Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INTRODUÇÃO A ATUARIAL AULA 6 Prof. Michael Dias Correa 2 CONVERSA INICIAL Nesta aula nós trataremos sobre a norma legal de benefícios a empregados. É um pronunciamento técnico que versa sobre os benefícios concedidos a empregados no curto prazo e no longo prazo, os benefícios pós- emprego e os benefícios rescisórios. É importante que todos sejam devidamente conhecidos e diferenciados, pois apresentam similaridades práticas que podem confundir aqueles que não se aprofundarem no seu estudo. Dessa forma, vamos começar agora a ver esses conteúdos de grande importância para os controles empresariais e para a estrutura financeira das entidades. CONTEXTUALIZANDO Você sabe como uma empresa faz para diferenciar os benefícios de curto e de longo prazo pagos aos empregados? E os benefícios pós-emprego dos benefícios rescisórios? São ocorrências bem similares entre si, mas que precisam ser diferenciadas para cumprir as normas internacionais de contabilidade. O pronunciamento técnico do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC, 2009b) no 33 trata especificamente sobre esse assunto, abordando com detalhes cada operação, servindo de instrumento para a correta diferenciação entre elas. Na prática, todas as operações representam saídas de recursos financeiros das empresas para os empregados, mas não são tratadas contabilmente da mesma maneira, tendo cada uma sua maneira distinta de reconhecimento, mensuração e registro contábil. Você já ouviu falar de programa de demissão voluntária? Algumas empresas o utilizam e pagam aos seus empregados incentivos no momento da demissão. Aqui está um exemplo do tratamento diferenciado de uma mesma situação: a perda de emprego. Vamos ver juntos, nesta aula, todos os detalhes dessas operações. Vamos lá! 3 TEMA 1 – CPC 33: BENEFÍCIOS A EMPREGADOS, ASPECTOS NORMATIVOS E CONCEITUAIS Qualquer empresa busca se diferenciar, nos mercados em que atuam, não somente com o produto ou com o serviço que oferecem. A sua, provavelmente, também investe em concessão de benefícios como forma de incentivo aos funcionários. Mas, como isso é registrado segundo a estrutura contábil? E quais são as normatizações que devem ser seguidas para isso? É exatamente isso que nós veremos nesta aula a partir de agora, iniciando com os aspectos conceituais e normativos estabelecidos no pronunciamento CPC 33. Vamos lá! 1.1 Definições conceituais de benefícios a empregados O CPC 33 estabelece não somente a contabilização, mas também as formas com que devem ser divulgados os benefícios que são concedidos aos empregados. É necessário que a entidade reconheça um passivo no exato momento em que um empregado lhe presta um serviço em troca de benefícios que, de acordo com o contrato de trabalho, serão pagos em tempo futuro. Uma entidade também deve reconhecer uma despesa quando se utilizar de um benefício econômico que venha de um serviço recebido de um empregado, desde que realizado em troca de benefícios diretos a ele acordados. Ou seja, a sua empresa, por exemplo, deverá reconhecer a despesa no momento em que os serviços forem prestados. No entanto, se o pagamento for baseado em ações ou se o acordo tiver a previsão de pagamento futuro baseado em ações, não será objeto de análise do CPC 33 e, sim, do CPC 10, o qual trata especificamente dos pagamentos baseados em ações (CPC, 2010b). Da mesma forma, não se refere a demonstrações contábeis elaboradas pelos planos de benefícios a empregados ou por fundos de pensão e assemelhados. O CPC 33, de maneira bem direta, se aplica aos benefícios a empregados proporcionados por planos ou acordos formais entre a empresa e os empregados, que podem ser indivíduos, grupos de empregados ou seus representantes legais. Isso significa dizer que, mesmo que você não tenha uma relação direta com a sua empresa, em termos de benefícios a serem recebidos, 4 uma instituição pode representá-lo, a qual pode ser um sindicato ou uma entidade de classe. As obrigações por parte das empresas também podem ser evidenciadas por acordos setoriais, quando tais acordos exijam a contribuição de planos adicionais, estatais, setoriais ou qualquer outro plano de benefícios a que você, como empregado, possa fazer jus. É comum que pensemos que os benefícios a empregados são, além do salário, as contribuições de seguridade social, assistência médica, auxílio- alimentação, auxílio-transporte e férias. Só que temos mais benefícios do que imaginamos. Há empresas que oferecem participação nos lucros e bônus de produtividade, assistência-moradia, veículos, subsídios para bens de consumo, tais como computadores, tablets e outros acessórios de informática. Também há os benefícios que apenas são apresentados a nós, como empregados, após o período laboral, como podem ser citados os benefícios de aposentadoria, seguro de vida e assistência médica mesmo sem que você necessite estar empregado. A aposentadoria com valor integral também é um benefício que pode ser oferecido aos empregados, pois a previdência social apenas garante o pagamento dos valores de pensões até o teto legal estabelecido. Por fim, há os benefícios de longo prazo, que são ausências remuneradas de longo prazo, como licenças sabáticas ou por tempo de serviço. Há empresas em que você trabalha por um período de 10 anos ininterruptos e elas oferecem um período de 6 meses de ausência remunerada, sem contar com as férias, já estabelecidas em lei. Também podem ser citados benefícios por invalidez de longo prazo, além dos benefícios concedidos a título de rescisão do contrato de trabalho. Com relação à amplitude do alcance dos benefícios a empregados, também serão considerados como tal os benefícios extensivos aos dependentes e que possam ser liquidados por pagamento direto ao empregado ou aos seus dependentes. Eventualmente, tal pagamento pode ser feito por um terceiro, como é o caso de uma empresa seguradora. Os diretores ou administradores são considerados, de acordo com os preceitos estabelecidos no CPC 33, como empregados, embora a legislação trabalhista os trate de maneira diferente. E os empregados serão considerados tanto os de tempo integral, parcial, casual ou temporário. 5 Nós precisamos ver outros conceitos para que, nos próximos momentos de nossa aula, nós possamos abordar com mais profundidade cada um deles. Vamos iniciar a verificação de tais conceitos? Os benefícios a empregados são compensações pagas pelos empregadores em troca de serviços que são prestados pelo empregado ou provenientes da rescisão do contrato de trabalho vigente. Os benefícios podem ser classificados de acordo com o prazo, tendo algumas distinções nesse sentido. Os benefícios de curto prazo, não entrando no cômputo os benefícios rescisórios, são os benefícios que serão liquidados, ou pelo menos se espera isso, em um período máximo de 12 meses a partir da confecção das demonstrações contábeis que apresentem a obrigação ligada ao serviço que foi prestado. Como exemplo, você pode tomar o seu salário como base ou os valores devidos por férias e por décimo-terceiro salário. Os benefícios pós-emprego não podem ser classificados como de curto prazo nem como rescisórios e devem ser pagos logo após o período de emprego efetivo, normalmente com periodicidade máxima de um ano. Se a sua empresa tiver a política de pagar participação nos resultados, normalmente você receberá esses valores no momento da rescisão do seu contrato de trabalho. Há outros benefícios de longo prazo, sendo assimclassificados todos aqueles que não sejam de curto prazo, pós-emprego ou rescisórios. Os últimos são os benefícios rescisórios, sendo devidos aos empregados em decorrência da interrupção do contrato de trabalho, que pode ocorrer por iniciativa do empregador, por rescisão ou por iniciativa do empregado, aceitando uma oferta de benefícios em troca da rescisão do contrato de trabalho (CPC, 2009b). Outras classificações podem ser dadas aos benefícios, pensando exclusivamente no pós-emprego, os quais se originam de acordos formais ou informais em que as entidades empregadoras se comprometem a proporcionar benefícios, após o período de emprego, para um ou mais empregados. Há também os planos de contribuição definida, que são pós-emprego, em que uma entidade patrocinadora efetua pagamentos fixos a um terceiro, que normalmente é um fundo, representado por uma entidade separada. Os planos de benefício definido, por sua vez, também são pós-emprego, mas possuem características que os distinguem dos primeiros, os de contribuição definida. Os últimos a serem citados neste ponto da nossa aula são os chamados planos multiempregadores, sendo caracterizados por contribuição definida ou de 6 benefício definido, sem contar com a previdência social. A principal característica desses planos é que são formados por contribuições de diversas entidades patrocinadoras com controle acionário distinto e que utilizam os ativos formados para oferecer os benefícios aos empregados de mais de uma entidade patrocinadora. A partir de agora nós veremos com mais detalhes todos esses tipos de planos de benefícios a empregados, iniciando com os mais comumente vistos e conhecidos, que são os benefícios de curto prazo. Saiba Mais Você já tinha ouvido falar de benefício definido e contribuição definida? O vídeo Entendendo as modalidades dos planos previdenciários (2013) pode explicar melhor esses e outros conceitos. TEMA 2 – RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO DE BENEFÍCIOS A EMPREGADOS DE CURTO PRAZO Quando um empregado prestar serviços a uma entidade qualquer em determinado período contábil, ela deverá reconhecer os valores dos benefícios de curto prazo aos empregados de duas formas. Primeiro, como passivo, como uma obrigação que será liquidada em momento futuro; e, depois, como despesa, afetando o resultado do período. Mas, e se a entidade quiser incluir os valores como ativo? Você deve ficar ciente de que isso só poderá ocorrer se os pronunciamentos que tratam de estoques e de ativo imobilizado assim o permitirem. Neste Tema 2 nós vamos verificar os detalhes de todos os benefícios a empregados oferecidos e que possuam características de curto prazo. Vamos lá! 2.1 Licenças remuneradas de curto prazo As licenças remuneradas de curto prazo devem ser reconhecidas pelas entidades de forma cumulativa, quando o serviço prestado pelos empregados aumentar o seu direito a ausências remuneradas futuras; ou de forma não cumulativa, quando as ausências ocorrerem de maneira efetiva. As ausências remuneradas podem ter as mais diversas razões, entre elas feriados, doenças e 7 invalidez temporária de curto prazo, maternidade e paternidade, entre outras (CPC, 2009b). A título de exemplo, vamos verificar um caso de licença médica remunerada em uma empresa qualquer. Imaginemos que tal empresa oferece cinco dias anuais de licença médica remunerada, que, se não for utilizada em um ano, pode ser utilizada no ano seguinte. No último dia do ano 1, a média de dias de licença não utilizados é de dois dias por empregado. Com base em dados históricos, espera-se que essa tendência continue, sendo que noventa e dois empregados não tirariam mais do que cinco dias de licença médica no ano 2 e que apenas os oito empregados restantes tirariam uma média de seis dias e meio de licença, cada um. Como consequência, a entidade espera pagar um valor adicional referente a doze dias de auxílio-doença relativos ao período excedente da média de cada um dos oito empregados. Como a licença é de cinco dias e eles tiraram seis dias e meio na média, cada um, o excedente é de um dia e meio para cada empregado, gerando tal obrigação para a entidade. Já as licenças remuneradas não cumulativas não possuem a prerrogativa de passarem de um período para outro e, no caso de desligamento dos empregados da entidade, não dão direito a recebimento de qualquer valor financeiro. Fica fácil para nós identificarmos essas situações em nossa realidade brasileira, pois se um homem ou uma mulher, na condição de empregados, permanecerem sem ter filhos durante todo o período em que o contrato de trabalho permanecer vigente, esse fator não gerará qualquer direito de recebimento futuro, em momento de demissão, pelo fato de não ter utilizado a licença-paternidade ou maternidade. Aqueles funcionários que tiverem usado a licença ganharam financeiramente os valores e poderão fazê-lo em momento futuro novamente, se tiverem mais filhos. Para os que não são pai nem mãe, não há qualquer direito financeiro previsto no momento da demissão, por conta de não terem utilizado tal benefício em forma de auxílio. Curiosidade Alguns órgãos governamentais buscam aumentar os direitos relativos à licença-maternidade para aumentar a qualidade de vida das mães e garantir a boa expectativa de vida do bebê. Por exemplo, a Prefeitura de Contagem, em 8 Minas Gerais, publicou em seu Diário Oficial matéria versando sobre a ampliação da licença-maternidade, cuja leitura recomendamos (Contagem, 2009). 2.2 Planos de participação nos lucros e bônus Nenhuma entidade é obrigada a pagar parcela dos lucros obtidos aos funcionários a título de bonificação adicional. No entanto, há muitas empresas que agem dessa forma, mas impondo algumas condições para que os funcionários tenham tal direito, ao fim de cada ano. É possível que você trabalhe ou conheça alguém que trabalhe em uma empresa que paga participação nos lucros, mas os empregados geralmente recebem tal parcela adicional se permanecerem na entidade com vínculo ativo durante um período estabelecido, que normalmente é o ano civil. Caso o empregado peça demissão antes do fim do ano-base, não fará jus a qualquer recebimento. No entanto, se a empresa o demitir, ele manterá o direito proporcional ao tempo trabalhado. Existem empresas que realizam os pagamentos de maneira proporcional, tal como ocorre com o décimo-terceiro salário. Exemplificando, se o empregado trabalhar na empresa de janeiro a junho e for desligado, fará jus à metade da participação que um empregado com mesmo salário, mas que tenha trabalhado todo o ano, receberá. Mas, fiquem cientes de que o pronunciamento não estabelece que nenhuma empresa é obrigada a realizar pagamentos referentes à participação nos lucros, o que só ocorre se a obrigação construtiva estiver formalizada. Vamos verificar um exemplo em que uma empresa tem a política de participação nos lucros apenas para os empregados que permanecerem durante todo o ano-base. De acordo com os termos apresentados pela empresa, se não houver desligamentos de empregados durante o ano em questão a empresa deverá realizar o pagamento de 3% de seu lucro líquido aos empregados. Com base no histórico de rotatividade de pessoal obtido junto ao setor de recursos humanos, estimou-se de maneira confiável que é prudente que seja esperado um pagamento de 2,5% do lucro líquido. Como consequência, a entidade deve registrar uma despesa e um passivo correspondentes a 2,5% do lucro líquido obtido no período-base. Os planos de participação nos lucros de uma empresa devem ser claros com relação à operacionalidadedos cálculos e das bases a serem utilizadas 9 para definição dos valores a serem pagos aos empregados, assim como se apenas os funcionários que ficarem durante todo o tempo como empregados farão jus a esses valores ou se haverá pagamento proporcional. Todos os valores pagos como participação nos lucros aos empregados devem ser reconhecidos como despesas do período para a empresa e não como distribuição de lucros, sendo o lucro líquido apenas utilizado como base para cálculo, não sendo deduzido de outros cálculos. Curiosidade Por se tratar de um ganho para os empregados, os valores de participação nos lucros estão sempre sendo analisados sob o ponto de vista tributário. O texto Participação nos lucros e resultados é obrigatória? Saiba tudo sobre o benefício (Soares, 2016) nos esclarece sobre essa temática, tão discutida entre os juristas e por profissionais da área tributária. TEMA 3 – RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO DE BENEFÍCIOS PÓS- EMPREGO Os planos de benefícios pós-emprego são definidos como acordos em que a entidade proporcione benefícios aos seus ex-empregados que envolvam ou não o estabelecimento de uma entidade separada de previdência para o recebimento dos aportes e pagamento dos benefícios, sejam essas entidades de previdência abertas ou fechadas. Nós vamos ver os dois tipos de planos, a partir de agora: os de contribuição definida e os de benefício definido. 3.1 Plano de contribuição definida Nesses planos a contribuição é direta, pois os montantes devidos pela patrocinadora em cada exercício são determinados pelas contribuições no mesmo período. Por ser simples e direto o seu cálculo, não há qualquer premissa atuarial regendo os recebíveis e não há necessidade de desconto de qualquer valor, a não ser que as obrigações não sejam liquidadas no prazo de 12 meses a partir do momento em que o serviço foi prestado pelos empregados. Então, já sabemos que o fluxo de caixa descontado, tábuas de morte, de vida ou qualquer outro instrumento atuarial são desnecessários para a definição dos valores. 10 Tendo o empregado prestado serviços durante determinado período, o reconhecimento da contrapartida gerada por esses serviços prestados, por parte da empresa, deve se constituir na forma de passivo. Caso já tenham sido adiantados valores durante o período e sobre algum crédito para a empresa, esses valores devem ser reconhecidos como despesas pagas antecipadamente no ativo, devendo ser compensadas em períodos futuros ou em forma de reembolso, dependendo de como esteja acertado com os empregados. O reconhecimento também pode ser realizado como despesa, desde que não seja componente de estoques ou de ativo imobilizado, os quais possuem pronunciamentos específicos. Por fim, se não forem liquidados os valores devidos em um intervalo de 12 meses, o próprio pronunciamento técnico CPC 33 estabelece, , em seu no item 83 , os critérios a serem utilizados para desconto dos valores (CPC, 2009b). Saiba Mais Outra forma de os empregados receberem benefícios é por meio dos fundos de pensão. Você sabe como eles funcionam? Se não sabe, o texto Fundos de pensão: o que são e como funcionam (Seabra, [2012?]) pode ajudá- lo não somente a compreender, mas também a verificar se ele é uma boa opção para você. Boa leitura! 3.2 Plano de benefício definido A contabilização e o reconhecimento dos planos de benefício definido são complexos, pois já são necessárias algumas premissas atuariais, diferentemente do plano que vimos anteriormente. Como consequência, abre-se margem para ganhos e perdas atuariais. Todas as obrigações geradas devem ser avaliadas em valor presente, pois existe a possibilidade de serem liquidadas apenas muitos anos após os empregados terem efetivamente prestado os serviços para as empresas. Esses planos não necessitam ter um fundo constituído, podendo ainda ser total ou parcialmente financiados por aportes da empresa e dos próprios empregados para a entidade gerenciadora ou o fundo escolhido pela entidade patrocinadora. Essa será a base para o pagamento dos benefícios aos empregados. Os pagamentos não dependem apenas da situação financeira e do desempenho do fundo, mas do interesse e da capacidade da patrocinadora de 11 cobrir eventuais problemas financeiros do fundo. O que vemos é que a entidade patrocinadora acaba assumindo os riscos atuariais e de investimento do plano. O que também nos leva ao raciocínio de que as despesas efetivamente incorridas em decorrência do plano de benefício definido não serão obrigatoriamente os valores a serem pagos aos empregados, pois o desempenho financeiro do fundo também será uma variável considerada. Os planos de benefício definido são contabilizados de acordo com os passos que veremos a seguir: i) determinação de déficit ou de superávit; ii) determinação do valor líquido de passivo ou ativo de benefício definido no item i; iii) determinação dos valores que serão reconhecidos no resultado; iv) determinação das reavaliações dos valores líquidos para passivos ou ativos de benefícios definidos para serem transferidos a outros resultados abrangentes. No primeiro item, para que uma entidade determine se há superávit ou déficit, deve ser utilizada uma técnica atuarial ou outro critério para estimar o custo final, para a entidade, dos benefícios. Posteriormente, devem ser descontados o valor presente e os custos correspondentes. Por fim, deve ser deduzido o valor de ativos eventualmente existentes no plano para definição do valor presente da obrigação com benefício definido. O segundo item é a definição do valor líquido do passivo ou do ativo do benefício definido, ajustado sempre que houver alguma situação de teto de ativo alcançado, chamado de asset ceiling. No terceiro momento há o reconhecimento do custo corrente, de qualquer custo passado ou dos juros líquidos sobre o valor líquido. No último momento, os ganhos e perdas atuariais devem ser reavaliados, assim como o retorno sobre os ativos do plano e qualquer mudança que tenha ligação com o teto de ativo (asset ceiling). Curiosidade É provável que você saiba que os empregados de empresas privadas possuem regimes de previdência diferentes dos empregados do serviço público. O que provavelmente você não deve saber é sobre os detalhes dos planos de previdência dos empregados públicos. No texto Perguntas e respostas sobre 12 participante ativo alternativo (Funpresp, [201-]) você poderá saber como funciona a previdência dos empregados do setor público. TEMA 4 – RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO DE OUTROS BENEFÍCIOS DE LONGO PRAZO Não são apenas os benefícios de curto prazo que são considerados pela norma e que merecem preocupação e controles por parte das empresas. Os benefícios pagos aos empregados e que são classificados como de longo prazo também são tratados de maneira única, tudo especificado pelo pronunciamento técnico CPC 33 (CPC, 2009b). Vamos ver com detalhes esses benefícios, agora? 4.1 Aspectos práticos para outros benefícios A primeira condição para que um benefício a empregado seja considerado de longo prazo é que não tenha a expectativa de ser liquidado em até 12 meses. Após completada essa condição, devemos encarar as possibilidades de ocorrência, que são as seguintes: ausências de longo prazo, desde que remuneradas, como ocorre com as licenças por tempo de serviço ou licenças sabáticas; jubileus ou quaisquer benefícios decorrentes de tempo de serviço; benefícios associados à invalidez com prazo longo, entre outras remunerações oferecidas aos empregados, pelas empresas. Essas remuneraçõesde longo prazo são diferentes das remunerações pós-emprego, principalmente no que se refere à incerteza presente nestas últimas. Dessa maneira, podemos identificar uma maior simplicidade no registro contábil dos benefícios, concedidos aos empregados, que tenham característica de longo prazo. Devemos ficar cientes de que não há qualquer necessidade de reavaliação dos valores devidos em outros resultados abrangentes, o que deixa todo o processo mais claro e objetivo. O reconhecimento e a mensuração dos benefícios de longo prazo a empregados devem seguir as mesmas premissas dos benefícios pós-emprego a empregados, assim como as definições para o valor justo devem ser as mesmas dos benefícios de curto prazo a empregados. 13 A empresa também deve reconhecer os valores líquidos no resultado dos custos dos serviços que foram prestados pelos empregados, dos juros líquidos sobre o valor das obrigações geradas e das remunerações do valor líquido de passivo, no caso de benefício definido. Esse raciocínio só não deve ser seguido nas situações em que houver outro pronunciamento técnico que verse especificamente sobre o tema, como é o caso dos valores monetários que vão compor os bens em estoque ou os ativos imobilizados das entidades. Há outro benefício de longo prazo aos empregados, que é a chamada invalidez de longo prazo. Para o caso de o benefício estar atrelado ao tempo de serviço prestado, a obrigação deve surgir no momento da prestação de serviço. Além disso, tal obrigação deve refletir a probabilidade de o pagamento poder ser exigido e o tempo em que o pagamento for feito. Pode acontecer de o benefício ser idêntico para os empregados considerados inválidos, não importando o tempo de serviço que tenham prestado. Quando isso ocorrer, o custo esperado dos benefícios será reconhecido quando o evento que gerar o benefício de longo prazo decorrente da invalidez ocorrer. O pronunciamento técnico CPC 33 (CPC, 2009b) não exige divulgações específicas sobre outros benefícios de longo prazo concedidos aos empregados, mas existem outros pronunciamentos técnicos específicos que podem exigir essas divulgações, como são os casos do pronunciamento técnico CPC 05 (CPC, 2010a), que trata da divulgação sobre partes relacionadas e pode solicitar divulgação de benefícios para os administradores de uma entidade. Nesse caso, os gestores são considerados como empregados. Esse último pronunciamento técnico, que versa sobre a apresentação das demonstrações contábeis, especifica os detalhes sobre a divulgações dos benefícios concedidos a empregados na forma de despesas, pelas demonstrações financeiras. Curiosidade Muitas empresas promovem um intervalo de tempo chamado de período sabático, para seus funcionários. É claro que nem todos os funcionários têm tal direito. Normalmente ele é destinado apenas aos ocupantes de cargos mais altos na hierarquia, mas é uma alternativa viável para reciclagem profissional e aumento do comprometimento desses funcionários com a própria empresa. É uma espécie de período de descanso, de reflexão, em que o empregado passa a se dedicar a si mesmo para depois voltar mais confiante e comprometido 14 à empresa. No vídeo Período sabático (Lima, 2017) há mais informações a respeito. TEMA 5 – RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO DE BENEFÍCIOS RESCISÓRIOS Os benefícios rescisórios são tratados no pronunciamento técnico CPC 33 de maneira distinta dos outros benefícios concedidos a empregados, pois o seu evento gerador é distinto. No caso de benefícios rescisórios, estes são resultantes da decisão da entidade de rescindir o contrato de trabalho vigente ou da decisão do empregado de aceitar uma oferta de benefícios da empresa em troca da rescisão do contrato de trabalho, nos chamados planos de demissão voluntária, ambos não tendo qualquer relação com a prestação de serviço em si, que é o fato gerador de todos os outros benefícios concedidos a empregados (CPC, 2009b). A partir de agora nós vamos ver os últimos tipos de benefícios a empregados: os rescisórios. Pois então, vamos lá! 5.1 Aspectos conceituais e práticos dos benefícios rescisórios Inicialmente, deve ficar claro que os benefícios rescisórios não incluem em seu escopo aqueles benefícios, devidos aos empregados, provenientes da rescisão do contrato de trabalho a pedido do empregado e sem uma oferta formal da entidade empregadora ou como consequência da aposentadoria compulsória, pois esses dois exemplos se tratam de benefícios pós-emprego. Existem empresas que oferecem benefícios menores, quando o empregado pede a rescisão do contrato de trabalho, quando comparados com a rescisão do mesmo contrato de trabalho sendo realizada pela própria entidade empregadora. A diferença monetária existente entre o primeiro benefício, que é um benefício pós-emprego, e o benefício maior, oferecido pela empresa quando ela promove a rescisão, é chamada de benefícios rescisórios. Vamos exemplificar: um empregado prestou serviços a determinada empresa, continuamente, pelos últimos cinco anos. Se ele viesse a pedir demissão, ou seja, se solicitasse a rescisão do contrato de trabalho contra a vontade da empresa, faria jus a uma parcela de R$ 50 mil. No entanto, caso a empresa ofereça uma proposta de bônus por demissão voluntária no valor de R$ 15 80 mil, naquele mesmo momento, por qualquer razão, a parcela devida de benefícios rescisórios é de R$ 30 mil, sendo constituída pela diferença entre o que seria recebido pelo funcionário no benefício pós-emprego, R$ 50 mil, e o valor da demissão voluntária, de R$ 80 mil. De maneira geral, os benefícios concedidos aos funcionários não estão ligados à rescisão do contrato de trabalho ou a serviços prestados por eles, sendo predominantemente parcelas pagas de uma única vez. De acordo com o pronunciamento técnico CPC 33 (CPC, 2009b), uma entidade deve efetuar o reconhecimento da despesa e do correspondente passivo relativo aos benefícios rescisórios na primeira situação a ocorrer, das duas apresentadas a seguir: 1. quando não for mais possível para a entidade empregadora o cancelamento dos benefícios ofertados; 2. quando houver o reconhecimento, por parte da entidade, dos custos de reestruturação previstos no pronunciamento técnico CPC 25, que trata especificamente de provisões, passivos contingentes e ativos contingentes e que envolvam o pagamento de benefícios rescisórios (CPC, 2009a). Você já deve ter ouvido falar dos planos de demissão voluntária, comumente oferecidos por empresas que desejam se reestruturar e ofertam tais benefícios para alguns funcionários. Há um momento em que as entidades ofertantes não podem mais efetuar o cancelamento das propostas de demissão voluntária e esse momento também é considerado o primeiro entre os dois apresentados a seguir: 1. no momento em que o empregado aceita a oferta; 2. no momento em que uma restrição impede a entidade de realizar o cancelamento da oferta. Essas exigências podem ser legais, regulatórias ou contratuais. Ainda de acordo com o pronunciamento técnico CPC 33 (CPC, 2009b), uma entidade deve mensurar os benefícios rescisórios com base no reconhecimento que tiver sido previamente realizado, fazendo valer quaisquer mudanças posteriores, de acordo com cada benefício concedido aos empregados e tendo como base que os benefícios rescisórios são uma melhoria dos benefícios pós-emprego. 16 A título de exemplo, vamos analisar a seguinte situação hipotética: determinada empresa foi adquirida por outra e, como política de aquisição, terá uma de suas unidades fabris desativada em futuro próximo.O prazo comunicado aos funcionários para que isso ocorra é de 10 meses e, ao fim de tal período, todos os funcionários terão os contratos de trabalho rescindidos. Não é intenção da empresa que todos os funcionários se desliguem da empresa imediatamente, pois ela ainda necessita do conhecimento que eles possuem sobre as operações para o total cumprimento de contratos vigentes com clientes. Dessa forma, a empresa anuncia que possui um plano de rescisão para todos os funcionários, com alguns termos simples. Vamos a eles: 1. todo funcionário que permanecer até o fim das operações da fábrica receberá o pagamento em dinheiro de R$ 30 mil; 2. todo funcionário que solicitar desligamento antes do encerramento das operações da fábrica receberá o pagamento em dinheiro e de forma não parcelada de R$ 10 mil. Ao todo, a fábrica a ser fechada possui o total de 120 funcionários e os diretores supõem que 20 funcionários solicitarão desligamento antes do encerramento das operações. Com isso, já projetam as saídas futuras de caixa, que estão assim evidenciadas: (20 funcionários x R$ 10 mil) + (100 funcionários x R$ 30 mil) = R$ 3,2 milhões. Sendo assim, os benefícios rescisórios são devidos em função da rescisão dos contratos de trabalho e os benefícios de curto prazo são devidos em troca de serviços prestados. Como será em 10 meses o fechamento da empresa e todos os funcionários terão os seus contratos de trabalho rescindidos, deve-se analisar com mais profundidade a situação. Independentemente de saírem antes ou não do encerramento das atividades da empresa, todos os funcionários terão os contratos rescindidos, o que dá um benefício rescisório de R$ 10 mil para cada. Como são 120 funcionários, a entidade deve reconhecer o total de R$ 1,2 milhão como benefícios rescisórios. Todo o restante será considerado como benefícios de curto prazo, pois serão devidos aos funcionários conforme eles permanecerem prestando serviços para a empresa até o encerramento de suas atividades, durante os próximos 10 meses. A diferença de R$ 2 milhões será reconhecida ao longo dos 10 meses imediatamente anteriores ao encerramento das atividades 17 operacionais da empresa de maneira linear, na proporção de R$ 200 mil por mês, representando o reconhecimento da despesa e o consequente passivo devido aos funcionários, a ser liquidado no momento do efetivo encerramento das atividades operacionais da empresa. Complementando, não há necessidade de se realizar divulgação específica sobre os pagamentos relativos aos benefícios rescisórios, embora outros pronunciamentos técnicos possam exigir tal divulgação de maneira mandatória. Saiba Mais Você sabia que o Banco Central do Brasil (Bacen) obrigou todas as instituições financeiras brasileiras, sem exceção, a realizarem divulgação de suas informações pertinentes aos benefícios praticados junto aos seus empregados? Isso serve para pequenas, médias e grandes empresas do setor e está regulamentado pela Resolução Bacen no 4.424 de 25 de junho de 2015 (Bacen, 2015). TROCANDO IDEIAS Quando um contrato de trabalho é finalizado, do ponto de vista do funcionário, não existe diferença: o dinheiro apenas entra de uma vez só na sua conta-corrente e ele recebe uma espécie de relatório especificando os detalhes sobre os valores, nada mais do que isso. No entanto, para as empresas, embora os valores também tenham saído de um mesmo caixa, os registros na contabilidade devem ser distintos. Dessa forma, apresente a sua sugestão sobre como os controles dos registros podem ser melhorados de forma que os valores pagos a título de extinção do contrato de trabalho possam ser segregados. Não se esqueça de que há os benefícios de curto e de longo prazo, os benefícios pós-emprego e os benefícios rescisórios. NA PRÁTICA Vamos imaginar que você seja o responsável por uma das 20 unidades fabris de determinada empresa. Sua função é descobrir novos mercados e novas estratégias de mercado. Com a experiência de alguns anos em sua função, você 18 conseguiu identificar que a planta produtiva pela qual você é o responsável não oferece mais o rendimento mínimo necessário que a diretoria demanda. Mesmo após ajustes produtivos, treinamento de funcionários e inserção de novos itens no mix de produção, a viabilidade da planta produtiva foi atestada como abaixo do esperado, pelos membros da diretoria-geral. De posse dessa informação, você já sabe que terá que se desfazer não somente da estrutura física, mas também dos funcionários produtivos, sendo realocados apenas os supervisores e gestores. Ao todo serão 80 funcionários dispensados nos próximos 2 anos, período em que a empresa ainda possui contratos vigentes com alguns clientes importantes. Os diretores repassam a informação de que os funcionários que permanecerem durante todo o período serão beneficiados com o valor de R$ 50 mil adicionais no momento da rescisão contratual. Já aqueles que ficarem nos 12 primeiros meses terão a bonificação reduzida para R$ 20 mil, na rescisão, e aqueles que optarem pela rescisão imediata do contrato de trabalho ganharão o valor de R$ 5 mil. A empresa espera que 60% dos funcionários fiquem até o fim dos 2 anos, 30% fiquem durante os 12 primeiros meses e o restante solicite a saída imediata. De posse dessas informações, identifique os registros que devem ser realizados, de acordo com a sua natureza (benefícios de curto prazo, de longo prazo e rescisórios), além do valor total por natureza e global a ser desembolsado pela empresa, com a demissão dos 80 funcionários. Passos para a resolução do problema Primeiramente, deve ser calculada a parcela financeira a ser paga aos funcionários que permanecerem durante os 2 anos e multiplicá-la por R$ 50 mil. Na sequência, proceder-se ao mesmo cálculo para os funcionários que permanecerem durante 12 meses e, por fim, ao mesmo cálculo para os funcionários que solicitarem desligamento imediato. Não podemos esquecer de que todos os funcionários terão a parcela rescisória, mas alguns terão benefícios de curto prazo a receber e outros terão benefícios de longo prazo a receber. 19 Resolução do problema Considerando-se os 80 funcionários, 60% deles são um total de 48, os quais receberão R$ 50 mil cada por ficarem até o fim das operações, totalizando, assim, R$ 2,4 milhões. Trinta por cento deles ficarão durante os 12 primeiros meses, perfazendo 24 funcionários, e receberão R$ 20 mil cada, totalizando R$ 480 mil. Os 8 funcionários que solicitarem desligamento imediato receberão cada um R$ 5 mil, totalizando R$ 40 mil. Dessa forma, o valor total a ser desembolsado pela empresa pelo encerramento das atividades é de R$ 2,92 milhões, mas ainda precisamos separar por tipo de benefício. Os 8 funcionários que pedirem demissão imediata receberão apenas o benefício rescisório (R$ 5 mil). Já os 24 funcionários que ficarem durante o primeiro ano receberão o benefício rescisório (R$ 10 mil) e o benefício de curto prazo (R$ 10 mil), totalizando assim R$ 20 mil cada. Por último, os funcionários que ficarem até o fim dos 2 últimos anos de operação ganharão o benefício rescisório (R$ 10 mil), o benefício de curto prazo (R$ 20 mil) e o benefício de longo prazo (R$ 20 mil). Os valores são distintos, pois o valor total pertinente aos funcionários que trabalharão durante 12 meses é de R$ 20 mil, sendo R$ 10 mil de rescisão e o restante de curto prazo. Já os funcionários que ficarão até o final receberão ao todo R$ 50 mil, sendo R$ 10 mil de benefício rescisório e o restante dividido em duas partes iguais, uma para o benefício de longo prazoe outra para o benefício de curto prazo, ambas de R$ 20 mil cada. Eis os cálculos detalhados: – benefício rescisório (por demissão de todos os funcionários): R$ 5 mil x 80 = R$ 400 mil; – benefício de longo prazo (pelo recebimento durante o segundo ano de trabalho): R$ 20 mil x 48 = R$ 960 mil; – benefício de curto prazo (pelo recebimento durante o primeiro ano de trabalho): (R$ 20 mil x 48) + (R$ 10 mil x 24) = R$ 1,2 milhão. Ao serem totalizados os valores de R$ 400 mil, de R$ 960 mil e de R$ 1,2 milhão, tem-se o total de R$ 2,56 milhões calculados anteriormente, mas aqui demonstrados por natureza de benefício concedido a cada funcionário. 20 FINALIZANDO Vimos nesta aula a importância de serem realizados registros corretos sobre os valores de benefícios pagos a empregados. Tais valores serão evidenciados nas demonstrações contábeis das empresas, mostrando as políticas de benefícios que praticam e também a forma como estão organizadas internamente, pois quanto mais fácil for a compreensão dos valores nas demonstrações, maior será o nível da qualidade informacional que elas prestarão. Não se faz a divulgação desse tipo de informação apenas porque a empresa deseja ter boa relação com a sociedade, mas porque existem regras específicas que as obrigam a fazê-lo. A regra é baseada no pronunciamento técnico CPC 33 (CPC, 2009b), o qual trata exclusivamente dos benefícios a empregados. 21 REFERÊNCIAS AZEVEDO, G. H. W. de. Matemática financeira e atuarial: noções aplicadas ao seguro. Rio de Janeiro: Funenseg, 2005. _____. Seguros, matemática atuarial e financeira. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. BACEN – Banco Central do Brasil. Resolução n. 4.424, de 25 de junho de 2015. Dispõe sobre o registro contábil e a evidenciação de benefícios a empregados. Diário Oficial da União, Brasília, seção 1, p. 37, 29 jun. 2015. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo =/Lists/Normativos/Attachments/48522/Res_4424_v1_O.pdf>. Acesso em: 28 maio 2018. CONSENTINO, H. M.; COSTA, A. C. F. da; MOURA JÚNIOR, A. A. Matemática atuarial para administradores: seguro de pessoas. Brasília: Escola Nacional de Seguros: 2016. (Série textos didáticos). CONTAGEM. Prefeitura Municipal. Prefeitura propõe ampliação da licença- maternidade. Diário Oficial de Contagem, ano 18, v. 2.446, 26 fev. 2009. Disponível em: <http://www.contagem.mg.gov.br/arquivos/doc/2446web.pdf?x=201710050705 28>. Acesso em: 28 maio 2018. CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Pronunciamento técnico CPC n. 25. Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes. Brasília, 26 jun. 2009a. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos- Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=56>. Acesso em: 28 maio 2018. _____. Pronunciamento técnico CPC n. 33. Benefícios a empregados. Brasília, 4 set. 2009b. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos- Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=64>. Acesso em: 28 maio 2018. _____. Pronunciamento técnico CPC n. 5. Divulgação sobre partes relacionadas. Brasília, 3 set. 2010a. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos- Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=36>. Acesso em: 28 maio 2018. _____. Pronunciamento técnico CPC n. 10. Pagamento baseado em ações. Brasília, 3 dez. 2010b. Disponível em: < 22 http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos- Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=41>. Acesso em: 28 maio 2018. ENTENDENDO as modalidades dos planos previdenciários. Videoexplicação publicada por Funcef. YouTube, 26 set. 2013. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=UiyIpaJ1T0o>. Acesso em: 28 maio 2018. FUNPRESP – Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo. Site institucional. Perguntas e respostas sobre participante ativo alternativo. [201-]). Disponível em: <https://www.funpresp.com.br/portal/wp-content/uploads/2015/04/FAQ- Participante-Ativo-Alternativo.pdf>. Acesso em: 28 maio 2018. GOLDBERG, I. Direito de seguro e resseguro. Rio de Janeiro: Forense, 2012. (Série FGV Direito Rio). LIMA, J. Período sabático. Videoexplicação. YouTube, 14 fev. 2017. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=W0fWgxX6IOo>. Acesso em: 28 maio 2018. POLIDO, W. Contrato de seguro: novos paradigmas. São Paulo: Roncarati, 2010. SEABRA, R. Fundos de pensão: o que são e como funcionam. Quero Ficar Rico, [2012?]. Disponível em: <https://queroficarrico.com/blog/fundos-de- pensao/>. Acesso em: 28 maio 2018. SILVA, A. Contabilidade e análise econômico-financeira de seguradoras. São Paulo: Atlas, 1999. SOARES, A. L. Participação nos lucros e resultados é obrigatória? Saiba tudo sobre o benefício. iG, São Paulo, 28 mar. 2016. Disponível em: <http://economia.ig.com.br/2016-03-28/participacao-nos-lucros-e-resultados-e- obrigatoria-saiba-tudo-sobre-o-beneficio.html>. Acesso em: 28 maio 2018. VILANOVA, W. Matemática atuarial. São Paulo: Pioneira, 1969.
Compartilhar