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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Pós-graduação em Direito Civil e Processual Civil Resenha do Artigo “novo CPC ampliou sobremaneira os poderes do juiz” DAIANE AKIE OMURA Trabalho da disciplina Cumprimento de sentença e Processo de Execução. Tutor: Prof. Alexandre de Castro Catharina Curitiba/2019 Artigo: “novo CPC ampliou sobremaneira os poderes do juiz”, Câmara, Alexandre Freitas. Introdução ao artigo: O Autor busca em síntese analisar o Art. 139 do Novo Código de Processo Civil/15, tecendo uma breve análise quanto aos poderes atribuídos ao juiz na condução e gerenciamento do processo civil, sob uma ótica equilibrada de uma legislação elaborada para favorecer os jurisdicionados, já que elaborado em um Estado Democrático de Direito. RESUMO: De forma objetiva, o Autor demonstra que ao contrário do que muitos imaginam o atual Código de Processo Civil não é o “Código dos advogados”, em análise ao Artigo 139 do CPC, podemos inclusive concluir de forma contraria, afinal o referido dispositivo, atribuiu de certa forma medidas atípicas ao magistrado que poderão ser utilizadas na pratica como meios coercitivos de se fazer valer uma decisão judicial, citando como exemplo as astreinte, que poderá impor ao devedor multa diária pelo atraso no cumprimento de decisão. Em contrapartida, o poder do juiz na parte gerencial do processo, lhe atribuiu a possibilidade de dilatar prazos processuais, quando os fixados não se mostrarem adequados no caso concreto, citando um exemplo vivenciado pelo próprio Autor, que teve que realizar uma defesa na qual a Inicial e os documentos acostados possuíam 13 volumes, sendo mais que plausível que seja o prazo estendidos em tais hipóteses. Pontua ainda, a grande alteração dada na instrução probatória, já que o juiz caso ache necessário poderá inclusive inverter a produção probatória, cabendo a este em cada caso tomar a decisão que entenda que melhor se adeque para a solução do conflito em um tempo razoável, com o objetivo de concretizar a resolução da lide, com a visão de um juiz cooperador otimizando e sanando de forma eficiente os vícios processuais que possam vir a gerar um retardo processual, ou que sejam de fato sanáveis, evitando assim extinções anômalas de vícios que poderiam ter sido superados. Concluindo assim, que de fato não estamos diante de um “código dos Advogados” e, sim diante de uma legislação equilibrada, que não visa atribuir a poucos o poder da condução processual, ao contrário, estamos diante de uma legislação que visa tratar os iguais de maneira igual e os desiguais na medida de sua desigualdade, tomando como ponto central as partes sendo em verdade o “Código do jurisdicionado”, construído em um Estado Democrático de Direito, sistematizado em atribuir um contraditório que seja via de regra prévio e efetivo, com a participação de todos os sujeitos processuais, vistos em uma visão isonômica, com decisões fundamentadas buscando priorizar o mérito, tomando como base o devido processo constitucional. Podemos assim concluir a visão analítica do Autor, quanto aos “poderes” atribuídos ao magistrado, visto que tais “poderes”, em verdade podem ser vistos como atribuições “meios” adequados a tornar o processo mais efetivo as partes, dentro de uma visão de um Estado Social e Democrático de Direito, onde muitas vezes a parte “vencia” a demanda, entretanto, jamais pode de forma efetiva ou dentro de um tempo plausível o ressarcimento pecuniário que lhe foi reconhecido. Ademais, tais atribuições tornam o processo mais efetivo a ambos, já que muitas vezes a condução de determinadas demandas exigem um tratamento diferenciado, afinal o judiciário lida com a solução de conflitos, que são em sua essência peculiares a cada caso, portanto não há de se falar em formulas para o andamento processual, e sim de aplicação das leis de forma a se adequar ao caso concreto com efetividade, isonomia e sempre pensado em favor dos jurisdicionados embasado no modelo processual constitucional.
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