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RELATORIO DE EXPERIENCIA E ESTAGIO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
ENSINO A DISTÂNCIA: NOSSA EXPERIÊNCIA 
Este relato aborda as experiências que por nós foram vivenciadas durante nossa formação no curso de licenciatura em Matemática na modalidade de ensino a distância, modalidade esta, que se usa dos meios tecnológicos e disponibiliza maior flexibilidade de horários para que o acesso a educação ocorra de forma qualitativa atendendo as necessidades e objetivos dos alunos que nem sempre podem ter um horário fixo todos os dias para seus estudos.
Chamamo-nos Fernanda Lucia Elsner, Kerllen Maria Burda, Maria e Roberta Viganó Tomazi Casagrande, moramos na cidade de Três Barras do Paraná, estamos graduando Licenciatura em Matemática na modalidade EaD (Ensino a Distância) pela instituição de ensino superior denominada Centro Universitário Internacional UNINTER no polo CETEC de Quedas do Iguaçu. 
Sobre nossas experiências com a escola, podemos dizer que quando alunas no ensino fundamental e médio não tivemos acesso a cursos na modalidade a distância. Concluímos nosso ensino médio e profissionalizante em épocas diferentes, mas escolhemos cursar Licenciatura em Matemática, sendo este nosso primeiro curso de graduação.
Sou Fernanda Lucia Elsner, estudei o ensino fundamental e ensino médio na minha cidade natal, na época não existia o acesso ao ensino por meio de tecnologias, em 2001 conclui meu curso de nível Médio. Escolhi cursar Licenciatura Matemática sendo este meu primeiro curso superior. Iniciei Matemática em 2015 no curso EaD, pois não tinha condições de frequentar um curso presencial, pela falta de disponibilidade de tempo e recursos financeiros. A escolha do curso deve-se ao fato de que sempre gostei muito de matemática e seus desafios. E também pela qualidade de vida por não ficar exposta no transito no que diz respeito ao deslocamento que se faz para as escolas presenciais.
Eu sou Kerllen Maria Burda, em todo meu período escolar, estudei em escolas públicas, após a conclusão do ensino médio parei de estudar por 9 anos, por não ter condições econômicas e também pela distância física das unidades de faculdade presencial; neste período trabalhei, me casei, tive filhos, quando em minha cidade abriu um curso técnico à distância oferecido pelo IFPR, prestei o vestibular e fiz este curso técnico. Foi daí que surgiu o interesse e o conhecimento de faculdades à distância, hoje cursando o terceiro ano, me sinto feliz pela escolha do grupo Uninter.
Eu Mariani Rubas Langer, estudei sempre em escola publica, após concluir o ensino médio fiquei um ano sem estudar ate surgir o curso de licenciatura em matemática na cidade de Quedas do Iguaçu. Prestei vestibular e ingressei na faculdade, hoje estou no terceiro ano. Gosto desse meio de ensino, pois os horários para estudo são flexíveis e a mensalidade acessível. 
Eu Roberta Viganó Tomazi Casagrande, iniciei meus estudos em 2003 na Escola Municipal Carlos Gomes, 2007 iniciei os estudos no Colégio Estadual princesa Izabel, em 2011 na modalidade Formação de Docentes onde foi que me inspirei para prosseguir na área da educação e escolher o curso de licenciatura em Matemática, a escolha pela EaD, foi devido a facilidade de acesso e comunicação, por trabalhar a maior parte do dia fora e poder acessar o portal aonde estiver. É um prazer estudar na UNINTER, aprendemos muito com os meios de estudo que nos é fornecido via AVA, por vídeos, livros, materiais complementares e tutorias presenciais, agora em nossa cidade ajuda muito. 
Relatamos até aqui como conhecemos a EaD, agora será descrito o que é a Educação a Distância e parte de sua história.
A educação à distância é o processo de ensino aprendizagem mediado por tecnologias, para a distribuição do conteúdo, no qual professores e alunos estão separados fisicamente e em tempos diferentes, o aluno é separado de um grupo de aprendizado, há uma comunicação de ambas as partes podendo partir de o aluno iniciar um diálogo com o professor, existe a possibilidade de uma aprendizagem autônoma e com menor custo econômico.
As bases legais para a modalidade de Educação à distância foram consolidadas pela última reforma educacional brasileira, a Lei de Diretrizes e Bases N. 9.394/96 a qual oficializou a EaD no país como modalidade válida e equivalente para todos os níveis de ensino (fundamental, médio, superior e pós-graduação).
Com o avanço tecnológico houve a facilitação do uso de mídias interativas que possibilitam o contato entre professores e alunos em tempo real mesmo em espaços diferentes. Não há uma data exata em que se marca o início da EaD, são diferentes modelos de educação que se revelam conforme o desenvolvimento das tecnologias e comunicação.
A difusão da Educação a Distância (EaD) é consequência do desenvolvimento tecnológico e da explosão informacional no mundo globalizado, diante disso o mercado de trabalho busca cada vez mais profissionais qualificados, onde a EaD tem sido vista como uma aliada neste processo de formação. Os primeiros registros sobre EaD são de cursos por correspondência, viabilizados pela impressão em escala, permitindo a educação de um contingente cada vez maior de pessoas. 
Com o aumento do EaD muito se escreveu sobre essa modalidade de ensino o que permitiu uma diversidade de definições para o termo por exemplo: distância física entre professor e aluno; forma de estudo; uso de tecnologias de informação; e comunicação para promover a interação.
A EaD é um recurso para atender contingentes de alunos de forma mais efetiva que outras modalidades de ensino e sem riscos de reduzir a qualidade dos serviços oferecidos em decorrência da ampliação da clientela. Segundo a Lei N. 9.394/96, a educação à distância com sua regulamentação da EaD, se concretizou nos Decretos N. 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, e N. 2.561, de 27 de abril de 1998, que alterou os artigos 11 e 12. É no Decreto N. 2.494, que se redefine a Educação à Distância como:
A forma de estudo que se baseia no estudo ativo, independente e possibilita ao educando escolha de horários, da duração e do local de estudo combinando com a veiculação de cursos com material didático de autoinstrução e dispensando ou reduzindo a exigência de presença. (Art.84).
A evolução tecnológica da qual a EaD faz parte pode ser dividida em fases cronológicas. A primeira, na década de 1960, chamada de geração textual, onde eram enviados textos impressos pelos correios; a segunda ocorreu entre 1960 e 1980 e foi chamada de geração analógica, utilizando além de textos recursos tecnológicos audiovisuais; a terceira e atual é a geração digital, que utiliza suportes modernos, como as tecnologias de informação e comunicação e de fácil acesso como os computadores à internet.
As gerações e a evolução histórica da EaD, na tabela a seguir:
	Característica
	Tecnologia utilizada
	Objetivos pedagógicos 
	Métodos pedagógicos
	1ª geração - 1880
	Imprensa e Correios
	Atingir alunos desfavorecidos
	Guia de estudos e auto avaliação 
	2ª geração - 1921
	Difusão de rádio e TV
	Apresentação de informações aos alunos a distância 
	Programas tele transmitidos e material entregue em casa
	3ª geração - 1970
	Universidades Abertas 
	Oferecer ensino de qualidade com custo reduzido para não universitários
	Orientação face a face quando ocorrem encontros presenciais 
	4ª geração - 1980
	Teleconferência por áudio, vídeo e computador
	Direcionado a pessoas que aprendem sozinhas em casa
	Interação em tempo real e instrutores e colegas a distância
	5ª geração - 2000
	Aulas virtuais por computador e internet
	Alunos planejam e organizam seus estudos por si mesmos
	Métodos Construtivistas de aprendizado com professor em tempo real
(Fonte: Adaptado de MOORE, M.; KEARSLEY,G. 2008)
As formas de ensinar e aprender à distância foram se modificando com o passar dos anos, esse processo de ensino-aprendizagem mediatizado pelo livro didático, meios tecnológicos, professor conferencista, professor web, tutor presencial e à distância, além de atividades que suprem a ausênciado professor em tempo integral. A separação física não é empecilho para o processo de aprendizagem nem para o contato entre professor-aluno.
Aretio (1994) diz:
 “EaD é um sistema tecnológico de comunicação bidirecional que substitui a interação pessoal, em sala de aula, entre professor e aluno como meio preferencial de ensino pela ação sistemática e conjunta de diversos recursos didáticos e pelo apoio de uma organização tutorial de modo a propiciar a aprendizagem autônoma dos estudantes.” 
A comunicação bidirecional na educação a distância avalia que o estudante não é apenas um receptor de informações, e que, mesmo não estando fisicamente junto com o professor ele pode buscar uma relação dialogal criativa, crítica e participativa.
O aluno à distância tem que se tornar criativo, crítico, atuar como pesquisador, precisa aprender a aprender e desenvolver sua autonomia. Deve organizar-se em relação ao tempo disponível para estudar e os métodos a utilizar, ter iniciativa para buscar outros conhecimentos além dos fornecidos pela instituição, estabelecer interações com professores e tutores, ficar atentos aos prazos estabelecidos, participar de encontros presenciais e utilizar os meios de comunicação disponíveis, sempre lembrando que ele é o maior responsável pela sua aprendizagem.
Autonomia é um dos eixos de fundamental importância nessa modalidade de educação para o sucesso do aluno. Envolve o ensino e aprendizado on-line, em classes e universidades virtuais, baseadas em tecnologias da internet (e-learning), exigindo, cada vez mais autonomia, autogestão, auto estudo, auto-organização, autonomização, autodidatismo.
REFERÊNCIAS 
BRITO, G. S; PURIFICAÇÃO, I. Educação e novas tecnologias: um repensar. Curitiba: Ibpex, 2008.
CORTELAZZO, Iolanda Bueno. Prática pedagógica, aprendizagem e avaliação em Educação a Distância. Curitiba: Ibpex, 2009. 
GUAREZI, R. C. M; MATOS, M. M. Educação a distância sem segredos. Curitiba: Ibpex, 2009.
BELTRAMI, Monica. Et al. Metodologia em EaD. Curitiba. IFPR, 2011, p. 307-345.

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