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CONTESTAÇÃO NPJ I 2019

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1°VARA CÍVEL DA_____ COMARCA DE FORTALEZA- CE
N° Processo: ___________________________
ÁPICE ENGENHARIA LTDA., CNPJ nº ____, com sede na Rua..., nº..., Bairro..., em Fortaleza/CE, endereço eletrônico..., vem perante Vossa Excelência, por meio de seu procurador..., nacionalidade, estado civil, advogado inscrito na OAB/..., CPF..., com endereço profissional na Rua..., nº..., Bairro..., na cidade de.../..., e-mail: apresentar: 
AÇÃO DE CONTESTAÇÃO C/C RECONVENÇÃO. Nos autos da Ação de Indenização por descumprimento de Obrigação de Fazer cumulada com pedido de cumprimento de obrigação de não fazer proposta por JÚNIA SANTOS, já qualificada nos autos do processo, pelos fatos e fundamentos a seguir:
 I - SINTESE DOS FATOS 
O acabamento do imóvel foi definido no contrato celebrado com a construtora, nesse contrato ,celebrado entre as partes ,contém previsão de que o acabamento do apartamento 201 seria exatamente como foi entregue. O panfleto de propaganda juntado aos autos pela autora contém a seguinte previsão: “este panfleto é meramente ilustrativo”. Quanto a Convenção de Condomínio esta foi alterada pelos condôminos, permitindo a venda de locação de vagas a terceiros, estranhos ao condomínio, o que poderia ser confirmado pelo síndico do prédio, Ademar Silveira. Este, inclusive, dispôs-se a se manifestar no processo a esse respeito para esclarecer a situação, tendo em vista que também vendeu uma de suas vagas a terceiro não condômino. Além disso, o contrato celebrado entre as partes previa que a autora também compraria uma loja do Edifício Belo Lar no prazo de até 10 anos, período durante o qual a construtora se comprometeu a alugá-la à autora e não a alienar a terceiro. Ocorre que a autora não efetuou o pagamento dos aluguéis nos últimos 04 anos, ensejando o pagamento dos valores em atraso acrescidos da correção e multa de 2% ajustada no item 8.3 do referido contrato.
II - EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO DO JUIZ DA CAUSA 
Foi possível verificar uma presunção absoluta onde o juiz não atuara de forma imparcial ao proferir a decisão, pois ele está impedido no processo, tendo dessa forma a possibilidade de extinção do processo, ou a substituição do mesmo como podemos verificar no art. 145 CPC
Lei nº 13.105 de 16 de Março de 2015
 Código de Processo Civil.
 Art. 145. Há suspeição do juiz
 III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;
Lei nº 13.105 de 16 de Março de 2015
Código de Processo Civil.
Art. 146. No prazo de 15 (quinze) dias, a contar do conhecimento do fato, a parte alegará o impedimento ou a suspeição, em petição específica dirigida ao juiz do processo, na qual indicará o fundamento da recusa, podendo instruí-la com documentos em que se fundar a alegação e com rol de testemunhas.
§ 1o Se reconhecer o impedimento ou a suspeição ao receber a petição, o juiz ordenará imediatamente a remessa dos autos a seu substituto legal, caso contrário, determinará a autuação em apartado da petição e, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentará suas razões, acompanhadas de documentos e de rol de testemunhas, se houver, ordenando a remessa do incidente ao tribunal
Concluo que nosso cliente tem o direito baseado no art. 146 §1 de que seja feita a substituição do juiz.
III - DA PUBLICIDADE
	
Esclareço por meio dessa contestação que a propaganda a qual a autora se refere, é um panfleto publicitário do empreendimento que embora tivesse o acabamento interno diverso do que constou no apartamento 201, adquirido por Júnia, continha a seguinte informação: “Esse panfleto e meramente ilustrativo, sendo o acabamento do imóvel definido no contrato celebrado com a construtora”, podemos declarar que se encaixam nos temos do art. 30 CDC
CDC - Lei nº 8.078 de 11 de Setembro de 1990
Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências.
Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.
IV - DA VAGA DE GARAGEM
Terceiro interessado
Ressalvo ainda que a Convenção de condomínio foi alterada pelos condôminos, e sendo assim após a alteração constou a permissão da venda e locação de vagas a terceiros estranhos ao condomínio, podendo ser confirmado pelo sindico do prédio Ademar Silveira, inclusive, dispõe a se manifestar no processo a este respeito para esclarecer a situação de fato, onde ele vendeu uma de suas vagas a terceiro não condômino. Podemos verificar que seu Ademar e um terceiro interessado como se identifica no art. 119 CPC 
Lei nº 13.105 de 16 de Março de 2015
Código de Processo Civil.
Art. 119. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridicamente interessado em que a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo para assisti-la.
Parágrafo único. A assistência será admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de jurisdição, recebendo o assistente o processo no estado em que se encontre.
Aluguel:
O contrato de compra e venda previa também que a autora compraria uma loja do edifício no prazo de até 10 anos, período durante o qual a construtora se comprometeu a alugá-la a autora e a não a alienar a terceiro. Acontece que a autora inadimpliu o pagamento dos alugueis nos últimos quatro anos. Com base no art.2036 CC que regula a lei especial, e Lei do inquilinato, Lei nº 8.245/1991no seu art. 23 §1°e 59 §1° IX.
 Art. 2036. A locação de prédio urbano, que 
 esteja sujeita à lei especial, por esta continua a ser regida.
Art. 23. O locatário é obrigado a:
I - pagar pontualmente o aluguel e os encargos da locação, legal ou contratualmente exigíveis, no prazo estipulado ou, em sua falta, até o sexto dia útil do mês seguinte ao vencido, no imóvel locado, quando outro local não tiver sido indicado no contrato;
 Art. 59. Com as modificações constantes deste capítulo, as ações de despejo terão o rito ordinário.
§ 1º Conceder - se - á liminar para desocupação em quinze dias, independentemente da audiência da parte contrária e desde que prestada à caução no valor equivalente a três meses de aluguel, nas ações que tiverem por fundamento exclusivo:
IX – a falta de pagamento de aluguel e acessórios da locação no vencimento, estando o contrato desprovido de qualquer das garantias previstas no art. 37, por não ter sido contratada ou em caso de extinção ou pedido de exoneração dela, independentemente de motivo. (Incluído pela Lei nº 12.112, de 2009)
	
Propriedade comum dos condôminos:
Além disso, o contrato de compra e venda previa que a autora também compraria uma loja do edifício no prazo de até 10 anos, período durante o qual a construtora se comprometeu a alugá-la a autora e a não a alienas a terceiro. Acontece que a autora não efetuou o pagamento dos alugueis nos últimos quatro anos. Com base no art.2036 CC que regula a lei especial
CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002
Institui o Código Civil.
Art. 2.036. A locação de prédio urbano, que esteja sujeita à lei especial, por esta continua a ser regida.
Art. 1.331. Pode haver, em edificações, partes que são propriedade exclusiva, e partes que são propriedade comum dos condôminos.
§ 1° As partes suscetíveis de utilização independente, tais como apartamentos, escritórios, salas, lojas e sobrelojas, com as respectivas frações ideais no solo e nas outras partes comuns, sujeitam-se a propriedadeexclusiva, podendo ser alienadas e gravadas livremente por seus proprietários, exceto os abrigos para veículos, que não poderão ser alienados ou alugados a pessoas estranhas ao condomínio, salvo autorização expressa na convenção de condomínio. (Redação dada pela Lei nº 12.607, de 2012)
V - RECONVENÇÃO:
A lei vigente nos traz a propositura da reconvenção no caso supracitado, podemos verificar que segundo o Art. 343 do CPC;
Art. 343 - Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa. 
.
Art. 292 - O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:
VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles.
VI – DOS PEDIDOS:	
a) reconhecimento da suspeição do juiz, tendo em vista que a autora é devedora da companheira do juiz, nos termos do artigo 145 II, CPC e remissa dos autos ao substituto legal nos termos do artigo 146, =º 1º; 
b) Julgue improcedentes os pedidos do autor
c) Requer seja a presente reconvenção julgada totalmente procedente para determinar o pagamento pelo autor dos alugueis em atraso, acrescidos de correção e multa de 2%; 
d) Requer a intervenção de terceiro por Ademar Silveira, nos termos do art. 119 CPC 
e) Da - se valor da causa de R$80.000,000 
		
Peço deferimento.
[Assinatura do Advogado]
 [OAB...]
Valor da Causa: R$: 80.000,00.		
FORTALEZA 08 de Outubro de 2018.

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