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Aula 1 Conceitos Iniciais de Farmacologia (1)

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Farmacologia
Informações gerais e conceitos iniciais
Bibliografia
DIAS DE ANDRADE, E. Terapêutica medicamentosa em odontologia, 3 Ed., 2014;
RANG, H.P - Farmacologia. Elsevier, 7º Ed., 2012;
YAGIELA, John A. Farmacologia e terapêutica para dentistas. Campus, 6º Ed., 2011;
BRUNTON, L.L. et al – As Bases Farmacológicas da Terapêutica – Goodman &
Gilman. Mcgraw Hill, 12º Ed., 2012.
Conteúdo programático
Formas farmacêuticas e vias de administração de
fármacos;
Farmacocinética e Farmacodinâmica;
Fármacos que atuam no sistemas nervoso central,
autônomo e junção neuromuscular;
Fármacos que atuam no sistema cardiovascular;
Fármacos com ação antibiótica, antiinflamatória,
analgésica e anestésica (local) com vasoconstritores;
Objetivo da disciplina:
Transmitir ao aluno conhecimentos sobre a farmacologia
dos sistemas estudados e suas aplicações na prática
profissional.
Disponibilidade do material apresentado em
sala de aula:
As aulas serão disponibilizadas aos alunos via “central do
aluno”. Além disso, também serão disponibilizados artigos
científicos relacionado as aulas para melhor
aproveitamento do conteúdo exposto em sala de aula.
Farmacologia
“Ciência que estuda os efeitos das 
substâncias químicas sobre as 
funções dos sistemas biológicos”
Divisões da Farmacologia
Farmacodinâmica
Mecanismo de ação
• Farmacocinética
Caminho do fármaco no 
organismo
• Farmacologia
Pré-clínica
Estudos realizados 
em animais
• Farmacologia
Clínica
Estudos realizados 
em humanos
• Toxicologia
Toxicidade dos 
fármacos
• Farmacoterapia
Uso racional de 
medicamentos
Divisões da Farmacologia
Farmacotécnica
Preparo do 
medicamento
• Farmacovigilância
Controle de qualidade do 
medicamento já 
comercializado
• Fitoterapia
Estudos das plantas 
medicinais
Farmacologia
Farmakon = Droga
Logos = Estudo
Droga = droog (holandês antigo) -> 
folha seca (antigamente, todo
medicamento era à base de vegetais)
Farmacologia só foi considerada como 
ciência no final do século 19
Serturner (1805) -> Isolou a morfina do 
ópio (1º droga pura)
1859 -: Cocaína isolada pela primeira
vez
Farmacologia - História
Here comes your footer Page 11
1884: Freud publica “Über coca”
• Uso terapêutico como estimulante, afrodisíaco, anestésico
local e tratamento da asma.
Os “remédios” dos nossos avós
Tratamento de dependência
Tosse em crianças
(1890-1910)
Ação dos medicamentos
AÇÃO LOCAL: A medicação age no local onde é
administrada, sem passar pela corrente sanguínea
sistemicamente. Ex: pomadas e colírios.
AÇÃO SISTÊMICA: Significa que a medicação é
primeiramente absorvida (exceto E.V.), depois entra na
corrente sanguínea para atuar no local de ação desejada.
Ex: Antibióticos.
Here comes your footer Page 12
Substância 
química
Sistema 
Biológico
Efeito 
benéfico
Efeito 
Maléfico
• Farmacoterapia
• Diagnóstico
• Profilaxia
• Contracepção
• Paliativa
• Toxicologia
Portanto, a farmacologia estuda os efeitos 
benéficos e desejáveis, além de sua 
potencial toxicidade.
Conceitos Básicos
Droga – Produto de natureza animal, vegetal ou mineral com ou sem
intenção benéfica.
Fármaco – Substância de composição conhecida com propriedade de
modificar uma função fisiológica (princípio ativo).
Medicamento – produto obtido ou elaborado com finalidade profilática,
curativa, paliativa ou para fins diagnósticos. Composto por um ou mais fármacos
com ou sem substâncias adjuvantes.
Remédio – Substâncias, procedimentos, fé ou crença utilizados com
intenção benéfica.
Placebo – O que é feito com intenção benéfica para aliviar o sofrimento.
Farmacologia – Fases envolvidas
Fase Farmacêutica;
Fase Farmacocinética;
Fase Farmacodinâmica.
Os processos FARMACOCINÉTICOS de absorção,
distribuição, metabolização e eliminação
determinam a rapidez e o tempo levado para o
fármaco promover efeitos no órgão-alvo.
A FARMACODINÂMICA é a parte da Farmacologia
que estuda os eventos bioquímicos e fisiológicos
decorrentes da interação do fármaco com seu alvo
molecular. Estas alterações bioquímicas e
fisiológicas constituem o mecanismo de ação do
fármaco, através do qual ele promoverá seu efeito
farmacológico.
Medicamentos
Referência (ou inovador);
Genérico;
Similar.
Similar  medicamento equivalente 
(EQ);
Medicamentos – Segundo o tipo de prescrição
Medicamentos Isentos de prescrição: não
necessitam de prescrição, mas devem ser utilizados
de acordo com a orientação de um profissional
farmacêutico. A embalagem deste medicamento não
possui tarja;
(OTC – over the counter “sobre o balcão”).
Medicamentos de venda sob prescrição: devem
ser prescritos pelo profissional médico ou dentista e
são divididos em dois grupos:
Sem retenção de receita.
VENDA SOB 
PRESCRIÇÃO MÉDICA
Medicamentos – Segundo o tipo de prescrição
Medicamento de venda sob prescrição;
Com retenção de receita;
VENDA SOB 
PRESCRIÇÃO MÉDICA
VENDA SOB 
PRESCRIÇÃO MÉDICA
Medicamentos – Segundo o tipo de prescrição
Bula
Nome do medicamento;
Apresentação;
Composição;
Informações ao paciente;
Informações técnicas;
Farmacocinética;
Farmacodinâmica;
Contra-indicações;
Precauções na Gravidez;
Posologia;
Superdosagem.
Propriedades do medicamento ideal
EFETIVIDADE
SEGURANÇA
SELETIVIDADE
REVERSIBILIDADE
FÁCIL ADMINISTRAÇÃO
MÍNIMAS INTERAÇÕES
SEM REAÇÕES ADVERSAS
Os mandamentos para o uso adequado e 
administração de medicamentos
Diagnóstico correto;
Droga correta;
Dose certa;
Via de administração adequada;
Horário mais apropriado.
O que se deve saber antes de prescrever um medicamento?
O que vamos administrar?
Qual a formulação do 
medicamento?
O quanto será administrado?
Com que frequência será admin.?
Qual a duração do tratamento?
Tipos de Medicamentos
Medicamento Industrializado;
Medicamento Manipulado;
Medicamento Fitoterápico;
Medicamento Homeopático;
Here comes your footer Page 40
Formas Farmacêuticas e Vias de 
administração de medicamentos
Formas Farmacêuticas
Estado final que as substâncias
medicinais apresentam após serem 
submetidas a uma ou mais operações
com a finalidade de facilitar a 
administração e visando um melhor
efeito terapêutico.
Formas Farmacêuticas
Princípio ativo (Fármaco)
Adjuvantes técnicos:
Edulcorantes (sabor doce);
Aromatizantes (sabor agradável);
Corantes (cor);
Excipientes (ingrediente sólido, servem para dar volume, peso e 
auxilia na conservação do fármaco);
Veículo (parte líquida da formulação na qual estão dissolvidas os
demais componentes);
Formas Farmacêuticas
Solubilizar
Diluir
Estabilizar
Preservar
Colorir
Agradável ao paladar
Segurança
Confiável
OBJETIVO:
Quanto a forma física
Sólidas
• Pastosas
Quanto a forma física
Líquidas
• Gasosas
SÓLIDAS
Comprimidos
(oral, sublingual e vaginal)
• Drágeas • Cápsulas
• Pílulas • Grânulos • Pós • Supositórios
SEMI-SÓLIDAS
Pomadas
• Géis
• Emplastro
LÍQUIDAS
• Suspensões • Xaropes
45% sacarose
• Elixir
• Edulito
“Xarope para diabéticos”
• Colírios
álcool etílico e 
substâncias aromáticas.
LÍQUIDAS
• Otológicas • Nasais • Soluções Injetáveis
Vias de Administração
 Estruturas orgânicas com as quais o fármaco toma
contato para ser absorvido
Vias de administração de 
medicamentos
VIA ENTERAL
 Oral
 Sublingual
 RetalVia trato digestivo
Vias de administração de 
medicamentos
Vias de administração de 
medicamentos
LOCAL: pele e mucosas
Epidérmica
Vias aéreas 
superiores
Olhos 
(sobre a conjuntiva)
Entre outras mucosas...
Vias de administração de 
medicamentos
SISTÊMICA: oral
Vantagens:
•É uma via prática e satisfatória;
•O próprio paciente pode administrar;
•Não é dolorosa;
•Possibilidade de reverter o processo 
em caso de superdosagem ou erro 
de
medicação.
Desvantagens:
•Estimulo a auto-medicação;
•Pode causar irritação no TGI;
•Impossibilidadede administrar a droga
em pacientes inconscientes;
•Interação do medicamento com o
alimento, enzimas digestivas e etc;
Vias de administração de 
medicamentos
SISTÊMICA: Sublingual
Vantagens:
•As mucosas situadas nessa região
são altamente vascularizadas
(segue para circulação sistêmica);
•Não passa pelo suco gástrico;
Desvantagens:
•Incomoda
Vias de administração de 
medicamentos
SISTÊMICA: Retal
Vantagens:
•Utilizada como opção quando 
a ingestão oral está 
impossibilitada;
•Possibilidade de administrar 
em pacientes inconscientes ou 
com vômitos;
Desvantagens:
• ”Impopular”
•Pode ser desconfortável
É a via através da qual os medicamentos são 
introduzidos nos tecidos ou compartimentos 
do corpo por meio de uma agulha.
Vias de administração de 
medicamentos
• SISTÊMICA: Injetáveis
Vias de administração de 
medicamentos
Vantagens:
•Rápida absorção (efeito
imediato em casos de 
emergência);
•Não apresenta efeito de 
primeira passagem;
•Possibilidade de adm em
pacientes inconscientes;
•Dosagem controlada.
Desvantagens:
•Dolorosa;
•Técnicas para aplicação e
assepsia;
•Impossibilidade de reversão em
caso de superdosagem ou erro
de medicação.
• SISTÊMICA: Injetáveis
Biodisponibilidade
• Fração da droga (não modificada) que atinge a 
circulação sistêmica após administração por 
qualquer via. 
Janela Terapêutica
Faixa entre a dose mínima eficaz e máxima eficaz
FARMACOCINÉTICA
Medicamento
Desintegração
Dissolução
Absorção
Distribuição
Biotransformaçã
o
Eliminação
Interação 
Fármaco-
Receptor
Fase Farmacêutica
Fase 
Farmacocinética
Fase 
Farmacodinâmica
Depois de absorvido, alcança a circulação sistêmica e o fármaco pode estar livre ou ligado à proteína. Livre = 
ligação com receptor e gera interação entre ambos. Desliga do receptor e pode ir para reservatório tecidual. 
Pode se metabolizar e se transformar em metabólitos (sobra). Pode ser ativo ou inativo. Ativo = ainda tem 
efeito farmacológico, mas após metabolização serão eliminados e não tem mais efeito. Metabolismo: preparo 
para eliminação do fármaco.
O fármaco pode se ligar a proteína sanguínea, ajudando a ser transportado na corrente sistêmica. Considerado 
inativo farmacologicamente – deve ser fármaco livre.
ABSORÇÃO
Passagem do fármaco para a 
circulação sangüínea 
O fármaco tem que chegar até o plasma, não importa qual a via. O fármaco terá que 
passar por várias barreiras, várias membranas plasmáticas, líquido intersticial, 
endotélio plasmático, etc. Isso é a absorção. 
Entre as células existem espaços e é através desses pequenos espaços que o fármaco 
consegue se transportar. 
Via intercelular: quando o fármaco consegue passar por essa barreira biológica entre 
uma célula e outra. E a via transcelular é quando passa por dentro das células. Mais 
comum - área de superfície de contato é maior. 
Transporte através da membrana
O transporte de substâncias entre os
compartimentos intra e extracelular pode
ocorrer diretamente pela bicamada lipídica ou
através de proteínas transportadoras ou ainda
por meio de vesículas membranosas
Extremidade Hidrofílica
Afinidade com água
Cadeia Hidrofóbica
Sem afinidade com 
água
TRANSPORTE POR 
PINOCITOSE E EXOCITOSE
Fatores que interferem na 
ABSORÇÃO
FATORES MAIOR ABSORÇÃO MENOR ABSORÇÃO
Concentração Maior Menor
Peso molecular Pequeno Grande
Solubilidade Lipossolubilidade Hidrossolubilidade
Ionização Forma não ionizada Forma ionizada
Forma farmacêutica Líquida Sólida
Circulação local Maior Menor
pH local ácido Fármaco ácido Fármaco básico
pH local básico Fármaco básico Fármaco ácido
Podem apresentar das duas 
formas com carga ou sem 
carga:
HCl (Não ionizado) – mais 
lipossolúvel (absorve mais)
H + Cl + (Ionizado)
O que determina se um 
fármaco estará ou não 
ionizado?
O ph do meio determina se 
ionizará mais ou menos
1. Diferencie droga, remédio e fármaco.
2. Diferencie farmacocinética e farmacodinâmica.
3. Quais são as vantagens e desvantagens da 
administração de medicamento via sublingual.
4. Explique o que é janela terapêutica.
Perguntas
Fatores que interferem na 
ABSORÇÃO
FATORES MAIOR ABSORÇÃO MENOR ABSORÇÃO
Concentração Maior Menor
Peso molecular Pequeno Grande
Solubilidade Lipossolubilidade Hidrossolubilidade
Ionização Forma não ionizada Forma ionizada
Forma farmacêutica Líquida Sólida
Circulação local Maior Menor
pH local ácido Fármaco ácido Fármaco básico
pH local básico Fármaco básico Fármaco ácido
Fatores que determinam a absorção 
dos fármacos
Ácido = doa prótons
HA H+ + A-
Base= capta prótons
H+ + B HB+
DIFUSÃO ATRAVÉS DOS LIPÍDEOS
Os fármacos podem ser ácidos ou básicos:
Forma não ionizada do ácido = 
PROTONADA (HA)
(Melhor absorvida)
Forma não ionizada da base = 
DESPROTONADA (H+ + B)
(Melhor absorvida)
Absorção
Grau de Ionização
X
pH do meio
Fármaco com caráter ácido em pH baixo (ácido):
Forma não 
ionizada
> Absorção
Fármaco com caráter básico em pH alto (alcalino):
Forma não 
ionizada
> Absorção
Fármacos
Ácidos
fracos
Bases 
fracas
Maioria maciça dos fármacos ou são 
ácidos fracos ou são bases fracas!
O coeficiente de ionização de um ácido ou
base fraca depende de dois fatores: seu pKa e
o pH do meio na qual se encontra.
DEFINIÇÕES
pH: potencial de hidrogênio. É uma medida que informa se
determinada substância tem pouco ou muito íons hidrogênio
(H+).
pKa: constante de dissociação. pKa é o pH onde o fármaco
se encontra 50% na sua forma ionizada e 50% não ionizada.
IONIZAÇÃO ÁCIDO/BASE
Exemplo ÁCIDO:pKa: 4
pH do meio: 4
HA A- + 
H+
50% 50%
Com o pKa apresentando o mesmo valor do pH. Metade da 
droga irá se ionizar e metade não.
Não Ionizado Ionizado
IONIZAÇÃO ÁCIDO/BASE
Exemplo
% de AAS não ionizado mucosa gástrica = 99,78% 
% de AAS não ionizado mucosa intestinal = 3,07% 
Portanto, o AAS por se tratar de um fármaco 
ácido apresenta maior absorção na mucosa 
gástrica (pH = 1,0).
Assim, concluímos que....
Fármacos ácidos são 
melhores absorvidos em meio 
ácido e fármacos básicos são 
melhores absorvidos em meio 
básico.
Distribuição
Após a absorção ou a 
administração sistêmica na 
circulação sanguínea, o fármaco 
se distribui em direção aos 
tecidos.
Fatores que interferem na distribuição:
 Em relação ao
fármaco:
• Solubilidade (princ fator 
que interfere na dist);
• Tamanho da molécula;
• Ionização
 Em relação ao
organismo:
• Vascularização do 
tecido;
• pH do meio;
• Ligação a proteínas
plasmáticas;
• Barreiras especiais;
• Percentual de gordura;
• Alterações
cardiovasculares.
Farmacocinética: Distribuição
Duas formas de 
transporte:Livre
Conjugado Alfa-Glicoproteína ácida
Albumina
(Hidrofílico)
(Hidrofóbico
ou lipofílico)
A ligação dos fármacos com as proteínas
plasmáticas são reversíveis, o que permite a
dissociação do complexo fármaco/proteína
Ligações 
Reversíveis
EXEMPLO
Albumina
Fármaco 
Hidrofóbico
Fração 
ativa
Fração 
inativa
Portanto, somente fármacos livres na 
corrente sanguínea são capazes de 
atuarem em seu sítio de ação! 
(podendo, também, serem 
metabolizados e excretados).
Desta forma:
Fármacos
Lipossolúveis
Fármacos
Hidrossolúveis
Ação lenta
+ tempo de 
ação
Ação rápida
- tempo de 
ação
Determinados fármacos são capazes de
deslocar outros fármacos ligados a proteínas
devido a maior afinidade de ligação.
Fármaco 
Lipossolúvel A
Fármaco 
Lipossolúvel 
B
Determinados fármacos são capazes de
deslocar outros fármacos ligados a proteínas
devido a maior afinidade de ligação.
Exemplo: A Fenilbutazona (antiinflamatório) e as
sulfonamidas deslocam a Varfarina da ligação com a
Albumina, fazendo com que a fração livre de Varfarina
aumente muito. Podendo causar um quadro hemorrágico
extremamente perigoso.
Tempo de meia vida do 
fármaco
Tempo de meia vida (T1/2) de um fármaco é o 
intervalo de tempo no qual sua concentraçãoplasmática se reduz à metade.
Exemplo: A concentração plasmática de determinado
fármaco no organismo é de 100 mg e são necessários 45
minutos para que essa quantidade chegue a 50 mg. Assim,
o tempo de meia vida deste fármaco é de 45 minutos.
Tempo de meia vida do 
fármaco
- importante para conhecer 
quanto tempo o fármaco 
fica no nosso organismo;
- Existem vários tempos 
de meia vida 
(1º,2º,3º...etc)
- Importante na posologia 
(jan terap, biodispo, 
solubilidade);
- Encontrado na bula.
BARREIRAS
ESPECIAIS
HEMATOENCEFÁLICA
Características de fármacos que penetram + facilmente no SNC
Baixa ionização em pH plasmático (maior facilidade de ultrapassar a 
barreira hematoencefálica)
Baixa ligação a proteínas plasmáticas (não ultrapassa a barreira pela 
proteína ser de tamanho grande)
Altamente lipofílicas (atravessar bicamda lipídica)
Baixo peso molecular (pequena molécula)
astrócito
neurônio
Cel. endotelial
Capilar sanguíneo
* Principal barreira que dificulta a passagem do fármaco.
BARREIRA ESPECIAIS
BARREIRA PLACENTÁRIA
• Para atravessar a barreria placentária o fármaco necessita:
Altamente lipossolúveis
Não ionizados
Pequeno tamanho
Fármaco que passa facilmente pela barreira placentária:
Isotretinoína (Roacutan®): utilizada para tratar acne grave
Risco de defeitos congênitos 25%  defeitos cardíacos, orelhas
pequenas, hidrocefalia
Biotransformação
Também chamado de METABOLIZAÇÃO.
São transformações químicas que ocorrem na
estrutura do fármaco, dentro do organismo, com 
2 objetivos:
- inativar (sem ação terapêutica) 
- mais hidrossolúvel (excreção via renal)
Lipossolúvel é reabsorvido até ser hidrossolúvel
Locais da Biotransformação
Outros locais:
O principal órgão de metababolização é o fígado.
Efeito de 
primeira
passagem
1º absorção
Veia Porta  vai para o fígado –
metabolização
parte excretado parte cor. Sanguínea
Via oral: passa primeiro para o fígado e 
depois para o restante do organismo.
Via endovenosa: vai primeiro para o 
organismo e depois para o fígado –
primeiro faz a ação e depois é 
metabolizado no fígado.
Biotransformação
As reações de biotransformação são
classicamente divididas em dois tipos:
FASE I
FASE II
Biotransformação
(FASE I)
As reações de fase I insere grupamentos polares, como
hidroxila (-OH), tiol (-SH) ou amina (-NH2). Fazendo com
que ocorra a inativação do fármaco e também deixando-o
mais polar (hidrossolúvel)
Hidroxilação Aromática Hidroxilação Alifática
Hepatócitos tem um retículo endoplasmático liso que 
possui enzimas capazes de metabolizar substâncias 
químicas.
(FASE II)
Biotransformação
As reações de fase II (conjugação) tem como objetivo inserir
grupos hidrofílicos no fármaco, como o ácido glicurônico,
deixando o fármaco mais polar (mais hidrossolúvel).
Biotransformação
Citocromo P450 (CYP):
Constituem-se em uma superfamília de enzimas
envolvidas na biotransformação e que possuem
enorme capacidade de metabolizarem grandes
quantidades de substâncias químicas estruturalmente
diversas;
Biotransformação
Quais são essas enzimas?
Retículo Endoplasmático
As enzimas estão localizadas no retículo endoplasmático liso dos hepatócitos. 
São formadas por organelas membranosas (bicamada de fosfolipídeos). É nessa 
membrana que ocorre a metabolização dos fármacos.
 17 famílias de genes do citocromo P-450 (CYP)
 CYP 1, 2 e 3  metabolizam fármacos
Biotransformação
Fatores que afetam a biotransformação de
drogas:
Patológicos;
Estado nutricional;
 Idade e gênero;
 Indução e inibição enzimática.
Biotransformação
Fatores patológicos:
 Problemas hepáticos: qualquer problema hepático,
cirrose, hepatite, hepatocarcinomas;
Tomar atenção para não causar toxicidade em pacientes hepatopatas – casos de
diminuiçao da dose. Ex: Paracetamol trocar por Dipirona
 Insuficiência cardíaca: diminui irrigação do fígado o
que prejudica o metabolismo.
Biotransformação
Cirrose Hepatite Câncer
http://daylightediet.com/blog/wp-content/uploads/2008/11/figado-cirrotico.jpg
http://daylightediet.com/blog/wp-content/uploads/2008/11/figado-cirrotico.jpg
Idade e gênero:
Crianças e idosos: menor capacidade enzimática;
Mulheres: possuem menos álcool desidrogenase
(níveis sanguíneos de etanol mais altos);
Asiáticos: deficiência de acetaldeído desidrogenase
(ruborização).
Biotransformação
Metodoxil ele burlaria o teste do bafometro. Ele metaboliza mais rápido o álcool.
Inibição enzimática: 
É a diminuição induzida pela droga da atividade
enzimática.
Principal sistema enzimático envolvido:
Enzimas do citocromo P450. 
Conseqüências:
Toxicidade;
Biotransformação
Se o farmaco diminui sua metabolização 
pelas enzimas pode ultrapassar a fase 
terapêutica e chegar na tóxica.
*A indução é mais comum do que a inibição.
Indução enzimática:
É o aumento induzido pelo fármaco da atividade
enzimática – metaboliza mais rápido e diminui o
efeito terapêutico.
Principal sistema enzimático envolvido:
Enzimas do citocromo P450.
Conseqüências:
Tolerância
Biotransformação
Quando isso ocorre você tem 2 possibilidades:
- muda farmaco
- aumenta dose = chamado de tolerância.
- Isso também pode ocorrer com droga de abuso.
Tratamento contínuo e de repente ele não faz mais efeito, e agora?
SUCO DE TORANJA E CIT P-450
• Suco de toranja inibe o citocromo P450 (CYP3A4);
• Efeito pode durar de 24h a 72h: consumo de suco 1x/dia é suficiente para
aumentar significativamente as concentrações plasmáticas de fármacos;
• Atualmente, existe uma lista de 85 medicamentos com potencial interação com o
suco de toranja.
EXCREÇÃO
É a retirada do fármaco e/ou seus 
metabólitos do organismo
Vias excretoras:
Renal (urina);
Biliar (fezes);
Pulmonar (ar exalado);
Salivar e suor;
Leite materno.
Excreção
Farmacocinética: Excreção
Excreção renal:
Rins são formadas por néfrons que são células responsáveis em filtrar o sangue. O 
glomérulo (formado por capilares) funciona como peneira - retém o que é maior e 
voltam para a corrente sanguínea e o que tiver de tamanho menor passa para as 
sequencias de túbulo até ser excretado.
Farmacocinética:Excreção
Excreção renal:
Urina
O que passou pelo glomérulo passa para o túbulo proximal, chamado de filtrado glomerular. 
Passa água, glicose, aminoácios, íons (sódio, potassio). Nem tudo passa, algumas coisas são 
reabsorvidos, por exemp: água. E o que passar forma a urina.
 Excreção biliar (Ciclo entero hepático): Retém o fármaco por
mais tempo no intestino/fígado, retardando sua eliminação.
Farmacocinética:
Excreção
Fármaco lipossolúvel passa pelo estômago e 
chega no intestino grosso, é absorvido cai na 
veia porta para ser transportado até o fígado e é 
metabolizado.
A fase 1 e 2 da metabolização: torna 
hidrossolúvel. Nesse momento temos 3 
situações:
1. Parte do fármaco se torna hidrossolúvel e 
vai para os rins e são eliminados
2. Outra parte que não foi metabolizado cai na 
corrente sanguínea para fazer efeito
3. Terceira parte será enviado para a vesícula 
biliar.
Junto com a bile esse fármaco vai para o 
intestino. O intestino é rico de bactérias que 
produzem enzimas que tiram o ácido glicurônico
e o fármaco deixa de ser HIDRO E PASSA A 
SER LIPO e volta a ser reabsorvido. Logo sua 
ação será mais demorada. Isso é bom porque 
para alguns medicamentos devem demorar seu 
efeito terapêutico até a próxima dose.
Anticoncepcional X antibiótico
Faltam estudos clínicos para isso. 
- Grande parte não.
*Um comprovado é a Rifamicina.
Os antibióticos matam as bactérias do intestino grosso e 
quando deveria ser reabsorvido o anticoncepcional não é 
porque enzimas não estão presentes, dessa forma não fica no 
organismo e é eliminado.

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