Buscar

Direito Constitucional I (Resumo)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

INTRODUÇÃO 
- O direito constitucional é a disciplina que estuda as constituições. Podemos dizer 
que o direito constitucional é o principal ramo do direito, pois a constituição está 
acima de qualquer outra vontade ou autoridade ou lei. Em um estado constitucional 
não existe vontade acima da vontade da constituição, e quem governa assim o faz 
nos limites estabelecidos pela constituição. 
- Na antiguidade, os primeiros ajuntamentos humanos eram constituídos por um chefe 
de família (pater familiae), suas mulheres, filhos e escravos. Sobre estes o pater 
familiae tinha poderes de vida e de morte, o que constituía o império da vontade de 
um só. Isto aprisionava as pessoas em um ambiente de insegurança pois não havia 
como prever a vontade subjetiva do chefe da família. 
- Com o passar dos milênios, muitas famílias se uniram através de alianças militares 
ou casamentos, o que gerou uma maior complexidade social, tendo em vista que os 
clãs possuem vários chefes de família unidos, que dificultava o exercício poder de 
um só. Este fato proporcionou o surgimento de normas ou regras de natureza 
objetiva (fruto do consenso entre eles) e a partir daí as pessoas não dependiam 
mais da vontade subjetiva e variável do chefe de família. Essas regras eram 
transmitidas pela tradição oral e passaram a regular a conduta do povo. No modelo 
anterior (familiar), ​existia o subjetivismo da vontade ​e neste modelo (clã) ​exista o 
objetivismo da regra. 
- Com o ocorrer da história, e pelos mesmos motivos, os clãs também se uniram e 
formaram as tribos. Nesta mesma época, vários povos já conheciam a escrita. Com 
a grande complexidade das lides/litígios (conflitos), a solução encontrada foi a 
publicação das leis. Esses códigos primitivos, gravados em pedra traziam 
prescrições gerais e diretas, notadamente no que se tratava de: punição ao 
adultério, assassinato, furto, desrespeito aos pais ou autoridade etc. Neste contexto 
alguns códigos são bem conhecidos, como o de Manu, Hamurabi, Decálogo. Todos 
eles possuíam prescrições muito semelhantes, tendo em vista que os conflitos 
sociais também o são. Contudo uma única legislação se diferenciou muito das 
demais, o decálogo de moisés foi a única legislação da antiguidade (e até a 
revolução francesa milênios depois), que limitou o poder dos governantes pois 
igualou a todos em direitos. Isto significa que os 10 mandamentos valem também 
para moisés. 
- O professor karl loewenstein, em seu livro “teria de la constitución”, afirma que o 
constitucionalismo começou com o povo hebreu. Isto porque, aquele documento 
primitivo possuía as três características de uma constituição: limitação do poder, 
organização da sociedade e garantia de direitos.Isto leva a doutrina majoritária a 
dizer que a lei de moisés inaugura o constitucionalismo antigo. 
 
Constitucionalismo medieval 
 
- De uma maneira geral, a doutrina entende que a Carta Magna inglesa de 1215 
inaugura o chamado constitucionalismo medieval. 
- Como o professor da disciplina de direito constitucional discordamos. A Magna carta 
inglesa não atende a nenhum dos requisitos que atendem uma constituição mesmo 
que primitiva. Ela consiste tão somente em um acordo entre o rei João sem terra e 
alguns poucos baroẽs proprietários de terra. Desta maneira, ela limita parcialmente o 
poder do rei, e para poucos, não iguala direitos entre as pessoas, não organiza a 
sociedade como um todo. Acreditamos assim ser inadequada a expressão 
constitucionalismo medieval. 
- Dirley: a carta magna é considerada como marco de referência para algumas 
liberdade clássicas, como devido processo legal, a liberdade de locomoção e 
garantia de propriedade. Ela inaugurou a construção da democracia moderna, pois, 
a partir dela o poder do governante passou a ser limitado, não apenas por normas 
superiores, fundadas no costume ou na religião, mas também por direitos subjetivos 
dos governados. 
 
Constitucionalismo Moderno: 
 
- A Europa passou por diversas convulsões sociais que mudaram completamente o 
panorama político da época. As grandes navegações, com a consequente 
descoberta de um novo mundo, a reforma protestante e várias das ideias iluministas, 
propiciaram que movimentos libertários alcançassem êxito. O primeiro deles foi a 
declaração de independência norte-americana, que rompeu definitivamente com o 
poder da monarquia inglesa sobre os americanos. 
- A revolução francesa que veio a seguir, se inspirou nos mesmos ideais libertários e 
promoveu uma ruptura ainda maior com o modelo político anterior. Os franceses 
derrubaram a monarquia e inverteram a pirâmide do poder, que agora encontrava 
seu fundamento tão somente no povo (todo poder emana do povo e em seu nome 
deve ser exercido). A frança também estabelece o princípio da igualdade jurídica 
(isonomia) e o princípio da legalidade. Assim cada um só pode ser obrigado a fazer 
ou não fazer aquilo que está estabelecido em lei. 
- O constitucionalismo moderno que surge nesse momento que é também o estado 
moderno, também conhecido como estado de direito. Esta expressão estado de 
direito remete a ideia do estado que encontra seu fundamento na vontade da lei tão 
somente ( e não na vontade de Deus ou na vontade da lei). 
- O estado moderno se caracterizava por ser um estado garantidor apenas das 
liberdades individuais. Isto significa que o estado passou a possuir deveres 
negativos ou deveres de se abster (não interferir). Não deveria interferir na religião, 
nem na liberdade ideológica, política etc. Assim, o estado não possuía, então, 
obrigações positivas para com seus cidadãos e desta maneira não estava obrigado 
a fornecer saúde, educação, proteção, habitação etc. Neste contexto os cidadãos 
estavam por sua própria conta em risco, não obstante pudessem gerenciar 
livremente sua vida privada. 
 
Estado Contemporâneo: 
 
- A primeira guerra mundial foi o primeiro conflito com o uso da aviação de guerra. A 
devastação promovida pelo avião e suas bombas foi quase total, destruindo 
plantações, centros de abastecimentos, hospitais, estradas, sistemas de água e 
iluminação etc. Os homens foram mandados para a guerra e as mulheres e crianças 
sofriam de fome, frio e enfermidades de todos tipos, além de toda sorte de violência 
de toda sorte por parte dos inimigos. 
- Esse cenário ocasionou uma grande fuga de europeus para nações amigas e os 
poucos que restaram corriam sérios riscos de perecer. Nesta época, os poderes 
públicos estavam impedidos de interferir pois não havia previsão legal para isso, 
tendo em vista que até então o estado só possuía obrigações negativas. Diante de 
tal calamidade os juristas da época perceberam que era necessário incluir no texto 
constitucional de cada país obrigações positivas, ou seja, direitos positivos ou 
deveres do estado para com os seus cidadãos. A partir de agora então os cidadãos 
passaram a possuir o poder de exigir do estado uma prestação, na área de saúde, 
segurança, alimentação etc. Passou a ser o estado de bem-social. 
Neoconstitucional 
 
 obs: direitos naturais, direitos humanos e direitos fundamentais são a mesma coisa, o que 
muda é o local de onde estejam. 
- Após a segunda guerra mundial, o mundo tomou conhecimento (através de cinema 
e da televisão) dos horrores do nazismo. Além disso a comunidade jurídica 
internacional ficou horrorizada ao saber que em suas defesas, os nazistas 
demonstraram que tudo aquilo que fizeram estava autorizado pela constituição do 
seu país. A tese jurídica era que segundo o princípio da legalidade e conforme a 
teoria de hans kelsen, os nazistas poderiam fazer o que fizeram. 
- A medida inicial foi a declaração universal de direitos humanos ( DUDH) que na 
prática era o reconhecimento da validade dos chamados direitos naturais do ser 
humano (direitos natos). 
- Além disso, o organismo internacional foi criado (ONU) com ointuito de congregar 
todos os países do mundo que se opunham a violação do ser humano. A ONU pode 
impor sançoẽs econômicas ou militares em caso de violações dos direitos humanos. 
- Também os países membros da ONU e signatários da DUDH, se comprometeram a 
positivar os direitos humanos em suas constituições (que passaram a se chamar 
direitos fundamentais do ser humano). Além disto, tais direitos foram protegidos com 
o status de cláusulas pétreas, que não podem ser abolidas do texto constitucional. 
- O neoconstitucionalismo apresenta o reinado da constituição que passa a possuir 
supremacia sobre todas as outras leis ou regras. Não existe pessoa fora do âmbito 
de proteção da constituição, como também não existe autoridade ou poder maior 
que o da constituição. A constituição foi entronizada e com ela também os direitos 
fundamentais. 
 
Teoria da Constituição 
 
- Uma constituição de um país democrático funciona como um escudo para qualquer 
indivíduo daquela sociedade. O professor JJ Canotilho afirma que os direitos 
fundamentais funcionam como “esfera de direito” (um círculo) ao redor de cada 
indivíduo não podendo separar o indivíduo dos seus direitos pois este o 
acompanham por onde ele for. 
- Uma constituição de um país deve possuir pelo menos três características básicas: 
limitar o poder dos governantes, garantir os direitos individuais fundamentais, 
organizar o funcionamento do estado e dos poderes. Faltando alguma dessas 
características não estaremos diante de uma constituição verdadeira. Além disto, 
para ser legítima uma constituição deve ser gerada pela vontade popular. 
 
Concepções de constituição 
 
- Concepção sociológica: para Ferdinand Lassalle (em sua obra “ o que é uma 
constituição”) a constituição de um país é a soma dos fatores reais de poder que 
existe em uma sociedade e não sendo assim ela será apenas uma folha de papel. 
- Concepção política: para Carl Schmitt a constituição de uma país é uma decisão 
política fundamental, devendo tratar apenas de conteúdos materialmente 
constitucional. Ele não se preocupa com o aspecto formal da constituição. 
- Concepção jurídica: para Hans Kelsen, a constituição é a norma superior do 
ordenamento jurídico e assim todas as outras normas devem obediência a ela. 
 
Supremacia da Constituição 
 
- O mais importante no ensino da teoria do direito constitucional é entender a 
supremacia da constituição pois dela decorre o controle de constitucionalidade, que 
consiste em fiscalizar o ordenamento jurídico para impedir que alguma lei viole a 
constituição. 
 
Aplicabilidade das normas constitucionais 
 
- De uma maneira geral as normas jurídicas começam a produzir efeitos no exato 
momento que entram em vigor (adquirem vigência). Contudo algumas normas 
jurídicas constitucionais entram em vigor, mas não produzem efeito imediatamente. 
- Aquelas normas constitucionais que produzem efeito imediatamente após entrar em 
vigor são denominadas de “normas de eficácia plena” ou “normas de aplicabilidade 
imediata”. Significa dizer que estas normas já nascem prontas para produzirem 
todos os seus efeitos: são normas auto executáveis (não dependem de outras 
normas). 
- Vale salientar, que a maioria das normas constitucionais são auto executáveis. Isso 
significa também que os benefícios que elas trazem podem ser usufruídos 
imediatamente, ou seja, cada cidadão pode reivindicar tais direitos no mesmo 
instante. 
- Algumas normas constitucionais não possuem aplicabilidade imediata, não são auto 
executáveis. Essas normas dependem de outras normas (normas complementares) 
para produzirem seus efeitos. Estas normas constitucionais que dependem de 
complementação são denominadas “normas de eficácia limitada”. Elas não 
produzem efeitos algum até o momento do surgimento da norma complementadora. 
Elas não produzem efeito algum até o momento do surgimento da norma 
complementar (elas possuem vigência, estão em vigor, porém não produzem efeitos 
ainda). 
- Outras normas produzem efeitos imediatos porém lei ordinária posterior pode 
restringir ou reduzir os efeitos da norma constitucional. Neste caso estaremos diante 
de uma norma conhecida como “norma de eficácia contida”. 
 
Estrutura da Constituição 
 
- A constituição é composta por um preâmbulo, um corpo com nove títulos e o Ato das 
Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). 
- O Preâmbulo é parte componente do texto constitucional, porém o supremo tribunal 
federal decidiu que ele não possui força normativa (vão vincula pessoas nem o 
judiciário) podendo ser considerada apenas como uma carta de intenções. Também 
ficou decidido que referencia do nome de DEus não descaracteriza do estado laico e 
nem ofende a dignidade de ninguém. 
- No corpo da constituição encontra-se 9 títulos onde toda a matéria constitucional, 
que é tratada separadamente de acordo com o assunto. 
- O ADCT, é parte integrante da constituição e tinha força normativa contudo, sua 
eficácia está esgotada, pois seus efeitos já cessaram. O ADCT se prestava como um 
instrumento de transição entre a ordem constitucional anterior e a ordem 
constitucional atual, contudo seus efeitos já se esgotaram. 
 
Controle de constitucionalidade 
- O controle de constitucionalidade nasce nos EUA há aproximadamente 200 anos 
atrás, quando a suprema corte decidiu que mesmo as decisões presidenciais 
precisam respeitar a constituição. Também ficou decidido, naquela época, que cabe 
ao poder judiciário fazer essa verificação. Este modelo de controle de 
constitucionalidade ficou conhecido como modelo judicial ou modelo 
norte-americano (onde o controle é feito sempre e exclusivamente pelo poder 
judiciário). 
- No brasil: 1 instância (juízes), 2 instância (desembargadores), 3 instância (ministros). 
- A França posteriormente também estabeleceu o controle de constitucionalidade, 
porém este não é feito normalmente dentro da estrutura do poder judiciário, mas sim 
por uma suprema corte que não integra o judiciário (está fora do judiciário) e é 
composta por cidadãos do povo. Este modelo de controle de constitucionalidade é 
conhecido como modelo francês ou político. 
- O Brasil adotou um modelo/sistema misto (jurídico-político) onde o controle de 
constitucionalidade é feito pelo poder judiciário em seus diversos graus (1 instância 
(juízes), 2 instância (desembargadores), 3 instância (ministros)), porém que tem na 
suprema corte -stf- um órgão composto por cidadãos, conforme o art 101 da CF. 
 
Características gerais do controle de constitucionalidade 
- O controle de constitucionalidade na supremacia da constituição. Isto quer dizer que 
todas as outras normas infraconstitucionais precisam se armonizar com o texto 
constitucional, afinal a constituição representa a vontade soberana do povo. 
- Tecnicamente podemos conceituar assim: “o controle de constitucionalidade 
consiste na realização de determinados procedimentos juridico-politicos que 
verificam a compatibilidade vertical das normas infraconstitucionais, legislativas ou 
normativas, com a constituição federal.” 
 
Formas de inconstitucionalidade 
- A inconstitucionalidade pode ocorrer por ação ou omissão. A inconstitucionalidade 
por ação pode ser ​formal ​quando decorre da falta de observância de algum 
procedimento previsto para a elaboração de uma norma jurídica (erro de forma). 
- A inconstitucionalidade por ação também pode ser ​material​, quando decorre da 
incompatibilidade entre o conteúdo de uma norma e o conteúdo da constituição 
(antinomia). 
- A inconstitucionalidade por omissão ocorre da ausência de norma regulamentadora 
(lei complementar) que permita o exercício de determinados direitos. 
 
Tipos ou espécies de controle de constitucionalidade 
- O controle preventivo de constitucionalidade é aquele que se opera na lei antes dela 
entrar em vigor, impedindoassim que um projeto de lei inconstitucional prossiga. O 
controle preventivo de constitucionalidade é realizado pelo poder legislativo através 
das comissoẽs de constituição e justiça, que fazem uma análise de cada projeto de 
lei. O poder executivo faz o controle preventivo através do veto do chefe executivo 
ao projeto de lei (lembrando que o poder legislativo pode derrubar o veto, apesar de 
ser incomum). O poder judiciário também exerce esse controle preventivo, através 
de mandado de segurança impetrado por parlamentar em decorrência de direito 
líquido e certo à correta formação das espécies normativas. 
- O controle repressivo é aquele realizado após a vigência da lei. É exclusivo do poder 
judiciário. A declaração de inconstitucionalidade de uma lei (feita pelo poder 
judiciário) não revoga a lei, mas tira a sua aplicabilidade. A lei só é revogada pelo 
judiciário. 
 
Órgãos de controle de constitucionalidade 
- Modelo norte-americano: também conhecido como modelo judicial , o qual controle 
de constitucionalidade é feito exclusivamente pelo poder judiciário. 
- Modelo francês ou político: neste caso o controle de constitucionalidade é exercido 
por um órgão fora da órbita do poder judiciário. 
 
Critérios de controle de constitucionalidade 
- Modelo difuso ou concreto: neste modelo o controle de constitucionalidade exercido 
por todos os membros do poder judiciário. 
- Modelo concentrado ou abstrato: neste modelo o controle de constitucionalidade é 
exercido somente por uma conste constitucional, uma suprema corte. 
- Modelo misto: combina os dois modelos anteriores. 
- O Brasil adota um modelo misto, isso significa que todos os membros do poder 
judiciário, em qualquer grau, podem realizar o controle de constitucionalidade. Por 
outro lado algumas ações são de competência exclusiva da suprema corte (stf) e isto 
somado mostra que no Brasil nós temos tanto o controle difuso quanto o 
concentrado. 
 
Meios de controle de constitucionalidade 
- Principal ou por via de ação: tem como objetivo declarar que uma norma é 
inconstitucional, tão somente( típico do controle concentrado). 
 
- Incidental ou por via de defesa ou exceção: neste caso a ação tem como objetivo 
principal assegurar o direito de alguém, e somente de maneira acessória ela busca 
uma declaração de inconstitucionalidade (típico do controle difuso). 
 
 
Efeitos do controle de constitucionalidade 
- Efeito erga omnes: nesse caso a decisão produz efeito geral, vale para todos. É 
típico do controle concentrado de constitucionalidade, e ocorre sempre no 
julgamento das chamadas Ações Declaratórias de Constitucionalidade. 
- Efeito inter partes: a decisão apenas as partes envolvidas no processo judicial, e é 
típico do controle difuso. Contudo é possível que o stf, julgando necessário, conceda 
efeito erga omnes no controle difuso. 
 
Natureza da decisão de inconstitucionalidade 
- Decisão ex nunc: não produz efeitos retroativos. 
- Decisão ex tunc: produz efeitos efeitos retroativos. 
- Cabe ao poder judiciário determinar a natureza da sua decisão quanto a essas 
questões. Caso a opção seja pela retroatividade da decisão, cabe ao poder judiciário 
regular cada uma das situações jurídicas que possam decorrer desta decisão. 
 
Parte 2 
 
Modelo brasileiro de controle de constitucionalidade concentrado 
Características gerais: 
- É de competência originária do Supremo Tribunal Federal (stf) 
- Estão legitimados para sua propositura as pessoas e órgãos listados no art 103 da 
CF 
- Lei é tudo que o parlamento legisla 
- As leis e os atos normativo se consideradas inconstitucionais pelo stf, perdem sua 
aplicabilidade (diferente de revogação) 
- As decisões do stf nessas ações possuem eficácia erga omnes. 
 
Ações diretas de constitucionalidade 
São 5 tipos de ações: 
- Ação direta de inconstitucionalidade (ADIM, ADI) 
- Ação declaratória de constitucionalidade (ADECON, ADC) 
- Ação de inconstitucionalidade por omissão ( ADIM por omissão, ADO) 
- Arguição de discumprimento de preceito fundamental (ADPF) 
- Representação interventiva (ADIM interventiva) 
 
Ação direta de inconstitucionalidade (ADIM) 
Características gerais: 
- De competência geral do stf ( no controle de constitucionalidade estadual a 
competência é do tribunal de justiça dos estados) 
- Estão legitimados para propor essa ação as pessoas e órgãos listado no art 103 da 
CF/88. 
- Está prevista na CF/88 em seu art 102, I, a. 
- Tem como objetivo proporcionar uma decisão que declare a inconstitucionalidade de 
lei ou ato normativo​ federal ​ou ​estadual. 
- É regulamentada pela lei 9869/99 
- OBS: esta é a principal ação do controle de constitucionalidade concentrado, de via 
de regra, só são cabíveis na impossibilidade do ajuizamento de um adim. 
 
Ação declaratória de constitucionalidade (ADECON) 
Características gerais: 
- De competência originária do stf 
- Estão legitimados para sua propositura as pessoas e órgão listados no art 103 da 
CF. 
- Está prevista no art 102, I, a. 
- É regulamentada pela lei 9868/99 
- Tem como objetivo a declaração de constitucionalidade de lei ou ato normativo 
federal ​frente e reiteradas e séries controvérsias nos tribunais. 
- OBS: durante a tramitação de uma adecom é possível que ela seja transformada em 
uma adim, caso a suprema corte entenda que a lei é inconstitucional 
 
Ação de inconstitucionalidade por omissão ( ADIM por omissão) 
- De competência originária do stf 
- Estão legitimados para sua propositura as pessoas e órgão listados no art 103 da 
CF. 
- Regulamentada pela lei 12063/2009 
- Está prevista na Constituição no art 103 parágrafo 2 
- Visa reparar omissão legislativa ou administrativa que impeça o exercício de um 
direito constitucional em decorrência da ausência de norma regulamentadora ou 
complementar (​norma de eficácia limitada​) 
- OBS: no controle difuso esse papel é exercido pelo mandado de injunção 
- Entendendo o stf de que existe sim omissão inconstitucional ocorrerão as seguintes 
medidas: em caso de omissão administrativa será estabelecido um prazo de 15 a 30 
dias para a produção da norma regulamentadora sob pena de prisão do diretor do 
órgão. Em caso de omissão legislativa é dado um prazo razoável (6 meses em 
média) para que a casa legislativa produza a lei complementar suprindo assim a 
omissão. Caso isto não ocorra o STF pode, de maneira provisória, regulamentar o 
exercício daquele direito até que o congresso produza a lei, quando então a 
regulamentação do Supremo deixará de produzir efeito. 
 
 
Arguição de discumprimento de preceito fundamental (ADPF) 
- Ela só caberá quando nenhuma outra ação couber. Inconstitucionalidade municipal e 
inconstitucionalidade de normas anteriores à constituição. 
Características gerais 
- De competência originária o stf 
- Estão legitimadas para a sua propositura as pessoas e órgão elencadas no art 103 
da CF. 
- É regulamentada pela lei 9882/99 
- Prevista na pela CF/88 em seu art 102 parágrafo 1 
- Possui caráter de subsidiariedade, só sendo cabível quando não for possível outra 
ação de controle de constitucionalidade. 
- É destinada basicamente para controlar atos normativos e leis municipais e também 
os anteriores a vigência da CF/88, que gerem controvérsias graves. 
 
Representação interventiva (ADIM interventiva) 
 
- De competência originária o stf 
- Visa obter uma declaração de inconstitucionalidade e a restauração da ordem 
constitucional nos estados da federação (intervenção estadual) e nos municípios 
(intervenção municipal). Está prevista constitucionalmente nos art 34, 35 e 36 da 
CF/88. 
- O MP através do seu procurador geral, é o único legitimado para a sua propositura, 
conforme a CF em seu artigo 129 inciso 4 
 
 
DATAS DAS AVALIAÇÕES 
dia 14: avaliação processual 
dia 21:avaliação

Outros materiais