provocada pelo ser humano sob forma de som, imagem ou atingindo os recursos naturais, como água, ar e solos. Poluição Sonora: É a poluição provocada pelo excesso de barulho em algumas regiões, normalmente próximas de aeroportos, centros de lazer, como bares e discotecas, por exemplo, e próximas a lugares de tráfego intenso. Poluição Visual: Quando tratamos sobre poluição visual, estamos falando sobre cartazes e panfletos em muros, falta de cobertura vegetal nas cidades, o serviço de panfletagem propriamente dito, pichações e todo o tipo de vandalismo que normalmente ocorre nos centros urbanos. - A Poluição dos Solos: A poluição dos solos é ocasionada quando a perda de matéria orgânica e sais minerais, modificando GEOGRAFIA – Rômulo Barud 23 negativamente a estrutura funcional do solo. Vale lembrar que a importância do solo é fundamental para o nosso desenvolvimento tanto na agricultura e pecuária, quanto no processo de urbanização (melhores solos podem comportar prédios maiores, por exemplo). Destacaremos então, os principais tipos de agravamentos ao solo provocados pelo ser humano. Desmatamentos: É histórico saber que o desmatamento tem por causa a expansão das fronteiras agrícolas, extração de recursos minerais, expansão da pecuária (principalmente extensiva), queimadas e a instalação de cidades, por exemplo. No entanto, este tipo de desmatamento provoca diversas conseqüências negativas no aspecto físico, como a extinção de espécies animais e vegetais, a perda óbvia de cobertura vegetal que por conseqüência altera o clima da região e a acentuação do processo de desertificação e o conseqüente empobrecimento dos solos. FOLHA ONLINE Desmatamento cai mais 30% na Amazônia Desertificação: Existe uma grande controvérsia sobre o fenômeno da desertificação. Muitas pessoas confundem desertificação com processo de formação de desertos. O processo de formação de desertos é um evento natural, provocado pela alteração do clima na região e pelos processos de dinâmica de relevo. Um exemplo de processo de formação de deserto é a formação do deserto do Saara, que não teve influência relevante do homem, mas foi uma região que sofreu uma grande variação climática natural. O fenômeno da desertificação é decorrente das ações antrópicas, ou seja, provocadas pelo ser humano. Como causas temos o uso intensivo do solo para a agricultura, os desmatamentos, a pecuária extensiva (pisoteamento do solo) e técnicas antiquadas de irrigação e cultivo. As conseqüências também atingem tanto a sociedade humana quanto a própria natureza, havendo destruição da biodiversidade, maior formação de solos arenosos, redução dos recursos hídricos e de solos cultiváveis e serve como fator de repulsão populacional devido às condições insalubres de sobrevivência. Deslizamentos de terra: Os deslizamentos ocorrem graças a dois fatores fundamentais: a perda de cobertura vegetal nas encostas e morros e elevados índices de pluviosidade. O tipo do solo presente nestas encostas também influencia na probabilidade de ocorrer deslizamento. Quanto mais arenoso, maior a probabilidade, graças ao escoamento superficial e subsuperficial, atingindo o lençol freático. GEOGRAFIA – Rômulo Barud 24 - O Lixo: -Formas de Depósito e Tratamento de Lixo: Com o passar do tempo e as reformas sanitárias e médicas, diversos foram os métodos criados para depositar e tratar o lixo no mundo. Veremos a seguir estas formas de depósito e tratamento: Lixões: São depósitos de lixo localizadas em diversas áreas inabitadas ou habitadas, normalmente em periferias. O lixão pode ser encontrado nos barrancos próximos a comunidades carentes que não possuem ou possuem raramente serviço de coleta de lixo. O chorume (líquido malcheiroso originado do lixo) é drenado pelo solo e entra em contato direto com o lençol freático, poluindo a água. Aterros Sanitários: Assim como os lixões, os aterros sanitários também são depósitos de lixo. No entanto, ocorrem sob forma de depósito e camadas, servidas normalmente pelo serviço de coleta de lixo. O lixo é direcionado a regiões onde não há moradia e os impactos ambientais ao solo e a água também é muito grande. A proliferação de animais “urbanos” nocivos ao homem é muito grande em áreas de lixão e aterros. Fonte: http://site.jundiai.sp.gov.br/oikos/navegador3.htm Balsas: Método comum em algumas grandes metrópoles do mundo, consiste no transporte do lixo nas cidades por balsas e direcionadas a ilhas isoladas sob forma de aterro. A poluição nas águas é acentuada graças a isto, no entanto devido a grande produção de lixo e a falta de espaço, esta alternativa passa a ser a com menor custo. Queima: Estratégia utilizada para geração de energia e redução das camadas de lixo no local. A poluição atmosférica é altamente ampliada com este método. Sistema de Reciclagem: Considerado o método mais viável e desenvolvido para o tratamento de lixo, a reciclagem consiste 3 etapas básicas: 1ª: a coleta é diferenciada – o lixo doméstico, por exemplo, é dividido entre papeis, metais, plásticos e lixo orgânico, o que facilita a separação. 2ª: cada segmento de lixo é tratado de forma diferenciada, com recursos de reaproveitamento para cada segmento. 3ª: ocorre comercialização do lixo reciclado. Além de ecologicamente viável, este método de tratamento do lixo gera empregos formais e informais, dinamizando a economia. GEOGRAFIA – Rômulo Barud 25 - Tipos de Lixo: Orgânico: restos de restos de alimentos; Inorgânico: papel, vidro, latas, alumínio, embalagens descartáveis, plásticos, entre outros; Industrial: diversos produtos químicos e drogas, por exemplo; Hospitalar: composto de resíduos hospitalares e materiais altamente tóxicos como os originados de radioterapia, medicina nuclear e radioterapia; Lixo atômico: formado por resíduos de usinas nucleares. - Poluição das Águas: Como todos sabem, não existiria vida se não houvesse água e a água própria para consumo é muito pouca, proporcionalmente falando. O grande problema é que a grande vítima da poluição é esta água que dependemos para consumir. Os principais poluidores são indústrias, esgotos sem tratamento, lixo sólido, atividades mineradoras e resíduos agropecuários. A grande presença de lixo orgânico e inorgânico afeta profundamente o ecossistema e proliferação de vida, o que é altamente problemático. - Poluição do Ar: Atualmente as formas de poluição do ar são as mais visadas e discutidas nos meios acadêmicos e de comunicação em massa. As conseqüências provocadas por este tipo de poluição estão diretamente relacionadas com as variações climáticas no planeta, o aumento de fenômenos atmosféricos catastróficos a nossasociedade e o crescente aumento de mortalidade relacionada a estes fenômenos. A seguir veremos estes impactos e suas conseqüências na natureza: Inversão Térmica: A inversão térmica é um dos processos climáticos naturais agravados pelo ser humano. Para entender este fenômeno, é necessário relembrar como é a dinâmica do ar: o ar quente é mais leve, logo ascende até altas altitudes, quando resfria; o ar frio é mais pesado, logo descende e aquece. Em épocas mais frias como outono e inverno, é normal que a situação se inverta por um curto período de tempo. O solo mais frio que de costume, retém o ar frio até ser aquecido e o ar quente fica acima desta massa de ar frio. O impacto ambiental ocorre quando este fenômeno se dá em áreas altamente urbanizadas, com muita poluição. Graças as partículas liberadas pelos veículos, indústrias e etc., o ar frio se torna mais denso e pesado, concentrando os poluentes em baixas altitudes, diminuindo a visibilidade e aumentando o índice de doenças respiratórias. A esta diminuição de visibilidade, damos o nome de “efeito smog”. Fonte: http://fisica.cdcc.sc.usp.br/ Efeito Smog: A palavra smog deriva das palavras smoke (fumaça) e fog (nevoeiro). A concentração de poluentes no ar e as reações provocadas por eles dão origem ao smog, que contém muitas substâncias orgânicas e inorgânicas, emitidas por indústrias, veículos e aquecimento doméstico - comum em países mais frios. GEOGRAFIA – Rômulo Barud 26 Ilhas de Calor: O fenômeno da ilha de calor abrange um aspecto total da cidade: do centro urbano altamente devastado e com presença de grandes edifícios e muitos carros até as áreas menos urbanizadas e mais verdes. Como estudamos anteriormente, quanto maior a cobertura vegetal, menor a variação da temperatura e mais regulada ela se torna. As ilhas de calor ocorrem justamente devido a presença ou não de poluição, cobertura vegetal e densidade urbana. Quanto mais presentes a poluição e densidade urbana, maior a temperatura – quanto menos presentes, menor a temperatura e maior a regulação térmica. Chuva Ácida: A chuva ácida é decorrente da reação química da água condensada na atmosfera e os resíduos gasosos liberados pelas indústrias, usinas, e automóveis, principalmente. Os impactos provocados são diversos, atingindo plantações, obras públicas de arte, edificações, e doenças de pele e queimaduras nos animais, entre eles, o ser humano. Fonte: http://www.ambienteterra.com.br/ O Efeito Estufa: Outro evento natural agravado pela ação humana é o efeito estufa. Como o nome já diz, o efeito estufa tem como por objetivo regular o calor do planeta. A atmosfera funciona como uma estufa, retendo uma pequena parte da radiação solar. Água (vapor), partículas sólidas, dióxido de carbono e óxido de metano são alguns dos principais retentores do calor na atmosfera. Vale lembrar que se não houvesse este aquecimento, não haveria vida, já que a variação térmica iria ser muito grande no planeta inteiro. O ser humano em sua evolução tecnológica passou a utilizar diversos tipos de energia, entre elas a queima de combustíveis fósseis, que libera em grande escala gases como o gás carbônico, o dióxido de carbono e o metano. Tais gases quando lançados a atmosfera, amplificam este efeito estufa, retendo cada vez mais calor, e, por conseqüência aquecendo cada vez mais o planeta. Fonte: http://geographicae.wordpress.com Destruição da Camada de Ozônio: Talvez este seja o mais temível dos impactos ambientais provocados pelo ser humano. Apesar de o ozônio ser um gás poluente em baixas altitudes; em altas altitudes, este gás funciona como um escudo protetor para o nosso planeta, evitando que grande parte da radiação ultravioleta (UV) seja absorvida pela superfície do planeta e pelos seres vivos. Para que se tenha noção da gravidade do problema, a camada de ozônio possui razoável resistência aos raios UVA e UVB, sendo que o GEOGRAFIA – Rômulo Barud 27 primeiro não é nocivo e o segundo pode provocar algumas doenças de pele caso a exposição aos raios solares seja grande e a pessoa não se proteja devidamente. O raio mais nocivo é o UVC, que até então a nossa camada de ozônio consegue filtrar e reduzir sua intensidade. O maior problema é que com a redução da espessura da camada de ozônio, os raios UVC atingem diretamente a Terra, e suas conseqüências são drásticas, provocando maior incidência de doenças cancerígenas e destruindo plantações. O termo “buraco” na camada de ozônio que ouvimos normalmente serve como um agravante da situação. A camada de ozônio não possui “buracos”, mas sim áreas que são mais desgastadas. Este desgaste é provocado através de reações químicas com clorofluorcarbonetos (CFC’s), que eram comumente utilizados em refrigeradores, aerossóis entre outros. Fonte: http://bohr.quimica.ufpr.br/~dallara/camada.html Como mostra a figura a seguir, pode-se perceber que com a produção de CFC’s, ocorre uma reação química entre eles e o ozônio na estratosfera, fazendo com que esta camada se torne mais fina e o planeta mais vulnerável à radiação ultravioleta. - Políticas de Combate aos Impactos Ambientais: Protocolo de Montreal: Na década de 1980 foi descoberto por cientistas que a camada de ozônio estava sendo destruída por produtos químicos emitidos em conseqüência de atividades humanas. Os principais e mais destrutivos destes produtos eram os CFC’s. Diante desta ameaça, em 1987 foi criado o Protocolo de Montreal visando a redução dos CFC’s em 50% até o final de 1999. Sessenta países assinaram este protocolo com este comprometimento. Em 1990, no entanto, setenta países se comprometeram em acelerar a eliminação do CFC até o ano de 2000, na Conferencia de Londres. No caso dos países em desenvolvimento a meta é até 2010. O Brasil pretende parar de fabricar produtos que liberam CFC até 2007. Atrás da china e Índia, o Brasil é o terceiro maior consumidor de CFC no mundo. ECO-92: Em 1992 no Rio de Janeiro, representantes de vários países do mundo se reuniram visando medidas para a redução da degradação ambiental. A grande idéia lançada nesta conferência foi a de introduzir o desenvolvimento sustentável e mais adequado ao equilíbrio ecológico. A elaboração da Carta 21 prevê este desenvolvimento sustentável. Esta Carta serve de base para que seus signatários (168 países dos 175 presentes) tracem seus planos para este desenvolvimento sustentável. Esta agenda é dividida em quatro partes: Dimensões Sociais e Econômicas; Conservação e Gestão de Recursos para o Desenvolvimento; O GEOGRAFIA – Rômulo Barud 28 Papel da Sociedade e os Meios de Implementação. Cúpula do Clima e Aquecimento Global: Em 1997 em Kyoto, Japão, foi realizada uma conferência visando os limites para emissão de gases poluentes – principalmente o dióxido de carbono – causadores do efeito estufa e o calendário para que as metas fossem cumpridas. O Protocolo de Kyoto é o documento que traz as principais resoluções desta conferência. O maior problema deste protocolo é que alguns países extremamente poluidores como Estados Unidos se recusaram a acatar o protocolo, alegando que iriam sofrer impactos fortes na economia. Atualmente nos Estados Unidos e em alguns outros países que não haviam assinado tal protocolo, foi estabelecida uma política regional, onde cada estado é responsável pelas suas atitudes em prol ou contra o meio ambiente.