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Aulas 13, 14 e 15 Cistos odontogênicos e não odontogênicos, Tumores

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CISTOS ODONTOGÊNICOS
CISTOS INFLAMATÓRIOS
Cisto periapical/ radicular
 CÁRIE, DOENÇA PERIODONTAL, TRAUMA → MORTE DA POLPA → INFLAMAÇÃO ÓSSEA APICAL ->
FORMAÇÃO DO GRANULOMA → ESTIMULAÇÃO DOS RESTOS EP. DE MALASSEZ (NO LIGAMENTO 
PERIODONTAL) → PROLIFERAÇÃO DO EPITÉLIO → FORMAÇÃO DO CISTO
• Fase de iniciação: proliferação dos restos ep de Malassez condicionada por inflamação
• Fase de formação do cisto: ep em proliferação ocasiona degeneração e morte das 
células centrais
• Fase de crescimento: diferença da pressão osmótica. Ocorre reabsorção do osso. 
• Radiograficamente: unilocular, perda da lâmina dura ao longo da raiz adjacente, 
reabsorção radicular comum
• Apical e lateral (pera invertida): radiolucidez ao longo da porção lateral da raiz 
O tecido inflamatório que não foi curetado totalmente no momento da extração do dente 
pode dar origem ao cisto inflamatório chamado de cisto periapical residual, e com o tempo 
muitos destes cistos exibem uma redução no tamanho podendo ter resolução espontânea pela
ausência de estimulo inflamatório constante. Tratamento : Extração do dente e curetagem do 
periapice, Tratamento endodontico e biópsia. 
CISTOS DO DESENVOLVIMENTO
Cisto Dentígero
• O cisto dentígero envolve a coroa de um dente impactado e se conecta ao dente pela 
junção AMELOCEMENTÁRIA. A patogênese desse cisto é incerta, mas aparentemente 
ele se desenvolve pelo acúmulo de fluido entre o epitélio reduzido do esmalte e coroa 
do dente.
• Diagnóstico: hipodontia, assimetria facial, histopatológico, lesões pequenas
• Características radiográficas: área radiolúcida unilocular que esta associada à coroa de
um dente incluso. A lesão radiolúcida geralmente apresenta margem bem definida e 
frequentemente esclerótica, mas um cisto infectado pode mostrar margens pouco 
definidas.
• Variante central (mais comum) – o cisto envolve a coroa do dente e ela se projeta no 
cisto.
• Variante lateral – geralmente associada a 3º molares inferiores, impactado com a 
inclinação mesio angular e que estão parcialmente erupcionados. O cisto cresce 
lateralmente ao longo da superfície radicular e envolve parcialmente a coroa.
• Variante circunferencial - o cisto circunda a coroa e se estende por alguma distancia 
ao longo da raiz de forma que uma porção significativa da raiz parece estar dentro do 
cisto.
• Tratamento: curetagem e enucleação
Cisto de erupção (hematoma de erupção)
• Se desenvolve com a separação do folículo
dentário da coroa de um dente em erupção
que já esta posicionado nos tecidos moles que
recobrem o osso alveolar.
• Surge com o aumento de volume de
consistência mole, frequentemente
translúcido, na mucosa gengival que recobre a
coral de um dente decíduo ou permanente em
erupção.
• O trauma em sua superfície pode resultar em
uma quantidade considerável de sangue no
fluido cístico, o que concede a cor azul a
marrom roxo do cisto.
• Tratamento e Prognostico: Pode não haver tratamento porque o cisto se rompe 
espontaneamente, permitindo a erupção do dente. Quando necessário fazer uma 
enucleação conservadora, com recidivas raras.
• Ceratocisto 
• Surge a partir dos restos celulares da lâmina dentária
• Aumento de volume e expansão no osso
• Punção: fluido semelhante à margarina
• Comportamento agressivo
• Crescimento anteroposterior
• Tratamento: cirúrgico com margem de segurança ou
conservador + curetagem + crioterapia + Solução de Carnoy (veda as
trabéculas ósseas)
CISTOS NÃO ODONTOGÊNICOS
Cistos palatinos do recém-nascido
• Há duas teorias para o surgimento desses cistos, a
primeira é que quando os processos palatinos se fusionam
na linha média, durante a vida embrionária para formar o
palato secundário pequenas ilhas epiteliais podem ficar
aprisionadas por baixo da superfície tecidual ao longo da
rafe palatina e formar os cistos. Como descrito
originalmente, as PERÓLAS DE EPSTEIN ocorrem ao longo
da rafe palatina mediana e provavelmente surgem do
epitélio aprisionado ao longo da linha de fusão
• A segunda os cistos poderiam ter surgido de
remanescentes epiteliais oriundos do desenvolvimento de
glândulas salivares menores do palato. 
Os NÓDULOS DE BORN, estão espalhados pelo palato duro e acredita-se que são 
derivados de glândulas salivares menores.
• ❶ ILHAS EPITELIAIS APRISIONADAS → PROCESSOS PALATINOS SE FUSIONAM NA 
LINHA MEDIA DO PALATO → PEROLAS DE EPSTEIN.
• ❷ REMANESCENTES EPITELIAIS DE GLND. SALIVARES MENORES DO PALATO → 
NÓDULOS DE BORN.
• Características Clínicas: Apresentam-se como pápulas branco amareladas múltiplas na 
boca de um recém-nascido 
• Tratamento: acompanhamento (regressão espontânea).
Cisto Nasolabial
• Origem: epitélio remanescente da fusão do processo nasal lateral, processo nasal 
medial e processo maxilar
• Mulheres + 40 anos
• Clínica: Tumefação que resulta em assimetria facial, apagamento de vestíbulo 
• Sem alteração radiográfica
• Tratamento: enucleação cirúrgica
Cisto do Ducto Nasopalatino /papila incisiva
• Origem a partir de remanescentes do ducto
nasopalatino.
• Mais comum na 4ª a 6ª década de vida,
predileção pelo gênero masculino.
• Clínica: Tumefação na região anterior do palato,
drenagem e dor. ( as vezes esses sinais são relatados de
forma longa devido sua natureza intermitente)
• As radiografias geralmente mostram uma lesão radiolúcida bem
circunscrita próxima ou na linha média da região anterior da maxila, entre os
ápices dos incisivos centrais, se apresentando de forma oval com halo escrerótico
e em alguns casos nota-se na imagem uma forma de pêra invertida ou coração.
• C. Papila incisiva não há acometimento ósseo
• Tratamento: Enucleação cirúrgica, Recidiva rara
Cisto linfoepitelial oral
• Se desenvolve dentro do tecido linfóide oral. Esse
tecido linfóide é encontrado na cavidade oral e
faringe, consistindo, principalmente, no ANEL DE
WALDEYER (amígdalas linguais, palatinas e
adenóides faringianas) alem disso pode ocorrer em
amígdalas orais acessórias e agregados linfóides
em soalho de boca, superfície ventral de lingua e
palato mole.
❶ Cristas amigdalianas são obstruídas (ceratina) →
Invaginação do epitélio de revestimento.
❷ Epitélio de Revestimento ou Epitélio da glândula salivar
que ficou retido no tecido linfóide durante a embriogênese.
• Clínica: Nódulo ou pápula amarelo-esbranquiçada,
macia à palpação e superfície lisa
• Afeta mais adultos jovens, acomentendo
principalmente soalho bucal (50%).
• Tratamento: Enucleação.
Cisto do ducto tireoglosso
Origem: ducto tireoglosso
Diagnóstico diferencial: Tumor de células granulares, Schwanoma
Inflamação ou retenção de secreção linfoide no interior do ducto
Tratamento: remoção cirúrgica
Pode evoluir para adenocarcinoma tireoidiano papilar
TUMORES ODONTOGÊNICOS
São formados a partir:
 Epitélio odontogênico
 Mesênquima odontogênico
 Tumor do mesênquima e/ou ectomesênquima odontogênico com ou sem 
epitélio
 Misto
Diagnostico: Anamnese + exame físico + exames complementares
TUMORES DO EPITELIO ODONTOGÊNICO
Ameloblastoma
Origem: remanescentes do O.E., células da camada basal da mucosa oral
• São tumores de crescimento lento, localmente invasivos, que apresentam curso 
benigno na maioria dos casos.
• Predileção por mandíbula
• Lesão radiolúcida multilocular: bolhas de sabão ou favos de mel
• Tratamento: Cirúrgico com margem de segurança; Curetagem 55 a 90% de recidiva; 
Crioterapia e solução de Carnoy; Conservador = aumenta chance de recidiva.
Odontoma
• Mais comum
• Hamartoomas: distúrbios de
desenvolvimento
• 1ª e 2ª décadas de vida
• Predileção por maxila
• Expansão assintomática
• Odontoma composto: formado por múltiplas estruturas
semelhantes a dentes (dentículos).
• Odontoma complexo: consiste em uma massa conglomerada de
esmalte e dentina quenão se assemelha com dente. (esse
geralmente atrapalha a erupção dentária)
• Características radiográficas: massas radiopacas x dentículos;
zona radiolúcida periférica; associada a retenção dental
• Tratamento: Excisão simples, sem recidiva
Patologias ósseas
Lesões Fibro-ósseas
a) Displasia Fibrosa (lesão de vidro fosco – aspecto embaçado
na radiografia)
Causa: fator hereditário
• Raça negra é mais acometida
• Substituição do tecido ósseo normal por tecido ósseo
fibroso
• Monostática: 1 osso + maxila : superimposição de
trabéculas
• Polistótica: + 1 osso: dor e deformidade devido a
fratura, macha de café com leite, endocrinopatias
• Osso com aspecto de vidro despolido, imagem
radiolúcida mal delimitada
• Tratamento: cirúrgia cosmética após maturação óssea
do indivíduo
b) Displasia cemento-óssea
• Acredita-se que essa displasia surge em estreita aproximação com o ligamento 
periodontal, e alguns dizem que ela tem origem no ligamento periodontal, ou no 
defeito da remodelação óssea
• Focal: Entre o periapical e a florida; posterior de mandíbula- lesão única; pequenas e 
assintomáticas; diagnóstico e acompanhamento; DD: Fibroma ossificante
• Periapical: Dentes envolvidos são quase sempre VITAIS, e
quase nunca tem restaurações. Áreas radiopacas
envolvidas por halo radiolúcido, auto-limitante, ttmento:
acompanhamento.
• Florida: Limitada a ossos gnáticos; envolvimento extenso;
apenas acompanhamento; bilaterais e simétricas
c) Fibroma ossificante
• Posterior da mandíbula
• 3ª e 4ª década
• Associada a dentes com vitalidade
• Áreas radiopacas
Osteossarcoma
• Aumento de volume e dor
• Abaulamento, parestesia e obstrução nasal
• Evolução rápida
• Radiograficamente: lesões escleróticas e radiolúcidas, aspecto de raio de sol, 
reabsorção dental
• Tratamento: excisão cirúrgica radical
Lesão central de células gigantes 
• Causa: trauma
• Mandíbula, mulheres, indolor, crescimento lento
• Ultrapassa a linha média
• Osso é absorvido e substituído por tecido conjuntivo composto por fibras, vasos e 
células gigantes
• Tratamento: curetagem (recidiva) e checar a paratireoide
→ Tumor marrom do hiperparatireoidismo
• Semelhante a Lesão Central de células gigantes
• Remoção do Ca++ do osso sem necessidade, acusando lises ósseas
• Duro ao toque
• Radiograficamente: radiolúcida, multilocular ou não, expansão da cortical, perda da 
lâmina dura
• Tratamento: curetagem e normalização da função glandular

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