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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais 
Câmpus Avançado Três Corações 
 
 
 
 
 
 
MATERIAL DIDÁTICO 
 
 
CURSO: Inspetor de Qualidade 
DISCIPLINA: Qualidade e Produtividade 
PROFESSOR INSTRUTOR: João Paulo Pereira 
PROFESSORES TUTORES: Ana Cláudia Elias, 
Fernando Rocha Athayde, Lucas Couto Moreira e 
Tancredo Rocha De Castro 
SEMANA 9 
PERÍODO 29/06 a 06/07/2020 
 
REFERÊNCIA 
CAMARGO, Wellington. Controle de Qualidade Total. IFPR, 2011. Páginas 51 a 54 – Material 
Completo Disponível em: http://proedu.rnp.br/handle/123456789/444 
Controle de Qualidade Total
Curso Técnico em Segurança do Trabalho
Wellington Camargo
Controle de Qualidade Total
Wellington Camargo
2011
Curitiba-PR
PARANÁ
Educação a Distância
Presidência da República Federativa do Brasil
Ministério da Educação
Secretaria de Educação a Distância
Catalogação na fonte pela Biblioteca do Instituto Federal do Paraná
© INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA – PARANÁ – 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Este Caderno foi elaborado pelo Instituto Federal do Paraná para o Sistema Escola 
Técnica Aberta do Brasil – e-Tec Brasil.
Prof. Irineu Mario Colombo
Reitor
Prof. Ezequiel Westphal 
Pró-Reitoria de Ensino – PROENS 
Prof. Gilmar José Ferreira dos Santos 
Pró-Reitoria de Administração – PROAD
Prof. Paulo Tetuo Yamamoto
Pró-Reitoria de Extensão, Pesquisa e 
Inovação - PROEPI
Profª Neide Alves
Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas e 
Assuntos Estudantis – PROGEPE
Prof. Carlos Alberto de Ávila
Pró-Reitoria de Planejamento e 
Desenvolvimento Institucional – PROPLADI
Profª Mara Christina Vilas Boas
Chefe de Gabinete
Prof. José Carlos Ciccarino
Diretor Geral de Educação a Distância
Prof. Ricardo Herrera
Diretor Administrativo e Financeiro de 
Educação a Distância
Profª Mércia Freire Rocha Cordeiro Machado
Diretora de Ensino de Educação a Distância
Profª Cristina Maria Ayroza
Coordenadora Pedagógica de Educação a 
Distância
Profª Monica Beltrami
Coordenadora do curso
Adriana Bello
Cassiano Luiz Gonzaga da Silva
Karmel Louise Pombo Schultz
Rafaela Aline Varella
Assistência Pedagógica
Profª Ester dos Santos Oliveira
Idamara Lobo Dias
Lídia Emi Ogura Fujikawa
Profª Linda Abou Rejeili de Marchi
Luara Romão Prates
Revisão Editorial
Goretti Carlos
Diagramação
e-Tec/MEC
Projeto Gráfico
Aula 10 - Just-in-time (JIT)
e-Tec Brasil51Aula 10 - Just-in-time (jit)
O JIT (Just-in-time) amplamente usado no STP é o assunto da nossa 
aula.
A técnica de reduzir espaços, disponibilização de materiais 
na quantidade certa e no tempo certo é o fundamento desta 
ferramenta.
Promove mudanças estruturais, elimina os desperdícios na cadeia 
produtiva. Nela iremos aprender um pouco mais sobre GQT, e as 
ações voltadas à organização na liderança e controle do “sistema 
de gestão”.
Um dos pilares do STP (Sistema Toyota de Produção), o Just-in-time é 
considerado como sendo uma revolução no campo administrativo se 
tratando de processos produtivos. 
É fato que após a 2ª Guerra Mundial, o Japão um país praticamente destruído, 
as empresas começaram a utilizar o JIT, que é uma ferramenta apontada 
como responsável pelo sucesso das empresas japonesas.
O sistema JIT apresenta resultados significativos e facilita os processos nos 
aspectos de: qualidade, produtividade, flexibilidade, competitividade e de 
lucratividade. 
10.1 O que é Just-in-time? 
Observa-se nos sistemas produtivos, muito desperdício. Sua regra básica é: 
eliminação de perdas.
O conceito do JIT é bastante simples: produzir e entregar os produtos em 
sintonia com a demanda do mercado.
A idéia é produzir quantidades suficientes para corresponder à procura, 
eliminando ao máximo a retenção em estoque (custos). 
Em cada etapa do processo de produção, são produzidas somente as 
quantidades necessárias e no tempo exato. 
Seu objetivo final é eliminar totalmente os estoques, equilibrando a produção 
de acordo com o consumo e em níveis superiores de qualidade. 
Controle de qualidade totale-Tec Brasil
Ao eliminar desperdícios se obtém a melhoria contínua em todos os processos 
de uma organização, é se transforma em evolução constante na base e 
potencial competitivo de uma organização, considerando especialmente 
as vantagens de ganho de tempo, qualidade, produtividade e redução de 
preços.
A gestão eficiente de materiais, da qualidade, organização física dos insumos 
para a produção, desenvolvimento e engenharia de produto, organização 
do trabalho e gestão de recursos humanos fizeram do “just-in-time” uma 
filosofia adotada pelas organizações de ponta. 
Alguns atributos são explícitos nesta filosofia:
Eliminação de estoques;
Eliminação de desperdícios;
Manufatura de fluxo contínuo;
Esforço contínuo na resolução de problemas;
Melhoria contínua dos processos.
Curiosidade!
Em 1971 a Toyota iniciou um desafio para baixar os tempos de preparação 
de seus equipamentos.
Uma prensa de 800 toneladas que era usada para moldar peças automotivas 
necessitava de 1 (uma) hora para ser preparada. Em 5 anos de estudos e 
muito trabalho este tempo foi reduzido para 12 minutos.
Em contra partida um concorrente dos EUA, necessitava de 6 horas para 
executar o mesmo trabalho.
No entanto, a Toyota não parou e queriam reduzir este tempo e chegaram a 
conseguir executar a preparação em menos de 1 minuto. Como?
Desenvolveram um processo que a máquina era alterada através do 
deslizamento da peça (molde) para um dos lados, ao mesmo tempo em que 
do outro lado entrava a nova chapa a ser moldada.
Porém é um sistema que requer mudanças e controle. Exige do o abastecimento 
equilibrado da produção no lugar, tempo e quantidade certos. Assegurando 
uma produção suficiente e necessária para atender o consumo:
e-Tec Brasil53Aula 10 - Just-in-time (jit)
Estrutura organizacional: deve ser modificada para reduzir os 
departamentos de apoio. A filosofia JIT prevê autonomia e delegação aos 
departamentos de produção. Esta responsabilidade também se estende 
à qualidade e manutenção, equilibrando as linhas e aprimoramento os 
processos internos. 
Organização do trabalho: seu objetivo é facilitar e destacar o trabalho 
em equipe e a capacidade de criatividade dos colaboradores, além da 
comunicação clara e objetiva. 
Processos: o domínio dos processos, fluxo de materiais e a informação 
correta para todas as atividades, identificação e eliminação das situações 
que geram desperdício. 
Fluxos: tanto na área administrativa como na produtiva devem ser criados 
procedimentos baseados nos fluxos de materiais e informações. 
10.1.1 - Características do Just in Time
 De acordo com os princípios do Just in Time algumas características principais 
devem ser consideradas:
Não tem adaptação perfeita em relação à produção de muitos itens 
diferentes. Normalmente exige muita flexibilidade na produção.
O layout do processo de produção deve ser por células, e os componentes 
produzidos devem ser divididos em famílias. Configurando-se um layout 
de pequenas linhas de produção, para tornar o processo flexível e rápido.
É fundamental a autonomia dos encarregados por cada setor produtivo 
e no equilíbrio harmônico de cada célula. Esta medida reduz os erros e 
aumenta a qualidade. 
A produção baseia-se em grupos de trabalho compostos por colaboradores 
multifuncionais, com domínio de todo o processo.
A questão “qualidade” é de responsabilidade da célula produtiva. Os 
erros são eliminados na origem, dando ênfase aos princípios do controle 
da qualidade (a redução de estoques e solução de problemas)
Tempo – a redução dos tempos no processo, visto que tempo gasto com 
atividades que não acrescentam valor ao produto devem ser eliminados, 
e o melhor aproveitamento do tempo com procedimentos que agregam 
valor devem ser enfatizados para aumentar a qualidade.
Para saber mais sobre Just in 
Time, consulte o site: 
http://www.techoje.com.
br/site/techoje/categoria/
detalhe_artigo/509
Controlede qualidade totale-Tec Brasil
Materiais – o fomento de materiais tem como objetivo atender a 
demanda produtiva conforme a necessidade. Esta programação aumenta 
a produtividade com qualidade. 
Planejamento da produção – mantém a estabilidade produzida, 
promovendo produtividade e flexibilidade. Essa ação estabelece um 
fluxo contínuo na produção. 
Características sociais – Valorização dos colaboradores, pela sua 
importância e autonomia dentro do processo. Eles são os grandes 
responsáveis pelo sucesso. É deles a responsabilidade da qualidade, 
estabelecimento de um clima de participação e trabalho em equipe e a 
redução das distâncias hierárquicas. 
Resumo
Nesta aula vimos que um sistema de Qualidade Total, deve utilizar-se de 
ferramentas de apoio, e mostramos uma destas ferramentas, o “just-in-
time”.
Pôde conhecer que é uma ferramenta que agrega valores, organização e 
planejamento nos processos produtivos (produtos e serviços).
Outro ponto importante é a questão de autonomia das pessoas nos processos, 
com poder de decisão e desenvolvimento da atividade com valorização.
Anotações
Currículo do professor-autor
e-Tec Brasil149
Wellington Camargo
Formação em Administração de Empresas, com especialização em 
MARKETING e atuação em atividades empresariais relacionadas a área. 
MBA em Gestão Empresarial, participação em plano Gestor e consultoria 
envolvendo toda dinâmica de estratégia e planejamento empresarial. Gestor 
do programa “Focus” de Qualidade, e do programa de “QCP”-Qualidade, 
compromisso e participação, da Ford Brasil, em concessionárias da marca.
No campo didático, desenvolvimento e autoria de conteúdos didáticos e 
docência em: Empreendedorismo, Desenvolvimento de Recursos Humanos, 
Qualidade Total, Marketing de Serviços, Gestão Empresarial, Avaliação de 
Projetos de Investimentos e Matemática Financeira.
ISBN: 
Instituto Federal do Paraná – Educação a Distância
0800 643-0007
www.ead.ifpr.edu.br
 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais 
Câmpus Avançado Três Corações 
 
 
 
 
 
 
MATERIAL DIDÁTICO 2 
 
 
CURSO: Inspetor de Qualidade 
DISCIPLINA: Qualidade e Produtividade 
PROFESSOR INSTRUTOR: João Paulo Pereira 
PROFESSORES TUTORES: Ana Cláudia Elias, 
Fernando Rocha Athayde, Lucas Couto Moreira e 
Tancredo Rocha De Castro 
SEMANA 9 
PERÍODO 29/06 a 06/07/2020 
 
REFERÊNCIA 
MILESKI JÚNIOR, Albino. Processos Produtivos. IFPR, 2013. Páginas 89 a 93 – Material 
Completo Disponível em: http://proedu.rnp.br/handle/123456789/1338 
Referências
ABNT. NBR 6022: informação e documentação: artigo em publicação periódica científica 
impressa: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. 5 p.
ABNT. NBR 6023: informação e documentação: elaboração: referências. Rio de Janeiro, 
2002. 24 p.
ABNT. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. 
Rio de Janeiro, 2002. 6 p.
COMARELLA, Rafaela Lunardi. Educação superior a distância: evasão discente. 
Florianópolis, 2009. 125 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia e Gestão do 
Conhecimento) – Centro Tecnológico, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 
2009.
DAL MOLIN, Beatriz Helena et al. Mapa referencial para construção de material 
didático para o Programa e-Tec Brasil. Florianópolis: UFSC, 2008. 73 p.
SOBRENOME, Nome. Título do livro. Cidade: Editora, ano.
SOBRENOME, Nome. Título do artigo: complemento. Nome da Revista, Cidade, v. X, n. 
X, p. XX-XX, mês ano.
SOBRENOME, Nome. Título do trabalho publicado. In: NOME DO CONGRESSO. Número, 
ano, cidade onde se realizou o Congresso. Anais ou Proceedings ou Resumos... Local 
de publicação: Editora: data de publicação. Volume, se houver. Páginas inicial e final do 
trabalho.
AUTOR. Título. Informações complementares (Coordenação, desenvolvida por, 
apresenta..., quando houver etc...). Disponível em: <http://www...>. Acesso em: dia mês 
ano.
201
Curitiba-PR
PARANÁ
Processos Produtivos
Albino Mileski Junior
INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ – EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Este Caderno foi elaborado pelo Instituto Federal do Paraná para a rede e-Tec Brasil.
Presidência da República Federativa do Brasil
Ministério da Educação
Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
Prof. Irineu Mario Colombo 
Reitor 
Prof. Joelson Juk 
Chefe de Gabinete 
Prof. Ezequiel Westphal 
Pró-Reitoria de Ensino – PROENS 
Gilmar José Ferreira dos Santos 
Pró-Reitoria de Administração – PROAD 
Prof. Silvestre Labiak 
Pró-Reitoria de Extensão, Pesquisa e Inovação – 
PROEPI 
Neide Alves 
Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas e Assuntos 
Estudantis – PROGEPE 
Bruno Pereira Faraco 
Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento 
Institucional – PROPLAN 
Prof. Marcelo Camilo Pedra 
Diretor Geral do Câmpus EaD 
Prof. Célio Alves Tibes Jr. 
Diretor de Ensino, Pesquisa e Extensão – DEPE/
EaD 
Coordenador Geral da Rede e-Tec Brasil – IFPR 
Thiago da Costa Florencio 
Diretor Substituto de Administração e 
Planejamento do Câmpus EaD 
Prof.ª Patrícia de Souza Machado 
Coordenadora de Ensino Médio e Técnico do 
Câmpus EaD 
Prof. Roberto José Medeiros Junior 
Coordenador do Curso 
Prof.ª Marcia Valéria Paixão 
Vice-coordenadora do Curso 
Cassiano Luiz Gonzaga da Silva 
Assistência Pedagógica 
Prof.ª Ester dos Santos Oliveira 
Prof.ª Sheila Cristina Mocellin 
Prof.ª Vanessa dos Santos Stanqueviski 
Revisão Editorial 
Eduardo Artigas Antoniacomi 
Flávia Terezinha Vianna da Silva 
Diagramação 
e-Tec/MEC 
Projeto Gráfico
Atribuição - Não Comercial - Compartilha Igual
Catalogação na fonte pela Biblioteca do Instituto Federal do Paraná
Biblioteca IFPR - Campus Curitiba 
Bibliotecária: Elisete Lopes Cassiano – CRB-9/1446
M643p Mileski Júnior, Albino.
Processos produtivos [recurso eletrônico] / Albino Mileski 
Júnior. – Dados eletrônicos (1 arquivo: 2 megabytes).– Curitiba: 
Instituto Federal do Paraná, 2013.
ISBN 978-85-8299-137-4
1. Administração da produção. 2. Administração de empresas 
- Teoria. 3. Administração de empresas. I. Título.
CDD: Ed. 23 - 658.5
e-Tec Brasil89
Aula 19 – Just In time (JIT)
Nesta aula vamos examinar o sistema de administração da produção co-
nhecido como Just In Time (JIT). Analisaremos este sistema tanto como 
uma filosofia quanto como um método para o planejamento e controle 
das operações. Contudo, é importante entendermos que este sistema tem 
implicações mais amplas, as quais o tornam conhecido como a “produção 
enxuta”. Os princípios deste sistema consistem numa mudança radical, 
em relação à prática tradicional de produção, o que o tem tornado uma 
esperança na gestão de processos produtivos.
19.1 Definição de JIT
Para Slack, Chambers e Johnston (2002), o JIT significa produzir bens e ser-
viços exatamente no momento em que são necessários, ou seja, não antes 
para que não formem estoques, e nem depois para que seus clientes não 
tenham que esperar. Além desse elemento temporal, podemos adicionar as 
necessidades de qualidade e eficiência.
 Uma possível definição pode ser a seguinte: Just In time (JIT) é uma abor-
dagem disciplinada, que visa aprimorar a produtividade global e eliminar 
os desperdícios. Ele possibilita a produção eficaz em termos de custo, 
assim como o fornecimento apenas da quantidade correta, no momen-
to e locais corretos, utilizando o mínimo de instalações, equipamentos, 
materiais e recursos humanos. O JIT é dependente do balanço entre a 
flexibilidade do fornecedor e a flexibilidade do usuário. Ele é alcançado 
por meio da aplicação de elementos que requerem um envolvimento to-
tal dos funcionários e trabalho em equipe. Uma filosofia-chave do JIT é a 
simplificação.
É importante entendermos que nenhuma definição de JIT engloba todas as 
suas implicações para a gestão de operações. É por isso que existem tantas 
frases e termos para descrever esta abordagem, como: manufatura enxuta; 
manufatura de fluxo contínuo; manufatura de alto valor agregado; produ-
ção sem estoque; guerra ao desperdício;manufatura veloz; manufatura de 
tempo de ciclo reduzido.
A melhor maneira de compreender como a abordagem JIT difere da aborda-
gem tradicional de manufatura é analisar o contraste entre os dois sistemas 
de produção simplificados da figura 19.1.
Estágio A Estágio B Estágio C
Estoque
amortecedor
Estoque
amortecedor
Abordagem tradicional – os estoques separam os estágios
Abordagem just-in-time – as entregas são feitas contra pedidos
Estágio A Estágio B Estágio C
Pedidos
Entregas
Pedidos
Entregas
Figura 19.1 – Sistemas de produção simplificados
Fonte: Adaptado de SLACK, CHAMBERS e JOHNSTON (2002)
O JIT vê os estoques como um “manto“ que fica sobre o sistema de pro-
dução, evitando que os problemas sejam descobertos (SLACK; CHAMBERS; 
JOHNSTON, 2002).
Figura 19.2 – Problemas ocultos
Fonte: Adaptado de CORRÊA e CORRÊA (2004)
Processos Produtivose-Tec Brasil 90
19.2 Filosofia JIT
JIT é uma expressão ocidental para uma filosofia e uma série de técnicas de-
senvolvidas pelos japoneses. A filosofia está fundamentada em fazer bem as 
coisas simples, em fazê-las cada vez melhor e em eliminar todos os desperdí-
cios em cada passo do processo. O líder do desenvolvimento do JIT no Japão 
foi a Toyota Motor Company. A estratégia da Toyota no Japão tem sido 
aproximar progressivamente a manufatura de seus clientes e fornecedores. 
Isso foi feito por meio do desenvolvimento de um conjunto de práticas de JIT. 
Segundo Slack, Chambers e Johnston (2002) existem três pontos principais 
que definem a filosofia JIT: a eliminação de desperdício, o envolvimento dos 
funcionários na produção e o esforço de aprimoramento contínuo. Contu-
do, podemos considerar: fluxos puxados; papel dos estoques; tamanhos de 
lote; erros; papel da mão de obra direta e indireta; organização e limpeza; 
fim aos desperdícios e melhoria contínua.
Para Corrêa e Corrêa (2004), alguns autores definem a filosofia JIT como um 
sistema de manufatura cujo objetivo é otimizar os processos e os procedi-
mentos através da redução contínua de desperdícios. Os sete desperdícios 
citados são: superprodução; espera; transporte; processamento; movimen-
to; produzir defeitos; estoques.
As metas do JIT são: zero defeito; tempo zero de preparação; estoques zero; 
movimentação zero; quebras zero; lead time zero; lote unitário.
19.3 Sistema Kanban
O termo kanban , em japonês, significa cartão. Esse cartão tem a função de 
controlar os fluxos de produção, tendo como princípio “puxar” a produção. 
O cartão pode ser substituído por outro sistema de sinalização, como luzes, 
caixas vazias e até locais vazios demarcados.
O processo se inicia com a colocação de um kanban em peças ou partes 
específicas de uma linha de produção, para indicar a entrega de uma deter-
minada quantidade. Quando se esgotarem todas as peças, o mesmo aviso 
é levado ao seu ponto de partida, onde se converte num novo pedido para 
mais peças. Quando for recebido o cartão ou quando não há nenhuma peça 
na caixa ou no local definido, então se deve movimentar, produzir ou solici-
tar a produção da peça.
e-Tec BrasilAula 19 – Just In time (JIT) 91
O kanban permite agilizar a entrega e a produção de peças. Pode ser empre-
gado em indústrias montadoras, desde que o nível de produção não oscile 
em demasia. Os kanbans físicos (cartões ou caixas) podem ser:
a) Kanbans de Produção: é o sinal (usualmente cartão ou caixa) que auto-
riza a produção de determinada quantidade de um item. Os cartões (ou 
caixas) circulam entre o processo fornecedor e o supermercado, sendo 
afixados junto às peças imediatamente após a produção e retirados após 
o consumo pelo cliente, retornando ao processo para autorizar a produ-
ção e reposição dos itens consumidos.
b) Kanbans de Movimentação: também chamado de Kanban de Trans-
porte, é o sinal (usualmente um cartão diferente do Kanban de Produção) 
que autoriza a movimentação física de peças entre o supermercado do 
processo fornecedor e o supermercado do processo cliente (se houver). Os 
cartões são afixados nos produtos (em geral, o cartão de movimentação é 
afixado em substituição ao cartão de produção) e levados a outro processo 
ou local, sendo retirados após o consumo e estando liberados para realizar 
novas compras no supermercado do processo fornecedor. O kanban puxa 
a produção e dita o ritmo de produção para atender as demandas.
Estes cartões transitam entre os locais de armazenagem e produção subs-
tituindo formulários e outras formas de solicitar peças, permitindo que a 
produção se realize just in time.
EE M-12 J-32 Linha
EE EEES ES
Fluxo de material
Fluxo de kanbans de transporte
Fluxo de kanbans de produção
EE = Estoque de entrada
ES = Estoque de saída
Figura 19.3 – Esquema simplificado do fluxo de kanban
Fonte: Adaptado de CORRÊA e CORRÊA (2004)
Resumo
Just In Time: significa produzir bens e serviços exatamente no momento 
em que são necessários, ou seja, não antes para que não formem esto-
ques, e nem depois para que os clientes não tenham que esperar.
Kanban: significa cartão e tem a função de controlar os fluxos de produ-
ção, tendo como princípio “puxar” a produção.
Processos Produtivose-Tec Brasil 92
Atividades de aprendizagem
Quais são os principais objetivos da filosofia Just In Time?
Anotações
e-Tec BrasilAula 19 – Just In time (JIT) 93
e-Tec Brasil99
Referências
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/Logística empresarial. 
5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: estratégia, 
planejamento e operação. Rio de Janeiro: Prentice-Hall, 2003.
CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração de produção e operações. São Paulo: 
Atlas, 2004.
CORRÊA, H. L.; GIANESI, I. G. N. Just in time, MRP II e OPT: um enfoque estratégico. 2. 
ed. São Paulo: Atlas, 1996.
GAITHER, N.; FRAZIER, G. Administração da produção e operações. 8. ed. São Paulo: 
Pioneira, 2002.
LAUGENI, P. F.; MARTINS, G. P. Administração da produção. São Paulo: Saraiva, 2001.
LUSTOSA, L. et al. Planejamento e controle da produção. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2008.
MOREIRA, D. A. Administração da produção e operações. 2. ed. São Paulo: Cengage 
Learning, 2008.
SLACK, N. Vantagem competitiva em manufatura. São Paulo: Atlas, 2002.
SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção. São Paulo: 
Atlas, 2002.
e-Tec Brasil117
Currículo do professor-autor
Albino Mileski Junior 
Formado em Eletrônica (UTFPR) e em Administração (UFPR), com cursos em 
Especialização em Marketing (UFPR), Especialização em Produção (UFPR), 
MBA em Gerência de Sistemas Logísticos (UFPR). É mestre em Engenharia de 
Produção (PUC/PR) e em Tecnologia (UTFPR).
Possui 27 anos de experiência na área de administração e engenharia. Tra-
balhou em empresas de grande porte com gestão da cadeia de suprimentos, 
de projetos, de inovação e tecnologia, de produção e operações, logística 
de distribuição e suprimento e operações do comércio internacional. Atuou 
como consultor independente em empresas de energia, eletro-eletrônicos, 
automotivas, tecnologia e telecomunicações (Bematech, Brasil Telecom, 
Nokia, Renault, Volvo, Volkswagen, Siemens, Ericsson, Harris, Siemens, 
AmeriCell, BCP, Bell South, Nortel, Anatel, MinCom). Foi assessor junto aos 
órgãos reguladores governamentais (Anatel, MinCom).
Atualmente é professor assistente na PUC/PR, trabalhando na Produtrônica 
(Departamentos de Engenharia de Produção e de Controle e Automação) 
nos cursos de graduação e pós-graduação. Atuante pesquisador nas áreas 
de gestão da produção e operações, gestão da tecnologia e inovação, em 
logística e transporte.
 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais 
Câmpus Avançado Três Corações 
 
 
 
 
 
 
MATERIAL DIDÁTICO 3 
 
 
CURSO: Inspetor de Qualidade 
DISCIPLINA: Qualidade e Produtividade 
PROFESSOR INSTRUTOR: João Paulo Pereira 
PROFESSORES TUTORES: Ana Cláudia Elias, 
Fernando RochaAthayde, Lucas Couto Moreira e 
Tancredo Rocha De Castro 
SEMANA 9 
PERÍODO 29/06 a 06/07/2020 
 
REFERÊNCIA 
RODRIGUES, Jaqueline Fonseca. Planejamento e Gestão Estratégica. IFPR, 2013. Páginas 107 a 
111 – Material Completo Disponível em: http://proedu.rnp.br/handle/123456789/1367 
Planejamento e Gestão 
Estratégica 
Jaqueline Fonseca Rodrigues
2013
Curitiba-PR
PARANÁ
Catalogação na fonte pela Biblioteca do Instituto Federal do Paraná
© INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ – EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Este Caderno foi elaborado pelo Instituto Federal do Paraná para a rede e-Tec Brasil.
Presidência da República Federativa do Brasil
Ministério da Educação
Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
 R696p Rodrigues, Jaqueline Fonseca
 Planejamento e gestão estratégica / 
 Jaqueline Fonseca Rodrigues. – Curitiba: Instituto Federal do Paraná, 2013.
 160 p. : il. col.
 Inclui bibliografia
 ISBN 9788582990018
 1. Planejamento estratégico. I. Título
 CDD 658.412
 20. ed.
Prof. Irineu Mario Colombo
Reitor
Prof. Joelson Juk
Chefe de Gabinete
Prof. Ezequiel Westphal
Pró-Reitor de Ensino – PROENS
Gilmar José Ferreira dos Santos
Pró-Reitor de Administração – PROAD
Prof. Silvestre Labiak
Pró-Reitor de Extensão, Pesquisa e 
Inovação – PROEPI
Neide Alves
Pró-Reitor de Gestão de Pessoas – PROGEPE
Bruno Pereira Faraco
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e-Tec Brasil107
Aula 16 – Just in time (JIT)
O objetivo desta aula é conhecermos o just in time. Veremos 
também quais ferramentas contribuem para esse sistema e o 
que é o kanban. Analisaremos qual a diferença entre just in time 
(JIT) e planejamento de recursos materiais (PRM).
Entenderemos que o just in time é um sistema de administração da produ-
ção que determina que nada deve ser produzido, transportado ou comprado 
antes da hora exata. 
16.1 Just in time (JIT)
Figura 16.1: Tempo certo
Fonte: http://office.microsoft.com
Observamos então que a definição de 
Just in Time tem relação com o conceito 
de produção por demanda, onde o pro-
duto é vendido primeiro e somente 
após a matéria-prima é adquirida para, 
em seguida, fabricá-lo ou montá-lo.
Um dos casos em que essa redução 
trouxe resultados negativos foi depois 
do terremoto que devastou o Japão, em 
março de 2011. Muitas indústrias (inclu-
sive as montadoras da Toyota) ficaram 
sem fornecimento de matérias-primas 
por meses, afetando também a produção em outras plantas ao redor do 
mundo. Os grandes fornecedores da montadora também compravam suas 
matérias-primas de poucos pequenos fornecedores, o que contribuiu para 
que toda a cadeia de suprimentos ficasse concentrada na dependência de 
poucas fábricas, agravando ainda mais o problema nesse episódio do Japão 
(COELHO, 2011).
Ainda Coelho (2011, p.1) diz que: “As modernas fábricas de automóveis 
são construídas em condomínios industriais, onde os fornecedores Just in 
Time estão a poucos metros e fazem entregas de pequenos lotes na mesma 
frequência da produção da montadora, criando um fluxo contínuo”.
O Kanban tem se mostrado um das ferramentas que mais se adapta e con-
tribui para um melhor funcionamento do sistema Just in Time.
Conforme Costa (2007, p. 351):
o JIT “é a abordagem gerencial que, por excelência, pos-
sibilitou ao Japão garantir supremacia na manufatura so-
bre as empresas ocidentais”. [...] é um método racional 
de fabricação por meio da completa eliminação de ele-
mentos desnecessários na produção, com o propósito de 
reduzir custos. A ideia básica, nesse sistema, é produzir 
os tipos de unidades necessárias, no tempo necessário e 
na quantidade necessária. Ou seja, uma expressão popu-
lar seria “no tempo certo”.
Saad (2012, p.1) questiona: Então qual é a diferença entre PRM e JIT?
A ênfase nas duas técnicas é sobre a redução de resíduos no proces-
so de produção. Ambos os sistemas alcançam melhorias nos níveis de 
inventário. Planejamento de recursos materiais (PRM) e proces-
samento Just In Time (JIT) são dois métodos de controle de níveis 
de produção e inventário para os fabricantes. O PRM se concentra 
na produção de produtos acabados com base em requisitos de previ-
são, enquanto o JIT se concentra na produção como uma resposta às 
ordens reais. Os dois dependem fortemente de processamento de 
informação computadorizado.
Planejamento de recursos materiais é um sistema abrangente de enco-
menda de matérias-primas, programação de produção de máquinas, 
equipamentos e mão de obra com base em ordens de previsão (SAAD, 
2012).
Segundo a autora, ele incorpora as alterações às ordens, em seu processo 
de agendamento, para produzir um cronograma de produção dinâmico.
Na visão de Saad (2012, p. 1):
Planejamento e Gestão Estratégicae-Tec Brasil 108
o PRM abraça o conceito de demanda dependente. Por exemplo, se a 
produção de produto acabado A requer três unidades do produto B, e 
a produção do produto B, por sua vez, requer quatro unidades do pro-
duto C e seis do produto D, consequentemente, um nível de produção 
do produto A requer todas as unidades correspondentes de produtos 
B, C, D para chegar à conclusão.
Para um processo de fabricação complicado, que inclui muitos componen-
tes, uma vantagem desse método é a sua capacidade de organizar com su-
cesso a produção de cada componente. Assim, cada parte estará pronta 
quando for necessário e a produção não irá parar por falta de componentes 
acabados. Por sua vez, o JIT é um processo de fabricação que responde a 
ordens reais e baseia-se que a entrega será no tempo exato, na quantidade 
certa de matéria-prima e no lugar exato para permitir a produção conforme 
o planejado (SAAD, 2012).
Concluindo Saad (2012) destaca que uma vantagem do JIT é a sua redu-
ção da quantidade de matéria-prima e produtos acabados e em estoque, o 
que pode reduzir os custos de armazenagem e logística e a probabilidade 
de inventário estragado ou danificado. Também, concentra-se na produção 
precisa e deixa pouco espaço para erros de produção. Uma desvantagem do 
JIT é que, se os fornecedores não entregam a matéria-prima, como previsto 
anteriormente, uma parada na produção pode ocorrer por causa do inven-
tário limitado em estoque.
Objetivos diferentes de PRM e JIT significam que cada 
sistema funciona melhor em certas condições. O pri-
meiro é bem adaptado a uma linha de produção que 
opera em um lote ou base de pedidos especiais. A 
capacidade do sistema para se ajustar constantemen-
te para mudanças de requisitos faz com que ele reaja 
bem a ordens variáveis. Já o segundo, o sistema JIT, 
funciona bem em um ambiente de pedidos repetiti-
vos e de produtos similares. Os fornecedores podem 
responder mais facilmente a prazos de entrega de 
urgência para pedidos de rotina de materiais seme-
lhantes (SAAD, 2012).
Figura 16.2: Produção
Fonte: http://office.microsoft.com
e-Tec BrasilAula 16 – Just in time 109
A ênfase nessas técnicas é sobrea redução de resíduos no processo de pro-
dução. Ambos os sistemas alcançam melhorias nos níveis de inventário. A in-
tenção dos sistemas é evitar a perda de tempo de produção, embora o PRM 
seja mais sensível às flutuações na produção, pois é um sistema de mudança 
de base (SAAD, 2012).
O JIT possui dois focos principais: a simplicidade e a redução de desperdícios. 
A simplicidade está na utilização de técnicas de controle capazes de acionar 
a produção somente mediante requisição imediata (COSTA, 2007).
16.2 Kanban
Segundo Costa (2007, p. 351), “um importante componente da filosofia 
JIT é o kanban, uma palavra japonesa que significa, simplesmente, cartão”. 
Nos esforços para reduzir estoques, os japoneses utilizam um sistema no 
qual os estoques são “puxados” pelos centros de trabalho. Esse sistema, às 
vezes, utiliza um cartão, o kanban, para sinalizar a necessidade de material. 
Por ser o kanban uma das ferramentas que contribui para um melhor fun-
cionamento do sistema just in time, não poderíamos deixar de comentar um 
pouco acerca do assunto.
A técnica kanban possibilita o acionamento da ordem de produção uma 
vez emitida pela operação “imediatamente posterior”. Quanto à redução de 
desperdícios, ocorre essencialmente pela redução do fluxo de materiais na 
linha de produção e nos estoques intermediários de matérias-primas, semia-
cabados e produtos finais (COSTA, 2007).
O kanban serve como auxílio ao sistema just in time, sendo por isso conside-
rado uma ferramenta.
Enfim, podemos entender que, em linhas gerais, a filosofia da manufatura 
enxuta é a mesma do JIT. A manufatura enxuta é uma forma melhor de 
organizar e gerenciar os relacionamentos de uma empresa com seus clien-
tes, cadeia de fornecedores, desenvolvimento de produtos e operações de 
produção, segundo a qual é possível fazer cada vez mais com menos (menos 
equipamento, menos esforço humano, menos tempo, etc.). Já a ideia base 
do JIT é bastante simples: cada etapa do ciclo de produção só deve solicitar 
novas encomendas à etapa anterior na medida em que precisar delas. Impli-
ca igualmente uma redução do número de fornecedores. 
Planejamento e Gestão Estratégicae-Tec Brasil 110
A diferença é que a expressão manufatura foi idealizada por americanos, 
enquanto o JIT foi criado por japoneses.
Resumo
Nesta aula você aprendeu que o Just in Time é uma metodologia racional 
de fabricação que procura reduzir custos eliminando elementos desneces-
sários na produção. Aprendeu, também, que o kanban nada mais é do que 
uma ferramenta de auxílio, ou seja, um cartão que sinaliza as necessidades 
de material. Outro ponto estudado foi que a manufatura enxuta possui as 
mesmas premissas do JIT, porém uma é de ideologia americana e a outra 
japonesa.
Atividades de aprendizagem
1. Descreva o sistema Just in Time.
2. Explique o que é kanban e para que serve, e busque um exemplo dessa 
ferramenta.
e-Tec BrasilAula 16 – Just in time 111
e-Tec Brasil159
Currículo da professora-autora
Jaqueline Fonseca Rodrigues
Graduada em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Ponta 
Grossa (2003), Especialista e Mestre em Engenharia de Produção, área de 
gestão industrial com ênfase em conhecimento e inovação pela Universidade 
Tecnológica Federal do Paraná – Campus Ponta Grossa (2007-2009). Atuou 
na iniciativa privada durante 15 anos, na área de engenharia elétrica. 
Participou como consultora do projeto Negócio a Negócio para o Sebrae-PR. 
Avaliadora do EaD/IFPR no curso superior de Tecnologia em Gestão Pública. 
Docente e orientadora acadêmica de EaD na modalidade de e-learning no 
Grupo Educacional Uninter para os cursos de MBA em Administração de 
Empresas, MBA em Administração e Gestão do Conhecimento e MBA em 
Administração e Marketing.

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