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Construção de edifícios AULA 3

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AULA 3
Planejamento da obra
PROF. ME LEANDRO CESAR DOS REIS
Introdução
Até o momento, estudamos sobre a preparação do terreno e sobre a
legalização da obra para início da construção.
Em seguida, estudaremos sobre o planejamento da obra e do canteiro.
Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis
Objetivos da aula
◦ Aprender sobre os conceitos empregados em planejamento de obras e
gerenciamento de projetos.
◦ Planejar e organizar o canteiro de obras, visando a produtividade e a
segurança.
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Planejamento de obras
Introdução
Geralmente, o setor da construção civil é rotulado como tendo:
◦ Elevado desperdício;
◦ Baixa produtividade;
◦ Baixa qualidade;
◦ Alto índice de acidente de trabalho.
Muitos dos problemas observados durante a produção de uma obra são
decorrentes de um planejamento incompleto ou inexistente.
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Introdução
◦ Esta falta de planejamento também é resultado da própria característica
da indústria da construção civil pois, diferentemente da indústria
clássica, o produto do projeto não é executado dentro de uma fábrica, e
sim em um canteiro de obras.
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Introdução
Características da indústria da construção (YAZIGI, 2016):
◦ É uma indústria de caráter nômade;
◦ Cria produtos únicos e quase nunca produtos seriados;
◦ Não é possível aplicar a produção em linha, mas sim a produção
centralizada;
◦ É uma indústria muito conservadora, com grande inércia a alterações;
◦ Utiliza mão de obra pouco qualificada e desmotivada;
◦ O produto é geralmente único na vida do usuário;
◦ São empregadas especificações complexas, muitas vezes, conflitantes e
confusas;
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Introdução
◦ Perante essas características, o segmento da construção civil vem
realizando esforços na busca por elevação de seus patamares de
qualidade de produtos e serviços, obtenção de maior conformidade,
confiabilidade e atendimento às necessidades dos clientes.
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Desafios
São desafios da indústria da construção:
Melhorar o meio ambiente de trabalho;
Melhorar a qualidade das obras;
Aumentar a produtividade.
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Gerenciamento de projetos
◦ O gerenciamento evita surpresas durante a execução dos trabalhos,
antecipa situações desfavoráveis, disponibiliza os orçamentos antes do
início dos gastos e otimiza a alocação de pessoas, equipamentos e
materiais necessários.
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Escopo, Tempo, Custos e Qualidade são os
principais determinantes para o objetivo de um
projeto.
Recursos Humanos e Aquisições são os insumos
para produzir o trabalho do projeto.
Comunicações, Partes interessadas e Riscos
devem ser continuamente tratados para manter
as expectativas e as incertezas sob controle, assim
como o projeto no rumo certo.
Integração abrange a orquestração de todos estes
aspectos.
Iniciando o projeto
◦ Ao se iniciar um projeto, a primeira decisão que deve ser tomada após o
estudo de viabilidade é sobre o escopo do produto.
◦ Deve-se determinar com detalhes e clareza de informações:
◦ O objetivo e as características do projeto que será feito
◦ Como o projeto será feito o projeto
◦ Os processos construtivos e metodologias que serão utilizadas
◦ As limitações impostas em relação ao tempo e ao custo.
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Iniciando o projeto
◦ Durante todo o processo, as grandes alterações deverão ser feitas no
início do planejamento e no momento da concepção do produto.
◦ Para ganhar tempo, alguns proprietários avançam sobre as etapas de
planejamento e estudo da viabilidade que resultam em definições
inadequadas do escopo do projeto.
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Iniciando o projeto
Principais causas do baixo desempenho dos projetos (FOSSATI, 2004):
▪Má interpretação das necessidades do cliente;
▪Uso de informações incorretas ou desatualizadas;
▪Produção de especificações inadequadas;
▪Envolvimento de um grande número de agentes tomando decisões;
▪Falta de coordenação entre os diferentes projetos;
▪Comunicação e transferência de informações informal e não
documentada;
▪Pequena interação entre projeto e produção;
▪Alterações solicitadas pelo cliente.
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Gerenciando o escopo
◦ O plano de gerenciamento do escopo do projeto documenta como o
escopo do projeto será definido, verificado, controlado e como a
Estrutura Analítica do Projeto (EAP) será criada e definida.
◦ A Estrutura Analítica do Projeto é a subdivisão das principais entregas e
do trabalho do projeto em componentes menores e mais facilmente
gerenciáveis.
◦ A criação da EAP formaliza o escopo e o torna mais gerenciável na
medida que grandes pacotes de trabalho são decompostos em partes
menores.
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Gerenciando o escopo
Exemplo de Estrutura Analítica do Projeto
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Gerenciando o tempo
◦ O Plano de Gerenciamento do Tempo trata dos processos voltados a
garantir que as atividades do projeto sejam executadas nos prazos
planejados.
◦ Com o auxílio da EAP, todos os pacotes de trabalho localizados no
último nível da estrutura poderão ser decompostos em atividades.
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Gerenciando o tempo
◦ Utilizando as atividades decompostas da EAP:
◦ A partir desta lista de atividades, deve-se estimar a duração de cada
atividade e analisar as dependências entre elas.
◦ A duração das atividades pode ser estimada pela experiência dos
profissionais que as executarão ou pela produtividade da mão de obra,
encontrada em bancos de dados fornecidos por empresas que
trabalham no ramo.
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Gerenciando o tempo
◦ Geralmente a duração da atividade é fixada e, a partir desta limitação,
dimensiona-se a quantidade de mão de obra para executá-la dentro do
tempo estipulado.
Exemplo:
Áreaalvenaria = 300 m²
Duração fixada = 10 dias
Produtividade diária = 30 m2/dia
Produtividade de 1 pedreiro = 10 m2/dia
Qtde de pedreiros =
produtividade diária
produtividade de 1 pedreiro
=
30
10
= 3 pedreiros
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◦ Como saída, tem-se o cronograma do projeto.
Gerenciando o tempo
◦ Além do cronograma do projeto, pode-se também criar um diagrama de
rede e fazer a análise pelo Método do Caminho Crítico (Critical Path
Method – CPM).
◦ Por este método, estima-se uma data mais cedo e uma data mais tarde
para a execução das atividades.
◦ Com esta análise, obtém-se o caminhocrítico, que é aquela sequência
de atividades que, caso haja atraso, resultará no atraso de todo o
projeto.
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Gerenciando os custos
◦ O Gerenciamento de Custos do Projeto inclui os processos envolvidos em:
◦ Planejamento das atividades
◦ Estimativa dos custos de cada atividade
◦ Orçamentação através de bancos de dados
◦ Controle de custos
◦ Um orçamento planejado do projeto consiste na agregação dos custos
estimados das atividades para estabelecer uma linha de base dos custos.
◦ As atividades que devem ser orçadas são as mesmas definidas na EAP.
Utilizando a EAP pode-se desenvolver o orçamento.
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Gerenciando os custos
◦ Os itens que compõem o orçamento podem ainda ser representados
pela composição unitária de cada atividade.
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Gerenciando os custos
◦ A composição serve para facilitar no acompanhamento dos custos de
cada material e mão de obra utilizada durante uma obra.
◦ Ainda pode-se analisar os custos e o tempo de maneira simultânea ao
longo da obra, através do cronograma físico-financeiro.
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Gerenciando os custos
◦ A composição serve para facilitar no acompanhamento dos custos de
cada material e mão de obra utilizada durante uma obra.
◦ Ainda pode-se analisar os custos e o tempo de maneira simultânea ao
longo da obra, através do cronograma físico-financeiro.
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Exemplo 1
A Prefeitura de Barbacena está precisando executar a reforma numa
escola municipal e, de acordo com o calendário escolar e a disponibilidade
da Prefeitura, a mesma ocorrerá em 5 (cinco) meses. Para a execução da
reforma, foi elaborado um orçamento que obteve um custo previsto no
valor de R$200.000,00 (duzentos mil reais).
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Exemplo 1
Em relação à planilha apresentada, tem-se que:
(A) no primeiro mês, está previsto um total de 20% do custo total da obra.
(B) no quinto mês da obra, está previsto um custo de execução de 5% do
total.
(C) em nenhum mês, está previsto um custo de execução acima de 40% e
abaixo de 20%.
(D) o gasto acumulado até o segundo mês está previsto para ficar abaixo
de 60% do custo total.
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Exemplo 2
Considere que uma determinada reforma foi dividida em 4 tarefas: A, B, C
e D.
O prazo total para a execução desta reforma é de 120 dias, e seu
orçamento é de R$ 55.000,00.
A tarefa D deveria ser executada em 60 dias e ter seu início a 60 dias do
início da obra.
A distribuição dos serviços da tarefa D é linear e proporcional ao tempo de
execução.
As tarefas A, B e C representam 80% do total do orçamento e sua
execução se deu, de acordo com o cronograma, nos três primeiros meses
de obra.
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Exemplo 2
Considerando que até o terceiro mês a obra se encontrava dentro do
cronograma, porém foi terminada em 150 dias e ainda que a multa
contratual prevista por atraso era de 10% (sobre a parcela em atraso), o
último valor recebido pelo executor da reforma é:
(A) R$ 4.400,00.
(B) R$ 4.950,00.
(C) R$ 5.500,00.
(D) R$ 9.900,00.
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Gerenciando a qualidade
◦ São nas etapas iniciais em que são decididas as configurações de
componentes, as especificações de materiais e o desempenho
esperado.
◦ O controle de qualidade deve apenas garantir que essas definições
preliminares sejam seguidas com sucesso.
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Gerenciando a qualidade
◦ São fatores importantes para que haja integração entre o sistema de
gestão da qualidade e o planejamento e controle da produção:
◦ A padronização dos métodos
◦ Pacotes de serviços programados
◦ Avaliação rigorosa da conclusão dos serviços
◦ Planilhas simples e objetivas
◦ Formalização dos padrões de qualidade na conclusão dos serviços
◦ Participação dos empreiteiros e encarregados nas reuniões da
qualidade e da produção
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Sistema de gestão da qualidade
SiAC – Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e
Obras da Construção Civil
◦ O governo federal criou o PBQP-H (Programa Brasileiro da Qualidade e
Produtividade da Construção Habitacional).
◦ O PBQP-H é normalizado pelo SiAC (Sistema de Avaliação da
Conformidade de Empresas de Serviços e Obras da Construção Civil),
que é similar à norma NBR ISO 9001:2008.
◦ O SiAC tem dois níveis de certificação – A e B.
◦O SiAC adota a abordagem de processo para o desenvolvimento,
implementação e melhoria da eficácia do SGQ da empresa
construtora.
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Abordagem de processo
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Sistema de gestão da qualidade
Essa abordagem utiliza a metodologia conhecida como PDCA (Plan, Do,
Check, Act).
Planejar: prever as atividades (processos) imprescindíveis para o
atendimento das necessidades dos clientes;
Executar: executar as atividades (processos) planejadas;
Controlar: medir e controlar os processos e seus resultados quanto ao
atendimento às exigências feitas pelos clientes;
Agir: levar adiante as ações que permitam uma melhoria permanente do
desempenho dos processos.
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Aumentando a produtividade
Existem muitas medidas que contribuem para o aumento da produtividade
na construção civil. Dentre elas, destacam-se:
Qualificação profissional
Repetição e aprendizagem (padronização)
Organização da produção
Organização da produção
Existem muitos programas e atividades que visam uma maior organização
da produção, com a consequente minimização dos desperdícios e aumento
da produtividade. Dentre eles, tem-se:
Construção enxuta
Programa 5S
Construção enxuta e programa 5S
Esses programas têm por objetivo a redução ou eliminação das atividades de
fluxo que não agregam valor ao produto final.
Uma forma de reduzir essas atividades que não agregam valor é realizando um
bom planejamento dos fluxos de transporte dentro do canteiro e do
posicionamento dos materiais dentro do mesmo.
Construção enxuta
A Produção Enxuta pode ser entendida como um termo genérico para
definir o Sistema Toyota de Produção, o qual se baseia no Total Quality
Management e no Just in Time.
A partir do Sistema Toyota de Produção e da Produção Enxuta aplicada à
construção civil surge uma nova filosofia: a Construção Enxuta.
Produção enxuta
São objetivos da produção enxuta:
◦ Aumento da produtividade
◦ Redução dos desperdícios
◦ Racionalização dos processos de produção
Produção enxuta
Na produção enxuta, as perdas nos sistemas produtivos são analisadas de
forma a serem eliminadas. Podem ser identificados sete tipos de perdas:
◦ Excesso de produção;
◦ Excesso de inventário;
◦ Defeitos;
◦ Movimentos desnecessários;◦ Processos que não acrescentam valor;
◦ Espera;
◦ Transporte.
Construção enxuta
A construção enxuta, que é uma adaptação da produção enxuta, tem três
objetivos principais:
◦ Entrega do produto
◦ Maximização do valor
◦ Redução do desperdício
Tudo isso melhora o processo de construção, reduz a necessidade de
retrabalho, facilitam a previsão do tempo e dos custos, além de diminuir os
riscos de acidentes de trabalho.
Construção enxuta
A construção enxuta visa transformar a indústria de construção de um
processo artesanal em um processo industrial.
Essa filosofia de produção entende os processos como a interação de
atividades de conversão e de fluxo.
Atividades de conversão
Transformam as matérias-primas (materiais, informação) em produtos
intermediários (alvenaria, estruturas, revestimentos) ou final (edificação), ou
seja, são atividades que agregam valor.
O processo de conversão pode ser divido em subprocessos;
A redução do custo do processo global pode ser alcançada minimizando o
custo de cada subprocesso separadamente.
Atividades de fluxo
As atividades de transporte, espera e inspeção não acrescentam valor ao
produto final.
Deve-se analisar a necessidade de cada uma dessas atividades e buscar
reduzir/eliminar aquelas que não agregam valor.
Programa 5S
O programa 5S consolidou-se no Japão a partir da década de 50. Seu nome
provém das iniciais das palavras: SEIRI, SEITON, SEISOU, SEIKETSU E
SHITSUKE; as quais podem ser traduzidas como:
SEIRI – Senso de Organização / Arrumação;
SEITON – Senso de Utilização / Ordenação;
SEISOU – Senso de Limpeza;
SIKETSU – Senso de Saúde / Segurança;
SHITSUKE – Senso de Autodisciplina.
Programa 5S
O programa objetiva a educação, treinamento, e busca a qualidade
através de constante aperfeiçoamento dos detalhes que compõem a
rotina do dia - a- dia de trabalho.
Canteiro de obras
Introdução
◦ O canteiro de obras pode ser definido como a área fixa e temporária,
onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra.
◦ O canteiro de obras pode ser dividido em:
◦ Área de produção: é onde a atividade de construção é efetivamente
realizada.
◦ Área de apoio: compreendem aquelas instalações que desempenham
funções de apoio à produção.
◦ Área de vivência: destinadas a suprir as necessidades básicas
humanas de alimentação, higiene, descanso, lazer e convivência.
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Melhorando o meio ambiente de trabalho
◦ Objetivando a melhoria do meio ambiente de trabalho, foi criada a
Norma Regulamentadora NR-18 – Condições e Meio Ambiente de
Trabalho na Indústria da Construção – cujo objetivo é:
Estabelecer diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de
organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e
sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no
meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção.
Melhorando o meio ambiente de trabalho
A NR-18 torna obrigatória a elaboração do Programa de Condições e Meio
Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT) nos
estabelecimentos com vinte trabalhadores ou mais.
Além disto, ela exige que seja feito o layout inicial e atualizado do canteiro
de obras e/ou frente de trabalho, contemplando, inclusive, previsão de
dimensionamento das áreas de vivência.
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Introdução
Bons canteiros devem atender a múltiplos objetivos, classificados em de 
alto e baixo nível
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Introdução
Alto nível:
▪Operações seguras e eficientes;
▪Boa moral dos trabalhadores.
Baixo nível:
▪Minimizar distâncias e tempo para movimentação de pessoal e
material;
▪Aumentar tempo produtivo;
▪Evitar obstrução da movimentação de material e equipamentos.
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Introdução
Tipos de canteiros de obra:
▪Restritos (áreas centrais);
▪Amplos (conjuntos habitacionais horizontais);
▪Longos e estreitos (estradas de rodagem).
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Introdução
Duas regras são fundamentais que sempre devem ser seguidas no
planejamento de canteiros restritos:
▪Sempre atacar primeiro a fronteira mais difícil;
▪Criar espaços utilizáveis no nível do térreo tão cedo quanto possível.
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Instalações do canteiro de obras
◦ Tipologia das instalações provisórias:
Sistema tradicional racionalizado: barracos em chapa de compensado;
Containers: pouco utilizado e deve atender algumas exigências da NR-18:
▪Deve conter uma ventilação natural de, no mínimo, 15% da área do
piso;
▪Deve ser aterrado eletricamente.
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Instalações do canteiro de obras
Área de vivência
◦ São áreas destinadas a suprir as necessidades básicas humanas de
alimentação, higiene, descanso, lazer e convivência.
◦ Os canteiros de obras têm de dispor de: instalação sanitária; vestiário;
alojamento (*); local de refeições; cozinha (quando houver preparo de
refeições); lavanderia (*); área de lazer (*); ambulatório (quando se
tratar de frentes de trabalho com 50 ou mais operários).
* obrigatório nos canteiros onde houver trabalhadores alojados
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Instalação sanitária - Generalidades
◦ Entende-se como instalação sanitária o local destinado ao asseio
corporal e/ou ao atendimento das necessidades fisiológicas de
excreção. É proibida a utilização da instalação sanitária para outros fins
que não aqueles previstos acima.
◦ A instalação sanitária será constituída de lavatório, vaso sanitário e
mictório, na proporção de um conjunto para cada grupo de 20
trabalhadores ou fração, bem como de chuveiro, na proporção de um
para cada grupo de 10 operários ou fração.
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Instalação sanitária - Generalidades
◦ A instalação sanitária deve:
▪Ser mantida em perfeito estado de conservação e higiene, desprovida
de odores, especialmente durante as jornadas de trabalho;
▪Ter portas de acesso que impeçam o devassamento e ser construída
de modo a manter o resguardo conveniente;
▪Possuir paredes de material resistente e lavável, podendo ser de
madeira;
▪Ter pisos impermeáveis, laváveis e de acabamento não escorregadio;
▪Não se ligar diretamente com os locais destinados a refeições;
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Instalação sanitária - Generalidades
◦ A instalação sanitária deve:
▪Ser independente para homens e mulheres, quando for o caso;
▪Ter ventilação e iluminação apropriadas;
▪Possuir instalação elétrica adequadamente protegida;
▪Ter pé-direito mínimo de 2,3m ou respeitar o que determina o código
de edificações do município da obra;
▪Estar situada em local de fácil acesso, não sendo permitido o
deslocamento superior a 150 m do posto de trabalho aos gabinetes
sanitários, mictórios e lavatórios.
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Instalação sanitária - Lavatório
◦ Os lavatórios precisam:
▪Ser individuais ou coletivos tipo calha;
▪Possuir torneira(s);
▪Ficar à altura de 90 cm a medir do piso;
▪Ser ligado diretamente à rede de esgoto, quandohouver;
▪Ter revestimento interno de material liso, impermeável e lavável;
▪Possuir espaçamento mínimo entre as torneiras de 60 cm, quando
coletivos
▪Dispor de recipiente para coleta de papéis usados.
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Instalação sanitária – Vaso sanitário
◦ O local destinado ao vaso sanitário (gabinete sanitário) necessita:
▪Ter área mínima de 1m²;
▪Ser provido de porta com trinco interno e borda inferior de no máximo
15cm acima do piso;
▪Possuir divisórias com altura mínima de 1,8m;
▪Ter recipiente com tampa, para depósito de papéis usados, sendo
obrigatório o fornecimento de papel higiênico.
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Instalação sanitária – Vaso sanitário
◦ Os vasos sanitários devem:
▪Ser do tipo bacia turca ou de assento, sifonados;
▪Possuir caixa de descarga (ou válvula automática);
▪Ser ligados à rede geral de esgotos ou à fossa séptica, com interposição
de sifões hidráulicos.
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Instalação sanitária – Mictórios
◦ Os mictórios precisam:
▪Ser individuais ou coletivos tipo calha
▪Ter revestimento interno de material liso, impermeável e lavável
▪Ser providos de descarga provocada (ou automática)
▪Ficar à altura máxima de 50 cm do piso
▪Estar ligados diretamente à rede de esgoto ou à fossa séptica, com
interposição de sifões hidráulicos.
◦ No mictório tipo calha, cada segmento de 60cm deve corresponder a
um mictório tipo cuba.
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Instalação sanitária – Chuveiro
◦ A área mínima necessária para utilização de cada chuveiro é de 0,80m²,
com altura de 2,1m do piso.
◦ O piso dos locais onde forem instalados os chuveiros terá caimento que
assegure o escoamento da água para a rede de esgoto, quando houver,
e ser de material não escorregadio ou provido de estrado de madeira.
◦ Os chuveiros serão individuais ou coletivos, dispondo de água quente.
Haverá um suporte para sabonete e cabide para toalha, correspondente
a cada chuveiro. Os chuveiros elétricos terão de ser aterrados
adequadamente.
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Área de vivência – Vestiário
◦ Em todo canteiro de obras haverá vestiário para troca de roupa dos
trabalhadores que não residem no local. A situação do vestiário tem de
ser próxima aos alojamentos e/ou na entrada da obra, sem ligação
direta com o local destinado a refeições.
◦ Os vestiários necessitam:
▪Ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente;
▪Possuir piso cimentado, de madeira ou material equivalente;
▪Ter cobertura que os proteja contra as intempéries;
▪Possuir área de ventilação correspondente a 1/10 da área do piso, no 
mínimo;
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Área de vivência – Vestiário
◦ Os vestiários necessitam:
▪Ter iluminação natural e/ou artificial;
▪Possuir armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com
cadeado;
▪Ter pé-direito mínimo de 2,5m ou respeitar o que determina o código
de edificações do município da obra;
▪Ser mantido em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza;
▪Possuir bancos em número suficiente para atender aos usuários, com
largura mínima de 30cm.
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Área de vivência – Alojamento
◦ Os alojamentos do canteiro de obras devem:
▪Ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente
▪Possuir piso cimentado, de madeira ou material equivalente;
▪Ter cobertura que os proteja das intempéries;
▪Possuir área de ventilação de, no mínimo, 1/10 da área do piso;
▪Ter iluminação natural e/ou artificial;
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Área de vivência – Alojamento
◦ Os alojamentos do canteiro de obras devem:
▪Possuir área mínima de 3m² por módulo cama/armário, incluindo a
área de circulação;
▪Ter pé-direito mínimo de 2,5m para camas simples e de 3m para
camas duplas;
▪Não estar situados em subsolos ou porões das edificações;
▪Possuir instalação elétrica adequadamente protegida.
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Área de vivência – Alojamento
◦ É proibido o uso de três ou mais camas na mesma vertical.
◦ A altura livre permitida entre uma cama e outra e entre a última cama e
o teto é de, no mínimo, 1,2 m.
◦ A cama superior do beliche precisa ter proteção lateral e escada.
◦ As dimensões mínimas das camas têm de ser 80cm por 1,9 m e a
distância entre o ripamento do estrado de 4cm, dispondo ainda de
colchão com densidade 26 e espessura mínima de 10cm.
◦ As camas devem dispor de lençol, fronha e travesseiro em condições
adequadas de higiene, bem como cobertor quando as condições
climáticas assim o exigirem.
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Área de vivência – Alojamento
◦ Os alojamentos terão armários duplos individuais, com as seguintes
dimensões mínimas:
▪1,2 m de altura por 30 cm de largura e 40 cm de profundidade, com
separação ou prateleira, de modo que um compartimento, com altura
de 80 cm, se destine a abrigar a roupa de uso comum e o outro
compartimento, com a altura de 40 cm, a guardar a roupa de trabalho;
ou,
▪80 cm de altura por 50 cm de largura e 40 cm de profundidade, com
divisão vertical, de forma que os compartimentos, com largura de 25
cm, estabeleçam, rigorosamente, o isolamento das roupas de uso
comum e de trabalho.
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Área de vivência – Alojamento
◦ É terminantemente proibido cozinhar e aquecer qualquer tipo de
refeição dentro do alojamento.
◦ Ele deve ser mantido em permanente estado de conservação, higiene e
limpeza.
◦ É obrigatório, no alojamento, o fornecimento de água potável, filtrada e
fresca, para os trabalhadores, por meio de bebedouros de jato inclinado
(ou equipamento similar que garanta as mesmas condições), na
proporção de um para cada grupo de 25 trabalhadores ou fração.
◦ É vedada a permanência de pessoas com moléstia infectocontagiosa
nos alojamentos.
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Área de vivência – Local para refeições
◦ Nos canteiros de obras é obrigatória a existência de abrigo adequado
para refeições. O local para refeições precisa:
▪Ter paredes que permitam o isolamento durante as refeições;
▪Possuir piso cimentado ou de outro material lavável;
▪Ter cobertura que o proteja das intempéries;
▪Possuir capacidade para garantir o atendimento de todos os operários
no horário das refeições;
▪Ter ventilação e iluminação natural e/ou artificial;
▪Possuir lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior;
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Área de vivência – Local para refeições
◦ O local para refeições precisa:
▪Ter mesas com tampo liso e lavável;
▪Possuir assentos em número suficiente para atender aos usuários;
▪Ter depósito, com tampa, para lixo;
▪Não estar situado em subsolos ou porões de edificação;
▪Não possuir comunicação direta com instalação sanitária;
▪Ter pé-direito mínimo de 2,5m ou respeitar o que determina o código
de edificações do município da obra.
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Área de vivência – Local para refeições
◦ Independentemente do número de trabalhadorese da existência ou
não de cozinha, em todo canteiro de obras haverá local exclusivo para o
aquecimento de refeições, dotado de equipamento adequado e seguro.
◦ É obrigatório o fornecimento de água potável, filtrada e fresca, para os
trabalhadores, por meio de bebedouro de jato inclinado (ou outro
dispositivo equivalente), sendo proibido o uso de copos coletivos.
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Área de vivência – Cozinha
◦ Quando houver preparo de refeições na obra, a cozinha necessita:
▪Possuir ventilação natural e/ou artificial que permita boa exaustão dos
vapores;
▪Ter pé-direito mínimo de 2,5 m ou respeitar o código de edificações do
município da obra;
▪Possuir paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente
▪Ter piso cimentado ou de outro material de fácil limpeza;
▪Possuir cobertura de material resistente ao fogo;
▪Ter iluminação natural e/ou artificial;
▪Possuir pia para lavar os alimentos e utensílios;
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Área de vivência – Cozinha
◦ A cozinha necessita:
▪Ter instalação sanitária que não se comunique com a cozinha, de uso
exclusivo dos encarregados de manipular gêneros alimentícios, refeições e
utensílios, não podendo ser ligada a caixas de gordura;
▪Dispor de recipiente, com tampa, para coleta de lixo;
▪Possuir equipamento de refrigeração para preservação de alimentos;
▪ Ficar adjacente ao local para refeições;
▪Ter instalação elétrica adequadamente protegida;
▪Quando utilizado gás liquefeito de petróleo (GLP), os bujões têm de ser
instalados fora do ambiente de utilização, em área perfeitamente ventilada e
coberta.
◦ É obrigatório o uso de aventais e gorros para os que trabalhem na cozinha.
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Área de vivência – Lavanderia
◦ As áreas de vivência devem possuir local próprio, coberto, ventilado e
iluminado para que o trabalhador alojado possa lavar, secar e passar
suas roupas de uso pessoal. Esse local tem de ser dotado de tanques
individuais ou coletivos em número adequado.
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Área de vivência – Área de lazer
◦ Nas áreas de vivência, precisam ser previstos locais para recreação dos
operários alojados, podendo ser utilizado o abrigo de refeições para
esse fim.
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Áreas de apoio
◦ As áreas de apoio compreendem aquelas instalações que
desempenham funções de apoio à produção.
▪Almoxarifado
▪Escritório
▪Guarita ou portaria
▪Plantão de vendas
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Áreas de apoio – Almoxarifado
◦ O almoxarifado abriga as funções de armazenamento e controle de
materiais e ferramentas.
Responsabilidade do almoxarife
▪Controlar a entrada e a saída de material;
▪Controlar a contagem do material entregue;
▪Controlar a saída do material requisitado pelo pessoal da obra;
▪Guardar equipamentos de terceiros;
▪Guardar, sob cuidados de segurança, produtos tóxicos, inflamáveis ou
perigosos;
▪Alertar quando o estoque de alguns materiais chega ao limite crítico;
▪Armazenar de forma organizada o que lhe for entregue.
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Áreas de apoio – Almoxarifado
Divisão do almoxarifado
▪Geral
▪De material elétrico
▪De material hidráulico
▪De esquadrias de madeira (ferragens e ferramentas)
▪De pintura
Na seção geral, estoca-se:
▪Material de segurança do trabalho;
▪Material de uso geral (cal, cimento etc.);
▪Ferramentas de uso geral;
▪Material administrativo.
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Áreas de apoio – Almoxarifado
Localização do almoxarifado
A localização deverá:
▪Permitir fácil acesso do caminhão de entrega
▪Ter área para descarregamento de material
▪Localizar-se estrategicamente junto da obra, de tal modo que o avanço
da obra não impeça o abastecimento de materiais
▪Ser afastado dos limites do terreno pelo menos 2m, mantidos como
faixa livre, para evitar saídas não controladas de material.
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Área de vivência – Escritório
◦ O dimensionamento desta instalação é função do número de pessoas
que trabalham no local. Em relação à sua localização, requer-se:
▪Proximidade com o almoxarifado;
▪Posição nas imediações do portão de entrada de pessoas;
▪Posição em local que permita que do seu interior tenha-se uma visão
global do canteiro.
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Área de vivência – Guarita ou portaria
◦ A Portaria da Obra deve ficar junto à porta de acesso do pessoal e ser
suficientemente ampla para manter um estoque de EPI, a ser fornecido
aos visitantes.
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Área de vivência – Plantão de vendas
◦ Geralmente posicionado na divisa frontal do terreno e ocupando um
espaço substancial.
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Áreas de produção
Oficinas de armação e de formas:
◦ Os depósitos de madeira e barras de aço devem estar próximos das
bancadas de fabricação de formas e armaduras, e localizados próximos
aos equipamentos de transporte vertical.
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Áreas de produção
◦ Oficina de armação: bancadas de madeira para retificação, corte e
dobra das barras de aço, com chapas e pinos metálicos; ferramentas e
equipamentos elétricos de corte e dobra de armadura.
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Áreas de produção
◦ Oficina de formas: os equipamentos são dimensionados (tipos e
quantidade) em função do volume de serviço e prazos.
◦ A instalação básica é composta de mesa com serra circular, mesa com
serra de fita e bancada de madeira para confecção das formas.
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Áreas de produção
Central de concreto/depósito de agregados
A seleção, dimensionamento e localização desses equipamentos e
instalações devem considerar além do volume de serviços e dos prazos:
▪Área disponível no canteiro;
▪Conjugação da capacidade de produção de concreto com a dos
equipamentos de transporte;
▪Distâncias horizontais e verticais de transporte.
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Fechamento da obra - tapume
◦ Deve respeitar o código de obras do município e normas de segurança
do trabalho quanto a:
▪Segurança;
▪Altura mínima;
▪Alinhamento do terreno.
◦ O tapume deve ser também durável e de bom aspecto. São muito
utilizadas chapas de madeira compensada (espessura 10 mm).
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Acessos à obra
◦ Recomenda-se que o portão de entrada atenda aos seguintes
requisitos:
▪Possua uma inscrição que o identifique;
▪Possua uma inscrição com o número do terreno;
▪Possua uma fechadura ou puxador que facilite a abertura e o
fechamento;
▪Possua uma campainha.
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Acessos à obra
◦ Portão de entrada de veículos – Deve ser estudado em conjunto das
instalações relacionadas aos materiais, devendo-se fazer tantos portões
quantos forem necessários evitandoa necessidade de múltiplo
manuseio dos mesmos.
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Movimentação e armazenamento de materiais
◦ Dimensionamento das instalações – Dependem do cronograma e
orçamento da obra. Fazem parte das instalações:
▪Baias de agregados
▪Estoques de cimento
▪Estoque de blocos
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Movimentação e armazenamento de materiais
◦ Definição do layout das áreas de armazenamento:
▪Deve-se planejar as entregas de materiais, de forma a reduzir ao
máximo os estoques no canteiro;
▪Evitar duplo manuseio.
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Movimentação e armazenamento de materiais
◦ Posto de produção de argamassa e concreto:
▪A principal exigência é que o posto situe-se nas proximidades do
elevador de carga, tomando-se o cuidado de minimizar os
cruzamentos de fluxo.
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Movimentação e armazenamento de materiais
◦ Vias de circulação:
▪As vias de circulação de pessoas e equipamentos no canteiro devem
ser explicitadas no planejamento de layout através de linhas de fluxo.
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Movimentação e armazenamento de materiais
◦ Disposição do entulho:
▪Descarga através de tubos coletores, evitando desperdícios;
▪Existência de um local específico para depósito do entulho, seja uma
caçamba basculante ou uma baia.
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Movimentação e armazenamento de materiais
◦ Armazenamento de cimentos e agregados:
▪Quanto ao cimento, este deve possuir uma distância mínima de 0,30m
das paredes e do piso e de 0,50m do teto do depósito, para evitar o
contato do cimento com a umidade;
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Movimentação e armazenamento de materiais
◦ Armazenamento de cimentos e agregados:
▪Os agregados miúdos e graúdos devem ser armazenados em baias
com contenções de 1,20m no mínimo em 3 lados. As pilhas de
agregados devem ter altura até 1,5 m e não deve ter contato com a
umidade.
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Movimentação e armazenamento de materiais
◦ Armazenamento de blocos e tijolos :
▪O local para armazenagem de blocos e tijolos nos canteiros deve estar
limpo e nivelado;
▪O estoque deve estar situado em local coberto;
▪Pilha máxima de 1,40 m.
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Movimentação e armazenamento de materiais
◦ Armazenamento de aço e armaduras:
◦ O armazenamento depende da agressividade do meio em que se
encontra. Entretanto, seja qual for a agressividade, os seguintes
cuidados adicionais devem ser tomados:
▪As barras devem ser separadas em compartimentos conforme o
diâmetro;
▪O aço já cortado e/ou dobrado requer maior rigor quanto às medidas
de proteção;
▪Em canteiros com restrições de espaço, recomenda-se estocar as
barras em ganchos fixados nas paredes.
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Movimentação e armazenamento de materiais
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Movimentação e armazenamento de materiais
◦ Armazenamento de tubos de PVC
▪Os tubos devem ser armazenados no almoxarifado em armários que
permitam separação entre as diferentes bitolas com etiquetas que
identifiquem essas bitolas;
▪Caso o armário esteja fora do almoxarifado, o mesmo deve situar-se
em local livre da ação direta do sol ou então possuir cobertura com
lona;
▪Os tubos de PVC também podem ser acomodados em ganchos fixados
nas paredes.
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Movimentação e armazenamento de materiais
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Planejamento do canteiro
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◦ Para um bom funcionamento do canteiro de obras, este deve ser
planejado de forma a reduzir as distâncias de transporte de material e
mão de obra.
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Planejamento do canteiro
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Planejamento do canteiro
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◦ Além da produtividade, deve-se proporcionar condições aceitáveis de
segurança aos trabalhadores e demais pessoas envolvidas.
◦ Finalizado o planejamento do canteiro de obras, com todas as
instalações provisórias prontas (água, energia, esgoto etc.), dá-se início
à obra.

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