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Geologia | Geografia Física Mundial

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GEOGRAFIA – Rômulo Barud 
1 
UNIDADE 2 – GEOGRAFIA 
FÍSICA 
 
Capítulo I - Geologia 
 
- A Origem do Universo: 
 
 Cientificamente falando, a 
origem do universo ocorre com o 
fenômeno do Big Bang, datado de 
aproximadamente 15 bilhões de anos. 
 O espaço e o tempo foram 
criados no Big Bang. No começo do 
universo o espaço era preenchido 
completamente com a matéria. A 
matéria estava originalmente muito 
quente e muito densa e então expandiu e 
esfriou para eventualmente produzir as 
estrelas e as galáxias que nós vemos no 
universo hoje. 
 
- A Origem da Terra: 
 
O planeta Terra tem sua origem como 
uma grande massa quente (de 
aproximadamente 1.000ºC) a 
aproximadamente 4.6 bilhões de anos. 
 A partir do momento em que os 
minerais mais pesados e densos foram 
imergindo, foi-se determinando as 
camadas de nosso planeta. 
 
 
 
Fonte: http://ciencia.hsw.uol.com.br/planeta-terra2.htm 
 
� O núcleo também pode ser 
chamado de Nife (devido a 
composição majoritária de 
Níquel e Ferro), barisfera ou 
endosfera; 
� Entre o núcleo e o manto se 
localiza a Descontinuidade de 
Gutemberg; 
� É no manto que se concentram 
as correntes convectivas, 
responsáveis pela movimentação 
magmática no interior do 
planeta, devido as diferenças de 
temperatura e pressão e pelo 
deslocamento das placas 
tectônicas sobre a astenosfera; 
� O manto se divide entre 
mesosfera e astenosfera; 
� A descontinuidade de 
Mohorovicic é localizada entre o 
manto e a crosta; 
� A crosta é constituída de 
materiais mais leves e menos 
densos em sua maioria; 
� A crosta oceânica é mais recente 
e, portanto, mais fina que a 
continental, variando entre 1 e 6 
km; 
� A crosta continental se divide 
em duas partes: 
- crosta continental superior ou 
SIAL (Silício e Alumínio), 
variando entre 15 e 25 km de 
espessura e 
- crosta continental inferior ou 
SIMA (Silício e Magnésio), 
variando entre 30 e 35 km de 
espessura. 
 
- História Geológica da Terra: 
 
 A Terra tem seu nascimento a 
aproximadamente 4.6 bilhões de anos 
na era pré-cambriana, onde se teve 
formação rochas magmáticas e 
metamórficas, o que caracterizava que 
neste momento havia intenso processo 
de vulcanismo e movimentação 
tectônica. Com a cristalização e 
resfriamento acelerado deste magma, 
tem-se início a formação da crosta 
terrestre. Com a liberação de gases dos 
vulcões, a atmosfera passa a surgir 
possuindo um aspecto diferente da que 
conhecemos atualmente. Com a ação 
erosiva das chuvas, tem se a formação 
GEOGRAFIA – Rômulo Barud 
2 
de novos relevos, e com o depósito das 
águas nas áreas deprimidas, a formação 
de lagos, por exemplo. 
 A seguir segue a escala do 
Tempo Geológico, demonstrando o que 
ocorre em cada momento geológico na 
Terra: 
 
 
Fonte: http://www.drm.rj.gov.br/item.asp?chave=43 
 
� No pré-cambriano, ocorre a 
formação das rochas 
magmáticas e metamórficas, de 
jazidas de minerais metálicos e 
dos escudos cristalinos; 
� Na era Paleozóica, ocorre a 
formação das jazidas de carvão 
no período Carbonífero; 
� Na era Mesozóica, ocorre a 
formação de petróleo. 
 
- Tipos de Rochas: 
 
Rocha Magmática: 
 Originária dos vulcões pode ser 
dividida entre: 
Intrusiva: resfriamento lento e 
cristalização. Ex.: Granito. 
Extrusiva: resfriamento rápido (não 
ocorre cristalização). Ex.: Basalto. 
 
Rocha Sedimentar: 
 Formada a partir do 
intemperismo de outras rochas. Ex.: 
Calcário 
 
� Em regiões de Bacias 
Sedimentares que se encontram 
as jazidas de carvão e petróleo e 
as reservas de gás natural. 
 
Rocha Metamórfica: 
 Rochas magmáticas ou 
sedimentares que sofreram alterações de 
temperatura e pressão. 
Ex.: calcário (sedimentar) > mármore 
 granito (magmática) > basalto. 
 
Obs.: Ciclo das Rochas: 
 
 
 
Fonte: http://www2.igc.usp.br/replicas/rochas/ciclo.htm 
 
- Tectônica de Placas e Deriva 
Continental 
 
A Teoria da Deriva Continental: 
 
 Esta teoria surge em 1912 com 
Alfred Wegener, que defendeu que a 
Terra era formada por um único 
continente, a Pangéia e que era cercado 
por um único oceano, o Pantalassa. Na 
era Mesozóica, a Pangéia passou a se 
fragmentar, dando origem a dois 
grandes continentes: Laurássia, ao norte 
e Gondwana, ao sul. A partir destes dois 
GEOGRAFIA – Rômulo Barud 
3 
continentes, foram ocorrendo mais 
fragmentações, até a configuração atual 
de nossos continentes. Wegener se 
baseava nos formatos das bordas dos 
continentes, principalmente os do leste 
da América do Sul com do oeste da 
África, entre a América do Norte ao 
leste e a Europa e oeste e entre a África, 
Oceania e Índia. 
 
 
Fonte: http://www.unb.br/ig/sigep/apresenta.htm 
 
A Teoria da Tectônica de Placas: 
 
 Graças a Teoria de Alfred 
Wegener, uma nova teoria pode ser 
desenvolvida: a Teoria da Deriva 
Continental. 
 Esta teoria surge de intensos 
estudos sobre as relações entre espécies 
primitivas de animais e vegetais, 
semelhança de erosões nas bordas dos 
continentes e, com o avanço da 
tecnologia, o mapeamento do fundo do 
mar. 
 A teoria da Deriva Continental 
mostra que os continentes que estamos 
sobre placas tectônicas, movidas pela 
astenosfera, através das correntes 
convectivas. 
 Com esta afirmação pode-se 
perceber que o nível de estabilidade das 
regiões no planeta tem uma importante 
relação com as placas tectônicas. 
Quanto mais afastado de um limite de 
placa tectônica, menor o risco de o lugar 
sofrer algum tipo de catástrofe sísmica 
ou vulcânica. 
 
 
 
Fonte: http://formacao.es-loule.edu.pt/biogeo/index.htm 
 
Limites de Placas: 
 
 As placas tectônicas estão em 
constante movimento. Podem estar se 
chocando, se afastando ou 
movimentando-se tangencialmente uma 
com outra. 
 Nos limites convergentes, as 
placas se chocam. Quando isto 
acontece, a placa mais densa 
“mergulha” sob a menos densa, 
formando um dobramento. Como 
principal exemplo, temos a subducção 
da placa de Nazca com a obducção da 
placa Sul-americana. 
 Nos limites divergentes, as 
placas se afastam e, graças a isto ocorre 
o extravasamento de magma à 
superfície. A separação entre as placas 
Sul-americana e Africana dá origem a 
Cordilheira Meso-Oceânica, devido a 
esta separação. 
 Nos limites transcorrentes ou 
transformantes, as placas se deslocam 
em sentido horizontal, provocando o 
GEOGRAFIA – Rômulo Barud 
4 
surgimento de falhas. Um exemplo é a 
transcorrência entre a placa Norte-
americana e a placa do Pacífico, 
originando a Falha de Santo André. 
 
-Estrutura Geológica: 
 
 Estrutura geológica é 
caracterizada pelo conjunto de rochas de 
um lugar e pelos processos que 
sofreram ao longo das eras. Pode ser 
dividido entre escudos cristalinos, 
bacias sedimentares e dobramentos 
modernos (ou antigos) ou faixas 
orogenéticas. 
 
Escudos Cristalinos: 
 
 São considerados por alguns 
autores como a estrutura geológica mais 
antiga, sendo formada basicamente por 
rochas magmáticas e metamórficas e 
possuindo baixas altitudes devido ao 
intenso processo erosivo e intempérico. 
 Quando estes escudos estão 
cobertos por uma camada sedimentar, 
são denominados embasamentos 
cristalinos ou plataformas cobertas. 
 Quando estão expostos aos 
agentes intempéricos e erosivos são 
denominados crátons aflorados ou 
escudos. O Escudo das Guianas e o 
Escudo Brasileiro são exemplos de 
escudos cristalinos encontrados no 
Brasil. 
 
Bacias Sedimentares: 
 
 Através dos tempos, os escudos 
cristalinos passaram a sofrer intensas 
ações intempéricas e erosivas, sendo 
desgastados. Esta matéria desgastada 
provocada por esta ação é chamada de 
sedimento. Através de agentes 
transportadores como chuva, rios e 
ventos, os sedimentosforam 
depositados em depressões, formando 
bacias. À medida que os sedimentos 
foram se acumulando, foi-se dando 
origem, através da compactação, a 
rochas sedimentares e também no caso 
de sobreposição de matéria, a jazidas de 
carvão e petróleo, por exemplo. A bacia 
do Pantanal e a Bacia Amazônica são 
exemplos de Bacias Sedimentares. 
 
Faixas Orogênicas ou Dobramentos 
Modernos ou Antigos: 
 
 Através das movimentações 
entre as placas tectônicas, novos relevos 
são formados. No caso da convergência 
entre placas, ocorre a formação das 
faixas orogênicas, que podem ser 
divididas entre dobramentos antigos e 
modernos. 
Alguns dobramentos antigos 
ocorreram no Pré-Cambriano (tanto no 
Arqueozóico quanto no Proterozóico), 
dando origem as serras do Mar e da 
Mantiqueira no Brasil e aos Alpes 
Escandinavos (Noruega e Suécia), por 
exemplo. 
Vale ressaltar que nestas regiões, 
durante sua formação havia intensa 
atividade vulcânica e tectônica. 
 Os dobramentos modernos têm 
sua origem no período Terciário da era 
Cenozóica e deram origem as mais altas 
cadeias montanhosas da Terra, como 
por exemplo, a Cordilheira dos Andes e 
o Himalaia. Estas regiões atualmente 
são altamente instáveis geologicamente. 
 
Os Tipos de Solos: 
 
 A medida que as unidades 
rochosas ficam expostas aos processos 
de erosão e intemperismo, estas se 
decompõem, originando solos. 
 Cada solo possui uma 
concentração de elementos, partículas 
minerais, água, matéria orgânica e ar, 
variando pela sua idade e pela região. 
 Quanto maior a quantidade de 
nutrientes, maior a fertilidade do solo. 
 Segue então uma tabela 
mostrando alguns tipos de solos: 
 
 
Ordem Sub-ordem 
Zonal Latossolos 
GEOGRAFIA – Rômulo Barud 
5 
Podzóis 
Desértico 
Tundra 
Intrazonal Salino (Halomórfico) 
Hidromórfico 
Grumossolo 
Azonal Litossolo 
Aluvial 
Cambissolo 
 
 Solos Zonais são os solos que 
tem sua formação diretamente ligada a 
sua zona climática. Os principais são: 
� Latossolos são localizados em 
regiões de clima quente e úmido. 
São intensamente lixiviados e, 
portanto, pouco férteis. 
� Podzóis são localizados em 
climas temperados ou frios. São 
férteis devido a sua 
concentração de húmus e óxidos 
no horizonte B. 
� Solos desérticos são muito 
pouco férteis e pouco profundos. 
 
Solos Intrazonais são 
relacionados com os fatores locais tais 
como quantidade de água ou 
composição mineralógica da rocha de 
origem na região. 
� Solos salinos ou halomórficos 
pertencem a regiões semi-áridas 
e áridas, são pouco férteis e 
possuem alta concentração de 
sais solúveis. 
� Solos hidromórficos são 
localizados nas proximidades de 
rios, lagos e planícies de 
inundação e, quando drenados, 
podem se tornam férteis devido 
a concentração de minerais. 
 
Solos Azonais são pouco 
desenvolvidos (formação recente) e 
encontrados em qualquer latitude. 
� Litossolos são originados em 
áreas de alta declividade, 
depositados em contato direto 
com a rocha inalterada. 
� Solos aluviais são originados 
sobre sedimentos recentes em 
planícies de inundação e não 
possuem horizonte B. 
 
No esquema a seguir, são 
apresentados os horizontes dos solos e 
suas características. 
 
 
 Os principais solos agrícolas 
são: 
 
Terra roxa: 
 Latossolo fértil, originário da 
decomposição do basalto e bastante 
encontrado na região sul do Brasil. 
 
Massapê: 
 Solo altamente argiloso e rico 
em calcário. É encontrado na região 
nordeste do Brasil que o utiliza também 
nos plantios de cana-de-açúcar. 
 
Loess: 
 Solo aluvial constituído de 
argilas ricas em quartzo e calcário. É 
considerado um dos melhores solos para 
plantio do mundo e é encontrado na 
China e na Europa, principalmente. 
 
Tchernozion: 
 Originado em áreas de pradarias, 
este solo é rico em húmus e é 
extremamente fértil. 
 
GEOGRAFIA – Rômulo Barud 
6 
 
Capítulo II - Formação de 
Relevo 
 
O relevo é constituído através de 
vários agentes, internos e externos, 
como formadores e modeladores, 
respectivamente. A seguir veremos 
como funcionam estes agentes. 
 
- A Dinâmica Interna de Relevo: 
 
 Como seria a superfície de Terra 
se não houvesse movimentação das 
placas tectônicas, ou vulcanismo? 
 
A resposta é simples. Sem a 
movimentação interna, a superfície do 
planeta seria uma grande faixa plana, 
erodida e, com certeza, submersa. 
As movimentações das placas 
tectônicas através das correntes 
convectivas, os processos tectônicos, o 
vulcanismo e até mesmo os abalos 
sísmicos são os originadores das cadeias 
montanhosas, das depressões, e de todas 
as outras formas de relevo existentes. 
 
Tectonismo: 
 
 O tectonismo ou diastrofismo 
são movimentos lentos, prolongados ou 
não, que ocorrem na crosta terrestre, 
provocando deformações das rochas. 
Estes movimentos podem ser de dois 
tipos: as orogêneses ou as epirogêneses. 
 A orogênese é caracterizada por 
movimentos horizontais na crosta, e 
afastamento ou de aproximação, 
podendo formar cadeias montanhosas 
como os Andes ou o Himalaia ou falhas 
ou fraturas, como por exemplo, a Falha 
de Santo André (EUA). 
 A epirogênese é caracterizada 
pelos movimentos verticais de 
soerguimento e rebaixamento da crosta. 
Os movimentos de epirogênese seguem 
um princípio de equilíbrio chamado 
isostasia. Um exemplo de isostasia 
relacionada à epirogênese é o 
soerguimento da Península Escandinava 
em relação ao rebaixamento da costa 
dos Países Baixos. 
 
Falhas: 
 
 As falhas ou fraturas formam-se 
em áreas onde as rochas são rígidas e 
resistentes às forças internas e 
“quebram-se” em vez de dobrar. Os 
principais tipos de falha são: 
 
Falha Normal: 
 
Falha Reversa: 
 
Falha Horizontal ou Transcorrente: 
 
Fonte: www.geocities.com 
 
Na dinâmica de falhas em determinadas 
regiões, ocorre o sistema de Horsts 
(blocos soerguidos) e Grabens (blocos 
rebaixados). 
 
Fonte: http://www.ufrgs.br/geociencias/ 
 
 
Dobramentos: 
GEOGRAFIA – Rômulo Barud 
7 
 
 Quando as movimentações 
orogenéticas e epirogenéticas ocorrem 
sobre rochas plásticas ou maleáveis, 
ocorrem os dobramentos, como 
veremos na imagem a seguir: 
 
 
Fonte: http://www.geocities.com/Baja/Dunes/5491/57/index2.htm 
 
Vulcanismo: 
 
 Quando tratamos de vulcanismo, 
estamos falando sobre todas as 
atividades relacionadas à entrada de 
magma na superfície terrestre. um 
vulcão não somente expele magma 
(lava), mas também, cinzas originadas 
das rochas, blocos de rochas e gases. 
 Algumas outras manifestações 
relacionadas a vulcões são os gêiseres e 
as fontes termais. 
 A seguir será mostrada a 
estrutura de um vulcão: 
 
 
 
Fonte: http://www.cprm.gov.br/Aparados/vulc_pag01.htm 
 
 
Abalos Sísmicos ou Terremotos: 
 
 O temido evento do terremoto 
ocorre quando os blocos da crosta 
terrestre, que estão em movimento, 
entram em atrito, provocando ondas 
sísmicas. Os abalos sísmicos ocorrem 
nas áreas de falhamentos, possuindo 
grau de intensidade conforme a 
amplitude da falha e a intensidade da 
movimentação do bloco ou da placa 
tectônica, como mostra a imagem 
abaixo. 
 O aparelho de mede a 
intensidade de um terremoto é o 
sismógrafo que tem como escala de 
medida a escala Richter – variando 
em10 gruas de intensidade. 
 
 
Fonte: http://www.portalciencia.net/geoloter.html 
 
Hot Spots: 
 
Os Hot Spots ocorrem nas regiões de 
intensa atividade magmática e são 
responsáveis pela formação de 
arquipélagos como Fernando de 
Noronha (inativo) e o Arquipélago do 
Hawaii (ativo). Normalmente estas 
regiões estão localizadas em espaços 
intra-placas tectônicas, como mostra a 
figura. 
 
 
Fonte: 
http://eqseis.geosc.psu.edu/~cammon/HTML/Classes/IntroQuakes/Notes/plate_tect01.html 
GEOGRAFIA – Rômulo Barud 
8 
 
- A Dinâmica Externa de Relevo: 
 
 Se os Agentes Internos de 
Relevo são os agentes fundamentais 
para formação do relevo, os Agentes 
Externos são os grandes responsáveis 
pela modelação deste. Como 
observamos todos os dias, cada lugar 
possui uma paisagem diferente. 
Devemos isto a estes agentes que fazem 
com que cada região tenha uma 
característica específica. 
 Os principais agentes externos 
do relevo são: 
 
Intemperismo: 
 
 Intemperismo é o processo pelo 
qual as rochas da superfície terrestre são 
alteradas ou levadas a se desintegrar 
pela ação do vento, da água, do clima, 
ou ainda, por reações químicas ou 
biológicas. 
 O intemperismo físico ou 
processo de degradação mecânica 
ocorre a partir de processos de dilatação 
e contração provocados pelas variações 
térmicas. Esta forma de intemperismo 
ocorre em regiões de alta amplitude 
térmica como, por exemplo, regiões 
desérticas. 
 O intemperismo químico ou 
decomposição é caracterizado por 
reações relacionadas a água 
principalmente. Ocorrem hidrólises e 
oxigenações e, estes fenômenos estão 
diretamente ligados aos aspectos 
climáticos da região. Quanto mais 
quente e úmido, mais intensos serão os 
processos químicos na rocha. 
 O intemperismo biológico é 
caracterizado pela transformação do 
relevo por um agente vivo, como 
árvores e animais. Esta forma de 
intemperismo pode ser também 
caracterizada como intemperismo 
físico-biológico ou intemperismo 
químico-biológico. 
 
Erosão: 
 
 O fenômeno da erosão é 
caracterizado pelo processo de desgaste 
da rocha (tornando-se um sedimento), 
transporte e deposição do sedimento. Os 
tipos de erosão podem ser. 
 
 Erosão Pluvial: provocada pelas 
chuvas. A erosão pluvial é responsável 
pela formação de ravinas (a esquerda) 
ou voçorocas (a direita). 
 
Fonte: www.bbc.co.uk Fonte: www.inra.fr 
 
Obs.: As ravinas podem ter sua 
formação também por ações antrópicas 
(pelo homem) através do desgaste dos 
solos promovidos pela agricultura e pela 
pecuária. 
 
 Erosão Fluvial: provocada por 
rios. 
 
Fonte: http://reportagem.digital.planetaclix.pt/caminhada.htm 
 
Erosão Marinha: provocada pela 
ação do mar. Este tipo de erosão é 
responsável pelas transgressões e 
regressões marinhas, pela formação do 
litoral, das falésias, recifes e restingas, 
por exemplo. O processo erosivo 
causado pelas ondas é chamado de 
abrasão. 
 
Fonte: http://www.cmvfc.pt 
GEOGRAFIA – Rômulo Barud 
9 
 
Erosão Glacial: provocada pela 
ação das geleiras. Os desgastes podem 
ser mecânicos, quando há deslocamento 
do bloco de gelo sobre as rochas ou por 
compressão, quando há solidificação do 
gelo entre fendas rochosas. 
 
Fonte: http://www.igc.usp.br/glacial/glossario.htm 
 
Erosão Eólica: provocada pela 
ação dos ventos. Este tipo de erosão é 
também responsável pela formação de 
dunas em praias e desertos. 
 
Fonte: http://br.geocities.com/kawakami_enc/erosao.html 
 
Capítulo III – A Dinâmica do 
Clima 
 
• Tipos de Chuvas e Tipos de 
Ventos 
 
O Ciclo da Água na Natureza: 
 
 Para que se possa compreender o 
fenômeno da precipitação, deve 
compreender o ciclo da água que ocorre 
da seguinte forma: 
1º: a água dos mares, rios ou lagos 
evapora; 
2º: esta água evaporada em contato com 
as baixas temperaturas nas altas 
altitudes se condensa; 
3º: quando a nuvem atinge seu nível de 
concentração de água, esta precipita e 
ocorre a chuva que é depositada em 
rios, lagos, lençóis freáticos, solo, etc.; 
4º o ciclo recomeça. 
 
 
 
As formas de precipitação 
podem ser: 
 
Chuvisco: Precipitação de água líquida 
em que o diâmetro da gota é inferior a 
0.5 mm. 
 
Chuva: Precipitação de água líquida em 
que o diâmetro da gota é superior a 0.5 
mm. 
 
Granizo: Pedaços de gelo de variada 
dimensão, formado quando o ciclo da 
água ocorre mais rápido que o esperado 
(em lugares quentes) e a água ao invés 
de apenas se condensar, se solidifica. 
 
Neve: Congelamento lento das gotículas 
d’água na atmosfera, formando flocos 
ou cristais de gelo. Podem ser 
encontrados em regiões frias ou de alta 
altitude. 
 
Os principais tipos de chuva 
encontrados são: 
 
Chuvas Convectivas: 
 Ocorrem quando o ar, em 
ascensão vertical, se resfria (em contato 
com camadas mais frias), se condensa e 
se precipita sob a forma de chuva. 
 
 
GEOGRAFIA – Rômulo Barud 
10 
 
Chuvas Frontais: 
 Resultam do choque de uma 
massa de ar frio com uma massa de ar 
quente. 
 
 
 
Chuvas Orográficas: 
 Ocorrem com a ascenção e o 
resfriamento do ar, quando se tem de 
ultrapassar barreiras montanhosas. 
 
 
http://www.hts-net.com.br/oemar/index1.asp?c=33 
 
Os tipos de Ventos: 
 
 Todos já ouvimos muito a 
seguinte pergunta acompanhada da 
mesma resposta: 
 - O que é vento? 
- É o ar em movimento. 
 Agora, por que isto ocorre? 
Somente existe um tipo de vento no 
planeta todo? 
 O vento ocorre graças a um fator 
chamado de pressão atmosférica. O 
vento se origina das diferenças entre as 
pressões atmosféricas no planeta. 
 O vento então, é todo 
movimento horizontal ou vertical do ar, 
provocado pelas diferenças entre as 
pressões atmosféricas. Nas áreas mais 
frias, o ar é mais pesado e nas áreas 
mais quentes, o ar é mais leve, ou seja, 
o vento ocorre quando uma área de alta 
pressão (fria) entra em contato com uma 
área de baixa pressão (quente). 
 As zonas de alta pressão são 
anticiclonais e as zonas de baixa pressão 
são ciclonais. 
 
Tipos de Ventos: 
 
Alísios e Contra-Alísios: 
 Ventos constantes (sopram o 
ano todo). Os ventos alísios sopram nas 
imediações do equador e são úmidos. 
Os contra-alísios sopram do equador 
para os trópicos em altitudes elevadas 
 
Fonte: http://fisica.ufpr.br/grimm/aposmeteo/cap8/cap8-1.html 
 
Brisa: 
São ventos periódicos que 
sopram, durante o dia, do mar para o 
continente e, de noite, do continente 
para o mar. 
 
Brisa marítima 
 
 
Brisa Continental: 
 
Fonte: http://br.geocities.com/saladefisica5/leituras/brisa.htm 
GEOGRAFIA – Rômulo Barud 
11 
 
Ventos Monçônicos: 
 
As monções de verão sopram do oceano 
para o continente (ventos altamente 
úmidos). 
 
 
As monções de inverno sopram do 
continente ao oceano (ventos secos). 
 
Fonte: http://www.apolo11.com 
 
 
 
• Elementos e Fatores do Clima 
 
Qual a diferença entre tempo e 
clima? 
Tempo é caracterizado pelo 
estado momentâneo do ar. Ex.: O tempo 
está chuvoso. 
Já o clima indica a sucessão as 
variações do tempo atmosférico em um 
determinado período. Ex.: Este clima é 
temperado. 
 
 Veremos agora quais os 
elementos formadores do clima e quais 
seus fatores. 
 Três são os elementos 
determinadores dos climas. Estes são: 
 
Temperatura: que pode ser alta (quente) 
ou baixa (frio); 
 
Umidade: que pode ser alta (úmido) ou 
baixa (seco) e; 
 
Pressão atmosférica: que pode ser baixa 
(quente) ou alta (frio) 
 
 Os fatores climáticos são: 
 
Latitude: 
Quanto menor a latitude (mais 
próximo da Linha do Equador), maior é 
a temperatura. Quanto maior a latitude 
(mais próximo ao pólo), menor a 
temperatura. 
 
http://fisica.ufpr.br/grimm/aposmeteo/cap2/cap2-1.html 
 
Altitude: 
Quanto maior a altitude, maior a 
umidade, menor a concentração de 
gases e menor é a temperatura. 
 A seguir observaremos a foto do 
monte Kilimanjaro, localizado na 
África. Nota-se que o gelo se localiza 
no seu ponto mais alto, ou seja, nos 
pontos de maior altitude. 
 
Fonte: http://www.indigoguide.com/images/kilimanjaro.jpg 
 
Maritimidade e Continentalidade:Quanto mais próximo do mar 
(maritimidade), mais úmida é a região, 
ou seja, menor a amplitude térmica. A 
medida que ocorre o afastamento das 
águas, menor a umidade e maior a 
amplitude térmica (continentalidade). 
Temos por exemplo o caso da Austrália. 
Note que a medida que se afasta do 
GEOGRAFIA – Rômulo Barud 
12 
oceano, o aspecto físico passa a ser 
desértico. 
 
Fonte: http://www.arikah.net/ 
 
Massas de Ar: 
Porções atmosféricas com 
características próprias de umidade, 
temperatura e pressão. A dinâmica 
global dos ventos é altamente 
influenciada pela dinâmica das massas 
que mostraremos através da tabela a 
seguir: 
Massa 
(m) 
Tipos Características 
Polar 
(P) 
Marítima e 
continental 
Fria, úmida ou 
seca 
Tropical 
(T) 
Marítima e 
continental 
Quente, úmida 
ou seca 
Equatorial 
(E) 
Marítima e 
continental 
Quente e 
úmida 
 
 Com o encontro de duas massas 
de ar de temperaturas diferentes, ocorre 
uma frente, que depende também de 
vários fatores como mudanças de 
temperatura, direção dos ventos, pressão 
e umidade atmosférica. Veremos a 
seguir as principais: 
 Frentes frias formam-se quando 
o ar frio substitui o ar quente, resfriando 
a região de alcance. 
 Frentes quentes ocorrem quando 
o ar quente substitui o frio, aquecendo a 
região. 
 Frentes estacionárias ocorrem 
quando as massas de ar frio e quente se 
equilibram. 
 Frentes em dissipação ocorrem 
quando uma massa quente ou fria 
começa a se afastar. 
 
Correntes Marítimas: 
 São fluxos particulares de água, 
com condições específicas de 
temperatura, salinidade e cor que se 
deslocam pelos oceanos. 
 As correntes marinhas são 
importantes agentes determinadores de 
clima, pois sua temperatura interfere na 
atmosfera, como é o caso da corrente de 
Humboldt ou corrente do Peru, que é 
fria e provoca precipitações oceânicas, 
fazendo com que a costa andina seja 
seca. O Deserto do Atacama e a região 
da Patagônia são influenciadas por esta 
corrente. 
 
 
http://br.geocities.com/geografia_humanista/clima.html 
 
• Clima no Mundo 
 
Conforme estudamos 
anteriormente, o clima possui diversos 
agentes modificadores. A seguir 
estudaremos os principais tipos de clima 
do planeta a partir de sua zona climática 
e dos seus climogramas 
correspondentes. 
No entanto, o que é um 
climograma e para que ele serve? 
Climograma é uma importante 
ferramenta para pesquisa sobre as 
condições climáticas de determinada 
região, no período de um ano. A partir 
dele é possível perceber a que 
hemisfério pertence o lugar, o quão 
úmido é e se suas médias térmicas são 
altas ou baixas. 
 
GEOGRAFIA – Rômulo Barud 
13 
Tendo como exemplo o 
climograma acima, diferenciaremos os 
três pontos principais para análise: 
1º: o índice de precipitações é 
marcado pelas doze barras; 
2º: o índice de variação térmica é 
representado pela linha; 
3º: os meses do ano são mostrados 
abaixo de cada barra de precipitação. 
Analisando-o pode-se perceber 
que: 
� O índice de precipitações é 
maior nos primeiros e últimos 
meses do ano; 
� O índice de temperatura mostra 
que no meio do ano a 
temperatura aumenta; 
 
Ou seja, estamos tratando de um 
climograma do hemisfério norte. 
 
� As médias térmicas e 
pluviométricas mostram que o 
clima é temperado, já que 
mostra as estações do ano bem 
definidas; 
� Este climograma é pertencente 
ao clima Mediterrâneo. 
 
Veremos então o mapa das zonas 
climáticas que trabalharemos: 
 
 
� Climas Frios 
 
Os climas frios localizam-se em 
latitudes elevadas, sensivelmente a 
partir de 55º ou 60º até aos pólos. Os 
climas frios subdividem-se em: 
 
Clima Continental Frio 
 
(Fair Banks - Alaska) 
 
As temperaturas médias mensais 
são baixas, não ultrapassando os 15ºC 
no Verão. No Inverno as temperaturas 
médias mensais são sempre negativas, 
atingindo valores inferiores a -20ºC. A 
amplitude térmica anual é muito 
elevada. 
A precipitação é escassa e ocorre 
principalmente no Verão. Existem duas 
estações: o Verão e o Inverno. 
 
 
Clima Desértico Frio 
 
(Kalsalinsk - Cazaquistão) 
 
No Verão as temperaturas 
médias mensais são elevadas e no 
Inverno são baixas. A amplitude térmica 
anual é muito elevada, assim como a 
diurna. 
A precipitação é muito reduzida 
e ocorre, principalmente, no Verão. No 
Inverno ocorre sob a forma de neve. 
Existem duas estações. 
 
 
Clima Subártico 
GEOGRAFIA – Rômulo Barud 
14 
 
(Angmagssalik - Gronelândia) 
 
O Verão é curto e pouco quente. 
O Inverno é muito frio e longo. As 
temperaturas médias mensais são por 
vezes inferiores a - 40ºC. A amplitude 
térmica anual é elevada. 
A precipitação anual é muito 
baixa. Os valores mais elevados 
registram-se nos meses menos frios. A 
fraca precipitação que ocorre no Inverno 
é, geralmente, sob a forma de neve. 
Existem duas estações. 
 
Clima Polar 
 
(Barrow - Canadá) 
 
As temperaturas médias mensais 
são muito baixas. No Inverno chegam a 
atingir valores inferiores a -50ºC. No 
Verão as temperaturas médias 
raramente ultrapassam os 10ºC. A 
amplitude térmica anual é muito 
elevada. 
A precipitação é muito reduzida, 
ocorrendo, sobretudo, na estação mais 
quente. Existem duas estações. 
 
� Clima de Altitude 
 
(Santis - Suiça) 
 
O clima de altitude encontra-se 
em todas as áreas de altitude elevada. A 
altitude é um fator que condiciona a 
variação da temperatura e da 
precipitação: a temperatura diminui com 
o aumento da altitude (6,4ºC por cada 
1000 metros) e a precipitação aumenta 
até um determinado nível. 
O Verão é muito curto, com 
temperaturas que raramente ultrapassam 
os 10ºC. O Inverno é muito frio. A 
amplitude térmica anual não é muito 
elevada. 
A precipitação anual é muito 
abundante, ocorrendo, frequentemente, 
sob a forma de neve. 
 
 
� Climas Temperados 
 
Os climas temperados 
localizam-se, sensivelmente, entre os 
trópicos e os círculos polares de cada 
hemisfério. Caracterizam-se por terem 
temperaturas intermédias entre as da 
zona intertropical (sempre elevadas) e 
as das zonas polares (constantemente 
baixas). As precipitações são também 
moderadas. 
Os climas temperados têm 
quatro estações: o Inverno é a estação 
mais fria, o Verão é a estação mais 
quente , a Primavera e o Outono são as 
estações de transição. 
Os climas temperados 
subdividem-se em quatro tipos: 
 
Clima Subtropical Úmido 
GEOGRAFIA – Rômulo Barud 
15 
 
(Washington - EUA) 
 
O verão é quente. A temperatura 
média do mês mais quente ultrapassa 
frequentemente, os 22ºC. O inverno tem 
temperaturas moderadas, raramente 
inferiores a 0ºC. A amplitude térmica 
anual não é muito elevada. 
A precipitação é abundante e 
regular durante todo o ano, sendo, 
contudo, mais intensa no verão. Existem 
quatro estações. 
 
 
Clima Temperado Mediterrâneo 
 
(Badajoz - Espanha) 
 
O Verão caracteriza-se por ser 
longo e quente. As temperaturas médias 
mensais oscilam entre os 18ºC e os 
25ºC. Porém, a temperatura máxima 
pode atingir os 40ºC. O Inverno é curto, 
com temperaturas amenas, raramente 
inferiores a 8ºC. A amplitude térmica 
anual é pouco acentuada. 
A precipitação é escassa e 
irregular, concentrando-se nos meses de 
Outono e de Inverno. Existem quatro 
estações do ano: primavera, verão, 
outono e inverno. 
 
• Clima Temperado Marítimo 
 
(Valentia - Irlanda) 
 
O Verão é fresco. As 
temperaturas médias mensais variam 
entre os 15ºC e os 20ºC. No Inverno as 
temperaturas são moderadas, 
geralmente, superiores a 5ºC. A 
amplitude térmica anual é reduzida. 
A precipitação é abundante e 
distribui-se de forma regularao longo 
do ano, embora se registem valores 
mais elevados no Outono e Inverno. 
Existem quatro estações. 
 
Clima Temperado Continental 
 
(Moscou - Rússia) 
 
O Verão é curto e relativamente 
quente. O Inverno é longo e muito frio. 
As temperaturas podem ser inferiores a 
-15ºC. A amplitude térmica anual é 
elevada, podendo ultrapassar os 30ºC. 
A precipitação anual não é muito 
elevada, concentrando-se, 
principalmente nos meses de verão. No 
Inverno ocorre, frequentemente, sob a 
forma de neve ou granizo. Existem 
quatro estações. 
 
� Climas Quentes 
 
Os climas quentes localizam-se, 
sensivelmente na zona compreendida 
entre os trópicos (intertropical) e 
subdividem-se em três grandes tipos: 
 
Clima Equatorial 
GEOGRAFIA – Rômulo Barud 
16 
 
(Kuala Lumpur - Malásia) 
 
As temperaturas médias mensais 
variam pouco ao longo do ano. A 
temperatura média é cerca de 25ºC. A 
amplitude térmica anual é muito 
reduzida. 
A precipitação é abundante 
durante todo o ano, não existindo 
nenhum período seco. Não existem 
estações diferenciadas. 
 
 
Clima Tropical 
 
(Zinguinchor - Senegal) 
 
As temperaturas médias mensais 
são elevadas e geralmente superiores às 
do clima equatorial. A amplitude 
térmica é baixa, não ultrapassando os 
10ºC. 
A precipitação distribui-se de 
forma irregular ao longo do ano, o que 
permite distinguir duas estações: a seca 
e a úmida. Se a estação úmida for a 
mais prolongada trata-se do clima 
tropical úmido. Se a estação seca for a 
mais prolongada então estamos na 
presença do clima tropical seco. 
Existem duas estações: a úmida e a 
seca. 
 
 
Clima Desértico Quente 
 
(Uluru - Austrália) 
 
As temperaturas médias mensais são 
bastante elevadas, podendo ultrapassar 
os 35ºC (na estação quente). A 
amplitude térmica anual é muito 
elevada, assim como a amplitude 
térmica diária. 
A precipitação é escassa e muito 
irregular. No entanto, podem ocorrer 
precipitações muito elevadas, num curto 
período de tempo. As estações do ano 
diferenciam-se pelas diferenças de 
temperatura. 
 
• Eventos Climáticos 
 
El Nino: 
 
 Este fenômeno foi batizado de 
El Nino, em homenagem ao menino 
Jesus, pois foi primeiramente percebido 
na época de Natal, no litoral do Peru. 
 O fenômeno El Nino se inicia 
quando os ventos alísios se 
enfraquecem, deixando de levar a água 
quente para o oeste do Oceano Pacífico. 
Então, a água quente se acumula no 
litoral entre o Chile e o Peru, impedindo 
o avanço da corrente de Humboldt. No 
entanto, as águas do oeste do Oceano 
Pacífico sofrem intenso resfriamento. 
 Graças a este evento, regiões 
áridas como o deserto do Atacama, 
sofrem precipitações e o tempo na 
Austrália passa a ficar seco, dando mais 
possibilidade as queimadas. 
 Como conseqüência do El Nino 
no Brasil, ocorre a formação de uma 
grande e forte massa de ar quente no 
Sudeste, fazendo com que a mPa se 
restrinja apenas a região Sul, 
provocando ali enchentes devido ao 
altíssimo índice pluviométrico. Na 
GEOGRAFIA – Rômulo Barud 
17 
região Nordeste, o período de secas é 
ampliado e agravado, já que a 
temperatura média passa a aumentar 
neste período. 
 
 
La Nina: 
 
 Sabe-se bem menos sobre o 
fenômeno da La Nina em relação ao El 
Nino. O fenômeno é provocado pelo 
resfriamento das águas do Pacífico 
Ocidental e ocorreu entre os anos de 
1984/1985, 1987/1988 e 1999/2000. A 
La Nina provoca a redução da 
temperatura no Brasil, sendo que na 
região Sul e parte da região Norte , o 
índice pluviométrico cai muito, 
provocando períodos de estiagem. Na 
região Nordeste, ocorrem períodos 
prolongados de chuva maiores que o 
normal. 
 Em aspecto global, sabe-se que a 
La Nina influencia no aumento geral 
das chuvas na América do Norte. Ao 
norte deste continente, ocorrem mais 
nevascas e ao sul, uma maior incidência 
de furacões, principalmente na região 
do Golfo do México. Ásia e Austrália 
passam nesta época por um período de 
secas rigorosas. No Chile e no Peru, por 
um período de inundações. 
 
 
 
Ciclones tropicais: 
 
Tratam-se de tempestades que se 
originam em latitudes tropicais; incluem 
depressões, tempestades tropicais, 
furacões, tufões, e ciclones. Estes vários 
tipos de tempestades são similares; sua 
principal diferença é onde se formam. 
Furacões (em inglês hurricanes) são 
ciclones tropicais que ocorrem no 
Oceano Atlântico e a leste do oceano 
Pacífico Central. 
Ciclone é o termo mais 
específico que é freqüentemente 
utilizado para descrever ciclones 
tropicais que se formam no Oceano 
Índico e próximo da Austrália. Embora 
vamos falar mais especificamente de 
furacões (ciclones tropicais com ventos 
sustentados de pelo menos 120km/h) os 
conceitos podem ser igualmente 
aplicados para tufões ou ciclones. 
 Os ciclones tropicais são mais 
prováveis de ocorrer em tempos 
específicos durante o ano. Por exemplo, 
na América do Norte, a estação dos 
furacões começa oficialmente entre 1º 
de Junho a 30 de novembro. Contudo, a 
maioria dos furacões ocorre durante 
agosto, setembro, e outubro, quando as 
águas dos oceanos tiveram tempo 
suficiente para aquecer. Os furacões que 
atingem os Estados Unidos são 
GEOGRAFIA – Rômulo Barud 
18 
usualmente originários do Oceano 
Atlântico, do Mar do Caribe e do Golfo 
do México (entre 10oN a 30oN). 
 Muitos furacões também se 
formam no Oceano Pacífico para fora 
da costa oeste da América do Norte e se 
movem para oeste em direção ao 
Pacífico Central, embora muitas dessas 
tempestades podem fazer um círculo 
para trás e atingir a costa noroeste do 
México. Durante a estação de furacões, 
a região real de formação se move, 
estando ligeiramente a norte no começo 
da estação que no final da mesma. A 
estação de furacões no Oceano Pacífico 
central e leste, a estação de tufões no 
Pacífico oeste e a estação de ciclones no 
Oceano Índico e próximo da Austrália 
são ligeiramente diferentes. 
 
A estrutura de um furacão: 
 
 Um ciclone tropical é definido 
como um vórtice atmosférico com 
rotação ciclônica (horária no Hemisfério 
Sul e anti-horária no Hemisfério Norte) 
que varia de algumas centenas de km 
até aprox. 3.2 mil km. Estão associados 
com um centro de baixa pressão e 
nuvens convectivas que estão 
organizadas em bandas espirais, com 
uma massa de nuvens convectivas 
sustentada no ou próxima ao centro. 
 
 
 
De forma diferente dos sistemas 
de latitudes médias, furacões e outros 
ciclones tropicais são tempestades sem 
frentes associadas. Mas como outras 
tempestades, são caracterizadas por uma 
baixa pressão central e ventos que 
sopram ciclonicamente em volta 
daquele centro. 
 
Furacão Florence 
 
Fonte: http://www.tqnyc.org/NYC062695/ 
 
Anti-ciclones: 
 
 Vórtices com rotação 
anticiclônica são chamados anticiclones, 
os quais podem ser de três tipos 
distintos: 
- Anticiclone quente, o qual em 
geral alcança até os altos níveis 
(~10km); sua posição usual é nos 
subtrópicos entre os ventos de oeste e os 
ventos de leste; ele aparece nas latitudes 
médias (40-60°) com cristas e vórtices 
anticiclônicos do jato polar. 
- Anticiclone frio, o qual é 
confinado nos níveis baixos (entre 1 e 
3km acima da superfície) e coincide 
com o ar polar, geralmente movendo-se 
na direção do equador. 
- Anticiclone de transição, o qual 
está associado com a frente polar e 
participa nas rápidas mudanças de 
tempo nas latitudes médias; estes 
anticiclones no escoamento de oeste são 
de tipo combinado (quente e frio) e 
tipicamente apresentam dois centros: 
um do tipo frio (núcleo a leste, abaixo 
do cavado em ar superior) e um do tipo 
quente (núcleo a oeste, acima do qual 
encontra-se a crista nosníveis altos). 
 
Capítulo IV - Hidrografia 
 
Quando tratamos de hidrografia, 
estamos falando sobre qualquer evento 
em que o ciclo da água esteja envolvido 
GEOGRAFIA – Rômulo Barud 
19 
de forma a constituir a formação de rios, 
lagos, mares, oceanos, fontes de água 
subterrânea, entre outros. 
 
-Águas Salgadas: 
 
Oceano: 
 Oceano é uma grande extensão 
de água salgada que cobre a maior parte 
da Terra. Os oceanos são: Atlântico, 
Pacífico, Índico, Glacial Ártico e 
Glacial Antártico. 
 
Mar: 
É uma larga extensão de água 
salgada que conectada com o oceano. 
Mares e oceanos constituem 97,5% dos 
recursos hídricos do planeta. Dois 
exemplos de mar são: Mar Vermelho e 
Mar Arábico. 
 
Golfo: 
 Grande e acentuada reentrância 
marinha na costa com uma abertura ou 
boca bastante grande. Como exemplos 
temos: o Golfo Pérsico e o Golfo de 
Bengala. 
 
Baía: 
 Reentrância fechada do mar na 
costa marinha com a forma de um golfo 
fechado, geralmente de dimensões 
menores do que este, e alargando-se à 
medida que adentra o continente. Ex.: 
Baía de Guanabara e Baía de Todos os 
Santos. 
 
Águas Doces: 
 
Lago: 
 É uma extensão de água cercada 
por terra. Tem sua origem em regiões de 
depressões, sendo que podem ser 
formadas através do degelo de 
glaciações ou pelo ciclo da água. 
 
Rio: 
 Curso de água que deságua no 
mar, num outro rio ou em um lago. Para 
que se possa entender melhor sobre os 
rios, o dividiremos em três partes: 
nascente, percurso e destino. 
 
Nascente: 
 As nascentes dos rios são 
localizadas normalmente em lugares de 
maior altitude. A origem das águas pode 
ser do derretimento de geleiras, dos 
regimes pluviais ou do brotamento de 
lençóis freáticos. 
 
Percurso: 
 Durante o percurso do rio é mais 
claro perceber qual sua “idade”, através 
da sinuosidade do rio e dos seus efeitos 
no relevo. 
 
 
 Como vimos anteriormente, os 
rios podem ser alimentados pelo 
derretimento das geleiras ou pelo 
regime pluvial. No entanto, para que se 
possa definir algumas características, é 
necessário saber em que região e em 
que clima o rio se localiza. No caso de 
regiões de clima equatorial, onde 
ocorrem muitas chuvas, há pouca 
variação do nível de água. Em regiões 
tropicais, ocorre uma estação de 
estiagem (na estação seca) e de seca (na 
estação chuvosa). Em regiões alpinas, a 
cheia ocorre com o derretimento das 
geleiras na primavera. Em regiões 
polares, os rios permanecem congelados 
de quatro a seis meses do ano. 
 O corpo do rio é formado de: 
 
- Margens: lados do leito fluvial; 
- Talvegue: ponto mais fundo do rio; 
- Leito: superfície por onde correm as 
águas do rio; 
- Interflúvios: áreas de maior altitude 
que “cercam” os rios paralelamente; 
GEOGRAFIA – Rômulo Barud 
20 
- Vertentes: partes do vale localizadas 
entre os interflúvios e as margens. 
 
Destino: 
 Os rios podem desembocar em 
mares, lagos ou outros rios, como já foi 
estudado. No entanto, os rios possuem 
diversos tipos de foz, que é a parte de 
deságüe do rio. os tipos de foz podem 
ser: 
 
- Em estuário: possui uma 
desembocadura larga e profunda; não 
existem obstáculos físicos no 
lançamento das águas. 
- Em delta: possui uma carga de 
sedimentos muito grande, sendo estes 
depositados na foz formando “ilhotas”. 
Com isto, a foz fica aberta em vários 
canais. O nome delta se deve ao Delta 
do rio Nilo, que possui formato 
semelhante à letra grega. 
 
 Quando vários rios desembocam 
em um maior, ocorre a formação de 
uma rede hidrográfica. A área de 
drenagem desta rede é denominada 
bacia hidrográfica. 
 
Capitulo VI - Os Biomas 
Terrestres 
 
Biomas são as grandes 
formações vegetais encontradas nos 
diferentes continentes e devido 
principalmente aos fatores climáticos 
(temperatura e umidade) relacionados à 
latitude. Os principais biomas no mundo 
são: 
 
Tundra: 
 
 
 
 - É o bioma mais recente da 
Terra com aproximadamente 10 mil 
anos; 
 - Se localiza nas regiões 
próximas ao oceano Glacial Ártico; 
 - O solo fica congelado na maior 
parte do ano e só há crescimento da 
vegetação nos períodos de degelo; 
 - A vegetação é rasteira e 
composta de musgos e liquens; 
 - Ocorrem poucas precipitações 
neste bioma. 
 
- Montanhas: 
 
 
 
 - Entre 3000 m e 2.500 m, a 
vegetação é composta de vegetação 
rasteira que é denominada campos 
alpinos; 
- A floresta de coníferas é 
localizada entre 2.500 m e 1.000 m; 
- A floresta temperada se 
localiza entre 1000 e 300 metros. A 
partir daí a vegetação é correspondente 
a da região; 
- No alto das montanhas a 
temperatura é constantemente fria, e às 
vezes com neve no topo das montanhas, 
o que dificulta muito a presença de 
vegetais. 
 
- Taiga ou Floresta Boreal: 
 
 
 
 - Ocorre apenas no hemisfério 
norte; 
GEOGRAFIA – Rômulo Barud 
21 
 - Os invernos são muito frios e 
os verões são quentes, caracterizando o 
clima temperado continental; 
 - Floresta homogênea (presença 
majoritária de coníferas); 
 - Possui grande importância na 
indústria de celulose 
 
- Floresta Temperada 
 
 
 
- Localizada em regiões de clima 
temperado; 
- A floresta é decídua, ou seja, 
perde as folhas no inverno; 
- Por possuir solo muito fértil e 
devido à alta densidade demográfica, as 
regiões de floresta temperada foram 
altamente devastadas; 
- Este bioma possui vegetação 
variável conforme suas condições 
climáticas. Um exemplo disto é a 
presença de sequóias na costa ocidental 
da América do norte e do eucalipto 
gigante na Austrália. 
 
- Desertos e Semidesertos: 
 
 
 
 - Podem ser quentes (Saara) ou 
frios (Atacama); 
 - Apresenta baixíssimas taxas de 
umidade relativa do ar, e por 
conseqüência ocorrem pouquíssimas 
precipitações; 
 - Possui elevada amplitude 
térmica; 
 - Presença de vegetais xerófitos; 
 - Os oásis ocorrem em regiões 
de maior presença de umidade e de 
brotamento de lençol freático; 
 
- Formações Mediterrâneas 
 
 
 
 - É localizado nas mediações do 
mar Mediterrâneo. No entanto aparece 
no oeste dos EUA, e no extremo sul da 
África, por exemplo; 
 - O clima subtropical 
mediterrâneo é predominante; 
 - Formado por uma vegetação 
arbustiva que pode ser aberta ou densa. 
 
- Estepes e Pradarias: 
 
 
 
 - As estepes são encontradas nos 
EUA, Mongólia, Rússia (Sibéria), e 
China; 
 - As estepes são intermediárias 
as pradarias e aos desertos. 
 - As pradarias são localizadas na 
América no Norte e na América do Sul, 
recebendo o nome de pampas; 
 - As pradarias recebem menos 
chuvas que os pampas, possuindo o solo 
mais favorável ao plantio; 
 - A vegetação é 
predominantemente herbácea. 
 
- Savanas: 
 
GEOGRAFIA – Rômulo Barud 
22 
 
 
- São típicas de regiões de clima 
tropical; 
- A vegetação é composta de 
tropofólias (mais altas) e gramíneas; 
- A savana africana possui 
grande diversidade de animais de 
grande porte; 
- O cerrado brasileiro é 
considerado uma savana. 
 
- Florestas Tropicais: 
 
 
 
- É localizada nas zonas 
tropicais; 
- Possui altas médias térmicas e 
elevada umidade; 
- Presença de vegetação perene 
(não perde folhas), higrófilas (adaptada 
a alta umidade) e latifoliadas (folhas 
largas); 
- As florestas deste gênero são 
normalmente densas e possuem elevada 
biodiversidade sendo então heterogênea 
(várias espécies vegetais). 
 
Capítulo VII - Impactos 
Ambientais: 
 
Basicamente, os seres humanos 
dependeram dos recursos naturais 
existentes no planeta para sobreviver e 
poder evoluir. Passamos por diversas 
fases em nossa existência: descoberta 
do fogo, dos luxos através dos metais e 
minerais preciosos, da produçãoem 
massa através das indústrias, dos atuais 
produtos de alta tecnologia que 
utilizamos e, para que tenhamos tudo 
que temos, dependemos de um meio 
comum: a natureza. 
Infelizmente, com o crescimento 
das cidades, muitas vezes desordenado, 
o constante aumento de produções e 
desigualdades, esta mesma natureza 
passou a correr riscos e, sem que nós 
percebêssemos, conseqüências diversas 
passaram a ocorrer. 
Também sem que 
percebêssemos, este risco passou 
também a nos atingir, provocando 
diversos efeitos colaterais não somente 
na nossa sociedade, mas também em 
toda a vida do planeta. 
A seguir estudaremos quais são 
estes impactos ambientais. 
 
• Poluição: 
 
 Poluição é todo o tipo de sujeira 
provocada pelo ser humano sob forma 
de som, imagem ou atingindo os 
recursos naturais, como água, ar e solos. 
 
Poluição Sonora: 
 
 É a poluição provocada pelo 
excesso de barulho em algumas regiões, 
normalmente próximas de aeroportos, 
centros de lazer, como bares e 
discotecas, por exemplo, e próximas a 
lugares de tráfego intenso. 
 
Poluição Visual: 
 
 Quando tratamos sobre poluição 
visual, estamos falando sobre cartazes e 
panfletos em muros, falta de cobertura 
vegetal nas cidades, o serviço de 
panfletagem propriamente dito, 
pichações e todo o tipo de vandalismo 
que normalmente ocorre nos centros 
urbanos. 
 
- A Poluição dos Solos: 
 
 A poluição dos solos é 
ocasionada quando a perda de matéria 
orgânica e sais minerais, modificando 
GEOGRAFIA – Rômulo Barud 
23 
negativamente a estrutura funcional do 
solo. 
 Vale lembrar que a importância 
do solo é fundamental para o nosso 
desenvolvimento tanto na agricultura e 
pecuária, quanto no processo de 
urbanização (melhores solos podem 
comportar prédios maiores, por 
exemplo). 
 Destacaremos então, os 
principais tipos de agravamentos ao 
solo provocados pelo ser humano. 
 
Desmatamentos: 
 
 É histórico saber que o 
desmatamento tem por causa a 
expansão das fronteiras agrícolas, 
extração de recursos minerais, expansão 
da pecuária (principalmente extensiva), 
queimadas e a instalação de cidades, por 
exemplo. 
 No entanto, este tipo de 
desmatamento provoca diversas 
conseqüências negativas no aspecto 
físico, como a extinção de espécies 
animais e vegetais, a perda óbvia de 
cobertura vegetal que por conseqüência 
altera o clima da região e a acentuação 
do processo de desertificação e o 
conseqüente empobrecimento dos solos. 
 
FOLHA ONLINE 
 
Desmatamento cai mais 30% na 
Amazônia 
 
 
 
 
Desertificação: 
 
 Existe uma grande controvérsia 
sobre o fenômeno da desertificação. 
Muitas pessoas confundem 
desertificação com processo de 
formação de desertos. 
O processo de formação de 
desertos é um evento natural, provocado 
pela alteração do clima na região e 
pelos processos de dinâmica de relevo. 
 Um exemplo de processo de 
formação de deserto é a formação do 
deserto do Saara, que não teve 
influência relevante do homem, mas foi 
uma região que sofreu uma grande 
variação climática natural. 
O fenômeno da desertificação é 
decorrente das ações antrópicas, ou seja, 
provocadas pelo ser humano. Como 
causas temos o uso intensivo do solo 
para a agricultura, os desmatamentos, a 
pecuária extensiva (pisoteamento do 
solo) e técnicas antiquadas de irrigação 
e cultivo. 
As conseqüências também 
atingem tanto a sociedade humana 
quanto a própria natureza, havendo 
destruição da biodiversidade, maior 
formação de solos arenosos, redução 
dos recursos hídricos e de solos 
cultiváveis e serve como fator de 
repulsão populacional devido às 
condições insalubres de sobrevivência. 
 
Deslizamentos de terra: 
 
 Os deslizamentos ocorrem 
graças a dois fatores fundamentais: a 
perda de cobertura vegetal nas encostas 
e morros e elevados índices de 
pluviosidade. 
 O tipo do solo presente nestas 
encostas também influencia na 
probabilidade de ocorrer deslizamento. 
Quanto mais arenoso, maior a 
probabilidade, graças ao escoamento 
superficial e subsuperficial, atingindo o 
lençol freático. 
 
 
GEOGRAFIA – Rômulo Barud 
24 
- O Lixo: 
 
-Formas de Depósito e Tratamento de 
Lixo: 
 
 Com o passar do tempo e as 
reformas sanitárias e médicas, diversos 
foram os métodos criados para depositar 
e tratar o lixo no mundo. Veremos a 
seguir estas formas de depósito e 
tratamento: 
 
Lixões: 
 São depósitos de lixo localizadas 
em diversas áreas inabitadas ou 
habitadas, normalmente em periferias. 
O lixão pode ser encontrado nos 
barrancos próximos a comunidades 
carentes que não possuem ou possuem 
raramente serviço de coleta de lixo. O 
chorume (líquido malcheiroso originado 
do lixo) é drenado pelo solo e entra em 
contato direto com o lençol freático, 
poluindo a água. 
 
Aterros Sanitários: 
 Assim como os lixões, os aterros 
sanitários também são depósitos de lixo. 
No entanto, ocorrem sob forma de 
depósito e camadas, servidas 
normalmente pelo serviço de coleta de 
lixo. O lixo é direcionado a regiões 
onde não há moradia e os impactos 
ambientais ao solo e a água também é 
muito grande. A proliferação de animais 
“urbanos” nocivos ao homem é muito 
grande em áreas de lixão e aterros. 
 
 
Fonte: http://site.jundiai.sp.gov.br/oikos/navegador3.htm 
 
 
 
Balsas: 
 
 Método comum em algumas 
grandes metrópoles do mundo, consiste 
no transporte do lixo nas cidades por 
balsas e direcionadas a ilhas isoladas 
sob forma de aterro. A poluição nas 
águas é acentuada graças a isto, no 
entanto devido a grande produção de 
lixo e a falta de espaço, esta alternativa 
passa a ser a com menor custo. 
 
Queima: 
 
 Estratégia utilizada para geração 
de energia e redução das camadas de 
lixo no local. A poluição atmosférica é 
altamente ampliada com este método. 
 
Sistema de Reciclagem: 
 
 Considerado o método mais 
viável e desenvolvido para o tratamento 
de lixo, a reciclagem consiste 3 etapas 
básicas: 
1ª: a coleta é diferenciada – o lixo 
doméstico, por exemplo, é dividido 
entre papeis, metais, plásticos e lixo 
orgânico, o que facilita a separação. 
2ª: cada segmento de lixo é tratado de 
forma diferenciada, com recursos de 
reaproveitamento para cada segmento. 
3ª: ocorre comercialização do lixo 
reciclado. 
 Além de ecologicamente viável, 
este método de tratamento do lixo gera 
empregos formais e informais, 
dinamizando a economia. 
 
 
GEOGRAFIA – Rômulo Barud 
25 
 
- Tipos de Lixo: 
Orgânico: restos de restos de alimentos; 
Inorgânico: papel, vidro, latas, 
alumínio, embalagens descartáveis, 
plásticos, entre outros; 
Industrial: diversos produtos químicos e 
drogas, por exemplo; 
Hospitalar: composto de resíduos 
hospitalares e materiais altamente 
tóxicos como os originados de 
radioterapia, medicina nuclear e 
radioterapia; 
Lixo atômico: formado por resíduos de 
usinas nucleares. 
 
- Poluição das Águas: 
 
 Como todos sabem, não existiria 
vida se não houvesse água e a água 
própria para consumo é muito pouca, 
proporcionalmente falando. O grande 
problema é que a grande vítima da 
poluição é esta água que dependemos 
para consumir. Os principais poluidores 
são indústrias, esgotos sem tratamento, 
lixo sólido, atividades mineradoras e 
resíduos agropecuários. A grande 
presença de lixo orgânico e inorgânico 
afeta profundamente o ecossistema e 
proliferação de vida, o que é altamente 
problemático. 
 
- Poluição do Ar: 
 
 Atualmente as formas de 
poluição do ar são as mais visadas e 
discutidas nos meios acadêmicos e de 
comunicação em massa. 
 As conseqüências provocadas 
por este tipo de poluição estão 
diretamente relacionadas com as 
variações climáticas no planeta, o 
aumento de fenômenos atmosféricos 
catastróficos a nossasociedade e o 
crescente aumento de mortalidade 
relacionada a estes fenômenos. A seguir 
veremos estes impactos e suas 
conseqüências na natureza: 
 
 
Inversão Térmica: 
 
 A inversão térmica é um dos 
processos climáticos naturais agravados 
pelo ser humano. Para entender este 
fenômeno, é necessário relembrar como 
é a dinâmica do ar: o ar quente é mais 
leve, logo ascende até altas altitudes, 
quando resfria; o ar frio é mais pesado, 
logo descende e aquece. 
 Em épocas mais frias como 
outono e inverno, é normal que a 
situação se inverta por um curto período 
de tempo. 
 O solo mais frio que de costume, 
retém o ar frio até ser aquecido e o ar 
quente fica acima desta massa de ar frio. 
 O impacto ambiental ocorre 
quando este fenômeno se dá em áreas 
altamente urbanizadas, com muita 
poluição. Graças as partículas liberadas 
pelos veículos, indústrias e etc., o ar frio 
se torna mais denso e pesado, 
concentrando os poluentes em baixas 
altitudes, diminuindo a visibilidade e 
aumentando o índice de doenças 
respiratórias. 
 A esta diminuição de 
visibilidade, damos o nome de “efeito 
smog”. 
 
 
Fonte: http://fisica.cdcc.sc.usp.br/ 
 
Efeito Smog: 
 
 A palavra smog deriva das 
palavras smoke (fumaça) e fog 
(nevoeiro). A concentração de poluentes 
no ar e as reações provocadas por eles 
dão origem ao smog, que contém muitas 
substâncias orgânicas e inorgânicas, 
emitidas por indústrias, veículos e 
aquecimento doméstico - comum em 
países mais frios. 
GEOGRAFIA – Rômulo Barud 
26 
Ilhas de Calor: 
 
 O fenômeno da ilha de calor 
abrange um aspecto total da cidade: do 
centro urbano altamente devastado e 
com presença de grandes edifícios e 
muitos carros até as áreas menos 
urbanizadas e mais verdes. Como 
estudamos anteriormente, quanto maior 
a cobertura vegetal, menor a variação da 
temperatura e mais regulada ela se 
torna. 
 As ilhas de calor ocorrem 
justamente devido a presença ou não de 
poluição, cobertura vegetal e densidade 
urbana. Quanto mais presentes a 
poluição e densidade urbana, maior a 
temperatura – quanto menos presentes, 
menor a temperatura e maior a 
regulação térmica. 
 
Chuva Ácida: 
 
 A chuva ácida é decorrente da 
reação química da água condensada na 
atmosfera e os resíduos gasosos 
liberados pelas indústrias, usinas, e 
automóveis, principalmente. Os 
impactos provocados são diversos, 
atingindo plantações, obras públicas de 
arte, edificações, e doenças de pele e 
queimaduras nos animais, entre eles, o 
ser humano. 
 
 
Fonte: http://www.ambienteterra.com.br/ 
 
O Efeito Estufa: 
 
 Outro evento natural agravado 
pela ação humana é o efeito estufa. 
Como o nome já diz, o efeito estufa tem 
como por objetivo regular o calor do 
planeta. A atmosfera funciona como 
uma estufa, retendo uma pequena parte 
da radiação solar. 
 Água (vapor), partículas sólidas, 
dióxido de carbono e óxido de metano 
são alguns dos principais retentores do 
calor na atmosfera. Vale lembrar que se 
não houvesse este aquecimento, não 
haveria vida, já que a variação térmica 
iria ser muito grande no planeta inteiro. 
 O ser humano em sua evolução 
tecnológica passou a utilizar diversos 
tipos de energia, entre elas a queima de 
combustíveis fósseis, que libera em 
grande escala gases como o gás 
carbônico, o dióxido de carbono e o 
metano. Tais gases quando lançados a 
atmosfera, amplificam este efeito estufa, 
retendo cada vez mais calor, e, por 
conseqüência aquecendo cada vez mais 
o planeta. 
 
 
Fonte: http://geographicae.wordpress.com 
 
Destruição da Camada de Ozônio: 
 
 Talvez este seja o mais temível 
dos impactos ambientais provocados 
pelo ser humano. Apesar de o ozônio 
ser um gás poluente em baixas altitudes; 
em altas altitudes, este gás funciona 
como um escudo protetor para o nosso 
planeta, evitando que grande parte da 
radiação ultravioleta (UV) seja 
absorvida pela superfície do planeta e 
pelos seres vivos. 
 Para que se tenha noção da 
gravidade do problema, a camada de 
ozônio possui razoável resistência aos 
raios UVA e UVB, sendo que o 
GEOGRAFIA – Rômulo Barud 
27 
primeiro não é nocivo e o segundo pode 
provocar algumas doenças de pele caso 
a exposição aos raios solares seja 
grande e a pessoa não se proteja 
devidamente. O raio mais nocivo é o 
UVC, que até então a nossa camada de 
ozônio consegue filtrar e reduzir sua 
intensidade. 
 O maior problema é que com a 
redução da espessura da camada de 
ozônio, os raios UVC atingem 
diretamente a Terra, e suas 
conseqüências são drásticas, 
provocando maior incidência de 
doenças cancerígenas e destruindo 
plantações. 
 O termo “buraco” na camada de 
ozônio que ouvimos normalmente serve 
como um agravante da situação. A 
camada de ozônio não possui “buracos”, 
mas sim áreas que são mais 
desgastadas. Este desgaste é provocado 
através de reações químicas com 
clorofluorcarbonetos (CFC’s), que eram 
comumente utilizados em 
refrigeradores, aerossóis entre outros. 
 
 
Fonte: http://bohr.quimica.ufpr.br/~dallara/camada.html 
 
 Como mostra a figura a seguir, 
pode-se perceber que com a produção 
de CFC’s, ocorre uma reação química 
entre eles e o ozônio na estratosfera, 
fazendo com que esta camada se torne 
mais fina e o planeta mais vulnerável à 
radiação ultravioleta. 
 
 
 
 
- Políticas de Combate aos Impactos 
Ambientais: 
 
Protocolo de Montreal: 
 
 Na década de 1980 foi 
descoberto por cientistas que a camada 
de ozônio estava sendo destruída por 
produtos químicos emitidos em 
conseqüência de atividades humanas. 
Os principais e mais destrutivos destes 
produtos eram os CFC’s. 
 Diante desta ameaça, em 1987 
foi criado o Protocolo de Montreal 
visando a redução dos CFC’s em 50% 
até o final de 1999. Sessenta países 
assinaram este protocolo com este 
comprometimento. 
 Em 1990, no entanto, setenta 
países se comprometeram em acelerar a 
eliminação do CFC até o ano de 2000, 
na Conferencia de Londres. No caso dos 
países em desenvolvimento a meta é até 
2010. 
 O Brasil pretende parar de 
fabricar produtos que liberam CFC até 
2007. Atrás da china e Índia, o Brasil é 
o terceiro maior consumidor de CFC no 
mundo. 
 
ECO-92: 
 
 Em 1992 no Rio de Janeiro, 
representantes de vários países do 
mundo se reuniram visando medidas 
para a redução da degradação 
ambiental. A grande idéia lançada nesta 
conferência foi a de introduzir o 
desenvolvimento sustentável e mais 
adequado ao equilíbrio ecológico. 
 A elaboração da Carta 21 prevê 
este desenvolvimento sustentável. Esta 
Carta serve de base para que seus 
signatários (168 países dos 175 
presentes) tracem seus planos para este 
desenvolvimento sustentável. 
 Esta agenda é dividida em 
quatro partes: Dimensões Sociais e 
Econômicas; Conservação e Gestão de 
Recursos para o Desenvolvimento; O 
GEOGRAFIA – Rômulo Barud 
28 
Papel da Sociedade e os Meios de 
Implementação. 
 
 
 Cúpula do Clima e Aquecimento 
Global: 
 
 Em 1997 em Kyoto, Japão, foi 
realizada uma conferência visando os 
limites para emissão de gases poluentes 
– principalmente o dióxido de carbono – 
causadores do efeito estufa e o 
calendário para que as metas fossem 
cumpridas. O Protocolo de Kyoto é o 
documento que traz as principais 
resoluções desta conferência. 
 O maior problema deste 
protocolo é que alguns países 
extremamente poluidores como Estados 
Unidos se recusaram a acatar o 
protocolo, alegando que iriam sofrer 
impactos fortes na economia. 
 Atualmente nos Estados Unidos 
e em alguns outros países que não 
haviam assinado tal protocolo, foi 
estabelecida uma política regional, onde 
cada estado é responsável pelas suas 
atitudes em prol ou contra o meio 
ambiente.