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Epidemiologia 01

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V e t e r i n a r i a n D o c s 
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1 
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Epidemiologia 
 
 
Introdução 
Definição: uma ciência que estuda quantitativamente a distribuição dos 
fenômenos de saúde/doença, e seus fatores condicionantes e determinantes, 
nas populações (estudo do que afeta a população). Utiliza distribuição, freqüência, 
saúde e doença, medicina preventiva, população, prevenção e controle, saúde pública. 
 Etimologia: 
 Epi: em cima de, sobre 
 Demós: povo, população 
 Sufixo logos: tratado, palavra, discurso, estudo 
‗Estudo do que afeta a população‘ 
*Taxa de Natalidade = Epidemiologia (não precisa necessariamente ser uma 
enfermidade) 
 -Epidemiologia Veterinária: É a ciência que estuda a apresentação e evolução do 
estado de saúde e de enfermidade, assim como sua distribuição nas populações animais, 
tanto espacial como temporalmente. Também se encarrega do estudo dos determinantes 
associados a esse estado de saúde e enfermidade. (ORTEGA et al., 1995) 
 -Aplicação da Epidemiologia: 
-Informações sobre a situação de saúde da população; 
-Determinação das freqüências; 
 
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-Estudo da distribuição dos eventos; 
-Diagnóstico dos problemas de saúde 
-Investigação sobre os fatores que influenciam; 
-Investigação sobre os fatores que influenciam; 
-Avaliar o impacto das ações propostas para alterar a situação; 
Nível Coletivo: 
-Planejamento em saúde 
 
Nível individual: 
-Fundamentar decisões e condutas 
-Diagnóstico clínico 
- Prescrições 
-Objetivos Específicos: 
-Identificar o agente causal ou fatores relacionados à causa dos agravos à saúde; 
-Entender a causa dos agravos à saúde; 
-Definir os modos de transmissão; 
-Definir e determinar os fatores contribuintes aos agravos à saúde; 
-Identificar e explicar os padrões de distribuição geográfica das doenças; 
-Estabelecer os métodos e estratégias de controle dos agravos à saúde; 
-Estabelecer medidas preventivas; 
-Auxiliar o planejamento e desenvolvimento de serviços de saúde; 
-Prover dados para a administração e avaliação de serviços de saúde 
-Determinar a evolução da enfermidade no tempo e no espaço; 
-Quantificar a contribuição dos determinantes (fatores associados) da 
enfermidade na apresentação e disseminação da mesma; 
-Responder a questões de causalidade de enfermidade e/ou determinar os grupos 
de animais com alto risco de enfermidade; 
 -Proporcionar os elementos essenciais de atuação aplicáveis, com alternativas 
para lutar contra a enfermidade e preveni-la através da avaliação epidemiológica e 
econômica de sua possível efetividade. 
 Áreas Temáticas: 
1-Doenças infecciosas e enfermidades carenciais: tem como objetivo estudar a 
doença, tanto no período epidêmico como nos períodos interpidêmicos. 
 
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2-Doenças crônico-degenerativa e outros danos à saúde: antigamente o campo 
da epidemiologia era praticamente todo voltado à doenças infecciosas, mas com a 
diminuição da mortalidade por doenças infecciosas e carenciais, o envelhecimento 
progressivo da população e a mudança no perfil de morbidade levaram a que o campo 
de aplicação da epidemiologia fosse ainda mais ampliado. Ao contrário das doenças 
infecciosas, não há um agente etiológico conhecido, tornando o diagnóstico ainda mais 
difícil. 
 3-Os serviços de saúde: assistência aos doentes e as práticas preventivas 
representam fatores que intervêm na distribuição e na ocorrência das doenças. Estudam 
a cobertura populacional e qualidade de atendimento. 
-Subdivisões da Epidemiologia 
 1-Grupos de Causas: 
 -Epidemiologia Ambiental: É da natureza da epidemiologia o seu 
envolvimento interdisciplinar. Esta área de conhecimento utiliza o método científico 
para atingir seus objetivos no estudo da distribuição e determinantes do estado de saúde-
doença, incapacidade, morbidade e mortalidade nas populações. A epidemiologia 
oferece os instrumentos metodológicos para orientar o processo de vigilância ambiental 
em saúde. 
 -Epidemiologia Ocupacional 
 -Epidemiologia das Doenças Transmissíveis 
 2- Grupos de Risco 
 3-Locais Onde é Praticada: 
 -Comunidade 
 -Hospitais / Clínicas 
 4- Outros: 
 -Epidemiologia Social: É a contestação da visão clássica de 
Epidemiologia (reducionista, funcionalista e positivista), estudo da determinação social 
 
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da doença. Estuda a situação de saúde da população, em especial em regiões 
subdesenvolvidas. 
 -Epidemiologia Clínica: estuda os fundamentos epidemiológicos 
modernos, o diagnóstico clínico e os cuidados com o paciente. Usando a estatística 
também. 
 -Epidemiologia Nutricional: destaca a importância na utilização de 
metodologia adequada para avaliar a dieta, com instrumentos validados que possam 
investigar a associação entre dieta-doença. No contexto mundial os fatores nutricionais 
desempenham importante papel na morbi-mortalidade das doenças crônicas não-
transmissíveis. 
 -Epidemiologia Farmacológica 
 -Epidemiologia Molecular 
 -Epidemiologia Comportamental 
-Definições de Epidemiologia através do Tempo: 
 ―É o campo da ciência médica preocupado com o inter-relacionamento de vários 
fatores e condições que determinam a freqüência e a distribuição de um processo 
infeccioso, uma doença ou um estado fisiológico em uma comunidade.‖ Maxcy (1951) 
 
―A epidemiologia ocupa-se das circunstâncias em que as doenças ocorrem e nas 
quais elas tendem ou não a florescer... Estas circunstâncias podem ser microbiológicas 
ou toxicológicas; podem estar baseadas em fatores genéticos, sociais ou ambientais. 
Mesmo fatores religiosos ou políticos devem ser considerados, desde que se note que 
têm algumas influências sobre a prevalência da doença. É uma técnica para explorar a 
ecologia da doença.‖ 
Paul (1966) 
 
―É o estudo da distribuição e dos determinantes da freqüência de doenças.‖ 
MacMahon e Pugh (1970) 
―É o estudo da distribuição e dos determinantes da saúde em populações.‖ 
Susser (1973) 
 
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―É uma maneira de aprender a fazer perguntas e colher respostas que levam a 
novas perguntas... Empregada no estudo da saúde e doença das populações. É a ciência 
básica da medicina preventiva e comunitária, sendo aplicada a uma variedade de 
problemas, tanto de serviços de saúde como de saúde.‖ Morris (1975) 
 
―É o campo da ciência que trata dos vários fatores e condições que determinam a 
ocorrência e a distribuição de saúde, doença, defeito, incapacidade e morte entre os 
grupos de indivíduos.‖Leavell e Clark (1976) 
 
―É o estudo da freqüência, da distribuição e dos determinantes dos estados ou 
eventos relacionados à saúde em populações específicas e a aplicação desses estudos no 
controle dos problemas de saúde.‖ Last (1995) 
 
-Métodos de Investigação: 
 
 -Lógica Indutiva: inferência, é mais utilizado nos estudos quantitativos. Do 
particular para o geral. 
 -Tipos de Estudo: 
 1- Estudos Descritivos e Analíticos 
 -Descritivos: Informam sobre a freqüência e a distribuição de um 
evento. Referem-se à mortalidade e morbidade e mostram as variações que ocorrem não 
população, no local e no tempo. 
 -Analíticos: Associação de dois eventos. Estabelece explicações 
para eventual relação. Fatores intrínsecos ou extrínsecos devem ser neutralizados, para 
que não ocorra erros ‗fator de confusão‘. 
Ex.: nível de colesterol com seus efeitos (coronariopatia). 
 2- Estudos Experimentais e Não Experimentais 
 
 -Experimentais (estudos de Intervenção): Eficácia de 
intervenções(condutas médicas, medicamentos, cirurgias, vacinas e exames periódicos. 
 -Não Experimentais (estudos de Observação): Pesquisa de 
situações que ocorrem naturalmente. Observação de indivíduos ou grupos e 
comparação. 
 
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 -Freqüência: Número de eventos, taxas (comparação entre diferentes 
populações) e risco de doença na população. 
 -Distribuição: Tempo (tendência num período, variação sazonal), Lugar 
(distribuição geográfica, distribuição urbano-rural), o indivíduo (sexo, idade, raça, 
utilização). 
 -Determinantes: Busca das causas e dos fatores que influenciam na ocorrência 
dos eventos relacionados ao processo saúde-doença e implementação de medidas de 
prevenção e controle. 
 -Populações Específicas: Preocupação com a saúde coletiva de grupos de 
indivíduos que vivem em uma comunidade. 
 -Estados ou eventos relacionados à saúde: Originalmente preocupava-se com 
epidemias de doenças infecciosas e atualmente abrangência ampliada a todos os agravos 
 -Aplicação: Oferece subsídios para ações de prevenção e controle e instrumento 
para outras áreas / disciplinas 
-Aplicações da Epidemiologia: 
 Objetivo: é o de concorrer para reduzir os problemas de saúde, na população. 
Um importante passo para isso é o conhecimento da distribuição das doenças, dos 
fatores que determinam essa distribuição e das possibilidades de êxito das intervenções. 
1- Informar a situação de saúde da População: inclui a 
determinação de freqüências, distribuição e diagnósticos. 
2- Investigar os fatores que influenciam a situação de saúde: estudo 
dos determinantes do aparecimento e manutenção dos danos à saúde. 
3- Avaliar o impacto das ações propostas para alterar a situação 
encontrada: ações de segurança, programas e serviços de saúde. 
 
*A Epidemiologia complementa o conhecimento produzido através de investigações de 
laboratório ou de pesquisas de natureza puramente clínica. 
 
-Três Aspectos da Prática da Epidemiologia: 
 
 1-A população para Estudo: esta pode ser composta de qualquer grupo de 
unidades. População, comunidade e coletividade são considerados sinônimos em 
Epidemiologia. 
 
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 2-A Aferição dos Eventos e a Expressão dos Resultados: a coleta de dados sobre 
a freqüência da doença, característica da população, recursos geram uma base factual 
para investigar-se como as características desta população e os fatores de risco nela 
encontrados estão associados à ocorrência das doenças. 
 3-O Controle de Variáveis Confundidoras: A epidemiologia é essencialmente a 
comparação da freqüência de eventos (coeficientes de mortalidade entre duas 
populações). Para que tais comparações produzam conclusões úteis, as populações 
devem ser comparáveis (características iguais). O controle de variáveis como essas se 
faz na fase de planejamento da pesquisa e na análise de dados. 
 
-Perspectiva Histórica: 
 -Louis Pasteur: considerado o pai da bacteriologia, foi umas da figuras mais 
importantes do século XIX. Foi ele quem assentou as bases biológicas para o estudo das 
doenças infecciosas, influenciando profundamente a história da Epidemiologia. 
Identificou muitas bactérias além de fazer trabalhos pioneiros com Imunologia. 
 -Van Leeuwenhoek: formulação da teoria dos germes e descoberta do 
microscópio. 
 
-A Segunda Metade do Século XX: 
 Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), houve um impressionante 
desenvolvimento da epidemiologia. 
 1-Ênfase das Pesquisas: a determinação das condições de saúde da população, a 
busca sistemática de fatores antecedentes ao aparecimento das doenças, a avaliação da 
utilidade e da segurança de intervenções. 
 2-Situação Atual: duas tendências, a Epidemiologia Social e a Epidemiologia 
Clínica. 
 
-Pilares da Epidemiologia Atual: 
 1-Ciências Biológicas: clínica, patologia, microbiologia, parasitologia e 
imunologia. 
 2-Ciências Sociais: A sociedade como está organizada atualmente, embora 
ofereça proteção aos indivíduos, também determina muitos dos riscos de adoecer, bem 
como o maior ou menor acesso das pessoas às técnicas de prevenção de doenças, da 
promoção e recuperação da saúde. 
 
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 3-Estatística: é a ciência e a arte de coletar, resumir e analisar dados sujeitos à 
variações. Oferece o instrumental a ser levado em consideração nas investigações de 
questões complexas, como a aleatoriedade dos eventos e o controle de variáveis que 
dificultam o estudo. 
 
Saúde e Doença 
-Doença: derivado do latin e significa ‗dor‘. Falta ou perturbação da saúde. 
-Morbidade: sinônimo de doença. É a taxa de portadores de determinada doença em 
relação à população total estudada, em determinado local e em determinado momento. 
-Saúde: situação normal; Estado do que é sadio. 
 OMS: ‗saúde é um completo estado de bem estar físico, mental e social e não 
apenas a ausência de doenças‘ 
-Produtividade: medida para substituir a saúde (animais de produção – em Med. 
Veterinária) 
Classificação das Doenças quanto à Duração e Etiologia: 
 1-Infecciosas: 
 -Aguda: As doenças agudas são aquelas que têm um curso acelerado, 
terminando com convalescença ou morte em menos de três meses. O inicio 
dos sintomas pode ser abrupto ou insidioso, seguindo-se uma fase de deterioração até 
um máximo de sintomas e danos, fase de plateau, com manutenção dos sintomas e 
possivelmente novos picos, uma longa recuperação com desaparecimento gradual dos 
sintomas, e a convalescência, em que já não há sintomas específicos da doença mas o 
indivíduo ainda não recuperou totalmente as suas forças. 
 -Crônica: é uma doença que não é resolvida num tempo curto, definido 
usualmente em três meses. As doenças crônicas são doenças que não põem em risco a 
vida da pessoa num prazo curto, logo não são emergências médicas. No entanto, elas 
podem ser extremamente sérias. 
 -Contagiosa 
 -Não Contagiosa 
 -Período de Incubação / Transmissibilidade 
 2-Não Infecciosas: 
 -Agudas 
 -Crônicas: 
 
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 -Período Pré-Clinico longo, alterações irreversíveis, não há contágio 
Sinais / Sintomas: 
 -Sinal: é o que o clínico observa, seja por exame ou anamnese. 
 -Sintoma: é o que o animal sente. 
*Manifestação Clínica ou Quadro Clínico: sinal + sintoma 
 
Infecção: não é sinônimo de enfermidade. É a colonização de um organismo hospedeiro 
por uma espécie estranha. Em uma infecção, o organismo infectante procura utilizar os 
recursos do hospedeiro para se multiplicar (com evidentes prejuízos para o hospedeiro). 
O organismo infectante, ou patógeno, interfere na fisiologia normal do hospedeiro e 
pode levar a diversas conseqüências. A resposta do hospedeiro é a inflamação. 
 
Enfermidade: é a doença com o quadro clínico. Afecção particular que atinge de 
maneira crônica alguma parte do corpo. Leve indisposição corporal. Debilidade, doença 
ou outra causa que produza fraqueza. 
 
-Transtorno: termo usado em lugar de doença ou de outro vocabulário similar, a fim de 
causar impacto psicológico menor no doente, ou em quem o acompanha. 
 
Medidas de Saúde e Doenças 
 
-Necessidade: é a ferramenta central da epidemiologia (comparação entre taxas); 
-Normalidade: comum, o que é freqüente dentro de uma variação. A definição é 
baseada em: sinais, sintomas e resultados de testes. 
-Taxa de Incidência: variação de um fenômeno por unidade de tempo. 
 
 Ex.: o número de nascimentos ou óbitos por ano, quantidade de glicose (mg) por 
unidade de sangue circulante. 
-Incidência Acumulada (taxa de ataque): é a proporção que representa uma estimativa 
do risco de desenvolvimento deuma doença em uma população, durante um intervalo 
de tempo determinado. É a expressão do risco médio de adoecimento, referido a um 
grupo de indivíduos. 
 
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-Sobrevida: é a medida complementar à incidência acumulada. É uma estimativa da 
probabilidade de um indivíduo não morrer, ou, não desenvolver uma doença. 
-Medidas de Mortalidade: pode ser medida através de taxas ou proporções. Expressa a 
freqüência de óbitos por uma doença ou problema de saúde. 
-Prevalência: é definida como a freqüência de casos existentes de uma determinada 
doença, em uma determinada população e em um dado momento. Os doentes que 
vierem a falecer antes do período de observação, não são considerados no cômputo da 
prevalência. A prevalência de uma doença é determinada pela sua incidência e duração, 
assim como pelos movimentos migratórios. Quanto mais elevada a incidência e/ou a 
duração de uma doença, mais tender a ser sua prevalência. 
 Aumenta a Prevalência 
 -Doenças Crônicas 
 -Doentes sem Cura 
 -Melhoria de Diagnóstico 
 Diminui a Prevalência: 
 -Doenças Agudas 
 -Casos Fatais 
 -Melhoria na Taxa de Cura 
*A incidência necessita da prevalência 
 1-Prevalência Instantânea: mede a proporção de uma população que em um 
determinado instante apresenta a doença 
 2-Prevalência Periódica: mede a proporção de uma população que apresentou a 
doença num espaço de tempo definido. Prevalência Pontual + Casos Novos. 
 PREVALÊNCIA (P) = INCIDÊNCIA (I) X DURAÇÃO DA DOENÇA (D) 
-Letalidade: dos que eram enfermos, morreram. 
Tipos de Coeficientes: 
 1-Geral ou Global: não há especificação, além do tempo e espaço. 
 Ex.: coeficiente geral de mortalidade 
 2-Específico: no numerador ou denominador apresenta outras especificações 
além da área e do tempo (gênero, espécies...) 
Índices: não indica probabilidade de risco 
 Nº de óbitos (causa determinada) x 100 
 Nº de óbitos por todas as causas 
 
 
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Modelos Explicativos da Biomedicina: 
 
Modelo: Representação simplificada e abstrata de fenômeno ou situação concreta, e que 
serve de referência para a observação, estudo ou análise. Baseado em uma descrição 
formal de objetos, relações e processos, e que permite, variando parâmetros, simular os 
efeitos de mudanças de fenômeno que representa. 
 
6 modelos: -Cadeia de Eventos 
 -Modelos Ecológicos 
 -História Natural 
 -Modelos Causais 
 -Etiologia social 
 -Visão sistêmica 
 
 
 
 
 
População (P) 
Infectados (I) 
Doentes (D) 
Doentes Graves (G) 
Óbitos (O) 
 
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1-Modelo de Cadeia de Eventos: Representação em forma de seqüência de 
acontecimentos relacionados à saúde e doença. Centrada na figura do agente. Modelo 
linear. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reservatório  Vetor  Indivíduo susceptível 
Ex.: ciclos parasitológicos 
-Tendência à individualizar as doenças 
-Acredita-se que descobrindo o ‗causador‘, estará tudo resolvido – Teoria Unicasual 
-Utilidades do modelo: 
 -Compreende a forma de transmissão (relação entre agente e hospedeiro) 
 -Noção de prevenção (rompimento de um dos elos da cadeia) 
 -Identificação dos pontos fracos 
-Origem histórica: Descartes (organismo como uma máquina, tendência de 
individualizar a doença) 
 
O método de raciocínio proposto por Descartes no Discurso compõe-se de quatro 
passos ou preceitos: 
1. Receber escrupulosamente as informações, examinando sua racionalidade e 
sua justificação. Verificar a verdade, a boa procedência daquilo que se investiga – 
aceitar o que seja indubitável, apenas. 
2. Análise, ou divisão do assunto em tantas partes quanto possível e necessário. 
3. Síntese, ou elaboração progressiva de conclusões abrangentes e ordenadas a 
partir de objetos mais simples e fáceis até os mais complexos e difíceis. 
4. Enumerar e revisar minuciosamente as conclusões, garantindo que nada seja 
omitido e que a coerência geral exista. 
 
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Teoria Miasmática: teoria miasmática, os ambientes onde predominavam a sujeira e a 
concentração populacional favoreciam o surgimento de males e epidemias. Para 
combater as doenças miasmáticas, os médicos higienistas propunham a expulsão dos 
equipamentos insalubres, um novo recorte do espaço urbano, a reorganização do espaço 
doméstico e medidas de saneamento — higiene total, limpeza profunda do meio físico e 
social. 
Fontes de Infecção: 
• Enfermos 
– Típicos: sintomas característicos 
– Atípicos: os sintomas não são característicos por causa da severidade 
ou benignidade da doença 
– Prodrômicos: o animal está doente, mas os sintomas não são claros. 
Ex. bovinos na fase inicial da febre aftosa pode manifestar apenas febre ou 
diminuição apetite ou dificuldade na apreensão de alimento. 
• Portadores 
– Em incubação: é um indivíduo que não teve a doença, não tem mas, 
que manifestará uma vez superado o período de incubação da doença 
– Convalescente: é um indivíduo que teve a doença, não tem mais, mas, 
elimina o agente da doença. Ex. helmintoses, babesiose, anaplasmose 
– Sadio: É um indivíduo que não teve a doença, não tem e não terá em 
decorrência de imunidade. Ex: Bovino vacinado contra febre aftosa e que 
tenha sido exposto ao vírus da febre aftosa que causa infecção apenas. 
– Subclínico 
• Reservatórios 
– Ecológico – vetores 
– Epidemiológico – silvestres 
– Adicional – solo 
Portas de entrada 
• Vias de eliminação 
1. Secreção oro – nasal. Ex. agentes de doenças respiratórias ou da mucosa oral 
2.Fezes 
3.Sangue 
4.Urina 
 
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5.Leite 
6. Descargas purulentas 
7. Descamações cutâneas 
 
• Vias de transmissão 
a. Contagio direto: agentes pouco ou nada resistentes às condições do meio ambiente. 
b. Contagio indireto: há a interposição de um veículo inanimado. Este contágio se 
processa por: fômites, ar, poeiras, entre outras partículas suspensas no ar. 
c. Vetores: São usualmente representados por artrópodes. Podem ser Mecânico e 
Biológico. São os tipos de vetores: Mecânico (ex. Musca domestica) e Biológico. 
d. Hospedeiro intercalado: realização de uma fase do ciclo biológico do parasito no 
interior de seu organismo. Ex. caramujo para os agentes de Fasciolose e 
Schistosomose. 
e. Alimentos. 
f. Água: dentre os alimentos é a água que está mais sujeita à contaminação. 
g.Solo 
h. Produtos biológicos: podem carrear agentes de doenças principalmente se forem 
produzidos em animais acidentalmente infectados ou cultivos celulares. Ex. vacinas, 
medicamentos. 
i. Produtos de reprodução: sêmen e embriões 
j. Transmissão transplacentária ou intrauterina: o feto é capaz de proteger-se contra 
infecções, mas é menos capaz que o adulto, porque embora não seja totalmente 
indefeso, seu sistema imune não estão com sua total capacidade de funcionamento e 
conseqüentemente vários processos que são inaparentes ou brandos para a mãe podem 
ser severos ou letais no feto. Ex. brucelose bovina, leptospirose bovina. 
 
Limitações do Modelo Cadeia de Eventos: 
• Insuficiente para representar toda realidade do processo saúde-doença 
• Não cogita a participação de outros fatores 
– Ligados às características do hospedeiro 
• Suscetibilidade e grau de exposição 
• Unicausalidade 
• Engloba apenas dimensão individual 
• Não trata a doença do ponto de vista social 
 
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• Não nota inter-relações entre saúde e condições de vida 
2-ModelosEcológicos: 
 -Dupla Ecológica: Hospedeiro e Ambiente 
• Análise do processo saúde-doença 
• Localização racional das intervenções 
-Tríade Ecológica: Agente, Hospedeiro e Ambiente 
• Referencial clássico da biomedicina 
• Explicativo para patogênese de doenças infecciosas e parasitárias 
• Componentes ecológicos das enfermidades 
Características do Agente: 
• Morfologia 
• Dose do agente 
• Imunogenicidade (capacidade de induzir resposta) 
• Infectividade (capacidade de penetração, multiplicação) 
• Patogenicidade (lesões, manifestações clínicas) 
• Virulência (severidade lesões, intensidade das manifestações clínicas) 
• Variabilidade (adaptação a condições diversas) 
• Viabilidade (resistência ao meio) 
• Persistência (permanência na população) 
Características do Hospedeiro: 
• Características Próprias 
– Espécie 
– Raça 
– Sexo 
– Idade 
– Suscetibilidade 
– Imunidade 
• Ativa 
– Natural 
– Artificial 
• Passiva 
– Natural 
– Artificial 
Características variáveis: 
 
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– Estado fisiológico 
– Utilização 
– Densidade 
Características do Ambiente: 
• Componentes físicos: 
– Clima (temperatura, umidade, radiação, chuvas/secas, corrente de ar) 
– Hidrografia 
– Topografia 
– Solo 
• Componentes biológicos; 
– Flora 
– Fauna 
– Componentes sócio-culturais e econômicos: 
 – Hábitos e costumes 
– Estrutura da produção 
– Comercialização 
– Consciência da comunidade 
– Vias de comunicação 
– Manejo 
– Higiene ambiental 
– Grau de utilização da tecnologia 
Críticas ao modelo: 
• Igualdade de importância aos elementos da tríade 
– Raramente corresponde à realidade 
• Problemas quando não se conhece um agente específico 
–Doenças crônico-degenerativas 
–Explicados por complexo de fatores associados, em que nenhum é considerado 
indispensável 
3-Modelos Causais: 
 
 
 
 
 
 
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Multicausalidade: 
• Doença multifatorial 
• Causa suficiente 
– Compreende conjunto de componentes causais 
• Causa necessária 
– Causa componente que aparece em todas as causas suficientes 
 
 
Critérios de Interpretação de uma relação causal: 
Postulados de Koch (1882) 
1. O agente deve estar presente em cada doença, determinado por isolamento em 
cultura. 
2. O agente não deve ser encontrado em casos de outra doença. 
3. Uma vez isolado, o agente deve ser capaz de reproduzir a doença, experimentalmente 
em animais. 
4. O agente deve ser recuperado na doença induzida experimentalmente. 
 
Causalidade 
• Postulados de Koch (final séc. XIX) 
– Microorganismos como causas únicas das enfermidades 
• Postulados de Evans (1976) 
– Associação entre fator causal hipotético e a exposição 
Associação 
• Associação não causal 
• Associação causal 
– Associação direta 
– Associação indireta 
 
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Rede de Causalidade: 
• Rede, emaranhado, teia, trama 
• Fatores associados 
– Proximais 
– Intermediários 
– Distais 
• Seqüência lógica 
• Doença não é produto de um único fator ou exposição, mas conseqüência de 
numerosos eventos ou cadeias de acontecimentos 
• A eliminação ou controle de um fator antecedente causal tende a reduzir a incidência 
da doença. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fatores na Causação: 
1- Fatores predisponentes: criam estado de suscetibilidade 
Ex.: Idade, sexo, doença prévia 
2- Fatores facilitadores: favorecem o desenvolvimento da doença 
Ex.: Baixa renda, má nutrição,habitação deficiente, cuidados, médicos inadequados 
 
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3- Fatores precipitantes: princípio de doença 
Ex.: Exposição a um agente específico de doença 
4- Fatores agravantes: agrava ou estabelece a doença 
Ex.: Exposição repetida 
 
Critérios de Causalidade (Hill): 
-Seqüência cronológica: A exposição ao fator de risco deve anteceder o 
aparecimento da doença 
-Força da associação: A incidência da doença deve ser significativamente mais 
elevada nos indivíduos expostos do que nos não expostos (risco) 
-Relação dose-resposta: Relação entre intensidade (ou duração) da exposição e a 
ocorrência (ou gravidade) da doença 
-Consistência: Os resultados devem ser confirmados por diferentes 
pesquisadores, usando diferentes métodos, em diferentes populações 
-Plausibilidade: Os fatos novos enquadram-se, coerentemente, no conhecimento 
já existente 
-Analogia / Coerência: Presença de antecedentes na literatura que permitam 
estabelecer a causalidade em outras situações similares 
-Especificidade: Uma causa leva a um único efeito e não a múltiplos efeitos. 
A remoção da causa reduz o risco 
-Evidência experimental: Possibilidade da relação causal de ser testada mediante 
modelo experimental bem conduzido 
4- Modelo Processual (História Natural da Doença): 
 História Natural da Doença: 
• Crítica à teoria monocausal 
– Útil para estudar evolução clínica de agravo 
– Enfermidades infecciosas e não infecciosas 
– Incorpora 
• Princípios de ecologia 
• Idéia de multicausalidade 
• Cenário de aparecimento do modelo processual 
– EUA década de 1940 
• Alto custo pela especialização e tecnologia da prática médica (Relatório 
Flexner - 1910) 
 
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• Crise econômica 
• Abertura departamentos de Medicina Preventiva 
• Ênfase na prevenção 
• Saúde e doença como metáfora gradualista 
• Níveis de intervenção 
Pressupostos conceituais: 
– A doença é um processo dinâmico 
– O tempo é uma variável imanente ao processo 
– O vocábulo natural tem a conotação de progresso sem intervenção 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fases ou Períodos da História Natural das Doenças: 
• Pré-patogênico: Há condições para o desenvolvimento do agravo e ainda não 
há a doença propriamente dita 
 • Agentes físicos e químicos 
• Biopatógenos 
• Agentes nutricionais 
• Agentes genéticos 
• Determinantes econômicos 
• Determinantes culturais 
 
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• Determinantes ecológicos 
• Determinantes biológicos 
• Determinantes psicossociais 
• Patogênico: 
-Fase patológica pré-clínica: 
– Ausência de quadro clínico 
– Alterações patológicas 
-Fase clínica: 
– Manifestações clínicas 
– Doença em estágio adiantado 
-Fase de incapacidade residual 
– Seqüelas: 
• Interação agente-sujeito 
• Alterações bioquímicas, histológicas e fisiológicas 
– Horizonte clínico 
– Período de incubação ou latência 
• Quadro clínico 
• Desfecho 
– Cura 
– Cronicidade 
– Invalidez permanente 
– Morte 
Principais críticas ao modelo processual: 
• Foco principal na causa imediata 
– Não permite compreensão da complexidade com inter-relações e 
interdependências dos elementos 
– Ênfase nos aspectos estritamente biológicos da doença 
• Não aprofunda a análise das condições sociais e estruturais da sociedade 
• Problemas de aplicação do esquema a situações reais 
– Dificuldade de distinção entre as fases 
• Não leva em consideração os avanços das pesquisas epidemiológicas relacionadas aos 
fatores de risco 
5-Modelo da Etiologia Social: 
 1. Relação entre agravos à saúde e processos sociais, econômicos e políticos 
 
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– Forte componente sócio-político 
– Doença como conseqüência da estrutura social 
2. Influência dos fatores comportamentais na etiologia 
– Fatores de risco 
– Responsabilidade individual 
• Categorias dacausação social: 
– Causas sociais básicas 
• Elementos sócio-estruturais da sociedade 
• Classe, raça, sexo, educação 
– Causas sociais próximas 
• Vizinhança, migração, ambiente de trabalho 
– Causas sociais mediadoras 
• Apoio social, rede social, estado civil 
• Níveis de manifestação do processo: 
– Individual ou singular: 
•Variações entre pessoas e pequenos grupos que diferenciam por 
atributos individuais (idade, sexo, religião, escolaridade,...) 
– Do grupo social: 
•Variações entre classes sociais (perfis de mortalidade e 
morbidade) 
– Da estrutura social: 
•Perfis de morbi-mortalidade peculiares de uma sociedade em 
relação a outras 
Origens históricas da determinação social: 
• Século XVIII, Europa Ocidental 
– Medicina de Estado 
• Alemanha – começo século XVIII 
– Medicina urbana 
• França – fins do século XVIII 
– Medicina da força de trabalho 
• Inglaterra – século XIX 
Cenário de surgimento da determinação social: 
• Crise econômica e política década de1960 
• Diminuição do gasto social do Estado capitalista 
 
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• Medicina curativa 
– Altos custos 
– Baixa eficácia 
– Limitações nas explicações entre diferentes grupos sociais 
 
Limitações da Determinação Social: 
• As causas dos fenômenos relacionados à saúde e doença se reduzem à 
explicação social. 
6-Modelo da Visão Sistêmica: 
Abordagem Sistêmica de Saúde: 
• Conjunto de elementos conectados entre si por uma relação coerente 
– estrutura organizada 
• Cada sistema apresenta um nível de organização 
Visão Sistêmica: 
• Teoria Geral dos Sistemas (TGS) 
• Bertalanffy (1975) 
• Reorientação do pensamento científico a uma larga escala 
• Compreensão das coisas: 
– Interação dinâmica das partes na formação da totalidade em uma 
complexidade organizada 
• Biologia 
– organismo como uma totalidade ou sistema 
– descoberta de princípios de organização em seus vários níveis 
• Teoria surge em reação ao mecanicismo e reducionismo 
• Pensamento mecanicista (isolamento das partes) ® insuficiente para atender 
– Problemas teóricos das ciências bio-sociais 
– Problemas práticos que surgem com tecnologia 
• Visão reducionista 
– Estudo de algo complexo deve ser realizado por intermédio do exame 
de suas partes constitutivas é denominada de reducionista 
• Propriedade emergente 
– ―o todo é mais que a soma das partes‖ 
– o comportamento de um elemento difere quando considerado fazendo parte do 
todo e quando é estudado isoladamente 
 
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 • Um sistema pode ser definido como um complexo de elementos em interação e 
comporta-se como um todo, no qual as variações de qualquer elemento exercem 
influências sobre os outros 
• Inter-relação entre as partes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características do Modelo Sistêmico: 
• Substrato ecológico com perspectiva sistêmica 
• Engloba modelos anteriores 
• Assinala que as causas das doenças podem estar em diferentes níveis de 
causalidade 
• Desloca preocupações dos aspectos orgânicos individuais para outros aspectos 
• Desafio: diálogo ciências da vida X ciências humanas 
• Integração entre as ciências sob dimensão não usual 
• Interdisciplinaridade 
• Sistema aberto – interação com o meio 
• Amplitude – permite analisar situação-problema 
 
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• Limitação dos modelos explicativos tradicionais de não serem suficientes para 
atender a esta abordagem 
Limitações do Modelo Sistêmico: 
• Alta complexidade 
• Muitos fatores envolvidos para a compreensão no estudo das relações externas 
de um sistema 
• Se não for bem compreendido, analisado e interpretado pode tornar-se 
reducionista 
 
Comparação entre os Modelos: 
• Cadeia de eventos 
– Ordenamento de partes, sem interconexões 
– Disposição linear e fechada 
• Modelos ecológicos 
– Enfoca características de cada componente 
• História Natural 
– Idéia de sucessão de estados em direção a transformação – evolução 
clínica 
• Modelos causais 
– Enfatizam o fator de risco 
• Etiologia Social – Causalidade Social 
– Desloca eixo de causalidade em direção às desigualdades sociais 
• Matriz Sistêmica 
– Conjunto de elementos coordenados entre si 
– Relação (síntese X fragmentação) 
Conclusões: 
• Diversas leituras sobre a saúde e doença 
• Representação esquemática 
• Ordena raciocínio para sistematização dos fatos conhecidos e para acomodação 
de novos conhecimentos 
• Dimensões 
– Dimensão estrutural (ponto de vista macro) 
– Dimensão simbólica (perspectiva do indivíduo) 
• Doença: experiência individual com caráter social. 
 
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