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Pato aula 2- Alterações post-mortem Alterações post mortem Importância: Evitar que se confunda as alterações que ocorrem após a morte com as alterações provocadas em vida pelas doenças Classificação e significado: Abióticas: não modificam o cadáver no seu aspecto geral Imediata: morte somática, clinica ou geral (morte geral é identificada por esses sinais clínicos: insensibilidade, inconsciência, imobilidade, parada da função cardíaca, respiratória e cerebral, arreflexia. Mediata: autólise alguns minutos, horas depois da morte; digestão dos tecidos pelas próprias enzimas proteolíticas produzidas pelas bactérias ou pelo próprio tecido que deixam o órgão ou parênquima friável e mole; órgãos que sofrem a autólise mais rápido: fígado, rim, pâncreas e intestino, órgãos da cavidade abdominal. Fatores que influenciam o aparecimento alterações cadavéricas Temperatura ambiente: Quanto mais alta a temperatura, mais rápido se desenvolve as alterações cadavéricas; quanto mais frio mais demora porque inibe o crescimento bacteriano Tamanho do animal Quanto maior o animal, mais rápido as alterações post mortem (por exemplo, pela camada de pelo, gordura que o deixa mais quente) Estado de nutrição Quanto mais magro, mais demora pra desenvolver as alterações (pela quantidade de gordura e dissipação do calor que é dificultada e desenvolve rapidamente alterações autoliticas) Causa mortis Animais doentes podem reduzir a atividade celular, animais velhos também, e também a quantidade de alimento no trato gastrointestinal vai ser menor por isso a autólise também vai ser menor. Morte súbita a atividade celular está bem acentuada, e a autólise vai ser maior. Cobertura tegumentar Pelo, pena, lã, gordura. Grandes quantidades podem influenciar o aparecimento de autólise mais rápido. Tempo decorrido a morte ate a necropsia, presença de bactéria nos tecidos e temperatura corporal Alterações cadavéricas Rigor mortis ou rigidez cadavérica Pouca mobilidade do cadáver, na mandíbula ou nos membros, um enrijecimento dos membros. Mandíbula>tronco> membros e pelve. 5 horas depois da morte do animal Duração: 12-24 hrs Pré-rigor: ainda existe ATP mantendo a actina e a miosina separadas, depois que esgota o glicogênio. Rigor: esgotamento do glicogênio, não tem mais ATP pra manter actina e miosina separadas e elas se unem. Pós-rigor: destruição das ligações da actina e miosina pelas enzimas, e ocorre novamente o relaxamento do animal. Algor mortis ou frio da morte Resfriamento gradual do cadáver após a morte, até atingir a temperatura ambiente ou ate mesmo mais baixa que a temperatura ambiente. Ocorre nas primeiras horas após a morte Mecanismo: parada das funções vitais e evaporação Livor mortis ou hipostase cadavérica, lividez cadavérica Principalmente em órgãos pares: pulmões, rins ou em área de declive, onde pode ser observada uma grande área de sangue acumulado, área avermelhada ou sanguinolenta (lividizes) em áreas de declive pela ação da gravidade o sangue acumula em um dos lados. Mecanismo de formação: parada da função cardíaca e ação da gravidade acumula sangue nas regiões mais baixas. Saber diferenciar de hiperemia, congestão, infarto, necrose alterações circulatórias. Coagulo post-mortem Iniciado pela tromboplastina após a morte, composto principalmente por fibrina, sem lesão no vaso, ele é liso, vermelho (coágulo cruórico) ou amarelado (coágulo lardáceo), consistência úmida e elástica, superfície lisa e brilhante, e não organização. Embebição pela hemoglobina Alguns tecidos e órgãos tingidos de vermelho, devido a lise da hemácia após a morte que libera e a hemoglobina e tinge o tecido subcutâneo do animal de vermelho, principalmente em fetos todo o corpo avermelhado. Embebição pela bile Coloração amarelo esverdeada ao redor da vesícula biliar, ocorre após a morte do animal pela ação de sais biliares e pela autólise da parede da vesícula vai liberar a bile na região próxima a vesícula e em órgãos da cavidade abdominal como pâncreas, duodeno, intestino. Meteorismo ou timpanismo Produção de gases pelas bactérias e fermentação do alimento no trato gastrointestinal Ruptura Deslocamento, torção e ruptura de vísceras Mecanismo de formação: fermentação e putrefação de conteúdo gastrointestinal que originam gases e fazem as vísceras mudar de posição que destendem e podem torcer e se romper. Diagnostico diferencial: deslocamento, torção e ruptura em vida. Verificar as alterações circulatórias: hemorragia, congestão, edema, necrose. Intussuscepção Uma parte do intestino se invagina e entra em outra parte do intestino. Sempre verificar as alterações circulatórias: hemorragia, congestão, edema, necrose. Putrefação/Enfisema tecidual Atividade bacteriana depois da morte, enzimas proteolíticas direta na digestão dos tecidos e produção de gás pelas bactérias. Estado avançado de autólise. Alterações cadavéricas transformativas (modificam o cadáver em um aspecto geral, já no estágio final) Pseudomelanose Áreas pretas ou pretas acizentas, esverdeadas na musculatura da cavidade abdominal subcutâneo decorrente do ácido sulfídrico produzido pelas bactérias em conjunto com a hemoglobina liderada pela lise da hemácia que forma a sulfahemoglobina que promove essa coloração nos tecidos. Não tem alteração circulatória por isso é post mortem Maceração Desprendimento das mucosas em geral, devido a ação das enzimas proteolíticas produzidas pelas bactérias agindo nas mucosas que vai torna-las mais friáveis que desprende de todo o corpo do animal. Não confundir com alterações em vida como intoxicação por Baccharis coridifolia frequente em bovinos e ovinos, tem congestão e edema diferente da alteração post mortem que não tem nenhuma alteração circulatória. Mumificação Seria a conservação do cadáver, vai ocorrer a desidratação devido a temperatura elevada e a baixa umidade do local onde o cadáver se encontra, por isso vai ter a perda de peso e redução do volume, e o animal fica com uma coloração mais parda. Coliquação ou liquefação paraquimentosa post mortem Perda progressivo do aspecto e da estrutura das vísceras, elas vao diminuir de tamanho e perder a forma, devido a enzima proteolíticas que vao decompor e liquefazer a estrutura e o parênquima do órgão. Um dos últimos estágios observados. Redução esquelética Desintegração dos tecidos moles, ficando só osso e articulação. Estágio final do cadáver. Fauna cadavérica Quando as moscas colocam as larvas em orifícios naturais dos cadáveres, mais comuns são olhos, boca, anus, vagina do cadáver que já está em decomposição a um bom tempo (4 dias a 1 semana)
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