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1 Prof. Emerson Abbud Página 1 MACROECONOMIA Prof. Emerson Abbud 1. RISCO PAÍS - Calculado para países com instabilidade. - Tenta determinar o grau de instabilidade econômica. - Importantíssimo para países emergentes. 1.1. O que realmente é o risco país? - Grau de perigo que um país representa => ao investidor internacional. - Indicador para países emergentes: AMÉRICA LATINA: Brasil, México e Argentina. OUTROS PAÍSES: Rússia, Bulgária, Marrocos etc. 1.2. Quem é responsável pelo cálculo do Índice? - J. P. Morgan (Banco de investimentos) 1.3. Que variáveis econômicas e financeiras são consideradas no cálculo do Índice? - Analisa-se a dívida do país (o rendimento dos títulos públicos). - Principalmente o valor da Tx. de Juros (Títulos Públicos = Dívida Pública = C Bond). - Tecnicamente, o Risco País é a sobretaxa que se paga em relação à rentabilidade garantida pelos Bônus do Tesouro dos Estados Unidos, país considerado o mais solvente do mundo, ou seja, o de menor risco para um aplicador não receber o dinheiro investido acrescido dos juros prometidos. 1.4. Como se determina essa sobretaxa? - Avalia-se: Déficit Fiscal Turbulências Políticas Crescimento da Economia Diferença entre arrecadação e dívida de um país. 1.5. Como se expressa o risco país? - O risco país se expressa em “pontos básicos”, onde 100 pontos equivalem a 1% de juros nos títulos públicos (C-BOND negociado na Bolsa de New York). ( 21 países ) 2 Prof. Emerson Abbud Página 2 1.6. O que significa risco país para os investidores? - Risco país é um orientador para o investidor internacional que não conhece cuidadosamente o país alvo do investimento. Assim, o banco J. P. Morgan calcula o risco dos países, fazendo um ranking dos países em desenvolvimento (também denominados emergentes). - O risco país mede valor do risco para o investidor (1% para cada 100 pontos de risco). - Para um país, (+) risco = (–) investimento estrangeiro. - Para atrair investimento deve-se aumentar a taxa de juros para que o investidor se interesse. 1.7. Quais os efeitos para a economia, ao se ter o país classificado como “Risco Perigoso”? - Diminuição de investimentos estrangeiros. - Menor crescimento econômico. - Aumento do desemprego. - Salários menores. - Problemas sociais. CURIOSIDADE: “em jun. de 2002 o Risco Brasil chegou aos 1.770 pontos, atrás apenas da Argentina, com 5.942 pontos” “Recorde do Índice Risco Brasil ocorreu na 1ª semana de outubro de 2002, quando alcançou 2.440 pontos” CALCULANDO O C-BOND => Título Brasileiro 3 Prof. Emerson Abbud Página 3 2. MACROECONOMIA (características gerais) - A Macroeconomia trata do comportamento da economia como um todo. - A Macroeconomia lida com o aumento no produto e no emprego (crescimento econômico) no decorrer de longos períodos de tempo e, ainda, com as flutuações de curto prazo que constituem o ciclo de negócios. - A Macroeconomia abrange: O comportamento econômico; As políticas que afetam o consumo e o investimento; As políticas que afetam o Câmbio e a Balança Comercial; Os determinantes das variações nos preços e salários; As políticas fiscais e monetárias; O estoque monetário; O orçamento do governo; Taxa de juros e divida pública. - Resumindo, a Macroeconomia lida com as principais variáveis econômicas e com problemas do dia-a-dia. 3. FLUXO CIRCULAR DA RENDA - Gráfico: 4 Prof. Emerson Abbud Página 4 - Este diagrama descreve todas as transações entre famílias e empresas (numa economia simples). - Nesta economia, as famílias compram bens e serviços das empresas; estas despesas fluem através dos mercados de bens e serviços. - Nesta economia, as empresas usam o dinheiro recebido das vendas para pagar os salários dos trabalhadores, a renda dos “donos da terra” e os lucros dos proprietários das empresas; esta renda flui através do mercado de fatores de produção. - Nesta economia a moeda flui continuamente das famílias para as empresas e das empresas para as famílias. - Na economia como um todo, Renda é igual a Despesa. 4. PRODUTO INTERNO BRUTO - PIB - O PIB é a soma em $ do total de bens e serviços produzidos na economia durante um determinado período de tempo (1º trimestre; 1º semestre; 1º ano; etc). - O PIB mede simultaneamente: I. Renda total gerada na Economia; e II. Despesa total com bens e serviços produzidos na economia. - Para a economia como um todo, renda deve ser igual à despesa. Isso ocorre porque cada transação tem duas partes: um comprador e um vendedor. Cada real de despesa de um comprador é um real de renda para algum vendedor. - Definição Formal de PIB => “Produto Interno Bruto é o valor de mercado, de todos os bens e serviços finais produzidos em um país em um dado período de tempo”. 4.1. Quatro outras medidas de renda I. Produto Nacional Bruto => É o valor da produção dos “residentes permanentes ” de uma nação. II. Produto Nacional Líquido => É a renda total dos residentes de uma nação depois de descontadas as perdas com depreciação. III. Renda Pessoal => É a renda que as famílias e empresas que não sejam sociedades anônimas proporcionam (exclui os lucros retidos pelas S.A.). Além disso, a Renda Pessoal (RP) inclui os juros que as famílias recebem ao investir em títulos públicos e, também, de transferências (programas governamentais => Bolsa Família, INSS, Bolsa Escola, Bolsa Cultura etc). IV. Renda Pessoal disponível => É a renda pessoal menos os pagamentos devidos ao governo, tais como: impostos, taxas, multas etc. 5 Prof. Emerson Abbud Página 5 4.2. Elementos que compõe o PIB PIB = Y , ou detalhadamente, Y = C + I + G + EL Y = Prod. Interno Bruto; C = Consumo; I = Investimento; G = Gasto do Governo; EL = Exportações Líquidas (Exportações – Importações). 4.3. PIB Real e Nominal PIB Real é o total das despesas em bens e serviços de toda a economia, utilizando-se os preços de um determinado ano base (preços constantes). PIB Nominal é o total das despesas em bens e serviços de toda a economia, utilizando-se os preços do ano em questão (o ano que está sendo analisado => preços constantes). QUADRO EXPLICATIVO DO PIB REAL E PIB NOMINAL 4.4. PIB e Bem-Estar Econômico - O PIB é considerado o melhor indicador do bem-estar econômico de uma sociedade. - Como o PIB é um instrumento que mede a renda e a despesa da economia, é obvio que quanto maior os gastos (despesas) em bens e serviços maior é o bem- estar do indivíduo (as pessoas preferem rendas altas a rendas baixas). I. Trabalho => PIB => Lazer => Bem-Estar II. Regulação Ambiental => PIB => Poluição => Bem-Estar III. Horas de trabalho p/ se => PIB => Bem-Estar dedicar mais à família 6 Prof. Emerson Abbud Página 6 5. DETERMINAÇÃO DA RENDA NACIONAL 5.1. Lado Real da Economia - Após a crise de 1929, na década de 30, Keynes escreveu “A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda”. => Na ótica da Grã-Bretanha. - De acordo com a teoria de Keynes o alto grau de desemprego era resultado de uma insuficiência de “Demanda Agregada”. - As políticas econômicas deviam ser feitas de forma a estimular a Demanda Agregada (Política Fiscal => Gastos do Governo com obras públicas e outros gastos de manutenção de infra-estruturapública). - Princípio da Demanda Efetiva = Para analisarmos a determinação do nível de produto e emprego e, conseqüentemente, a causa do desemprego, deve-se olhar o comportamento da demanda efetiva. Podemos concluir, portanto, que o nível de emprego é determinado no “mercado de bens e serviços” pelas expectativas dos empresários. 5.1.1. Equilíbrio Keynesiano - Para Keynes a condição de equilíbrio, no mercado do produto, é dada por: OFERTA AGREGADA DE BENS E SERVIÇOS = DEMANDA AGREGADA DE BENS E SERVIÇOS 5.1.2. O Multiplicador Keynesiano - Para Keynes, diante de um período de crise, a intervenção do Estado é necessária e imprescindível. - Para Keynes numa crise onde há um aumento do desemprego, diminuição do consumo, quebradeira das empresas, é preciso que o governo interfira na economia, gastando em obras de infra-estrutura (estradas, pontes, colégios, hospitais etc). - Com a intervenção do governo (Gastando $) a economia iria reagir pois não haveria tantos desempregados e, ainda mais, os gastos do governo iriam induzir a uma variação positiva na renda superior à variação inicial nos gastos. Isto é de forma bem simplificada o Multiplicador. QUADRO EXPLICATIVO DO MULTIPLICADOR 7 Prof. Emerson Abbud Página 7 5.1.3. Política Fiscal, Inflação e Desemprego - Política Fiscal => é uma política adotada pelo governo que está relacionada aos gastos públicos (construção de escolas, rodovias, pgto. de funcionários públicos etc.). - Inflação => equivale à perda de poder aquisitivo da moeda, ou seja, queda de salário real (para as famílias). A queda de salário real ocorre por que o preço (P) dos produtos aumenta e o salário (W) permanece constante, ou seja, W P . Onde , W P é igual ao salário real. - Desemprego => Política Fiscal => Inflação => Diante de uma situação de desemprego, adota-se uma política fiscal expansionista ( gastos públicos). Dessa forma o governo coloca $ na economia (diretamente). O resultado da expansão fiscal é a inflação, ou seja, com o governo colocando $ na economia (gastando em obras) os preços irão aumentar e os salários não. Isto equivale a uma perda de poder aquisitivo por parte das famílias. 8 Prof. Emerson Abbud Página 8 Exercícios de MACROECONOMIA 1º Prova 1. O que é o risco país? 2. O que acontece com um país classificado como risco perigoso? 3. Sabendo-se que o Título do Tesouro Americano paga 4,6% a.a. e o Título do Tesouro Brasileiro paga 7,3% a.a., calcule o Risco Brasil para um título que tem valor de face de 1 milhão de dólares, e está sendo negociado por 535 mil dólares na Bolsa de New York. 4. Faça o fluxo circular da renda. 5. Explique a questão 4. 6. Qual é a definição formal de PIB? 7. Qual é a diferença entre PIB Real e PIB Nominal? 8. Complete o quadro abaixo. Ano Quant. Produzida de Bens e Serv. (unidades) Preço dos Bens e Serv. Produzidos (em R$) PIB Nominal PIB Real (Ano Base: 2004) 2004 4.800 5,40 2005 6,20 30.000,00 2006 5.200 6,80 2007 5.500 40.000,00 2008 5.500 9,50 9. Qual é a relação entre PIB e Bem-Estar? 10. Cite exceções para a relação entre PIB e Bem-Estar. 11. Explique o princípio da Demanda Efetiva. 12. O que diz o Equilíbrio Keynesiano? 13. Explique o multiplicador Keynesiano. 14. Faça o quadro explicativo do Mutiplicador Keynesiano. 15. Explique a relação entre Desemprego, Política Fiscal e Inflação. 9 Prof. Emerson Abbud Página 9 5.2. Lado Monetário da Economia - Quando se compra um bem ou serviço, o pagamento é feito com uma folha de papel colorido com valores pintados (dinheiro), ou é possível realizar um pagamento com outro tipo de papel que tem apenas o nome do banco e um lugar em branco a ser preenchido com o valor (cheque). - Tanto o dinheiro como o cheque, em si mesmos (só o papel), não valem nada. - Numa economia onde não houvesse papel moeda (dinheiro ou cheque) a economia se daria por ‘escambo’, o que dificultaria enormemente as transações (comercio de bens e serviços). - Portanto, o que faz com que as pessoas aceitem papel moeda? A resposta é simples, a certeza de que as outras pessoas também aceitam. Ex.: um cabeleireiro só aceita papel moeda por que sabe que pode usá- lo para pagar sua funcionária do caixa, essa funcionária sabe que poderá gastar esse dinheiro na padaria, que sabe que pode pagar seus fornecedores de farinha etc.... - Se não houvesse moeda, com a atual complexidade e velocidade das transações, a economia se transformaria num verdadeiro caos. (Ex.: como seria fazer escambo entre um carro e arroz?). 5.2.1. O Conceito de Moeda - Definição Formal de Moeda: Moeda é tudo aquilo que exerce função de moeda (dinheiro, cheque, cartão de crédito, vale refeição etc). - Moeda é o conjunto de ativos de uma economia que as pessoas usam regularmente para comprar bens e serviços. 5.2.2. As Funções da Moeda - Meio de troca: aquilo que os compradores dão aos vendedores quando desejam adquirir bens e serviços. - Unidade de conta: instrumento que as pessoas físicas e jurídicas utilizam para anunciar preços e registrar Débitos ou Créditos. - Reserva de valor: aquilo que as pessoas usam para transferir poder aquisitivo do presente para o futuro. OBS: Em uma situação de crise da moeda, observa-se que a moeda perde suas funções uma após a outra de acordo com o agravamento da crise. A primeira função a ser abandonada é a de reserva de valor, pois as pessoas não querem guardar um dinheiro ruim e instável. A segunda função da 10 Prof. Emerson Abbud Página 10 moeda a deixar de vigorar é a de unidade de conta, pois as empresas e consumidores deixam de compreender qual é o real valor das coisas. A última função da moeda que deixa de vigorar é a de meio de troca, nesse caso a moeda chegou a uma situação tão crítica que as pessoas deixarão de utilizar a moeda para realização de negócios (utilizarão outras moedas alternativas como dólar ou euro). 5.2.3. Tipos de Moeda - Moeda Mercadoria: ocorre quando a moeda toma forma de um bem com valor intrínseco (Ex.: ouro; cigarro dentro das prisões ou na ex-União Soviética; etc...). - Moeda de Curso Forçado: ocorre quando uma moeda sem valor intrínseco é usado como moeda por determinação do governo. 5.2.4. Qual é a quantidade de moeda em circulação? - A quantidade de moeda em circulação equivale à soma de Moeda Corrente e Depósitos à Vista (bancos ou outras instituições de fácil resgate). I – Moeda Corrente => Notas de papel e moedas de metal em poder do público. II – Depósitos à Vista => Saldos em conta corrente aos quais se tem acesso com a emissão de um cheque. Logo, 5.2.5. Política Monetária - A política monetária é conduzida pelo governo através do Banco Central – BACEN. - A política monetária serve como auxílio no controle de variáveis econômicas, tais como crescimento econômico, inflação, desemprego etc. - O que é política monetária? A política monetária consiste na determinação da oferta de moeda sob direção dos formuladores de política monetária do BACEN. 5.2.6. Os Bancos e a Política Monetária - Os bancos são obrigados a manter uma determinada parte dos depósitos como reservas (Depósito Compulsório), sendo que o restante ele pode reintroduzir na economia na QUANTIDADE DE MOEDA = MOEDA CORRENTE + DEPÓSITOS À VISTA 11 Prof. Emerson Abbud Página 11 formade empréstimos, criando moeda (esse tipo de moeda é denominado Moeda Escritural ou Moeda Fiduciária). - Assim, através deste tipo de reservas o BACEN pode aumentar ou diminuir a quantidade de oferta de moeda na economia simplesmente aumentando ou diminuindo o nível de reservas obrigatórias sobre os depósitos à vista. - Veja o exemplo numérico que segue. 5.2.7. Instrumentos de Controle Monetário do BACEN I – Operações de Mercado Aberto => As operações de mercado aberto (openmarket) ocorrem quando o BACEN intervém no mercado comprando ou vendendo títulos do governo. O objetivo é controlar a quantidade de moeda comprando ou vendendo títulos. II – Exigência de Reservas => A exigência de reservas é equivalente ao montante, em moeda, que os bancos são obrigados a reter, diante dos depósitos recebidos. Em outras palavras, quanto maior o nível de reservas menor é a capacidade dos bancos de criar moeda escritural, e vice-versa. III – Taxa de Redesconto => A taxa de redesconto é a taxa de juros praticada pelo BACEN quando esse empresta moeda aos bancos, ou seja, com uma taxa de juros baixa os bancos pegam $ emprestado no BACEN para repor suas reservas ou até mesmo expandir a quantidade de emissão de moeda escritural. Se o BACEN eleva a taxa de redesconto os bancos não pegam tal moeda emprestada no BACEN e, conseqüentemente, os bancos não reporiam suas reservas ou fariam moeda escritural. 12 Prof. Emerson Abbud Página 12 6. INFLAÇÃO: CAUSAS E CUSTOS 6.1. Conceito de Inflação - Em nossa economia, os preços tendem a crescer ao longo do tempo. Este aumento do nível geral de preços chama-se inflação. 6.2. Causas da inflação 6.2.1. Nível de Preços e Valor da Moeda - Pode-se considerar o nível de preços um indicador do valor da moeda. Um aumento do nível de preços significa uma queda do valor da moeda porque cada real compra uma quantidade menor de bens e serviços. 6.2.2. Oferta de moeda, Demanda de moeda e Equilíbrio Monetário - O valor da moeda é dado pelo equilíbrio entre a oferta de moeda e a demanda por moeda. - OFERTA DE MOEDA: I. Operações de mercado aberto II. Exigência de reservas III. Taxa de redesconto - DEMANDA DE MOEDA: I. Uso do cartão de débito II. Facilidade de encontrar caixas automáticos III. Utilização do cheque - Graficamente tem-se: 13 Prof. Emerson Abbud Página 13 - O eixo horizontal do gráfico mostra a quantidade de moeda. - O eixo vertical à esquerda mostra o valor da moeda e o eixo à direita mostra o nível de preços. - Quando o valor da moeda (medido no eixo esquerdo) é alto, o nível de preços (medido no eixo direito) é baixo. - A curva de oferta de moeda é vertical, indicando que o BACEN fixou a quantidade de moeda disponível. - A curva de demanda por moeda se inclina para baixo, indicando que quando o valor da moeda é baixo, as pessoas demandam uma maior quantidade de moeda para comprar bens e serviços. - No ponto de equilíbrio, ponto “A” da figura, a quantidade demandada de moeda é igual à quantidade oferecida de moeda. - Esse equilíbrio da oferta e da demanda por moeda determina o valor da moeda e o nível de preços. 6.2.3. Efeitos de uma injeção monetária - Quando o BACEN aumenta a oferta de moeda, a curva de oferta de moeda se desloca de MS1 para MS2. - O valor da moeda (no eixo da esquerda) e o nível de preços (no eixo da direita) se ajustam de modo a restabelecer o equilíbrio entre oferta e demanda de moeda. O equilíbrio vai do ponto “A” para o ponto “B”. - Assim, quando um aumento na oferta de moeda faz crescer a quantidade de Reais em circulação, o nível de preços aumenta e reduz o valor de cada real. - Graficamente tem-se; - No gráfico observa-se que: I. Um aumento na oferta de moeda... II. ... reduz o valor da moeda... III. ... e aumenta o nível de preços. 14 Prof. Emerson Abbud Página 14 6.3. Imposto Inflacionário - Porque os bancos centrais de alguns países optam por emitir tanta moeda, fazendo seu valor cair rapidamente? - Resposta: os governos de tais países usam a criação de moeda (dinheiro) para pagar suas despesas governamentais (folha de pagamento dos funcionários públicos, obras de infra-estrutura, pensões e aposentadorias etc.). - Para pagar suas despesas o governo deve antes arrecadar (impostos, empréstimos, venda de títulos etc.). Contudo, o governo também pode financiar suas despesas simplesmente emitindo a moeda de que precisa. - Assim, quando o governo aumenta sua receita emitindo moeda, diz-se que o governo está emitindo um Imposto Inflacionário. - O imposto inflacionário não se faz diretamente sobre o contribuinte, mas sim sobre todos os que têm moeda, visto que a moeda desvaloriza porque o governo financiou seus gastos imprimindo dinheiro. - Quase todas as hiper inflações seguem o mesmo padrão, ou seja, o governo tem despesas consideráveis, uma receita tributária inadequada e uma capacidade limitada de obter empréstimos. Em conseqüência, se volta para a emissão de moeda para financiar suas despesas. - Os grandes aumentos na quantidade de moeda geram uma inflação elevada. - A inflação termina quando o Governo institui reformas fiscais (Ex: corte nas despesas do Governo), que eliminam a necessidade do imposto inflacionário. 15 Prof. Emerson Abbud Página 15 7. ECONOMIA INTERNACIONAL - Economia Fechada: economia que não interage com outras economias do mundo. Ex. Cuba, Coréia do Norte etc. - Economia Aberta: economia que interage livremente com outras economias do mundo. - Exportações Líquidas: valor das exportações de um país menos o valor de suas importações, também chamado de balança comercial. - Balança Comercial: valor das exportações de um país menos o valor de suas importações, também denominado de Exportações Líquidas. - Superávit Comercial: excesso de exportações em relação às importações. - Déficit Comercial: excesso de importações em relação às exportações. - Equilíbrio Comercial: situação em que as exportações são iguais às importações. 7.1. Taxa de Cambio Nominal - Taxa de cambio nominal é a taxa à qual se pode trocar a moeda de um país pela moeda de outro país. - Apreciação é o aumento no valor de uma moeda medido pela quantidade de moeda estrangeira que pode comprar. - Depreciação é a redução do valor de uma moeda medido pela quantidade de moeda estrangeira que pode comprar. 7.2. Taxa de Cambio Real - Taxa de cambio real é a taxa à qual se pode trocar os bens e serviços de um país pelos bens e serviços de outro país. - Fórmula: (e P) ˆTaxa de Cambio Real = P , onde e = Taxa de Câmbio Nominal P = Índice de Preços Internos do País P * = Índice de Preços Externos 7.3. Paridade do Poder de Compra - PPC - A “PPC” é uma teoria das taxas de câmbio que afirma que uma unidade de qualquer moeda dada tem que poder comprar a mesma quantidade de bens em todos os países. 16 Prof. Emerson Abbud Página 16 Exercícios de MACROECONOMIA 2º Prova 1. De acordo com Keynes o que explicava o alto nível de desemprego? Explique. 2. Explique o multiplicador Keynesiano. 3. Faça o quadro explicativo do Multiplicador Keynesiano. 4. Faça a relação entre “Desemprego”, “Política Fiscal” e “Inflação”. 5.O que faz com que as pessoas aceitem papel moeda? 6. Qual é o conceito de Moeda? 7. Quais são as funções da moeda? Explique cada uma. 8. Quais são os tipos de moeda? Explique 9. Qual é a quantidade de moeda em circulação? 10. O que é política monetária? 11. Explique como os bancos ajudam na política monetária. 12. Explique: a. Operações de Mercado Aberto b. Exigência de Reservas c. Taxa de Redesconto 13. Qual é o conceito de inflação? 14. Faça o gráfico e explique os efeitos de uma injeção monetária. 15. O que é o imposto inflacionário? Explique. 16. O que leva um país a utilizar o imposto inflacionário? 17. De a definição de: a. Economia Aberta b. Economia Fechada c. Exportações Líquidas d. Balança Comercial e. Superávit Comercial f. Déficit Comercial g. Equilíbrio Comercial h. Investimento Externo Líquido 18. O que é Taxa de Câmbio Nominal, Apreciação, Depreciação e Taxa de Câmbio Real. 19. O que a Paridade do Poder de Compra? Explique. 17 Prof. Emerson Abbud Página 17 REFERÊNCIAS CARDOSO, Eliana A. Economia brasileira ao alcance de todos. 4. ed. São Paulo: Brasiliense, 2003. DORNBUSH, Rudiger; FISHER, Stanley. Macroeconomia. 5. ed. São Paulo: Makron Books, 1991. MANKIW, N. Gregory. Introdução à economia: princípios de micro e macroeconomia. 5. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999. MONTORO FILHO, Andre Franco, et al. Manual de economia. 3.ed. São Paulo: Saraiva, 1998. TROSTER, Roberto Luis; MOCHÓN, Francisco. Introdução à economia. rev. e atual. São Paulo: Makron Books, 2002. VASCONCELLOS, Marco Antonio S.; GARCIA, Manuel E. Fundamentos de economia. São Paulo: Saraiva, 1998.
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