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Resumo dos casos clinicos

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Resumo dos TBL - Anatomia
Cavidade Oral (Prognatismo Mandibular) 
Delimite a cavidade bucal e defina vestíbulo/mucosa jugal.
A boca ou cavidade oral se estende dos lábios e bochechas, externamente, e vai até a porção anterior do istmo das fauces (comunica a cavidade bucal com orofaringe), internamente, onde continua como orofaringe. A boca pode ser subdividida no vestíbulo externo aos dentes e em cavidade oral propriamente dita internamente aos dentes.
 A cavidade própria da boca é o espaço entre as arcadas ou arcos dentais maxilar (superior) e mandibular (inferior). É limitada lateral e anteriormente pelos arcos dentais. O teto da cavidade oral é formado pelo palato. Posteriormente, a cavidade oral comunica-se com a parte oral da faringe (orofaringe). 
Limites da cavidade oral propriamente dita: 
Assoalho: músculo miloióide e é ocupado principalmente pela língua.
Paredes laterais: arcos dentais superior e inferior e gengiva dental. 
Parede anterior: arcos dentais superior e inferior e gengiva dental.
Parede posterior: istmo das fauces. 
Teto: palato (duro e mole). 
Obs.: O istmo das fauces é o espaço estreito e curto que faz a conexão entre a cavidade própria da boca e a parte oral da faringe.
A região de vestíbulo compreende a região entre os lábios, os dentes e a gengiva. 
Mucosa jugal se define como mucosa de revestimento interno das bochechas.
B) Cite as divisões do palato, bem como os ossos e os músculos componentes do mesmo. Cite as principais funções desses músculos.
Divisões do palato
2/3 anteriores: palato duro (formados pelo processo palatino da maxila e lâmina horizontal do palatino).
1/3 posterior: palato mole ou véu palatino.
Palato mole ou véu
Localizado posteriormente. O palato mole é o  terço posterior do palato  e é suspenso da margem posterior do palato duro. O palato mole não possui esqueleto ósseo; entretanto possui uma parte aponeurótica; a aponeurose palatina, do palato mole pende um processo cônico, a úvula.
x Aponeurose é qualquer uma das fáscias mais profundas e mais grossas que prendem os músculos aos ossos; assemelham-se a tendões achatados. Eles geralmente diferem dos tendões apenas por serem planos e finos.
Fibromuscular fixada no palato duro.
Os cinco músculos do palato se originam na base do crânio e descem até o palato, são:
Palato duro 
O palato duro tem formato de abóbada (côncavo); este espaço é ocupado principalmente pela língua quando está em repouso. Os 2/3 anteriores do palato possuem um esqueleto ósseo formado pelos processos palatinos da maxila e pelas lâminas horizontais dos ossos palatinos.
C) Mencione as divisões anatômicas da língua e sua vascularização arterial.
A língua possui uma raiz, um corpo, um ápice, um dorso curvo e uma superfície inferior.  As artérias da língua são derivadas da artéria lingual, que se origina na artéria carótida externa. As artérias dorsais da língua suprem a parte posterior (raiz); as artérias profundas da língua suprem a parte anterior.
Os músculos extrínsecos da língua (genioglosso, hioglosso, estiloglosso e palatoglosso). Os músculos intrínsecos da língua (longitudinais superior e inferior, transverso e vertical)
D) Descreva a inervação da língua, diferenciando-a em: sensibilidade geral, sensibilidade especial e motricidade.
Sensibilidade motora
Nervo Hipoglosso (XII), inerva todos os músculos extrínsecos e intrínsecos da língua. M. palatoglosso é inervado pelo vago. 
Sensibilidade geral (tato e temperatura)
2/3 anterior é inervado pelo nervo lingual, ramo mandibular- N. trigêmeo
1/3 posterior é inervado pelo nervo glossofaríngeo e um broto do nervo laríngeo interno, ramo do nervo vago.
Sensibilidade especial (paladar)
2/3 anteriores da língua são inervados pelo nervo corda do tímpano, um ramo do nervo facial.
1/3 posterior é inervado pelo nervo glossofaríngeo e um broto do nervo laríngeo interno, ramo do nervo vago, inerva uma pequena parte imediatamente anterior a epiglote.
E) Cite os dentes da cavidade oral de um adulto hígido, mencionando suas porções, e a respectiva função de cada um.
8 Incisivos – cortam os alimentos grandes. 
4 Caninos – fixação do alimento.
8 Pré-molares – trituração do alimento.
12 Molares – trituração do alimento 
Gerais: cortar, reduzir e misturar o alimento na saliva durante a mastigação, participa também na articulação fala, desenvolvimento e proteção dos tecidos que os sustentam.
Incisivo- margens cortantes finas.
Canino- cones proeminentes únicos. Coroa em forma de seta, perfil indica que é mais resistente.
Pré-molar- duas cúspides.
Molar- três ou mais cúspides.
Glândula Salivar (Tumor de Glândula Salivar)
Descreva as glândulas salivares mencionando a localização de cada uma e seus respectivos locais de drenagem na cavidade oral. 
Glândula parótida: é a maior de três pares de glândulas salivares. Está localizada superficialmente ao músculo masseter, anteriormente à orelha, dentro da fáscia parotídea. O ducto dessa glândula é chamado de parotídeo ou de Stenon, o qual se abre na mucosa jugal na altura do segundo molar superior.
Glândula submandibular: tem uma porção supra músculo milióide. E a maior porção fica infra músculo milióide. Essa glândula se localiza dentro do trígono formado pelo ventre anterior do músculo digástrico, ventre posterior do músculo digástrico e basilar mandibular (trígono mentual). O ducto da glândula submandibular (ducto de Worton) se desagua nas carúnculas linguais.
Glândula sublingual: as glândulas sublinguais são as menores e mais profundas glândulas salivares. Cada glândula amendoada situa-se no assoalho da boca entre a mandíbula e o músculo genioglosso. Muitos pequenos ductos sublinguais abrem-se no assoalho da boca ao longo das pregas sublinguais.
Glândulas salivares menores: presente no palato, na língua, nos lábios, na bochecha, ou seja, em toda cavidade oral.
B) Mencione os linfonodos ressecados neste caso. Justifique.
Os linfonodos ressecados foram os submandibulares.
Parede e Cavidade Abdominal (Traumatismo Abdominal)
Como o abdome pode ser dividido sob o ponto de vista clínico? Cite pelo menos um órgão que pode ser encontrado em cada uma destas divisões.
Divisão em 9 regiões: Passa-se duas linhas verticais hemiclaviculares, uma linha horizontal subcostal e uma linha horizontal passando pelas cristas ilíacas.
 9 regiões 🡪 Hipocôndrio direito, epigástrio, hipocôndrio esquerdo, flanco direito, mesogástrio (umbilical), flanco esquerdo, fossa ilíaca direita, hipogástrio, fossa ilíaca esquerda.
Divisão em 4 quadrantes: Passa-se duas linhas transversais na direção da cicatriz umbilical (linha Vertical na Linha Mediana e uma Linha Horizontal na direção do umbigo) 
4 quadrantes 🡪 quadrante superior esquerdo, quadrante superior direito, quadrante inferior esquerdo, quadrante inferior direito.
B) Defina peritônio, mencionando suas divisões. Conceitue líquido peritoneal, explicando como ocorrem a vascularização e a inervação peritoneal.
O peritônio é uma membrana serosa que reveste a cavidade abdominal e tem uma divisão parietal e visceral. A lâmina parietal está colada, justaposta, à parede abdominal. A lâmina visceral recobre as vísceras. O espaço entre essas duas lâminas é a cavidade peritoneal e ela é preenchida por líquido peritoneal, ele tem uma coloração amarelo citrino. Essa cavidade peritoneal é virtual, só passa existir numa situação patológica.
Líquido peritoneal é composto de água, eletrólitos e outras substâncias derivadas do líquido intersticial em tecidos adjacentes, o líquido peritoneal lubrifica as superfícies peritoneais permitindo que as vísceras movimentem-se umas sobre as outras sem atrito e permitindo os movimentos da digestão.
 
Vascularização do peritônio: todas as artérias e veias de cada órgão que o contém.
 
Peritônio parietal é inervada pelo frênico, que é sensível a dor, pressão, calor e frio e laceração. Percebe dor localizada exceto na face inferior da parte central do diafragma.
O peritônio visceral é inervado pelo vago queé insensível a toque calor e frio e laceração. A dor é mal localizada.
C) Defina cavidade peritoneal, espaço retroperitoneal e espaço extraperitoneal. Cite exemplos encontrados em cada uma destas regiões.
A cavidade peritoneal está dentro da cavidade abdominal e continua inferiormente até a cavidade pélvica. A cavidade peritoneal é um espaço virtual com espessura capilar, situado entre as lâminas parietal e visceral do peritônio, não contêm órgãos, mas contém uma fina película de líquido peritoneal.
 
Espaço retroperitoneral situa-se entre o peritônio parietal e a parede posterior do abdômen. Ex: Rins, Adreanais, Aorta Abdominal, Cólon Ascendente e Descendente.
Espaço extraperitoneal localiza-se externamente ao peritônio parietal. Ex: órgão pélvicos. 
 
 
D) Defina omento menor (mencionando seu conteúdo), omento maior, mesentério, mesoapêndice e mesocólon. Qual a função do omento maior?
 
Omento menor: é uma prega peritoneal muito menor, dupla, que une a curvatura menor do estômago e a parte proximal do duodeno ao fígado. Também une o estômago a uma tríade de estruturas que seguem entre o duodeno e o fígado na margem livre do omento menor.  
A importância do omento menor, é o seu conteúdo pois ele contém a tríade portal formada por artéria hepática, ducto colédoco e veia porta. O omento menor costuma ser dividido em ligamentos hepato-gástrico (entre o fígado e o estômago) e hepato-duodenal (entre o fígado e a 1ª porção do duodeno).
 
Omento maior: também chamado de ligamento gastrocólico, é considerado um ligamento da cavidade abdominal, o qual vai do estômago até o intestino grosso. O omento maior começa no estômago, desce como se fosse um avental, faz uma volta e sobe para se prender no cólon transverso. Ele é constituído por tecido conjuntivo, tecido adiposo e vasos sanguíneos. Ele tem uma função importante de ser a primeira barreira mecânica para líquidos indesejáveis livres na cavidade peritoneal.
 
 
Mesentério: é uma lâmina dupla de peritônio formada pela invaginação do peritônio por um órgão, e é a continuidade dos peritônios visceral e parietal. É um meio de comunicação neurovascular entre o órgão e a parede do corpo.
Mesoapêndice: é uma prega peritoneal que liga o apêndice à parede posterior do intestino.
Mesocólon: é parte do peritônio que liga os colos (intestino grosso) às paredes abdominais.
E) Descreva a anatomia diafragmática, mencionando seus pilares e orifícios. 
O diafragma é uma divisória musculotendínea com dupla cúpula que separa a cavidade torácica e abdominal. A face superior basicamente convexa fica voltada pra a cavidade torácica, e a face inferior côncava fica voltada para cavidade abdominal. Pilares do diafragma são feixes musculotendíneos que se originam das faces anteriores dos corpos das três vértebras lombares superiores, do ligamento longitudinal anterior e dos discos intervertebrais.
 
Resposta que colocaram no caso clínico: O pilar direito é mais largo e mais longo que o esquerdo e surge a partir das faces anterolaterais dos corpos vertebrais e dos discos intervertebrais das três vértebras lombares superiores. O pilar esquerdo surge a partir das partes correspondentes das duas vértebras lombares superiores.
 
Orifícios do diafragma:
Hiato aórtico: que permite a passagem da aorta, da veia ázigos e do ducto torácico da cavidade torácica para o abdome.
Hiato esofágico: que contém o esôfago e as artérias esofágicas, bem como os troncos vagais anterior e posterior.
Forame da veia cava: que envolve a veia cava inferior, bem como alguns dos ramos do nervo frênico direito.
 
 
Estômago (Obesidade Mórbida) 
 
 
Localize o estômago na cavidade abdominal.
Na posição de decúbito dorsal, o estômago costuma estar: 
• Quadrantes superiores direito e esquerdo;
• Epigástrio, mesogástrio, hipocôndrio e flanco esquerdos.
B) Delimite as porções do estômago e suas curvaturas. 
•    Cárdia do estômago: por onde o alimento vai entrar; 
Fundo Gástrico: delimitado por uma linha horizontal do óstio cárdico até a curvatura maior; 
Corpo gástrico: maior parte do estômago; 
Incisura cárdica: ângulo entre o esôfago e o fundo gástrico; 
Curvatura maior: convexa, está localizada do lado esquerdo. Segue o corpo gástrico até o antro pilórico; 
Curvatura menor: é côncava, está localizada do lado direito. Começa na cárdia e termina na incisura angular; 
Incisura angular: mostra a junção do corpo gástrico com sua parte pilórica;
Parte pilórica: possui uma dilatação, o antro pilórico que leva ao canal pilórico. O esfíncter de saída é o piloro, um espessamento acentuado da camada circular interna de músculo liso que termina no óstio pilórico.
C) Defina “leito gástrico” e descreva as estruturas que o compõe.
O leito gástrico, ou leito do estômago, é o local onde o estômago repousa na posição supina (decúbito dorsal). 
É formado pelas estruturas: 
Pilar esquerdo do diafragma 
Baço 
Rim esquerdo 
Glândula suprarrenal 
Artéria esplênica 
Pâncreas 
Mesocólon transverso 
Cólon transverso
D) Identifique a vascularização arterial e venosa do estômago, mencionando no caso das artérias, seus respectivos troncos de origem. 
O rico suprimento arterial do estômago tem origem no tronco celíaco e em seus ramos.  A maior parte do sangue provém de anastomoses formadas ao longo da curvatura menor pelas artérias gástricas direita e esquerda, e ao longo da curvatura maior pelas artérias gastromentais direita e esquerda. O fundo gástrico e a parte superior do corpo gástrico recebem artérias gástricas curtas e posteriores. 
 
As veias gástricas acompanham as artérias. As veias gástricas direita e esquerda drenam para veia porta; as veias gástricas  curtas e as veias gastromentais esquerdas drenam para a veia esplênica. A veia gastromental direita drena para a VMS. Uma veia pré-pilórica ascende sobre o piloro até a veia gástrica esquerda.
 
E) Descreva a inervação autonômica do estômago e explique como são realizados os diversos tipos de vagotomia existentes. 
 
A inervação parassimpática é responsabilidade do nervo vago. 
O tronco vagal esquerdo descende pelo esôfago, passa pelo hiato esofágico virando tronco vagal ANTERIOR.
Emite ramos hepáticos
Segue pela curvatura menor como ramos gástricos anteriores
Porção mais distal: nervo anterior de Latarjet
Esse nervo se trifurca e forma a pata de corvo
 
O tronco vagal direito faz o mesmo percurso, mas se torna o tronco vagal POSTERIOR.
Emite o nervo criminoso de Grassi (importância clínica: passa posteriormente ao esôfago e vai inervar o tubo gástrico)
Emite ramos celíacos; 
Ramos gástricos; 
Nervo posterior de Latarjet.
 
A inervação simpática do estômago proveniente dos segmentos T6 a T9 da medula espinal segue para o plexo celíaco através do nervo esplâncnico maior e é distribuída através dos plexos ao redor das artérias gástricas e gastromentais.
 
Intestino Delgado (Isquemia Mesentérica)
Isquemia (redução do fluxo sanguíneo) mesentérica consiste na interrupção do fluxo sanguíneo intestinal secundário a embolia (denomina a obstrução de um vaso pelo deslocamento de um trombo até o local da obstrução), trombose ou estado de baixo fluxo. Causa liberação de mediadores, inflamação e, por fim, podendo causar um infarto. A dor abdominal é desproporcional aos achados no exame físico. O diagnóstico precoce é difícil, mas a angiografia (é o método de realização de um exame radiográfico dos vasos sanguíneos, por meio da injeção de contraste radiopaco no ambiente intravascular) e a laparotomia (abertura cirúrgica da cavidade abdominal) exploradora têm sido os métodos mais sensíveis. Outras modalidades de imagem geralmente só se alteram em fases mais tardias da doença. O tratamento consiste em embolectomia (é a remoção cirúrgica de emergência de êmbolos que bloqueiam a circulação sanguínea), revascularização dos segmentos viáveis ou ressecção. Algumas vezes, a terapia com vasodilatadores é efetiva. A mortalidade é alta.
Localize o jejuno e o íleo na cavidade abdominal. Quala relação dos mesmo com peritônio?
 
O jejuno-íleo apresenta numerosas alças intestinais e está fixado a parede posterior do abdome por uma extensa prega de peritônio, o mesentério, que da ampla mobilidade as alças intestinais, permitindo as mesmas acomodarem-se em suas mudanças de forma e posição. 
+ A segunda parte do intestino delgado, o Jejuno, começa na flexura duodenojejunal , onde o trato digestório volta a ser intraperitoneal, a terceira parte do intestino delgado, o íleo, termina na junção ileocecal. A maior parte do jejuno está localizado no quadrante superior esquerdo (QSE) e a maior parte do íleo se encontra no quadrante inferior direito  (QID). A parte terminal do íleo, geralmente está na pelve , de onde ascende e termina na face medial do ceco. Jejuno e íleo são fixados na parede abdominal por uma prega de peritônio em forma de leque chamado Mesentério. Esse mesentério apresenta duas lâminas e entre essas lâminas estão presentes vasos, linfonodos, uma quantidade variável de gordura e nervos autônomos.
B) Cite as diferenças anatômicas entre jejuno e íleo. Porque são tão importantes?
Diferentemente do que ocorre com o íleo, o jejuno está frequentemente vazio, é mais calibroso e mais vascularizado (portanto mais vermelho no vivo). As paredes do jejuno são também mais espessas em virtude da presença de pregas circulares proeminentes, que no íleo são mais esparsas e atenuadas. Este fato evidencia-se nas radiografias, onde o jejuno aparece muito pregueado e o íleo com um contorno mais liso e uniforme. 
C) A isquemia mesentérica apresenta-se como um comprometimento do suprimento arterial do intestino delgado. Descreva a vascularização arterial (incluindo a origem de cada artéria) venosa e linfática, jejunoileal.
A Artéria mesentérica superior (AMS), irriga jejuno e íleo através das artérias jejunais e
ileais. AMS geralmente origina-se da parte abdominal da aorta no nível da vértebra L1 e segue entre as camadas do mesentério , enviando 15-18 ramos para jejuno e íleo. As artérias se unem para formar alças ou arcos, chamados arcos arteriais, que darão origem as artérias retas, denominados vasos retos.
A Veia mesentérica superior (VMS), drena jejuno e íleo. Situa-se anteriormente e a direita da AMS, na raiz do mesentério. A VMS termina posteriormente ao colo do pâncreas, onde se une a veia esplênica para formar a veia porta hepática. Os vasos linfáticos especializados nas vilosidades intestinais que absorvem gordura são denominados lactíferos, eles drenam seu líquido leitoso para os plexos linfáticos nas paredes de jejuno e do íleo. Por sua vez, os vasos lactíferos drenam para os vasos linfáticos entre as camadas do mesentério. No mesentério, a linfa atravessa sequencialmente 3 grupos de linfonodos: 
. Linfonodos justaintestinais : localizados perto da parede intestinal
. Linfonodos mesentéricos :  dispersos entre os arcos arteriais
. Linfonodos centrais superiores : localizados ao longo da parte proximal da MAS
Os vasos linfáticos eferentes dos linfonodos mesentéricos drenam para os linfonodos
mesentéricos superiores. Os vasos linfáticos da parte terminal do íleo seguem o ramo íleal da artéria íleocolica até os linfonodos ileocolicos.
Intestino Grosso (Apendicite aguda)
Apendicite aguda é uma condição em que o apêndice fica inflamado e cheio de pus, causando dor.
Localize e cite as porções do intestino grosso na cavidade abdominal. 
Intestino grosso é formado pelo ceco, apêndice vermiforme, cólon ascendente, transverso, descendente e sigmoide, reto e canal anal.
B) Cite as características anatômicas próprias de um segmento colônico que o diferenciam do intestino delgado.
O intestino grosso, pode se diferenciar do delgado por:
. Apêndices omentais do colo: projeções pequenas, adiposas, semelhantes ao omento. .Tênias do colo: três faixas longitudinais distintas:  1- tênia mesocólica, à qual se fixam os mesocólon transversos e sigmóide, 2- tênia omental, à qual se fixam o s apêndices omentais e 3- tênia livre, à qual não estão fixados mesocólon nem apêndices omentais. 
. Saculações: saculações da parede do colo entre as tênias. 
. Um calibre muito maior.
C) Cite as porções do intestino grosso que não possuem as características anatômicas colônicas mencionadas na questão anterior.
Essas regiões são reto e canal anal. O reto apresenta três pregas transversas semicirculares.
D) Defina apêndice vermiforme e valva ileocecal (óstio íleo).
O apêndice é um divertículo intestinal cego que contém massas de tecido linfóide. Origina- se na face pósteromedial do ceco, inferiormente à junção ileocecal. O apêndice vermiforme tem um mesentério triangular, o mesoapêndice. A posição do apêndice é variável mais geralmente é retrocecal. A parte terminal do íleo entra no ceco obliquamente e invagina-se em parte para o seu interior formando o óstio ileal.
E) Cite as principais relações anatômicas do reto.
O reto é a parte pélvica do tubo digestório, mantendo continuidade com o colo sigmóide e distal com o canal anal. A junção retossigmoide situa-se anteriormente á vértebra S3. O reto segue a curva do sacro  e do cóccix, formando a flexura sacral do reto. O reto termina anteroinferiormente à extremidade do cóccix, imediatamente antes de um ângulo posteroinferior agudo, a flexura anorretal do canal anal,  encontrado no ponto em que o intestino perfura o diafragma da pelve.
F) Defina linha anorretal , linha pectinada e linha alba (anocutânea/ de Hilton) no canal anal. 
O limite  inferior das válvulas anais, que se  assemelham a um pente, forma uma linha irregular, a  linha pectinada, que indica a junção da parte superior do  canal anal (visceral, derivada do intestino posterior embrionário)  com a parte inferior ( somática; derivada do proctodeu embrionário). A linha anorretal separa o reto do canal anal se encontra nos ápices das colunas anais. A linha alba separa esfíncter anal interno involuntário do esfíncter anal externo voluntário.
G) Para correção do prolapso retal deve-se atentar para os vasos sanguíneos do órgão. Descreva a vascularização arterial, venosa  e linfática do intestino grosso.
O suprimento arterial do ceco é realizado pela artéria ileocólica, ramo terminal da artéria mesentérica superior. A artéria apendicular, um ramo da artéria ileocólica, irriga o apêndice vermiforme. A drenagem venosa do ceco e do apêndice vermiforme segue através de uma tributária da veia mesentérica superior, a veia ileocólica. O suprimento arterial do colo ascendente e da flexura direita do colo provém dos ramos da artéria mesentérica superior, as artérias ileocólica e cólica direita.
H) Descreva a inervação do intestino grosso.
A inervação é pelos plexos mesentéricos superiores que inerva o apêndice, cólon ascendente e parte do colo transverso, plexo mesentérico inferior que inerva parte do colo transverso, colo descendente e sigmóide e plexo hipogástrico superiores e inferiores que inervam acima da linha pectinada e abaixo é o plexo retal.
I) Explique as principais causas de apendicite aguda e suas pontenciais complicações. 
As causas da apendicite não são sempre claras, mas algumas situações são conhecidas por levar à inflamação no apêndice. Veja:
Obstrução por gordura ou fezes
Infecção, como a gastrointestinal causada por vírus.
Em ambos os casos, uma bactéria presente naturalmente dentro do apêndice começa a se multiplicar, causando a inflamação e o inchaço do apêndice, e eventualmente com pus. Se não tratada prontamente, a apendicite pode causar o rompimento do apêndice.
A grande complicação da apendicite, quando não diagnosticada e tratada rapidamente, é o rompimento do apêndice - o que geraria o acúmulo de pus dentro do abdômen, atingindo outros órgãos. Nestes casos, o médico indicará a melhor forma de tratar o problema e que representa menos riscos para o paciente.Normalmente o abcesso e pus precisam ser drenados, o que pode ser feito com o auxílio de um tubo sob a pele e com medicamentos.A apendicectomia poderá ser realizada, nestes casos, depois que a infecção for controlada.
Pancreatite Aguda (pâncreas)
Pancreatite aguda é a inflamação repentina do pâncreas e que geralmente dura por poucos dias, no entanto exige cuidados médicos e internamento na maior parte dos casos.
A) Para compreensão das imagens tomográficas de um quadro inflamatório pancreático é fundamental conhecer a localização e as relações anatômicas do órgão. Cite a localização anatômica do pâncreas, mencionando as respectivas divisões e principais relações anatômicas.
O pâncreas é uma glândula acessória da digestão, alongada, retroperitoneal, situada
sobrejacente  e transversalmente  aos corpos das vértebras L1 e  L2 na parede abdominal
posterior.  Situa-se atrás  do estômago entre  o duodeno à direita e  o baço à esquerda. O mesocólon transverso está situado em sua margem anterior. O pâncreas é dividido em 3 partes: cabeça, corpo e cauda.
B) Diferencie a vascularização arterial da cabeça do pâncreas e do restante da glândula. 
O suprimento arterial do pâncreas é derivado principalmente dos ramos da artéria esplênica, que é muito tortuosa. Várias artérias pancreáticas formam diversos arcos com ramos pancreáticos das artérias gastroduodenal e mesentérica superior. Até 10 ramos da artéria esplênica irrigam o corpo e a cauda do pâncreas. As artérias pancreático-duodenais superiores anterior e posterior, ramos da artéria gastroduodenal, e as artérias pancreático- duodenal inferior anterior e posterior são  ramos da AMS, formam arcos anteriores posteriores que irrigam a cabeça do pâncreas.
C ) Explique a drenagem venosa e linfática e inervação pancreática.
A drenagem venosa do pâncreas é feita através das veias pancreáticas correspondentes, tributárias da parte esplênica e mesentérica superior da veia porta, a maioria delas drena para veia esplênica.
Os vasos linfáticos pancreáticos acompanham os vasos sanguíneos. A maioria dos vasos terminam nos linfonodos pancreáticos-esplênicos, situados ao longo da artéria esplênica. Alguns vasos terminam nos linfonodos piló ricos. Os vasos eferentes desses linfonodos drenam para linfonodos  mesentéricos superiores ou para os linfonodos celíacos através dos linfonodos hepáticos. Linfáticos pancreáticoduodenais (maioria) e linfáticos pilóricos; Linfáticos hepáticos, celíacos e mesentéricos superiores.
Os nervos do pâncreas são derivados do nervo vago esplâncnico abdominopélvico que atravessam o diafragma. As fibras parassimpáticas e simpáticas chegam ao pâncreas ao longo das artérias do plexo celíaco e do plexo mesentérico superior.
D) O edema pancreático pode levar a diferentes graus de compressão dos ductos pancreáticos. Descreva os ductos pancreáticos.
O ducto pancreático principal começa na cauda do pâncreas e atravessa o parênquima da glândula até a cabeça do pâncreas: aí ele se volta inferiormente e tem íntima relação com o ducto colédoco geralmente se unem para formar a ampola de Vater que se abre na parte descendente do duodeno na papila maior do duodeno.
O ducto pancreático acessório abre-se no duodeno no cume da papila menor do duodeno. Em geral, o ducto acessório se comunica com o ducto pancreático principal.
Vesícula e Veias Biliares (Colecistite Aguda) 
A obstrução do ducto biliar por um cálculo, em 90% dos casos, leva à inflamação aguda da vesícula na maioria dos casos. Surge uma cólica que logo se transforma em uma dor intensa no hipocôndrio direito, náuseas, vômitos e febre em 70% dos pacientes. A indicação cirúrgica ocorre em grande número de pacientes com colelitíase após um quadro de colecistite, pelo medo de um agravamento do quadro e pelo risco de conversão da colecistectomia do método videolaparoscópico para o método aberto. 
A) Cite a localização e as divisões anatômicas da vesícula biliar.
A vesícula biliar situa-se na fossa da vesícula biliar na face visceral do fígado. Esta fossa rasa está situada na junção das partes direita e esquerda do fígado. Ela pode ser dividida em: Fundo, Corpo e Colo.
B) O conhecimento da anatomia vascular da vesícula biliar é fundamental para os procedimentos cirúrgicos desta estrutura. Explique a vascularização arterial da vesícula biliar desde sua origem.
A artéria cística, que irriga a vesícula biliar e o ducto cístico comumente origina-se da artéria
hepática direita no ângulo entre o ducto hepático comum e o ducto cístico.
C) Defina trígono hepatocístico de Calot mencionando seus conteúdo e importância cirúrgica.
O trígono cistohepático é formado pelo ducto cístico, ducto hepático comum e face visceral do fígado, e seu conteúdo a artéria hepática direita.
  
A importância clínica de reconhecer as relações anatômicas é que para o cirurgião é essencial identificar estas estruturas quando uma remoção cirúrgica de pedras na vesícula biliar (colelitíase) é feita, ou quando for intervir cirurgicamente na inflamação da vesícula  biliar (colecistite), por um procedimento cirúrgico chamado colecistectomia. O Triângulo de Calot contém a artéria cística, que é um ramo da artéria hepática direita acessória, de modo que a dissecção correta durante a colecistectomia cirurgia é essencial para evitar lesões no ducto cístico.
Ducto cístico é o nome dado à via de saída da bílis concentrada na vesícula biliar.  O ducto cístico se une ao ducto hepático comum, formando o ducto colédoco e desemboca na papila duodenal maior, segunda porção do duodeno (intestino delgado).
D) Descreva as vias biliares, conceituando ampola hepatopancreática (de Vater) e esfíncter hepatopancreático de Oddi.
O ducto pancreático principal e o ducto colédoco se unem para formar a ampola hepatopancreática (de Vater) curta e dilatada, que se abre na parte descendente do duodeno, no cume da papila maior do duodeno. O músculo esfíncter da ampola pancreática ou de Oddi ao redor da ampola pancreática, é um esfíncter de músculo liso que controla a saída de bile e de suco pancreático para a ampola e o refluxo do conteúdo duodenal para a ampola hepatopancreática. Os hepatócitos secretam bile para canalículos biliares formados entre eles. Os canalículos drenam para pequenos ductos biliares interlobulares e depois para os grandes ductos biliares coletores da tríade portal intra-hepática, que se fundem para formar os ductos hepáticos direito e esquerdo. Os ductos hepáticos direito e esquerdo drenam as partes direita e esquerda do fígado, respectivamente. Logo depois de deixar a porta do fígado esses ductos hepáticos unem-se para formar o ducto hepático comum, que recebe no lado direito o ducto cístico para formar o ducto colédoco, que conduz a bile para o duodeno.
E) Explique as  diferenças básicas  entre episódios de cólica  biliar e colecistite aguda.
Um cálculo biliar é uma concreção da vesícula biliar, ducto cístico ou outro ducto biliar formada principalmente por cristais de colesterol. A ampola de Vater é a parte mais estreita das vias biliares e é o local comum de impactação dos cálculos biliares. Ao cálculos biliares também podem se alojar nos ductos hepáticos e císticos. Um cálculo alojado no ducto cístico causa cólica biliar. Quando a vesícula relaxa o cálculo volta para seu interior. Se o cálculo obstruir o ducto cístico, há colescistite (inflamação da vesícula biliar) em razão do acúmulo de bile, o que causa aumento da vesícula biliar.

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