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(Responder na ordem proposta, colocando sempre o enunciado da pergunta, inclusive das questões objetivas. Enviar em word ou pdf.) 1) P.S.M é uma criança que apresenta sucessivas crises de asma. A médica decide prescrever prednisona oral e pede aos pais para observarem se as doses sempre estão sendo tomadas corretamente. Após o início do tratamento P.S.M começa a ter melhoras nos sintomas da asma. Mais tarde, a médica decide mudar a prednisona oral pela inalada, suspendendo assim a forma oral. P.S.M começa a apresentar febre e suspeita de infecção. Por tratar- se de uma criança em tratamento com corticoide, a avaliação do crescimento linear é importante? Porque? (0,55pts) R: O problema em usar os corticoides orais por muito tempo é que eles podem provocar graves efeitos colaterais, já que atuam em todo o organismo, já nas crianças a obesidade e o retardo do crescimento são os efeitos colaterais mais comuns como imunidade baixa por ser imunossupressor no qual podemos explicar a promoção de uma infecção passivelmente instalada na criança já com baixa imunidade A importância de monitorar o crescimento linear é mesurada em estudos quais vieram a demostrar que ensaios de médio a longo prazo mostram uma supressão de crescimento induzida por ICS pequena, mas estatisticamente significativa (uma redução média de -0,48 cm / ano na taxa de crescimento linear) no primeiro ano de tratamento em crianças pré-púberes com asma persistente leve a moderada, e os efeitos tendem a ser menos pronunciados nos anos subsequentes de tratamento. A supressão do crescimento induzida por ICS parece ser dependente da molécula, com alguns medicamentos de primeira geração tendo um efeito supressor ligeiramente maior do que os medicamentos mais novos. Existem também algumas evidências de uma relação dose-resposta. Evidências limitadas sugerem que a diminuição inicial na altura atingida relacionada ao ICS na idade pré-púbere pode persistir como uma redução na altura adulta que não é progressiva nem cumulativa. Um menor efeito supressor de crescimento relacionado ao ICS pode ser esperado em crianças asmáticas vistas na prática clínica diária, conforme demonstrado por estudos observacionais da vida real. Por sua vez, relatos anedóticos, mas bem documentados, de deficiência grave de crescimento causada por ICS administradas em doses normalmente consideradas seguras indicam respostas idiossincráticas (sensibilidade aumentada aos efeitos sistêmicos de ICS). 2) Explique detalhadamente, baseado no mecanismo de ação, a utilização da aspirina 100mg na profilaxia do infarto do miocárdio. Por que para o uso nestas situações não se recomenda aspirina 500mg? (0,55pts) R: Quando a camada íntima dos vasos sanguíneos é lesada, como por exemplo após um ferimento ou a ruptura de uma placa aterosclerótica, o colágeno subendotelial e os fatores de von Willebrand são expostos para a circulação sanguínea. As plaquetas séricas aderem ao colágeno subendotelial e aos fatores de von Willebrand por meio das glicoproteínas ia / IIa e aos receptores Ib/V/IX. A adesão plaquetária estimula a ativação plaquetária, que promove mudanças na forma das plaquetas e liberação de quantias elevadas de cálcio para dentro das plaquetas. O aumento da concentração de cálcio ionizado livre dentro das plaquetas acarreta diversas consequências. Primeiro, induz a uma mudança conformacional nos receptores plaquetários da glicoproteína IIb/IIIa, permitindo que as plaquetas se liguem a proteínas adesivas da circulação, tais como o fibrinogênio. Segundo, catalisa a liberação de moléculas ativas dos grânulos plaquetários para a circulação sanguínea, onde elas podem se ligar aos receptores de superfície de plaquetas adjacentes - estimulando suas ativações. Terceiro, promove a ação da fosfolipase A2 - responsável pela produção de ácido araquidônico. O ácido araquidônico plaquetário é convertido em TXA2, em uma reação catalisada pela enzima ciclooxigenase 1 (COX-1), para formar prostaglandina G2/H2, e tromboxane sintase, para formar TXA2. O TXA2 aumenta a expressão dos receptores de fibrinogênio na superfície plaquetária e é liberado na circulação, aonde interage com os receptores de tromboxane da superfície das plaquetas adjacentes, estimulando suas respectivas ativações. O TXA2 também age sinergicamente com outros produtos liberados pelas plaquetas ativadas, tais como, ADP, fibrinogênio e fator V, intensificando a ativação plaquetária. Além disso, o TXA2 é um potente vasoconstritor. A aspirina (ácido acetilsalicílico) reduz a ativação plaquetária por meio da acetilação irreversível da COX-1, e, portanto, reduz a produção de TXA2 pelas plaquetas. A inibição da COX-1 é rápida, saturável em baixas doses, isto é, dose-dependente, irreversível e permanente por toda a vida da plaqueta - visto que a mesma não apresenta maquinário biossintético para sintetizar novas proteínas. Após dose única de 325 mg de aspirina, a atividade da COX-1 plaquetária se recupera em aproximadamente 10% por dia devido à nova formação plaquetária. A aspirina também apresenta efeitos antitrombóticos dose-dependente sobre a função plaquetária e a coagulação sanguínea que não estão relacionados à sua habilidade de inibir a COX-1 plaquetária. A aspirina pode também influenciar a hemostasia e as doenças cardiovasculares por mecanismos independentes da produção de prostaglandina (PG). Embora pouco claramente definido, os efeitos da aspirina não mediados por PG na hemostasia são postulados a serem dose-dependente e não relacionados à atividade da COX-1. Estes efeitos incluem antagonismo da vitamina K, redução da produção plaquetária de trombina, e acetilação de um ou mais fatores de coagulação. A aspirina pode também prejudicar a função plaquetária ao inibir a ativação plaquetária mediada pelos neutrófilos. Além disso, a aspirina pode potencialmente alterar a patogênese da doença cardiovascular ao proteger as lipoproteínas de baixa densidade da modificação oxidativa, ao melhorar a disfunção endotelial em pacientes com aterosclerose e ao atenuar a resposta inflamatória por agir como um antioxidante. As propriedades antiinflamatórias da aspirina são evidentes, mas não claramente conhecidas O tratamento com aspirina mostrou inibir a disfunção endotelial mediada por processos inflamatórios, apesar do mecanismo responsável por este efeito ainda permanecer desconhecido. Além disso, em pacientes normais, a terapia com baixas doses de aspirina mostrou reduzir a liberação plaquetária de interleucina 7 e reduzir os níveis plasmáticos desta citocina. Estas observações sugerem que parte dos efeitos benéficos da aspirina podem ser mediados pela redução da inflamação vascular. 3) “A Organização Mundial de Saúde (OMS) elaborou a escada analgésica como diretriz para tratamento da dor oncológica e orientou o uso de AINES para dor leve no primeiro degrau, opióide fraco para dor moderada no segundo e opióide potente para dor intensa no terceiro degrau. Fármacos adjuvantes podem ser associados em todos os degraus”. Com base no texto anterior, responda: Qual é o objetivo da introdução de metadona, a partir de um determinado momento, no tratamento de pacientes que fazem uso crônico de morfina? (0,55pts) O uso prolongado de opioides provoca inúmeras alterações celulares responsáveis pelo desenvolvimento de três fenômenos clínicos: tolerância, síndrome de abstinência e dependência. É usada para evitar a síndrome de abstinência e bloquear os efeitos de euforia do consumo de opioides Trata-se de um narcótico do grupo opioides utilizado principalmente no tratamento dos toxicodependentes pela heroína e outros opioides A metadona é praticamente idêntica nas suas propriedades com a morfina agindo nos mesmos receptores e com os mesmos efeitos. Diferenças importantes incluem maior duração de ação (24h contra 8hda morfina e menos ainda da heroína) e síndrome de abstinência física mais leve, mas mais prolongado. Além disso o facto de não ser injetada, mas consumida via oral, evita sintomas de grande prazer súbito que ocorrem com a heroína, o que ajuda a vencer a dependência psicológica também. 4) Por que os glicocorticóides inalados são mais seguros do que os glicocorticóides por via oral no tratamento a longo prazo da asma? (0,55pts) a) Os glicocorticóides inalados liberam o fármaco localmente para limitar a exposição sistêmica a longo prazo aos glicocorticóides. b) Os glicocorticóides inalados liberam o fármaco localmente para limitar as exacerbações a longo prazo da asma. (X) c) Os glicocorticóides inalados limitam o desenvolvimento de candidíase orofaríngea e a conseqüente irritação brônquica que ela causa. d) Os glicocorticóides inalados liberam uma maior porcentagem de cada dose do fármaco aos pulmões. e) Os glicocorticóides inalados são ativados pelo metabolismo de primeira passagem no fígado para exercer um efeito farmacológico mais potente. 5) Com base no texto acima, assinale a opção CORRETA, a respeito dos antiinflamatórios não-esteroidais (AINEs). (0,55pts) a) Os AINEs atuam na biossíntese das prostaglandinas, agindo diretamente na inibição de enzimas da via da cicloxigenase. (X) b) O paracetamol é um exemplo de AINE com alta atividade antiinflamatória. c) A aspirina possui baixos efeitos antiinflamatório, antipirético e analgésico d) Os AINESs atuam na biossíntese das prostaglandinas, agindo diretamente na inibição da enzima fosfolipase A2. e) Os AINEs são medicamentos seguros para pacientes que apresentam desconforto gástrico ou indicativo de úlcera péptica. 6) Em relação à corticoterapia e aos AINES, assinale a alternativa CORRETA: (0,55pts) a) Secreções endógenas de cortisol são predominantemente noturnos, por isso deve-se incentivar o uso de corticóides sempre ao deitar, para imitar fielmente o ritmo circadiano. b) A isoforma ciclooxigenase-2 é considerada do tipo constitutiva em nosso organismo. c) Cortisol e os AINES auxiliam no tratamento de doenças auto-imunes e rejeição de transplantes. d) A corticoterapia induz a diminuição da resistência à insulina, aumentando episódios de hipoglicemia no paciente. (X) e) É comum casos de hipersensibilidade aos AINES, pois diferentemente dos corticoides, os AINES não bloqueiam a via dos leucotrienos. 7) Em relação aos analgésicos opióides é INCORRETO dizer que: (0,55pts) a) Em caso de intoxicação por opióides, emprega-se a naloxona, antagonista específico sem qualquer propriedade agonista. b) A codeína também ser empregada como antitussígeno c) A metadona pode ser utilizada na manutenção de dependentes de narcóticos podendo também ser empregada na dor moderada. d) O tramadol pode ser indicado para dor aguda e seu principal efeito colateral é intensa depressão respiratória. (X) e) O fentanil é uma opção para pacientes alérgicos a morfina no tratamento/alívio da dor 8) Sobre os antagonistas de angiotensina II, qual é o mecanismo de ação deles para o controle da pressão arterial? Cite dois efeitos da angiotensina II em nosso organismo. (0,55pts) R: Os principais mecanismos reflexos que atuam na regulação da pressão arterial são o barorreflexo, os reflexos cardiopulmonares, o quimiorreflexo e o reflexo renorrenal. O controle hormonal envolve, principalmente, o sistema renina- angiotensina. O mecanismo de ação dos ARA II interfere no sistema fisiológico renina- angiotensina-aldosterona. Agem por antagonismo total, competitivo e específico nos receptores AT1da angiotensina II, sem atuação no subtipo AT2. O bloqueio dos receptores AT1 por antagonismo inibe a contração da musculatura lisa vascular causada pela angiotensina II assim como previne e revertem todos os seus demais efeitos conhecidos. Como consequência, ocorre vasodilatação, excreção de sódio e diminuição da atividade noradrenérgica. O antagonismo do receptor AT1 reduz os efeitos de ativação desse receptor como, por exemplo, proliferação celular, crescimento tecidual e aumento da secreção de aldosterona. Uma vez que estes antagonistas somente bloqueiam os receptores AT1, não interferem com as respostas fisiológicas resultantes da estimulação crônica dos receptores tipo II (e outros) que poderiam resultar em aumento de renina ou liberação de angiotensina. A angiotensina II faz com que as paredes musculares das pequenas artérias (arteríolas) se contraiam, aumentando a pressão arterial. A angiotensina II também provoca a liberação do hormônio aldosterona pelas glândulas adrenais e da vasopressina (hormônio antidiurético) pela hipófise. 9) Qual a influência da bradicinina na via dos medicamentos inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA)? Explique relacionado efeitos terapêuticos e efeitos adversos. (0,55pts) R: Bradicinina responsável em promover a vasodilatação (oxido nítrico e prostaciclinas), so que as enzimas angiotensinas II degragam a bradicinina, o ocorre diminuição da vasodilatação coronariana, o uso dos medicamentos IECAs vão diminuir as ECAs, promovendo aumento da bradicinina. Os IECAs diminuem os níveis de angiotensina II e aumentam os níveis de bradicinina. Portanto, ocorre a vasodilatação de arteríolas e veias. Reduzindo os níveis de angiotensina II circulante, os IECAs também diminuem a secreção de aldosterona, resultando em menor retenção de sódio e água. Os efeitos desses fármacos ainda atuam diminuindo pré-carga e pós-carga cardíaca, reduzindo, dessa forma, o trabalho cardíaco. IECAs diminuim a pressão arterial, reduzindo a resistência vascular periférica sem aumentar reflexamente o débito cardíaco, a frequência cardíaca ou a contratilidade cardíaca, bloqueiam a ECA que hidrolisa a angiotensina I para formar o potente vasoconstritor angiotensina II. A ECA também degrada a bradicinina, um peptídeo que aumenta a produção de óxido nítrico e prostaciclinas nos vasos sanguíneos os quais são vasodilatadores. Efeitos terapeuticos relacionados com a badicinina: Os IECAs são fortemente indicados para o uso em pacientes com nefropatia diabética, pois retardam a progressão dessa entidade nosológica e diminuem a Albuminuria. Os efeitos benéficos na função renal resultam da diminuição da pressão intraglomerular devido a vasodilatação da arteríola eferente. Os IECAs são os fármacos de primeira escolha para tratar insuficiência cardíaca, os pacientes hipertensos com DRC e os pacientes com risco elevado de doença arterial coronariana. Efeitos adversos relacionados Os principais efeitos colaterais dos IECAS são a tosse (pelo acúmulo da bradicinina que é metabolizada pela ECA) e angioedema, esses efeitos não são vistos nos BRA e frequentemente levam a suspensão e troca do medicamento. Mesmo após a suspensão do IECA, a tosse pode persistir por dias a semanas. 10) Por que no uso do nitroprussiato de sódio é recomendado dose máxima por períodos curtos e mesmo que não atinja efeito na dose máxima é obrigatória a redução de dose? Explique. (0,55pts) R: O nitroprussiato é um fármaco de ação rápida e curta duração, os primeiros efeitos já ocorrem com cerca de 30 segundos do início da infusão e sua meia-vida plasmática é de 3 a 4 minutos. Assim, como ele reduz rapidamente a pressão arterial, seu efeito também cessa em pouco tempo, cerca de 1 a 10 minutos após a suspensão da infusão. É rapidamente metabolizado no sangue do paciente, liberando NO e cianeto. O NO, entra nas fibras do músculo liso vascular onde é metabolizado. O cianeto, por sua vez, é metabolizado no fígado pela enzima rodanase, necessitando de um doador de enxofre, em tiocianato (um produto menos tóxico), que é excretado quase que completamentepelo sistema urinário. A necessidade de redução da dose mesmo que a dose máxima não tenha seu efeito desejável em questão, deve-se a um dos seus efeitos adverso em promover uma complicação séria de intoxicação por cianeto, ocorrendo especialmente em infusões maiores 2 mcg/kg/min e/ou por um tempo prolongado, geralmente mais 3 dias. É particularmente importante em pacientes heatopatas e nefropatas, nos quais a metabolização e excreção do cianeto estão prejudicadas. Causa acidose láctica, sinais e sintomas incluem: ansiedade, confusão mental, coma, convulsões, cefaleias, fraqueza generalizada, náuseas, vômitos, dor abdominal, dispneia e bloqueio cardíaco inexplicado. 11) Os inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) impedem a conversão mediada pela ECA da angiotensina I no vasoconstritor angiotensina II. Os efeitos dos inibidores da ECA também incluem: (0,55pts) a) diminuição da liberação de aldosterona, promovendo a natriurese(X) b) aumento do metabolismo da bradicinina, contribuindo para o desenvolvimento de tosse crônica c) prevenção da liberação de renina e proteção da taxa de filtração glomerular d) inibição da ligação da angiotensina II a seus receptores, facilitando a vasodilatação e) desenvolvimento de uma síndrome semelhante aos lúpus, resultando em insuficiência renal aguda. 12- ) Explique o termo “resistência a insulina”? Isso pode ser relacionado com a obesidade? Justifique a sua resposta. R: É quando as células do corpo não respondem bem à insulina, por isso, a glicose não consegue entrar nelas facilmente. Num primeiro momento, o pâncreas aumenta a produção de insulina para vencer essa resistência, mantendo normal o nível de glicose no sangue. Porém, em longo prazo, se a resistência à insulina não for tratada, o pâncreas "cansa" e não consegue produzir insulina suficiente para manter a glicemia normal. Quando consumimos carboidratos, proteínas e gorduras em excesso, os estoques de glicogênio muscular e hepático saturam e o açúcar excedente é transformado em gordura no corpo. A resistência à insulina está relacionada ao aumento principalmente da gordura visceral e não da gordura subcutânea. A gordura visceral está distribuída centralmente no abdome, é a famosa "barriga de chope", que pode ser encontrada mesmo em indivíduos que não consomem bebidas alcoólicas. 13) Por que diabéticos tipo I não podem utilizar as sulfoniluréias? Explique. (0,55pts) R: Risco de ocorrer hipoglicemia pelo uso concomitante a insulina Sulfonilureias (glibenclamida, glimepirida ou glicazida): é chamado de “secretagogo de insulina”, o que significa que esse medicamento promove a liberação de insulina pelas células beta do pâncreas. Por aumentar a secreção de insulina, esse fármaco pode causar hipoglicemia. 14) Descreva o mecanismo de liberação da insulina. (0,55pts) R: A ação da insulina na célula inicia-se pela sua ligação ao receptor de membrana plasmática, ligação que ocorre com alta especificidade e afinidade, provocando mudanças conformacionais que desencadeiam reações modificadoras do metabolismo da célula-alvo, constituindo assim uma resposta celular. Os receptores não são componentes fixos, podendo variar o número de receptores para cada tipo de célula, com isso variando o grau de resposta. A ligação do complexo hormônio- receptor é forte, mas não covalente, sendo equivalente à união de um efetor alostérico com a enzima que o regula. A ativação do receptor gera um sinal que, eventualmente, resulta na ação da insulina sobre a glicose, lipídeos, o metabolismo de proteínas, garantindo diferentes efeitos metabólicos. Os efeitos promotores do crescimento de insulina aparentemente ocorrem através da ativação de receptores da família de fatores de crescimento semelhantes à insulina. Anormalidades no número de receptores de insulina, falha na atividade quinase do receptor e os vários passos de sinalização pós-receptor na ação da insulina ocorrem em estados de doença que conduzem a resistência dos tecidos Podemos então relatar que efeito da insulina sobre a diminuição da glicose sanguínea deve-se à absorção facilitada de glicose, após a ligação da insulina aos receptores nos músculos e nas células gordurosas e da simultânea inibição da produção de glicose pelo fígado. 15) O que é antibiograma? (0,55pts) O Antibiograma é um exame que identifica a sensibilidade da bactéria aos antibióticos, possibilitando ao médico indicar o antibiótico mais aconselhado para agir sobre a infecção do paciente. O exame Antibiograma é geralmente feito com amostra de sangue ou de urina, porém existem casos em que é possível fazê-lo com fezes, saliva ou células contaminadas. Após a coleta, a amostra será cultivada em meio favorável ao seu desenvolvimento e multiplicação. Após isso, os grupos de bactérias já estarão formados, cerca de 48 horas do início da cultura. Depois de constituídas, elas são expostas aos antibióticos para que a sensibilidade ou resistência seja reconhecida. A substância que destruir a atividade microbiótica terá a eficácia como resposta na antibioterapia contra infecção instalada no paciente. 16) A penicilina pertence à classe mais amplamente prescrita de antibióticos que atuam sobre a parede celular bacteriana. Qual o mecanismo de ação da penicilina? Explique. (0,55pts) R: As penicilinas possuem ação bactericida. Elas atuam por inibição da síntese da parede celular bacteriana através do bloqueio da síntese da camada de peptidoglicano da parede celular interferindo na transpeptidação, tanto de bactérias gram-positivas quanto de gram-negativas. Ao inibir a síntese da parede celular, as penicilinas levam a bactéria a lise osmótica e morte. 17-) Diferencie o mecanismo de ação dos macrolídeos e das cefalosporinas. (0,55pts) R: A diferença no mecanismo de ação dos macrolideos com as cefalosporinas é que os macrolídeos pertencem a um grupo de antimicrobianos quimicamente constituídos por um anel macrocíclico de lactona, ao qual ligam-se um ou mais açúcares. Pertencem a este grupo azitromicina, claritromicina, eritromicina, espiramicina, miocamicina, roxitromicina, etc. O espectro de ação é semelhante, diferindo apenas na potência contra alguns microrganismos. Sua ação ocorre através da inibição da síntese protéica dependente de RNA, através da ligação em receptores localizados na porção 50S do ribossoma, particularmente na molécula 23S do RNA, impedindo as reações de transpeptidação e translocação. Sendo que as cefalosporinas constituem um grupo de antibióticos beta-lactâmicos por terem em sua estrutura química um anel beta-lactâmico acoplado a um anel tiazolidínico, exercem sua ação antimicrobiana ao se ligarem e inativarem as PBPs. Assim, pela ação inibitória na síntese da parede celular, a bactéria sofre lise osmótica. 18-) Paciente com quadro infeccioso no trato respiratório, relata ao médico ser alérgico à penicilina, por sua vez, o médico consultou o setor de farmácia para saber qual dos antimicrobianos padronizados no serviço poderia ser utilizado com segurança e eficácia pelo paciente. Com base no exposto, poderia ser oferecido ao paciente azitromicina ou cefalexina? Justifique. (0,65pts) R: Com certeza pode substituir a penicilina pela azitromicina, pois medicamentos de classes diferentes (azitromicina é um macrolídeo e penicilina um Beta-lactâmico). Não tem reação cruzada. Já a substituição pela cefalexina provavelmente sim, se a sua ação farmacológica seja primordial na terapia. A penicilina e a cefalexina fazem parte da mesma família de antibióticos, os beta-lactâmicos, e possuem estruturas semelhantes porem não iguais. Os estudos mais recentes mostraram que a reação cruzada entre eles é menor do que 5%. mais seguro seria fazer um teste de provocação antes do uso.
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