Direito Civil lll - Resumo / Contratos

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Rio 25/02/19
Direito Civil lll
Contratos
Conceito.
	O conceito de contrato está ligado a preceitos sócio econômico como instrumento que opera a circulação de riquezas. O contrato formaliza operações econômicas, através de transferências de riquezas, mesmo que no objetivo do contrato não se busque lucro ou haja interesse patrimonial. 
Contrato na história
No Dir. Romano.
O contrato surgido na Roma antiga se divide em três espécies: 
Litteris – Exigia a inscrição do nome do credor num livro.
Re – Que era a efetiva entrega da coisa (tradição).
Verbis – Era a relação contratual celebrada oralmente.
No Dir. pós-clássico.
No direito romano pós-clássico foi quando surgiu o termo contratos, que obviamente originou a palavra contrato e também deu origem a algumas modalidades contratuais: 
Contrato de compra e venda.
Contrato de locação.
Contrato de sociedade.
No Dir. Medieval
O contrato no direito medieval tinha forte influência no direito canônico, que inclusive interpretava a mentira como um grave pecado, portanto um descumprimento contratual “mentira”, gerava uma punição da igreja.
No Dir. Moderno
No direito contemporâneo (moderno) contemplava uma maior liberdade econômica e também mais autonomia das partes contratantes, em contraposição há uma menor interferência do Estado que privilegia a livre vontade das partes.
 
No Estado democrático de direito 
Os contratos dos estados democráticos de direito, principalmente no início do Séc. 19 e levando-se em consideração a alta da industrialização e o crescimento do capitalismo, passaram uma transformação tornando-se impessoalizado, massificado e opressivo, pois impossibilitou a discussão de clausulas (contrato de adesão).
Rio 11/03/19
CONTRATOS
	Requisitos:
	 • Capacidade genérica.
Subjetivos → Sujeitos contratantes • Aptidão especifica para contratar.
 • Consentimento.
	
	
	
	 • Licitude do objeto (lícito/legal/moral).
Objetivos → Objetos • Possibilidade físico ou jurídico do objeto.
 • Determinação do objeto, determinável.
Princípios jurídicos fundamentais. 
Princípio da autonomia da vontade:
Quer dizer que as partes têm total liberdade de contratar segundo seus próprios interesses.
Princípio da obrigatoriedade dos contratos:
Ninguém é obrigado a assinar um contrato, mas assinou o contrato tem que cumprir, “ Pacta Sunt Servanda”
Princípio da boa fé.
Toda relação contratual deve ter alicerces de honestidade, idoneidade e bom senso. Nos contratos a boa fé é presumida e a má fé deve ser comprovada por quem alega. 
Os requisitos essenciais para a existência de um contrato são divididos em:
Subjetivos:
Os requisitos subjetivos são aqueles que tratam das características dos sujeitos (contratantes). A primeira característica é a capacidade que o sujeito deve ter para contratar, esta capacidade pode ser absoluta ou relativa.
Absoluta é quando o sujeito tem plena disponibilidade para contratar, exemplo: um maior civil. 
Já a capacidade relativa é aquela que não é plena ao agente, depende de representação ou assistência, exemplo: menores absoluta e relativamente incapazes. 
Já a aptidão especifica para contratar é uma capacidade mais precisa para contratar, ou seja, para dispor de bens e serviços o sujeito deve estar totalmente na posse de ambos.
A terceira característica é o consentimento que nada mais é a livre e espontânea vontade de contratar. 
0bjetivos:
São aqueles que se refere ao objeto do contrato, sendo a primeira característica a licitude do objeto, ou seja, tem que ser licito, legal, não vedado na lei. 
A segunda característica é que o objeto deve ser possível segundo as leis da física e natureza e baseado numa previsão legal.
Já a terceira característica é a determinação do objeto do contrato. Ele tem que ser determinado ou ao menos determinável, quanto ao gênero, espécie e substancia. 
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Rio 18/03/19
INTERPRETAÇÕES DOS CONTRATOS
Conceito.
Interpretação da lei e do contrato.
Tipos de interpretação.
Conceito:
Interpretar um contrato é esclarecer o sentido das declarações e determinar o significado do acordo ou consenso. Verifica-se o sentido das palavras e depois se há a vontade real dos contratantes. É importante identificar a real vontade dos contratantes para que os efeitos jurídicos produzidos sejam aqueles pretendidos.
 Interpretação da lei e do contrato:
O interprete deve seguir um modo de interpretação de declaração de vontade dando mais atenção à sua intenção que ao sentido literal da linguagem. Ao interpretar o conceito, primeiramente o interprete verifica se o contrato se baseia naquilo que o legislador estabeleceu, isto é, a interpretação da vontade objetiva. Após o interprete verifica se há real intenção dos contratantes. É a vontade subjetiva.
Tipos de interpretação:
Então temos dois tipos de interpretação:
Interpretação SUBJETIVA que tem a finalidade a verificação da vontade real dos sujeitos.
Interpretação objetiva que visa esclarecer os sentidos dessas declarações.
Na interpretação subjetiva a intenção é analisar sempre a vontade dos interpretes e na interpretação objetiva, se essas vontades são possíveis. Com relação a interpretação objetiva podemos destacar três princípios:
Boa fé.
Determina que o objetivo seja na verdade, confiança, idoneidade e bom senso.
Princípio da conservação odo contrato.
Passa a ideia de que o mesmo possua utilidade e seriedade.
“ Extrema ratio”.
Princípio que assegura ao devedor uma condução menos gravosa na execução do contrato no caso de uma obscuridade.
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Rio 25/03/19
CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS
	Quanto aos Sujeitos
	Unilaterais
Bilaterais
Plurilaterais
	Quanto as vantagens patrimoniais
	Gratuitos 
Onerosos
	Quanto ao momento da execução
	Execução instantânea
Execução deferido
Execução continuado
	Quanto ao agente
	Personalíssimo
Impessoal
	Quanto ao modo
	Principal
Acessório 
	Quanto à forma
	Solene
Não solene
	Quanto ao nome
	Nominado
Inominado
	Os contratos podem ser classificados de diversas formas:
1.1 Quanto aos Sujeitos: 
Se na relação contratual a obrigação for assumida por uma única pessoa será unilateral. 
Ex: Testamento
Se o contrato for celebrado por duas pessoas o contrato será bilateral.
Ex: Locação
Mas se houver mais de duas pessoas envolvidas será plurilateral.
Ex: Uma sociedade
2.1 Quanto as vantagens patrimoniais:
Será gratuito quando apenas uma das partes obtiver lucro.
Ex: Doação
Será oneroso quando ambas as partes tiverem proveito.
Ex: Compra e venda.
3.1 Quanto ao momento da execução: 
Será objeto de execução instantânea o contrato cujo o objeto se consuma num só ato.
	Ex: A compra de um imóvel à vista.
Será execução deferida quando cumprido num só ato, mas em momento futuro
Ex: A compra de um imóvel parceladamente.
Execução continuada o contrato começa a fluir da data do vencimento e cada prestação 
Ex: A prestação de serviço (faculdade)
4.1. Quanto ao agente:
Será personalíssimo quando o contrato exclusivamente às qualidades pessoais de um dos contratantes.
Ex: A contratação de um advogado.
Será impessoal quando a prestação contratada passa a ser exercida por um terceiro.
Ex: Contratação de um executório de advocacia. 
5.1 Quanto ao modo:
Será principal quando tiver autonomia, existência própria.
Ex: Relação contratual entre locador e locatário.
Será acessório quando depender de outra relação principal.
Ex: Relação contratual entre locador e fiador.
6.1 Quanto à forma:
Solene - Alguns contratos devem obedecer a uma forma prescrita em lei para sua eficácia.
Ex: Casamento e testamento.
Não solenes – São
aqueles manifestados de forma livre.
Ex: A compra de um objeto de baixo valor.
7.1 Quanto ao nome:
A maioria dos contratos tem designação própria, com modelos e tipos regulamentados na lei.
Ex: Um contrato de aluguel que recebe a denominação de “contrato de locação. ”
Já aqueles contratos cuja a lei não preveja nomenclatura especifica para tal, sendo por tanto atípico será chamado de contrato inominado.