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Farmacologia (Disfunção erétil, anticoncepcionais e quimioterápicos)

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Farmacologia - P3 
 
Tratamento farmacológico da disfunção erétil: 
 
Função sexual: desejo, excitação (estímulo sexual que irá agir centralmente, indo para a 
periferia -SNA simpático e parassimpático), orgasmo, resolução. Ereção: vasodilatação, 
aumento de sangue nos corpos cavernosos principalmente por ação do parassimpático. 
Disfunção erétil: Incapacidade persistente de atingir ou sustentar uma ereção adequada 
para permitir uma relação sexual satisfatória. É um tipo de disfunção sexual, pois ela pode 
ocorrer em todas as outras etapas citadas anteriormente. Incidência: 35-80 anos: 31.7% e >70 
anos: 64 a 80%. 
Fluoxetina: Retarda ejaculação precoce. Maioria dos antidepressivos retarda a 
ejaculação. 
Flibancerina: “viagra feminino”. Disfunção sexual feminina, não erétil. 
Sildenafil e Tadenafila: Msm mecanismo de ação, diferenciam se pela farmacocinética. 
Como acontece a ereção? O corpo cavernoso é um músculo liso que é irrigado por 
muitas arteríolas, chamadas arteríolas helicinais. Ele se comporta como um grande vaso, 
necessitando de vasodilatação dessas arteríolas, para aumentar o fluxo sanguíneo e poder 
ocorrer a ereção. Há primeiro um estímulo central (sensorial, visual, etc) que leva a uma 
liberação neuronal (por um neurônio NANC?) de um vasodilatador, sendo este principalmente o 
NO (mediador mais importante para a ereção peniana), que promoverá a vasodilatação dos 
vasos, aumentando o fluxo sanguíneo para a artéria peniana, que por sua vez aumenta o fluxo 
sanguíneo nas arteríolas helicinais, que irão preencher esses espaços cavernosos com 
sangue, expandindo o corpo cavernoso, o que irá gerar a ereção. Quando esse corpo 
cavernoso se expande, ele pressiona mecanicamente as veias penianas (veno-oclusão), 
parando o retorno venoso do pênis, para que este seja mantido no estado erétil. As cavernas 
dos corpos cavernosos são revestidas com células endoteliais, que são capazes de liberar NO. 
A NO sintase é dependente de estímulos como aumento da [Ca​2+​] ou estresse para ser ativada, 
e a expansão das cavernas dos corpos cavernosos pressiona essas células endoteliais, que 
por sua vez vai estimular a NO sintase a produzir NO endotelial, que irá colaborar para o 
relaxamento do m. liso do corpo cavernoso, que irá então auxiliar ainda mais no fechamento 
das veias, auxiliando portanto a manutenção da ereção. Ou seja: ereção inicial é dependente 
de NO neuronal e a sua manutenção é dependente de NO endotelial. 
Inervação simpática: NE. 
Inervação parassimpática: Ach -> vasodilatação por atuar em receptores endoteliais 
através de um receptor muscarínico acoplado à proteína G, que aumenta [Ca​2+​] nessa célula, 
ativando a sintase do NO e liberando NO, que irá relaxar o vaso. Nesse caso, a Ach não atua 
diretamente em receptores muscarínicos do corpo cavernoso, apesar de também contribuir 
para o relaxamento, e também possui a capacidade de inibir a liberação de NE. 
Em estados “normais” o pênis se encontra em estado não ereto, e o principal nt que 
atua nesse estado, mantendo-o assim, é a NE. Mecanismos de ação: A NE atua nos 
receptores alfa 1-adrenérgicos do tipo metabotrópico acoplado à proteína Gq (fosfolipase C de 
membrana que irá quebrar fosfolipídeos de membrana, formando dois segundos mensageiros: 
IP3 e DAG. IP3 atua no retículo sarcoplasmático, agindo nos receptores para IP3 e estimula a 
saída de Ca​2+​ do retículo para o citosol. DAG atua junto com a PKC -proteína quinase 
dependente de cálcio- fosforilando proteínas, ativando canais de Ca​2+​ de membrana, permitindo 
a entrada de Ca​2+​ do meio extracelular para o intracelular, fosforila a Ca​2+​ ATPase reticular para 
que ela não coloque Ca​2+​ do citosol para dentro) das artérias que irrigam os corpos cavernosos, 
provocando contração através do aumento de Ca​2+​ intracelular, que vai se ligar em calmodulina 
e actina-miosina. Além disso, a NE também provoca vasoconstrição. 
Como que o NO faz a vasodilatação? Ativando a guanilato ciclase, produzindo GMPc, 
que é um segundo mensageiro responsável por ativar PKG, uma proteína quinase dependente 
de GMPc. A PKG irá fosforilar proteínas, modificando a sua função. No caso, ela irá fosforilar 
proteínas que aumentem [Ca​2+​] citosólico no sentido de inibir essas proteínas. Fosforila canal 
de Ca​2+​ de membrana, fechando-o, estimula Ca​2+​ ATPase para estimular a entrada de Ca​2+​ no 
retículo sarcoplasmático, e inibe saída de Ca​2+​ do retículo para o citosol, promovendo 
diminuição da [Ca​2+​] intracelular e relaxamento do músculo liso. 
Sildenafil, Vardenafil, Tadalafil:​ Inibem a fosfodiesterase-5 (PDE), enzima que 
degrada o GMPc em GMP (forma inativa), mantendo-o em concentração elevada para que ele 
continue ativando a PKG e causando aquela série de reações que levam à diminuição de Ca​2+ 
intracelular e causam vasodilatação. São administrados por VO e ​potencializam a ereção 
causada por desejo sexual. ​Funcionam em aproximadamente 70% dos pacientes. ​São 
tratamento de primeira linha​ (prova). 
*Tadalafil: tem duração prolongada, podendo potencializar uma ereção em até 36h após 
a tomada, porém é muito mais caro que os outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Importante:​ Cuidar da dispensação 
desses medicamentos devido ao risco 
em homens com problemas 
cardiovasculares de infartos, morte 
cardíaca repentina e arritmia cardíaca 
devido a alterações na pressão 
arterial. 
 
*Lodenafila (Helleva®): tem duração semelhante ao do Viagra, com o início da ação 
entre 17 e 20 minutos. 
Reações adversas dos inibidores da PDE-V: 
● Comuns: Enxaqueca, rubor facial, indigestão, congestão nasal, com sildenafila, também 
ocorre dano visual transitório (fica tudo azulado) em dos pacientes, e com tadalafila, 
também ocorre dor lombar e muscular em dos pacientes. 
● Raras: Dano visual irreversível, dano auditivo irreversível e priapismo (ereção 
persistente e dolorosa podendo levar à gangrena e amputação) 
● Lembrete: o consumo exagerado de bebida alcoólica potencializa a hipotensão 
ortostática, taquicardia, tontura e enxaqueca ocasionada pelo inibidor da PDE-V 
Interações dos inibidores da PDE-V com outros fármacos: 
● Fármacos para tratar angina: Nitratos (doadores de NO) orgânicos tais como 
nitroglicerina, mononitrato de isossorbida e dinitrato de isosorbida -> ​hipotensão severa, 
coma (contra-indicado!!!) 
● Fármacos para tratar hiperplasia prostática: Antagonistas α-adrenérgicos tais como 
terazocina, doxazocina e tamsulosina -> hipotensão. 
Contra-indicações dos inibidores da PDE-V:​ Acidente vascular cerebral e/ou infarto 
do miocárdio recente; problemas cardíacos (ex: angina de esforço, insuficiência cardíaca 
congestiva), hipertensão ou hipotensão não controladas, familiares com (ou histórico de) 
problemas na retina; priapismo e alterações hematológicas (anemia, leucemia). 
Outro tratamento de primeira linha (porém não farmacológico): Bomba de vácuo. 
Um tratamento que não tem provas sobre funcionar mais que placebo é a administração 
de L-arginina, um precursor do NO que supostamente seria capaz de aumentar sua produção. 
Antagonista alfa-adrenérgico não-seletivo (Fentolamina):​ Inibe os 
adrenorreceptores de membrana que permitem a entrada de cálcio extracelular. 
Prostaglandina:​ Faz relaxamento do corpo cavernoso. Possuem receptores próprios 
(EP), acoplados à proteína Gs, promovendo ativação da adenilato ciclase, que irá formar 
AMPc, que por sua vez irá ativar PKA, que causará vasodilatação pela diminuição de Ca​2+ 
intracelular, semelhante a PKG. Fosfodiesterase 3: Degrada AMPc. Portanto, pode ser feita 
uma associação de prostaglandina com inibidor da PGE 3. A adm intracavernosa de PG é um 
tratamento de segunda linha, e a ereção é independente de estímulo sexual. Caverget 
(alprostadil): Adm intrauretral, não é usado no Brasil. 
● Principais efeitos indesejáveis por esta via: Nódulos nolocal da injeção, fibrose no corpo 
cavernoso e priapismo. 
Trimix:​ Fentolamina, Papaverina , Prostaglandina. Papaverina: Inibe PDE 3, 4 e 5. 
Pouco usados. 
Bimix:​ Fentolamina e Papaverina. 
Agonista D​2​:​ Apomorfina. Atua no sistema-recompensa (sensação de prazer). Causa 
ereção espontânea, porém foi retirado do mercado por causar vômitos. Comprimido 
sub-lingual. Quando tomar: 10 min antes, sendo que a ação tem duração de 30 min. Funciona 
em 40 % casos. Reações adversas: náuseas (40 %), tontura (20 %), sudorese (18 %), vômitos 
(11 %), sonolência (10 %) e hipotensão (4 %). 
*Reposição de testosterona pode auxiliar a melhora de disfunção erétil relacionada a 
andropausa. 
Classificação das DEs:​ Vasculogênica (arteriogênica, cavernosa, miscelânea) 
neurogênica, anatômica, endócrina, induzida por drogas. 
Feminino: Clitóris é o corpo cavernoso e também precisa e vasodilatação e NO. 
Reposição hormonal pode ajudar. Flibancerina -> viagra feminino. Inibe recaptação de 
dopamina e NE, e antagoniza receptores 5-HT​1A/2​. Ainda não chegou no Brasil. 
Aumento de serotonina parece estar relacionado a disfunção sexual (antidepressivos). 
Bupropiona: Parece estar relacionada com o aumento do desejo sexual em mulheres. É 
um antidepressivo moderado dopaminérgico. É associada com outros antidepressivos, 
principalmente ISRS ela pode diminuir alguns efeitos de disfunção sexual causados pelos 
antidepressivos, tanto em homens, quanto em mulheres. 
 
Prova: mec viagra e associação com nitrato. 
 
Anticoncepcionais: 
 
A maioria são combinados (associação estrogênio + progesterona). Pode ser por VO, 
transdérmica, injetável IM, anel vaginal, implantes SC, intrauterino (DIU, contém 
progestágenos). Existem pílulas somente de progestágenos (progestinas). 
Essas pílulas hormonais são baseadas nos hormônios sexuais, e os hormônios sexuais 
são derivados do colesterol. O colesterol contém 27C na sua estrutura e uma porção 
ciclopentanoperidrofenantreno e através de uma cadeia metabólica é convertido em um 
composto pregnano, e deste se origina a progesterona e a maioria das progestinas 
(progesteronas sintéticas). Esse ciclopentanoperidrofenantreno mantém essa estrutura com 
mais átomos de carbono, totalizando 19C, passa a ser chamado de androstano, passando a ter 
características androgênicas e maior afinidade com o receptor de testosterona e de outros 
androgênios. Quando esse ciclopentanoperidrofenantreno mantém a sua estrutura, porém com 
18C, passa a ter maior afinidade com os receptores de estrogênios. Importante pois a 
progesterona tem 21C e é convertida a estrogênios ou a androgênios de acordo com a 
disponibilidade enzimática no tecido (se nos ovários, vira estrogênio e se nos testículos, vira 
testosterona). Dependendo da porção do ciclo menstrual, haverá uma maior síntese de 
progesterona ou de estrogênios (primeira e segunda fase do ciclo menstrual). Qualquer 
estrutura que conserve o ciclopentanoperidrofenantreno com 21C terá maior afinidade para os 
receptores de progesterona. O mesmo vale para os outros compostos. 
Além disso, a progesterona também dá origem à aldosterona e cortisol de acordo com a 
disponibilidade enzimática. Derivados estrano darão origem a estradiol, estrona e estriol. 
Derivados androstano dão origem a androstenediona, testosterona, hidroerguealdosterona e 
hidrotestosterona. 
A testosterona (C19) pode ser uma fonte de estrogênio, sendo convertida através da 
enzima aromatase, que existe em grande quantidade, em estradiol (C18). 5-alfa-redutase: 
Testosterona(C19) é convertida em dihidrotestosterona (C19) (presente na próstata e folículos 
pilosos), por causa disso algumas mulheres possuem mais acne e pele oleosa, principalmente 
na segunda fase do ciclo menstrual que possui maiores níveis de progesterona. 
Ciclo menstrual: Estrógeno inibe secreção de LH e progestágenos de FSH, atuando em 
ambas as porções do ciclo menstrual. 
Mecanismo de ação dos esteróides sexuais: Atuam por meio de receptores nucleares, 
sendo a grande maioria dos efeitos causados por estes esteróides, genômicos. Também existe 
a via não genômica (receptores localizados na membrana celular). O receptor esteróide se 
encontra livre no citoplasma, e quando ele liga com o esteróide ocorre o acoplamento e esse 
complexo receptor-esteróide migra para o núcleo, onde irá exercer uma função de supressão 
ou estímulo em uma atividade genômica. É importante ressaltar que os hormônios esteróides 
não atuam somente em órgãos em reprodutores, atuando também em diversos outros locais do 
corpo. 
Estrogênios usados como anticontraceptivos: 17-beta estradiol (mais caro) e 
progesterona micronizada VO. É importante ressaltar que nenhum esteróide sexual costumava 
ser viável por VO, e que isso só foi possível através da aplicação de uma técnica chamada 
MICRONIZAÇÃO. Antes disso, e que até hoje é o modo mais comum, é a administração do 
“hormônio” na forma de etinilestradiol (ou seja, foi adicionado um radical etinil na molécula do 
17-beta estradiol, visando viabilidade de absorção VO, que é o ÚNICO modo de adm do 
etinilestradiol). O 17-beta estradiol antes era muito adm na forma IM e por um tempo até 
mesmo EV. 
Por isso comer carnes exóticas como ovários ou testículos não causa virilização, pois 
mesmo que tenha a presença de esteróides sexuais, eles não serão absorvidos. Entretanto, a 
ingestão de carnes em que foram injetadas androgênios, poderá ocorrer absorção, já que é 
uma molécula sintética, dependendo então da biodisponibilidade e efeito de primeira 
passagem. 
Farmacocinética dos medicamentos estrógenos:​ O etinilestradiol adm por VO é 
metabolizado em partes por células intestinais em estrona e estradiol, que apesar de serem 
estrogênios, tem uma afinidade muito menor para o receptor. Estes já serão então absorvidos 
(em pqna quantidade) e vão chegar ao fígado através da veia porta. O etinilestradiol 
remanescente que chega em grandes quantidades no fígado não possui efeito de primeira 
passagem (importante!!) e portanto não é parcialmente metabolizado, chegando na corrente 
sanguínea em grande quantidade, e portanto podendo atuar nos receptores de estrogênios 
presentes nos mais diversos órgãos além dos reprodutores, incluindo o próprio fígado, onde a 
maior ação dos estrogênios é a estimulação de síntese de proteínas hepáticas (isso é bom 
apenas em situações fisiológicas). O etinilestradiol induz principalmente a síntese de proteínas 
fatores da coagulação, o que pode induzir a efeitos colaterais (doença tromboembólica venosa, 
infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral) em mulheres predispostas. Algumas 
mulheres possuem tendência a possuírem aumento de TG, e esse quadro pode ser então 
piorado. Pode causar aumento do angiotensinogênio (é transformado pela renina em 
angiotensina I e convertida pela ECA em Angiotensina II, que é um potente vasoconstritor, 
aumentando a pressão). Seu maior efeito benéfico é aumentar a síntese de proteínas ligadoras 
de hormônios sexuais (SHBG) e com isso promover uma maior ligação com a testosterona 
(pois a SHBG liga em hormônios livres), diminuindo a quantidade de testosterona disponível 
para chegar no folículo piloso e portanto menos oleosidade de pele, menos acne, menos 
hirsutismo (pelos em locais inadequados para mulheres). 
O estradiol micronizado ou outros sais de estradiol são metabolizados em partes por 
células intestinais, para estrona e estriol e ao serem absorvidos chegam ao fígado pela veia 
porta, sendo metabolizado por primeira passagem, tendo menos chances de aumentar a 
síntese de proteínas hepáticas, mas ainda sim sendo contraindicado para mulheres que já 
tiveram trombose ou infarto. Tem POUCOS efeitos sobre a síntese de proteínas, mas não zero. 
Qualquer tipo de estrogênio que seja adm por via parenteral terá menor efeito sobre a 
síntese de proteínas hepáticas. 
Como que os estrogêniosse ligam a proteínas plasmáticas?​ Com de albumina e 
SHBG. Isso também serve para os androgênios e possui aplicação terapêutica. Por exemplo, 
na síndrome dos ovários policísticos uma indicação é o uso de anticoncepcional combinado. 
Além de ser útil para tratar oleosidade de pele, acne e pelos, anemia, diminuir o risco de DIP, 
normalizar o ciclo. 
Eliminação:​ Via renal. 
Etinilestradiol:​ É um componente na grande maioria das pílulas que aumenta SHDG, 
que irá então se ligar com a dihidrotestosterona, com efeito benéfico sobre a acne, síndrome 
dos ovários policísticos, hirsutismo, oleosidade de pele. Porém deve-se pensar em qual tipo de 
progestina associar, por ex: se associar com uma 19, 9-testosterona, pode não ser tão 
benéfico. 
*Os efeitos tromboembólicos do estrogênio são dose dependente: Quanto menor a 
dose, menor o risco. 
Progesterona:​ Possui 21C e também não era absorvida VO (hoje em dia já existe a 
progesterona micronizada), sendo necessária uma série de mudanças na estrutura da 
progesterona, originando as progesteronas sintéticas, também chamadas de progestinas ou 
progestágenos. A progesterona endógena é produzida pelos ovários, adrenais e placenta e na 
corrente sanguínea se liga a SHBG e em pequena quantidade com a albumina, além de ser 
precursora de outros compostos metabolicamente ativos (aldosterona, cortisol...). A 
progesterona pode ser adm VO ou parenteral (DIU medicado (mirena) e de implantes SC, IM, 
intravaginal), isolada ou associada com os estrógenos. 
Progestinas:​ Derivadas de várias fontes: Diretamente da progesterona (compostos 
21C), da testosterona (os chamados derivados da 19,9-testosterona, que possuem oleosidade 
de pele e acne como efeitos colaterais) e derivados da espironolactona (que é um antagonista 
do receptor da aldosterona - diurético). Sua adm por VO isolada geralmente é de uso contínuo. 
A adm isolada de progestinas é indicada para mulheres com hipertrigliceridemia, ou 
hipertensão (é neutra em relação a pressão arterial). Contraindicações absolutas: Câncer de 
mama, gravidez suspeita ou declarada. Podem ser utilizadas nas situações clínicas que o 
etinilestradiol ou estradiol são contraindicados. Efeitos colaterais: Aumento de transitório das 
mamas, mastalgia, cefaléia, acne (alguns tipos), alterações de humor. O uso em mulheres 
grávidas, dependendo da progestina (derivados 19,9-testosterona), pode causar 
masculinização da genitália externa do feto. 
● Der. Progesterona (21C) - Pregnanos: 
○ Medróxiprogesterona: Aplicação IM a cada 3 meses possui efeito de depósito, 
suprimindo LH e ovulação, espessamento do muco cervical, atrofia do 
endométrio e diminui a motilidade dos cílios da trompa. 50% das mulheres 
apresentam amenorréia em um ano de tratamento, mas isso não traz nenhuma 
consequência futura em termos de fertilidade. 
○ Ciproterona: Também possui atividade de antagonista de receptores para 
testosterona além da atividade progestágena. Muito utilizado em associação 
com etinilestradiol para tratar síndrome dos ovários policísticos, oleosidade de 
pele, acne. Nomes comerciais: Diane. Indicações clínicas: Acne, alopécia 
androgênica ou calvície em mulheres, hirsutismo. A ciproterona pode ser usada 
de forma isolada para tratamento de câncer de próstata em homens (ant 
testosterona). É adm VO, e jamais é utilizada isoladamente, exceto em homens 
ou manifestações graves de androgenização. 
○ Progesterona micronizada. 
● Efeitos adv dos der. da 19,9-testosterona (estranos e gonanos) e pregnanos: Além dos 
receptores de progesterona, podem interagir com os receptores de androgênios, 
glicocorticóides e mineralocorticóides (com exceção da ciproterona). Com isso, podem 
causar: oleosidade de pele, acne, hirsutismo (mais raro) e sensação de inchaço 
(edema, retenção de líquidos) devido a interação com receptor mineralocorticóide. Tudo 
isso pode acontecer com base na predisposição clínica, não ocorrendo sempre. 
● Gonanos (mais potentes que os estranos e com menor atv androgênica) 
○ Levonorgestrel: Bastante popular, é a progestina presente no DIU dimirena 
(duração em torno de 5 anos com um efeito local maior e levando a atrofia 
endometrial, impedindo a nidação. Benéfico em mulheres com miomas, 
hiperplasia endometrial, menorragia, cólicas e endometriose. Pode causar 
efeitos androgênicos leves: acne, oleosidade de pele e queda de cabelos) e 
também em alguns contraceptivos associados com o etinilestradiol. Pode 
também ser usado na forma de implantes, com duração em torno de 3 anos. 
○ Norgestrel 
● Estranos: 
○ Noretindrona 
○ Noretinodrel 
● Derivados da espironolactona: 
○ Drospirenona: Encontradas nas pílulas YAZ e Yasmin. É muito utilizada por ter 
ação antiandrogênica (antagonista de receptores de androgênios na pele, 
diminuindo acne e oleosidade de pele) e antimineralocorticóide (reduz sensação 
de inchaço), além da ação progestágena semelhante à da progesterona 
produzida pelos ovários. ​Não existe uso isolado desse composto​ como método 
contraceptivo. Como a combinação de drospirenona + etinilestradiol é a mais 
utilizada em todo o mundo, foi observado maior índice de fenômenos 
tromboembólicos, que não pode ser comprovado devido a grande utilização 
dessa associação comparada a outras. 
*Não existem pílulas só de estrogênios. Pq? Pq a progesterona quando usada em uma 
determinada dose é o contraceptivo mais importante, inibindo a secreção de LH, inibindo a 
ovulação, altera a composição do muco, tornando-o hostil para a ascensão de 
espermatozóides, provoca trofia das glândulas endometriais, impedindo a nidação em caso de 
fertilização e altera peristalse ou secreção tubária, já que quando o óvulo é liberado ele precisa 
ser nutrido e transportado para se encontrar com o espermatozóide. Além disso, o óvulo 
fertilizado precisa também ser nutrido e transportado. 
Metabolização:​ A progesterona endógena micronizada que é em grande parte metabolizada 
durante a primeira passagem pelo fígado. A metabolização das progestinas pode ser em 
qualquer um dos compostos das vias. 
Efeitos colaterais dos contraceptivos combinados: 
Etinil: ​Cefaléia, náuseas, vômitos​ (mais comuns, tendem a passar nos três primeiros meses e 
por isso são adm a noite), mastalgia (dor nas mamas), irritabilidade, edema, cloasmas 
(manchas escuras na pele), aumento da pressão arterial (angiotensinogênio), aumento dos TG 
(não usar em mulheres com TG > 300), trombose, AVC, infarto por fenômenos 
tromboembólicos (era mt mais comum nos anos 60 pq a dose era mt maior comparada com a 
de hj e ocorre pois ele induz a síntese de fatores da coagulação) 
Progesteronas/progestinas: dependendo da progestina pode levar a um certo aumento 
de apetite e de peso (no máximo de 2-3kg),​ ​acne e oleosidade de pele​ ​tbm dependendo do tipo 
da progestina, humor deprimido, fadiga, ​sangramentos irregulares​ (uso de progesterona 
sozinha, principalmente nos primeiros meses de uso), edema (sensação de inchaço) 
Combinados: junta os dois. 
Contraindicações absolutas com contraceptivos combinados:​ Idade, tabagismo (+ 
que 15 cigarros ao dia), câncer de mama, hepatite viral aguda, cirrose descompensada, 
tumores hepáticos, suspeita de gravidez ou gravidez declarada (pedir teste de gravidez) e 
imediatamente após o parto ou amamentação. 
Apresentação das pilulas hormonais combinadas na cartela:​ 28 cp tomados de 
forma contínua (21 ativos e 7 placebo, garante a ​adesão​ ao tratamento), alguns tem 24 cp 
ativos e o restante placebo. Podem ser monofásicos (sempre a msm [ ] de estrogênio e 
progesterona, apresentação mais comum) ou polifásicos (já não são mais tão utilizados hoje 
em dia, eram medicamentos que a [ ] de progesterona e estrogênio tentava imitar o ciclo 
menstrual, porém não se mostrou benéfico). 
Opções de tratamento: 
● Cíclico: É tomado em sequência e há menstruação, mesmo que não haja uma pausa 
propriamentedita (os últimos dias são placebo). 
● Contínuo: Pode tomar direto. Não há menstruação. Não ocorre nenhum prejuízo para a 
mulher ou sua fertilidade futura. Pode usar a mesma pilula de uso cíclico, desde que 
evite os comprimidos inativos, sendo corretamente orientada por um médico. Já existem 
os comprimidos de 90/84 dias para uso contínuo. É recomendado para mulheres que 
tem anemia. 
● Uso estendido 
Pilula para mulher que quer amamentar: Progesterona isolada, podendo iniciar logo no 
pós-parto sem problemas. A pílula combinada no pós-parto tem risco de tromboses, e o 
estrogênio ​inibe a amamentação​. 
*A OMS possui diretrizes onde estabelece critérios de elegibilidade para indicar contraceptivos 
hormonais mais apropriados para cada caso. É atualizado mais ou menos a cada 3 anos. 
*Populações especiais de mulheres: Adolescentes, pré-menopausa, pós-parto que não irão 
amamentar, lactantes, com limitações (cadeirantes, maior predisposição a eventos trombóticos 
-> progestinas), obesa, com história de trombose venosa, lúpus eritematoso sistêmico, 
enxaqueca, fibrose cística, uso de medicamentos antiepilépticos, em tratamento de HIV/AIDS, 
tratamento com antibiótico (“história da carochinha kkkk”), antiparasitários e antifúngicos. 
*Como essa cartilha é utilizada: Vários casos que serão classificados com uma numeração: (1) 
Não há restrição para o uso do método, (2) As vantagens do método se sobrepõem ao risco 
teórico das complicações, (3) Avaliar as vantagens e desvantagens de acordo com as 
condições médicas da mulher, (4) Naquela condição médica, não serve. 
Contracepção hormonal de emergência:​ 75% de eficácia, e pode ser adm até 5 dias 
após relação sexual desprotegida. Não exige receita médica. 
● Pilulas somente a base de progestina 
○ Levonorgestrel 0,75mg de 12 em 12h ou a dose total em dose única. Se vomitar 
nas primeiras 4 horas: Repete a dose. Sem contraindicações. 
● Modulador seletivo de progesterona (ulipristal) 
O mecanismo desse tipo de contracepção depende da fase do ciclo menstrual que essa 
mulher está: Pode causar inibição ou retardo da ovulação, alteração da função do corpo lúteo, 
interferência no transporte ovular, interferência na capacitação do espermatozóide (alteração 
de muco), interferência na migração. 
Existem efeitos secundários, mas estes tbm podem estar ligados ao estresse e medo de 
engravidar: Náuseas, vômitos, tonturas, fadiga, cefaléia, mastalgia, diarréia, dor abdominal e 
menstruação irregular. Como é utilizada por período curto, não apresenta riscos adicionais à 
saúde, podendo ser utilizada em qualquer período do ciclo menstrual, inclusive se a mulher 
estiver menstruada. 
 
Quimioterápicos: 
 
Ciclofosfamida, doxorrubicina e 5-fluoracila. 
Ciclofosfamida: É uma fármaco citotóxico e um agente alquilante, possuindo um 
grupamento muito reativo que reage com as bases nitrogenadas do dna e para a replicação do 
mesmo. Pertence a classe dos agentes alquilantes. Outros fármacos semelhantes: cloranbucil, 
bendamustina, ifosfamida, melfalana. Atuam no DNA. 
Doxorrubixina: Citotóxica, se liga tanto no dna como no rna, inibindo a síntese. É 
classificada como um antibiótico citotóxico. Outros fármacos semelhantes: idarrubicina, 
daunorrubicina, epirrubicina, mitoxantrona, tracnomicina, neomicina. 
5-fluoracila: É um antimetabólico (grupo) que bloqueia a síntese de DNA, inibindo a 
timilato sintase. Outros fármacos semelhantes: metotrexato, capecitabina, tegafur, citarabina, 
gentabina. Atua na síntese de ácidos nucleicos como um falso substrato. 
Pq usar uma combinação de agentes quimioterápicos com diferentes mecanismos de 
ação na quimioterapia? Pois aumenta a toxicidade para as células cancerosas sem aumentar a 
toxicidade geral, pois esses agentes citostáticos atuam em diferentes fases do ciclo celular. 
Além disso, diminui a possibilidade de resistência a agentes individuais. 
A grande maioria dos medicamentos utilizados na terapia convencional são adm EV, e 
geralmente deve ser adm lentamente (bomba de infusão) pois determina efeitos colaterais 
importantes, podendo ser nefrotóxica, hepatotóxica, e o paciente deve ser bem hidratado 
durante a quimio. Não existe nenhum exame para determinar resistência tumoral, apenas para 
determinar a melhor terapia alvo com uma biópsia (semelhante a um antibiograma). 
A gênese das células cancerosas é sempre ​multifatorial​, por isso cada tipo de câncer 
tem um protocolo para tratamento (diretrizes internacionais) de acordo com testes de biologia 
molecular, estando centrada em alterações do DNA. Sabe-se que o câncer não ocorre devido a 
uma mutação isolada (polimorfismo). As alterações no DNA podem ser hereditárias ou 
adquiridas (irradiação, drogas, vírus, agentes químicos ou idiopática). Também pode estar 
relacionado ao envelhecimento. 
Fatores de risco: fumo, exposição solar, hpv, hepatite B/C crônica (leva ao carcinoma de 
fígado e cirrose). A terapia citotóxica atua em algumas fases da divisão celular, e de acordo 
com a agressividade do tumor, ele pode ter um crescimento muito rápido (double-timing, ou 
seja, em quanto tempo o tumor dobra de tamanho) e tumores mais lentos (curso da doença é 
mais insidioso, a divisão celular é mais lenta, as células não estão sempre na mesma fase de 
divisão e não há sempre células se dividindo). 
G1 (fase de crescimento celular, prepara para síntese de DNA), S (cópia do material 
genético da célula), G2 (prepara a célula para mitose), M (mitose, que tem seu tempo variado) 
e após divisão celular -> G0 (repouso). ​Os medicamentos podem atuar mais em determinadas 
fases dependendo do tipo de tumor​. Mesmo assim, muitos medicamentos atuam na fase M. 
Características das células cancerosas: Crescimento descontrolado, instabilidade 
genética, capacidade de invasão e de produção de fatores de crescimento, pois à medida que 
esse tumor vai se dividindo, ele precisa sobreviver, necessitando da formação de parênquima e 
vasos sanguíneos (angiogênese) para levar nutrientes para esse tumor. Muitas terapias alvo 
atuam na angiogênese de uma forma indireta. 
Início da formação tumoral: Carcinoma in situ. Quando rompe a membrana basal, já é 
possível dizer que houve invasão. Invasão de vasos sanguíneos -> metástase. Quando ocorre 
metástase, o tratamento é diferenciado e muito mais cuidadoso. 
ATUAM DIRETAMENTE NO DNA: 
Agentes alquilantes:​ Ciclofosfamida. É uma “mostarda nitrogenada”. A mostarda 
nitrogenada foi utilizada pela primeira vez como um gás na guerra, com finalidade de arma 
química. Mecanismo de ação: Se intercalam entre as cadeias de DNA e formam pontes entre 
estas, formando ligações covalentes e com isso interrompendo a síntese do DNA, e portanto 
toda a síntese proteica que é necessária para a divisão celular. Foram os primeiros 
medicamentos utilizados no tratamento do câncer (1950) e são utilizados até hoje. Principais 
indicações: câncer de mama, linfoma, leucemia aguda, sendo que um agente citotóxico nunca 
é utilizado isoladamente. 
Efeitos adv: Cistite hemorrágica (inflamação na bexiga causada pela descamação do 
epitélio vesical devido a sua ação tóxica, causando sangramento = hematúria macroscópica), 
alopécia, náuseas, vômitos e mielossupressão (supressão da medula óssea, com diminuição 
da produção de células sanguíneas). 
Antibióticos antitumorais:​ Doxirrubicina. São chamados de antibióticos por serem 
medicamentos ​obtidos a partir de outro ser vivo​. Possui diversas ações citotóxicas. Se liga no 
DNA inibindo a síntese de DNA e RNA posteriormente. Intercalam o DNA e estabilizam o 
complexo DNA-topoisomerase II. Portanto, impedem a síntese a proteica. Efeitos adv: 
cardiotóxico (efeito comum a todos os antibióticos antitumorais), podendo causar arritmias e 
insuficiência cardíaca (alguns dos pacientes tratados a longo prazo precisaram fazer 
transplante cardíaco). 
Derivados da platina:​ Platinaé um metal. Protótipo: Cisplatina. Liga-se à guanina do 
DNA ou RNA, estabilizando as interações de H. É indicada para cânceres de ovário, bexiga e 
intestino. É extremamente emética, possuindo como efeitos colaterais náuseas e vômitos 
severos, além de ser nefrotóxica. 
ATUAM EM PRECURSORES DO DNA 
*Precursores da síntese de DNA e RNA: Purinas, pirimidinas e ácido fólico. 
Antimetabólicos:​ Atuam na síntese de precursores purinas, pirimidinas e ácido fólico 
como falsos substratos, interrompendo a síntese subsequente de DNA e RNA. Atuam em via 
bem anterior aos fármacos que atuam diretamente no DNA. Atuam predominantemente na fase 
S. Isoladamente não seria capaz de resolver um tumor, já que estes se encontram em 
diferentes fases do ciclo celular. Efeitos colaterais: Mielossupressão, úlceras gastrintestinais, 
alopécia, náuseas e vômitos. 
Análogos de pirimidinas:​ 5-fluoracil, é um análogo da timina é convertido para dois 
metabólitos ativos que inibem a timedilato sintase. É utilizado para o tratamento de tumores 
sólidos (uma massa é identificada na ressonância magnética ou tomografia), tumores 
gastrintestinais e de cabeça e pescoço. 
Análogos de purinas:​ Mercaptopurina. Muito utilizada no tratamento da leucemia 
linfocítica aguda. 
Análogos do ácido fólico:​ Metotrexate (mtx). Possui uma estrutura similar ao ácido 
fólico, competindo com este e inibindo a diidrofolato redutase, que converte o folato da dieta em 
tetraidrofolato, substrato necessário para a síntese de purinas e pirimidinas. O ácido fólico é 
essencial para a síntese de hemácias, e isso pode ocasionar uma anemia extremamente 
importante. Não é utilizado somente para tratar câncer, sendo também utilizado para tratar 
artrite reumatóide, artrite psoriática. Indicações: Leucemia (principalmente em crianças) e 
linfomas. Efeitos adversos: Mielossupressão, úlceras gastrintestinais, alopécia, náuseas, 
vômito, hepatotoxicidade, nefrotoxicidade, cistite química. 
*Como a maioria dos medicamentos utilizados na quimio são eméticos, deve ser dado um 
antiemético preventivo. 
ANTIMITÓTICOS 
Interferem na formação dos microtúbulos (após a polarização dos núcleos), que fazem 
parte do citoesqueleto, sendo formados por tubulinas (alfa e beta), que são proteínas 
estruturais que se polimerizam para formar os microtúbulos. Ou seja, ​atuam na formação do 
citoesqueleto, inibindo a polimerização de tubulinas em microtúbulos​. Também chamados de 
anti-tubulinas. 
Alcalóides da Vinca:​ São assim chamados por serem derivados de plantas, não são 
fitoterápicos. Vincristina e Vimblastina são os mais conhecidos. Atuam no início da 
polimerização, impedindo a formação do citoesqueleto. Derivados de uma florzinha parecida 
com a maria sem vergonha. Mecanismo de ação: Inibição da formação do fuso mitótico e 
inibição da polimerização da tubulina. 
Efeitos adversos: Neuropatias crônicas que tendem a desaparecer se o paciente for 
jovem. 
Taxanos:​ Também derivados de plantas. Docetaxel e Paclitaxel são exemplos desses 
fármacos. Atuam quando o citoesqueleto já está formado, impedindo a despolimerização, 
impedindo a célula de se dividir completamente. Provocam a estabilização do fuso mitótico pois 
inibem a despolarização. Efeitos adversos: Mielossupressão, neuropatias. 
 
Efeitos adversos gerais dos quimioterápicos: 
*A quimioterapia possui efeitos adversos agudos e crônicos 
Mielossupressão (fator mais importante da terapia, limita o tratamento):​ ocorre 
devido às células da medula óssea serem de crescimento e renovação rápidas, e portanto 
pode ocasionar anemia, leucopenia e plaquetopenia causada por tantos quimioterápicos ocorre 
devido às células da medula óssea serem de crescimento e renovação rápidas, e portanto 
pode ocasionar anemia, leucopenia e plaquetopenia. A plaquetopenia pode levar a 
sangramentos (e até mesmo a uma hemorragia cerebral), e a leucopenia leva à 
imunossupressão, deixando o organismo suscetível a infecções oportunistas e comuns com 
mais facilidade, portanto, dependendo do nível de imunossupressão, deverá comer somente 
alimentos cozidos, nada cru, devido a falta de defesa do organismo. 
A mielossupressão limita o tratamento por trazer risco de vida ao paciente. A leucopenia 
pode levar a uma infecção, septicemia, falência órgãos e morte. 
Teratogênese:​ Todos os quimioterápicos são teratogênicos, e por isso mulheres 
grávidas com câncer não são tratadas, devendo interromper a gravidez ou continuar o 
tratamento. 
Efeito emético:​ Em maior ou menor grau. 
Nefrotoxicidade (maioria), hepatotoxicidade, ototoxicidade:​ Em relação a 
ototoxicidade, há dois nervos no ouvido: O vestibular e o auditivo. O paciente pode vir a ter 
problemas de equilíbrio, tonturas, zumbido e problema de audição (nunca 100%, geralmente 
transitório, mas podendo alterar a qualidade de vida do paciente). 
Outros:​ Alopécia, perda de apetite e de peso, alteração do paladar, estomatite e 
mucosite (aftas, cavidade oral), constipação ou diarréia, fadiga, cardiotoxicidade, 
hepatotoxicidade. Podem causar neuropatia, neurotoxicidade, lesão pulmonar (antibióticos 
citotóxicos -> fibrose pulmonar), esterilidade em homens e mulheres a longo prazo, diminuição 
da cicatrização, diminuição do crescimento em crianças (devido à diminuição de síntese 
proteica), candidíase oral por imunossupressão. 
O extravasamento da solução adm via EV de alguns medicamentos é corrosivo devido à 
citotoxicidade e por isso um cateter é colocado antes da administração de medicações EV na 
veia jugular, pois é uma veia profunda e de maior calibre, garantindo sempre uma via de 
acesso e a administração de grandes quantidades de líquidos em associação, além do menor 
risco de flebite química pelo extravasamento de material corrosivo (que não são apenas os 
citotóxicos). A colocação do cateter é um procedimento muito rápido feito em centro cirúrgico, e 
esse cateter é removido apenas em torno de dois anos depois de fim da quimio devido ao risco 
de recidivas. 
A quimio é feita em ciclos (de 21, 14 dias, que é teoricamente o tempo que a MO leva 
para se recuperar) devido a mielossupressão (​fator limitante​), para dar tempo de a medula 
óssea se recuperar. Sempre antes de iniciar uma nova quimioterapia, no dia de início deve ser 
feito um hemograma, e caso este não esteja adequado, o médico pode atrasar essa quimio até 
que haja recuperação da MO. Entretanto, alguns tumores são tão invasivos e agressivos, que 
não há tempo para esperar a recuperação dessa MO. Portanto, se já há tendência a uma 
neutropenia, um fator estimulante de granulócitos pode ser prescrito para o paciente usar via 
EV ou SC. 
O paciente pode ter supressão da medula óssea inteira ou apresentar seletividade para 
algumas células. Se o paciente tiver um comprometimento maior só de plaquetas, existe a 
possibilidade de fazer tratamento da trombocitopenia com fator estimulante de plaquetas e de 
granulócitos EV ou é possível também oferecer ao paciente uma transfusão de plaquetas 
concentradas se precisar de uma disposição de forma urgente. Tudo isso é feito impedir o 
atraso da quimio, dependendo do caso. 
Tratamento das náuseas e vômitos​: as náuseas e vômitos podem ser antecipatórias, 
agudas (até 24h depois da quimio), tardias (entre 24 e 96h). Por isso, antes de iniciar a quimio 
já é dado um antiemético preventivo, já que vômitos podem causar desidratação e desequilíbrio 
hidro-eletrolítico. Mecanismo pelo qual a quimio induz náuseas e vômitos: via receptores 
5-HT3, via dopamina (D2). Existem vários tipos de antieméticos, a depender do tipo de 
quimioterapia a ser utilizada. 
*Antes de iniciar quimio paciente deve ser encaminhado para um dentista, pois situações como 
abscessos podem ser agravadas. 
Terapias-alvo 
Alguns tumores podem ser hormônio-dependentes, como carcinoma de mama e de 
próstata. Logo, nesses casos, junto com a anatomia patológicaé solicitada a pesquisa de 
receptores para esteróides sexuais. Isso é feito através de imuno-histoquímica. Se o resultado 
for positivo, passa a fazer uso das chamadas terapias-alvo. 
As terapias-alvo podem ser feitas em associação com a radioterapia e a quimioterapia 
citotóxica, ou após essas duas terapias. Proposta terapêutica: Após o término do ciclo de 
quimioterapia fazer uma terapia alvo, porque ela tem receptores. Uma proposta mais drástica 
seria fazer castração, ou seja, retirada de ovários para que não houvesse produção de 
estrogênios, dessa forma não havendo nenhum estímulo de estrogênios em céls mamárias, já 
que estes estimulam a síntese de fatores de crescimentos, que estão relacionados a 
proliferação celular de céls neoplásicas. 
● Inibidores da tirosina quinase (receptor envolvido em fatores de crescimento) 
● Drogas anti-HER 2 
● Antiangiogênicos 
● Imunoterapia 
● Inibidores da via de mTOR 
● Inibidores de BRÁS (fator de crescimento) 
Ou seja, já existem medicamentos que podem ser usados desde o início ou depois, 
dependendo do tipo de tumor e de protocolo, que vão atuar especificamente nestes receptores 
alterados. 
Como fazer hormonioterapia em câncer de mama​*​/próstata/endométrio (são todos 
hormonodependentes)? Moduladores seletivos dos receptores de estrogênio (SERM), sendo o 
tamoxifeno uma das medicações mais utilizadas, sendo, neste caso, adm por VO e tb 
disponibilizado “gratuitamente” pelo SUS e convênios médicos. É muito utilizado após a terapia 
citotóxica principalmente em tumores de mama antes da menopausa. É um pró-fármaco 
metabolizado no fígado para o metabólito mais potente e por ser um modulador ​seletivo​ dos 
receptores de estrogênio, atuará como antagonista em alguns locais (céls mamárias) e como 
agonista em outros, como o osso, evitando osteoporose e células endometriais (podendo 
ocasionar sangramento uterino, já que o estrogênio estimula a fase proliferativa do endométrio. 
Às vezes, devido a isso, as mulheres precisam ser histerectomizadas). Efeitos colaterais: 
Fogachos (calor pós menopausa), por funcionar como antagonista em alguns receptores 
cerebrais, cataratas, náuseas. Interações medicamentosas com diversos medicamentos, 
principalmente antidepressivos. 
*​Por isso após quimio do câncer de mama não se trata mulheres com contraceptivos 
hormonais. 
Também poderiam ser usados inibidores de aromatase (não deixa converter 
androgênios em estrogênio), muito comuns na pós-menopausa, sendo utilizados após a 
quimio, inibindo a conversão de testosterona em estrogênios na mama. Um inibidor de 
aromatase é o anastrazol. Adm VO. Ef adv: Fadiga, náuseas e vômitos. 
Existe também no câncer de próstata, como antagonistas da testosterona ou inibidores 
da 5-alfa-redutase, que converte testosterona para diidrotestosterona. 
Tumores HER-2 positivos:​ Expressam em maior quantidade receptores (do tipo 
tirosina-quinase) para um fator de crescimento, chamado de HER-2, tornando diagnóstico mais 
grave. Detectado por análise imunohistoquímica. Geralmente relacionado com tumores mais 
agressivos. Medicamentos anti HER-2 são uma forma de terapia alvo. Apesar de se chamar 
terapia alvo, isso não significa que não cause efeitos adversos. Nem todos os medicamentos 
desta classe são mab e nem todos inibem o msm local do receptor (ela falou, eu ignorei pq tô 
com sono e n parecia importante. Em torno de 1h e 28 min se quiser ver dps) 
Medicamento: Trastuzumab (mab = anticorpo monoclonal), usado apenas via EV. É um 
anticorpo monoclonal humanizado que interage (inibe) com os domínios intra e extracelulares 
do receptor para HER-2, que é um receptor da tirosina-quinase. A família dos receptores de 
tirosina-quinase é mt grande, incluindo os receptores de GH e insulina. Erlotinibe: câncer de 
pulmão. Cetuximab: Câncer de intestino. Esses medicamentos também são chamados 
antiangiogênicos pq fator de crescimento é necessário para a formação parênquima onde 
estará ancorado o tumor e para a formação de vasos para nutrir o tumor. 
Imunoterapia:​ Mais recente. Hoje é muito utilizada no tratamento do melanoma. Atua 
reforçando as células imunológicas do paciente. 
*Para o tratamento do câncer a cirurgia para remoção é a primeira escolha. 
 
Interações medicamentosas 
 
Tramadol + Fluoxetina: 
O uso concomitante de tramadol e um inibidor serotoninérgico do CYP2D6 pode aumentar as 
concentrações plasmáticas de tramadol e diminuir os níveis de M1, o metabólito ativo do 
tramadol. Uma diminuição na exposição ao M1 pode resultar em sinais e sintomas de 
abstinência de opióides e eficácia reduzida. A co-administração de tramadol e um agente 
serotoninérgico também pode aumentar o risco de síndrome serotoninérgica. Se for necessário 
o uso de um inibidor serotoninérgico do CYP2D6 em um paciente que esteja recebendo 
tramadol, observe atentamente o paciente, particularmente durante o início do tratamento e 
ajuste de dose para sinais e sintomas da síndrome serotoninérgica ou abstinência de opioide. 
Ao descontinuar um inibidor serotoninérgico do CYP2D6 num doente a receber terapêutica com 
tramadol, considere uma redução da dose de tramadol e monitorize os sinais de depressão 
respiratória ou sedação. Síndrome serotoninérgica: tramadol é capaz de aumentar a liberação 
de serotonina, enquanto a fluoxetina inibe a recaptação de serotonina (tramadol tb inibe). 
Metoclopramida + insulina: 
O uso concomitante de metoclopramida com insulina pode resultar em aumento da motilidade 
gastrointestinal pela metoclopramida e subseqüente aumento da glicemia, devido ao aumento 
da oferta de alimentos aos intestinos. Quando co-administrado, monitorize a glicose no sangue 
e ajuste a dose de insulina conforme necessário. 
Omeprazol + clopidogrel: 
O uso concomitante de clopidogrel e omeprazol reduz os níveis do metabólito ativo do 
clopidogrel e reduz a inibição plaquetária quando administrado concomitantemente ou com 12 
horas de intervalo. Evitar o uso concomitante de clopidogrel e omeprazol. Mecanismo: 
Clopidogrel é um pró-fármaco metabolizado pela CYP2CA ao seu metabólito ativo, e o 
omeprazol causa inibição dessa isoforma da P450, inibindo portanto a conversão aos 
metabólitos ativos e reduzindo a inibição plaquetária. 
Hidroclorotiazida + Ibuprofeno: 
O risco de toxicidade renal aumenta com o uso combinado de AINEs e diuréticos devido à 
redução dose dependente de AINEs na formação de prostaglandinas e no fluxo sanguíneo 
renal. A co-administração de AINEs e diuréticos tiazídicos reduziu o efeito natriurético do 
diurético em alguns pacientes, também relacionado ao efeito da inibição da síntese de 
prostaglandinas renais pelos AINEs. 
Fluoxetina + Propranolol: 
Tenha cuidado ao co-administrar fluoxetina com propranolol, pois a co-administração pode 
aumentar a exposição ao propranolol e aumentar o risco de toxicidade ao propranolol, incluindo 
bloqueio cardíaco completo. Isso ocorre pois os ISRS são inibidores do CYP2D6, e o propranol 
é metabolizado por essa isoenzima. 
Aspirina + Amitriptilina: 
Aconselha-se precaução se os AINEs e os antidepressivos tricíclicos forem co-administrados. 
O uso concomitante de AINEs e antidepressivos tricíclicos pode causar um aumento do risco 
de hemorragia, incluindo hemorragia intracraniana. Isso ocorre pela inibição da captura de 
serotonina pelas plaquetas, que não a produzem e devem a captar para poder liberar na 
coagulação, além de que a aspirina já bloqueia a síntese de tromboxanos, importantes para a 
agregação plaquetária. Sangramentos GI: As prostaglandinas são responsáveis pelo aumento 
de muco e diminuição do pH no estômago. A falta disso pode gerar úlceras e os efeitos já 
citados nas plaquetas podem levar a sangramentos. 
Acetaminofen + Álcool: 
Aproximadamente 95% do acetaminofeno é conjugado através das vias glicuronídeo e sulfato, 
com apenas 5% da droga oxidada pelo citocromo P450 2E1 (CYP2E1).Esta oxidação resulta 
em N-acetil-p-benzoquinonaimina (NAPQI), um composto que é altamente hepatotóxico. Após 
a ingestão de quantidades terapêuticas de acetaminofeno em não-alcoólatras, o NAPQI é 
desintoxicado por conjugação com glutationa. Em alcoólatras, o álcool compete com o 
acetaminofeno para o metabolismo do CYP2E1. A combinação de indução do CYP2E1 e 
depleção de glutationa resulta em acumulação de NAPQI e maior toxicidade por 
acetaminofeno. 
Levodopa + bupropiona: 
Toxicidade do SNC associada aos efeitos cumulativos do agonista da dopamina foi relatada. 
Esse aumento dos efeitos dopaminérgicos se dá pois a bupropiona inibe o transportador de 
recaptação de dopamina, causando acúmulo desta na fenda sináptica. 
Digoxina + Verapamil: 
A co-administração de digoxina e verapamil pode ter efeitos aditivos sobre a condução do nó 
AV e aumentar o risco de bradicardia e bloqueio cardíaco avançado ou completo, 
provavelmente por inibição da depuração renal e/ou extra renal da digoxina; efeitos aditivos na 
condução do nó AV. Uma vez que a digoxina nos humanos é exclusivamente eliminada por 
excreção renal sem sofrer qualquer modificação, com um baixo metabolismo, é bastante 
provável que as interações farmacológicas observadas entre a digoxina e o verapamil sejam 
uma consequência da inibição da actividade de glicoproteína P (responsável pelo transporte de 
digoxina para dentro das células renais) originando uma diminuição na excreção da digoxina e 
causando seu acúmulo no sangue. 
Fluoxetina + AINES: 
O uso concomitante de AINEs e ISRSs pode causar aumento do risco de hemorragia 
intracraniana e sangramentos gastrintestinais através de depleção de serotonina de plaquetas 
por ISRS 
Sildenafil + nitratos: 
O uso concomitante de SILDENAFIL e NITRATOS ORGÂNICOS pode resultar na 
potencialização de efeitos hipotensores. O sildenafil inibe a fosfodiesterase tipo 5 (PDE5), 
responsável pela degradação metabólica do monofosfato de guanosina cíclico (cGMP). Os 
nitratos orgânicos exercem sua ação pela ativação da guanilato ciclase, que aumenta o cGMP. 
Devido ao potencial para efeitos hipotensores excessivos como resultado do aumento de 
cGMP, o uso concomitante de sildenafil e nitratos orgânicos é contra-indicado.

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