Fundamento político - Maquiavel

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Discorra a respeito da lógica do poder em Maquiavel
Podemos dizer que a noção moderna de poder tem grande contribuição de Maquiavel, segundo o qual existe uma luta constante por poder e espaço entre os homens. Neste sentido, segundo ele, a guerra é definida como uma estratégia na arte militar de planejar e executar movimentos na luta pela conquista do poder. Esta nova visão rompe com o ideal cristão de unidade entre os homens, pois, segundo Merleau-Ponty, como citado na apostila, “entre o poder e os súditos, entre o eu e o outro, não há terreno onde cesse a rivalidade. É preciso ou submeter-se à coação ou exercê-la. A todo instante Maquiavel fala de opressão e agressão. A vida coletiva é um inferno.” Portando, o Estado será constituído por uma correlação de forças.
Este modo de conceber o poder inaugura um novo tipo de ética, onde os fins podem justificar os meios, e tudo é válido contanto que o objetivo seja de se conquistar e de se manter o poder, apoiado no povo. Esta é uma visão uma visão consequencialista de ética, pois, a ação não é julgada nela mesma, mas pelo resultado que ela produz. Sendo assim, ao chefe de Estado cabe agir de acordo com as circunstâncias e não a partir de preceitos morais religiosos.
Na lógica do poder em Maquiavel vai prevalecer a política do mal menor, que aplicada a ação política não haverá peso moral em si mesma, pois o que se leva em consideração é uma série de justificativas. O mal real para o príncipe seria perder o poder. Portanto, sua meta é se manter nele. Para tal fim, ele deve empregar meios justos, mas, se preciso, usar os injustos. São em casos que partem daí que os fins justificam os meios. Está formulada a ética da consequência, cujo princípio ético tem como fim esperado o valor, e este, para o príncipe, é a manutenção do poder.
Para Maquiavel a virtude humana reside na capacidade de previsão, em saber como aproveitar e oportunidade. Dito isso, pode-se dizer que é a virtude e na fortuna a capacidade de alguém conquistar ou se manter no poder, pois este é o principal objetivo do governante. De acordo com ele, passar de particular, ou seja, de civil para governante acarreta muitas dificuldades, entre muitas, a possibilidade de combater muito os inimigos. Por isso, a virtude, além de conquistar um principado, e ter a capacidade de se manter nele.
Já a virtude consiste em dominar a partir da virtude, colocando sua vontade e ousadia nos seus atos, poder impor seu governo atreves da força e do medo, e assim, ser bem sucedido na sua luta.