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Your Logo Farmacologia Informações gerais e conceitos iniciais Bibliografia DIAS DE ANDRADE, E. Terapêutica medicamentosa em odontologia, 3 Ed., 2014; RANG, H.P - Farmacologia. Elsevier, 7º Ed., 2012; YAGIELA, John A. Farmacologia e terapêutica para dentistas. Campus, 6º Ed., 2011; BRUNTON, L.L. et al – As Bases Farmacológicas da Terapêutica – Goodman & Gilman. Mcgraw Hill, 12º Ed., 2012. Conteúdo programático Formas farmacêuticas e vias de administração de fármacos; Farmacocinética e Farmacodinâmica; Fármacos que atuam no sistemas nervoso central, autônomo e junção neuromuscular; Fármacos que atuam no sistema cardiovascular; Fármacos com ação antibiótica, antiinflamatória, analgésica e anestésica (local) com vasoconstritores; Objetivo da disciplina: Transmitir ao aluno conhecimentos sobre a farmacologia dos sistemas estudados e suas aplicações na prática profissional. Disponibilidade do material apresentado em sala de aula: As aulas serão disponibilizadas aos alunos via “central do aluno”. Além disso, também serão disponibilizados artigos científicos relacionado as aulas para melhor aproveitamento do conteúdo exposto em sala de aula. Farmacologia “Ciência que estuda os efeitos das substâncias químicas sobre as funções dos sistemas biológicos” Divisões da Farmacologia Farmacodinâmica Mecanismo de ação • Farmacocinética Caminho do fármaco no organismo • Farmacologia Pré-clínica Estudos realizados em animais • Farmacologia Clínica Estudos realizados em humanos • Toxicologia Toxicidade dos fármacos • Farmacoterapia Uso racional de medicamentos Divisões da Farmacologia Farmacotécnica Preparo do medicamento • Farmacovigilância Controle de qualidade do medicamento já comercializado • Fitoterapia Estudos das plantas medicinais Farmacologia Farmakon = Droga Logos = Estudo Droga = droog (holandês antigo) -> folha seca (antigamente, todo medicamento era à base de vegetais) Farmacologia só foi considerada como ciência no final do século 19 Serturner (1805) -> Isolou a morfina do ópio (1º droga pura) 1859 -: Cocaína isolada pela primeira vez Farmacologia - História Here comes your footer Page 11 1884: Freud publica “Über coca” • Uso terapêutico como estimulante, afrodisíaco, anestésico local e tratamento da asma. Os “remédios” dos nossos avós Tratamento de dependência Tosse em crianças (1890-1910) Ação dos medicamentos AÇÃO LOCAL: A medicação age no local onde é administrada, sem passar pela corrente sanguínea sistemicamente. Ex: pomadas e colírios. AÇÃO SISTÊMICA: Significa que a medicação é primeiramente absorvida (exceto E.V.), depois entra na corrente sanguínea para atuar no local de ação desejada. Ex: Antibióticos. Here comes your footer Page 12 Substância química Sistema Biológico Efeito benéfico Efeito Maléfico • Farmacoterapia • Diagnóstico • Profilaxia • Contracepção • Paliativa • Toxicologia Portanto, a farmacologia estuda os efeitos benéficos e desejáveis, além de sua potencial toxicidade. Conceitos Básicos Droga – Produto de natureza animal, vegetal ou mineral com ou sem intenção benéfica. Fármaco – Substância de composição conhecida com propriedade de modificar uma função fisiológica (princípio ativo). Medicamento – produto obtido ou elaborado com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins diagnósticos. Composto por um ou mais fármacos com ou sem substâncias adjuvantes. Remédio – Substâncias, procedimentos, fé ou crença utilizados com intenção benéfica. Placebo – O que é feito com intenção benéfica para aliviar o sofrimento. Farmacologia – Fases envolvidas Fase Farmacêutica; Fase Farmacocinética; Fase Farmacodinâmica. Os processos FARMACOCINÉTICOS de absorção, distribuição, metabolização e eliminação determinam a rapidez e o tempo levado para o fármaco promover efeitos no órgão-alvo. A FARMACODINÂMICA é a parte da Farmacologia que estuda os eventos bioquímicos e fisiológicos decorrentes da interação do fármaco com seu alvo molecular. Estas alterações bioquímicas e fisiológicas constituem o mecanismo de ação do fármaco, através do qual ele promoverá seu efeito farmacológico. Medicamentos Referência (ou inovador); Genérico; Similar. Similar medicamento equivalente (EQ); Medicamentos – Segundo o tipo de prescrição Medicamentos Isentos de prescrição: não necessitam de prescrição, mas devem ser utilizados de acordo com a orientação de um profissional farmacêutico. A embalagem deste medicamento não possui tarja; (OTC – over the counter “sobre o balcão”). Medicamentos de venda sob prescrição: devem ser prescritos pelo profissional médico ou dentista e são divididos em dois grupos: Sem retenção de receita. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA Medicamentos – Segundo o tipo de prescrição Medicamento de venda sob prescrição; Com retenção de receita; VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA Medicamentos – Segundo o tipo de prescrição Bula Nome do medicamento; Apresentação; Composição; Informações ao paciente; Informações técnicas; Farmacocinética; Farmacodinâmica; Contra-indicações; Precauções na Gravidez; Posologia; Superdosagem. Propriedades do medicamento ideal EFETIVIDADE SEGURANÇA SELETIVIDADE REVERSIBILIDADE FÁCIL ADMINISTRAÇÃO MÍNIMAS INTERAÇÕES SEM REAÇÕES ADVERSAS Os mandamentos para o uso adequado e administração de medicamentos Diagnóstico correto; Droga correta; Dose certa; Via de administração adequada; Horário mais apropriado. O que se deve saber antes de prescrever um medicamento? O que vamos administrar? Qual a formulação do medicamento? O quanto será administrado? Com que frequência será admin.? Qual a duração do tratamento? Tipos de Medicamentos Medicamento Industrializado; Medicamento Manipulado; Medicamento Fitoterápico; Medicamento Homeopático; Here comes your footer Page 40 Formas Farmacêuticas e Vias de administração de medicamentos Formas Farmacêuticas Estado final que as substâncias medicinais apresentam após serem submetidas a uma ou mais operações com a finalidade de facilitar a administração e visando um melhor efeito terapêutico. Formas Farmacêuticas Princípio ativo (Fármaco) Adjuvantes técnicos: Edulcorantes (sabor doce); Aromatizantes (sabor agradável); Corantes (cor); Excipientes (ingrediente sólido, servem para dar volume, peso e auxilia na conservação do fármaco); Veículo (parte líquida da formulação na qual estão dissolvidas os demais componentes); Formas Farmacêuticas Solubilizar Diluir Estabilizar Preservar Colorir Agradável ao paladar Segurança Confiável OBJETIVO: Quanto a forma física Sólidas • Pastosas Quanto a forma física Líquidas • Gasosas SÓLIDAS Comprimidos (oral, sublingual e vaginal) • Drágeas • Cápsulas • Pílulas • Grânulos • Pós • Supositórios SEMI-SÓLIDAS Pomadas • Géis • Emplastro LÍQUIDAS • Suspensões • Xaropes 45% sacarose • Elixir • Edulito “Xarope para diabéticos” • Colírios álcool etílico e substâncias aromáticas. LÍQUIDAS • Otológicas • Nasais • Soluções Injetáveis Vias de Administração Estruturas orgânicas com as quais o fármaco toma contato para ser absorvido Vias de administração de medicamentos VIA ENTERAL Oral Sublingual RetalVia trato digestivo Vias de administração de medicamentos Vias de administração de medicamentos LOCAL: pele e mucosas Epidérmica Vias aéreas superiores Olhos (sobre a conjuntiva) Entre outras mucosas... Vias de administração de medicamentos SISTÊMICA: oral Vantagens: •É uma via prática e satisfatória; •O próprio paciente pode administrar; •Não é dolorosa; •Possibilidade de reverter o processo em caso de superdosagem ou erro de medicação. Desvantagens: •Estimulo a auto-medicação; •Pode causar irritação no TGI; •Impossibilidadede administrar a droga em pacientes inconscientes; •Interação do medicamento com o alimento, enzimas digestivas e etc; Vias de administração de medicamentos SISTÊMICA: Sublingual Vantagens: •As mucosas situadas nessa região são altamente vascularizadas (segue para circulação sistêmica); •Não passa pelo suco gástrico; Desvantagens: •Incomoda Vias de administração de medicamentos SISTÊMICA: Retal Vantagens: •Utilizada como opção quando a ingestão oral está impossibilitada; •Possibilidade de administrar em pacientes inconscientes ou com vômitos; Desvantagens: • ”Impopular” •Pode ser desconfortável É a via através da qual os medicamentos são introduzidos nos tecidos ou compartimentos do corpo por meio de uma agulha. Vias de administração de medicamentos • SISTÊMICA: Injetáveis Vias de administração de medicamentos Vantagens: •Rápida absorção (efeito imediato em casos de emergência); •Não apresenta efeito de primeira passagem; •Possibilidade de adm em pacientes inconscientes; •Dosagem controlada. Desvantagens: •Dolorosa; •Técnicas para aplicação e assepsia; •Impossibilidade de reversão em caso de superdosagem ou erro de medicação. • SISTÊMICA: Injetáveis Biodisponibilidade • Fração da droga (não modificada) que atinge a circulação sistêmica após administração por qualquer via. Janela Terapêutica Faixa entre a dose mínima eficaz e máxima eficaz FARMACOCINÉTICA Medicamento Desintegração Dissolução Absorção Distribuição Biotransformaçã o Eliminação Interação Fármaco- Receptor Fase Farmacêutica Fase Farmacocinética Fase Farmacodinâmica Depois de absorvido, alcança a circulação sistêmica e o fármaco pode estar livre ou ligado à proteína. Livre = ligação com receptor e gera interação entre ambos. Desliga do receptor e pode ir para reservatório tecidual. Pode se metabolizar e se transformar em metabólitos (sobra). Pode ser ativo ou inativo. Ativo = ainda tem efeito farmacológico, mas após metabolização serão eliminados e não tem mais efeito. Metabolismo: preparo para eliminação do fármaco. O fármaco pode se ligar a proteína sanguínea, ajudando a ser transportado na corrente sistêmica. Considerado inativo farmacologicamente – deve ser fármaco livre. ABSORÇÃO Passagem do fármaco para a circulação sangüínea O fármaco tem que chegar até o plasma, não importa qual a via. O fármaco terá que passar por várias barreiras, várias membranas plasmáticas, líquido intersticial, endotélio plasmático, etc. Isso é a absorção. Entre as células existem espaços e é através desses pequenos espaços que o fármaco consegue se transportar. Via intercelular: quando o fármaco consegue passar por essa barreira biológica entre uma célula e outra. E a via transcelular é quando passa por dentro das células. Mais comum - área de superfície de contato é maior. Transporte através da membrana O transporte de substâncias entre os compartimentos intra e extracelular pode ocorrer diretamente pela bicamada lipídica ou através de proteínas transportadoras ou ainda por meio de vesículas membranosas Extremidade Hidrofílica Afinidade com água Cadeia Hidrofóbica Sem afinidade com água TRANSPORTE POR PINOCITOSE E EXOCITOSE Fatores que interferem na ABSORÇÃO FATORES MAIOR ABSORÇÃO MENOR ABSORÇÃO Concentração Maior Menor Peso molecular Pequeno Grande Solubilidade Lipossolubilidade Hidrossolubilidade Ionização Forma não ionizada Forma ionizada Forma farmacêutica Líquida Sólida Circulação local Maior Menor pH local ácido Fármaco ácido Fármaco básico pH local básico Fármaco básico Fármaco ácido Podem apresentar das duas formas com carga ou sem carga: HCl (Não ionizado) – mais lipossolúvel (absorve mais) H + Cl + (Ionizado) O que determina se um fármaco estará ou não ionizado? O ph do meio determina se ionizará mais ou menos 1. Diferencie droga, remédio e fármaco. 2. Diferencie farmacocinética e farmacodinâmica. 3. Quais são as vantagens e desvantagens da administração de medicamento via sublingual. 4. Explique o que é janela terapêutica. Perguntas Fatores que interferem na ABSORÇÃO FATORES MAIOR ABSORÇÃO MENOR ABSORÇÃO Concentração Maior Menor Peso molecular Pequeno Grande Solubilidade Lipossolubilidade Hidrossolubilidade Ionização Forma não ionizada Forma ionizada Forma farmacêutica Líquida Sólida Circulação local Maior Menor pH local ácido Fármaco ácido Fármaco básico pH local básico Fármaco básico Fármaco ácido Fatores que determinam a absorção dos fármacos Ácido = doa prótons HA H+ + A- Base= capta prótons H+ + B HB+ DIFUSÃO ATRAVÉS DOS LIPÍDEOS Os fármacos podem ser ácidos ou básicos: Forma não ionizada do ácido = PROTONADA (HA) (Melhor absorvida) Forma não ionizada da base = DESPROTONADA (H+ + B) (Melhor absorvida) Absorção Grau de Ionização X pH do meio Fármaco com caráter ácido em pH baixo (ácido): Forma não ionizada > Absorção Fármaco com caráter básico em pH alto (alcalino): Forma não ionizada > Absorção Fármacos Ácidos fracos Bases fracas Maioria maciça dos fármacos ou são ácidos fracos ou são bases fracas! O coeficiente de ionização de um ácido ou base fraca depende de dois fatores: seu pKa e o pH do meio na qual se encontra. DEFINIÇÕES pH: potencial de hidrogênio. É uma medida que informa se determinada substância tem pouco ou muito íons hidrogênio (H+). pKa: constante de dissociação. pKa é o pH onde o fármaco se encontra 50% na sua forma ionizada e 50% não ionizada. IONIZAÇÃO ÁCIDO/BASE Exemplo ÁCIDO:pKa: 4 pH do meio: 4 HA A- + H+ 50% 50% Com o pKa apresentando o mesmo valor do pH. Metade da droga irá se ionizar e metade não. Não Ionizado Ionizado IONIZAÇÃO ÁCIDO/BASE Exemplo % de AAS não ionizado mucosa gástrica = 99,78% % de AAS não ionizado mucosa intestinal = 3,07% Portanto, o AAS por se tratar de um fármaco ácido apresenta maior absorção na mucosa gástrica (pH = 1,0). Assim, concluímos que.... Fármacos ácidos são melhores absorvidos em meio ácido e fármacos básicos são melhores absorvidos em meio básico. Distribuição Após a absorção ou a administração sistêmica na circulação sanguínea, o fármaco se distribui em direção aos tecidos. Fatores que interferem na distribuição: Em relação ao fármaco: • Solubilidade (princ fator que interfere na dist); • Tamanho da molécula; • Ionização Em relação ao organismo: • Vascularização do tecido; • pH do meio; • Ligação a proteínas plasmáticas; • Barreiras especiais; • Percentual de gordura; • Alterações cardiovasculares. Farmacocinética: Distribuição Duas formas de transporte:Livre Conjugado Alfa-Glicoproteína ácida Albumina (Hidrofílico) (Hidrofóbico ou lipofílico) A ligação dos fármacos com as proteínas plasmáticas são reversíveis, o que permite a dissociação do complexo fármaco/proteína Ligações Reversíveis EXEMPLO Albumina Fármaco Hidrofóbico Fração ativa Fração inativa Portanto, somente fármacos livres na corrente sanguínea são capazes de atuarem em seu sítio de ação! (podendo, também, serem metabolizados e excretados). Desta forma: Fármacos Lipossolúveis Fármacos Hidrossolúveis Ação lenta + tempo de ação Ação rápida - tempo de ação Determinados fármacos são capazes de deslocar outros fármacos ligados a proteínas devido a maior afinidade de ligação. Fármaco Lipossolúvel A Fármaco Lipossolúvel B Determinados fármacos são capazes de deslocar outros fármacos ligados a proteínas devido a maior afinidade de ligação. Exemplo: A Fenilbutazona (antiinflamatório) e as sulfonamidas deslocam a Varfarina da ligação com a Albumina, fazendo com que a fração livre de Varfarina aumente muito. Podendo causar um quadro hemorrágico extremamente perigoso. Tempo de meia vida do fármaco Tempo de meia vida (T1/2) de um fármaco é o intervalo de tempo no qual sua concentraçãoplasmática se reduz à metade. Exemplo: A concentração plasmática de determinado fármaco no organismo é de 100 mg e são necessários 45 minutos para que essa quantidade chegue a 50 mg. Assim, o tempo de meia vida deste fármaco é de 45 minutos. Tempo de meia vida do fármaco - importante para conhecer quanto tempo o fármaco fica no nosso organismo; - Existem vários tempos de meia vida (1º,2º,3º...etc) - Importante na posologia (jan terap, biodispo, solubilidade); - Encontrado na bula. BARREIRAS ESPECIAIS HEMATOENCEFÁLICA Características de fármacos que penetram + facilmente no SNC Baixa ionização em pH plasmático (maior facilidade de ultrapassar a barreira hematoencefálica) Baixa ligação a proteínas plasmáticas (não ultrapassa a barreira pela proteína ser de tamanho grande) Altamente lipofílicas (atravessar bicamda lipídica) Baixo peso molecular (pequena molécula) astrócito neurônio Cel. endotelial Capilar sanguíneo * Principal barreira que dificulta a passagem do fármaco. BARREIRA ESPECIAIS BARREIRA PLACENTÁRIA • Para atravessar a barreria placentária o fármaco necessita: Altamente lipossolúveis Não ionizados Pequeno tamanho Fármaco que passa facilmente pela barreira placentária: Isotretinoína (Roacutan®): utilizada para tratar acne grave Risco de defeitos congênitos 25% defeitos cardíacos, orelhas pequenas, hidrocefalia Biotransformação Também chamado de METABOLIZAÇÃO. São transformações químicas que ocorrem na estrutura do fármaco, dentro do organismo, com 2 objetivos: - inativar (sem ação terapêutica) - mais hidrossolúvel (excreção via renal) Lipossolúvel é reabsorvido até ser hidrossolúvel Locais da Biotransformação Outros locais: O principal órgão de metababolização é o fígado. Efeito de primeira passagem 1º absorção Veia Porta vai para o fígado – metabolização parte excretado parte cor. Sanguínea Via oral: passa primeiro para o fígado e depois para o restante do organismo. Via endovenosa: vai primeiro para o organismo e depois para o fígado – primeiro faz a ação e depois é metabolizado no fígado. Biotransformação As reações de biotransformação são classicamente divididas em dois tipos: FASE I FASE II Biotransformação (FASE I) As reações de fase I insere grupamentos polares, como hidroxila (-OH), tiol (-SH) ou amina (-NH2). Fazendo com que ocorra a inativação do fármaco e também deixando-o mais polar (hidrossolúvel) Hidroxilação Aromática Hidroxilação Alifática Hepatócitos tem um retículo endoplasmático liso que possui enzimas capazes de metabolizar substâncias químicas. (FASE II) Biotransformação As reações de fase II (conjugação) tem como objetivo inserir grupos hidrofílicos no fármaco, como o ácido glicurônico, deixando o fármaco mais polar (mais hidrossolúvel). Biotransformação Citocromo P450 (CYP): Constituem-se em uma superfamília de enzimas envolvidas na biotransformação e que possuem enorme capacidade de metabolizarem grandes quantidades de substâncias químicas estruturalmente diversas; Biotransformação Quais são essas enzimas? Retículo Endoplasmático As enzimas estão localizadas no retículo endoplasmático liso dos hepatócitos. São formadas por organelas membranosas (bicamada de fosfolipídeos). É nessa membrana que ocorre a metabolização dos fármacos. 17 famílias de genes do citocromo P-450 (CYP) CYP 1, 2 e 3 metabolizam fármacos Biotransformação Fatores que afetam a biotransformação de drogas: Patológicos; Estado nutricional; Idade e gênero; Indução e inibição enzimática. Biotransformação Fatores patológicos: Problemas hepáticos: qualquer problema hepático, cirrose, hepatite, hepatocarcinomas; Tomar atenção para não causar toxicidade em pacientes hepatopatas – casos de diminuiçao da dose. Ex: Paracetamol trocar por Dipirona Insuficiência cardíaca: diminui irrigação do fígado o que prejudica o metabolismo. Biotransformação Cirrose Hepatite Câncer http://daylightediet.com/blog/wp-content/uploads/2008/11/figado-cirrotico.jpg http://daylightediet.com/blog/wp-content/uploads/2008/11/figado-cirrotico.jpg Idade e gênero: Crianças e idosos: menor capacidade enzimática; Mulheres: possuem menos álcool desidrogenase (níveis sanguíneos de etanol mais altos); Asiáticos: deficiência de acetaldeído desidrogenase (ruborização). Biotransformação Metodoxil ele burlaria o teste do bafometro. Ele metaboliza mais rápido o álcool. Inibição enzimática: É a diminuição induzida pela droga da atividade enzimática. Principal sistema enzimático envolvido: Enzimas do citocromo P450. Conseqüências: Toxicidade; Biotransformação Se o farmaco diminui sua metabolização pelas enzimas pode ultrapassar a fase terapêutica e chegar na tóxica. *A indução é mais comum do que a inibição. Indução enzimática: É o aumento induzido pelo fármaco da atividade enzimática – metaboliza mais rápido e diminui o efeito terapêutico. Principal sistema enzimático envolvido: Enzimas do citocromo P450. Conseqüências: Tolerância Biotransformação Quando isso ocorre você tem 2 possibilidades: - muda farmaco - aumenta dose = chamado de tolerância. - Isso também pode ocorrer com droga de abuso. Tratamento contínuo e de repente ele não faz mais efeito, e agora? SUCO DE TORANJA E CIT P-450 • Suco de toranja inibe o citocromo P450 (CYP3A4); • Efeito pode durar de 24h a 72h: consumo de suco 1x/dia é suficiente para aumentar significativamente as concentrações plasmáticas de fármacos; • Atualmente, existe uma lista de 85 medicamentos com potencial interação com o suco de toranja. EXCREÇÃO É a retirada do fármaco e/ou seus metabólitos do organismo Vias excretoras: Renal (urina); Biliar (fezes); Pulmonar (ar exalado); Salivar e suor; Leite materno. Excreção Farmacocinética: Excreção Excreção renal: Rins são formadas por néfrons que são células responsáveis em filtrar o sangue. O glomérulo (formado por capilares) funciona como peneira - retém o que é maior e voltam para a corrente sanguínea e o que tiver de tamanho menor passa para as sequencias de túbulo até ser excretado. Farmacocinética:Excreção Excreção renal: Urina O que passou pelo glomérulo passa para o túbulo proximal, chamado de filtrado glomerular. Passa água, glicose, aminoácios, íons (sódio, potassio). Nem tudo passa, algumas coisas são reabsorvidos, por exemp: água. E o que passar forma a urina. Excreção biliar (Ciclo entero hepático): Retém o fármaco por mais tempo no intestino/fígado, retardando sua eliminação. Farmacocinética: Excreção Fármaco lipossolúvel passa pelo estômago e chega no intestino grosso, é absorvido cai na veia porta para ser transportado até o fígado e é metabolizado. A fase 1 e 2 da metabolização: torna hidrossolúvel. Nesse momento temos 3 situações: 1. Parte do fármaco se torna hidrossolúvel e vai para os rins e são eliminados 2. Outra parte que não foi metabolizado cai na corrente sanguínea para fazer efeito 3. Terceira parte será enviado para a vesícula biliar. Junto com a bile esse fármaco vai para o intestino. O intestino é rico de bactérias que produzem enzimas que tiram o ácido glicurônico e o fármaco deixa de ser HIDRO E PASSA A SER LIPO e volta a ser reabsorvido. Logo sua ação será mais demorada. Isso é bom porque para alguns medicamentos devem demorar seu efeito terapêutico até a próxima dose. Anticoncepcional X antibiótico Faltam estudos clínicos para isso. - Grande parte não. *Um comprovado é a Rifamicina. Os antibióticos matam as bactérias do intestino grosso e quando deveria ser reabsorvido o anticoncepcional não é porque enzimas não estão presentes, dessa forma não fica no organismo e é eliminado.
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