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Evolução do Direito Comercial e a Teoria da Empresa

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Aula 03
DIREITO EMPRESARIAL E EMPRESA 
CONTEMPORÂNEA
Fases de evolução do Direito Comercial
 O comércio existe desde a Idade Antiga.
 Fenícios, por exemplo, destacaram-se no 
exercício da atividade mercantil.
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DIREITO EMPRESARIAL E EMPRESA 
CONTEMPORÂNEA
 Já existiam algumas leis esparsas para a
disciplina do comércio, mas não se pode dizer
na existência de um direito comercial.
 Regime jurídico sistematizado com regras e
princípios próprios.
 Mesmo em Roma, não se pode afirmar a
existência de um direito comercial.
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DIREITO EMPRESARIAL E EMPRESA 
CONTEMPORÂNEA
 Idade Média – o comércio já atingira um estágio
mais avançado, e não era mais um características
de apenas alguns povos, mas todos eles.
Primeira fase desse ramo do direito.
É a época do ressurgimento das cidades (burgos)
e do Renascimento Mercantil, sobretudo do
comércio marítimo.
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DIREITO EMPRESARIAL E EMPRESA 
CONTEMPORÂNEA
 Corporações de ofício – surgiram a partir do
século XII, para regulamentar o processo
produtivo artesanal nas cidades.
Artigos de primeira necessidade (pão, vinho,
cerveja e cereais) tinham preços sujeitos a
regulamentação.
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DIREITO EMPRESARIAL E EMPRESA 
CONTEMPORÂNEA
Para outros produtos, como ferro e carvão,
vigorava a liberdade de preços.
A remuneração dos trabalhadores também era
regulamentada.
Mestres, oficiais e aprendizes.
DIREITO EMPRESARIAL E EMPRESA 
CONTEMPORÂNEA
Surgem os primeiros institutos jurídicos do
direito comercial.
Títulos de créditos (letra de câmbio), as
sociedades (comendas), os contratos mercantis
(contrato de seguro) e os bancos.
Suas regras só se aplicavam aos mercadores
filiados a uma corporação.
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 O direito comercial era um direito feito pelos
comerciantes e para os comerciantes.
Doutrina contratualista,
O sistema jurídico comum tradicional vai ser
derrogado por um direito específico, peculiar a
uma determinada classe social e disciplinador
da nova realidade econômica.
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 1804 e 1808 – respectivamente, são editados, na
França, o Código Civil e o Código Comercial.
 Surgiu como um regime jurídico especial destinado a
regular as atividades mercantis.
 A doutrina francesa criou a teoria dos atos de comércio
– surge a qualidade de comerciante, o que era
pressuposto para a aplicação do Código Comercial.
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 1833 - Código de Comércio português.
 1885 – Código Comercial espanhol. 
 Nessa 2ª fase do direito comercial:
mercantilidade (atos de comércio).
 Teoria de Rocco (Alfredo Rocco) foi
predominante na época. Ele conclui, em síntese,
que todos os atos de comércio possuíam uma
característica comum:
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 A função de intermediação na efetivação da 
troca.
 Em suma: os atos de comércio seriam aqueles
que ou realizavam diretamente a referida
intermediação (ato de comércio por natureza,
fundamental ou constitutivo) ou facilitariam a
sua execução (ato de comércio acessório ou por
conexão).
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 A teoria francesa dos atos do comércio, por
inspiração da codificação napoleônica, foi
adotada por quase todas as codificações
oitocentistas, inclusive a do Brasil (Código
Comercial de 1850).
Todavia um novo critério incidirá na teoria dos
atos do comércio que veio ocorrer em 1942, em
plena 2ª Guerra Mundial.
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 Atos de comércio na legislação brasileira.
 Codificação napoleônica, chegou ao Brasil, no
início dos anos de 1800.
Até 1850, o Brasil não possuía uma legislação
própria. Aplicavam-se aqui as leis de Portugal,
as chamadas Ordenações do Reino
(Ordenações Filipinas, Manuelinas e Afonsinas).
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 Chegada de D. João VI ao Brasil, incrementou o
comércio na colônia, fazendo com que fosse criada a
“Real Junta de Comércio, Agricultura, Fábrica e
Navegação”, tornar viável a idéia de criar um direito
comercial brasileiro.
 O Código Comercial de 1850, definiu o comerciante
como aquele que exercia a mercancia habitual, como
sua profissão.
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TEORIA DOS ATOS DE COMÉRCIO NA DOUTRINA
BRASILEIRA
A exemplo do que ocorreu na Europa, a
doutrina brasileira também não conseguiu
atribuir um conceito unitário aos atos de
comércio.
 Teoria da Empresa e o novo paradigma do
Direito Comercial.
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 Em 1942, surgi a teoria da empresa, o direito comercial
não se limita a regular apenas as relações jurídicas, mas
com a forma específica de exercer uma atividade
econômica: a forma empresarial.
 Em princípio qualquer atividade econômica, desde que
seja exercida empresarialmente, está submetida à
disciplina das regras do direito empresarial.
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TEORIA DA EMPRESA NO BRASIL COM O ADVENTO
DO NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO
 O Código Civil de 2002 adota a teoria da empresa,
tornando obsoletas as noções de comerciante e de atos
de comércio estabelecido no Código Comercial de 1850,
e substitui pelos conceitos de empresário e de empresa
respectivamente.
 O Código Civil não definiu diretamente o que vem a ser
empresa, mas estabeleceu o conceito de empresário em
seu art. 966.
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EMPRESÁRIO
 É quem exerce profissionalmente atividade econômica
organizada para a produção ou a circulação de bens ou
de serviços.
 Empresa – é uma atividade econômica organizada com
a finalidade de fazer circular ou produzir bens ou
serviços.
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 Empresa é, portanto, atividade, algo abstrato.
 Empresário, por sua vez, sujeito de direito é o titular da
empresa.
 Sujeito de direito é quem exerce empresa, ou seja, o
empresário, que pode ser pessoa física (empresário
individual) ou pessoa jurídica (sociedade empresária).
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EMPRESA X ESTABELECIMENTO 
EMPRESARIAL
 Estabelecimento empresarial – é o complexo de bens
que o empresário usa para exercer uma empresa, isto é,
para exercer uma atividade econômica organizada.
 FONTES DO DIREITO EMPRESARIAL
 normas empresariais – Código Comercial de 1850 (só
comércio marítimo), Código Civil de 2002 (matérias do
direito empresarial); Legislação esparsa.
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• Ex. (microssistemas): Direito Falimentar (Lei
11.101/2006);
• Direito Societário (Lei 6.404/1976);
• Direito Cambiário (Lei Uniforme de Genebra, Lei
7.357/1985 – cheques; Lei 5.474/1968 –
Duplicatas);
• Propriedade Industrial (Lei 9.279/1996).
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CONCEITO DE EMPRESÁRIO
 Art. 966 do Código Civil.
 Principais elementos indispensáveis à sua
caracterização:
 Profissionalmente – só será empresário aquele que
exercer determinada atividade econômica de forma
profissional, ou seja, que fizer do exercício daquela
atividade a sua profissão habitual.
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 Quem exerce de forma esporádica, não será
considerado empresário, não sendo abrangido, portanto,
pelo regime jurídico empresarial.
 Atividade econômica – é uma atividade exercida com
intuito lucrativo.
 É aquele que assume os riscos técnicos e econômicos
de sua atividade.
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 Organizada – o empresário é aquele que articula os
fatores de produção (capital, mão de obra, insumos e
tecnologia).
 Organização de pessoas e meios para o alcance da
finalidade almejada.
 Produção ou circulação de bens ou de serviços –
demonstra a teoria da empresa, deixa claro que
nenhuma atividade está excluída, do direito empresarial.
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 Ato de comércio é aquele praticado pelos
comerciantes, relativo ao exercício de sua atividade, e
aquele considerado como tal pela lei, em cada
ordenamento jurídico.
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• Hoje estudamos o Direito Empresarial e
Empresa Contemporânea.
• Na próxima aula iremos estudar:
Obrigações profissionais: registro,
escrituração e contabilidade.
Bons estudos e excelente semana!!!
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