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ESTOMATOLOGIA- AULA 14 CISTOS NÃO-ODONTOGÊNICOS E ODONTOGÊNICOS Cisto: Cavidade revestida por epitélio e cápsula fibrosa Conteúdo fluido, semifluido ou gasoso Classificação: Odontogênicos ou Não Odontogênicos Estímulo de crescimento: Inflamatório ou de desenvolvimento Cistos não odontogênicos Cistos palatino de recém nascido Cisto nasolabial (cisto nasoalveolar) Cisto do ducto nasopalatino Cisto da papila incisiva Cisto do ducto tireoglosso Cisto linfoepitelial oral Cisto Palatino do Recém nascido - Epitélio na linha de fusão (Pérolas de Epstein) - Derivados de glândulas salivares menores (Nódulos de Bohn) Perólas de Epstein e Nódulos de Bohn não são sinômimos, pois são iguais clínica e microscopicamente, porém com origem diferente Nódulos brancos pois tem queratina dentro Assintomáticos Desenvolvimentos geralmente entre o palato duro e o palato mole Restos de epitélio > patogenia O bebê já nasce com esse cisto Na região de união dos dois palatos – rafe palatina – ficaram restos epiteliais Cisto Nasolabial - Fissura: processos maxilar / nasal mediano / nasal lateral – ocorre nessas linhas de fusão É essencialmente de tecido mole e ocorre lateralmente a linha média. Acredita-se que ele é originado a partir do epitélio que forma o ducto nasolacrimal. Estritamente de tecidos moles – Ficam acima do periósteo Elevação da asa do nariz, apagamento do fundo de sulco – não se vê concavidade, e sim abaulamento Assintomático, porém se crescer muito: Tumefação do lábio superior lateral a linha média Obstrução nasal Interferir na utilização de prótese Reabsorção óssea subjacente - Tratamento : Enucleação (remoção da parte da mucosa nasal) Acesso intrabucal Recidiva é rara – quando bem feita a cirurgia, sem deixar resíduos Cisto do Ducto Nasopalatino Remanescentes do ducto nasopalatino (provável degeneração cística) > patogenia É originado de remanescentes epiteliais que ficaram aprisionados na região do forame incisivo, levando ao aumento do volume na região anterior do palaro duro. Radiograficamente, parece ou uma pera invertida ou um coração Mais comum dos cistos não odontogênicos 4ª e 6ª décadas – entre 30 e 50 anos de idade Sexo masculino (3:1) Tumefação região anterior da linha média do palato – palato anterior (região de rugosidade palatina) Forame incisivo: máximo 6 mm – se estiver maior, provavelmente poderá ser um cisto O formato da lesão é definido pela posição do cisto dentro do canal Cisto da Papila Incisiva Sem envolvimento ósseo Na região do forame incisivo Enucleação cirúrgica (acesso intrabucal) Recidiva é rara Cisto do ducto tireoglosso Remanescentes epiteliais do ducto tireoglosso > Patogenia Jovens – em torno dos 30 anos Sem predileção por gênero Linha média – forame cego (logo atrás das papilas valares, V lingual) até as chanfraduras supraexterna (região da tireóide) Quando não está infectado é indolor Tumefação móvel, flutuante e indolor Cisto mexe junto com a deglutição Na cavidade bucal é encontrado principalmente no assoalho da boca e na região de forame cego Cisto também encontrado na região anterior cervical no local da cartilagem/glândula. Tratamento: Técnica de Sistrunk (osso hioide + tecido muscular + cisto) – Depende da posição na qual o cisto se formou; Remoção cirúrgica conservadora – remover só o cisto Diagnóstico diferencial: tireóide lingual, cisto branquial, cisto dermoide, cisto linfoepitelia. Caso, raramente, ocorra uma transformação maligna das células tireoidianas – adenocarcinoma papilar da tireóide Com tecido de tiroide na cápsula fibrosa Cisto linfoepitelial oral Se desenvolve dentro do tecido linfoide oral – Áreas nas quais as células linfóides estão concentradas Pequeno nódulo, firme ou mole, branco ou amarelado, assintomático Podem acontecer os agregados linfoides ectópicos (nas amígdalas), regiões retromolares, palato mole a assoalho de boca Anel de Waldeyer – anel virtual composto pelas tonsilas faríngeas, palatina e lingual Hipóteses: Restos de epitélio de glândulas salivares Criptas com restos de alimentos, bactérias, células etc que podem se calcificar, formando o tonsilolito, ou as criptas podem se fechar formando uma cavidade com epitélio revestindo e formação de queratina e de tecido linfóide Ocorre mais em adultos jovens no assoalho bucal. Remoção cirurgica conservadora e acompanhamento Cisto dermóide Lesão cistica benigna. Linha média do assoalho da boca ou região submentoniana acima do múscumo geni-hioide deslocando a lingua São raros Adultos jovens É um nódulo, normocromico de superficie lisa e pode ir de mm ate 12 centimetros de diâmetro. Sua consistencia é mole, semelhante a uma borracha. Assintomático e de crescimento lento D.D: ganglio linfático, rânula; higroma cistico; abcesso de assoalho bucal Tratamento : remoção cirúrgica Cistos odontogênicos Inflamatórios: Precisam de um estímulo inflamatório para o desenvolvimento Os mais comuns são os periapicais ou radicular Desenvolvimento: Tem haver com os ossos da face e a fase de união deles O mais comum é o dentífgero Resto de epitélio odontogênico – origem no ectoderma (assim como o SNC) Agente capaz de estimular a proliferação do epitélio - Epitélios odontogênicos que podem dar origem a essas lesões: Lamina dentária, Órgão do esmalte e Bainha epitelial de Hertwig A lâmina dura é uma linha esclerótica – mais densa Inflamatórios Cisto radicular (periapical – lateral e residual - ou periodontal apical) Inflamação causada por proliferação bactéria, a qual estimula as células da inflamação a liberarem fatores de crescimento que estimulam os restos epiteliais de malassez Granuloma x cisto: necessidade de confirmação por biópsia Radiograficamente há perda da lâmina dura com halo esclerótico, radiolucidez – demonstrando perda óssea A cárie profunda é a principal causa Lesões maiores que 2 cm / endodontia inviável Cirurgia periapical, paraendodôntica Assintomático, crônico - O cisto radicular lateral aparece lateralmente a raíz - O cisto radicular residual é quando o CD retira o dente mas não a lesão Diagnóstico diferencial: qualquer lesão radiolúcida em região de periapice Diagnóstico clínico: Palpação; percursão, térmicos, elétricos, etc Tratamento: enucleação cirurgica, marsupialização e descompressão Desenvolvimento Cisto dentígero Imagem radiolúcida associada a um dente incluso saindo da JCE. Maiores recorrências: 3º molares inferiores ou superiores, caninos e pré molares inferiores Assintomático quando não infectado - Central, lateral, circunferencial mais comum em jovens entre a 4° e 6° década de vida. Tratamento : enucleação com exodontia; marsupialização Radiograficamente: lesão radiolúcida, bem delimitada, borda esclerótica ou não Cisto de erupção Rompe espontaneamente - Hematoma de erupção Envolvimento da gengiva de um dente que estaria prestes e erupcionar Cor azulada ou arroxeada Massagear gengiva com gase, pôr o mordedor no congelador e posteriomente dar a criança, dar alimentos mais maciços, ou em último caso faz-se uma ulotomia (ulectomia) – cirúrgico Origem no epitélio reduzido do órgão do esmalte Cisto gengival do recém nascido Múltiplas pápulas em rebordo alveolar Superficial na mucosa, geralmente múltiplas Mais comum no rebordo superior Com conteúdo de ceratina Caracteriza-se por uma tumefação na mucosa alveolar Tratamento: rompem-se espontaneamente. Diagnóstico diferencial: pérolas de Epstein ou nódulos de Bonh; cisto nasopalatino Cisto gengival do adulto e cisto periodontal lateral Enucleação Acometem mais homens com meia idade Ocorre em região anterior de mandíbula na maioria dos casos Regiões vestibular Recorrência incomum Gengival do Adulto >tecido mole > Origem nos restos de Serres Periodontal Lateral >intraósseo, com possível reabsorção óssea CERATOCISTO ODONTOGENICO Atinge mais homens de 10 – 40 anos Região posterior de mandíbula com crescimento Antero posterior sem causar expansão ossea,mas infiltra o trabeculado. Liquido presente dentro é a ceratina, que é verificada através da punção aspirativa que é diferente de PAAF. Recorrência de 5 a 62% por conta: Possui um epitélio frágil que se solta do conjuntivo (característica friável, cápsula fina). Presença de cistos satélites Comportamento agressivo por possuir esse estimulo molecular. Exibem uma área radiolúcida com margens escleróticas frequentemente bem definidas. Lesões grandes, no corpo posterior e no ramo da mandíbula, podem se apresentar multiloculada. Um dente não erupcionado esta envolvido na lesão em 25% a 40% dos casos, em tais casos sugere o diagnóstico de cisto dentígero. O diagnostico baseia-se no histopatológico pois os achados radiográficos apesar de serem sugestivos não confirma a lesão, podendo simular o cisto dentígero, periodontal lateral, cisto residual, cisto radicular. Os ceratocistos também em região de linha média anterior da maxila podem mimetizar os cistos do ducto nasopalatino. Pode estar associado a Síndrome de Gorlin Goltz ou apenas Sindrome do Carcinoma nevóide basocelular. ↓ Doença hereditária autossômica dominante com alta penetração e expressividade variável. Mutações no gene patched (PTCH) – gene supressor do tumor. Principais manifestações: multipolos tumores odontogênicos ceratocisticos, carcinoma de células basais em pele. Assimetria facial Hipertelorismo ocular (olho caído) Costela bífida. Aumento do volume mandibular. Tratamento para os ceratocistos odontogenicos: enucleação e curetagem. Tratamento da síndrome: geralmente não oferece risco de morte. Os cistos dos ossos gnáticos são tratamos por enucleação, mas em muitos pacientes vão continuar a desenvolver.
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