Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AULA 3 Planejamento da obra PROF. ME LEANDRO CESAR DOS REIS Introdução Até o momento, estudamos sobre a preparação do terreno e sobre a legalização da obra para início da construção. Em seguida, estudaremos sobre o planejamento da obra e do canteiro. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Objetivos da aula ◦ Aprender sobre os conceitos empregados em planejamento de obras e gerenciamento de projetos. ◦ Planejar e organizar o canteiro de obras, visando a produtividade e a segurança. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Planejamento de obras Introdução Geralmente, o setor da construção civil é rotulado como tendo: ◦ Elevado desperdício; ◦ Baixa produtividade; ◦ Baixa qualidade; ◦ Alto índice de acidente de trabalho. Muitos dos problemas observados durante a produção de uma obra são decorrentes de um planejamento incompleto ou inexistente. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Introdução ◦ Esta falta de planejamento também é resultado da própria característica da indústria da construção civil pois, diferentemente da indústria clássica, o produto do projeto não é executado dentro de uma fábrica, e sim em um canteiro de obras. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Introdução Características da indústria da construção (YAZIGI, 2016): ◦ É uma indústria de caráter nômade; ◦ Cria produtos únicos e quase nunca produtos seriados; ◦ Não é possível aplicar a produção em linha, mas sim a produção centralizada; ◦ É uma indústria muito conservadora, com grande inércia a alterações; ◦ Utiliza mão de obra pouco qualificada e desmotivada; ◦ O produto é geralmente único na vida do usuário; ◦ São empregadas especificações complexas, muitas vezes, conflitantes e confusas; Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Introdução ◦ Perante essas características, o segmento da construção civil vem realizando esforços na busca por elevação de seus patamares de qualidade de produtos e serviços, obtenção de maior conformidade, confiabilidade e atendimento às necessidades dos clientes. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Desafios São desafios da indústria da construção: Melhorar o meio ambiente de trabalho; Melhorar a qualidade das obras; Aumentar a produtividade. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Gerenciamento de projetos ◦ O gerenciamento evita surpresas durante a execução dos trabalhos, antecipa situações desfavoráveis, disponibiliza os orçamentos antes do início dos gastos e otimiza a alocação de pessoas, equipamentos e materiais necessários. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Escopo, Tempo, Custos e Qualidade são os principais determinantes para o objetivo de um projeto. Recursos Humanos e Aquisições são os insumos para produzir o trabalho do projeto. Comunicações, Partes interessadas e Riscos devem ser continuamente tratados para manter as expectativas e as incertezas sob controle, assim como o projeto no rumo certo. Integração abrange a orquestração de todos estes aspectos. Iniciando o projeto ◦ Ao se iniciar um projeto, a primeira decisão que deve ser tomada após o estudo de viabilidade é sobre o escopo do produto. ◦ Deve-se determinar com detalhes e clareza de informações: ◦ O objetivo e as características do projeto que será feito ◦ Como o projeto será feito o projeto ◦ Os processos construtivos e metodologias que serão utilizadas ◦ As limitações impostas em relação ao tempo e ao custo. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Iniciando o projeto ◦ Durante todo o processo, as grandes alterações deverão ser feitas no início do planejamento e no momento da concepção do produto. ◦ Para ganhar tempo, alguns proprietários avançam sobre as etapas de planejamento e estudo da viabilidade que resultam em definições inadequadas do escopo do projeto. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Iniciando o projeto Principais causas do baixo desempenho dos projetos (FOSSATI, 2004): ▪Má interpretação das necessidades do cliente; ▪Uso de informações incorretas ou desatualizadas; ▪Produção de especificações inadequadas; ▪Envolvimento de um grande número de agentes tomando decisões; ▪Falta de coordenação entre os diferentes projetos; ▪Comunicação e transferência de informações informal e não documentada; ▪Pequena interação entre projeto e produção; ▪Alterações solicitadas pelo cliente. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Gerenciando o escopo ◦ O plano de gerenciamento do escopo do projeto documenta como o escopo do projeto será definido, verificado, controlado e como a Estrutura Analítica do Projeto (EAP) será criada e definida. ◦ A Estrutura Analítica do Projeto é a subdivisão das principais entregas e do trabalho do projeto em componentes menores e mais facilmente gerenciáveis. ◦ A criação da EAP formaliza o escopo e o torna mais gerenciável na medida que grandes pacotes de trabalho são decompostos em partes menores. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Gerenciando o escopo Exemplo de Estrutura Analítica do Projeto Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Gerenciando o tempo ◦ O Plano de Gerenciamento do Tempo trata dos processos voltados a garantir que as atividades do projeto sejam executadas nos prazos planejados. ◦ Com o auxílio da EAP, todos os pacotes de trabalho localizados no último nível da estrutura poderão ser decompostos em atividades. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Gerenciando o tempo ◦ Utilizando as atividades decompostas da EAP: ◦ A partir desta lista de atividades, deve-se estimar a duração de cada atividade e analisar as dependências entre elas. ◦ A duração das atividades pode ser estimada pela experiência dos profissionais que as executarão ou pela produtividade da mão de obra, encontrada em bancos de dados fornecidos por empresas que trabalham no ramo. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Gerenciando o tempo ◦ Geralmente a duração da atividade é fixada e, a partir desta limitação, dimensiona-se a quantidade de mão de obra para executá-la dentro do tempo estipulado. Exemplo: Áreaalvenaria = 300 m² Duração fixada = 10 dias Produtividade diária = 30 m2/dia Produtividade de 1 pedreiro = 10 m2/dia Qtde de pedreiros = produtividade diária produtividade de 1 pedreiro = 30 10 = 3 pedreiros Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis ◦ Como saída, tem-se o cronograma do projeto. Gerenciando o tempo ◦ Além do cronograma do projeto, pode-se também criar um diagrama de rede e fazer a análise pelo Método do Caminho Crítico (Critical Path Method – CPM). ◦ Por este método, estima-se uma data mais cedo e uma data mais tarde para a execução das atividades. ◦ Com esta análise, obtém-se o caminhocrítico, que é aquela sequência de atividades que, caso haja atraso, resultará no atraso de todo o projeto. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Gerenciando os custos ◦ O Gerenciamento de Custos do Projeto inclui os processos envolvidos em: ◦ Planejamento das atividades ◦ Estimativa dos custos de cada atividade ◦ Orçamentação através de bancos de dados ◦ Controle de custos ◦ Um orçamento planejado do projeto consiste na agregação dos custos estimados das atividades para estabelecer uma linha de base dos custos. ◦ As atividades que devem ser orçadas são as mesmas definidas na EAP. Utilizando a EAP pode-se desenvolver o orçamento. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Gerenciando os custos ◦ Os itens que compõem o orçamento podem ainda ser representados pela composição unitária de cada atividade. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Gerenciando os custos ◦ A composição serve para facilitar no acompanhamento dos custos de cada material e mão de obra utilizada durante uma obra. ◦ Ainda pode-se analisar os custos e o tempo de maneira simultânea ao longo da obra, através do cronograma físico-financeiro. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Gerenciando os custos ◦ A composição serve para facilitar no acompanhamento dos custos de cada material e mão de obra utilizada durante uma obra. ◦ Ainda pode-se analisar os custos e o tempo de maneira simultânea ao longo da obra, através do cronograma físico-financeiro. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Exemplo 1 A Prefeitura de Barbacena está precisando executar a reforma numa escola municipal e, de acordo com o calendário escolar e a disponibilidade da Prefeitura, a mesma ocorrerá em 5 (cinco) meses. Para a execução da reforma, foi elaborado um orçamento que obteve um custo previsto no valor de R$200.000,00 (duzentos mil reais). Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Exemplo 1 Em relação à planilha apresentada, tem-se que: (A) no primeiro mês, está previsto um total de 20% do custo total da obra. (B) no quinto mês da obra, está previsto um custo de execução de 5% do total. (C) em nenhum mês, está previsto um custo de execução acima de 40% e abaixo de 20%. (D) o gasto acumulado até o segundo mês está previsto para ficar abaixo de 60% do custo total. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Exemplo 2 Considere que uma determinada reforma foi dividida em 4 tarefas: A, B, C e D. O prazo total para a execução desta reforma é de 120 dias, e seu orçamento é de R$ 55.000,00. A tarefa D deveria ser executada em 60 dias e ter seu início a 60 dias do início da obra. A distribuição dos serviços da tarefa D é linear e proporcional ao tempo de execução. As tarefas A, B e C representam 80% do total do orçamento e sua execução se deu, de acordo com o cronograma, nos três primeiros meses de obra. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Exemplo 2 Considerando que até o terceiro mês a obra se encontrava dentro do cronograma, porém foi terminada em 150 dias e ainda que a multa contratual prevista por atraso era de 10% (sobre a parcela em atraso), o último valor recebido pelo executor da reforma é: (A) R$ 4.400,00. (B) R$ 4.950,00. (C) R$ 5.500,00. (D) R$ 9.900,00. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Gerenciando a qualidade ◦ São nas etapas iniciais em que são decididas as configurações de componentes, as especificações de materiais e o desempenho esperado. ◦ O controle de qualidade deve apenas garantir que essas definições preliminares sejam seguidas com sucesso. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Gerenciando a qualidade ◦ São fatores importantes para que haja integração entre o sistema de gestão da qualidade e o planejamento e controle da produção: ◦ A padronização dos métodos ◦ Pacotes de serviços programados ◦ Avaliação rigorosa da conclusão dos serviços ◦ Planilhas simples e objetivas ◦ Formalização dos padrões de qualidade na conclusão dos serviços ◦ Participação dos empreiteiros e encarregados nas reuniões da qualidade e da produção Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Sistema de gestão da qualidade SiAC – Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e Obras da Construção Civil ◦ O governo federal criou o PBQP-H (Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade da Construção Habitacional). ◦ O PBQP-H é normalizado pelo SiAC (Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e Obras da Construção Civil), que é similar à norma NBR ISO 9001:2008. ◦ O SiAC tem dois níveis de certificação – A e B. ◦O SiAC adota a abordagem de processo para o desenvolvimento, implementação e melhoria da eficácia do SGQ da empresa construtora. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Abordagem de processo Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Sistema de gestão da qualidade Essa abordagem utiliza a metodologia conhecida como PDCA (Plan, Do, Check, Act). Planejar: prever as atividades (processos) imprescindíveis para o atendimento das necessidades dos clientes; Executar: executar as atividades (processos) planejadas; Controlar: medir e controlar os processos e seus resultados quanto ao atendimento às exigências feitas pelos clientes; Agir: levar adiante as ações que permitam uma melhoria permanente do desempenho dos processos. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Aumentando a produtividade Existem muitas medidas que contribuem para o aumento da produtividade na construção civil. Dentre elas, destacam-se: Qualificação profissional Repetição e aprendizagem (padronização) Organização da produção Organização da produção Existem muitos programas e atividades que visam uma maior organização da produção, com a consequente minimização dos desperdícios e aumento da produtividade. Dentre eles, tem-se: Construção enxuta Programa 5S Construção enxuta e programa 5S Esses programas têm por objetivo a redução ou eliminação das atividades de fluxo que não agregam valor ao produto final. Uma forma de reduzir essas atividades que não agregam valor é realizando um bom planejamento dos fluxos de transporte dentro do canteiro e do posicionamento dos materiais dentro do mesmo. Construção enxuta A Produção Enxuta pode ser entendida como um termo genérico para definir o Sistema Toyota de Produção, o qual se baseia no Total Quality Management e no Just in Time. A partir do Sistema Toyota de Produção e da Produção Enxuta aplicada à construção civil surge uma nova filosofia: a Construção Enxuta. Produção enxuta São objetivos da produção enxuta: ◦ Aumento da produtividade ◦ Redução dos desperdícios ◦ Racionalização dos processos de produção Produção enxuta Na produção enxuta, as perdas nos sistemas produtivos são analisadas de forma a serem eliminadas. Podem ser identificados sete tipos de perdas: ◦ Excesso de produção; ◦ Excesso de inventário; ◦ Defeitos; ◦ Movimentos desnecessários;◦ Processos que não acrescentam valor; ◦ Espera; ◦ Transporte. Construção enxuta A construção enxuta, que é uma adaptação da produção enxuta, tem três objetivos principais: ◦ Entrega do produto ◦ Maximização do valor ◦ Redução do desperdício Tudo isso melhora o processo de construção, reduz a necessidade de retrabalho, facilitam a previsão do tempo e dos custos, além de diminuir os riscos de acidentes de trabalho. Construção enxuta A construção enxuta visa transformar a indústria de construção de um processo artesanal em um processo industrial. Essa filosofia de produção entende os processos como a interação de atividades de conversão e de fluxo. Atividades de conversão Transformam as matérias-primas (materiais, informação) em produtos intermediários (alvenaria, estruturas, revestimentos) ou final (edificação), ou seja, são atividades que agregam valor. O processo de conversão pode ser divido em subprocessos; A redução do custo do processo global pode ser alcançada minimizando o custo de cada subprocesso separadamente. Atividades de fluxo As atividades de transporte, espera e inspeção não acrescentam valor ao produto final. Deve-se analisar a necessidade de cada uma dessas atividades e buscar reduzir/eliminar aquelas que não agregam valor. Programa 5S O programa 5S consolidou-se no Japão a partir da década de 50. Seu nome provém das iniciais das palavras: SEIRI, SEITON, SEISOU, SEIKETSU E SHITSUKE; as quais podem ser traduzidas como: SEIRI – Senso de Organização / Arrumação; SEITON – Senso de Utilização / Ordenação; SEISOU – Senso de Limpeza; SIKETSU – Senso de Saúde / Segurança; SHITSUKE – Senso de Autodisciplina. Programa 5S O programa objetiva a educação, treinamento, e busca a qualidade através de constante aperfeiçoamento dos detalhes que compõem a rotina do dia - a- dia de trabalho. Canteiro de obras Introdução ◦ O canteiro de obras pode ser definido como a área fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra. ◦ O canteiro de obras pode ser dividido em: ◦ Área de produção: é onde a atividade de construção é efetivamente realizada. ◦ Área de apoio: compreendem aquelas instalações que desempenham funções de apoio à produção. ◦ Área de vivência: destinadas a suprir as necessidades básicas humanas de alimentação, higiene, descanso, lazer e convivência. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Melhorando o meio ambiente de trabalho ◦ Objetivando a melhoria do meio ambiente de trabalho, foi criada a Norma Regulamentadora NR-18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção – cujo objetivo é: Estabelecer diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção. Melhorando o meio ambiente de trabalho A NR-18 torna obrigatória a elaboração do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT) nos estabelecimentos com vinte trabalhadores ou mais. Além disto, ela exige que seja feito o layout inicial e atualizado do canteiro de obras e/ou frente de trabalho, contemplando, inclusive, previsão de dimensionamento das áreas de vivência. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Introdução Bons canteiros devem atender a múltiplos objetivos, classificados em de alto e baixo nível Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Introdução Alto nível: ▪Operações seguras e eficientes; ▪Boa moral dos trabalhadores. Baixo nível: ▪Minimizar distâncias e tempo para movimentação de pessoal e material; ▪Aumentar tempo produtivo; ▪Evitar obstrução da movimentação de material e equipamentos. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Introdução Tipos de canteiros de obra: ▪Restritos (áreas centrais); ▪Amplos (conjuntos habitacionais horizontais); ▪Longos e estreitos (estradas de rodagem). Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Introdução Duas regras são fundamentais que sempre devem ser seguidas no planejamento de canteiros restritos: ▪Sempre atacar primeiro a fronteira mais difícil; ▪Criar espaços utilizáveis no nível do térreo tão cedo quanto possível. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Instalações do canteiro de obras ◦ Tipologia das instalações provisórias: Sistema tradicional racionalizado: barracos em chapa de compensado; Containers: pouco utilizado e deve atender algumas exigências da NR-18: ▪Deve conter uma ventilação natural de, no mínimo, 15% da área do piso; ▪Deve ser aterrado eletricamente. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Instalações do canteiro de obras Área de vivência ◦ São áreas destinadas a suprir as necessidades básicas humanas de alimentação, higiene, descanso, lazer e convivência. ◦ Os canteiros de obras têm de dispor de: instalação sanitária; vestiário; alojamento (*); local de refeições; cozinha (quando houver preparo de refeições); lavanderia (*); área de lazer (*); ambulatório (quando se tratar de frentes de trabalho com 50 ou mais operários). * obrigatório nos canteiros onde houver trabalhadores alojados Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Instalação sanitária - Generalidades ◦ Entende-se como instalação sanitária o local destinado ao asseio corporal e/ou ao atendimento das necessidades fisiológicas de excreção. É proibida a utilização da instalação sanitária para outros fins que não aqueles previstos acima. ◦ A instalação sanitária será constituída de lavatório, vaso sanitário e mictório, na proporção de um conjunto para cada grupo de 20 trabalhadores ou fração, bem como de chuveiro, na proporção de um para cada grupo de 10 operários ou fração. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Instalação sanitária - Generalidades ◦ A instalação sanitária deve: ▪Ser mantida em perfeito estado de conservação e higiene, desprovida de odores, especialmente durante as jornadas de trabalho; ▪Ter portas de acesso que impeçam o devassamento e ser construída de modo a manter o resguardo conveniente; ▪Possuir paredes de material resistente e lavável, podendo ser de madeira; ▪Ter pisos impermeáveis, laváveis e de acabamento não escorregadio; ▪Não se ligar diretamente com os locais destinados a refeições; Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Instalação sanitária - Generalidades ◦ A instalação sanitária deve: ▪Ser independente para homens e mulheres, quando for o caso; ▪Ter ventilação e iluminação apropriadas; ▪Possuir instalação elétrica adequadamente protegida; ▪Ter pé-direito mínimo de 2,3m ou respeitar o que determina o código de edificações do município da obra; ▪Estar situada em local de fácil acesso, não sendo permitido o deslocamento superior a 150 m do posto de trabalho aos gabinetes sanitários, mictórios e lavatórios. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Instalação sanitária - Lavatório ◦ Os lavatórios precisam: ▪Ser individuais ou coletivos tipo calha; ▪Possuir torneira(s); ▪Ficar à altura de 90 cm a medir do piso; ▪Ser ligado diretamente à rede de esgoto, quandohouver; ▪Ter revestimento interno de material liso, impermeável e lavável; ▪Possuir espaçamento mínimo entre as torneiras de 60 cm, quando coletivos ▪Dispor de recipiente para coleta de papéis usados. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Instalação sanitária – Vaso sanitário ◦ O local destinado ao vaso sanitário (gabinete sanitário) necessita: ▪Ter área mínima de 1m²; ▪Ser provido de porta com trinco interno e borda inferior de no máximo 15cm acima do piso; ▪Possuir divisórias com altura mínima de 1,8m; ▪Ter recipiente com tampa, para depósito de papéis usados, sendo obrigatório o fornecimento de papel higiênico. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Instalação sanitária – Vaso sanitário ◦ Os vasos sanitários devem: ▪Ser do tipo bacia turca ou de assento, sifonados; ▪Possuir caixa de descarga (ou válvula automática); ▪Ser ligados à rede geral de esgotos ou à fossa séptica, com interposição de sifões hidráulicos. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Instalação sanitária – Mictórios ◦ Os mictórios precisam: ▪Ser individuais ou coletivos tipo calha ▪Ter revestimento interno de material liso, impermeável e lavável ▪Ser providos de descarga provocada (ou automática) ▪Ficar à altura máxima de 50 cm do piso ▪Estar ligados diretamente à rede de esgoto ou à fossa séptica, com interposição de sifões hidráulicos. ◦ No mictório tipo calha, cada segmento de 60cm deve corresponder a um mictório tipo cuba. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Instalação sanitária – Chuveiro ◦ A área mínima necessária para utilização de cada chuveiro é de 0,80m², com altura de 2,1m do piso. ◦ O piso dos locais onde forem instalados os chuveiros terá caimento que assegure o escoamento da água para a rede de esgoto, quando houver, e ser de material não escorregadio ou provido de estrado de madeira. ◦ Os chuveiros serão individuais ou coletivos, dispondo de água quente. Haverá um suporte para sabonete e cabide para toalha, correspondente a cada chuveiro. Os chuveiros elétricos terão de ser aterrados adequadamente. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Área de vivência – Vestiário ◦ Em todo canteiro de obras haverá vestiário para troca de roupa dos trabalhadores que não residem no local. A situação do vestiário tem de ser próxima aos alojamentos e/ou na entrada da obra, sem ligação direta com o local destinado a refeições. ◦ Os vestiários necessitam: ▪Ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente; ▪Possuir piso cimentado, de madeira ou material equivalente; ▪Ter cobertura que os proteja contra as intempéries; ▪Possuir área de ventilação correspondente a 1/10 da área do piso, no mínimo; Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Área de vivência – Vestiário ◦ Os vestiários necessitam: ▪Ter iluminação natural e/ou artificial; ▪Possuir armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com cadeado; ▪Ter pé-direito mínimo de 2,5m ou respeitar o que determina o código de edificações do município da obra; ▪Ser mantido em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza; ▪Possuir bancos em número suficiente para atender aos usuários, com largura mínima de 30cm. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Área de vivência – Alojamento ◦ Os alojamentos do canteiro de obras devem: ▪Ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente ▪Possuir piso cimentado, de madeira ou material equivalente; ▪Ter cobertura que os proteja das intempéries; ▪Possuir área de ventilação de, no mínimo, 1/10 da área do piso; ▪Ter iluminação natural e/ou artificial; Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Área de vivência – Alojamento ◦ Os alojamentos do canteiro de obras devem: ▪Possuir área mínima de 3m² por módulo cama/armário, incluindo a área de circulação; ▪Ter pé-direito mínimo de 2,5m para camas simples e de 3m para camas duplas; ▪Não estar situados em subsolos ou porões das edificações; ▪Possuir instalação elétrica adequadamente protegida. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Área de vivência – Alojamento ◦ É proibido o uso de três ou mais camas na mesma vertical. ◦ A altura livre permitida entre uma cama e outra e entre a última cama e o teto é de, no mínimo, 1,2 m. ◦ A cama superior do beliche precisa ter proteção lateral e escada. ◦ As dimensões mínimas das camas têm de ser 80cm por 1,9 m e a distância entre o ripamento do estrado de 4cm, dispondo ainda de colchão com densidade 26 e espessura mínima de 10cm. ◦ As camas devem dispor de lençol, fronha e travesseiro em condições adequadas de higiene, bem como cobertor quando as condições climáticas assim o exigirem. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Área de vivência – Alojamento ◦ Os alojamentos terão armários duplos individuais, com as seguintes dimensões mínimas: ▪1,2 m de altura por 30 cm de largura e 40 cm de profundidade, com separação ou prateleira, de modo que um compartimento, com altura de 80 cm, se destine a abrigar a roupa de uso comum e o outro compartimento, com a altura de 40 cm, a guardar a roupa de trabalho; ou, ▪80 cm de altura por 50 cm de largura e 40 cm de profundidade, com divisão vertical, de forma que os compartimentos, com largura de 25 cm, estabeleçam, rigorosamente, o isolamento das roupas de uso comum e de trabalho. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Área de vivência – Alojamento ◦ É terminantemente proibido cozinhar e aquecer qualquer tipo de refeição dentro do alojamento. ◦ Ele deve ser mantido em permanente estado de conservação, higiene e limpeza. ◦ É obrigatório, no alojamento, o fornecimento de água potável, filtrada e fresca, para os trabalhadores, por meio de bebedouros de jato inclinado (ou equipamento similar que garanta as mesmas condições), na proporção de um para cada grupo de 25 trabalhadores ou fração. ◦ É vedada a permanência de pessoas com moléstia infectocontagiosa nos alojamentos. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Área de vivência – Local para refeições ◦ Nos canteiros de obras é obrigatória a existência de abrigo adequado para refeições. O local para refeições precisa: ▪Ter paredes que permitam o isolamento durante as refeições; ▪Possuir piso cimentado ou de outro material lavável; ▪Ter cobertura que o proteja das intempéries; ▪Possuir capacidade para garantir o atendimento de todos os operários no horário das refeições; ▪Ter ventilação e iluminação natural e/ou artificial; ▪Possuir lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior; Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Área de vivência – Local para refeições ◦ O local para refeições precisa: ▪Ter mesas com tampo liso e lavável; ▪Possuir assentos em número suficiente para atender aos usuários; ▪Ter depósito, com tampa, para lixo; ▪Não estar situado em subsolos ou porões de edificação; ▪Não possuir comunicação direta com instalação sanitária; ▪Ter pé-direito mínimo de 2,5m ou respeitar o que determina o código de edificações do município da obra. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Área de vivência – Local para refeições ◦ Independentemente do número de trabalhadorese da existência ou não de cozinha, em todo canteiro de obras haverá local exclusivo para o aquecimento de refeições, dotado de equipamento adequado e seguro. ◦ É obrigatório o fornecimento de água potável, filtrada e fresca, para os trabalhadores, por meio de bebedouro de jato inclinado (ou outro dispositivo equivalente), sendo proibido o uso de copos coletivos. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Área de vivência – Cozinha ◦ Quando houver preparo de refeições na obra, a cozinha necessita: ▪Possuir ventilação natural e/ou artificial que permita boa exaustão dos vapores; ▪Ter pé-direito mínimo de 2,5 m ou respeitar o código de edificações do município da obra; ▪Possuir paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente ▪Ter piso cimentado ou de outro material de fácil limpeza; ▪Possuir cobertura de material resistente ao fogo; ▪Ter iluminação natural e/ou artificial; ▪Possuir pia para lavar os alimentos e utensílios; Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Área de vivência – Cozinha ◦ A cozinha necessita: ▪Ter instalação sanitária que não se comunique com a cozinha, de uso exclusivo dos encarregados de manipular gêneros alimentícios, refeições e utensílios, não podendo ser ligada a caixas de gordura; ▪Dispor de recipiente, com tampa, para coleta de lixo; ▪Possuir equipamento de refrigeração para preservação de alimentos; ▪ Ficar adjacente ao local para refeições; ▪Ter instalação elétrica adequadamente protegida; ▪Quando utilizado gás liquefeito de petróleo (GLP), os bujões têm de ser instalados fora do ambiente de utilização, em área perfeitamente ventilada e coberta. ◦ É obrigatório o uso de aventais e gorros para os que trabalhem na cozinha. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Área de vivência – Lavanderia ◦ As áreas de vivência devem possuir local próprio, coberto, ventilado e iluminado para que o trabalhador alojado possa lavar, secar e passar suas roupas de uso pessoal. Esse local tem de ser dotado de tanques individuais ou coletivos em número adequado. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Área de vivência – Área de lazer ◦ Nas áreas de vivência, precisam ser previstos locais para recreação dos operários alojados, podendo ser utilizado o abrigo de refeições para esse fim. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Áreas de apoio ◦ As áreas de apoio compreendem aquelas instalações que desempenham funções de apoio à produção. ▪Almoxarifado ▪Escritório ▪Guarita ou portaria ▪Plantão de vendas Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Áreas de apoio – Almoxarifado ◦ O almoxarifado abriga as funções de armazenamento e controle de materiais e ferramentas. Responsabilidade do almoxarife ▪Controlar a entrada e a saída de material; ▪Controlar a contagem do material entregue; ▪Controlar a saída do material requisitado pelo pessoal da obra; ▪Guardar equipamentos de terceiros; ▪Guardar, sob cuidados de segurança, produtos tóxicos, inflamáveis ou perigosos; ▪Alertar quando o estoque de alguns materiais chega ao limite crítico; ▪Armazenar de forma organizada o que lhe for entregue. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Áreas de apoio – Almoxarifado Divisão do almoxarifado ▪Geral ▪De material elétrico ▪De material hidráulico ▪De esquadrias de madeira (ferragens e ferramentas) ▪De pintura Na seção geral, estoca-se: ▪Material de segurança do trabalho; ▪Material de uso geral (cal, cimento etc.); ▪Ferramentas de uso geral; ▪Material administrativo. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Áreas de apoio – Almoxarifado Localização do almoxarifado A localização deverá: ▪Permitir fácil acesso do caminhão de entrega ▪Ter área para descarregamento de material ▪Localizar-se estrategicamente junto da obra, de tal modo que o avanço da obra não impeça o abastecimento de materiais ▪Ser afastado dos limites do terreno pelo menos 2m, mantidos como faixa livre, para evitar saídas não controladas de material. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Área de vivência – Escritório ◦ O dimensionamento desta instalação é função do número de pessoas que trabalham no local. Em relação à sua localização, requer-se: ▪Proximidade com o almoxarifado; ▪Posição nas imediações do portão de entrada de pessoas; ▪Posição em local que permita que do seu interior tenha-se uma visão global do canteiro. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Área de vivência – Guarita ou portaria ◦ A Portaria da Obra deve ficar junto à porta de acesso do pessoal e ser suficientemente ampla para manter um estoque de EPI, a ser fornecido aos visitantes. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Área de vivência – Plantão de vendas ◦ Geralmente posicionado na divisa frontal do terreno e ocupando um espaço substancial. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Áreas de produção Oficinas de armação e de formas: ◦ Os depósitos de madeira e barras de aço devem estar próximos das bancadas de fabricação de formas e armaduras, e localizados próximos aos equipamentos de transporte vertical. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Áreas de produção ◦ Oficina de armação: bancadas de madeira para retificação, corte e dobra das barras de aço, com chapas e pinos metálicos; ferramentas e equipamentos elétricos de corte e dobra de armadura. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Áreas de produção ◦ Oficina de formas: os equipamentos são dimensionados (tipos e quantidade) em função do volume de serviço e prazos. ◦ A instalação básica é composta de mesa com serra circular, mesa com serra de fita e bancada de madeira para confecção das formas. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Áreas de produção Central de concreto/depósito de agregados A seleção, dimensionamento e localização desses equipamentos e instalações devem considerar além do volume de serviços e dos prazos: ▪Área disponível no canteiro; ▪Conjugação da capacidade de produção de concreto com a dos equipamentos de transporte; ▪Distâncias horizontais e verticais de transporte. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Fechamento da obra - tapume ◦ Deve respeitar o código de obras do município e normas de segurança do trabalho quanto a: ▪Segurança; ▪Altura mínima; ▪Alinhamento do terreno. ◦ O tapume deve ser também durável e de bom aspecto. São muito utilizadas chapas de madeira compensada (espessura 10 mm). Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Acessos à obra ◦ Recomenda-se que o portão de entrada atenda aos seguintes requisitos: ▪Possua uma inscrição que o identifique; ▪Possua uma inscrição com o número do terreno; ▪Possua uma fechadura ou puxador que facilite a abertura e o fechamento; ▪Possua uma campainha. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Acessos à obra ◦ Portão de entrada de veículos – Deve ser estudado em conjunto das instalações relacionadas aos materiais, devendo-se fazer tantos portões quantos forem necessários evitandoa necessidade de múltiplo manuseio dos mesmos. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Movimentação e armazenamento de materiais ◦ Dimensionamento das instalações – Dependem do cronograma e orçamento da obra. Fazem parte das instalações: ▪Baias de agregados ▪Estoques de cimento ▪Estoque de blocos Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Movimentação e armazenamento de materiais ◦ Definição do layout das áreas de armazenamento: ▪Deve-se planejar as entregas de materiais, de forma a reduzir ao máximo os estoques no canteiro; ▪Evitar duplo manuseio. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Movimentação e armazenamento de materiais ◦ Posto de produção de argamassa e concreto: ▪A principal exigência é que o posto situe-se nas proximidades do elevador de carga, tomando-se o cuidado de minimizar os cruzamentos de fluxo. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Movimentação e armazenamento de materiais ◦ Vias de circulação: ▪As vias de circulação de pessoas e equipamentos no canteiro devem ser explicitadas no planejamento de layout através de linhas de fluxo. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Movimentação e armazenamento de materiais ◦ Disposição do entulho: ▪Descarga através de tubos coletores, evitando desperdícios; ▪Existência de um local específico para depósito do entulho, seja uma caçamba basculante ou uma baia. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Movimentação e armazenamento de materiais ◦ Armazenamento de cimentos e agregados: ▪Quanto ao cimento, este deve possuir uma distância mínima de 0,30m das paredes e do piso e de 0,50m do teto do depósito, para evitar o contato do cimento com a umidade; Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Movimentação e armazenamento de materiais ◦ Armazenamento de cimentos e agregados: ▪Os agregados miúdos e graúdos devem ser armazenados em baias com contenções de 1,20m no mínimo em 3 lados. As pilhas de agregados devem ter altura até 1,5 m e não deve ter contato com a umidade. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Movimentação e armazenamento de materiais ◦ Armazenamento de blocos e tijolos : ▪O local para armazenagem de blocos e tijolos nos canteiros deve estar limpo e nivelado; ▪O estoque deve estar situado em local coberto; ▪Pilha máxima de 1,40 m. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Movimentação e armazenamento de materiais ◦ Armazenamento de aço e armaduras: ◦ O armazenamento depende da agressividade do meio em que se encontra. Entretanto, seja qual for a agressividade, os seguintes cuidados adicionais devem ser tomados: ▪As barras devem ser separadas em compartimentos conforme o diâmetro; ▪O aço já cortado e/ou dobrado requer maior rigor quanto às medidas de proteção; ▪Em canteiros com restrições de espaço, recomenda-se estocar as barras em ganchos fixados nas paredes. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Movimentação e armazenamento de materiais Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Movimentação e armazenamento de materiais ◦ Armazenamento de tubos de PVC ▪Os tubos devem ser armazenados no almoxarifado em armários que permitam separação entre as diferentes bitolas com etiquetas que identifiquem essas bitolas; ▪Caso o armário esteja fora do almoxarifado, o mesmo deve situar-se em local livre da ação direta do sol ou então possuir cobertura com lona; ▪Os tubos de PVC também podem ser acomodados em ganchos fixados nas paredes. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Movimentação e armazenamento de materiais Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Planejamento do canteiro Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis ◦ Para um bom funcionamento do canteiro de obras, este deve ser planejado de forma a reduzir as distâncias de transporte de material e mão de obra. Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Planejamento do canteiro Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis Planejamento do canteiro Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia – 2019. Prof. Me Leandro Cesar dos Reis ◦ Além da produtividade, deve-se proporcionar condições aceitáveis de segurança aos trabalhadores e demais pessoas envolvidas. ◦ Finalizado o planejamento do canteiro de obras, com todas as instalações provisórias prontas (água, energia, esgoto etc.), dá-se início à obra.
Compartilhar