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Universidade Federal de Integração Latino-Americana Camila Feck Fernando José Guilherme Garotti Lucas Timm Pêndulo Balístico Foz do Iguaçu - PR 2018 Sumário 1.Resumo --------------------------------------------------------------------- 2 2.Introdução Teórica ------------------------------------------------------- 2 3.Objetivo --------------------------------------------------------------------- 5 4.Descrição Experimental ------------------------------------------------ 5 5.Dados e Análise dos dados ------------------------------------------- 6 6.Resultados e Discussões ---------------------------------------------- 9 7.Conclusão ------------------------------------------------------------------ 10 Referências --------------------------------------------------------------------11 1 1.Resumo Para este relatório foi estudo conservação de energia e trabalho, colisões e energia potencial elástica. Através desses conteúdos podemos determinar a velocidade de lançamento de um projétil (no caso uma esfera de metal) em cada posição, calcular a posição do centro de massa do sistema pêndulo-esfera e estabelecer a constante elástica da mola do dispositivo lançador. Ao final foi realizado a construção de 2 gráficos. 2.Introdução Teórica O pêndulo balístico foi inventado em 1742, com o objetivo de medir velocidades de projéteis por meio de colisões inelásticas com um corpo de massa muito maior. Sua maior aplicação foi em indústrias de armamentos, onde era medida a velocidade com que os projéteis lançados atingiam o alvo. Para se determinar essa velocidade, usa-se a conservação do momento linear e da energia mecânica[1]. Neste experimento, um lançador de projétil dispara uma esfera de aço com velocidade de lançamento vo. A esfera é então capturada por um pêndulo de massa mp, constituindo-se assim o sistema pêndulo-esfera, de massa total M[2]. Quando o momento da esfera é transferido para o sistema pêndulo-esfera, este sistema oscila livremente, tal que seu centro de massa se desloque de uma altura h. A haste pendular é oca para diminuir sua massa e a maior parte do sistema pêndulo-esfera está concentrada perto da sua extremidade, com um comportamento típico de um pêndulo simples. O momento linear total do sistema é conservada durante a colisão da esfera com a haste. Assim, o momento da esfera um pouco antes da colisão é igual ao momento do sistema pêndulo-esfera imediatamente após a colisão[2]: mbvo= MV (1) onde V é a velocidade do sistema pêndulo-esfera imediatamente após a colisão, e M = mb+mp. 2 Durante a colisão, uma parte da energia cinética inicial da esfera é convertida em energia térmica. Porém, depois da colisão, o sistema pêndulo- esfera oscila livremente, onde pode-se assumir que a energia cinética do centro de massa do sistema se converte em energia potencial gravitacional. Na posição mais baixa, a energia cinética do sistema pêndulo-esfera é máxima, que é convertida totalmente em energia potencial gravitacional quando o centro de massa do sistema se encontra na posição mais alta. De acordo com a conservação da energia[2] . MV2 = Mgh (2)21 onde g é o módulo da aceleração gravitacional e h é a altura (vertical) máxima que o centro de massa atinge[2]. A altura h pode ser calculada em função do comprimento L e do ângulo máximo que o pêndulo atinge[2]θmax L = x+h (3) onde L é a distância entre o ponto de rotação do pêndulo e centro de massa[2] x = Lcos( ) (4)θmax substituindo a eq. (4) na eq.(3) , podemos encontrar h em termos de L e [2]θmax h = L(1-cos( )) (5)θmax combinando as equações (1) e (2) obtemos a velocidade de lançamento[2] vo vo = (6) Mmb√2gh 3 substituindo M = mb+mp e h dado na eq. (5), obtemos[2] vo = (1+ ) (7)Mmb √2gL(1 os(θ ))− c max O dispositivo lançador possui uma mola interna responsável por impulsionar a bola, a qual é lançada com velocidade vo. A bola, ao sair do lançador, possui uma energia cinética dada por[2] Ec= (8)m v21 b 2o Antes de ser lançada, a bola se encontra parada, acoplada magneticamente à mola que, por sua vez está comprimida. Isto constitui um sistema do tipo massa-mola, cujo a energia potencial elástica da bola, devido à força elástica da mola, é dada por[2] Ee = (9)kx21 2 onde k é a constante da mola e x representa o quanto a mola está comprimida ou distendida( posição da mola fora do equilíbrio). De acordo com a lei de conservação de energia, a energia total E=Ec+Ee deve permanecer constante. Desse modo, a energia total antes do lançamento EA deve ser a mesma depois do lançamento ED. Enquanto a bola está parada, com a mola comprimida (antes de ser lançada), a energia total EA é dada somente pela energia potencial elástica (Ec=0). Após ser lançada, a bola possui apenas energia cinética, que agora corresponde à energia total ED (Ee=0). Portanto, a energia potencial elástica da bola, enquanto parada com a mola comprimida, é totalmente convertida na energia cinética imediatamente ao ser lançada com velocidade vo. Como a energia total E se conserva, temos que[2] EA = ED (10) 4 Substituindo as equações (8) e (9) na equação (10), temos[2] = (11)kx21 2 m v21 b 2o Logo, conhecendo-se o quanto a mola foi comprimida x, podemos encontrar a constante elástica da mola em termos da massa da bola mb e da sua velocidade de lançamento vo [2] (12)k = x2 mv2o Os próximos passos deste relatório é constituído pelo objetivo, a descrição experimental, onde será contado em forma de prosa o passo a passo e os procedimentos realizados em sequência. Ainda temos que apresentação dos dados em tabelas, os resultados e discussões, nesta seção são discutidos os principais resultados obtidos e os seus significados, e por último temos a conclusão. Em anexos estão os cálculos e os gráficos necessários para a discussão do resultados. 3.Objetivo Determinar a velocidade inicial de um projétil, explorando conceitos fundamentaiscomo Lei da conservação da energia. 4.Descrição Experimental 4.1)Velocidade de lançamento: Para dar início ao experimento foi necessário medir as massas da bola e do pêndulo, então foi colocado 150g na base do pêndulo. Alinhando o lançador com o pêndulo, colocamos a bola no lançador que foi engatilhado na primeira posição. Iniciamos a gravação e puxamos a alavanca, parando quando a oscilação do pêndulo se tornou nula. Anotamos o valor de ângulo θ máximo e repetimos este processo 10 vezes para conseguir uma média e um desvio padrão. Repetimos o processo agora com o gatilho na segunda e terceira posição. 5 Com o valor médio dos ângulos, obtivemos as suas velocidades de lançamento e as propagações de erros. 4.2)Posição do centro de massa L: Para este processo, foi engatilhado o lançador para atingir o maior valor de velocidade, puxamos o gatilho e seguramos o pêndulo em seu valor de maior ângulo. Retiramos o pêndulo do SMR com a bola acoplada ao pêndulo, até achar o ponto de equilíbrio. Anotamos a distância do centro de rotação até o centro de massa. 4.3)Constante elástica da mola: Para obtermos a constante elástica da mola, utilizamos um paquímetro e medimos a posição inicial do lançador com a bola dentro, depois fizemos o mesmo para as três posições de gatilho e preenchemos as tabelas. 5.Dados e Análise dos dados Temos que a massa da esfera ( ) vale 16,292 g, a massa do pêndulo mb ( ) 47,585 g e o comprimento L entre o furo da extremidade e o centromp da esfera é 70 cm. Tabela 1: Ângulo máximo sem peso Medida θ1 ± σI θ2 ± σI θ3 ± σI 1 6,390° ± -1,15x10-15° 8,910° ± -1,41x10-15° 11,970° ± -1,16x10-15° 2 6,660° 0± 8,910° ± -2,73x10-16° 11,610° 0± 3 6,570° 0± 8,730° 0± 11,790° ± -0,090° 4 6,660° ± -6,46x10-16° 8,640° 0± 11,700° 0± 5 6,660° 0± 8,730° -0,090°± 11,790° 0± 6 6 6,590° 0± 8,910° ± -1,73x10-16° 11,970° ± -3,03x10-15° 7 6,660° -0,01°± 8,910° ± -5,49x10-15° 11,710° 0± 8 6,570° 0± 8,730° 0± 11,680° 0,070°± 9 6,660° ± -1,23x10-16° 8,640° ± -3,64x10-16° 11,700° 0± 10 6,700° 0± 8,730° 0± 11,790° ± -3,96x10-15° Média 6,612º 8,784º 11,771º = Erro instrumental, neste caso será o menor ângulo fornecido peloσI programa Pasco Tabela 2: Velocidades de lançamento vo1 1,49 m/s vo2 1,97 m/s vo3 2,64 m/s = Erro instrumental, neste caso será o menor ângulo fornecido peloσI programa Pasco Tabela 3: Ângulo máximo com peso de 100g Medida θ1 ± σI θ2 ± σI θ3 ± σI 1 9,180° 0± 12,240° 0± 16,290° ± -9,93x10-17° 2 9,180° 0± 12,330° ± -8,20x10-16° 16,380° ± -3,85x10-15 3 9,000° ± -5,49x10-16° 12,330° 0± 16,470° 0± 4 9,090° 0± 12,240° ± 16,650° 0± 7 -0,090° 5 9,180° 0± 12,240° ± -0,090° 16,830° 0± 6 9,140° ± -1,15x10-15° 12,230° 0± 16,920° ± -1,41x10-15° 7 9,180° 0± 12,330° ± -1,16x10-15° 16,730° 0± 8 9,090° 0± 12,330° 0± 16,740° 0± 9 9,090° 0± 12,240° 0± 16,650° 0± 10 9,180° ± -2,35x10-15° 12,240° ± -3,64x10-16° 16,930° 0± Média 9,131º 12,275º 16,659º Tabela 4: Ângulo máximo em função da velocidade de lançamento Posição do lançador vo θmed sen )( 2 θ 1 3,29 m/s 0,02± m/s 9,131º 0,062º± 0,076 0,004± 2 4,42 m/s 0,01± m/s 12,257º 0,047º± 0,10691 ± 0,00004º 3 5,99 m/s 0,08± m/s 16,659º 0,219º± 0,145 0,002± A distância L` compreendida entre o centro de rotação e o centro de massa : L `= 35,6 cm. Tabela 5: Velocidade de lançamento em função da posição do lançador Posição do lançador x xΔ vo 8 0 0,016 m ± 0,00005 0,016 m ± 0,00010 12,70 m/s 0± 1 0,0363 m ± 0,00005 0,0203 m ± 0,00010 12,32 m/s 0± 2 0,0487 m ± 0,00005 0,0124 m ± 0,00010 12,08 m/s 0± 3 0,065 m ± 0,00005 0,0163 m ± 0,00010 11,75 m/s 0± Tabela 6: Velocidade de lançamento em função da posição do lançador Posição do lançador x xΔ vo k 1 0,0363 m ± 0,00005 0,0203 m ± 0,00010 3,29 m/s ± 0,02 m/s 133,8 N 2 0,0487 m ± 0,00005 0,0124 m ± 0,00010 4,42 m/s ± 0,01 m/s 134,2 N 3 0,065 m ± 0,00005 0,0163 m ± 0,00010 5,99 m/s ± 0,08 m/s 138,3N Os Gráficos foram feitos a partir das tabelas 4 e 6. 6.Resultados e Discussões Todos os resultados deste experimento foram satisfatórios para encontrarmos a velocidade do projétil. Isso se comprova na tabela 1 e 2, em que conforme alteramos a velocidade do projétil (controlamos isso) o ângulo chegou à um valor diretamente proporcional no sistema pêndulo-esfera. Nas tabelas 3 e 4 aumentamos a massa do pêndulo, e diminuímos seu comprimento, então ocorreu uma alteração na velocidade e isso ocorreu porque na equação (7) ao aumentarmos a massa total, aumentamos a velocidade do projétil, e ao diminuirmos pela metade o comprimento do pêndulo, alteramos também a velocidade do projétil, tudo isso de acordo 9 com a equação (7) na qual podemos ver em termos de significância a alteração da massa e do comprimento do pêndulo. Na tabela 5 conforme foi explicado na folha de cálculos utilizamos da equação (3) para encontrar h em termos de x para substituir na equação (6) e assim calcularmos em termos de x a velocidade do projétil, e ao encontrarmos as tais, foi satisfatório em termos de ordem, pois quando x cresce, a velocidade do projétil cai, lembrando que x é a diferença entre o comprimento do pêndulo e a altura h deslocada, então quanto menor h, maior é o x, logo, menor será a velocidade e isso se comprova nos nossos resultados, talvez falar por volta de 12 m/s seja extremamente alta a velocidade, mas com os dados que temos, foi isso que encontramos. O gráfico ângulo máximo em função da velocidade de lançamento, tem um comportamento linear crescente, vemos que os pontos estão muitos próximos da reta ideal, isso nos diz que os dados foram obtidos com muita precisão e que os erros instrumentais e estatísticos foram baixos. No gráfico velocidade de lançamento em função da posição do lançador, notamos o mesmo comportamento linear crescente e também que os dados obtidos estão com uma precisão apurada. 7.Conclusão Tendo em vista as somas de erros aleatórios, possíveis pequenos erros de acurácia, erros instrumentais e perdas de energia pelo sistema podemos concordar que o experimento é algo bem didático e mostra claramente uma conservação, no caso de cinética para potencial gravitacional, e com isso podendo definir a velocidade com que o projétil acerta o objeto, e como podemos ver nos resultados, essa velocidade que o projétil atinge o alvo é praticamente a mesma, e mostrando que quanto maior a massa final do sistema menor é sua altura máxima de alcance(como já mostrado em equação).Com isso podemos concluir que o experimento é muito bom para demonstrar a teoria de uma forma simples, sempre levando em conta os erros. As divergências vistas ocorrem devido a diferença que ocorreu em L, com todos os componentes da fórmula vo = (1+ )Mmb √2gL(1 os(θ ))− c max 10sendo praticamente constantes (as pequenas diferenças se devem aos erros) podemos ver que o ângulo será maior pois como a energia se mantém em grande parte no sistema então a mesma que fazia uma corda longa fazer um arco grande ira fazer uma corda menor formar um ângulo maior para que as alturas se equiparem, já que H é constante também, pois neste caso a energia do disparo irá se transformar em potencial gravitacional e não ser que algo como impeça ela alcançará uma altura proporcional a energia fornecida. O centro de massa irá influenciar na altura que o objeto vai alcançar pois quantos mais no centro do sistema o centro de massa/gravidade estiverem mais o movimento será perfeito, longo e mais condizente com a teoria. A diferença entre os comprimentos medidos está na massa dos sistemas. Referências [1] CAMARGO, Natália. Determinação do coeficiente de atrito estático e cinético. Disponível <https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/viewFile/99 03/9238>. Acesso em: 27/11/2018 [2] Roteiro pré relatório dado em aula. 11
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